Mais representatividade, menos investimentos. Este será o saldo do aumento do número de vereadores na Câmara de Gaspar. A proposta ainda está sendo avaliada e tem o parecer favorável da maioria dos atuais dez vereadores. Caso seja aprovada, Gaspar passará a ter cinco representantes a mais no Poder Legislativo Municipal após as eleições de 2012 e um total de cerca de R$410 mil de gastos a mais com o pagamento salarial de vereadores e assessores por ano.
O valor representa 55% de aumento na folha de pagamento, valor este que será retirado do repasse mensal que o Poder Executivo faz para o Poder Legislativo. Ao todo, a Câmara recebe, mensalmente, o repasse de 6% da arrecadação mensal da Prefeitura. O repasse é obrigatório por lei e sempre que há sobras, ao final de cada ano, o valor é devolvido para ser utilizado pelo Executivo. ?Todos os anos a Câmara têm nos devolvido suas sobras e este valor utilizamos em investimentos no município e que beneficiam a comunidade?, explica Michael Zimmermann, secretário de Administração e Finanças.
Nos últimos quatro anos a Câmara sempre devolveu as sobras do seu orçamento para o Município e este dinheiro foi investido em obras. Com o aumento do número de vereadores não haverá mais esta sobra anual e esta é a principal preocupação do vereador suplente Laércio Krauss, que na semana passada pediu que o setor contábil da Câmara calculasse o valor exato dos custos relacionados ao aumento do número de vereadores.
1,6 milhão
A resposta do pedido do vereador foi entregue nesta teça-feira, 28. Ao todo, em quatro anos de mandato, a Câmara gastará 1,6 milhão a mais apenas com pagamentos. ?Como representante do Legislativo apresento aos vários segmentos da sociedade o manifesto de contrariedade e repúdio ao aumento do número de vereadores, afinal, este é um valor muito alto e nossa Câmara está bem representada, ela só precisa se modernizar para que o vereador possa trabalhar com mais eficiência?, opina Laércio.
O vereador lembra que o aumento de mais de R$1,6 milhão diz respeito apenas ao aumento dos vereadores e seus assessores. ?Teremos ainda muito mais despesas com a aprovação desta proposta e acredito que vivemos um momento onde a educação e saúde são prioridades muito mais urgentes?, opina o vereador suplente, que nesta semana deixa a Casa de Leis, onde assumiu a vaga do vereador Joceli Campos Lucinda.
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