Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício

04/09/2015

herculanosextaGG.jpgO VERDADEIRO CRIME
Fui o primeiro no final de semana a dar a notícia da destruição do prédio do Centro de Saúde. Tudo feito às pressas, num sábado à tarde, sob o comando do secretário de todas as obras e planejamento do PT em Gaspar, Soly Waltrick Antunes Filho - aquele que colocou um toco de madeira para um dia segurar, a cabeceira da Margem Esquerda, da ponte Hercílio Deeke. Esta foto mostra que não houve demolição. Mas uma literal destruição de um prédio com uma história para os gasparenses. Tudo virou lixo, entulho e pó: telhas, tijolos, portas, vidros, janelas. Mostra também a ausência da secretaria de Desenvolvimento Social. Tudo poderia ter sido reutilizado, doado a programas ou construções sociais de pessoas de baixa renda. E o PT é quem se diz ser um partido voltado para as causas sociais, populares e progressista? Só na propaganda, no palanque, nos discursos e nas entrevistas nas rádios. Na prática... avassalador

O DIÁLOGO I
Sobre a demolição do Centro de Saúde de Gaspar, na calada da tarde de sábado, alguém, dizendo-se chamar Gustavo, postou um contraponto à minha opinião. Legítimo. Na área de comentários da coluna, mais acessada no portal do Cruzeiro do Vale, retruquei ao que empresta a mão ao tapa, mas a esconde.

DIÁLOGO II
Escreve-me Gustavo para meus leitores e leitoras. ?Imagina toda a demolição sendo feita num dia de semana... Você consegue imaginar isso??

Respondo: sim, consigo. A prefeitura nervosa tendo que explicar os questionamentos.

?Tomei conhecimento que será construída uma praça pública?.

Respondo: tomou conhecimento? É? Onde debateu-se isso? Onde se decidiu? Como se vê, transparência e participação popular, de um partido que se diz popular e progressista, zero. Nesses casos, imitar um conservador é a melhor solução aos interesses particulares envolvidos [?coincidente?, na segunda, devido ao barulho e indignação, o prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, como se fosse porta voz do Gustavo, foi à rádio anunciar que ali seria construída uma praça].

?E realmente já era um local de consumo e tráfico de drogas?.

Respondo: Era, é? Lícitas, ilícitas ou proibidas? Um posto de saúde obrigatoriamente deve ter drogas. Mas se você se refere às ilícitas ou proibidas, isso mostra claramente a falta de políticas públicas da prefeitura do PT de Gaspar sobre esse assunto. Pelo jeito ela vai arrasar a cidade demolindo todas as casas e prédios para terminar com os pontos de tráfico, consumo e troca de drogas? Foi assim na semana passada na Figueira (terreno doado ao Senai), foi agora no Centro. Onde será a próxima demolição? Espera-se que não seja o prédio da própria prefeitura, infestada na porta principal de andarilhos que fazem ali e no coreto, sem cerimônias, e aos olhos de todos, o consumo de drogas...

?Certamente poderia ser reformado e ser utilizado para algum fim e até mesmo um museu. Mas ficou bonito o local?.

 Respondo: Realmente ficou bonito, um descampado, um nada. É assim que estamos... (O Estado Islâmico age igualzinho. Surpreende, deixa tudo arrasado e espalha o medo. Depois reina, sem que ninguém possa dizer um ai). 

TRAPICHE 

O PT não quer que as escolas municipais comemorem os dias dos Pais e das Mães. Prefere que se lembre das ?Guardadoras?. É uma manifestação progressista.

A Câmara de Gaspar acaba de inovar. Cancelou a sessão solene do Dia da Independência. Para esta vergonha cívica, o presidente José Hilário Melato, PP, alega que há pouca presença, dá trabalho e não enxerga resultado. Talvez independência não signifique muita coisa para ele e para a Câmara. Acorda, Gaspar!

O ex-vereador Antônio Wolleck, o Toni da Churrascaria, está deixando o PMDB. Está assinando com o PR. Ele não gostou e não engoliu a filiação do ex-petista Francisco Anhaia. Ele será candidato a vereador do partido pela Margem Esquerda.

Toni queria esta exclusividade. Questionado se isto não é uma perda importante para o PMDB de Gaspar, o ex-presidente Carlos Roberto Pereira, foi pragmático: ?não se perde o que não se tem. Na eleição passada guardamos a vaga para o Toni. Na última hora ele desistiu?.

Uma frase. ?Fico triste afinal trabalhei ali [Centro de Saúde de Gaspar] por 28 anos! E poderia ser restaurado! Mas me lembro que o lema da Secretária de Saúde do primeiro mandato do PT em Gaspar. Vivia dizendo que odiava aquele posto e que sua vontade era explodi-lo com todos nós dentro.... Pelo menos pouparam as vidas!?

O ex-vereador do PP, Wando Andrietti, era do PSD. Ele está de malas prontas para o PMDB. Ele acaba de perder o emprego na Say Muller por conta disso. O pessoal do PT não gostou. O pessoal do Samae que pediu a cabeça, não gostou. O presidente do PSD de Gaspar, Marcelo de Souza Brick também não gostou. Perguntar, não ofende. O que este pessoal tem em comum? Cada vez mais provam que andam misturadinho. Acorda, Gaspar!

O PMDB de Gaspar mandou fazer uma pesquisa. Fez bem. Resta saber se vai usá-la para falsa propaganda ou para fundamentar ações e discursos.

Decididamente, uma coluna que faz pauta, faz poeira e esbanja assuntos de Gaspar. E mostra o que outros escondem.

É ou não é uma marca do partido? O prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, de Gaspar é um dos mais altos salários do Vale do Itajaí. Um dos menores, o de Pomerode, do PMDB, cortou 10% do seu, do vice e secretários. Manchete daqui: problema dele.

Prefeitura de Itajaí, do PP, está demitindo 65 comissionados, Chapecó 242, Laguna 188, Florianópolis precisa cortar R$100 milhões até o final do ano. Manchete daqui: o que os nossos companheiros têm a ver com isso?

Prefeitura de Caçador, do PMDB, reduzirá em 20% salários do prefeito, secretários e funcionários comissionados. Manchete daqui: por que temos que imitar os outros nesta questão econômica?

Concluindo com duas observações. Uma: a presidente Dilma Vana Rousseff e o PT juraram que a crise econômica era coisa da tal oposição (ela existe? Onde mesmo?). Pior: hoje, eles resistem a cortar parte dos 20 mil comissionados dos ministérios em Brasília (para não ir mais longe), mas querem o sacrifício de todos nós com mais impostos para a farra, o empreguismo dos seus, chantagistas e incompetentes. 

Segunda: em Gaspar, o PT tenta passar, na marra e sob constrangimento, o PLC 14/2015 na nossa Câmara. É a tal Reforma Administrativa. Ela emprega e aumenta os custos da máquina pública. O vereador Luiz Carlos Spengler Filho, PP, servidor, estima um aumento de R$ 1,2 milhão. O presidente do PT, José Amarildo Rampelotti, PT, pragueja. A conta é simples e não precisa de discussão se não houver o jogo da transparência e diálogo: a dita oposição possui oito votos para rejeitar o projeto, dos 13 possíveis da Câmara. Acorda, Gaspar!


Edição 1714

Comentários

Sempre Ilhota
07/09/2015 21:12
Caro Almir Ilhota,
Voce não sabe nem mentir, não sabes nem como foi. O Prefeito e a secretária de quem tas falando nem se pronunciaram, quem apenas falou foi o diretor de uma escola, que foi um "narrador", apresentando todas as escolas e o Secretario de Educação, também vice prefeito que agradeceu a presença de todos e falou muito bem por sinal, sem fazer politica. Eu estava la, entao posso falar o que vi. E afinal de contas, mesmo com a chuva, foi muito bonito ver as 3 fanfarras, inclusive vale lembrar que agora o municipio tem a fanfarra municipal, antes nao tinha. Cabe lembrar também que na gestao anterior nao se cultivava o 7 de setembro, nao sei porque. Foi muito bonito, me emocionei, valeu muito a pena ter ido...
Digite13, delete
07/09/2015 19:15
Oi, Herculano:

Que bom! Não haverá pronunciamento em "cadeia" de rádio e tv.; Assim não preciso ouvir mugidos.
Belchior do Meio
07/09/2015 19:10
Sr. Herculano:

Do Gente Decente sobre o superávit.
"Na conversa que teve com dona Dilma o verdadeiro Ministro da Fazenda, que nas horas vagas é presidente do BRA (leia-se Bradesco), sr. Trabuco, foi duro com a presidAnta".

Será que ele deu uma trabucada neLLa?
Despetralhado
07/09/2015 18:43
Sr. Herculano:

Os bonecos infláveis que representam a vergonha, é o Casal 20.

Aí, vem a Federal e diz: 20 prender!
Juju do Gasparinho
07/09/2015 18:22
Prezado Herculano:

Adorei a manchete do comentário das 14:16hs., serviu como uma luva para o atual governo:

"MEDO DOS PROTESTOS FAZ GASPAR CANCELAR DESFILE".
Herculano
07/09/2015 15:16
A ROUBALHEIRA É TÃO GRANDE QUE RETIROU DA PASSIVIDADE O MAIS MODERADO DOS TUCANOS, O GOVERNADOR DE SÃO PAULO, GERALDO ALCKIMIN

Por ter sido um adversário e perdedor na última disputa presidencial, seria natural aceitar que o presidente do PSDB, o senador mineiro Aécio Neves, fosse o mais direto opositor, incluindo a possibilidade de pedir o impeachment. Com o tempo, veio o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, pai do Plano Real e da estabilidade econômica, e alvo predileto do PT. Chegou sugerir recentemente a renúncia da presidente Dilma Vana Rousseff, se ela não conseguir dar a virada na economia brasileira.

Neste Sete de Setembro, surpreendentemente, foi a vez do mais moderado líder tucano e até então defensor da conciliação, o governador Geraldo Alckmin. Ele subiu o tom ao afirmar que as investigações sobre a atuação do ex-tesoureiro do comitê de Dilma Rousseff, hoje ministro Edinho Silva, levam a campanha da petista para o centro da Lava Jato. "Eu entendo que sim. Agora o que eu defendo é uma investigação de maneira profunda, rápida e seriamente. E que depois se cumpra a constituição", disse.

Logo no início de seu discurso no desfile de 7 de Setembro, em São Paulo, ele ressaltou a importância da data e disse que "a República não aceita rapinagem, não aceita a mentira e não aceita o aumento da desigualdade". Sobre os protestos contra o governo federal, ele afirmou que a crise é "gravíssima" e que revela a "falência do sistema político".


Questionado sobre a possibilidade do vice-presidente, Michel Temer (PMDB), se tornar uma opção para reunificar o país, ele disse que o vice tem "todas as qualificações", mas ressaltou que a crise é "governista" e que demanda reformas "mais complexas". O governador disse que o governo "não é a solução, mas o início da crise".
Herculano
07/09/2015 14:16
MEDO DOS PROTESTOS FAZ GASPAR CANCELAR DESFILE

A suposta previsão de chuva dos "serviços" de meteorologia fez com que a prefeitura e a secretaria de Educação, cancelassem o desfile de Sete de Setembro em Gaspar.

Quem orientou esta decisão e errou mais uma vez? A Indefesa Civil de Gaspar.

A decisão aconteceu na sexta-feira. Ora, previsão meteorológica não é precisão. E ainda mais com quase quatro dias de antecedência. Era tudo o que o governo do PT, questionado por aqui, precisava para não ficar a possíveis protestos durante o desfile.

Não choveu. Blumenau, que é governada pelo PSDB, manteve o desfile. E lá a Defesa Civil, é autoridade e não um local de cabide de emprego para curiosos e amigos do prefeito.

A decisão de cancelar, deveria ser feita às vésperas ou no dia do desfile, como é de costume, como é da prudência, coo ´da responsabilidade.

E por que então se cancelou tão antes aqui em Gaspar? Esperteza, medo e falta de diálogo com a sociedade. O PT nacional, e o daqui mandado pelo de Blumenau liderado por Décio Neri e Ana Paula Lima não é diferente. Prefere a destruição (como o do posto de saúde) a construção (como o saneamento e a urbanização do loteamento das Casinhas de Plástico).

O PT sabia que haveria, sem organização pela falta de uma oposição efetiva, mas espontânea manifestações como o da Banda São Pedro (que está a míngua porque até agora não aceitou o aparelhamento), do Grupo de Dança (que nem para o desfile foi convidado) entre outros.
Herculano
07/09/2015 13:45
SENADOR ALOYSIO NUNES, PSDB SP: INVESTIGAÇÃO DAS MINHAS CONTAS É DESVIO DO FOCO DA LAVA JATO

Conteúdo do jornal O Estado de S. Paulo. O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) divulgou vídeo em que afirma não ter receio de ser investigado e rechaçou a possibilidade de que pudesse usar sua influência em negócios com a Petrobras. "É simplesmente absurda a mera suposição de que eu, que sou oposicionista notório e intransigente aos governos do PT, pudesse favorecer com a minha influência negócios junto a Petrobras", diz o vídeo postado nas redes sociais.

Segundo o senador, as investigações das contas de sua campanha ao Senado em 2010, pedida pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, é "um desvio do verdadeiro foco da operação Lava Jato que, como todos sabem, é o conluio entre empresários, políticos e dirigentes da Petrobras, para lesar a empresa. E tudo isso sob as bênçãos de Lula e Dilma", afirma o tucano.

Aloysio diz ainda que não tem receio de ser investigado. "Se o doutor Janot pretende desviar o foco da Operação Lava Jato, ao pedir investigação das minhas contas, que me investigue mesmo. Podem investigar à vontade, pois nada tenho coisa alguma a ver com essa sujeira. Mas que investiguem mesmo: que investiguem tudo e todos", disse.

O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a abertura de inquérito contra Aloysio e contra os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil) e Edinho Silva (Comunicação Social). A decisão atendeu pedido feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Os três foram citados pelo empresário Ricardo Pessoa, dono da construtora UTC, em delação premiada. Pessoa declarou que foram feitos repasses milionários para as campanhas eleitorais de Mercadante ao governo paulista, em 2010, e para a campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff, da qual Edinho Silva foi tesoureiro. O dinheiro também teria sido repassado à campanha de Aloysio. Para Mercadante, o valor da doação seria R$ 500 mil.
Herculano
07/09/2015 13:28
BONECOS DE LULA E DILMA ESTOURAM ANTES DO PROTESTO

Conteúdo de Veja. Texto de Laryssa Borges, da sucursal de Brasília. Os dois bonecos infláveis representando o ex-presidente Lula e a presidente Dilma Rousseff rasgaram por volta das 9h30 desta segunda-feira, antes do protesto de 7 de Setembro, em Brasília. Era a estreia do boneco de Dilma com nariz de Pinóquio. Os bonecos chegaram a ser inflados na entrada da Esplanada dos Ministérios, mas estouraram por causa do excesso de vento.

As rajadas provocaram rasgos de cerca de 1,5 metro no boneco Pixuleko (com K, como foi batizado pelo grupo que o criou), o que motivou uma "cirurgia de emergência" realizada pelos organizadores do protesto pelo impeachment e contra o PT, Movimento Brasil, Limpa Brasil e Brasil Contra Corrupção.

O Pixuleko já havia rasgado na sua primeira aparição, em Brasília, e também foi furado em São Paulo por uma militante que defendia o PT. Nas duas ocasiões, o boneco de Lula foi remendado. "Estamos fazendo uma cirurgia de emergência. Os machucados foram provocados pelo vento e pela "zica" dos petistas, mas não tem risco de infecção porque estamos esterilizados pelo asco que temos da corrupção", ironizou Fatima Bella, do Movimento Brasil, responsável por suturar o Pixuleko.

Os organizadores farão uma votação ao longo do protesto para batizar a boneca de Dilma em sua primeira aparição. Entre as opções estão "Pixuleka", "Bandilma", "Dilmaluca" e "Rivotrilma".

Os infláveis de Dilma e Lula estão isolados por grades de segurança na altura do Museu da República e permanecerão no local em vez de se deslocar durante o protesto.
Herculano
07/09/2015 13:08
GESTÃO DILMA ESTÁ NA UTI E LULA DIZ QUE É FEBRE, por Josias de Souza

A plateia pouco pode fazer contra o derretimento econômico e moral da administração pública. Isso não significa que, além de ser tapeada, tenha que ser tratada como uma plateia estúpida. A presidência de Dilma encontra-se na UTI. Deve-se a Lula boa parte da septicemia que paralisou o governo. Foi ele quem criou a fábula da gerentona. Foi nos governos dele que nasceram o mensalão e o petrolão.

A despeito de tudo isso, Lula acha que não deve nada a ninguém. Muito menos explicações. E ainda se julga autorizado a fazer o papel de clínico geral. Afirma que a roubalheira não pode afetar a "governabilidade do país." E sustenta que a ruína econômica é banal: "É como uma febre de 39 graus. Alguém morre por causa disso? É só tomar um remédio e pronto!"

Lula fez o diagnóstico numa entrevista ao jornal argentino Pagina 12. Nela, disse que o impeachment não é remédio adequado. Até porque a crise política também lhe parece trivial: "Não é difícil encontrar uma saída. Hoje temos uma certa insegurança na base de sustentação do governo, por divergências entre a Câmara e o governo, entre os partidos políticos. Mas, se recuperarmos a harmonia política, também poderemos resolver os problemas econômicos."

Ainda que a plateia fosse estúpida e que Dilma virasse a gestora impecável do fabulário petista, Lula ainda teria de responder às seguintes perguntas: o que madame pretende fazer? O que o governo dela tem a oferecer além de mais impostos?

