Instituto vai tentar preservação - Jornal Cruzeiro do Vale

Instituto vai tentar preservação

25/07/2008

foto7.jpgA casa enxaimel que tornou-se cartão postal do Belchior e que corre o risco de ser demolida poderá entrar no projeto Roteiros Nacionais da Imigração, do Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional, Iphan.

O interesse do Instituto em manter a residência, construída em 1900, foi divulgado nesta semana, quando o Iphan enviou correspondência à Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento do município, solicitando que a equipe não autorize a demolição da casa.

Segundo Ulisses Munarim, superintendente regional interno do Iphan, o projeto Roteiros Nacionais da Imigração visa a valorização do patrimônio do imigrante na formação do povo brasileiro e a casa que hoje pertence a Wilson Schimdt é uma destas residências.

Segundo Marcos Carvalho, secretário de Planejamento, a equipe vem tentando impedir a demolição da residência, porém, tem enfrentado dificuldades na negociação. "Quando fomos informados de que o proprietário pretendia demolir a casa fizemos um decreto que tornou a casa de interesse do patrimônio histórico e não concedemos autorização para demolição. Agora temos a boa notícia de que o Iphan pretende tombar esta residência, caso isso aconteça poderemos conseguir recursos com o Instituto e também com os Correios, que desde 1942 possui uma agencia no local, e poderá ajudar a custear a reforma da casa", comemora o secretário.

Apesar do interesse em ajudar a reformar a residência, a família Schmidt não pretende mantê-la no local.

A casa
O cartão postal do Belchior foi construído por Pedro Haendchen, filho de Antônio Bernardo Haendchen, em 1900.

Antônio Bernardo foi o primeiro morador do Belchior e chegou ao local em 1823, onde construiu a primeira casa do bairro, que deu lugar à casa em estilo enxaimel construída por Pedro Haendchen.

Após 1900, foram feitas algumas alterações no telhado da casa e apenas uma reforma geral. Desde o princípio, na casa se estabeleceu um centro de comércio entre os artigos trazidos dos portos do rio Itajaí Açu, no século XIX.

Em 1942, Afonso Schmitt, sobrinho de Pedro Haendchen, pai de Wilson Schmidt, foi contratado pelo Correios para cuidar de uma Agência Postal na edificação, enquanto também mantinha a venda aberta. A agência dos Correios é mantida até os dias de hoje no local.

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