02/02/2016
ANDREIA I
Na quinta-feira a tarde, na Câmara de Gaspar, a vereadora Andreia Symone Zimmermann Nagel, PSDB, fará uma prestação pública do seu mandato. Novidade? Inedetismo? É. Mas, não devia ser. Isto é uma obrigação de quem é eleito e promete representar os interesses da comunidade. Mas, em Gaspar e para a maioria dos políticos em qualquer lugar do Brasil esta prática é algo distante da relação deles com eleitores e eleitoras depois de eleitos. E até porque a maioria deles não possuem conteúdo, trabalho e coragem para fazer esta prestação à imprensa e à comunidade. Andreia que foi até aqui diferente no mandato, não inova, mas continua diferente com a atitude que tomou para dizer o que fez, o que não conseguiu fazer e o porquê não conseguiu.
ANDREIA II
E porquê Andreia é diferente? Porque ela não nasceu política. É uma professora esclarecida ali da Lagoa. E quando políticos cheios de manhas tentaram batizá-la, enquadrando-a, colocando coleiras e pondo-a numa fila em que se precisa ajoelhar, ela escolheu um outro caminho: não fez acordos contra a sua consciência, as suas promessas e à sua liberdade de escolha. Por causa disso, perdeu a prometida presidência da Câmara, entretanto, não perdeu a alma e aquilo que ela acredita. Fez mais: acusou os que manobraram, encurralaram e a trairam (responde processos por ter sido sincera e transparente no discurso que fez na Câmara esclarecendo o jogo do poder e apontando os jogadores). Enfrentou a máquina do PT de desmoralizar e cooptar. Colocou o dedo nas feridas e paga um preço alto por isso. E foi esse comportamento que fez Andreia sair do anonimato, ganhar parte ponderável de Gaspar e se posicionar como uma das principais figuras do jogo político no município para o desespero de gente das tramas políticas e que está na fila esperando a vez de entrar no jogo.
ATESTADO DE INCOMPETÊNCIA I
Até quando toma boas iniciativas, a administração petista de Pedro Celso Zuchi não escapa da relevante incompetência que possui (e tenta sempre escondê-la nas entrevistas que dá a rodo nas rádios sem as perguntas obrigatórias), tropeça nas próprias pernas, esbarra nas obviedades e contradições. É uma marca nacional do partido que não planeja e vive de propaganda enganosa, vingança continuada contra adversários (alguns deles imaginários) e o aparelhamento do poder para seus cabos os eleitorais.
ATESTADO DE INCOMPETÊNCIA II
Na segunda-feira, dia 25, ou seja, há mais de uma semana, começou a marcação de consultas pelo telefone 0800 para o atendimento nos postos de saúde de Gaspar. Outras cidades vizinhas já faziam. Então, aprendizado zero sobre a dificuldades, erros e avanços dos outros. Só na quarta-feira (da semana passada), todavia, a assessoria de imprensa deu o recado para a cidade. Este atraso era um claro sinal de que a coisa não ia bem. E porquê? Foram disponibilidas minguadas e inconcebíveis quatro linhas para atender uma demanda de 20 mil cadastrados. E pior, faltando quadro especializado, colocaram uma enfermeira para fazer o serviço burocrático de marcação pelo 0800. E não ia, tanto que aqui a coluna se reportou os problemas. Não deu outra. Na sexta-feira, uma paciente foi lá Central e desceu a mão no pessoal. Deu até polícia.
ATESTADO DE INCOMPETÊNCIA III
Uma correria. Depois do bafafá, s superintendente de Saúde, Alba Aguiar ainda tentou por a culpa nos outros. Para ela, os postos não entenderam direito a comunicação. O 0800 que em Gaspar só foi implantado para esconder as indecorosas filas nos postos de saúde dos olhos da população e das fotos da imprensa, transferiu o problema para a Central que não dá conta, não presta serviços adequados. Segundo Alba, os postos continuarão a receber marcação e que se mesclarão com o 0800.
ATESTADO DE INCOMPETÊNCIA IV
Mas, não é isso que o press release da própria prefeitura, produzido com atraso de dois dias, afirmou logo na sua abertura: “a partir dessa segunda-feira (25) a Secretaria de Saúde disponibilizou o agendamento de consultas por telefone para todas as unidades de saúde do município. Desde outubro de 2015 os usuários das unidades do Bela Vista e Jardim Primavera já estavam utilizando o serviço. Agora, a nova forma de agendamento foi estendida para todos os postos de saúde, com exceção da Unidade Avançada de Saúde do Gaspar Alto, onde as consultas continuarão sendo marcadas apenas pessoalmente”. Quem declarou isto no press release? O secretário Cleones Hostins. Então de quem é confusão na comunicação? Jogo. Mentira. Confusão. Incompetência continuada. E o povo? Usado, enganado. Acorda, Gaspar!
