Casos de sífilis aumentam em Santa Catarina - Jornal Cruzeiro do Vale

Casos de sífilis aumentam em Santa Catarina

31/08/2023
Casos de sífilis aumentam em Santa Catarina

Dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação divulgados nesta quinta-feira, dia 31 de agosto, mostram que o número de casos de sífilis vem subindo em Santa Catarina. O levantamento mostra os dados dos últimos 10 anos, de 2012 a 2022, para sífilis adquirida, sífilis em gestantes e sífilis congênita.

No caso da sífilis adquirida, o número saltou de 574 casos notificados em 2012 para 15.702 em 2022. Na sífilis em gestantes, o aumento foi de 322 para 3.049; e os casos de sífilis congênita subiram de 100 para 693.

A gerente de Infecção Sexualmente Transmissível da Diretoria de Vigilância Epidemiológica, a médica infectologista Regina Valim, acredita que esse aumento, além da falta de prevenção, também tenha relação com a maior sensibilização dos serviços de saúde que estão testando mais, buscando a doença na população para realização do tratamento adequado.

A sífilis

A sífilis é uma doença que vem sendo negligenciada pela população pela falta de prevenção e que vem resultando em um aumento no número de casos ano após ano em Santa Catarina. Nos adultos, a sífilis pode causar feridas nos órgãos genitais, manchas e lesões na pele, ínguas, quadros graves cardíacos e neurológicos e também pode levar à morte. No caso das grávidas infectadas com a bactéria, ela pode ser transmitida para o bebê durante a gestação (sífilis congênita) e causar aborto espontâneo, parto prematuro, malformação do feto, surdez, cegueira, deficiência mental e morte do bebê ao nascer.

Prevenção

Apostar na prevenção, através do uso de preservativos em todas as relações sexuais; na testagem, com a realização de testes para a detecção de ISTs frequentemente; e no tratamento, caso a pessoa venha a ser infectada; são as melhores formas de prevenção.

Nas gestantes, a indicação é que o teste seja realizado durante o pré-natal em, pelo menos, três momentos: primeiro e terceiro trimestres da gestação, no parto ou em casos de aborto. O parceiro da gestante também deve ser testado. Caso a infecção seja detectada, o tratamento deve ser iniciado imediatamente para evitar a transmissão da sífilis para o bebê. Os casais que estão planejando ter filhos também devem realizar o teste, antes mesmo da gestação.

Santa Catarina rumo à eliminação da sífilis congênita

Em dezembro do ano passado, os municípios de Itajaí, Brusque, Criciúma, Chapecó e São José receberam do Ministério da Saúde o selo de boas práticas nas categorias ouro, prata ou bronze por estarem rumo à eliminação da sífilis congênita em seus municípios.

 

Edição 2120
 

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