Aos 79 anos, Ondina Mondini Spengler relembra trajetória de vida - Jornal Cruzeiro do Vale

Aos 79 anos, Ondina Mondini Spengler relembra trajetória de vida

20/03/2013

Sorriso no rosto e alegria no olhar. Todos que conhecem Ondina Mondini Spengler, 79 anos, sabem que estas são características que a definem bem. Sempre bem-humorada e cheia de disposição, a moradora do bairro Sete de Setembro leva consigo uma bagagem carregada de bons momentos, ótimas lembranças e muita sabedoria. Ela garante que a felicidade está na maneira simples e nas pessoas maravilhosas que sempre estiveram ao seu lado, marcando a trajetória de vida.

Bom humor para apreciar cada momento

 

fotopg9abrecolorMD.jpgAo chegar à casa de dona Ondina Mondini Spengler a encontramos fazendo uma deliciosa cuca, sua especialidade. A cuca seria servida em um evento, do qual não poderia participar por estar viajando. Mesmo assim, ela não hesitou em atender ao pedido, mostrando uma de suas grandes virtudes: a generosidade. Gasparense de alma e coração, ela nasceu no bairro Santa Terezinha, no dia 29 de setembro de 1933. Filha de Luiza e Lourenço Mondini, a simpática senhora cresceu ao lado de outros 12 irmãos.

Como a maioria das crianças da época, Ondina começou a trabalhar na roça logo cedo. ?Trabalhávamos como se fossemos gente grande?, lembra. Embora existissem dificuldades na rotina pesada do campo, ela não reclamava e sabia apreciar o trabalho. Mesmo indo diariamente ao campo, a senhora de 79 anos conseguiu estudar até o quarto ano, em uma pequena escola do centro da cidade.

Aos 19 anos, ela deu início ao namoro com Irineu Spengler. O casal já se conhecia há algum tempo, mas somente com esta idade ela teve permissão para namorá-lo. Aos 22 anos, ela se casou com seu grande amor e se mudou para o bairro Poço Grande. Neste bairro, dona Ondina continuou trabalhando na roça, ao lado do marido, por alguns anos. Após algum tempo, ela foi trabalhar em uma empresa como costureira. Nesta função, ela ficou por 26 anos e saiu apenas porque a empresa fechou. ?Era algo que eu gostava muito de fazer e fazia com prazer?, destaca. Dona Ondina era uma costureira de mão cheia e, afirma, nunca precisou de aulas para aprender a costurar. Assim que a empresa fechou, ela deixou de trabalhar e se dedicou a cuidar de sua casa, marido e filhos.

Irineu e Ondina ficaram casados por mais de quatro décadas e formaram uma bela família. Os oito filhos, 16 netos e quatro bisnetos são os tesouros mais preciosos que o casal conseguiu encontrar ao longo dos anos. A dedicada mãe, avó e bisavó acredita, acima de tudo, que a união familiar é sinônimo de alegria e de muita felicidade, e que nada consegue substituir isso.

 

Dias marcados pela companhia de amigos e familiares

 

fotopg9retrancacolorMD.jpgA senhora de 79 anos leva consigo as boas lembranças de uma trajetória marcada por muitas conquistas, algumas tristezas, e o máximo de felicidade que se pode obter. Em seus olhos, pode-se perceber como os anos foram gentis com ela e como uma história pode se tornar marcante somente devido à vontade de viver e a força de querer sempre seguir em frente. Pessoa de riso fácil e alegria contagiante, dona Ondina vive sozinha em sua casa no bairro Sete de Setembro. Seu querido marido faleceu há 15 anos, vítima de um câncer de medula. A saudade que sente dele é visível em seus olhos e ainda está marcada em seu coração. Mas seus familiares e grandes amigos lhe ajudam a superar essa dor e lhe proporcionam momentos de alegria. Além das várias visitas que recebe, a rotina de dona Ondina também é marcada pelos passeios, viagens e tarefas domésticas. ?Sou muito feliz por ter uma família unida ao meu lado, que me orgulha todos os dias. As amizades que cultivei também são um grande presente para mim. É por isso que sou uma pessoa alegre e de bem com a vida?.

 

 

Edição 1472