Após a confirmação do bloqueio do repasse da Prefeitura para o Hospital de Gaspar, em função de alegações como problemas na prestação de contas e falta de médicos durante horário de atendimento na unidade hospitalar, uma liminar entrou em cena determinando o pagamento da parcela de junho, que havia sido retida. A decisão da Comarca de Gaspar atende mandado de segurança apresentado pelo Hospital de Gaspar, que cobra os valores alegando que o prejuízo à comunidade poderia ser ainda maior se a instituição ficasse sem a verba.
Para seguir aquela velha máxima de que determinação judicial não se discute, se cumpre, o município já informou que irá cumprir o que diz a liminar e liberar a parcela para o Hospital de Gaspar. No prazo de 10 dias, o Executivo também deve enviar os argumentos pelos quais decidiu pela suspensão do repasse. Em meio a esse início de disputa, quem se vê mais desamparada é a comunidade, que quando precisa de serviços de saúde fica sem saber direito a quem recorrer.
Apelações e liminares à parte, é de conhecimento público que o atendimento oferecido pelo Hospital de Gaspar não corresponde totalmente aos anseios da comunidade. As constantes denúncias e reclamações do serviço prestado mostram que há algo que precisa ser visto de perto e com mais atenção pelos gestores hospitalares e pelas autoridades. Neste contexto, é importante que o Judiciário se mostre presente e ágil, com decisões tomadas com a rapidez necessária. No entanto, essa atuação desperta o desejo de que essa linha de atuação se mantenha até o fim deste impasse, onde a parte mais frágil e mais prejudicada acaba sendo a população.
Edição 1502
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