O descaso com as centenas de famílias que perderam suas casas na tragédia climática de novembro de 2008 e que ainda moram em abrigos provisórios em Blumenau foi denunciada pelo deputado federal Décio Lima (PT/SC) em pronunciamento na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira, dia 18.
O parlamentar, um dos promotores do Encontro Regional sobre Moradia Popular, realizado no último sábado, dia 14, em Blumenau, considera a falta de moradia para as vítimas da enchente uma vergonha para a cidade. "Em Blumenau, lamentavelmente, centenas de famílias ainda estão em abrigos provisórios, vivendo em situação precária e sofrendo com o descaso do poder público municipal", disse.
Em seu pronunciamento, Décio Lima lamentou que, nos abrigos, "as famílias convivem com o calor, a falta de água, com lixo e esgoto correndo a céu aberto. São verdadeiros cortiços, onde crianças e idosos, homens e mulheres dividem o espaço, tendo uma simples divisória para delimitar a área e dar um mínimo de privacidade e onde a temperatura supera os 40 graus centígrados".
Décio Lima também destacou em seu pronunciamento os encaminhamentos feitos durante o Encontro Regional por Moradia Popular. "Quero dar ênfase à criação do Fórum em Defesa da Moradia, que tem a tarefa de denunciar as condições das famílias que ainda estão vivendo em abrigos provisórios em Blumenau e fiscalizar a escolha dos moradores para as unidades habitacionais do Programa Minha Casa Minha".
Moradia Popular - Cerca de 150 pessoas participaram do Encontro Regional sobre Moradia Popular, entre pessoas que perderam suas casas na tragédia de novembro passado e ainda vivem em abrigos provisórios, representantes de 10 associações de moradores de Blumenau e de movimentos populares, engenheiros e assistentes sociais.
O evento foi uma promoção dos mandados do deputado federal Décio Lima e da deputada estadual Ana Paula Lima, dos vereadores Vanderlei de Oliveira e Vânio Salm, do Centro de Direitos Humanos de Blumenau, Movimento de Consciência Negra de Blumenau Cisne Negro, Grupo LGBT de Blumenau, União Blumenauense de Associações de Moradores (Uniblam) e Federação das Associações de Moradores do Estado de Santa Catarina (Famesc).
O encontro também contou com a participação da União Nacional por Moradia Popular, Caixa Econômica Federal e Associação dos Engenheiros e Arquitetos do Médio Vale do Itajaí (Aemvi).
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