Júri popular condena réus a 12 e 17 anos de prisão por morte de turista em Florianópolis - Jornal Cruzeiro do Vale

Os dois réus acusados pela morte de um turista em Florianópolis foram condenados em júri popular na terça-feira, dia 29 de janeiro. O crime que tirou a vida de Jadson Andrade, de 30 anos, em setembro de 2017, é caracterizado como homicídio duplamente qualificado. 

De acordo com os advogados de defesa, o réu de 22 anos foi condenado a 12 anos de prisão e o de 21 anos a 17 anos de reclusão. O júri entendeu que o homem de 22 anos deve responder por homicídio duplamento qualificado, por motivo torpe e recurso de defesa. Já o de 21 anos, por homicídio duplamente qualificado e participação em organização criminosa.

Os dois estão presos desde outubro de 2017 na Penitenciária de Florianópolis. A defesa ainda afirma que está analisando os pedidos que serão realizados no recurso da sentença.

O caso

Segundo denúncia do Ministério Público de Santa Catarina, os réus torturaram e executaram a vítima após confundi-la com um integrante de um grupo criminoso rival. O corpo de Jadson foi encontrado em 11 de setembro de 2017 na Praia de Moçambique, no Norte da Ilha. Ele era promotor de vendas de uma empresa de cerveja e estava de férias desde o dia 1º daquele mês.

A vítima morava em São Paulo e aproveitava o feriado da Independência com uma amiga. Eles estavam hospedados em um hotel de Canasvieiras, também no Norte da Ilha.

Segundo a denúncia, os dois acusados, com a ajuda de dois adolescentes, abordaram o turista e o obrigaram a entrar em um veículo. Ele foi levado até a estrada geral do Moçambique. Durante todo o trajeto, ele foi ameaçado com armas e agredido.

Conforme a Justiça, o objetivo dos agressores era que o turista confessasse participação no grupo criminoso rival. Sem sucesso, os acusados mataram a vítima a tiros. A execução foi filmada em um celular e enviada para comparsas por uma rede social.