Logo na primeira edição do Cruzeiro do Vale de 2012, o jornal estampava o luto de sete famílias de Gaspar em função de mortes provocadas por acidentes de trânsito ou assassinatos, que não deram trégua nem mesmo no período em que muitas pessoas ainda desfrutam das férias. No total, quatro gasparenses morreram em acidentes na BR-470, BR-101 e Rodovia Jorge Lacerda, sem contar um caso de homicídio em Gaspar e outros dois envolvendo moradores da cidade em outros locais do Estado.
Um ano se passou, uma nova profecia de fim de mundo foi superada e os órgãos responsáveis pela segurança nas estradas elaboram novas planilhas sobre acidentes e vítimas do trânsito do Vale. Em Gaspar, porém, os números revelam uma surpresa. Enquanto 10 dias foram suficientes para levar quatro vidas nas estradas no último ano, desta vez a cidade passou imune nos trechos de rodovias, considerados perigosos por motoristas de todo o Estado.
Autoridades creditam o avanço ao reforço da fiscalização e a punições como a Lei Seca, que foi intensificada no final do último ano. O desejo comum, porém, que supera qualquer análise, é de que a tendência verificada nas primeiras semanas se estenda por todo o restante do ano, reduzindo o número de vidas que chegam ao fim num cruzamento de rodovia qualquer.
Mais do que desejo, esse é um compromisso que precisa ser assumido por toda a sociedade civil, partindo de cada motorista, responsável por acabar com a imprudência, a irresponsabilidade ao volante, passando pelos legisladores, que devem discutir a questão a fundo e pensar em soluções eficazes para o tema, até o Judiciário, que deve ser exemplar nas punições para provocar uma corrente de bom senso capaz de repetir nas próximas semanas do ano os resultados que Gaspar obteve nos dias iniciais de 2013.
Edição 1453
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