A greve dos servidores caminha para fechar a primeira semana com o saldo de duas reuniões envolvendo representantes do Executivo, mas nenhum sinal de que a proposta da Prefeitura irá ao menos se aproximar da pedida dos funcionários públicos municipais, que prometem não arredar pé da Praça Getúlio Vargas até que seja oferecido algo mais próximo dos 4% de ganho real, da instituição do Plano de Cargos e Salários e de outras reivindicações consideradas primordiais para a categoria.
Após ceder à investida dos servidores e atender a comissão que representa a categoria na terça-feira, o governo engrossou o tom e emitiu uma nota dando como encerradas as negociações e confirmando que os dias de paralisação dos servidores serão descontados. A estratégia, ao menos inicialmente, parece não ter intimidado o grupo de manifestantes, que já está estruturado e pretende continuar pressionando o poder público para uma proposta que atenda o que a categoria busca.
Um dos pontos que chama a atenção nesse impasse é a morosidade. A Prefeitura demorou a atender aos pedidos de reunião de negociação com os representantes dos servidores, demora a apresentar uma proposta que, se não traga avanços na parte financeira, mas aponte alguma evolução nas cláusulas sociais ou crie alguma perspectiva de aumento futuro. Essa sensação de desvalorização, somada ao clima de protestos e reivindicações em alta desde as manifestações de junho do ano passado, funcionam como combustível para que a categoria se motive ainda mais para continuar em greve e defender as conquistas que considera necessários para o trabalho desempenhado nas diferentes áreas do serviço público.
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