27/01/2017
Seriam almas penadas, gemendo baixinho?
Lembro das estórias fantasmagóricas
Contadas pelas colegas de infância.
Eram coisas arrepiantes
Mas sou corajosa, enfrento meus medos.
Afasto as cobertas, esqueço o frio da madrugada
E levanto, disposta a acabar com tudo.
E pé, ante pé, vagarosamente caminho
Tateando nas paredes vou acendendo as luzes
Cruzo um grande corredor
Estou decidida, nada me fará voltar atrás
Vou afastar esses fantasmas
Abro a geladeira e me farto a comer.
Os sons estranhos sumiram
Era mesmo a fome, que estava a gritar.
Tirando o meu sossego, e não me deixando descansar.
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