Ninguém lembra o que Dilma propunha na campanha do ano passado. Ainda que lembrasse, não adiantaria. Era empulhação. Fingir que não tem nada a ver com a encrenca pode auxiliar na desconversa de Lula, mas não é uma solução. Se o criador acha que ajuda sua criatura mantendo-se desconectado da realidade, problema dele.

Como diz o vice-presidente Michel Temer, "ninguém vai resistir três anos e meio com esse índice baixo. Se a economia melhorar, acaba voltando um índice razoável. Mas, se ela continuar com 7% e 8% de popularidade, fica difícil." Só há uma maneira infalível de um governante alcançar a popularidade: a prosperidade.
Herculano
07/09/2015 13:01
AMANHÃ É DIA DE COLUNA INÉDITA "OLHANDO A MARÉ", NA INTERNET

Ela já está pronta e faz todos comerem poeira com assuntos do cotidiano, que escapam da imprensa local. Por isso, ela é a mais acessada. Nenhum segredo. A omissão, escolha de um lado e a preguiça dos outros a torna líder. Simples.
Herculano
07/09/2015 12:57
QUEM É AYLAN CURDI? por Vlady Oliver

O corpinho inerte do menino sírio, estupidamente morto naquela praia e fotografado para o mundo inteiro ver, não lhe recorda nada? Sim. É ele. Hoje a Europa tenta compensar sua morte, recebendo refugiados de uma guerra que faz milhares de mortos civis, bem longe dos fronts de batalha e da orgia com que os velhos do velho continente costumam tratar a tal civilidade humana. É um espanto. O mundo indignado precisa se deparar com mais este horror para tomar alguma vergonha na cara e simular compaixão?

E olha que a Europa costuma ser um antro de socialistas elegantes, cuja simples visão da criancinha assassinada pela omissão criminosa dessa gente deve ter estragado o sabor do vinho. O mundo está coalhado deste tipo de mentalidade calhorda, meus caros. De gente que se acha. De cretinos que pensam mesmo que podem ser os "exploradores do universo" na base do mais pusilâmime transporte de malas de grana desviada para paraísos elegantes, tornando suas "Políticas de Estado" nada mais que a rapina de sempre, que erigiu esses castelos de vigarice em que se aboleta o velho mundo e sua história tacanha.

Quem se espanta com minha ira não deve entender o que faz um navio de bandeira boliviana carregado de armas ser apreendido antes de municiar o Estado Islâmico ou o que fazem os dois outros navios, denunciados no escândalo de nossa petroleira vagabunda logo aqui. É o extremismo vergonhoso, tolerado por estes bandos que se aboletaram no poder ultimamente, visando unicamente encher os bolsos de grana fácil, o motor de toda essa calhordice mundial onde somos expoentes na canalhice.

Roberto Pompeu de Toledo conta-nos a história escabrosa de um grupo oriental, metido até o talo nas patranhas petralhas. Eu afirmo que são vários. Afirmo também que são várias as formas de compadrio. Sei do que estou falando, pois conheço algumas de suas entranhas marretas. No dia que este furúnculo explodir, saberemos que japoneses, coreanos e chineses receberam "tratamento vip" para serem tungados por aqui. Para se instalarem em terrenos superfaturados, longe da logística necessária para se tornarem competitivos e pagando os tubos por implementos e equipamentos.

Quem fez quem de besta? A conta vai chegar, meus caros. Nós teremos que pagar mais essa vigarice irresponsável, com o nosso dinheiro. Enquanto isso, prefeitinhos superfaturados em eleições cuja apuração é duvidosa inauguram baldes de tinta vermelha na cara dos cidadãos enfurecidos. E querem nos vender essa marmelada como exemplo de ?uma nova matriz de transporte?. Para voltarmos às charretes só faltam os agentes municipais atrelados ao equipamento.

Qual a ligação? O menino sírio morreu vítima do terror fundamentalista de um lado e, de outro, o mais absoluto descaso com a vida humana. Não lhes parece a mesmíssima história entoada pelo partido da estrelinha na cueca? Ou aquela bandeirinha vermelha que eles colocaram na frente da brasileira em seus comerciais mais tacanhos não representa acabadamente o que pensam de nossa sociedade, de nosso civismo e do nosso patriotismo? São cretinos. Pensam só com o lado esquerdo do cérebro. Não vêem saída para as nossas mazelas.

Eu vejo. A saída é pela porta, com todos esses bandidos aboletados no serviço público saindo com as mãos para cima, rumo ao posto policial mais próximo, para ser lavrada a ocorrência. Coisa de criminoso comum e ladrão de galinha mesmo. Coisa de vigaristas.
Heculano
07/09/2015 12:48
COLOMBO, O PSD E O PACTO DO OESTE, por Moacir Pereira

O deputado federal João Rodrigues vai permanecer no PSD. Não concorrerá em 2016 à prefeitura de Chapecó. Seu voto está aberto e já tem candidato. É o advogado e atual vice-prefeito Luciano Buligon, que cancelou inscrição no PMDB e está filiado ao PSB. Será candidato à reeleição no próximo ano.

João Rodrigues, Gelson Merísio e Antônio Gavazzoni, todos do PSD, vão trabalhar unidos pelo oeste catarinense. Um pacto politico foi selado em dois momentos. No primeiro, reunidos João Rodrigues, Gelson Merísio e Antônio Gavazzoni. No segundo, Rodrigues e o governador Raimundo Colombo avalisando os encaminhamentos.

Não precipitarão a sucessão estadual. Continuarão seus projetos e lá na frente, o que tiver maior receptividade popular e eleitoral e melhores condições de liderar uma grande aliança será o escolhido para disputar o governo, com apoio de Colombo.

Este cenário foi desenhado pelo deputado federal João Rodrigues, durante o 8º Encontro da Imprensa Catarinense, em Chapecó, no fim de semana.

O parlamentar vem atuando em duas frentes: em Brasilia, no encaminhamento de reivindicações do Estado em órgãos federais e na CPI dos Fundos de Pensão; e em Santa Catarina, realizando eventos e tratando de reivindicações da região nos governos estadual e federal.
A crise ainda não bateu no oeste, sustentado pelo agronegócio, mas há graves desafios a superar em logística e infraestrutura.
Almir ILHOTA
07/09/2015 08:57
HERCULANO

Com medo de ser vaiado pelos professores e alunos que participaram das comemorações de sete de setembro na cidade de ILHOTA, na data de ontem nosso prefeito preferiu pronunciar oito palavras em seu discurso, "estão abertas as comemorações de sete de setembro" e passou rapidamente o microfone a sua secretaria de administração, a bocuda Tatiana Reichart, que só sabe mesmo é falar, porem não escapou de uns assovios de descontentamento, reflexo da péssima gestão que fazem. Nossa amigos que saudades da Ana Lucia ex secretaria de administração, que alem de competente era de uma discrição impar, mas as saudades são extensivas aos demais gestores do antigo governo.
Herculano
07/09/2015 08:38
DELATORES REVELAM A LAMA ENTRE POUCOS E OS PODEROSOS, QUE TRAMAM CONTRA O DESEJO E OS IMPOSTOS BRASILEIROS. INQUÉRITO SOBRE DOIS MINISTROS REFORÇA POR REFORMA NO PLANALTO, MAS COMO É O PT QUEM MANDA E OS ATINGIDO SÃO SEUS, ELES SERÃO MAIS PROTEGIDOS.

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Natuza Nery, Aguirre Talento, Márcio Falcão, Gabriel Mascarenhas e Marina Dias todos da sucursal de Brasília. A abertura de inquéritos contra dois dos principais assessores da presidente Dilma Rousseff reforçou a pressão por reformas no Planalto como única saída para superar a crise política, segundo ministros ouvidos pela Folha.

O novo motivo de preocupação é a abertura de inquéritos na Lava Jato para investigar os ministros Edinho Silva (Secretaria de Comunicação), tesoureiro da campanha de Dilma em 2014, e Aloizio Mercadante (Casa Civil), como noticiou o "Jornal Nacional" de sábado (5) e o jornal "O Estado de S. Paulo".

Ambos estão entre os vários políticos citados pelo dono da UTC, Ricardo Pessoa, delator, como beneficiários de recursos de corrupção na Petrobras. Por isso, a Procuradoria pediu ao ministro do Supremo Teori Zavascki a abertura dos inquéritos. O objetivo é aprofundar as apurações.

Pessoa disse que deu R$ 7,5 milhões à campanha de Dilma em 2014 após ter sido coagido por Edinho, que teria pedido um valor maior. Em julho, a revista "Veja" reproduziu trechos da delação de Pessoa. Segundo a publicação, ele disse ter ouvido o seguinte de Edinho: "Você tem obras na Petrobras e tem aditivos, não pode só contribuir com isso. Tem que contribuir com mais. Eu estou precisando".

Sobre Mercadante, o delator citou ter dado recursos ilícitos à sua campanha ao governo paulista em 2010. Teriam sido R$ 750 mil, sendo R$ 250 mil "por fora". Firmas de Pessoa constam como doadoras oficiais de R$ 500 mil.

Teori também desmembrou as investigações sobre a delação de Pessoa e remeteu à Justiça Federal do Paraná citações à campanha de Lula em 2006 e de Dilma em 2010.

Isso porque Pessoa também disse ter feito contribuições clandestinas nas duas ocasiões. Ele teria dito, segundo relatos, que fez repasses ilegais ao ex-deputado José de Filippi Júnior (PT-SP), que foi tesoureiro das campanhas petistas em 2010 e 2006.

O capítulo sobre Filippi foi à primeira instância porque ele não tem foro privilegiado. A Folha não conseguiu localizá-lo para comentar.
Herculano
07/09/2015 08:27
ATÉ EM NOVA YORK, OS BRASILEIROS QUE MORAM LÁ TRABALHANO DURO PARA ENVIAR DINHEIRO PARA AS FAMÍLIAS AQUI, NASE CONFORMAM COM O DESGOVERNO DAQUI

Em apresentação no Brazilian Day, em Nova York, promovido pela Rede Globo, o cantor Fábio Júnior, um dos artistas que e apesentou no show, protestou contra a "desordem e a roubalheira" no Brasil e estimulou um coro xingando a presidente Dilma Rousseff: 'às vezes eu tenho vergonha alheia, sabe? De ver os nossos governantes lá... Todo mundo roubando, todo mundo metendo a mão. Dilma, Lula, Zé Dirceu, PMDB, vocês não tem mais o que fazer, não, porra?'; quando o público passou a gritar: "Ei, Dilma, vai tomar no cu", ele direcionou seu microfone para o coro; fez ainda uma referência à deficiência do ex-presidente Lula: "Vocês sabem onde tá aquele dedinho que o Lula perdeu, né? Onde é que ele enfiou, né? No nosso!"
Herculano
07/09/2015 08:19
À SOMBRA DE PIXULECO, por Ricardo Noblat, para O Globo

Dos seus dois palácios, o Planalto, onde trabalha, e o Alvorada, onde mora, Dilma só sai para lugares a salvo de vaias e de manifestantes hostis.

Por isso, quem cuida de sua segurança fez de um pedaço da Esplanada dos Ministérios, em Brasília, um puxadinho do Planalto na tentativa de poupá-la, hoje, de constrangimentos durante o desfile militar de 7 de Setembro. Um puxadinho, não, um puxadão.

É de se ver: foram selecionados com rigor os convidados que ocuparão palanques a certa distância do palanque reservado às autoridades máximas da República.

Placas robustas de aço impedem o acesso do público à área do desfile das tropas.

O momento mais delicado será aquele quando Dilma atravessará em carro aberto um pedaço da pista. Aí reside o perigo de vaias.

Deu-se um jeito para isolar eventuais manifestantes dos palanques oficiais. Se tudo sair como o previsto, não haverá risco de Pixuleco roubar a festa.

Pixuleco é aquele boneco inflável gigante com a cara de Lula e a roupa de presidiário, a mais nova e bem-sucedida invenção dos que querem ver o ex-presidente na cadeia por envolvimento com a roubalheira na Petrobras ? mas não só.

Pixuleco é o segundo alvo a inspirar cuidados à segurança de Dilma. O primeiro são os malucos que prometem atentar contra a vida dela.

Para Dilma e Lula, o impensável seria a presidente aparecer em alguma foto com Pixuleco, mesmo que longe dele.

Em São Paulo, outro dia, Pixuleco ganhou a companhia de uma Dilma tamanho gigante e também vestida como presidiária.

Infeliz do governante condenado a ser protegido dos seus governados.

No caso de Dilma, isso tem a ver com a crise econômica, sim, a mais severa dos últimos 12 anos de reinado do PT. Tem mais a ver, porém, com o tremendo engodo que foi sua campanha.

A crise poderia ser suportável se Dilma não tivesse mentido tanto para se reeleger. E se não continuasse a mentir até hoje.

Dilma não tem gosto pela mentira. Se tivesse seria uma mentirosa contumaz. Ela apenas não tem compromisso com a verdade. Não é a mesma coisa, por suposto.

Aprendeu a mentir para sobreviver ao ser presa e torturada durante a ditadura militar de 64. Não desaprendeu mais.

Mentiu para não sair de onde está. Deu certo. Mente para tentar chegar ao fim do mandato. Está dando errado.

Quem ainda sustenta o governo?

O Bradesco, que sustenta seu ex-funcionário Joaquim Levy, Ministro da Fazenda; o PMDB de Michel Temer, Renan Calheiros e Eduardo Cunha, que leva jeito de que em breve deixará de sustentar; e a falta, por ora, de consenso político em torno da substituição de Dilma. Uma vez que o consenso seja alcançado, o resto será mais fácil.

Para salvar-se do mensalão, Lula entregou a cabeça de José Dirceu, chefe da Casa Civil do seu governo.

Dilma não quer entregar nenhuma cabeça para salvar a sua.

O PT quer a de Levy, com o qual não tem a menor afinidade. O PMDB quer a cabeça de Aloizio Mercadante, chefe da Casa Civil do governo, e responsável pelo distanciamento entre a presidente e seu vice.

A oposição quer a de Lula. Em troca dela, seria capaz de ajudar Dilma a governar se fosse o caso.

Ocorre que Dilma, para dizer o mínimo, é uma pessoa mentalmente confusa. Sua palavra vale pouco ou quase nada.

Pode ter sido uma boa tarefeira quando obedecia a ordens de Lula. Quando passou a ser obrigada a fazer escolhas e a dar ordens, é o que se vê.

Pena de nós.
Herculano
07/09/2015 08:15
PATRIA, por Aécio Neves, senador por Minas Gerais e presidente do PSDB, candidato a presidente derrotado por Dilma Vana Rousseff, PT, em artigo que publicou hoje no jornal Folha de S. Paulo

Uma pátria, assim como uma família, é construída diariamente, tendo por base bons exemplos. Dos atos mais simples às políticas mais complexas, tudo o que pessoas, líderes e instituições fazem ou deixam de fazer se torna, de alguma forma, referência de valores para os que formam uma nação, muito especialmente os mais jovens.

No campo dos que têm a responsabilidade pública e que, portanto, deveriam ser os primeiros a dar o exemplo, o Brasil vive uma página triste de sua história. Os que nos governam não têm sido boas referências. Pelo contrário: as mentiras e outras práticas condenáveis estão espalhadas por toda parte. E isto talvez tenha um custo ainda maior que os prejuízos práticos causados pelo aparelhamento do Estado, a proposital confusão entre o que é público e o que é privado; a incompetência, a leniência, a corrupção endêmica.

Este é um 7 de Setembro que encontra o Brasil e os brasileiros frustrados com suas escolhas, atônitos com os escândalos diários e céticos em relação ao seu futuro.

Mesmo assim, há conquistas importantes a se celebrar: a principal é o inconformismo com os desmandos e as ruas transbordando em protestos e cobranças, resultado da formação de uma nova consciência nacional. Poucas vezes, desde a retomada da democracia, os brasileiros estiveram tão indignados e, ao mesmo tempo, tão dedicados a mudar os rumos do país. O desgoverno instalado e o desalento da hora, por pior que sejam, não foram suficientes para abalar a fé daqueles que, no seu espaço e com sua consciência, todos os dias dão crucial contribuição à coletividade e tornam melhor a vida do próximo.

Lembro aqui do caso do aposentado mineiro Sebastião Gonçalves, de 61 anos. Após ter perdido um filho cadeirante, passou a reformar cadeiras de rodas e muletas abandonadas em ferros-velhos, para depois doar a pessoas carentes. Neste ano, ganhou em BH importante reconhecimento e um prêmio de cidadania.

Histórias como a do serralheiro Tião devem ser sempre contadas para que nunca nos esqueçamos quem somos. Por este país continental são milhares os exemplos diários de ética, patriotismo e cidadania da nossa gente, que acontecem sob o anonimato dos protagonistas e apesar dos governos.

Somos um país de gente séria, honesta, trabalhadora e solidária. Em sua enorme maioria, cidadãos que, a despeito dos tempos ruins que estamos vivendo, continuam produzindo, gerando riquezas e dando sua contribuição.

Sem crescimento e bons exemplos, o Brasil recua para um lugar incerto. Se o andar de cima insiste em desapontar a nação, é preciso reafirmar, neste 7 de Setembro, nossa crença nos brasileiros.

Eles, sim, fazem toda diferença.
Herculano
07/09/2015 08:12
APÓS "PIXULECO", GRUPO FAZ VERSÃO INFLÁVEL DE DILMA

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Gustavo Uribe, da sucursal de Brasília

O protagonismo do boneco inflável do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nos protestos contra Dilma Rousseff está com os dias contados.

Com status de celebridade na internet, a personagem de plástico batizada de "Pixuleko" dividirá as atenções com um concorrente.

Nesta segunda (7), o Movimento Brasil, responsável pela criação do "Pixuleko", pretende estrear em manifestação programada para Brasília uma versão de plástico da presidente.

Com faixa presidencial, dentes proeminentes e roupa vermelha, a boneca ainda não tem um nome oficial, mas tem sido apelidada de "Pixuleka" por integrantes do movimento.

