13/10/2017
Lancei um olhar furtivo pela janela
E vislumbrei, entre uma espessa névoa,
Formas irreconhecíveis
Que se moviam de um lado para o outro.
Podia senti-las bem próximas a mim
Porém algo estranho parecia pairar no ar
Tal era a intensidade
Com que olhares penetrantes me fitavam.
Não poderia distinguir
Se aquilo que sentia naquele momento
Era temor, medo ou algo parecido,
Pois meu coração batia descompassado.
Seres andantes caminhavam serenos
Como que buscando algo
Entre aquela enorme névoa
Que os encobria.
Tentei buscar com o olhar
Algo que me fizesse compreender
O que acontecia.
No entanto, talvez a suspeita, não lhe permitia.
Compreendi, segundos depois, que sonhava
E no sonho, meu próprio eu é que caminhava
Entre névoas e galhadas
Trilhando algo desconhecido.
Era o sonho partido
De uma noite fria
Que descortinava todo o meu eu
Dentro do meu próprio interior.
Copyright Jornal Cruzeiro do Vale. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do Jornal Cruzeiro do Vale (contato@cruzeirodovale.com.br).