O fim de semana registrou mais uma vítima fatal nas estradas de Gaspar. A jovem Camila Rosane Cordeiro, de apenas 18 anos, perdeu a vida em um acidente na rodovia Jorge Lacerda, no bairro Poço Grande. Poderia ser mais uma infelicidade se o exame feito pelos policiais não detectasse que o condutor do veículo, que escapou sem ferimentos, havia ingerido bebida alcoólica antes da forte colisão com um poste de iluminação pública, que destruiu o carro em que o casal estava.
A mistura de dor da família com a indignação de quem conhecia a jovem retrata a sensação de quem já sentiu na pele a perda de uma pessoa querida graças à infeliz mistura entre álcool e direção. Em tempos de reforço na fiscalização da chamada Lei Seca, é de se lamentar que ainda tenha quem insista em ingerir bebida alcoólica e ainda assim pegar a estrada, com agravantes como excesso de velocidade, colocando em risco a vida de quem está no carro e de quem trafega pelas ruas sem ter nada a ver com isso.
No entanto, é preciso ressaltar que o problema envolve também as autoridades e uma certa morosidade que ainda nos afeta quando o assunto é fiscalização. Problemas como falta de efetivo, crescimento da violência e dificuldade de punição prejudicam a eficiência e até mesmo a quantidade de blitze, responsáveis por ao menos inibir os condutores que insistam em combinar álcool e direção. A esperança que fica é que as recentes alterações na Lei Seca, que visam aumentar o poder do agente público no momento da fiscalização, e que o processo de conscientização, que aos poucos forma novos condutores sem o nocivo hábito de dirigir sob efeito de álcool, contribuam para evitar que novos dramas como o que tirou a vida da jovem Camila se repitam em nossa região.
Edição 1486
Copyright Jornal Cruzeiro do Vale. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do Jornal Cruzeiro do Vale (contato@cruzeirodovale.com.br).