A espera de 65 famílias ilhotenses pelas novas moradias às pessoas atingidas pela tragédia de novembro está próxima de ter um fim. Na manhã de ontem, segunda-feira, foram assinados os contratos que oficializam o repasse das casas e permitem o início das obras de construção das residências, que serão erguidas em dois terrenos localizados no Braço do Baú e no Centro.
A cerimônia de assinatura aconteceu no pátio da Prefeitura e apesar de um grande número de famílias terem sido contempladas, poucas pessoas compareceram no local para assinar os contratos. Dentre elas estava Claudete Rodrigues, 32 anos, que perdeu sua casa devido à enchente e os deslizamentos. Ela conta que aguardava por este momento há quase um ano. "Os papéis foram encaminhados em janeiro então já faz quase um ano que estou esperando. Estou muito feliz agora. Vou poder parar de pagar aluguel", comemora.
Assim como as casas construídas em outros municípios atingidos pela tragédia de novembro, os imóveis seguirão o estilo "chalé" e terão 36 metros quadrados, contando com dois quartos, um banheiro, uma sala e uma cozinha.
A presidente da Companhia Habitacional do Estado de Santa Catarina, Cohab, Maria Darci Motta, reconheceu que o tempo de espera para que as residências fossem entregues foi longo e demonstrou surpresa ao ver que poucas famílias estavam presentes para participar da solenidade. O coordenador de Defesa Civil, Paulo Drun, conta que o município já recebeu a doação de 186 casas, sendo que 55 já foram entregues, a maioria construída em terrenos dos próprios moradores. "Do Instituto Ressoar foram 66; do Ministério da Integração, 65; da Arábia Saudita, 25; do Instituto Guga Kuerten, 15; e do Lions Clube, 15. Atualmente, não temos abrigos ativados no município", acrescenta.
Os valores utilizados para compra dos terrenos foram disponibilizados pela Defesa Civil do Estado através das contribuições em dinheiro doadas pelos brasileiros.
Terreno
Os dois terrenos foram adquiridos pelos valor total de R$ 783 mil. O terreno localizado no complexo do Baú já está terraplanado. No local serão construídas 46 residências. A equipe deixou quatro lotes reservados para construir futuramente um abrigo permanente. A previsão é de que as primeiras casas comecem a ser erguidas até o final de novembro e que fiquem prontas em 90 dias. As casas serão viabilizadas pelo Ministério da Integração, através da Cohab.
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