Sons estranhos - Jornal Cruzeiro do Vale

Sons estranhos

27/01/2017

Seriam almas penadas, gemendo baixinho?
Lembro das estórias fantasmagóricas
Contadas pelas colegas de infância.


Eram coisas arrepiantes
Mas sou corajosa, enfrento meus medos.
Afasto as cobertas, esqueço o frio da madrugada
E levanto, disposta a acabar com tudo.


E pé, ante pé, vagarosamente caminho
Tateando nas paredes vou acendendo as luzes
Cruzo um grande corredor
Estou decidida, nada me fará voltar atrás


Vou afastar esses fantasmas
Abro a geladeira e me farto a comer.
Os sons estranhos sumiram
Era mesmo a fome, que estava a gritar.
Tirando o meu sossego, e não me deixando descansar.

 

Edição 1785

Comentários

Deixe seu comentário


Seu e-mail não será divulgado.

Seu telefone não será divulgado.