Estudo preliminar indica que vacina tríplice viral diminui risco de Covid-19 sintomática - Jornal Cruzeiro do Vale

Estudo preliminar indica que vacina tríplice viral diminui risco de Covid-19 sintomática

26/01/2021
Estudo preliminar indica que vacina tríplice viral diminui risco de Covid-19 sintomática

Dados de uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) indicam que os voluntários vacinados com a tríplice viral tiveram redução de 54% na possibilidade de ter sintomas de Covid-19, enquanto o risco de serem internados caiu para 74%. Os estudos, ainda preliminares, contam com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação de Santa Catarina (Fapesc).

A tríplice viral, como é conhecida a vacina MMR, que age contra sarampo, caxumba e rubéola, usa microorganismos vivos e atenuados. Vários estudos têm demonstrado que esse tipo de imunizante apresenta uma excelente resposta imunológica a vários outros agentes, a chamada imunidade heteróloga. Desde julho, os pesquisadores catarinenses estão estudando o seu efeito na prevenção e na severidade da Covid-19, causada pelo novo coronavírus.

O Centro de Pesquisa do Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago, na UFSC, está fazendo a análise com 430 voluntários da área da saúde. Uma parte recebe o imunizante e a outra, placebo (substância inativa). O estudo ainda está em andamento, com avaliação clínica e exames PCR dos participantes, com previsão de ser finalizado em março. Os dados acima fazem parte de uma “Nota Prévia – Análise Interina de Dados”.

Coordenador do estudo, o professor Edison Natal Fedrizzi afirma que uma “análise interina” é realizada quando já é possível verificar a eficácia de uma substância em relação ao placebo. “Não é a análise final. No decorrer do estudo, vamos fazendo algumas análises para avaliar possíveis efeitos colaterais e a eficácia do tratamento. Quando a gente tem um resultado significante, já começamos a divulgar porque provavelmente ele vai melhorar até o final”.

A ideia por trás do estudo não é substituir as vacinas específicas, que já estão sendo administradas no Brasil. A tríplice viral, amplamente usada no Sistema Único de Saúde, pode ajudar na estratégia de vacinação. O estudo da UFSC também está avaliando por quanto tempo a tríplice viral age contra o novo coronavírus. A hipótese é de que seja de três a seis meses, caso o paciente receba uma dose, ou oito meses a um ano, no caso de duas doses.

 

Quer receber notícias direto no seu celular? Clique AQUI e entre no grupo de WhatsApp do Cruzeiro do Vale 

 

 

Edição 1987

Comentários

Deixe seu comentário


Seu e-mail não será divulgado.

Seu telefone não será divulgado.