Segunda-Feira, 26 de Maio de 2025
Cumplicidade, amor e confiança são características que sempre estiveram presentes na relação de Paulo e Clementina Ferretti. Casados há 65 anos, eles são um exemplo de que uma bela história de amor é feita da união diária e do respeito com o outro. Moradores do bairro Gaspar Mirim há mais de 60 anos, Paulo e Clementina chegam às bodas de ferro cheios de disposição e com vontade de continuar unidos por muitos anos. Apesar de todas as dificuldades encontradas pelo caminho, eles nunca deixaram de lado a vontade de construir uma grande e unida família, que estivesse presente a cada momento de suas vidas.
A casa onde vivem Paulo, 87 anos, e Clementina, 85 anos, foi construída há mais de seis décadas. Foi neste local que o casal criou com muito amor e carinho os 12 filhos. A residência é aconchegante e traz um pouco das lembranças da família Ferretti. É neste local que nos encontramos para conversar com o casal, que está orgulhoso por estar próximo de completar 65 anos de casados. Antes mesmo de iniciarmos a conversa é possível perceber o amor que sentem um pelo outro apenas pelo jeito como se tratam.
A história de Paulo e Clementina teve início em 1946, no município de Rodeio, onde ambos nasceram e cresceram. Entretanto, lembra o casal, eles se conheciam desde pequenos, já que eram praticamente vizinhos. Mas somente naquele ano, ao se encontrarem em uma festa de Nossa Senhora Aparecida, eles iniciaram o namoro. Seu Paulo faz questão de lembrar que dona Clementina foi seu primeiro grande amor e que antes dela teve apenas algumas paqueras. O namoro entre eles durou aproximadamente dois anos. Durante este tempo, eles se viam poucas vezes na semana e quando isto acontecia tinham que se tratar com muito respeito. Após este tempo de namoro, eles se casaram na igreja da cidade de Rodeio.
Quando completaram um ano de casados o pai de seu Paulo decidiu se mudar de Rodeio e foi então que o casal acabou vindo para Gaspar. Eles possuíam alguns familiares no bairro Santa Terezinha, na época, e isto fez com que o município se tornasse uma boa opção. ?Íamos nos mudar para outra cidade, mas como ela era pouco desenvolvida meu pai achou que Gaspar seria muito melhor?, destaca o senhor de 87 anos. Logo que chegaram, eles foram morar no Gaspar Mirim, onde vivem até hoje. Cheia de memórias, dona Clementina afirma que os primeiros anos de casados não foram fáceis, principalmente devido à situação econômica da família e às longas jornadas de trabalho. Diariamente, ela seguia para a roça junto com o marido e ainda precisava cuidar dos filhos e da casa.
Mesmo com todas as dificuldades, o casal Ferretti nunca deixou de contar com o apoio e companhia um do outro, e é por este motivo que eles agradecem todos os dias por terem se encontrado pelo caminho há mais de 65 anos. O segredo de um relacionamento tão feliz e duradouro é simples, segundo dona Clementina e seu Paulo: para eles, deve existir amor para se casar, pois é com este sentimento que o casal poderá enfrentar todas as dificuldades e permanecer unidos.
Paulo Ferretti nasceu em Rodeio, no dia 29 de março de 1926. Filho de João e Albina Ferretti, ele começou a trabalhar na roça desde cedo e por isto não teve a chance de terminar os estudos. Clementina Ferretti, filha de Tadeu e Linda Cani, também nasceu em Rodeio, no dia 2 de novembro de 1927. Ela também não conseguiu terminar os estudos, mas sempre foi muito inteligente e amante da leitura. Ambos possuem forte ascendência italiana e só passaram a falar Português quando se mudaram para Gaspar, na década de 1940.
Juntos eles tiveram 12 filhos, 26 netos e seis bisnetos. Cheios de orgulho, Paulo e Clementina dizem que todos estão vivos e moram próximos a eles. As visitas que recebem dos familiares são frequentes, assim como as festas de família. A próxima será no dia 26 de maio e comemorará as bodas de ferro do simpático casal. Olhando para trás e analisando os 65 anos de união, eles acreditam que os filhos, netos e bisnetos são a melhor parte de sua história e responsáveis por alegrar todos os dias de suas vidas.
Edição 1490
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