COMPLICADO I
As eleições no Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público de Gaspar – Sintraspug – estão marcadas para o dia 25 de fevereiro. Jovino Masson não fará sucessor. Ele não se envolveu neste assunto aqui, como foi toda a sua administração tocada pela pressão. O ex-presidente Sergio Luiz Batista de Almeida – que verdadeiramente ainda manda no sindicato – e ele, deixaram o seu vice, Carlos Eduardo Junkes, o que poderia sucedê-los aos tubarões. Eduardo está ressentido. Então Eduardo não pode fazer então uma plataforma para a disputa. Já tinha dificuldades para formar a chapa e se queixou disso na festa dos servidores. Para complicar, Eduardo acaba de passar por uma cirurgia cardíaca. Terá que repousar e exatamente quando tudo é mais intenso.
COMPLICADO II
Com o jogo dos dirigentes para não surgir liderança concorrente no mesmo grupo, o que já ensaiava nos bastidores, apareceu na semana passada: Lucimara Rozanski Silva, vinda da Educação. Ela saiu na frente e protocolou como sendo chapa 1, na corrida para suceder Jovino. A sua vice é Kelly Cristina Silva Santos, vinda da área da Saúde. Então, estão representadas duas parcelas importantes dos servidores de Gaspar. É uma boa arrancada estratégica. Há muita dificuldade para montar qualquer chapa como se exige no regimento e no edital. Lucimara, que é mulher do agente de trânsito Pedro Silva, já conseguiu um grande feito buscar para si 22 nomes. Lucimara se diz de oposição ao atual Sindicato. Eduardo, se for, não quer ser o sucessor da atual diretoria por tudo que passou. O PT sonda a montagem de uma chapa, mas encontra dificuldades. Qualquer chapa que se monte, parece que tem que ser de oposição? Estranho. O mandato do vencedor no dia 25 vai até 2019.
TRAPICHE
O PSDB chamou o PSD de Gaspar para uma rodada de conversas. Ofereceu a vice na sua chapa que terá o DEM como parceiro certo. O PSD fez biquinho (ainda não era público a tranca do PMDB na intromissão de tirar o PP de vice da chapa com o PMDB). O PSD não gostou do papo com o PSDB e disse que eram naquela noite de 99% as chances de não aceitar a oferta e o casamento com os tucanos. Truco que se desmanchou dois dias depois.
O PSD de Gaspar está em crise de identidade. Perdeu o cavalo que passou encilhado para a candidatura própria por seus próprios erros na conduta de seus vereadores na Câmara e na aproximação disfarçada com o PT. Perdeu o cavalo porque achou que o PMDB iria abrir mão do projeto que fez com o PP no ano passado. O PMDB evitou dar o recibo de volúvel ou de entrar numa armadilha que ele próprio não sabe bem qual é a do PSD.
Agora, sem muitas alternativas, o PSD não perdeu a pose e esnoba o PSDB. Os tucanos, todavia, já sentiram que o PSD como parceiro, não é confiável. Joga e não mostra alinhamentos de propósitos. Tereza da Trindade, ex-candidata a prefeito pelo partido, lançada às feras e depois abandonada, é quem pode contar e testemunha melhor essa história de ser abandonada em plena campanha dentro do próprio partido.
O PSD de Gaspar está dividido. O ex-presidente Fernando Neves, e o presidente da Câmara, Giovânio Borges e que tem agora Fernando como seu assessor e guru, estão muito próximos do PT. Eles não negam isto nos conchavos, mas publicamente ainda tem alguns recatos. Esta situação ambígua e camuflada, inclusive, tira o sono e deixa desconfortável o vereador Marcelo de Souza Brick. Ele jura que nunca esteve com o PT. E se houver esta aliança, o discurso dele com o seu eleitorado vai por água abaixo. Compromete até a sua reeleição se ele não achar um espaço na majoritária.
Brick durante o mandato fingiu – por si e pressionado pelos interesses do partido em que está inscrito, o qual se proclama não ser de direita, de centro, de esquerda, de situação ou de oposição - que não estava com o PT daqui, além de tentar se vender como o novo depois do sucesso que teve nas urnas que o elegeu. Os leitores da coluna já sabiam deste equilíbrio desde o primeiro ano de mandato do vereador.
