Trecho da BR-470 em Gaspar é o que mais registrou mortes em 2011 - Jornal Cruzeiro do Vale

Mais do que asfalto e tinta, as rodovias estão cheias de vida. Vidas de caminhoneiros, motoristas, pilotos, caroneiros, pedestres e ciclistas que correm risco devido à falta de estrutura e comportamento errado deles próprios. O resultado desta combinação desastrosa é a grande quantidade de mortes que acontece anualmente na BR-470. De janeiro até hoje, foram 15 as mortes registradas pelo Cruzeiro do Vale no trecho da rodovia que vai de Gaspar a Ilhota. A última delas aconteceu na noite de quinta-feira, 16, por volta das 22h.

Zeno Armando Nilles conduzia um Vectra com placas de Blumenau quando colidiu frontalmente contra um caminhão com placas de Apucarana. Ele não resistiu aos ferimentos causados pela batida e morreu no local do acidente. De acordo com pessoas que viram a cena, Zeno teria invadido a pista contrária. A equipe da Polícia Rodoviária Federal afirma que havia ainda um terceiro veículo, um Ford Cargo com placas de Tubarão, envolvido no acidente.


Acidentes

Para o chefe da 4ª Delegacia da PRF, Manoel Fernandes Bittencourt, uma média de 300 acidentes por mês acontecem na BR-470.

Em uma rápida busca, encontrou nove acidentes registrados em Gaspar até o momento, o que dá o primeiro lugar no ranking de acidentes com morte no trecho que vai de Rio do Sul a Navegantes. Ele acredita que a duplicação não é o remédio para acabar completamente com o problema. É necessária, pois se não acontecer a rodovia irá parar.

?A duplicação irá ainda melhorar cruzamentos, como o de acesso a Gaspar, que é altamente perigoso, ajudando a evitar acidentes, mas a maior parte das mortes e acidentes acontece pelo comportamento dos motoristas. É preciso duplicar sim, mas é ainda mais necessária uma política educativa que melhore o comportamento dos motoristas?, finaliza.