Há 50 anos, completados no dia 18 de maio, Evaldo Isensee e Helena Oneda Isensee iniciam suas rotinas unidos e terminam os dias lado a lado. Durante todos estes anos, o casal soube encontrar a felicidade um no outro e fazer deste o motivo principal do grande amor que sentem. Para o simpático casal o segredo de permanecer unidos por tantas décadas está no respeito que deve existir pelo outro, além da harmonia e amor. ?É preciso entender o companheiro e aceitar seu jeito de ser?, lembra Helena.
Há mais de 50 anos, Evaldo e Helena se conheceram em Gaspar, no bairro Gasparinho, em uma das conhecidas domingueiras que tanto frequentavam. Ela morava no Alto Gasparinho e ele no Gaspar Grande, mas costumavam ir aos mesmos lugares. Ambos tinham 21 anos quando se viram pela primeira vez, em 1959. Evaldo convidou Helena para dançar e a partir daí eles não pararam mais de se encontrar. Entretanto, destaca o simpático senhor, os namoros da época eram muito diferentes. Encontros sem o acompanhamento de alguém de confiança não eram permitidos, além disso, eles dificilmente podiam pegar na mão um do outro. ?Quando eu conseguia pegar na mão dela era maravilhoso. Eu ia para o céu?, lembra Evaldo, sorrindo ao recordar dos primeiros momentos vividos ao lado do grande amor.
Como era muito difícil se encontrarem, eles aproveitavam as idas à missa, que aconteciam toda semana, para se verem, conversarem e se conhecerem um pouco mais. Estes pequenos encontros foram muito importantes para que o casal chegasse à conclusão de que não conseguiriam encontrar sua alegria em nenhuma outra pessoa. Desde que se conheceram, eles nunca mais se separaram, mas antes de isto acontecer tanto Evaldo quanto Helena já tinham namorado outras vezes. Por isto eles afirmam que é necessário conhecer outras pessoas e se relacionar com elas para saber quando você encontrou a certa.
O namoro entre eles durou cerca de quatro anos até que se casaram. A primeira residência do casal foi construída no Gaspar Grande, onde vivia grande parte da família de Evaldo. Neste local, ambos trabalhavam na roça para sustentar a família que começava a se formar.
O casal Isensee teve três filhos, que são o grande orgulho de suas vidas, quatro netos e dois bisnetos. A alegria de Evaldo e Helena é perceptível em seus olhos ao falar da família. As visitas que recebem são frequentes e por este motivo o casal nunca está sozinho. Além disso, Helena sempre conta com a companhia de seu grande amor e vice-versa, o que torna a rotina mais animada e alegre. Olhando para trás e pensando nestes 50 anos em que estiveram casados, eles garantem que as dificuldades que precisaram enfrentar foram muitas, mas nunca suficientes para pensarem em se separar. ?É impossível um casal não ter suas desavenças de vez em quando e nós tivemos. Mas nunca deixamos de dialogar e respeitar um ao outro e por isso conseguimos viver tão bem?, diz Helena.
Evaldo Isensee nasceu em Gaspar, no bairro Gaspar Grande, no dia 11 de abril de 1938. Filho de Bonifácio Isensee e Margarida da Silva, ele cresceu trabalhando no campo ao lado da família. Até os 33 anos, ele permaneceu trabalhando nas plantações de arroz, porém precisou deixar a vida no campo, já que não estava sendo muito lucrativo. Foi então que ele começou a trabalhar nas Linhas Círculo, no setor de tinturaria, e ficou por mais de 20 anos, até se aposentar em 1995. Mesmo tendo deixado de lado o trabalho no campo, Evaldo sempre teve pequenas plantações em sua casa, que cuida até hoje.
Nascida em 24 de julho de 1938, Helena Oneda Isensee é filha de Valentin e Olga Oneda. Ela nasceu e cresceu no Alto Gasparinho e, assim como o marido, também precisou trabalhar na roça desde cedo. Por este motivo, a senhora de 74 anos só conseguiu estudar até o quarto ano. Após se casar, ela continuou trabalhando na roça com Evaldo, até que passou a trabalhar em indústrias da região e, mais tarde, como cozinheira na creche Vovó Benta. Esta função, que exerceu sempre com muito amor e carinho, fez parte da sua rotina por muitos anos e até mesmo depois de se aposentar continuou cozinhando para festas.
Edição 1492
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