É inesgotável o repertório de denúncias que são feitas contra políticos no Brasil. Em todas as escalas, em todas as instâncias, nas mais modestas e nas mais pomposas prefeituras, governos, câmaras, assembleias. Ideli Salvatti, PT, é alvo de denúncias, por supostas irregularidades na compra de lanchas quando era ministra da Pesca e Aquicultura. Demóstenes Torres, ex-DEM, tenta se livrar de um suposto envolvimento com o bicheiro Carlinhos Cachoeira.
Em Gaspar, de pequenas a grandes obras sofrem com um olhar desconfiado da opinião pública. Até que ponto as licitações são transparentes, a compra de insumos ou contratação de mão de obra ou serviços é feita dentro da lisura? Como podemos descansar, colocar a cabeça no travesseiro e dormir quando o dinheiro público parece estar sendo usurpado covardemente a cada nova investida?
Agora, a investigação da vez pode recair sobre a Secretaria de Desenvolvimento Social. Há uma sindicância instaurada para verificar o que aconteceu no caso dos alimentos vencidos e que estavam sendo distribuídos à população carente. Há suspeita de nepotismo no relacionamento afetivo entre o secretário e a diretora de Assistência Social no município. E, agora, uma nova denúncia diz que uma assessora administrativa da Secretaria estaria recebendo salários integrais, mas se ausentaria frequentemente de suas atribuições na pasta para a qual foi nomeada e receberia seus salários em dia. Como se sabe, são suspeitas, que estão sendo levantadas e, onde há fumaça, quase sempre há fogo.
Edição 1381
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