“O edital pede que seja feita uma base de concreto na colocação dos tubos. Porém, segundo o vereador, os tubos foram colocados em cima do barro; entre um tubo e outro, o edital prevê uma ‘emenda’ feita em concreto. Apesar disso, fotos mostram a utilização de manta asfáltica; o edital garante ainda a colocação de caixas de contenção em concreto armado. Contudo, registros mostram que o serviço foi feito com blocos de concreto; o projeto de Lei 3/2018, que permite ao Samae realizar a drenagem pluvial da obra, é datado em 13 de novembro. Mas, em 26 de outubro os tubos da obra já estavam entregues”.
Esses são os pontos levantados pelo vereador Dionísio Bertoldi sobre possíveis irregularidades na obra da rua Frei Solano, no bairro Gasparinho. Até aí tudo bem, porque é dever do vereador fiscalizar. Mas, ao ser questionado pelo vereador sobre situações que envolvem o executivo municipal, o prefeito Kleber Wan-Dall esperou um mandado de segurança da Câmara de Vereadores para esclarecer a situação. O que o chefe do Executivo esquece é que essas informações são públicas e deveriam estar à disposição de todos da melhor maneira possível. Quando ele tenta dificultar a cobrança por parte dos vereadores - que representam o cidadão - ele está também dificultando o acesso da população à verdade.
Desde o início do mandado do prefeito Kleber, a Câmara precisou recorrer à justiça seis vezes para conseguir resposas de requerimentos. Torcemos para que esta tenha sido a última vez.
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