Mário e Iracema Moser comemoram bodas de ouro de companheirismo - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Ana C. Bernardes

A união, a cumplicidade e o companheirismo sempre estiveram presentes na vida do casal Moser. Hoje, após 50 anos de casados, essas características ainda são encontradas facilmente em suas rotinas. Moradores do bairro Gasparinho, Mário Francisco Moser, 72 anos, e Iracema Spengler Moser, 70 anos, souberam encontrar a alegria um no outro e fizeram dela a felicidade para conviverem unidos por muitas décadas.

Convencer Mário e a esposa Iracema a relatar a trajetória como casal não foi simples. Ambos achavam que a própria história não merecia destaque. Mas qualquer casal que constrói uma bela família e permanece unido por tantos anos, apesar de todas as dificuldades, devem receber o mérito.

Com um pequeno copo de vinho nas mãos, Mário nos recebeu em sua casa, junto de Iracema, e contou um pouco desta longa e bela história. As memórias dele já não são tão vivas quanto às dela, que ainda se lembra de pequenos detalhes da vida a dois.

Com um pequeno sorriso no rosto e imersa em muitas memórias, a simpática senhora ainda recorda do dia em que conheceu o futuro marido, aos 16 anos de idade, em uma festa de igreja, no dia 8 de dezembro. A partir daí, eles começaram a conversar e a se conhecer melhor. Durante muitos domingos, Mário e Iracema se encontravam depois da missa para conversar e passar um tempo juntos.

O casal se lembra que, naquela época, os namoros eram muito diferentes dos de hoje em dia. A moça, assim como o garoto, devia ser muito comportada para poder namorar, e o respeito era prioridade na relação. Além disso, algum parente de Iracema deveria sempre estar perto dos dois para vigiá-los.

O namoro durou por alguns anos, até que em 1962, eles se casaram, em uma cerimônia realizada na Igreja Matriz. Logo após o casamento, o casal gasparense foi morar no bairro Garuba, onde construiu uma pequena casa e deu início à família, formada por quatro filhos e seis netos.

Com um grande brilho no olhar e muita convicção na voz, Mário e Iracema se lembram do início da vida de casados. A primeira casa em que moraram, os filhos ainda pequenos e o município muito menor deixaram muitas saudades marcadas no rosto e no coração do casal.

Bodas de ouro

Durante a conversa com Mário e Iracema foi possível perceber que a confiança e a união existentes entre eles são os principais fatores que fizeram com que o casal chegasse às bodas de ouro. Quando questionados sobre como foram estas cinco décadas de matrimônio, eles revelam que passaram por diversas alegrias, mas também enfrentaram algumas tristezas, que foram necessárias para que o casal permanecesse junto e feliz durante tanto tempo.

Os quatro filhos de Mário e Iracema também são responsáveis por esta longa união, já que segundo o casal, eles ajudam a trazer a alegria e a força de vontade para continuar seguindo em frente unidos e felizes.

Para celebrar as bodas de ouro, Mário e Iracema realizaram uma bela festa no último fim de semana. A confraternização com familiares e amigos aconteceu no sábado, 13, na comunidade Santa Clara, no bairro Poço Grande.

A história de Mário e Iracema

Mário Francisco Moser nasceu no dia 19 de abril de 1940, no bairro Garuba, em Gaspar. Neste bairro, o senhor de 72 anos morou por mais de quatro décadas. Mário trabalhou por muitos anos no campo, até que em 1971, aos 31 anos de idade, comprou um táxi, após ser influenciado por um tio. Com um Corcel usado, começou a trabalhar no ponto próximo à Praça Getúlio Vargas. Hoje, Mário continua trabalhando como taxista, mas agora o ponto de trabalho fica ao lado do banco Bradesco, no Centro. O querido senhor afirma que não se imaginaria exercendo outra profissão que não fosse esta, que faz com tanto amor e prazer.

Assim como o marido, Iracema Spengler Moser nasceu no bairro Poço Grande, em Gaspar, no dia 1º de abril de 1942. Após se casar, a senhora Moser não precisou trabalhar fora de casa e por isto sempre se dedicou aos serviços domésticos e a cuidar dos filhos. Dona de uma grande fé e de muita vontade de ajudar as pessoas, Iracema faz parte da Comunidade São João Batista e também é voluntária na Rede Feminina de Combate ao Câncer.

Edição 1432