Nesta sexta-feira, 9 de outubro, é comemorado o Dia do Atletismo no Brasil. O esporte é considerado a “base” de muitos outros por exigir apenas habilidades humanas básicas, como correr, pular e arremessar. Apesar de Gaspar não possuir uma equipe oficial para disputar competições representando o município, não é incomum encontrar pelas ruas da cidade grupos de corrida e até mesmo atletas profissionais.
Um deles é Vinícius Theis, de 22 anos. Profissional de Educação Física, o jovem é o dono da equipe de assessoria esportiva VT running, que fornece acompanhamento e treinos personalizados aos seus alunos. Vinícius acumula medalhas e conquistas na corrida, além de já ter figurado no Top 10 de atletas da modalidade no país e marcar presença no Top 3 catarinense desde 2012. Entretanto, ele retornou às pistas apenas no sábado passado, 2 de outubro, em um evento teste realizado pela Federação Catarinense de Atletismo. Antes disso, o atleta havia disputado apenas uma prova em 2020.
Ele se mostra muito feliz pela volta às competições, mas ao mesmo tempo, diz ter sentido uma sensação “estranha”, além de todo o impacto da pandemia em seu desempenho. “Os maiores problemas foram correr de máscara, dificuldade pra respirar e colocar ritmos fortes. A parte técnica também caiu e psicologicamente tentei levar um dia de cada vez”, explica.
O atleta lembra que pensou em desistir e chegou a ficar abatido. “Foquei nos treinos e em ficar pronto para quando tudo voltasse, hoje já me sinto capaz de fazer coisas grandes“, completa. Apesar das adversidades, ele se mostrou motivado e confiante para a retomada.
Para passar essa motivação a seus alunos, Vinícius teve que se reinventar no período da pandemia. Como cada indivíduo reage de forma diferente, teve de buscar maneiras particulares a cada um dos alunos para estimulá-los e manter-lhes motivados. Com a flexibilização das normas, o grupo pôde voltar às atividades e, de acordo o professor, a interação entre os alunos e os laços criados dão ainda mais forças para se superar.
Vinícius afirma que o atletismo profissional em Gaspar e na região está em baixa, diferente da prática recreativa. Segundo ele, a falta de incentivo e representatividade acabam desvalorizando o esporte, tornando insustentável a realização de grandes competições, o que faz muitos atletas desistirem da carreira em busca de opções mais rentáveis. O atleta vê na parceria com o setor privado e no investimento nas crianças e jovens uma melhora no futuro do cenário.
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