É esta ambiguidade que incomoda o PSDB. É a falta de posicionamento claro perante os eleitores que o PSDB olha como uma fragilidade do PSD na coligação. Como ter um discurso de mudança, se há ligação com o que está no entorno, perguntam os tucanos. E é por isso, que os tucanos resolveram sair logo de cima do muro, propor a conversa e resolver esta situação logo, antes que ela contamine o palanque.
O encontro do PSD com o PSDB e o DEM foi na quinta-feira passada. Estavam lá pelo PSD Marcelo de Souza Brick, Giovânio Borges, Fernando Neves e Amarildo Andrade. O PT está rindo à toa. O PSD se ajoelhou no milho jogado com isca pelo PT.
Duas pesquisas preocupantes. Uma do prefeito de Ilhota, Daniel Christian Bosi, PSD. Viu e resolveu guardá-la à quatro chaves. A outra é de Gaspar e de quem defende todos contra o PT. O nome escolhido para encabeçar o enfrentamento não empolga os eleitores. Pelo menos por enquanto.
Quem diria. O Projeto de Lei do prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, que dá 20% das vagas dos concursos públicos de Gaspar aos que se declararem negros e pardos, foi contestado de forma contundete por uma liderança, negra e jovem, Fernando Holliday.
Para ele, os vereadores de Gaspar acham que os negros são incapazes de conseguir uma vaga em concurso público sem a ajuda do Governo. Na audiência armada para o palanque do PT, houve pouca contestação. A opinião de Fernando Holiday, um dos fundadores do Movimento Brasil Livre , pode ser vista abaixo:
Hoje a Câmara volta a se reunir, depois de encerrar as atividades no dia 22 de dezembro, quando elegeu Giovânio Borges, PSD, para presidente. Quarenta dias de férias. Em julho tem mais 15 dias. Estas férias espichadas quando discutidas, o relator da matéria Marcelo de Souza Brick, PSD, não as terminou.
A Câmara terá comando duplo: do PT que colocou Giovânio e de José Hilário Melato, PP, o mais longevo dos vereadores, que deu a benção. Ambos fizeram antes da eleição, Giovânio recitar a cartilha, e obrigaram o PSD a votos para os projetos de Pedro Celso Zuchi, PT. É assim a velha prática política que os novos políticos tentam esconder dos seus eleitores.
Chimelly Louise de Resenes Marcon. O Ministério Público que cuida da Moralidade Pública na Comarca quer esclarecer esta história do uso particular ou indevido das viaturas da Ditran – Diretoria de Trânsito – Gaspar. E para tal mandou instaurar um inquérito. Estão arrolados o ex-diretor Jackson José dos Santos, além de José Lourival Lana, Scheila Sanrina Lana Cardoso e Pedro Paulo Domingos.
Ilhota em chamas I. Foi sentida e por muitos, incompreendida pela maioria, as ausências do prefeito Daniel Christian Bosi, PSD, e sua secretária de administração, Tatiana Richard Reichert, na audiência pública promovida na sexta-feira passada pela Câmara de vereadores de Ilhota, no salão paroquial da Igreja Nossa Senhora da Glória, no Braço Baú. Logo a Tatiana, que se fez conhecida defendendo o povo dos Baús da inércia dos políticos e governantes.
Ilhota em chamas I. Lá foram discutidos vários assuntos. O principal dizia respeito à deficiência no fornecimento de energia elétrica. A representação da Celesc estava lá para ouvir e buscar soluções para a comunidade.
Ilhota em chamas III. Mas outros temas tinham a ver diretamente com a prefeitura. Entre eles a macadamização e patrolamento das vias públicas municipais naquela região. Tudo uma lástima há muito tempo. Outro assunto relevante: manutenção e construção de pontes em vias públicas municipais. O pesadelo é antigo. Mais. A pavimentação de vias públicas municipais nos Baús, prometidas na eleição de Daniel há quatro anos.
Ilhota em chamas IV. Estavam lá em torno de 150 pessoas. Críticas duras contra a administração de Daniel e Tatiana, em sua própria região. Estavam na reunião os vereadores Roberto Prebianca, Luis Fischer, Almir Anibal de Souza (presidente), Paulo Roberto Drun e Alyne Dedrassi e Silva.
Ilhota em chamas V. O que repercutiu, foi a tentativa do prefeito em não liberar para a preparação do evento, o seus servidores-vereadores. A Câmara oficiou tal tentativa de cerceamento do trabalho dos vereadores pelo prefeito ao Ministério Público. Vai render.
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