Há anos que se ouve falar em duplicação da BR-470. De sua necessidade, pelo menos desde que foi feita para ligar o Oeste do Estado ao litoral e emendá-la à capital, via BR-101.
Os primeiros 74 quilômetros de estrada duplicada já têm recursos garantidos na ordem de R$ 1,7 bilhão e compreendem o trecho que vai de Navegantes até Indaial. Divididos em quatro lotes, justamente o que mais nos interessa, que vai de Ilhota a Gaspar, é o mais complicado de executar, tecnicamente falando, e é o último que deve ficar pronto.
Quem já precisou cruzar o Estado com direção ao Médio Vale ou além, até o Oeste Catarinense, sabe que estes 74 quilômetros não são a solução definitiva dos problemas de caminhoneiros, motoristas de ônibus e condutores em geral. Mas, com certeza, representam um passo muito importante no desenvolvimento dessas regiões envolvidas e, como a duplicação corta a cidade de Blumenau e seu trecho cada vez mais violento e menos fluido, a informação de que a duplicação inicia ainda no segundo semestre deste ano é sem dúvida uma boa notícia.
E seria ainda melhor se não fosse o histórico das licitações e da burocracia nas obras públicas brasileiras. A duplicação da BR-101 se arrasta há quase dez anos. De positivo, mesmo, a garantia que vem de Brasília de que a obra vai realmente sair do papel, apesar da demora maior no trecho Ilhota-Gaspar. Por outro lado, aguardamos que os envelopes abertos na licitação da Ponte do Vale, em Gaspar, não tragam surpresas e que este cronograma não nos faça assistir a mais um reprise do que acontece em Ilhota. Este tipo de novela ninguém quer ver de novo.
Edição 1389
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