A disputa por espaço entre pedestres, ciclistas e veículos é cada vez mais frequente nas áreas urbanas. E nos locais onde não há áreas delimitadas para todos os personagens que compõem as cidades, com ciclovias ou ciclofaixas, calçadas, áreas de escape estacionamento e pistas para os automóveis, o risco se transforma em ameaça diária para as partes mais vulneráveis do duelo do trânsito, como os caminhantes e os amantes das bicicletas.
Um caso típico desta situação ocorre, já há muito tempo, na Avenida das Comunidades, no Centro de Gaspar. O assunto já foi tema de reportagens do Jornal Cruzeiro do Vale e volta ao noticiário pela dificuldade que pedestres enfrentam em determinados pontos da via, onde em alguns casos chegam a ter que invadir a pista de rolamento para conseguir se deslocar. Apesar de paliativos como acessos feitos pelos empreendimentos e calçadas mais largas em determinados trechos, ainda há pontos em que o pedestre e o ciclista não têm escolha e acabam expostos aos riscos de um acidente.
É necessário que as iniciativas do poder público de solucionar problemas desta natureza se transformem em atitudes, capazes de aumentar segurança dos pedestres e também dos motoristas, que terão menos risco de se envolver em acidentes ou atropelamentos. Em tempos em que se fala sobre cidades sustentáveis e relação de harmonia entre os modais de transporte, é fundamental que a segurança e a garantia de espaços a todos estejam entre as maiores preocupações das autoridades de trânsito.
Edição 1624
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