Finalizada na quinta-feira (3), na mesma fábrica no interior de São Paulo onde foi produzido o "Pixuleko", a versão em plástico da presidente tem 12 metros de altura e 300 quilos, mesmas medidas do boneco inflável.

O valor para elaboração da boneca também foi de R$ 12 mil, quantia obtida, segundo o Movimento Brasil, por arrecadação entre integrantes do grupo.

"Já pagamos a metade e chegou o boleto para pegar o restante", explicou Ricardo Honorato, do Movimento Brasil.

Para evitar "atentados", como a facada da qual "Pixuleko" foi vítima em agosto, "Pixuleka" deve ser colocada nesta segunda (7) em um caminhão e terá uma equipe de seguranças.

Segundo Honorato, responsável por ter tornado "Pixuleko" famoso no protesto do dia 16 de agosto, o boneco deve participar do protesto em Brasília.

ESQUEMA DE GUERRA

Para transportar as personagens de plástico de São Paulo à capital federal, foi montado um esquema de guerra.

Com receio de serem impedidos de chegar por grupos favoráveis ao governo, o Movimento Brasil decidiu fazer o deslocamento na madrugada de domingo e em dois veículos, com comunicação só por rádio.

Esvaziada, a boneca inflável ficou de quinta a domingo escondida em uma casa em Campinas (SP).

A ideia do movimento é que, da mesma forma que o boneco inflável, "Pixuleka" adote uma agenda de visitas pelo país.

Caso tenha o mesmo sucesso do antecessor, o exército de bonecos infláveis deve contar em breve com um reforço: o procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Herculano
07/09/2015 08:06
O RETRATO ACABADO DE UM GOVERNO DISTANTE DA REALIDADE, AUTORITÁRIO, SEM RUMO E FEITO DE FOFOCAS ENTRE OS SEUS PARA APENAS SE MANTER NO PODER. QUEM PAGA TUDO ISTO? OS BRASILEIROS COM SACRIFÍCIOS E PESADOS IMPOSTOS USADOS PARA SUSTENTAR A AGONIA, A INCOMPETÊNCIA, A ROUBALHEIRA E A CORRUPÇÃO

DILMA NÃO FARÁ PRONUNCIAMENTO EM RÁDO E TV NESTE SETE DE SETEMBRO, O DIA DA INDEPENDÊNCA. É QUE ESTAMOS ESCRAVOS DA FALÊNCIA MORAL, ÉTICA, ADMINISTRATIVA E ECONÔMICA DO GOVERNO DO PT E SEUS MANDATÁRIOS SEM CARÁTER. A PRESIDENTE DE UM GOVERNO QUE SE DIZ POPULAR, ASSISTIRÁ O DESFILE ISOLADA DO POVO O PRONUNCIAMENTO SERÁ APENAS PARA AMIGOS E DISPONÍVEL PARA QUEM ACESSAR E SE INTERESSAR NAS REDES SOCIAIS.

A presidente Dilma Rousseff não irá fazer o pronunciamento tradicional em cadeia nacional de TV e rádio no 7 de Setembro. Segundo informações da coluna Painel, de Vera Magalhães na Folha de S. Paulo, a presidente gravaria uma mensagem neste sábado (05) no Palácio da Alvorada. No entanto, a veiculação será restrita à internet, o mesmo que aconteceu no 1º de Maio.

A colunista ressalta que assessores sabem que o cenário não é favorável para uma fala da petista em rede, algo que acreditam que geraria nova onda de panelaço. Assim, de acordo com aliados, um vídeo divulgado através das redes sociais atingirá quem é simpático ao governo e terá efeito mais positivo.

Ministros contam com o isolamento de 5 km para convidados no tradicional nos desfiles do Dia da Independência, para que Dilma escape de protestos.
Herculano
07/09/2015 07:57
DILMA CONTRA O RELÓGIO, por Valdo Cruz para o jornal Folha e S. Paulo

Dilma Rousseff tem a fama de ser lenta em tomar decisões, só que o momento demanda ações rápidas para, na visão de interlocutores da petista, evitar o pior.

Um deles cita três casos em que, na sua opinião, a lentidão presidencial custou caro para ela e para o país. As demissões de Guido Mantega e Graça Foster e as mudanças nas regras das concessões de rodovias.

Nos três exemplos, a demora resultou: numa economia em frangalhos, numa Petrobras endividada e paralisada e no atraso em investimentos essenciais para o país.

Agora, porém, não dá mais para sentar em cima de decisões. Até que, nas últimas semanas, ela procurou ser rápida no gatilho, porém...

Aprovou não antecipar o pagamento do 13º para os aposentados e recuou. Deu aval para a volta da CPMF e recuou. Concordou com a ideia do Orçamento de 2016 com deficit e já está recuando de novo.

Os contratempos recentes, contudo, não podem servir de justificativas para voltar àquela velha rotina de centralizar tudo e demorar uma eternidade para tomar decisões, marca de seu primeiro mandato.

Mesmo porque, ao contrário de antes, hoje Dilma corre contra o relógio. Apesar do discurso otimista palaciano, descolado da realidade, o risco é de piora das crises gêmeas - política e econômica - na virada deste ano para o próximo.

Um aliado resume esta percepção ao dizer que, se nada for feito e rapidamente, em breve "os coxinhas vão ganhar a companhia dos desempregados" nas ruas. O dinheiro do seguro-desemprego vai acabar e a insatisfação só irá aumentar.

Sem falar que será um Deus nos acuda na economia se o Brasil perder seu grau de investimento. O dólar vai disparar de vez, os juros terão de subir e a recessão se aprofundar.

Daí que a presidente tem sido aconselhada a dar uma virada em seu governo. Sem demora. Por pura questão de sobrevivência. Dela e de seu grupo mais próximo.
Herculano
07/09/2015 07:54
PROTESTO EM BRASÍLIA TERÁ BONECO QUE IMITA LULA, O 13-171
Protesto em Brasília terá boneco que imita Lula

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Bruno Fávero. Os movimentos que defendem o impeachment da presidente Dilma Rousseff se reúnem no feriado desta segunda (7), em Brasília, para protestar contra o governo.

Por conta dos altos gastos para realizar as manifestações antigoverno do último dia 16/8, os organizadores decidiram concentrar seus esforços no Distrito Federal e não vão bancar a estrutura de protestos em outras cidades, como aconteceu em agosto.

Em Brasília, o ato, marcado para as 9h, deve ocorrer no Museu da República, perto da Esplanada dos Ministérios. Por ali passará o desfile oficial de 7 de Setembro, que terá a presença de Dilma.

O boneco inflável de Lula vestido de presidiário, apelidado de Pixuleko, será montado no local. A Folha apurou que um segundo boneco, representando Dilma Rousseff, foi encomendado e deve ser exposto. Ainda foram comprados 300 "mini Pixulekos" para serem distribuídos entre os manifestantes.

Os organizadores pretendem fazer um evento significativamente menor do que as manifestações de 16 de agosto e não dão uma previsão de público. "Será só um ato simbólico. Investimos muito no dia 16 e ficamos um pouco descapitalizados", explica Heduan Pinheiro, integrante do movimento Brasil Melhor.

Protestos em outras cidades dependerão de manifestações espontâneas de simpatizantes. Em São Paulo, um grupo se encontrará às 8h, no Anhembi, onde uma hora mais tarde ocorre o desfile oficial de 7 de Setembro organizado pela Prefeitura.

O ato em Brasília é da Aliança Nacional dos Movimentos Democráticos, que reúne grupos pró-impeachment. O Movimento Brasil Livre (MBL) e o Vem Pra Rua, dois dos maiores antiDilma, não fazem parte da aliança e não têm promovido o evento.

Rogério Chequer, líder do Vem Pra Rua, afirmou, porém, que o grupo participará. Membros do MBL não foram encontrados para comentar.
Herculano
07/09/2015 07:49
À ESQUERDA ESTÁ D SAÍDA, por Vinicius Mota para o jornal Folha e S.Paulo

Como economistas, nossos desenvolvimentistas são sociólogos fracassados. Abraçaram um esquema primitivo da luta de classes e o difundem por aí.

Joaquim Levy, na Fazenda, seria o capitão dos rentistas, essa franja riquíssima do país liderada pelos banqueiros e aliada de espoliadores estrangeiros. Tombini, no BC, teria sido sequestrado pela turma do juro alto.

Nelson Barbosa, no Planejamento, representaria a vanguarda da maioria mal remediada e dos empresários compromissados com o Brasil. A crise teria como pano de fundo o assédio dos rentistas para anular os ganhos sociais da última década.

Nesse candomblé da luta política, em que cada orixá tem o seu valor, caberia aos heróis do povo resistir ao avanço rentista e, depois, desfechar o contragolpe. A saída do impasse estaria à esquerda: baixar os juros na marra e iniciar nova expansão de gastos públicos. Ainda que a aritmética e os limites materiais sejam violados, o que impera é a vontade.

A sociologia rudimentar dos desenvolvimentistas tem sido útil para um fragmento influente da elite. Justificou historicamente a captura do Estado por grupos interessados em barrar concorrentes e financiar ineficiências à custa do contribuinte.

O ex-presidente Lula começa a enxergar uma solução na saída pela esquerda. Ele sabe que enveredar por esse caminho causará a explosão imediata da gestão Dilma, o que ofereceria ao PT três anos para tentar reconstruir-se no local mais confortável de figurar num período de recessão e tumulto político: a oposição.

Tal desfecho ainda daria a Lula o discurso da "vítima de golpismo", de quem tombou ao defender os pobres contra os ricos. O sacrifício de Dilma, desde que dentro desse roteiro, passa a ser cada vez mais vantajoso num cálculo frio e desapaixonado, como o ex-presidente sempre praticou.

Os desenvolvimentistas, em suma, voltaram a ter a sua utilidade, embora continuem errados.
Herculano
07/09/2015 07:40
TUCANOS COSTURAM ACORDO COM TEMER PARA 2008, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou nos jornais brasileiros

Inebriados com declarações de Michel Temer, parlamentares tucanos resolveram concentrar esforços no impeachment de Dilma na Câmara. A ideia é retirar o processo no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que pede a cassação da chapa Dilma-Temer eleita em 2014. Com apoio do PMDB, a oposição pedirá o impeachment de Dilma. Assim, Temer assumiria, mas com compromisso de abrir mão da reeleição em 2018.

Mínimos detalhes

Pela estratégia, tucanos desistirão até de desagravo ao ministro Gilmar Mendes, que pediu para investigar a gráfica VTPB na campanha do PT.

Aposta na Câmara

A oposição aposta na bancada peemedebista da Câmara, cuja maioria apoia o rompimento com o governo e tem Cunha como maior aliado.

Difícil resistir

Temer disse a empresários esta semana que "é difícil" Dilma resistir até o fim do mandato com popularidade baixa, hoje em 7%.

Cabeça quente

Quem anda esperneando com a proposta é o senador Aécio Neves. Ele acredita que o movimento só beneficia o PSDB de São Paulo.

DILMA AINDA NÃO RECEBEU TOMBNI DURANTE A CRISE

Apesar de o País enfrentar uma das maiores crises econômicas da história, com inflação se aproximando de 10%, a presidente Dilma não teve sequer um encontro oficial com Alexandre Tombini, presidente do Banco Central, em 2015. Outro nome que não é citado na agenda de Dilma em 2015 é o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça), que teve ao menos um encontro com a chefe, no mínimo estranho, em Portugal.

Renegados

Assuntos Estratégicos, Trabalho, Turismo e Segurança Institucional já podem deixar de ser ministérios: Dilma só viu os ministros na posse.

O mínimo

Dez ministérios, incluindo Esportes, CGU, Cultura, Igualdade Racial, Meio Ambiente e Mulheres tiveram despacho único com a presidente.

Justiça sim, BC não

A Presidência explicou que Cardozo participa normalmente de reuniões da coordenação política, mas não explicou a ausência de Tombini.

Sobrenome da crise

Aloizio Mercadante (Casa Civil), apontado pelo próprio ex-presidente Lula como um dos motivos da crise política do governo, é o ministro mais assíduo na agenda da presidente Dilma: 30 reuniões só este ano.

Mantendo distância

Michel Temer não consegue dizer "não" enfático, por isso aceitou comparecer à reunião no dia seguinte a sua saída da articulação. Nada mudou: ele tentava "costurar" acordo e Aloizio Mercadante o sabotava. Semana passada ele preferiu manter distância dessa rotina.

Eleitor enganado

"O aumento do gás afeta, e em cheio, o eleitorado do PT, que recebe Bolsa Família", diz o deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP). Segundo ele, é mais um motivo para despencar a popularidade de Dilma.

Só que não

Aliados de Aloizio Mercadante (Casa Civil) dizem por aí que o ministro deve ser o nome do PT na disputa presidencial de 2018. Só vão ter que combinar com Lula, a maioria do PT e a inabilidade política de Aloizio.

Tudo dominado

Líderes de oposição e até governistas concordam que Eduardo Cunha tem "valorizado o Legislativo". Em jantar no Piantella, combinaram que o alvo de críticas deve ser o governo e não o presidente da Câmara.

Falta sintonia

A turma de Marina Silva que busca apoio do empresariado não gostou do que vem ouvindo. Os endinheirados querem a cabeça de Dilma e uma solução econômica. E Marina já disse que é contra impeachment.

Tempero do Mundo

A chef Valéria Vieira lança "Tempero do Mundo" em Brasília, dia 18, no bistrô Piantas. O livro é sobre gastronomia, arte, cultura, negócios turismo e "algo mais", onde seguramente se inclui o advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, "Kakay", maridão e companheiro de viagem.

IPVA do luxo

O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) imagina uma reforma tributária baseada em nove pontos, como a cobrança anual de IPVA para helicópteros, jatinhos, iates e lanchas.

Pensando bem..

... a situação anda tão grave que até o governo Dilma considera liquidar os bens e se mudar para Miami.
Herculano
06/09/2015 22:53
"BUSCAR O PERDIDO", por Ferreira Gullar, no jornal Folha de S. Paulo

Pior do que perder uma coisa é lembrar que a perdeu e tentar achá-la. Melhor mesmo é esquecer o perdido, mas a gente não manda nisso, já que, de repente, você se lembra: e que aquele livro que o Mário me deu, onde o meti?

É preferível tentar não responder a essa pergunta, e muito menos ir procurar o livro. Mesmo porque, se for procurá-lo, não o achará. "Eu jurava que estava nessa prateleira da estante e não está". Diga-se isso ou frase parecida, ligue a televisão para ver seja o que for e esqueça o livro.

Pois bem, outro dia dei pela falta do único exemplar da primeira edição de meu livro "A Luta Corporal". Um amigo o encontrara num sebo e, supondo que eu não tivesse nenhum exemplar, comprou-o e me deu de presente. Já faz alguns anos. E não é que o livro sumiu?!

Procurei na tal prateleira onde devia estar, junto a outros livros meus e, para minha surpresa, ali não estava. Não entendi nada, mas busquei-o em outra estante, depois noutra, e nada. Sumira mesmo.

Nessa procura, deparei com uma pasta onde guardo textos antigos que mantive inéditos, exceto um deles, e descobri que ali não está um conto chamado "Osíris Come Flores".

Liguei para Cláudia, achando que o tinha incluído na exposição comemorativa de meus 70 anos, que ela ajudara a bolar. Respondeu que eu realmente lhe mostrara aquele texto, mas que não fora incluído na tal exposição. E acrescentou: "Estava numa pasta de plástico". Pois é, estava, mas já não está.

Fiquei um tempo tentando esquecer o texto perdido, mas, outro dia, não resisti: "Tenho que achar esse texto, custe o que custar!" disse a mim mesmo, e fui para o armário onde guardo as pastas com o que escrevi e o que escreveram sobre mim, além de revistas e recortes de jornal. São oito prateleiras atochadas de pastas, envelopes e embrulhos.

A esta altura, o leitor deve ter percebido que procurar não é minha vocação. Ainda assim, sentei-me diante do armário e comecei pacientemente a examinar pasta por pasta, envelope por envelope, embrulho por embrulho.

A certa altura, me cansei, fui até a cozinha esquentar um café, tomei o café e me sentei na sala para respirar. Algum tempo depois, voltei à árdua tarefa: encontrei alguns poemas inéditos, de que nem me lembrava mais, e alguns textos sobre arte que nunca publicara.

Foi então que, para azar meu, lembrei-me de uma série de contos que escrevera na época de "A Luta Corporal" e que eram bastante loucos. Dei-me conta, então, de que também haviam desaparecido. Terminei a busca extenuado e estressado com mais aquelas perdas constatadas. Foi aí que, para meu consolo, liguei para o amigo Augusto Sérgio, que tem o louvável hábito de recolher e guardar escritos meus.

Telefonei-lhe apenas para me queixar. Ele ouviu minha história e perguntou se "Osíris Come Flores" era inédito. Foi então que me lembrei de ele ter sido publicado num jornal alternativo, editado por Wlademir Dias Pino e de que saiu apenas um número.

Contei-lhe que tinha sido graças a esse conto que fui contratado para trabalhar na revista "O Cruzeiro", e que Herberto Salles, que dirigia o setor de revisão de textos da revista, lera o conto e gostara tanto que decidiu me contratar.

E qual era o nome do tal jornal alternativo?, perguntou-me Augusto, e eu não lembrava. Pois é, se soubesse o nome do jornal, seria possível tentar achar um exemplar e, assim, recuperar meu conto perdido. Bastaria uma cópia xerox.
Augusto concordou e se dispôs a procurar o jornal. Disse isso, mas não me lembro nem sequer do assunto tratado no conto.

