O sorriso no rosto e a alegria no olhar refletem tudo aquilo que a vida trouxe a Bertolina Fachini, mais conhecida como dona Beth: conquistas, ensinamentos e felicidades. A espontaneidade faz parte da história da simpática senhora, que não deixa as tristezas serem fortes o suficiente para mudar esse jeito de viver.
A felicidade de dona Beth está no jeito simples de viver e nas pessoas maravilhosas que sempre estiveram ao seu lado, marcando a trajetória de vida. Aos 68 anos, a moradora do bairro Centro ainda possui disposição, vontade e energia de sobra para acumular na bagagem muitas outras histórias.
Moradora da região central do município há mais de quatro décadas, Bertolina Fachini é uma mulher alegre, sorridente e cheia de histórias boas para contar. Histórias estas que são facilmente lembradas e reveladas com muito amor e orgulho. Dona Beth nasceu em Ilhota, na região do Baú Central, em 7 de maio de 1944. Mais tarde, toda a família se mudou para Blumenau.
Filha de Gottllip Hostin e Paula Galdino Hostin, a querida senhora cresceu ao lado de três irmãos, que assim como ela trabalhavam na roça. Na época, a escola era muito distante do bairro em que morava, por isso Bertolina conseguiu cursar apenas os anos iniciais. Quando completou 10 anos de idade, ela e a família se mudaram para o bairro Alto Gasparinho, em Gaspar. A senhora de 68 anos lembra que a casa em que morava ficava muito longe do Centro. Para conseguir comprar algo ou ir à missa era necessário caminhar por muitas horas.
Primeiro amor
Ainda muito nova, com apenas 14 anos, dona Beth conheceu o futuro marido. José Fachini era muito conhecido pela comunidade do Gasparinho por ser um homem bonito e namorador, lembra. Acrescentando um grande sorriso no rosto, ela diz que se apaixonou por ele antes mesmo de conhecê-lo, já que todos contavam histórias sobre José. A espera chegou ao fim na Festa de Santo Antônio e o futuro casal finalmente se conheceu. ?Ele era tudo aquilo que haviam me falado mesmo?, acrescenta, com uma expressão alegre. A partir daí, eles começaram a namorar. Porém, durante cinco anos, os encontros entre Beth e José ocorriam apenas aos fins de semana e só era permitido conversar e pegar na mão um do outro.
Aos 19 anos, ela se casou com o primeiro e único amor de sua vida, com quem até hoje divide todas as alegrias, tristezas e momentos marcantes. Juntos há 55 anos, o casal Fachini é exemplo de que para se construir uma longa e duradoura história é necessário encontrar a alegria no outro e fazer dela sua felicidade. Seu José e dona Beth tiveram seis filhos ? dois deles adotivos ? e seis netos. A alegria invade o peito da simpática senhora ao falar de cada um deles, responsáveis por encher seus dias de sorrisos.
Durante muitos anos, Bertolina Fachini trabalhou na roça e em indústrias do município, além de costurar roupas. Até que em 1972, ela começou a se dedicar apenas às atividades domésticas. Nesta época, ela também começou a benzer pessoas da comunidade, que até hoje a procuram. Embora tenha se dedicado ao máximo em todos os empregos que teve, dona Beth revela que o melhor trabalho que encontrou na vida foi o para qual se dedica até hoje: coordenadora de Grupos da Terceira Idade. Há mais de 20 anos, a senhora de 68 anos se esforça ao máximo para oferecer a esses grupos momentos de alegria e descontração. Após coordenar o grupo da antiga Ceval e do Cristo Rei, ela se tornou responsável pela turma do Alvorada, que chega a reunir cerca de 200 pessoas semanalmente. Os primeiros anos trabalhando com isto, revela, não foram fáceis. Era necessário se dedicar muito e ir atrás de recursos para viabilizar os encontros. As dificuldades, porém, nunca a desanimaram. ?Amo o que faço e faço de coração?.
Edição 1465
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