Mudança de hábitos: Proteção extra contra assaltos - Jornal Cruzeiro do Vale

Mudança de hábitos: Proteção extra contra assaltos

22/10/2014

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O medo de ser novamente ameaçado e assaltado motivou Reinaldo Wilbert, 60 anos, a tomar providências em seu estabelecimento comercial há poucos meses. Dono de uma barbearia localizada no bairro Coloninha, ele precisou reforçar a segurança do seu local de trabalho para evitar que, mais uma vez, criminosos levassem seu dinheiro. Em pouco tempo, ele foi ameaçado três vezes e teve mais de R$ 800 roubados.

A melhor alternativa encontrada por Reinaldo foi a instalação de uma trava elétrica na porta, que só pode ser acionada e aberta por ele, através de um controle. ?Desde que instalei a trava, passei a me sentir muito mais tranquilo e seguro. Além de ser prática, já que eu só preciso apertar no controle que ela fecha e abre sozinha, ela é muito mais segura que uma chave, por exemplo?, ressalta. O investimento no reforço da segurança passou de R$ 1.700, porém o barbeiro afirma que é um dinheiro que vale a pena ser gasto. ?Gaspar se tornou uma cidade perigosa. Nós que temos pontos comerciais precisamos, cada vez mais, investir em segurança para conseguirmos trabalhar tranquilos?.

Assim como Reinaldo, diversos comerciantes da região central do município passaram a conviver, recentemente, com a sensação de insegurança. A onda de roubos e furtos contra estabelecimentos do Centro, registrada em agosto deste ano, chegou até mesmo a motivar um encontro entre entidades de classe de Gaspar, que se uniram para formular um ofício às polícias Militar e Civil. O documento solicitava informações como número de policiais e funcionamento das rondas no bairro. Até o momento, porém, o ofício não foi respondido.

Apesar disso, a atenção da PM de Gaspar já se voltou ao Centro e os comerciantes passaram a perceber a diferença. Clene de Melo, gerente da loja Plantão Intimus, localizada na rua Coronel Aristiliano Ramos, destaca que, após diversas lojas entraram em contato com entidades do município, como a CDL, a Ampe e a Acig, a segurança no Centro foi reforçada. ?Agora estamos vendo policiais na rua em certos momentos do dia, algo que não existia antes. Isso já nos tranquiliza bastante. Claro que a situação ainda não está 100%, mas já ficamos um pouco sossegados?, ressalta. Para Clene, a única maneira de coibir totalmente a ação dos assaltantes seria o aumento de policiais e de rondas no bairro durante todo o dia. ?Isso iria amedrontar os criminosos?, opina.

Segurança privada será contratada para o comércio no Natal

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Mesmo sem as informações policiais solicitadas por ofício, o vice-presidente da CDL de Gaspar, Francisco Hostins Junior, afirma que, com a reativação do Conselho da Comunidade, do qual ele foi nomeado presidente, os trabalhos de prevenção da sensação de insegurança no comércio avançaram. Segundo ele, após conversas com o comando da PM, houve o remanejamento na escala dos policiais. Com isso, mais policiais podem ser vistos no Centro em horários de pico. ?Essa mudança ajudou um pouco, mas continuamos com essa preocupação. Também já agendamos reuniões com o secretário de Segurança do Estado pedindo por mais policiais para a cidade?, explica.

Uma ação que também deve reforçar a segurança aos lojistas da região central é a contratação de uma empresa de segurança. Ainda conforme o vice-presidente da CDL, duas empresas devem ser contratadas no período de Natal, em dezembro, quando as lojas passam a atender até mais tarde, para garantir mais segurança aos comerciantes. Esta será a primeira vez que a entidade realizará esse tipo de reforço. ?Ainda estamos discutindo, mas a ideia é colocar os vigilantes nas ruas em horários de abertura dos bancos e lojas e fechamento do comércio?, antecipa.

Outra questão em andamento no Conselho da Comunidade é a discussão sobre a confecção de boletins de acidentes de trânsito, envolvendo a PM e a Ditran. Segundo Júnior, o Conselho da Comunidade sugeriu que, em acidentes de trânsito considerados leves, os agentes de trânsito passem a se dirigir ao local para fazer o registro, ao invés da Polícia Militar. ?Dessa maneira, os policiais não precisariam se deslocar com tanta frequência e utilizariam esse tempo para continuar a realizar rondas?, destaca. O assunto ainda está sendo discutido nas reuniões do conselho.
 

Edição 1633
 

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