Terminada a conversa, voltei à minha obsessão. E se o Wlademir não tiver nem um exemplar do jornal? E se ninguém o tiver guardado? Diante de tais possibilidades pessimistas, fui arrastado à minha obsessão, pois não me conformava em ter perdido não só o conto "Osíris", como também os outros textos escritos na mesma época. Voltei ao armário disposto a realizar uma nova procura, mais minuciosa e paciente.

E a fiz, mas em vão. Quando me faltava examinar as cinco últimas pastas, deparei-me com uma delas, de plástico manchado. Meu coração bateu forte: ela continha todos os textos perdidos. Inclusive o original de "Osíris Come Flores".
Herculano
06/09/2015 22:49
PRIVATIZAR É A MELHOR SAÍDA PARA TODOS, por Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, para o jornal O Estado de S. Paulo

O assunto privatização está, cada vez mais, voltando à moda. Depois de longos anos, onde a palavra privatização era pior do que palavrão, agora por causa dessa crise econômica sem precedentes o governo teve de ceder, ser pragmático e entender que, sem a privatização de uma série de ativos, em particular na infraestrutura e no setor energético, o País não tem saída.

Na Petrobrás, o nome que se dá ao maior programa de privatização da história brasileira, no valor de US$ 58 bilhões de venda de ativos é Programa de Desenvestimentos. No setor elétrico, já se fala em alterar a Lei n.º 12.783/2013, que regulamentou a Medida Provisória (MP) n.º 579/2012, e licitar concessões vencidas pelo critério do bônus da outorga. Na infraestrutura, a palavra é concessões de serviços públicos, por meio do Plano de Infraestrutura Logística (PIL).

O medo de pronunciar a palavra privatização é ruim porque o governo acaba passando a impressão de que olha a privatização como se fosse um mal necessário. Com isso, perde-se a grande oportunidade de promover um programa estruturado de longo prazo, que seja a alavanca capaz de fazer o País reencontrar o crescimento econômico.

Um programa de privatização deve ter como motivação aspectos como: capacitação do setor privado, redução da dívida pública, retomada dos investimentos por parte das empresas privatizadas, modernização do parque industrial do País, concentração das atividades governamentais na provisão de bens e serviços tipicamente públicos, fortalecimento do mercado de capitais, aumento da eficiência microeconômica, redução do déficit público e estímulo à concorrência. Todos esses pontos estão ausentes tanto no discurso do governo federal quanto nas informações vazadas pelas estatais sobre os modelos de privatização.

Vamos olhar a Petrobrás. Diante de tantas barbeiragens cometidas pelos governos do PT, não restou outra saída senão a venda de ativos para que a empresa consiga enfrentar a dívida que hoje chega a R$ 400 bilhões. O dramático é que, justamente agora que o petróleo teve o preço do barril reduzido pela metade e que, consequentemente, o mercado está vendedor e não comprador, o governo terá de vender os ativos. E o anúncio da venda não vem acompanhado de um plano estratégico, tanto para a empresa como para o setor de óleo e gás no País. O que se vê é uma atitude míope, em que só se pensa no caixa, não aproveitando esse momento para refundar a empresa e trazer mais investimentos, concorrência e geração de empregos para o setor.

No setor elétrico, em vez de fazer uma revisão profunda da MP 579, insiste-se na política de remendos e, com isso, já se publicaram 7 MPs e outros 7 decretos para corrigir a MP 579, sem sucesso. Ao invés de trazer de volta o modelo da concessão e reestruturar a Eletrobrás na direção da venda de ativos, o governo quer promover um leilão, misturando modelo de concessão com o de prestação de serviços, fazendo mais remendos na MP 579.

Na concessão de infraestrutura, as idas e vindas sobre o valor da taxa de retorno e a participação de empresas estatais nos consórcios também mostram a dificuldade do governo em entender os benefícios da privatização.

Quem está meio ausente de todo esse processo e precisa, com urgência, participar de maneira ativa são os Estados. Assim como o governo federal, os Estados passam por uma grave crise e precisam aumentar suas receitas. Na área de energia existem ativos de propriedade dos Estados, como as distribuidoras de gás natural, que poderiam fazer parte de um programa de privatização. Das 27 distribuidoras de gás existentes no Brasil, 18 têm a participação direta dos Estados, como é o caso, por exemplo, das distribuidoras das Regiões Sul e Nordeste. Do ponto de vista estratégico, faria todo o sentido que os Estados construíssem um modelo de privatização com a Petrobrás, para que ambos vendessem as suas participações nessas empresas. Feito de maneira correta se promoveria uma privatização, que atenderia aos nove aspectos citados anteriormente e que representam as motivações capazes de explicar o porquê de a privatização ser a melhor saída para todos.
Herculano
06/09/2015 22:43
"BONECO INFLADO, PAÍ QUEBRADO", por Fernando Gabeira, pra o jornal O Globo

Um boneco inflado chamado Pixuleco tornou-se um ator da política nacional. Ele representa Lula com uniforme de presidiário. A prefeitura petista de São Paulo pensa em proibi-lo por ser "uma poluição visual". Nem todos pensam assim. Como muitos símbolos vitoriosos, o Pixuleco ganhou contornos múltiplos, desempenha outros papéis além dos projetados por seus criadores. Nas redes sociais, o Pixuleco tornou-se um brinquedo fofo. Aparece ao lado das princesas da Disney e no jogo Onde Está Wally.

O Pixuleco, como tantos outros símbolos fortes, sofreu um atentado. Foi algo bem suave, comparado com a ação dos radicais muçulmanos. Uma jovem o furou com um estilete, em São Paulo. O boneco foi para a mesa de operações, de onde já saiu para reaparecer no dia 7 de setembro.

Nos atentados para valer nem sempre se atacam os símbolos, mas seus criadores. Os assassinatos no "Charlie Hebdo" foram o episódio mais trágico dessa tradição. Felizmente, no Brasil, a jovem atacou a caricatura, e seu Maomelula desinflou na calçada.

É divertido as pessoas brigarem com um boneco inflado, tentando proibi-lo, ou mesmo apunhalar seu ventre macio. E ver o PT atacar o Pixuleco.

Entre as muitas perdas do PT ao longo de sua trajetória está a do senso de humor. Parece que isso é meio inevitável: ao virar governo, a pessoa sempre leva muito a sério as bobagens que nos reservam diariamente. O Pixuleco vai flutuar nos ares de um país oficialmente quebrado. O desgoverno de Dilma é o seu combustível.

Ela anuncia que vamos ter um rombo de R$ 30 bilhões em 2016. E os amigos do governo dizem: "vocês deviam reconhecer que, dessa vez, estamos falando a verdade". Como se reconhecer a própria incompetência a absolvesse dos problemas que criou na vida real. O pior é que fala mentira mesmo quando afirma ter aderido à verdade. O rombo não será apenas de R$ 30 bilhões. Seu projeto orçamentário prevê crescimento em 2016 contra todas as previsões. Só esse detalhe significa alguns bilhões a mais no rombo de R$ 30 bilhões que ela já admite.

Na semana passada, Rodrigo Janot tirou a máscara: resolveu blindar Dilma. Recusou investigar suas contas de campanha. Disse que o pedido era choro de perdedores. E que a sociedade não se interessa mais por esse tema eleitoral. Simultaneamente, ironizou a oposição e disse que deu lições ao TSE sobre como conduzir o exame das contas.
Janot é um homem de coragem. Jogou a reputação num só lance, comprometeu sua imparcialidade blindando um governo moribundo. Será mais um rubro boneco inflado, com o número 13 no peito.

A tática de deixar Dilma sangrar até 2018 tem prevalecido até agora. Se durar até o Natal, como dizer "Feliz ano novo"? Acordaremos em 2016 saudando a mandioca, com um rombo bilionário no orçamento. Nem todos percebem a ação corrosiva da crise na nossa vida cotidiana. Muita gente perdendo o emprego. Das janelas do Planalto, voam passaralhos em todas as direções. Claro que alguns se adaptam, inventam seus trabalhos. Vi um filme sobre a crise americana, e nele as pessoas ganhavam a vida em maratonas dançantes. Viravam a noite dançando.

Dilma ainda pensou em lançar um novo imposto, a velha CPMF. Desistiu em 48 horas porque anteviu uma derrota por 7 a 1. Mas ela tentará de novo. Num esforço desesperado para sobreviver no cargo, vive o dilema de um Hamlet de shopping center: gastar ou não gastar. Como todos os dilemas não resolvidos, será transformado em não gastar, gastando. Se admitiu um rombo de R$ 30 bilhões, sabendo que será muito maior, o que lhe resta senão encenar o teatro da austeridade?

Dilma quer o apoio do Congresso para cortar despesas. Antes, liberou R$ 500 milhões de verbas parlamentares. "O de vocês está garantido, agora vamos cortar o dos outros". Toda essa farsa vai acabar desmoronando. Os que querem apenas sangrar Dilma comemoram: ela continua. Sem nenhum horizonte. O próprio Michel Temer reconheceu que o governo não tem estratégia.

A cada dia alguém tem razões para celebrar ou lamentar a presença de Dilma. Mas a continuidade a partir de um grande acordo que envolva procuradores, juízes do STF, políticos, empresários e banqueiros é um caminho perigoso. Sérgio Moro levantou a questão da dignidade nacional, um pouco perdida com os escândalos de corrupção. Um país em crise tem tudo para se rebelar com um destino medíocre que se desenha para ele.

Uma jovem prefeita do Maranhão foi estrela na imprensa internacional. Ela está foragida depois de desvios de verba da merenda escolar. Era ativa nas redes sociais e aparece numa foto diante do espelho, muito maquiada, com o rosto esculpido pela cirurgia plástica, lábios pintados de um intenso vermelho. Foi a cara do Brasil esta semana. Um Brasil de pequenos e grandes cafajestes, um Brasil apodrecido, prestes a ser mandado para os ares, inclusive na forma de centenas de bonecos inflados.
Violeiro de Codó
06/09/2015 18:39
Sr. Herculano:

O PT é um cadáver insepulto fedendo.
E o Di olho é o dedinho dele.
Fui!
Maria Amélia que não é Lemos
06/09/2015 18:36
Sr. Herculano:

Quem é que não pode falar sem ser vaiada, não pode mostrar a cara sem ser xingada, não consegue governar sozinha.

Diga um nome.
Anônimo disse:
06/09/2015 18:32
Herculano, esse vagabundo que vá despejar o lixo dele num aterro sanitário, idiota, e não aqui.
Herculano
06/09/2015 17:06
MUTIRÃO NA JUSTIÇA CATARINENSE PELO DPVAT

Na terça-feira, dia oito, começa uma série de oportunidades para resolver pendências judiciais no recebimento do Seguro DPVAT no Estado. Os mutirões de conciliação serão promovidos em seis cidades até o final do mês. Os primeiros municípios a receber o mutirão serão Araquari (dias 8 e 9), Joinville(9 a 11) e Blumenau (9 e 10). Mas ainda estão previstas ações em São José(dia 18), Canoinhas (21) e Porto Belo (29). A informações estão no site do DPVAT.
Herculano
06/09/2015 17:02
DILMA: NO DESFILE DA PÁTRIA ISOLADA COM CHAPAS DE AÇO

Conteúdo de "O Antagonista". A medida da fragilidade de um governante está em seu grau de isolamento. Dilma não é só impopular, é uma presidente fraca e uma política inábil. Para evitar a aproximação de manifestantes no desfile de 7 de Setembro, ela blindou-se, literalmente?

Chapas de aço foram instaladas para manter os manifestantes longe de Dilma.
Sidnei Luis Reinert
06/09/2015 16:10

Delação premiada em que Lula é citado chega ao STF

Depoimento do dono da UTC, Ricardo Pessoa, em que ele relata suposta participação do ex-presidente na Operação Lava Jato está nas mãos do ministro Teori Zavascki

POR CONGRESSO EM FOCO | 05/09/2015 10:57
CATEGORIA(S): NOTÍCIAS, OPERAÇÃO LAVA JATO

Fábio Rodrigues Pozzebom / Agência BrasilLula foi citado por Ricardo Pessoa
O trecho em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é citado na delação premiada do dono da UTC, Ricardo Pessoa, por suposto envolvimento no esquema da Operação Lava Jato, já está no Supremo Tribunal Federal (STF). O depoimento foi encaminhado nesta semana ao ministro Teori Zavascki pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, conforme informações da Folha de S. Paulo.
De acordo com a coluna da jornalista Mônica Bérgamo, Zavascki ainda decidirá se enviará os dados para análise do juiz Sérgio Moro, responsável pelas investigações da Lava Jato em primeira instância, ou se manterá a investigação no âmbito do STF. O ministro pediu mais informações à Janot sobre a suposta participação do ex-presidente no esquema de desvios de recursos da Petrobras.

Lula tem sido apontado como ?lobista? de empreiteiras ligadas à Lava Jato, como a Odebrecht, por exemplo. O Ministério Público Federal (MPF) no Distrito Federal chegou a instaurar um procedimento investigatório prévio contra o ex-presidente por suposto crime de tráfico de influência após operações da empresa no exterior.

Herculano
06/09/2015 15:42
O CRISTIANISMO, EM PARTICULAR O CATOLICISMO, É UM POUCO DIFERENTE DE OUTRAS CRENÇAS NO QUE TANGE A SOLIDARIEDADE SOCIAL, O ILUMINISMO PELA EDUCAÇÃO E A VIDA PELAS CASAS DE SAÚDE (HOSPITAIS, CENTROS DE PASSAGENS E ACIONATOS). OS QUE FOGEM DA GUERRA, SÃO PERSEGUIDOS A PARTIR DE CRENÇAS UNILATERAIS QUE NÃO RESPEITA SEQUER A DIGNIDADE DO HOMEM E TEM A MULHER COMO UM SER ABJETO, IGNÓBIL E DESPREZÍVEL.

Conteúdo das agência internacionais. Texto de Veja. Papa pede que todas as igrejas católicas da Europa recebam refugiados

'Diante da tragédia de dezenas de milhares que fogem da morte pela guerra e pela fome, o Evangelho chama-nos a acolher os menos favorecidos', disse Francisco. As paróquias do Vaticano vão acolher duas famílias

O papa Francisco pediu neste domingo que cada paróquia e comunidade religiosa na Europa, incluindo igrejas, conventos e mosteiros, receba ao menos uma família de refugiados. O Vaticano não será exceção. Segundo o papa, as duas paróquias que existem dentro da sede da Igreja Católica receberão, cada uma, uma família de refugiados nos próximos dias.

"Que cada paróquia, cada comunidade religiosa, cada mosteiro, cada santuário na Europa acolha uma família, começando com a minha diocese de Roma", disse Francisco em seu discurso dominical no Vaticano.

O papa citou Madre Teresa de Calcutá, a freira que nasceu na Europa e teve atuação importante com a população mais pobre na Índia. "Diante da tragédia de dezenas de milhares de refugiados que fogem da morte pela guerra e pela fome, e que estão em um caminho em direção a uma esperança de vida, o Evangelho chama-nos a acolher os menos favorecidos e mais abandonados, para dar-lhes uma esperança concreta", disse. Não é o suficiente dizer "tenha coragem, entre lá", acrescentou Francisco.

O pedido do papa foi feito no momento em que o número de refugiados que chegam ao continente por terra, pela Hungria, e pelo Mar Mediterrâneo, em direção à Itália e à Grécia, atinge níveis recordes. Existem mais de 25.000 paróquias somente na Itália, e mais de 12.000 na Alemanha, para onde muitos dos sírios que fogem da guerra civil e pessoas que tentam escapar da pobreza em outros países dizem querer ir.

A plateia na Praça de São Pedro aplaudiu quando o pontífice, neto de imigrantes italianos que foram para a Argentina,
Herculano
06/09/2015 14:48
COQUETEL DE FORMICIDA, por J.R. Guzzo para a revista Veja

Este país, a cada dia que passa, vai se tornando um competidor favorito na disputa do Campeonato Mundial das Discussões sem Pé nem Cabeça. A contribuição mais recente das nossas altas autoridades para esse novo título nacional é o palavrório enfezado, tolo e pretensioso que se armou em torno da seguinte questão: a campanha pela reeleição da presidente Dilma Rousseff foi feita dentro ou fora da lei? A resposta, pelo jeito que tomaram as coisas até agora, é que não pode haver resposta, pois não vale fazer a pergunta. Segundo o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o homem que deveria procurar saber se aconteceu ou não aconteceu algo de errado na história, "não interessa à sociedade" discutir essas "controvérsias"; é inconveniente, a seu ver, que a Justiça se meta nisso, pois a eleição já foi, os vencedores devem "usufruir as prerrogativas de seus cargos" e os derrotados devem se preparar para a próxima. Não será possível, assim, saber se houve ou não houve algum crime - pela vontade da Procuradoria, não deve haver investigação, sem investigação não há prova e, sem prova, ninguém pode dizer que houve crime. O passado passou. Ficam arquivadas as dúvidas. É melhor não fazer perguntas, pois há o risco de se encontrar respostas.

A campanha para a reeleição de Dilma Rousseff e do seu entorno é uma viagem - completa no trem fantasma da política brasileira. Apareceram a empregada doméstica que, pela contabilidade oficial, recebeu 1,6 milhão, mas não sabe que recebeu, o motorista que é sócio de empresa prestadora de serviços à candidatura, o pobre-diabo que é promovido a empresário para passar notas fiscais com temperatura de 10 graus abaixo de zero. Há uma indústria gráfica que recebe mais de 20 milhões de reais da campanha, mas não tem máquinas gráficas, nem funcionários, nem sede social. Há de tudo
- e ao mesmo tempo não há nada, pois, sem uma decisão judicial, os fatos que ocorreram não produzem efeito algum. Por via de consequência, como diria o doutor Aureliano Chaves, não se pode dizer que a presidente é culpada e não se pode dizer que é inocente; ficamos apenas com uma discussão de hospício. Já seria bem ruim se a questão ficasse só nesse porre mental, mas é pior. Antes e além da rixa entre a PGR e a Justiça Eleitoral, o que existe aqui é um caso para a vara de falências do mundo moral.

