Luiz e Leondina Dagnoni: sessenta anos de amor e carinho mútuo - Jornal Cruzeiro do Vale

Luiz e Leondina Dagnoni: sessenta anos de amor e carinho mútuo

31/07/2013

Ter ao lado por várias décadas um companheiro para todas as horas, que será seu suporte e apoio sempre que precisar. Luiz Alidor Dagnoni e Leondina Aninha Dagnoni caminham juntos há 60 anos e possuem a certeza de que suas trajetórias de vida tornaram-se mais especiais e bonitas após terem se conhecido. Para o simpático casal, o segredo de permanecer unidos por tantos anos está no respeito que deve existir pelo outro, além do amor e da amizade que precisam ser cultivados diariamente.

 

Sessenta anos de amor e carinho mútuo

fotopg9abrecolorMD.jpgLuiz, 83 anos, e Leondina Dagnoni, 81, são gasparenses. Eles nasceram em bairros diferentes, mas seus destinos acabaram se cruzando quando eram adolescentes. Desde então, começam e terminam os dias sempre unidos. Luiz nasceu no Gasparinho, no dia 21 de junho de 1930. Filho de Ferandino Dagnoni e Ida Venturi Dagnoni, ele cresceu conciliando os estudos com o trabalho na roça. Diferente de muitas crianças e adolescentes da época, Luiz teve a chance de continuar os estudos e realizou o curso que lhe daria a chance de se tornar professor. Mesmo trabalhando no campo ao lado da família, ele começou a trabalhar também como professor, profissão que, todavia, não lha agradou muito. ?Eu preferia trabalhar nas plantações e cuidar dos animais?.

Já dona Leondina nasceu no dia 24 de dezembro de 1931. ?Minha família ganhou um belo presente de Natal?, brinca. Ela morava no bairro Gasparinho junto dos pais, Rodolfo Vieira Pamplona e Aninha Carolina Pamplona, além dos irmãos. Desde muito nova, ela passou a ir para a roça ajudar a família. O trabalho era algo que lhe trazia muita alegria e por isso fazia com muito amor. Ao contrário de seu Luiz, dona Leondina estudou apenas até o quarto ano.

Os caminhos do casal se cruzaram em meados da década de 1940. Ambos ainda lembram com muito carinho dos primeiros momentos que tiveram juntos. Com uma grande sintonia entre eles, Luiz e Leondina falavam sobre o início de sua história sempre finalizando as frases um do outro. ?A primeira vez que o nosso olhar se encontrou foi em um final de semana da Festa de São Pedro. Eu estava passando em frente à festa rapidamente, porque precisava ir até um lugar antes de seguir para a novena. Neste mesmo momento, ele estava seguindo para a novena. Nós nos olhamos por alguns segundos e eu precisei continuar o meu caminho?, lembra a senhora.

Eles se reencontraram durante a novena e novamente seus olhares se cruzaram. Luiz não perdeu tempo e, assim que os dois saíram da igreja, ele foi falar com ela. A partir daí, deram início ao longo namoro. ?Foram seis anos. Naquela época, tudo era muito diferente. Havia meses em que não nos víamos e semanas em que só nos encontrávamos aos domingos. Dificilmente conversávamos, mas sabíamos que era amor. E, claro, continua sendo até hoje?, revela.

Em julho de 1953 eles se casaram na Igreja Matriz. Neste ano, o simpático casal comemorou as bodas de diamante cheias de amor e muito carinho um pelo outro. ?Durante esses anos, tivemos horas boas e ruins e foi isso que nos levou para frente. Hoje, somos grandes amigos e companheiros?, afirma Luiz.

 

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União familiar é a maior alegria

Logo após se casar, Luiz e Leondina foram morar no bairro Gasparinho, na casa dos pais de Luiz, onde vivem até hoje. Assim como na infância e adolescência, Luiz e Leondina trabalhavam na roça. Como os trabalhos no campo tomavam grande parte do tempo do casal, dona Leondina não tinha como passar muito tempo com os filhos. ?Graças a Deus, eu tinha a minha sogra que era minha mãe de coração. Ela sempre me ajudou a cuidar das minhas crianças no período em que os trabalhos no campo eram mais puxados?, explica a senhora de 81 anos. Os trabalhos na roça se estenderam até a aposentadoria. Juntos, o simpático casal teve oito filhos ? um deles morreu há pouco mais de um ano ?, 16 netos e 10 bisnetos. A grande família é muito unida e sempre visita os patriarcas alegrando seus dias. Com belos sorrisos nos rostos, eles afirmam que a família é o bem mais precioso que possuem e que é por ela que continuam com tanta vontade e disposição para viver. ?Eles são nossa maior alegria?.

 

 

Edição 1510