Sorriso no rosto, disposição e vontade de trabalhar. Assim começam os dias de Osmar Corrêa, 65 anos. É com um animo admirável que Osmar exerce sua profissão todos os dias, como se fosse sempre o primeiro dia de trabalho. Garçom há aproximadamente três décadas, o simpático senhor tem muito orgulho de ter dedicado grande parte da vida a este emprego, que lhe traz muitas felicidades. Além da profissão, muitas outras alegrias fazem parte da vida e história deste batalhador gasparense, que ainda espera escrever muitos novos capítulos.
Por Ana Carolina BernardesDurante cerca de uma hora de conversa, o principal assunto foi uma das coisas que mais gosta de fazer. Claro que não seria diferente, afinal, trabalhar como garçom é muito mais do que uma simples profissão para Osmar, na verdade, é um verdadeiro prazer.
Mas, além disso, um pouco da sua bela história também foi contada, revelando assim outras paixões e diversos momentos que lhe transformaram em quem é: uma pessoa batalhadora, alegre e com uma vontade imensa de seguir em frente, apesar de qualquer obstáculo.
Nascido no dia 30 de janeiro de 1947, no município de Ilhota, Osmar Corrêa começou a trabalhar aos 10 anos de idade na roça, juntamente com sua família. Neste momento, o rosto do simpático senhor toma uma expressão diferente, lembrando-se de como a vida no campo era boa, descompromissada e alegre, e a saudade que transmite no olhar é perceptível.
O trabalho na roça continuou até os 19 anos, quando se mudou para o município de Blumenau e começou a morar sozinho e trabalhar como padeiro. O senhor de 65 anos de idade exerceu esta profissão por quatro anos no município, até que se mudou para Curitiba, no Paraná, e depois foi para São Paulo morar com uma irmã.
Com as lembranças ainda muito vivas em sua memória, Osmar diz que durante o tempo que ficou com sua irmã, cerca de cinco anos, trabalhou em duas lanchonetes e de lá trouxe muita experiência, voltando novamente a Blumenau.
De volta no município, ele trabalhou mais uma vez como padeiro, desta vez como principal profissional do estabelecimento. Porém, algum tempo depois, Osmar conta que se decepcionou com a profissão, e por este motivo decidiu abandoná-la. Após alguns anos, Corrêa se mudou para o município de Gaspar e encontrou a profissão que ainda exerce. Algum tempo depois, ele e sua família retornaram para Ilhota, onde vivem até hoje.
Dia a dia
Aos 65 anos, Osmar carrega consigo a certeza de que muitos anos ainda virão pela frente. Para isso, o alegre senhor conta com uma família muito unida, que lhe traz muitas felicidades e muita vontade de viver. Casado há 35 anos, o casal Osmar e Maria Júlia Corrêa encontrou um no outro a cumplicidade e a união que tanto procuravam. Hoje, a família é formada por dois filhos, um homem e uma mulher, e três netos. Seus olhos ganham um brilho especial ao falar da família, e principalmente da mais nova integrante, uma netinha de apenas cinco meses. Com toda a certeza, afirma, esta é a maior alegria e o melhor presente que poderia ser lhe dado em toda a sua vida.
O trabalho como garçom teve início em 1980, na Churrascaria Ataliba que, na época, ficava no bairro Bela Vista. Alguns anos depois, o local foi vendido, passando a se chamar Churrascaria Recanto, onde também ficou por algum tempo. Além destes dois locais, o Hotel Raul?s também foi seu local de trabalho por um ano.
Naquele tempo, recorda Osmar, viver como garçom era muito mais fácil do que é atualmente. É por isso que a profissão já não é tão admirada e apreciada por muitos, porém, para ele, este sempre será um emprego ótimo e prazeroso.
Mesmo aposentado há dois anos, Osmar não conseguiu deixar de trabalhar, e hoje integra o quadro de funcionários da Churrascaria Toni, onde, faz questão de dizer, sente-se muito feliz e trabalha com muito gosto ao lado de uma excelente equipe. ?Acredito que esta seja uma das melhores coisas em minha vida?, garante Osmar, que afirma ainda, com um simples e humilde sorriso no rosto, sair de casa todos os dias contente por saber que possui uma profissão que faz por amor e que pretende continuar exercendo por muito tempo.
Edição 1420
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