É bem simples. Todos falam, falam e falam, e ninguém toca no ponto de onde realmente vem o curto-circuito: como pode haver limpeza numa campanha presidencial que recebe contribuições oficiais, contabilizadas e pagas em moeda corrente, de empreiteiras de obras públicas, fornecedores do governo e toda a tropa de empresas que dependem de licenças, autorizações ou favores governamentais para sobreviver? Dá para levar a sério, sinceramente, o argumento mais sagrado de todos os candidatos a algum cargo eleitoral quando lhes perguntam quem financiou sua campanha? "Ah, bom, a doação que recebemos foi perfeitamente legal", dizem eles. "Está tudo declarado, direitinho. A lei permite. Qual é o problema?" O problema é que a contribuição legal é feita basicamente com dinheiro ilegal. Em português claro: dinheiro que vem da corrupção. Esqueçam-se a empregada, o motorista, a gráfica etc. A flor do mal está na origem contaminada das doações - se elas são fruto do crime, a coisa toda vai para o diabo. Eis aí o verdadeiro coquetel de formicida que envenena as eleições brasileiras.

No caso da eleição presidencial de 2014, a campanha de Dilma Rousseff recebeu dinheiro de empresas dirigidas por criminosos processados e condenados por corrupção ativa na 13ª Vara da Justiça Federal em Curitiba. Não há mais nada. a provar quanto a. isso: o processo tem 28 réus confessos, a maioria deles ligada a empreiteiras de obras públicas que declararam ter feito doações à candidata oficial. Só uma delas, a Camargo Corrêa, vai devolver 700 milhões de reais ao Erário, após reconhecer que ganhou ilicitamente essa importância, pelo menos, em seus contratos com o governo. Será que Dilma não sabia nada sobre a origem dos 350 milhões de reais que gastou para se reeleger? Levou um susto quando soube? Nunca ouviu falar em empresas que roubam do governo e fazem contribuições de campanha? Naturalmente, não é só o PT que age assim - todos os seus adversários se servem dessa mesma rapadura. Mas os adversários não foram eleitos para a Presidência da República em 2014 - o problema concreto é de quem está sentado, hoje, num cargo ganho com a ajuda de dinheiro que veio do crime.
Herculano
06/09/2015 14:46
O SONHO DO GOLPE CIVIL, por Demétrio Magnoli, geógrafo e sociólogo para o jornal Folha de S. Paulo

O acordão proposto por Abilio Diniz é um truque para encerrar o debate nacional. Sai Dilma, ficam as ilusões

"Tem que juntar o Temer, o Fernando Henrique, o Lula, trancar dentro de uma sala e jogar a chave fora, para encontrar a solução". Há 51 anos, o golpe militar surgiu como "solução" dos impasses da precária democracia brasileira. Hoje, segundo Abilio Diniz, a solução demanda um golpe civil. As repercussões positivas da sugestão do empresário, tanto entre seus pares como na imprensa - onde foi celebrada, por exemplo, por Clóvis Rossi - evidenciam a natureza de nossa crise. O Brasil gosta do auto-engano.

"O povo não sabe votar." No seu cerne, a ideia do golpe é substituir a vontade imperfeita dos cidadãos, essa massa ignara conduzida no turbilhão das emoções, pela deliberação fria de um ente de razão que assume o papel de representação nacional: o Caudilho, o Partido, as Forças Armadas. O golpe civil, tal como proposto por Diniz, troca o ato de força pela encenação da conciliação: os "pais da pátria" correm em defesa de um valor maior, que é o bem comum, subordinando a ele seus interesses particulares. O acordo por cima, o conchavo sublime, cancela o conflito, refaz a ordem perdida e propicia um novo começo. Seu pressuposto implícito é que inexistia um conflito verdadeiro, uma legítima disputa política sobre a sociedade, a economia e o Estado.

Os três homens na sala fechada são os caciques das principais forças partidárias do país. O interlocutor ausente é a presidente eleita pelo povo. Na formulação de Diniz, compartilhada por tantos incautos, Dilma é o nome do problema - e sua ausência é a chave da solução. A presidente é, certamente, um problema: o cânone definitivo da união entre a arrogância e a incompetência. Contudo, atrás de sua figura patética, avulta o problema real: a crise do lulopetismo. Fiel à sua alma profunda, por quatro vezes consecutivas o Brasil escolheu nas urnas a estrada sedutora do capitalismo de Estado. Hoje, já no meio da jornada de uma década perdida, a nação confronta-se com as consequências de suas opções. O golpe civil proposto por Diniz é um truque para encerrar o debate nacional, evitando sua conclusão. Sai Dilma, ficam as ilusões.

A sentença do empresário contém um trecho oculto, que deve vir à luz. Na sala de três, só um pode tomar a cadeira de Dilma. Diniz está conclamando FHC e Lula a demitirem a presidente, forçando sua renúncia e substituindo-a por Temer. O projeto envolveria um contrato informal entre o PSDB e o PT: na sala lacrada, os dois partidos congelariam suas divergências, entregando a gerência da crise nacional a um fiel depositário e adiando o desfecho do conflito até a batalha eleitoral de 2018. No mito da conciliação, a democracia é posta entre parêntesis pelo tempo suficiente à restauração da ordem. De fato, porém, o golpe civil não significaria mais que a perenização da desordem.

Inexistem cenários virtuosos no horizonte. Nada, porém, seria tão deplorável quanto um governo de "união nacional" fecundado na alcova de um conchavo tripartidário. Na planilha de custos do golpe civil, sonegada por Diniz, encontra-se a manutenção da aliança PT-PMDB, acrescida da eliminação da oposição parlamentar. A união dos três partidos ergueria uma paliçada de proteção de um sistema político consagrado à pilhagem do Estado. O dilema econômico pendente, expresso pelo fracasso do ajuste fiscal, continuaria sem solução. Mas a sociedade pagaria a transação da saída de Dilma pela renúncia ao aprofundamento da nossa Operação Mãos Limpas.

Diniz sustentou por quase três anos um rumoroso conflito empresarial sem nunca fechar-se numa sala para conciliar com o Casino. Mas acha que a crise nacional gerada pelo estatismo, pelo neopopulismo e pela privatização partidária do Estado é assunto menos complexo ?e ainda tem quem o aplauda. O "Financial Times" descreveu o Brasil como "um filme de terror". Vai ver, é por isso.
Herculano
06/09/2015 14:42
A CRISE NÃO É INSTITUCIONAL, por Maílson da Nóbrega, economista, e ex-ministro da Fazenda.

A crise pela qual passa o Brasil e seus desdobramentos nos campo político, econômico, criminal e moral têm sido adequadamente enfrentados pelas instituições. Não se deve falar, pois, em crise institucional.

Crises costumam ocorrer em sistemas complexos que se tornam instáveis ou funcionam mal, com graves e indesejáveis consequências. Crises políticas podem causar paralisia decisória no governo e no Congresso, contribuindo para criar incertezas e reduzir o apetite dos agentes econômicos para assumir riscos e investir. E ainda inibir a expansão do crédito bancário e do mercado de capitais. Prejudicam, desse modo, o desenvolvimento, o emprego e o bem-estar.

Em contextos assim, os líderes políticos precisam agir para evitar que as crises deságuem em situações perigosas. Devem ser capazes de explicar à sociedade, de forma clara e crível, a origem dos problemas e a maneira de atacá-los. Precisam também formular estratégias, convencer o Congresso a aprovar medidas e conquistar apoios na opinião pública. Tudo isso requer liderança política.

Crises desse gênero se agravam na ausência de instituições que lidem com suas causas e minimizem seus efeitos negativos. Em casos extremos, tal ausência impede a solução de conflitos, prolonga a adversidade e pode levar a rupturas. Não é o nosso caso.

A crise atual tem origem essencialmente em erros de gestão econômica. Além disso, os escândalos de corrupção, o distanciamento entre os partidos e a sociedade e a excessiva polarização da campanha presidencial diminuíram o espaço de diálogo entre os partidos políticos. Ficou difícil construir uma agenda comum para enfrentar a crise econômica.

Felizmente, ao contrário do que ocorreu em outros tempos, o país conta agora com instituições sólidas para gerir a crise. Elas têm demonstrado animadora capacidade de resistir a tensões e pressões. Funcionam. Três instituições básicas têm operado de forma autônoma e eficiente: o Judiciário, a imprensa e os mercados.

No Judiciário, depois do histórico julgamento do mensalão, a Operação Lava-Jato flui com rapidez, sem constrangimentos paralisantes. As investigações são conduzidas de maneira independente pelo Ministério Público e pela Polícia Federal. As decisões do juiz Sergio Moro estão sob o controle dos tribunais. O direito de defesa é assegurado.

A imprensa, livre e independente, divulga informações sobre a crise e promove suas próprias investigações, sem se intimidar com pressões oriundas de partidos e políticos, particularmente dos atingidos pelos escândalos. Não sucumbe a teorias conspiratórias nem se deixa influenciar pelos que buscam bloquear inquéritos ou fazer pouco das tenebrosas revelações advindas dos processos de colaboração premiada.

Os mercados operam normalmente, munindo-se de informações oficiais, de análises independentes e de reflexões de seus próprios departamentos. A crise faz cair a confiança e inibe investimentos, mas não paralisa o funcionamento da atividade econômica. Os participantes dos mercados avaliam e precificam riscos, gerando alertas típicos de países desenvolvidos. Contribuem, dessa forma, para corrigir rumos, embora a teimosia do governo tenha prolongado por certo tempo os equívocos. A nomeação de Joaquim Levy para ministro da Fazenda, e a correspondente mudança para melhor na gestão macroeconômica, é uma prova notável dessa realidade.

Existem tensões no sistema político. Há quem defenda um até aqui implausível impeachment de Dilma. Nenhum grupo advoga, todavia, solução para a crise ao arrepio das instituições. E, mesmo que o impeachment venha a acontecer, terá seguido os procedimentos previstos nas regras do jogo.

Nossas instituições evoluíram sensivelmente nos últimos trinta anos sob regime democrático, o que as torna mais duradouras. Sua solidez é reconhecida internacionalmente.

As instituições foram o destaque positivo na divulgação, pela agência de classificação de risco Standard & Poor"s, de uma má notícia, isto é, a perspectiva negativa para a nota de crédito do Brasil.

A crise política é séria e preocupante, mas ela vem sendo digerida pelas instituições. Vivemos, pois, um problema fundamentalmente político, e não uma crise institucional.
Herculano
06/09/2015 14:38
CAMPANHA INVESTIGADA, por Merval Pereira, para o jornal O Globo.

O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a abertura de inquérito, a pedido do Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, contra o atual ministro da Comunicação Social Edinho Silva para investigar a denúncia do empreiteiro Ricardo Pessoa, da UTC, de que financiou a campanha a presidente de Dilma Rousseff em 2014 com dinheiro desviado da Petrobras.

Edinho foi o tesoureiro da campanha eleitoral do ano passado, e segundo a delação premiada de Pessoa, ele ameaçou sua empreiteira de perder obras da Petrobras se não desse dinheiro para a campanha. Segundo o empreiteiro, Edinho foi "bastante incisivo" na pedida, perguntando explicitamente: "O senhor quer continuar tendo obras na Petrobras?".

Com relação ao ex-presidente Lula, por enquanto existe somente um pedido de abertura de inquérito por parte do Procurador-Geral da República Rodrigo Janot para apurar os brindes que Lula ganharia das empreiteiras, denunciados na delação de Ricardo Pessoa.

O ministro Teori Zavascki retornou o pedido a Janot pedindo que ele especifique que tipo de crime ele vê nesses brindes. O empreiteiro Ricardo Pessoa, no entanto, na mesma delação premiada disse que deu dinheiro também desviado da Petrobras para as campanhas de Lula em 2006, sob achaque do tesoureiro José de Filipi, do PT, e da presidente Dilma em 2010, através do tesoureiro João Vaccari.

A questão das denúncias sobre financiamentos ilegais da campanha de 2010 está sendo investigada em inquérito para apurar um dinheiro que o então coordenador da campanha Antonio Palocci teria recebido do doleiro Alberto Yousseff, e os dados poderão ser anexados ao inquérito já aberto.

Também foram abertos inquéritos com base na delação premiada de Ricardo Pessoa para investigar financiamentos de campanha de Aloisio Mercadante para o Governo de São Paulo em 2010 e do senador Aloysio Nunes Ferreira do PSDB.

A investigação sobre o financiamento ilegal para a campanha eleitoral do ano passado continuará sendo feita pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas fatos objetivos como os que envolvem o tesoureiro da campanha Edinho Silva, hoje no ministério de Dilma, devem ser investigados pelo Ministério Público.

Como se referem ao atual mandato da presidente Dilma, essa investigação não tem nenhum óbice constitucional e a presidente poderá ser responsabilizada caso se comprove que foi eleita com financiamento ilegal.

A oposição ficará agora com a possibilidade de pedir impeachment da presidente Dilma com base nesse fato isolado, se quiser preservar o vice Michel Temer. Se o Tribunal Superior Eleitoral terminar sua investigação com a impugnação da chapa por abuso do poder econômico, o vice também será atingido.

Mas se a Câmara se antecipar e usar o fato de que o PT utilizou dinheiro desviado da Petrobras para eleger Dilma, o processo de impeachment pode ser deflagrado antes da decisão do TSE, por crime de responsabilidade. Seria a saída ?menos onerosa?, comentou um ministro do TSE.

Há indicações em diversas investigações que estão em curso de que a campanha utilizou diversos mecanismos de financiamentos ilegais, desde dinheiro da corrupção da Petrobras sendo lavado através de doações registradas no TSE até o uso de empresas fantasmas, como gráficas, para legalizar o dinheiro desviado.
Herculano
06/09/2015 14:34
O LULOPETISMO E A TRAJETÓRIA DE JOSÉ DIRCEU, editorial do jornal O Globo

O indiciamento do ex-ministro José Dirceu, na terça-feira, no processo do petrolão, escândalo ainda sendo desvendado pela Operação Lava-Jato, é mais um atribulado capítulo na vida da segunda pessoa mais poderosa do PT durante muito tempo. A primeira sempre foi Lula, claro. Na sexta, veio a denúncia pelo Ministério Público.

Assim como já ocorreu no processo do mensalão, em que o chefe da Casa Civil durante quase todo o primeiro governo Lula foi denunciado, julgado e condenado, o indiciamento de Dirceu no petrolão seria um desfecho improvável. Pois não é sempre que um apenado - Dirceu cumpria pena de prisão domiciliar na condição de mensaleiro - tem outra prisão decretada.

Desta vez, Dirceu é acusado de corrupção passiva, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e falsidade ideológica. No julgamento do Supremo Tribunal, Dirceu se livrou de ser condenado por formação de quadrilha. Desta vez, a ver.

O ex-ministro cumpre aguda trajetória de queda, depois de firme ascensão desde que se aproximou de Lula, presidiu o PT e foi um responsável direto por conduzir o ex-metalúrgico à primeira vitória em eleições presidenciais, em 2002, depois de três tentativas.

Dirceu subiu à rampa do Planalto, com Lula, na condição de homem forte do governo e provável sucessor do presidente, como parte do projeto de poder de ambos, do PT e satélites. Ajudou Lula a montar o governo e deu o primeiro passo para frequentar cárceres, ao prosseguir com a construção do esquema do mensalão, já esboçado na campanha de 2002.

Dirceu é um dos artífices do lulopetismo. E tanto quanto o próprio Lula, personifica a antiga regra da militância radical: que os fins justificam os meios. Por isso, mesmo condenado no julgamento do mensalão, era saudado em assembleias petistas como "herói do povo brasileiro". Mas caiu em desgraça ao surgirem evidências de enriquecimento pessoal com o dinheiro surrupiado da Petrobras. Revelou-se, então, de vez, a estranha ética "revolucionária": pode roubar dinheiro público, mas se for para a causa. Perpetuação no poder, redenção dos pobres etc. Ora, desvio de dinheiro, público ou privado, é crime do mesmo jeito.

Dirceu preso, em Curitiba, acusado de novos delitos - sempre em operações de corrupção -, de "herói do povo brasileiro" vira símbolo do fortalecimento das instituições republicanas, do Estado Democrático de Direito. Desde Collor, o Brasil tem demonstrado contar com instituições que garantem o saudável e democrático confronto de ideias, mas com anticorpos para se defender de grupos políticos que se valem da democracia representativa para destruí-la. Foi assim em Venezuela, Equador e Bolívia. Fica evidente que o melhor antídoto contra o autoritarismo é o trabalho conjunto de organismos de Estado, conjugado com as liberdades de imprensa e expressão, em geral. O destino de Dirceu e a dessacralização de Lula são prova disso.
Herculano
06/09/2015 14:27
A AUTOCOMBUSTÃO DE DILMA ROUSSEFF, por Elio Gaspari para os jornais Folha de S. Paulo e O Globo

O governo entrou num processo em que, trancado num bunker de fantasias, providencia sua deterioração

As coisas até que poderiam ir bem para a doutora Dilma, pois Eduardo Cunha está parado, e Aécio Neves, calado. Contudo, seu governo parece ter entrado num processo de autocombustão. Na semana passada viu-se o ministro da Fazenda defendendo lealmente um tributo que não inventara. O "bunker" do Planalto já havia desistido, esquecendo-se de avisá-lo. (Ou lembrando-se de esquecê-lo.)

Nesse "bunker" ficam a doutora Dilma, o chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e mais alguns devotos que a chamam de "presidenta". Reclamam dos outros e, sempre que podem, elogiam-se. Menos de uma semana depois do vexame da CPMF, Levy cancelou seu embarque num voo para a Turquia e foi ao Planalto para uma reunião. Nada de mais, até o momento em que Mercadante informou que "a reunião estava agendada".

