A consciência como legado - Jornal Cruzeiro do Vale

A consciência como legado

06/12/2012 22:36

A semana marcou a despedida da juíza da 1ª Vara da Comarca de Gaspar, Ana Paula Amaro da Silveira, que foi promovida para atuar em Florianópolis. Desde 2002, a magistrada atuou em Gaspar e teve atuação de destaque na área de proteção à infância e juventude. Nas páginas centrais desta edição, o Cruzeiro do Vale apresenta um encarte sobre algumas das ações que tiveram contribuição direta ou indireta da juíza ao longo desse período.

Na semana de despedida, a juíza avaliou o trabalho desempenhado nos últimos 10 anos. Não abriu mão de reconhecer o esforço de pessoas como as coordenadoras dos abrigos e o ex-parlamentar Álvaro Correia, que ajudou a batalhar por melhores condições de trabalho para o Judiciário em Gaspar. Por outro lado, não teve temor de apontar as dificuldades e impedimentos que encontrou ao longo do tempo na cidade para fazer valer os direitos da criança e do adolescente.

Mais de uma gestão passou pela administração pública no período em que ela atuou nesta área. Nas palavras da magistrada, a situação é sempre a mesma, embora uns sejam mais articulados do que outros. Algumas posturas precisaram ser levadas às últimas circunstâncias para fazer cumprir o Estatuto da Criança e do Adolescente, tornando os investimentos nesta área prioridade para a administração pública.

A juíza está deixando a cidade, mas o legado que deve ficar, além do trabalho exemplar nos abrigos já consolidados, é a consciência de que investir em amparo a crianças e jovens em situação de vulnerabilidade é essencial para dar dignidade a todos e desenhar os primeiros traços de um quadro de justiça social plena, hoje ainda restrito ao plano dos sonhos.

 

Edição 1447

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