Poder Executivo não comparece em audiência pública no Baú - Jornal Cruzeiro do Vale

A audiência pública que pretendia esclarecer para a comunidade quais foram as obras executadas para a reconstrução da localidade do Baú após a catástrofe de 2008 levou cerca de 120 pessoas até a comunidade católica do Braço do Baú na noite da última sexta-feira, 23, porém não cumpriu seu objetivo. Nenhum representante do Poder Executivo compareceu para prestar os devidos esclarecimentos à comunidade.

O prefeito Ademar Felisky explica que foi convidado para a audiência, porém, como sabia tratar-se de um evento político e não público, decidiu não participar. ?Quem estava por trás desta audiência eram pessoas com interesses próprios, não a comunidade. Se fosse a comunidade estaríamos todos lá para prestar quaisquer esclarecimentos. Prova disso é que não havia autoridades neste evento, não foi nenhum deputado estadual, nem federal, ninguém da Cohab, ninguém do Deinfra, ninguém da Defesa Civil Estadual?, justifica o prefeito, que afirma tratar-se de perseguição política contra sua administração.  Ademar garante que as obras que estavam previstas para a localidade foram executadas, e que faltam apenas dois investimentos: a macadamização da estrada do Baú central até o Braço do Baú e a recolocação do calçamento feito através do PAC e que acabou ficando estragado. 

Para o vereador Roberto Prebianca, morador do bairro e idealizador da audiência, faltou consideração por parte da Administração Pública para com a comunidade. ?Nós reunimos mais de cem pessoas, mostramos um vídeo com as obras que ainda estão pendentes e ficamos sem explicações. Mas fizemos nossa parte. A comunidade pediu e nós organizamos a audiência e vamos organizar quantas forem precisas para que a comunidade seja atendida?, defendeu o vereador.

A audiência foi agendada pela Câmara, após ter sido aprovada por unanimidade pelos vereadores da Casa. Hilário Pelz, vereador que também reside na localidade, achou vergonhosa a não participação do Executivo Municipal. ?As pessoas foram lá para receber explicações e não foram ouvidas. Mas foi um momento de troca de informações?, destacou.

Edição 1329