A ser verdade, o episódio mostraria que o Planalto agenda reuniões sem falar com os ministros ou Levy, mesmo sabendo que tinha esse compromisso, preferiu manter o horário do seu voo. A realidade era pior: a reunião nunca fora agendada. O Planalto tem uma verdade própria e diz o que quer. Os comissários ainda não perceberam que a popularidade da doutora deteriorou-se antes da percepção da crise econômica. Ela decorreu da falta de credibilidade que atingiu Dilma Rousseff (pelas suas promessas de campanha) e arrastou um governo que desligou-se da realidade. Afinal, o comissariado diz que a crise econômica é internacional, seu reflexo no Brasil é "transitório" e tudo vai acabar bem porque "temos um projeto".

Quando o vice-presidente Michel Temer diz que "ninguém vai resistir três anos e meio com esse índice baixo" de 7% de aprovação, vê-se que há algo no ar além dos aviões de carreira. Temer não dá "boa noite" sem pensar duas vezes e já dissera que o país precisa de alguém que "tenha a capacidade de reunificar a todos". Ele assegura que não há conspiração contra Dilma. Não precisa. Quando um presidente derrete, o vice ascende por gravidade. Itamar Franco era um vice irrelevante e não precisou conspirar contra Fernando Collor. Temer, pelo contrário, até outro dia era o coordenador político do Planalto e guarda respeitoso silêncio a respeito dos motivos que o levaram a deixar o cargo saindo pela escada de incêndio.

Um governo sem liderança parlamentar nem sistema operacional fabrica crises a partir do nada. Um sujeito pode estar gripado e pendurado no cheque especial, mas não precisa aparecer no trabalho sem o sapato do pé esquerdo.

Sempre que não sabe o que fazer, o comissariado propõe pactos à sociedade. A turma do "bunker" poderia marcar uma reunião propondo-se um pacto elementar: o de não fazer novas bobagens.
Herculano
06/09/2015 14:27
LULA E DILMA, por Elio Gaspari, para os jornais Folha de S. Paulo e O Globo

A última conversa de Lula com Dilma foi difícil. Pode-se esperar que provoque mudanças no governo.

Se isso não acontecer, pois o que Nosso Guia costura durante o dia o comissariado do Planalto descostura à noite, a próxima conversa será ainda mais difícil.

EREMILDO, O IDIOTA

Eremildo é um idiota e resolveu inscrever-se em 18 cursos de aperfeiçoamento depois que ouviu o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, dizer que o Brasil precisa aumentar a produtividade do seu trabalho.

O cretino espera aprender um sistema de trabalho pelo qual, quando for ministro do Planejamento, jamais deixará que o governo defenda a criação de um imposto na quarta para mudar de ideia no sábado. Também evitará que se mande ao Congresso um Orçamento prevendo um deficit para, dias depois, anunciar que está preparando um adendo do qual resultará um superavit.

ELETRONUCLEAR

As investigações em torno das irregularidades praticadas na Eletronuclear poderão atrapalhar a carreira de mais alguns deputados petistas.

MIGRAÇÃO

Mais do que os maus números das pesquisas, o que tem assustado o PT é a migração de seus prefeitos e vereadores para outros partidos.

Em São Paulo, ajudado pelo PSB, o governador Geraldo Alckmin vem fazendo uma boa colheita. O partido arrisca perder até de 20 dos seus 68 prefeitos.

Num Estado em que a reeleição de Fernando Haddad para a prefeitura da capital paulista parece improvável, a derrocada petista poderá magnificar um mau resultado nacional na eleição do ano que vem.

PASADENA 2.0

Atropelando áreas técnicas e até mesmo parte de sua diretoria, a Petrobras está pronta para fechar um contrato de aluguel de 19 sondas por 15 anos. Coisa de 40 bilhões de dólares, valor equivalente a 40 refinarias de Pasadena.

Os equipamentos serão alugados por um preço bastante acima do que se pede no mercado internacional por material mais moderno.

Explicação deve haver, como havia para o negócio da refinaria de Pasadena e todas as obras do catálogo da Lava Jato.

QUEM FICA

O chefe da Casa Civil, comissário Aloizio Mercadante, informou oficialmente que Joaquim Levy continuará no ministério da Fazenda.

Isso significa, no máximo, que Aloizio Mercadante acha que fica no "bunker".

POR QUE ME UFANO

Com Lava Jato, recessão e tudo o mais, volta à moda o hábito de se falar mal do Brasil, um disfarce para se falar mal dos brasileiros. Para ser mais preciso, do "outro" brasileiro.

Nessa hora, diante da crise da migração de refugiados, vale sempre lembrar que Pindorama tem duas características:

1) O Brasil nunca exportou seus pobres. Pelo contrário, recebeu 6 milhões de imigrantes.

2) A morte do último soldado brasileiro num conflito que resultou na expansão das fronteiras do país ocorreu em 1870, quando acabou a Guerra do Paraguai. Quem quiser, pode sustentar outra data, a da revolta de brasileiros que viviam no Acre boliviano. Essa disputa foi encerrada em 1903.

Nas duas guerras europeias dos últimos cem anos morreram 65 milhões de pessoas.

ODEBRECHT NA CPI

A passagem do empresário Marcelo Odebrecht pela CPI da Petrobras foi um espetáculo deprimente. O doutor, que está preso desde junho, foi tratado como um príncipe que visita súditos. Com plateia tão cordial, tratou o instrumento legal da colaboração com a Justiça com o desprezo da malandragem. Até aí nada de mais, pois a doutora Dilma já informou que "não respeita delator".

Havia mais na cena. Parlamentares, empreiteiros e advogados que têm a Lava Jato no seu encalço reagem à essência do trabalho do Ministério Público e do juiz Sergio Moro. A cordialidade vista no episódio foi um aviso à patuleia: "Estamos juntos". Eles sabem que, pela primeira vez na história do país, oligarquias da política e de grandes empresas foram apanhadas na rede da fiscalização do Estado.

Não havia ingênuos na cena da CPI, assim como não é ingênuo o magano que pergunta "onde é que isso vai parar". O que ele quer saber é se "isso" chegará a ele.
Herculano
06/09/2015 14:15
O NOVO CONCEITO DE ESQUERDA

O PT devia ser banido por um simples fato. Ele criou para os brasileiros - de forma clara e principalmente para os jovens que sofreram lavagem nos bancos escolares - o novo conceito da esquerda: incompetente, mentirosa, fascista, intolerante, corrupta e ladra. E incapaz ao diálogo: é incapaz de admitir o diferente e prefere ver seus adversários mortos, aliás, não só os seus adversários, os seus, que discordem da sacanagem, como Celso Daniel, Toninho do PT...
Herculano
06/09/2015 14:10
PARA QUE SERVEM OS IMPOSTOS EM GOVERNOS CORRUPTOS? ENFRAQUECER O PAÍS, A NAÇÃO PARA POUCOS REINAREM SOBRE OS FRACOS, MISERÁVEIS...

"Há apenas uma maneira de matar o capitalismo: com impostos, impostos e mais impostos". Karl Marx (1818-1883)
di olho
06/09/2015 14:06
Senhores

É uma piada. ,
Tds vcs sao vagabundos. Os da direita e os da esquerda inclusive o Herculano k será enrwrrado ou cremado. ..kkkkkk
Herculano
06/09/2015 13:58
O GRITO PARADO NO AR, por Fernando Henrique Cardoso, sociólogo, ex-professor, ex-senador por São Paulo, ex-ministro da Fazenda do ex-presidente Itamar Franco, PMDB (que como vice de Fernando Color de Melo, assumiu após o impeachment), o que criou o Plano Real e os pilares da estabilidade econômica, presidente por dois mandatos pelo PSDB, em artigo publicado no jornal O Estado de S. Paulo

A vertigem da política brasileira é tamanha que não dá vontade de ler as páginas dos jornais que dela se ocupam. O pior é que acabo caindo na armadilha de falar sobre a política corrente, a respeito da qual já quase tudo foi dito. Se eu escrever, como teria vontade, sobre a crise (horrorosa) da Venezuela e o mutismo do Brasil diante dela, ou sobre a tragédia das migrações dos fugitivos da guerra ou da miséria que encontram as portas fechadas na Europa, pode-se imaginar que estou me esquivando de enfrentar o desafiador cotidiano brasileiro...

Sendo assim, vamos lá, outra vez. Há poucos dias escrevi uma frase no meu facebook que resumia a angústia com que nos defrontamos. Diante do que vem acontecendo, disse: ou a presidente Dilma renuncia ou assume uma inesperada liderança nacional. Caso contrário, acrescentei, continuaremos no ramerrão deixando que a operação Lava Jato e a crise econômica sacudam o país ao sabor de cada nova delação ou de cada nova estatística publicada. Deixei de lado, de propósito, os pedidos de nulidade das últimas eleições presidenciais, que correm no Tribunal Superior Eleitoral e um eventual pedido de impeachment por conta da eventual rejeição das contas da União pelo Tribunal de Contas.

Para minha surpresa, a leitura quase unânime foi a de que eu "mudara de posição" e pedia a renúncia da presidente. Os seus torcedores (poucos), alguns líderes do PT à frente, não precisavam de mais nada para me "desmascarar": afinal, quem é esse senhor para ousar pedir a renúncia da presidente, quanta insolência! Também os que defendem o fim antecipado do atual mandato presidencial, não viram no que escrevi senão o apelo à renúncia, um ato exclusivo de quem ocupa o cargo.

Por que me referi à renúncia? Porque, no fundo, é este o grito parado no ar. Não foi a alternativa única que coloquei, mas foi a que, subconscientemente, à maioria dos que me leram pareceu ser a solução mais simples e menos custosa para sairmos do impasse. Não me parece a mais provável, dada a personalidade de quem teria de fazer o gesto de grandeza. É certo que a dinâmica das renúncias raramente se move por impulsos íntimos. São as condições políticas que as suscitam. Teremos chegado a este ponto? Ao colocar as alternativas respondi implicitamente que ainda não.

Entretanto, como a vida segue e não se vê a presidente assumir as rédeas do governo nem muito menos refazer seus laços com a sociedade, o mais provável é que os dois motores da conjuntura atual, ambos sem o controle dos políticos, continuem a ceifar esperanças: os processos judiciais, que ao implicar uns e outros e cada vez mais numerosos, vão enterrando a aspiração à impunidade de gregos e troianos; e a crise econômica que destrói empregos, arrasa lucros, aumenta o sofrimento do povo e não permite apontar para um horizonte de retomada de crescimento.

Mal comparando com conhecidos textos sobre este tipo de conjuntura, têm-se a impressão de que o antigo já morreu, e o novo ainda não surgiu. Este é o impasse. De que o governo cambaleia, não há dúvidas. A cada semana uma demonstração nova, a última foi o desencontro com a "nova" CPMF. Mal começavam os defensores do governo a justificá-la, de repente, a presidente diz que é e sempre foi contra a CPMF...

Se não há CPMF ou que nome se queira dar ao tributo, como fechar as contas no Orçamento? E lá vem nova barbeiragem: mostra-se o déficit e o Congresso que se arranje! O poder presidencial já se tinha diluído nas mãos de um ministro da Fazenda, que não reza pela cartilha da presidente, e nas mãos do vice-presidente, que é de outro partido. Por acaso desapareceu de nossa Constituição a separação entre as obrigações do Executivo e as do Legislativo? Será isso a antecipação de um debate salutar sobre a implantação, em futuro não muito longínquo, do parlamentarismo? No presidencialismo, contudo, cabe ao Executivo apontar os caminhos, e ao Legislativo corrigi-los, mas não desenhá-los. Não tem cabimento no presidencialismo tal tipo de delegação de poderes.

O fato é que este ziguezague político é prenúncio de que o fracasso atual não é só o de um governo - que inegavelmente tem a responsabilidade maior por ele -, mas de um sistema político que, mal manejado - por falta de traquejo, cegueira ideológica ou incompetência administrativa (que vem de mandatos anteriores do PT, diga-se) -, acabou por se esgotar e carregar consigo as finanças públicas. Disso se trata agora: o país quebrou, a economia vem sendo arrastada para o fundo do poço, e a desilusão da sociedade só faz aumentar.

Sendo assim, a solução da crise não decorrerá apenas da remoção do obstáculo mais visível a um reordenamento político, simbolizado por quem exerce o Executivo e pelo partido de apoio ao governo, mas da formação de um novo bloco de poder que tenha força suficiente para reconstruir o Estado brasileiro, livrando-o do endividamento crescente e já contratado pelas leis aprovadas. Bloco de poder não é um partido, nem mesmo um conjunto deles, é algo que engloba, além dos partidos, os produtores e os consumidores, os empresários e os assalariados, e que se apoia também nos importantes segmentos burocráticos do estado, civis e militares.

Não é de um golpe que se precisa, dele não se cogita, porque inaceitável. Precisa-se do reconhecimento explícito da situação pré-falimentar em que nos encontramos. Precisa-se de dispositivos constitucionais que regulem a expansão do gasto público, de regras que limitem o endividamento do Estado, assegurando o equilíbrio de longo prazo das contas públicas, em favor do investimento, tanto público como privado. Precisa-se de uma reforma profunda das regras eleitorais e partidárias que, sem grandes complicações, reduza a proliferação de falsos partidos, moralize o financiamento eleitoral e diminua os gastos de campanha. Precisa-se de um pacto federativo que, reformando o sistema tributário, nem sufoque os contribuintes nem deixe os estados à míngua. Para isso é preciso rever o que a sociedade espera do governo e está disposta a pagar para que o estado possa melhorar a vida povo
Herculano
06/09/2015 13:45
UNANIMIDADE. E QUEM SÃO OS VERDADEIROS ANALFABETOS? OS QUE ELEGEM OU OS ELEITOS?

Com o advento da internet, praticamente não compro e leio jornais fisicamente. Hoje, diante de um compromisso e do feriado prolongado, resolvi revisitar um hábito antigo: passei na numa banca e mesmo contra a crise que afeta o bolso, comprei os jornais Folha, Estadão e O Globo (saudades do velho Jornal do Brasil) e duas revistas semanais: Veja e Época.

Como sempre, começo pelo fim. E por uma razão muito simples: o principal (notícias e opiniões) normalmente está nas primeiras páginas. Está ali: o Brasil está quebrado e os políticos, nossos representantes, bem pagos e muitos deles, nos roubando, brigando entre eles pelo naco de poder, para não serem julgados, nem punidos, enquanto nós sofrendo e pagando a alta conta.

Economistas, jornalistas, empresários, pessoas simples do povo, mostram caminhos para a solução nos artigos, nas entrevistas, no diálogo, nos ensinamentos e no pedido de socorro que emitem. Será que os políticos que elegemos não leem jornais? Ou falam outra língua diferente do português e por isso não conseguem ler, ouvir, perceber e interpretar que todo poder emana do povo e em nome dele deve ser exercido?
Herculano
06/09/2015 08:38
MAIS MÉDICOS: EMBUSTE SEM FIM, por Miguel Srougi, é professor titular de urologia da Faculdade de Medicina da USP, pós-graduado em urologia pela Universidade Harvard (EUA) e presidente do Conselho do Instituto Criança é Vida

Em vez de insistir em programas ficcionais, Brasil deveria adotar medidas genuínas para atenuar o esfrangalho da saúde no país

O Ministério da Saúde e os médicos brasileiros têm percepções inconciliáveis quando se expressam sobre o programa Mais Médicos e a respeito da saúde da nação. Recentemente, as mais altas autoridades do governo divulgaram que o programa mudou a vida de 63 milhões de pessoas, que agora recebem atendimento acolhedor e competente.

Enfatizaram que o Mais Médicos aumentou o número de consultas e anunciaram a abertura de milhares de vagas em novos cursos de medicina para atenuar a carestia de profissionais. Arremataram afirmando que os médicos brasileiros resistiram ao Mais Médicos por interesses corporativos e ideológicos.

Protagonistas de um sistema de saúde pública arruinado pela inépcia, os médicos da nação não compreenderam o discurso oficial, desconectado da realidade e adornado por preconceito injusto.

Nenhum médico brasileiro ou de outra nacionalidade ignora a necessidade de se produzirem mais médicos, dada a carência e sua má distribuição. Um médico é sempre melhor do que nenhum, sobretudo nas comunidades carentes. Nem por isso a classe médica é obrigada a aceitar um programa implementado de forma ilegal, não resolutiva e divulgado de maneira falaciosa.

Segundo o TCU (Tribunal de Contas da União), que auditou o Mais Médicos, o programa viola o artigo 5º da Constituição, pois brasileiros e estrangeiros residentes no país têm direitos iguais à vida, à liberdade e à igualdade.

O Mais Médicos acolheu 18.240 médicos, dos quais 11.429 cubanos. Estes, pessoas amistosas e resignadas, estão vivendo no Brasil confinados, sem liberdade de ir e vir, recebendo 30% do que auferem seus colegas estrangeiros e brasileiros.

Essa óbvia transgressão é agravada por outra ilegalidade intrigante. Pautados por um "contrato obscuro", o governo transfere para Cuba um adicional de R$ 1 bilhão ao ano, além dos salários. Esses recursos são entregues a uma "empresa anônima, cujos proprietários são desconhecidos". Confesso que o incômodo fica insuportável quando tento imaginar quem são eles.

O TCU revela também que existe "grande inconsistência na aferição dos resultados do programa", colocando em dúvida números majestosos apresentados oficialmente.

Como ressalva minha, se é verdade que 18.240 médicos atendem bem a 63 milhões de brasileiros, a felicidade poderá ser esparramada pela pátria, importando-se mais 25 mil médicos, inclusive cubanos.

