?Nunca tive problemas em relação a desrespeito, porque o respeito somos nós que impomos, respeitamos os direitos do próximo para sermos respeitadas?. É dessa forma que a Técnica de Segurança do Trabalho, Salete Maria Ferraz de Lima encara o trabalho dentro das obras, cercada por operários.Há quatro anos, Salete começou a trabalhar na FG Empreendimentos, em Balneário Camboriu. Fazia parte da equipe de limpeza e freqüentava o curso Técnico de Segurança do Trabalho (TST). ?Surgiu uma oportunidade dentro da empresa, como eu estava em um curso nesta área aproveitei para estagiar e mais tarde assumi a função? conta a técnica que atua em três obras fiscalizando e orientando sobre o uso de equipamentos de segurança.
Assim como ela, cada vez mais mulheres encontram espaço no mercado de trabalho. A capacitação e formação têm influenciado na queda do índice de desempregado feminino. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre as mulheres, o desemprego ficou em 7,5% enquanto a média nacional estava em 4,7% em dezembro de 2011.
Mas, ainda nos dias de hoje é comum a concentração das mulheres nas mesmas ocupações no mercado. Cerca de 80% delas são professoras, cabeleireiras, manicures, funcionárias públicas ou trabalham em serviços de saúde. Esta realidade pode mudar em breve. Está em tramitação na Câmara dos Deputados um projeto de lei que prevê que empresas do setor da construção civil tenham 10% das vagas de emprego preenchidas por mulheres.
Mesmo antes da aprovação da lei, a FG Empreendimentos já oferece oportunidade para profissionais do sexo feminino. Além da técnica de segurança do trabalho, a empresa tem ainda outras vinte mulheres que atuam na limpeza das obras e recolhimentos de restos de concreto, preparando o espaço para os acabamentos. Dos quinhentos e cinqüenta funcionários da construtora, sessenta e cinco são mulheres. ?Além da capacitação das mulheres para diversas funções, levamos em conta também a necessidade de pessoas com sensibilidade para determinadas atividades que são indispensáveis nas obras?, explica Daiane Gorges, coordenadora do departamento de RH.
Texto: Assessoria de Imprensa
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