Uma a cada 100 pessoas pode sofrer de epilepsia - Jornal Cruzeiro do Vale

Uma a cada 100 pessoas pode sofrer de epilepsia

06/11/2011

Daniela Vandrei desenvolveu aos dois anos de idade uma doença rara que leva o nome de Síndrome de Rett e tem entre os seus sintomas a epilepsia, um distúrbio do cérebro que se expressa por meio de crises epilépticas repetidas. Hoje, aos 18 anos, a epilepsia é controlada através de medicação e há alguns anos a jovem não sabe o que é uma crise epiléptica.

Sua mãe, Maria Salete Vandrei, conta que na primeira vez que a filha teve uma crise a família não sabia que providências tomar e que chegaram inclusive a fazer respiração boca a boca para tentar acordá-la. ?Achamos que ela estava morrendo e também levamos para o hospital. Nas crises ela perdia a consciência, não ficava se batendo. Agora sabemos que é preciso deixar passar, caso isto aconteça. Mas agora faz tempo que isto não acontece mais, pois ela toma medicamento para controlar a epilepsia?, explicou a mãe.

 A epilepsia é um transtorno que acontece em uma área do cérebro chamada córtex e é como uma espécie de curto circuito que desencadeia as crises. Embora a epilepsia não faça parte do conhecimento de grande parte da população, é uma doença bastante comum. De acordo com a Associação Brasileira de Epilepsia, a cada grupo de 100 pessoas, uma ou duas são epilépticas. Além disso, a epilepsia pode estar associada a outros transtornos mentais, como é o caso de Daniela.

Há diversos fatores que podem fazer com que a pessoa desenvolva a epilepsia. A Associação Catarinense de Epilepsia, ASCAE comunicou que entre as causas podem estar forte febre na infância, traumatismos na região da cabeça, contaminação por cisticercose (doença provocada pela ingestão de ovos de tênia), e ainda existem alguns casos em que a doença é hereditária. Quando se manifesta, a epilepsia pode fazer com que a pessoa tenha convulsões e/ou também uma espécie de perda de consciência por alguns minutos, como informou a entidade.

Cuidados necessários para ajudar alguém em crise

Para fazer com que fosse de conhecimento público os procedimentos dos ataques epilépticos, a ASCAE divulgou quais seriam os cuidados a ser tomados ao ajudar alguém que passa por uma crise.

Manter a calma e não ter preconceito ao enfrentar a situação é considerado essencial pela associação. Caso a crise envolva convulsões, é preciso apoiar a cabeça da pessoa e a virar de lado e também afastar objetos que estejam perto para não a machucar. Assim, deve-se esperar a crise passar naturalmente. Além disso, a entidade recomenda que não se tente desenrolar a língua da pessoa em hipótese alguma e que, caso ela possua alguma prótese dentária, esta deve ser retirada para não obstruir a passagem de ar pelas vias respiratórias.

Edição 1340

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