Por Geraldo Genovez
O Black Hawks não brinca em serviço. Mesmo com a já conhecida força em terra, o time de futebol americano de Gaspar decidiu voar. Chegou a hora de representar a cidade, o estado e o país em uma competição internacional. A verdadeira garra do falcão negro promete bons resultados na Copa América, que acontece nos dias 15, 16 e 17 de dezembro de 2017, na cidade de Lima, no Peru.
O Black Hawks ainda não sabe quem vai enfrentar. Isso porque o time gasparense foi o primeiro a ser divulgado na competição. Mesmo assim , munidos de muita dedicação, treinamentos intensos, experiências em diversos campeonatos e também de visível talento, o time se prepara com muita garra para uma competição que promete ficar na história do Black Hawks. E agora não tem volta: se é sucesso que queremos, é sucesso que veremos. Em campo, eles pretendem dar o melhor de si. E dentro do coração de cada integrante do time, vive a humildade e a vontade de vencer e de levar o nome da Cidade Coração do Vale para o mundo.
De acordo com o presidente do Black Hawks, Diogo Mafra, o time viaja para o Peru com o objetivo de voltar para a casa com o título da Copa. “Do ano passado para este, o Black Hawks ganhou muita visibilidade e fez grandes partidas. É um dos times de grande ascensão no Brasil. Já não bastava o destaque repentino no cenário nacional”.
Pensando no melhor resultado, a equipe se reúne nas terças e quintas-feiras na Arena Multiuso de Gaspar para treinar. Aos sábados, os atletas praticam no Campo do Floresta. “Estamos escrevendo história, marcando vidas. O futebol americano é muito mais que um esporte. Só sabe de verdade quem está ou já esteve junto”.
Atualmente, o Black Hawks tem 60 atletas, além de três técnicos e dois coordenadores físicos. A presidência está sob responsabilidade de Diogo Mafra, que conta com o apoio do secretário Rafael Ademir Ricardo e de Francisco Reinert, interino no Financeiro do time. Para sobreviver, os gasparenses recorrem a patrocínios, eventos e estratégias como ‘sócio torcedor’ e mensalidades.
Segundo Diogo, o tão esperado apoio do Executivo de Gaspar chegou. “Pela primeira vez, a prefeitura está nos apoiando em locomoção no campeonato brasileiro. O secretário Júnior está sempre à disposição para nos ajudar nos locais de treinos, além de outras ideias que já estamos discutindo”. A intenção do time assim que participar da Copa América, é jogar na série A do Brasileiro no ano que vem.
Quanto aos destaques do Black Hawks, o presidente do time ressalta que toda a equipe apresenta muito talento e que é injusto citar só alguns. Por esse motivo, Diogo afirma que os capitães Carraro, Guga, Jader e Shev são exemplos a serem seguidos, assim como os atletas estrangeiros Rodrigo Rios e Damian Johnson, running back e linebacker, respectivamente.
Enquanto a disputa internacional não chega, o Black Hawks desfruta dos benefícios que teve ao ganhar a Copa Sul no ano passado. Os gasparenses participam da Liga Nacional, o maior torneio do país. Caso sejam campeões da conferência Sul, eles sobem para a série A em 2018 e vão disputar o Brasil Futebol Americano (BFA) contra grandes times.
No momento, o Black Hawks tem a melhor campanha da Liga Nacional, com três jogos e três vitórias, além do maior saldo de pontos. Neste domingo, 3 de setembro, a equipe estará no Morro da Fumaça para jogar contra o Criciúma, na última disputa da etapa regular. Apesar de já estar classificado, a intenção é garantir o primeiro lugar na chave e se manter na primeira colocação geral.
Conforme explica o presidente Diogo Mafra, se tudo ocorrer como o esperado, há a possibilidade do Black Hawks enfrentar o Fluminense no Campo do Tupi. “Acredito que o campeão da conferência sudeste será o Fluminense. Podemos enfrenta-lo na disputa dos campeões entre conferências. Mas, claro que pra isso o Black Hawks ainda tem jogos importantes pela frente”, afirma.
Inicialmente intitulado ‘Gaspar Devils’, o time de futebol americano estreou em campo em fevereiro de 2013 e foi criado por um grupo de amigos gasparenses que jogava em Brusque e desejava expandir o esporte para a cidade natal. A ideia não deu certo e outra diretoria assumiu o clube, mudando o nome da equipe pra Black Hawks.
Com muito esforço, o time cresceu e se tornou referência em campeonatos como a Copa Sul, onde conquistaram a terceira colocação em 2015 e medalha de ouro em 2016. Além disso, neste ano o Black Hawks chegou à semifinal do Catarinense e estreou na Liga Nacional. Esses momentos se tornaram marcantes ao lado de muitos outros, como a primeira vitória, em 2014, contra o Lobos do Mar; o primeiro jogo contra o já extinto Bárbaros do Vale; a chegada do primeiro atleta americano em Gaspar, Vincent Pervis; e o primeiro jogo no Atlético Tupi com as arquibancadas cheias.
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