A BR-470 fez mais uma vítima no início da tarde desta segunda-feira. Um jovem de 31 anos, condutor de uma motocicleta, perdeu a vida em uma colisão frontal. Infelizmente, o trânsito brasileiro e, com maior gravidade e proximidade, as rodovias que cortam o Vale do Itajaí, transformaram-se em estatística crescente de acidentes fatais. Mesmo com a duplicação sendo anunciada, mesmo com os recursos empenhados e as empreiteiras já podendo começar o trabalho de duplicação, cada minuto que passa é uma gota de desalento para a sociedade.
A morosidade revoltante com o que nossos governantes tratam a coisa pública significa, hoje, menos uma vida. Agravada pela imprudência, pelo excesso de velocidade e pela falta de preparo de nossos condutores, a burocracia que emperra o Brasil não deixa o país crescer e ainda ceifa todos os dias milhares de trânsito nas rodovias federais. Investimento obrigatório dos poderes públicos, a vida dos cidadãos é cada vez menos uma prioridade, e cada vez mais uma estatística negativa nos números oficiais.
E a esperança alentadora da duplicação, usada a fortes pulmões nas cerimônias políticas e muitas vezes eleitoreiras, mesmo fora de época, fica cada vez mais distante quando vemos exemplos de incompetência administrativa, de desvios faraônicos de verbas, de falta de uma política de crescimento organizado e sustentável. A duplicação da BR-101 sul já se arrasta há quase uma década e ainda não foi concluída. Sua previsão mais otimista é 2017. A ampliação da BR-470, fundamental para o crescimento e a segurança de quem vive na região, até agora não passa de projeto político e de burocracia, usada como barganha eleitoral.
Copyright Jornal Cruzeiro do Vale. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do Jornal Cruzeiro do Vale (contato@cruzeirodovale.com.br).