Estaremos encerrando o padecimento interminável de 150 milhões de usuários do SUS, a um custo irrisório, cerca de R$ 4,5 bilhões por ano. Menos de 5% do Orçamento federal destinado à saúde e muito pouco, perto dos R$ 88 bilhões surrupiados somente da Petrobras. Preciso explicar porque ninguém se interessou por solução tão simples?

Ademais, segundo o Tribunal Contas da União, nas cidades inseridas no projeto, o número de consultas aumentou, em média, 19%.

Sem dúvida, mais brasileiros tiveram suas aflições abrandadas, mas, dado o nível de degradação da saúde, esse incremento é risível para se proclamar a nascença de um grande programa de assistência.

A experiência recente mostra que verdade e competência não representam virtudes marcantes dos nossos governantes. Por isso, em vez de insistir no discurso e em programas ficcionais, as autoridades da saúde deveriam adotar medidas genuínas para atenuar o esfrangalho.

Como fazer isso? Acho que não é difícil: destinando à saúde recursos decentes, valorizando o Programa de Saúde da Família, legítimo projeto de amparo aos desassistidos, restaurando a rede hospitalar do SUS e colocando-a sob gestão de organizações sociais sérias.

Também é preciso autorizar novas escolas médicas pautadas pela excelência, não por interesses de grupos predadores, remunerar de maneira justa os profissionais da saúde pública e importar médicos estrangeiros, desde que aprovados em exames de competência, para ajudar legitimamente os brasileiros.

Como explicava Geraldo Vandré: "Porque gado a gente marca; tange, ferra, engorda e mata; mas com gente é diferente".
Herculano
06/09/2015 08:33
AMBIENTE DE RISCO, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Aumenta o descrédito quanto à capacidade do governo de pagar suas dívidas; situação pode provocar mais um ano de recessão profunda

Em 20 anos de relativa estabilidade da moeda, houve apenas um momento em que a desvalorização do real superou a verificada nos últimos 12 meses, de 72%. Foi em março de 1999, quando o país deixava atabalhoadamente o regime de câmbio quase fixo, uma perda de valor exagerada em parte pela própria natureza dessas transições.

A depreciação que se registra desde a eleição da presidente Dilma Rousseff (PT) excede mesmo aquela que se deveu ao pânico da eleição de Lula (PT), em ambiente econômico outra vez crítico.

No momento, parece não haver limite para a perda de valor do real, assim como não têm âncora as taxas de juros do mercado financeiro.

As tentativas do governo de apaziguar o ânimo dos agentes econômicos são cada vez mais desacreditadas, seja pelo descasamento de palavras e ações, seja pelas próprias declarações presidenciais, que se desdizem a respeito do ajuste das contas públicas.

Tal degradação realimenta a crise recessiva. A grande e contínua desvalorização do real pode reavivar a alta da inflação e travar a queda dos juros no início de 2016. A deterioração aguda das condições financeiras pode levar a um outro ano de recessão profunda.

Embora o Banco Central nesta semana não tenha alterado a Selic, taxa que regula o mercado de dinheiro no curto prazo, os juros futuros e de empréstimos mais longos sobem de modo preocupante.

A desorientação era tamanha que o Tesouro suspendeu um leilão de títulos prefixados. Ou seja, o governo deixou de tomar empréstimos a taxas de juros fixas, pois o custo estava alto demais.

O dólar em alta sem dúvida reflete também instabilidades na economia mundial. Mas a discrepância da desvalorização da moeda brasileira e a de países equivalentes indica um crescente descrédito na capacidade do governo e do Brasil de pagar suas contas.

Não é outro o sentido da elevação das taxas de juros, movimento em parte associado ao do dólar.

Em suma, o Brasil, seu governo e suas empresas são considerados um risco cada vez maior para os investidores, o que começa a tornar róseos os cenários de apenas estagnação em 2016.

Esse é o resultado direto das ações disparatadas do governo Dilma Rousseff, das notícias de que o plano de ajuste foi praticamente abandonado e, enfim, do rumor de que sua administração voltaria a ser conduzida pelas ideias que causaram o presente drama.

Caso continue a demonstrar descaso pelo tumulto que tem gerado, maior o risco de provocar um colapso, uma crise financeira aguda e uma recessão ainda mais desastrosa do que ora se imagina.
Herculano
06/09/2015 08:30
O DIA EM QUE DILM PISCOU, por Carlos Brickmann

Uma língua curiosa, a nossa: pode-se dizer, tanto faz, que a presidente Dilma não é capaz de nada, ou que a presidente Dilma é capaz de tudo. Dizem que é brava, mandona, prepotenta, exigenta, ciosa da autoridade. Mas aceitou que o presidente do segundo banco do país, o Bradesco, lhe transmitisse as exigências de grandes empresários para que dessem apoio ao Governo. Se ela não aceitasse, Joaquim Levy, indicado pelo Bradesco, pediria demissão. Era pegar ou largar.

Os empresários, entre os maiores do país, se reuniram com Joaquim Levy na noite do dia 2 e na madrugada do dia 3, em São Paulo. Logo depois da reunião, Dilma aceitou voltar aos números que tinha abandonado, como o superávit primário de 0,7% (que tinha virado um déficit de 0,34%). Para isso concordou em cortar despesas até mesmo nos seus programas sociais favoritos e adiar programas de Governo que considerava intocáveis. Objetivo dos empresários: manter o Brasil como merecedor do grau de investimento das agências de classificação de risco. Sem esse grau, os empréstimos externos ficariam bem mais caros (esqueça o discurso eleitoral de que o Brasil não deve nada ao Exterior. Deve, sim).

É difícil cortar despesas num Governo que, numa viagem aos Estados Unidos, aluga 22 limusines para a comitiva; que abriga mais de cem mil funcionários comissionados, sem concurso; que não tem como, por exemplo, retirar os milhares de carros que parlamentares e magistrados têm à disposição. Os empresários se dispõem a ajudar, indicando cortes possíveis.

Possíveis, talvez; mas doloridos.

MIRAGEM E O FATO

Empresários com acesso à presidente garantem sustentação a Levy. E daí? Daí, por enquanto, nada: Aloízio Mercadante, espírito-santo-de-orelha de Dilma, sempre prometeu dar apoio a Levy e sempre o sabotou. Fortes grupos petistas se opõem a Levy. Lula, inventor de Dilma, sugere que a política fiscal seja afrouxada. Dilma, por ela, gostaria é de mandar nos empresários. E há o Petrolão.

Economia bamba e Governo fraco não resistem a uma delação premiada.

LEMBRANDO O FUTEBOL

Mercadante deu entrevista dizendo que Levy está firme, o ministro Edinho Silva garantiu a permanência de Levy, Dilma disse que Levy fica.

Em futebol, quando dizem que o técnico está prestigiado, só falta marcar a data da saída.

TREME-TREME 1

A intervenção dos empresários, por mais que Dilma se ressinta da intrusão, é uma boa notícia para o Governo. Mas as notícias ruins continuam fluindo. A delação premiada de Ricardo Pessoa, o chefão da empreiteira UTC, disse ao juiz Sérgio Moro que parte das propinas que pagou para ganhar contratos na Petrobras foi depositada diretamente na conta do PT.

Há ainda trechos secretos da delação premiada - secretos porque, como envolvem pessoas com mandato federal, só podem ser liberados pelo Supremo.

Mas o que já foi divulgado é explosivo.

TREME-TREME 2

Um cavalheiro bem menos conhecido do que Pessoa, mas que também sabe onde está a dinamite, negocia sua delação premiada. É Leonardo Meirelles, do Laboratório Labogen (e sócio do doleiro Alberto Youssef, aquele). O Labogen chegou a assinar contrato com o Ministério da Saúde, na época do ministro Alexandre Padilha (hoje secretário da Saúde de Haddad, em São Paulo).

Sua especialidade, segundo as acusações (o que explica a proximidade com Youssef): contratos de câmbio para entrada e saída de moeda com cinco firmas estrangeiras, tudo indicando fortes possibilidades de lavagem de dinheiro. Meirelles já abriu fogo, antes mesmo do acordo: acusou a Odebrecht de usar o Labogen para repassar R$ 7 milhões em propinas fora do país. E seu advogado afirma que o Labogen fez mais de quatro mil operações irregulares no Exterior, "envolvendo mais de um político".
Segundo se diz, ele atinge políticos do Governo e da oposição.

TECENDO A TEIA

Michel Temer disse que não vai mexer uma palha contra Dilma ou em favor do impeachment (nem precisa: ela e seus assessores cuidam disso sozinhos).

1 - Mas num debate em São Paulo disse uma frase mortal, comentando os raquíticos índices de aprovação da presidente: "Ninguém vai resistir três anos e meio com esse índice baixo". É verdade; Temer não disse nenhuma novidade. Mas ao pronunciar essa frase ele rompeu a barreira do silêncio, daquilo que todos sabem mas ninguém comenta. Não se imagine que o vice-presidente, um homem cauteloso, que pesa cuidadosamente suas palavras, tenha "deixado escapar" essa frase. Temer jamais deixou escapar frase alguma, jamais disse algo que não quisesse dizer. O que disse, em outras palavras, é que Dilma caiu. Só falta avisá-la.

2 - O PMDB trabalha em silêncio na busca de votos suficientes para aprovar o impeachment. Não tem, no momento, a maioria necessária para afastar a presidente. Mas já há votos para acolher o pedido de impeachment, discuti-lo e votá-lo. No cálculo do PMDB, o tempo joga contra Dilma: à medida que o Governo se enfraquece, mais gente troca de lado. Isso já aconteceu com o presidente Collor. Faz parte do instinto de sobrevivência dos políticos.

O conciliador Temer é, para eles, muito melhor que a intratável Dilma e seu PT dono da verdade.
Herculano
06/09/2015 08:23
ABAIXO DO VOLUME MORTO, por Merval Pereira, para o jorna O Globo

A presidente Dilma tem razão de ter achado "desastrosa" a fala do vice Michel Temer sobre a dificuldade de mantê-la no governo nos próximos três anos e meio com os níveis de popularidade que ostenta. Mas também tem razão o senador Romero Jucá quando diz que Temer disse apenas o óbvio, fazendo uma análise realista sobre a situação política atual. O que é preciso entender é o que levou um político experiente e cauteloso como Michel Temer a falar com tamanha desenvoltura sobre temas que devem ser tabus para governantes que estejam no fundo do poço, como é o caso de Dilma.

O vice-presidente estava tão à vontade na casa da socialite oposicionista que chegou a comentar com displicência a possibilidade de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) impugnar a chapa presidencial vitoriosa, da qual faz parte. "Iria para casa feliz da vida", disse ele, quando o normal seria contornar o tema, partindo do princípio de que não há nenhuma irregularidade a ser flagrada pelo TSE. Além do mais, dizer que deixaria o governo "feliz da vida" revela bem seu estado de espírito.

Mas não é a primeira vez em que Temer aborda de maneira pouco ortodoxa essa questão das contas de campanha. Tentou dizer que suas contas de campanha não estavam vinculadas às de Dilma, e, portanto, as irregularidades porventura encontradas deveriam ser cobradas apenas da candidata a presidente.

O vice-presidente chegou a ir ao TSE falar sobre essa tese com ministros daquele tribunal, mas foi dissuadido de continuar com ela. Não há como desvinculá-lo das contas da campanha do PT, pois a chapa é comum e qualquer irregularidade de um dos componentes atinge o outro, mesmo que alguns gastos tenham sido contabilizados em contas separadas.

O fato é que Michel Temer e o PMDB se afastam gradativamente do governo petista, e já não é prioridade para eles a manutenção da presidente Dilma no Palácio do Planalto. Dilma também nunca cuidou com atenção de seu principal aliado, e a relação entre ela e Temer nunca foi das mais pacíficas.

A gota d´água foi a ideia de criar a CPMF sem que ele fosse ouvido. Criticou a decisão, previu uma derrota acachapante no Congresso e na sociedade, e irritou-se com a incompetência política.

A chapa foi formada pragmaticamente por Lula para garantir a eleição de Dilma, mas a relação do PT com o PMDB nunca foi tranqüila. A começar pelo próprio Lula, de cujo primeiro ministério não fez parte o PMDB.

O então todo poderoso ministro Chefe do Gabinete Civil José Dirceu chegou a fechar um acordo com o PMDB, que foi desautorizado por Lula. Ficou famosa a exclamação do recém-eleito presidente ao saber que o então deputado Eunício Oliveira seria ministro. "Quem é esse tal de Eunício? Eu nunca vi, não sei quem é, por que vai ser meu ministro?".

A partir daí criou-se a tese de formar a coalizão governamental na base da compra de apoios pontuais, que deu origem ao mensalão. Somente na segunda fornada de ministros é que o PMDB passou a fazer parte do ministério, ganhando força paulatinamente à medida que, com o escândalo do mensalão, Lula precisou do apoio do partido para evitar perder o próprio mandato.

Eunício não apenas virou ministro como teve seu prestígio aumentado com o tempo, a ponto de ter conseguido recentemente emplacar um genro sem experiência no ramo em uma diretoria da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).

Portanto, a relação do PT com o PMDB sempre foi de aproveitamento recíproco, sem que nada os una em termos programáticos ou ideológicos. O PMDB, por sinal, sempre foi o maior obstáculo às tentativas do PT de fazer um governo autoritário, pois o partido tem um DNA democrático que vem da linhagem de Ulysses Guimarães, Tancredo Neves, Thales Ramalho.

O objetivo de controle dos meios de comunicação, por exemplo, é impossibilitado no Congresso pela presença firme do PMDB, que sempre se posicionou a favor da liberdade de expressão, apesar das críticas que recebe com frequência.

A partir do "sincericídio" do vice-presidente Michel Temer, o segundo em curto espaço de tempo, vai ficar cada vez mais claro o distanciamento do PMDB a caminho de uma solução para o problema que é a presidente Dilma à frente do governo com um nível de popularidade "abaixo do volume morto", como já constatou Lula recentemente.

Aliás, o comentário de Temer tem muita semelhança com o de Lula.
Herculano
06/09/2015 08:18
CUNHA E DILMA FALRAM SOBRE LAVA JATO E STF, por Josias de Souza

A convite de Dilma, Eduardo Cunha esteve no Palácio do Planalto há cinco dias. Depois da audiência, relatou trechos da conversa a aliados. Um desses trechos soou inusitado. De acordo com o deputado, a presidente da República "insinuou" que poderia ajudá-lo no Supremo Tribunal Federal.

Em privado, Cunha disse ter depreendido que Dilma lhe ofereceu ajuda para lidar com o processo que corre contra ele no STF. O deputado foi acusado por um dos delatores da Lava Jato, o consultor Júlio Camargo, de ter cobrado propina de US$ 5 milhões num contrato de fornecimento de navios-sonda à Petrobras. Cunha nega.

Convencido de que o delator diz verdade, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciou Cunha ao Supremo por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O deputado aguarda por uma manifestação do tribunal. Se a denúncia do Ministério Público Federal for aceita pelos magistrados da Suprema Corte, Cunha passará de denunciado a réu.

Foi contra esse pano de fundo que Dilma puxou conversa sobre Lava Jato e STF. Considerando-se que cabe a Cunha, como presidente da Câmara, decidir se os pedidos de impeachment contra sua interlocutora devem ser engavetados ou submetidos à deliberação do plenário, ficou boiando na atmosfera a incômoda impressão de que Dilma pode ter sugerido a Cunha uma barganha.

Pior: tomando-se como verdadeiro o relato feito por Cunha em privado, Dilma dá a entender que dispõe de poderes para interferir nas decisões do STF, cujo plenário é integrado por onze ministros. De duas, uma: ou Cunha entendeu mal o que ouviu ou Dilma, sitiada pelas crises econômica e política, entrou em fase de desespero.

Nem Cunha parece ter dado crédito às palavras da presidente. Segundo disse aos seus confidentes, o deputado avalia que Dilma tenta toureá-lo por um ano e meio, até o término do seu mandato como presidente da Câmara. Resta saber se o STF demorará tanto tempo para deliberar sobre a denúncia da Procuradoria.

Neste sábado (6), veio à luz uma notícia que serve de alento aos que esperam dos magistrados do STF que retribuam com decisões independentes os salários que recebem do contribuinte.

Indicado para o Supremo por Dilma, o ministro Teori Zavascki, relator dos processos da Lava Jato, determinou a abertura de investigação criminal contra três personagens: o senador tucano Aloisio Nunes Ferreira e os ministros petistas Aloizio Mercadante (Casa Civil) e Edinho Silva (Comunicação Social).

Os três foram apontados pelo delator Ricardo Pessoa, dono da construtora UTC, como destinatários de verbas desviadas da Petrobras. No caso de Edinho, o repasse foi à caixa registradora da campanha presidencial de Dilma, no ano passado. Coisa de R$ 7,5 milhões. Todos alegam que o dinheiro recebido da UTC foi contabilizado junto à Justiça Eleitoral.

Mercadante é, hoje, o ministro mais próximo a Dilma. Edinho foi tesoureiro da campanha da presidente à reeleição. Cabe a pergunta: se não consegue deter nem a abertura de inquéritos contra dois ministros palacianos, como a inquilina do Planalto pretenderia afastar Eduardo Cunha do banco dos réus?
Herculano
06/09/2015 08:10
PRESIDÊNCIA QUADRUPLICOU DE TAMANHO DESDE 1999, por Cláudio Humberto na coluna que publicou neste domingo nos jornais brasileiros

Quando assumiu o 2º mandato, em 1999, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso tinha à sua disposição, na estrutura da Presidência, 4,7 mil funcionários (somando a Advocacia-Geral da União). Ao final do primeiro mandato, Lula havia triplicado o tamanho da Presidência para 13,1 mil funcionários, contando a AGU. Quando assumiu o mandato, Dilma criou novos cargos. Balanço em 2015: 18,2 mil funcionários.

