A CPI dos Cemitérios, que até antes das eleições caminhava a passos lentos na Câmara de Vereadores, ouviu as primeiras testemunhas no decorrer desta semana. Foram três dias de vários depoimentos, entre eles estavam os proprietários da empresa que realizava os serviços no local e representantes da Administração Municipal, incluindo o ex-procurador do Município, Mario Mesquita, que após este caso deixou a equipe de Governo de Celso Zuchi.
Ao que tudo indica, passado o período eleitoral, a Comissão formada pelos vereadores Luis Carlos Spengler, Raul Schiller, Joceli Campos de Lucinda, Claudionor da Cruz Souza e José Amarildo Rampelottti deve sair do lugar. Os depoimentos colhidos nesta semana serão minuciosamente avaliados pela comissão e todos os fatos apurados até o momento serão repassados para a comunidade em uma Audiência Pública agendada para o dia 29 de outubro, no plenário da Câmara.
A audiência é aberta para a comunidade e deverá ter casa lotada, afinal, foi a comunidade gasparense a maior lesada em todos estes anos de supostas cobranças indevidas nos cemitérios municipais de Gaspar. O que se espera é que as irregularidades sejam apontadas e os responsáveis devidamente punidos. Gaspar não quer, e não pode, ver mais uma CPI acabar em pizza.
Muitas famílias desembolsaram altos valores para ter seus jazigos reservados e hoje os espaços estão sendo utilizados por outras pessoas, por que a reserva, ao que tudo indica, não era regularizada. Alguns, ou muitos, saíram lucrando com isso e a comunidade não pode ficar calada diante de tão escandaloso fato envolvendo um dos momentos mais difíceis da vida do ser humano, que é a morte de um ente querido.
Editorial 1431
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