A semana começou com um misto de tensão e drama em Ilhota. Na manhã desta segunda-feira, o empresário Fernando Miguel de Souza, 34 anos, foi vítima de uma tentativa de assalto e, ao tentar reagir, acabou sendo morto por um dos criminosos. Na fuga, o trio autor do latrocínio ainda capotou o carro, o que matou um dos indivíduos e feriu os outros.
O enredo quase cinematográfico destoa bastante da aparente tranquilidade da capital da moda íntima e moda praia. O clima de cidade pequena, onde todos se conhecem, deu lugar na manhã desta segunda à atmosfera de temor e desconfiança, com ocorrências de crimes antes registradas apenas em grandes cidades, que agora parecem aportar na realidade dos moradores. Fenômeno semelhante já ocorreu ao longo do processo de expansão de Gaspar, Blumenau e demais cidades catarinenses.
Basta olhar os noticiários nacionais para perceber o crescente registro de ocorrências policiais, onde as vítimas não são mais distinguidas entre classe social ou formação escolar. O fato é que não existe mais cidade imune à criminalidade. Seja em Ilhota, Blumenau, Florianópolis ou São Paulo, a onda de ocorrências policiais já está integrada à cena urbana e exige uma adequação por parte da população, como forma de se prevenir de verdadeiras tragédias familiares. Ao mesmo tempo, é preciso aumentar a cobrança sobre os setores da sociedade responsáveis pela segurança pública, desde as estruturas policiais até as instituições de educação, responsáveis pela formação das novas gerações.
Edição 1530
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