Por Vall Vierrá, Terapeuta Holística
Eu não tenho o hábito de ir a locais públicos com grande aglomeração, com frequência e, recentemente estive em um local e percebi que ou estou ficando velha, ou realmente não me enquadro mais em alguns padrões, às vezes digo que não faço mais parte desse mundo. Encontrei pessoas de todas as idades, mas principalmente jovens, pré-adolescentes, que desconhecem aquela frase do filósofo inglês Herbert Spencer que diz o seguinte: "A liberdade de cada um termina onde começa a liberdade do outro".
O cigarro eletrônico, as cigarrilhas tomaram conta e o pior de tudo isso é o desrespeito dos fumantes, você está comendo na praça de alimentação e tem alguém fumando ao teu lado e jogando fumaça na sua comida e no seu rosto. Sem se importar se está incomodando, tipo o meu prazer, verdadeiros egocêntricos e o resto que se exploda. E, aí eu penso, esse é só um exemplo de que tudo o que vivemos nesses últimos anos, não serviu de lição. O egoísmo, o meu umbigo, o meu quadrado e o resto que se lixe, é a marca do momento.
Isso me trouxe muitas reflexões... Há exatos quatro anos, optei por não assistir TV aberta, telejornais, mas às vezes nas redes sociais me deparo com atrocidades, pessoas se matando por banalidades, coisas fúteis, crimes bárbaros... uma desconstrução. Estamos vivendo tempos difíceis, crise econômica, desemprego, atualmente contamos com 11,3 milhões de desempregados. Se não tiver empatia, não nos ajudarmos uns aos outros, onde vamos parar? Estamos em plena transição planetária, a Terra passando de planeta de provas e expiações para um planeta de regeneração.
E, nós seres humanos, que devíamos ter mais empatia, nos colocarmos no lugar do outro. Na grande maioria o que se observa é o contrário. Por outro lado, algumas ações na nossa cidade, “vaquinhas on-line” para ajudar algumas pessoas em tratamento de saúde, que mostram que um pouquinho de cada um, soma grandes quantias, a união faz a força. Isso nos faz acreditar na bondade e que nem tudo está perdido.
E, se você não tem condições de auxiliar materialmente, não tem problema, há outras coisas que podem ser feitas. A caridade moral é bem mais importante em muitos momentos. Porque há pessoas que querem ser vistas e ouvidas e muitas vezes nas suas próprias casas não recebem a atenção que necessitam. Essa falta causa dores da alma e doenças psicossomáticas, depressão, ansiedade, entre outras complicações. Vivemos numa sociedade doente, só observar o crescimento do índice de suicídios no último semestre.
É importante observarmos as pessoas ao nosso entorno, há muitas dores camufladas em sorrisos. Somos muito bons para julgar, mas ninguém sabe o que o outro está passando, quais são as suas dores internas. Temos que parar de perder uns aos outros. Por um mundo com mais amor ao próximo e empatia. Somos todos um! Fizemos parte de uma grande egrégora, pena que nem todos despertaram ainda para essa verdade maior: O que faço ao outro é a mim mesmo, que faço.
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