Nesta segunda-feira, dia 16, o ribeirão que corta o bairro Gasparinho voltou a sofrer com resíduos industriais despejados nas águas que seguem até o rio Itajaí-Açu. Logo pela manhã moradores já identificaram a coloração diferente do ribeirão, fenômeno que já havia sido registrado no final do mês passado.
Segundo a Prefeitura, a suspeita é de que empresas ligadas ao ramo têxtil estariam aproveitando a chuva para despejar resíduos de tinturaria nas águas sem chamar a atenção. O caso já havia começado a ser investigado no mês passado, mas nesta segunda a promessa era de que a Prefeitura continuaria indo a fundo para descobrir os possíveis autores do crime ambiental.
Espanta que, em pleno século 21, cidades desenvolvidas como Gaspar tenham que conviver com situações tão irresponsáveis quanto essa. A água que vai para o rio e abastece toda uma região é contaminada com dejetos que precisariam passar por processos de tratamento, cada vez mais barateados com o avanço da tecnologia, mas ainda assim refutados por administradores levianos. Da parte da Prefeitura, o lamento ocorre apenas pela demora em descobrir a origem da situação e efetivar a punição, necessária para o processo de conscientização de toda a comunidade.
Em tempos onde se prega tanto a sustentabilidade, com adesão cada vez maior dos moradores a processos como separação do lixo e uso racional da água, ocorrências como essa precisam servir de referência. Um importante primeiro passo, que poderia, quem sabe, ser sucedida por uma política mais ampla de tratamento de esgoto e ampliação do saneamento nos bairros da cidade.
Edição 1524
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