Aparelhado

Só a Advocacia-Geral da União pulou de 1,6 mil funcionários em 2002 para 3,8 mil em 2003 e 7,3 mil em 2004. Em 2015, são 9,2 mil na AGU.

Cabidão

O número de cargos comissionados, segundo o Instituto de Pesquisa e Estatística Aplicada (IPEA), cresceu 38% entre 1999 e 2013: 23,2 mil.

Boquinha direta

Só a administração direta (Presidência e Ministérios) passou de 485 mil funcionários, em 2002, para 611 mil em 2015; crescimento de 26%.

Matemática

Corte de 3% de cargos comissionados anunciado por Dilma representa menos de 0,1% das despesas criadas pelo governo federal na era PT.

ATÉ OS LÍDERES DO GOVERNO VORAM CONTRA DILMA

Com sucessivas derrotas no Congresso, a presidente Dilma Rousseff sofre traições até do líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE) e do líder do PT na Casa, Sibá Machado. Guimarães não seguiu a ordem do Planalto em duas votações, já Sibá Machado, que balança na liderança do PT, contrariou Dilma em outras 3 votações. No PT, quem menos seguiu Dilma foi o Weliton Prado (MG), com 66 votos contrários.

Oposição, mas nem tanto

Entre líderes da oposição, Carlos Sampaio (PSDB) e Arthur Maia (SD) foram quem mais votaram contra o governo: 75% das votações.

Motim

Os aliados seguem rebelados. Proposta de reajuste salarial para várias carreiras da União passou com 445 votos a favor. Só 16 foram contra.

Team Cunha

A PEC da maioridade penal, apadrinhada por Eduardo Cunha (PMDB-RJ), opositor de Dilma, passou com folga: 320 a favor e 152 contra.

Fim das emendas?

Proposta de emenda (PEC) do deputado Jerônimo Goergen (PP-RS) determina o repasse automático de emendas parlamentares ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Mas a adesão ainda é mínima.

Na mira

Militantes pró-Lula, ligados ao PCdoB, organizam novas tentativas de ataques ao Pixuleco, boneco inflável que satiriza o ex-presidente. Depois de esfaquearem o Lula inflável, tramam ataques com estilingue.

Opiniões divididas

A página do Ministério do Trabalho no Facebook aderiu ao "deboísmo", "organização religiosa" nas redes, que prega a tranquilidade e calma, "de boa". Causou revolta e admiração nas redes: o problema é que o mascote é um bicho preguiça, nada condizente com o Trabalho.

Cartão vermelho

O deputado Júlio Delgado (PSB-MG) reclama de ter sido usado para coletar assinaturas para as CPIs dos fundos de pensão e do BNDES. "Mas me deixaram de fora do comando das CPIs. Fui usado", diz.

Frito

Manoel Dias finge acreditar em sua permanência no Ministério do Trabalho. Após conversar com deputados do PDT, que o desprezam, o ministro lembrou, matreiro: "Não se falou na minha saída..."

Vexame Jeep

Em Brasília, o dono de um Jeep Renegade 2015, três dias após retirar o carro da primeira revisão, viveu cenas de cinema: ouviu explosão e viu seu capô voar, com direito a fumaça e labaredas. A concessionária fez promessas de carro novo e sumiu. A Jeep Brasil ignora o problema.

PT isolado

Nomeado por Michel Temer para ajudar na articulação política, o ex-deputado Francisco Escórcio, sarneyzista ligado a Renan Calheiros, tentou reverter o isolamento do PT em quatro CPIs. Sem sucesso.

Bola dividida

Falta consenso no PT sobre o afastamento de Eduardo Cunha da presidência da Câmara. Aliados de Lula defendem a permanência do peemedebista, já petistas ligados a Aloizio Mercadante cobram a saída.

Pensando bem...

...se o ex-presidente Lula tinha azia de ler jornais quando a economia estava bem, a essa altura a azia já deve ter virado úlcera.
Herculano
06/09/2015 07:57
A PRINCIPAL MANCHETE DE CAPA DA EDIÇÃO DESTE DOMINGO DO JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO: GOVERNO [DO PT, PMDB, PSD, PP, PDT, PCdoB, PR, PRB, PTB...] PRECISA DE MAIS TEMPO [PARA SAIR DA CRISE], DIZ MERCADANTE.

TRADUZINDO. NÓS [PT, PMDB, PSD, PP, PDT, PCdoB, PR, PRB, PTB...] QUE ACABAMOS COM O PLANO REAL, A ESTABILIDADE ECONÔMICA E PROMOVEMOS A CORRUPÇÃO USANDO OS PESADOS IMPOSTOS DOS BRASILEIROS, NÃO SABEMOS [OU NÃO QUEREMOS?], NÃO TEMOS COMPETÊNCIA PARA REVERTER O QUADRO, MAS QUEREMOS FICAR NO PODER A QUALQUER CUSTO.

E A SUGESTÃO É DE QUE O POVO SE SACRIFIQUE AINDA MAIS COM DESEMPREGO, INFLAÇÃO ALTA, FALTA DE PERSPECTIVAS, SAÚDE PÚBLICA PRECÁRIA, EDUCAÇÃO COMPROMETIDA, COM FALTADE SEGURANÇA PÚBLICA, SEM OBRAS DE INFRAESTRUTURA E SE CONFORME COM DIAS SOMBRIOS DE POBREZA POIS ESTA É A VERDADEIRA IGUALDADE SOCIAL QUE PREGAMOS...

A ENTREVISTA PLANTADA É A DEFESA ESCANCARADA E ESCANDALOSA PAA JUSTIFICAR MAIS IMPOSTOS, OU SEJA, PARA TIRAR DINHEIRO DO POVO PARA A FARRA DA INCOMPETÊNCIA, DO ROUBO E DO EMPREGUISMO E GENTE PELEGA INCAPAZ DE TRABALHAR NUM AMBIENTE DE COMPETITIVIDADE OU DE CRISE. MAIS UMA VEZ ESPERTOS PROFISSIONAIS ENGANAM ANALFABETOS, IGNORANTES, DESINFORMADOS E ASSISTIDOS, O SEU ELEITORADO PREDILETO PARA SE MANTER NO PODER. WAKE UP, BRAZIL!

Parte 1

Entrevista e texto são de Valdo Cruz, com Natuza Marina e Marina Dias, da sucursal de Brasília. O ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, diz que o governo precisa de tempo para resolver a crise e reconhece que a gestão de Dilma Rousseff "foi além do que podia na política anticíclica".

Em entrevista à Folha, ele defende o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e afirma que a fala do vice, Michel Temer, sobre o risco de o atual governo não resistir até 2018, estava "fora de contexto".

Folha - Vocês mandaram um Orçamento com deficit ao Congresso. Incapacidade de gerir suas contas públicas?

Mercadante - Se você analisar o histórico da crise desde 2009, o impacto é desigual. Atingiu toda a economia mundial e uma de suas principais dimensões é a das finanças públicas. Mas eu diria que, no segundo semestre de 2014, atingiu fundamentalmente os países emergentes, que tinham sido os menos atingidos no início por causa dos preços das commodities.

O segundo problema foi a seca. Estamos indo para o quarto ano. Isso impactou a oferta de água, São Paulo é o lado mais visível, e a energia. O terceiro é o impacto do combate à corrupção, a Lava Jato.

Folha - Há lado positivo?

Mercadante - Sim. Vai melhorar a governança das empresas, mudar o padrão de relacionamento com as estatais. Tem uma parte de recuperação de ativos que foram desviados na Petrobras, mas tem um impacto econômico. Esses três fatores, e um ambiente político muito adverso, porque, no fundo, 2014 é um ano que não acabou para a oposição, nos fizeram entrar no pós-eleição no terceiro turno continuado.
Herculano
06/09/2015 07:57
A PRINCIPAL MANCHETE DE CAPA DA EDIÇÃO DESTE DOMINGO DO JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO: GOVERNO [DO PT, PMDB, PSD, PP, PDT, PCdoB, PR, PRB, PTB...] PRECISA DE MAIS TEMPO [PARA SAIR DA CRISE], DIZ MERCADANTE.

TRADUZINDO. NÓS [PT, PMDB, PSD, PP, PDT, PCdoB, PR, PRB, PTB...] QUE ACABAMOS COM O PLANO REAL, A ESTABILIDADE ECONÔMICA E PROMOVEMOS A CORRUPÇÃO USANDO OS PESADOS IMPOSTOS DOS BRASILEIROS, NÃO SABEMOS [OU NÃO QUEREMOS?], NÃO TEMOS COMPETÊNCIA PARA REVERTER O QUADRO, MAS QUEREMOS FICAR NO PODER A QUALQUER CUSTO.

E A SUGESTÃO É DE QUE O POVO SE SACRIFIQUE AINDA MAIS COM DESEMPREGO, INFLAÇÃO ALTA, FALTA DE PERSPECTIVAS, SAÚDE PÚBLICA PRECÁRIA, EDUCAÇÃO COMPROMETIDA, COM FALTADE SEGURANÇA PÚBLICA, SEM OBRAS DE INFRAESTRUTURA E SE CONFORME COM DIAS SOMBRIOS DE POBREZA POIS ESTA É A VERDADEIRA IGUALDADE SOCIAL QUE PREGAMOS...

A ENTREVISTA PLANTADA É A DEFESA ESCANCARADA E ESCANDALOSA PAA JUSTIFICAR MAIS IMPOSTOS, OU SEJA, PARA TIRAR DINHEIRO DO POVO PARA A FARRA DA INCOMPETÊNCIA, DO ROUBO E DO EMPREGUISMO E GENTE PELEGA INCAPAZ DE TRABALHAR NUM AMBIENTE DE COMPETITIVIDADE OU DE CRISE. MAIS UMA VEZ ESPERTOS PROFISSIONAIS ENGANAM ANALFABETOS, IGNORANTES, DESINFORMADOS E ASSISTIDOS, O SEU ELEITORADO PREDILETO PARA SE MANTER NO PODER. WAKE UP, BRAZIL!

Parte 2

Folha - O governo não tem culpa?

Mercadante - Vou chegar lá. Eu participei da coordenação das últimas sete eleições presidenciais, perdi três. A oposição perdeu quatro sucessivas, 12 anos de derrota. Não foi fácil para a gente [perder] e não é fácil para eles. Temos uma responsabilidade imensa de preservar os valores democráticos, as instituições. Significa reconhecer a vontade da maioria. Acabou a eleição, acabou.

Precisamos permitir que o debate político dê um salto. A percepção é de que, se melhorar o ambiente político, sairemos mais rápido, o sacrifício da população é menor.

Folha - Mas e o governo?

Mercadante - Evidente que tem responsabilidade. Acho que poucos se deram conta da velocidade da queda das commodities no fim de 2014. Estávamos em intensa campanha, debatendo, viajando e, quando ela chegou ao fim, o mundo era outro. Isso impactou muito as finanças públicas.

Fomos além do que podíamos na política anticíclica, na desoneração de impostos, no esforço de manter os investimentos, de manter os gastos.

Folha - Há uma disputa entre Joaquim Levy e o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa?

Mercadante - Esse debate sempre teve. No governo anterior [FHC], talvez o polo desenvolvimentista tenha ficado muito minoritário. A sabedoria é equilibrar.

Folha - O mercado teme a queda de Joaquim Levy.

Mercadante - A presidente deixou claro que o Joaquim faz parte do time, tem dado imensa contribuição. Ele tem uma virtude que acho muito importante: cuida das finanças com o mesmo rigor com que cuida das suas filhas.

E é muito importante neste momento [dizer] que o ajuste fiscal tem impacto econômico, mas não é a razão das nossas dificuldades. Traz sacrifícios? Traz. Mas é a ponte para um novo ciclo de crescimento. O problema da desaceleração da economia não é o ajuste.
Herculano
06/09/2015 07:56
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E A SUGESTÃO É DE QUE O POVO SE SACRIFIQUE AINDA MAIS COM DESEMPREGO, INFLAÇÃO ALTA, FALTA DE PERSPECTIVAS, SAÚDE PÚBLICA PRECÁRIA, EDUCAÇÃO COMPROMETIDA, COM FALTADE SEGURANÇA PÚBLICA, SEM OBRAS DE INFRAESTRUTURA E SE CONFORME COM DIAS SOMBRIOS DE POBREZA POIS ESTA É A VERDADEIRA IGUALDADE SOCIAL QUE PREGAMOS...

A ENTREVISTA PLANTADA É A DEFESA ESCANCARADA E ESCANDALOSA PAA JUSTIFICAR MAIS IMPOSTOS, OU SEJA, PARA TIRAR DINHEIRO DO POVO PARA A FARRA DA INCOMPETÊNCIA, DO ROUBO E DO EMPREGUISMO E GENTE PELEGA INCAPAZ DE TRABALHAR NUM AMBIENTE DE COMPETITIVIDADE OU DE CRISE. MAIS UMA VEZ ESPERTOS PROFISSIONAIS ENGANAM ANALFABETOS, IGNORANTES, DESINFORMADOS E ASSISTIDOS, O SEU ELEITORADO PREDILETO PARA SE MANTER NO PODER. WAKE UP, BRAZIL!

Parte 3

Folha - O governo vai buscar a meta do superavit primário de 0,7% para 2016?

Mercadante - Nós partimos de um Orçamento com total transparência e deficit [primário] de 0,5% do PIB, mas temos uma meta que é 0,7% do PIB. Vamos lutar para cumprir.

Folha - Por que, então, mandaram o Orçamento com deficit?

Mercadante - Se não houver a percepção do problema fiscal, você não consegue criar convergência para encontrar soluções.

Folha - O sr. associou o impeachment a golpismo. Mas o instrumento está previsto na Constituição.

Mercadante - O impeachment está na Constituição, mas ela é muito rigorosa em relação às condições. O que não posso é ter como proposta para o impeachment a busca de um pretexto.

Folha - O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso sugeriu a renúncia da presidente.

Mercadante - Ele mesmo já disse que não foi bem compreendido. Prefiro ficar com essa explicação. Essas pessoas são importantes na crise para manter as pontes, a governabilidade, interlocução, um clima de estabilidade de que o país precisa. Ele falou que não era hora de dialogar. A gente tem que respeitar, mas isso passa rápido. Pela história dele, acho que passa e voltaremos a dialogar.

Folha - O governo tem 8% de aprovação popular, o desgaste com a Lava Jato. Onde erraram?

Mercadante - Essa contribuição de ter o Ministério Público reconhecido, a Polícia Federal contribuindo nas investigações ?você nunca viu um gesto do governo para interferir? é um salto para a democracia.

Agora, quando você olha as pesquisas, 36% têm viés de oposição, mas, se você olhar a eleição, é mais ou menos isso. E 44% estão decepcionados porque tinham expectativa de uma melhora imediata que, com a crise internacional e todos os contornos que dei aqui, não permitiu que o governo realizasse num prazo de seis meses. Mas são quatro anos a cumprir. É preciso dar esse tempo.

Folha - Boa parte acha que Dilma mentiu na eleição.

Mercadante - Erramos no diagnóstico da evolução do impacto da crise internacional na economia.

Folha - Dois anos de recessão?

Mercadante - Não estamos vendo desta forma. Agora, setembro, outubro, novembro, já vamos sentir uma melhora.

Folha - Michel Temer disse que o governo não suporta três anos com a popularidade tão baixa.

Mercadante - Foi uma frase fora do seu contexto, do que ele quis dizer. O [vice-]presidente Temer tem um profundo compromisso com a democracia. O que entendo do que ele quis dizer é que os governos ganham e perdem popularidade.

Folha - Ele não está se colocando como como alternativa?

Mercadante - Eu só tenho atestado a lealdade dele. Ele tem ajudado muito.
Herculano
06/09/2015 07:55
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TRADUZINDO. NÓS [PT, PMDB, PSD, PP, PDT, PCdoB, PR, PRB, PTB...] QUE ACABAMOS COM O PLANO REAL, A ESTABILIDADE ECONÔMICA E PROMOVEMOS A CORRUPÇÃO USANDO OS PESADOS IMPOSTOS DOS BRASILEIROS, NÃO SABEMOS [OU NÃO QUEREMOS?], NÃO TEMOS COMPETÊNCIA PARA REVERTER O QUADRO, MAS QUEREMOS FICAR NO PODER A QUALQUER CUSTO.

E A SUGESTÃO É DE QUE O POVO SE SACRIFIQUE AINDA MAIS COM DESEMPREGO, INFLAÇÃO ALTA, FALTA DE PERSPECTIVAS, SAÚDE PÚBLICA PRECÁRIA, EDUCAÇÃO COMPROMETIDA, COM FALTADE SEGURANÇA PÚBLICA, SEM OBRAS DE INFRAESTRUTURA E SE CONFORME COM DIAS SOMBRIOS DE POBREZA POIS ESTA É A VERDADEIRA IGUALDADE SOCIAL QUE PREGAMOS...

A ENTREVISTA PLANTADA É A DEFESA ESCANCARADA E ESCANDALOSA PAA JUSTIFICAR MAIS IMPOSTOS, OU SEJA, PARA TIRAR DINHEIRO DO POVO PARA A FARRA DA INCOMPETÊNCIA, DO ROUBO E DO EMPREGUISMO E GENTE PELEGA INCAPAZ DE TRABALHAR NUM AMBIENTE DE COMPETITIVIDADE OU DE CRISE. MAIS UMA VEZ ESPERTOS PROFISSIONAIS ENGANAM ANALFABETOS, IGNORANTES, DESINFORMADOS E ASSISTIDOS, O SEU ELEITORADO PREDILETO PARA SE MANTER NO PODER. WAKE UP, BRAZIL!

Parte 4

Folha - Quanto da crise econômica atual é responsabilidade do governo?

Mercadante - Evidente que o governo tem responsabilidade. Acho que poucos se deram conta da velocidade da queda das commodities no final do segundo semestre de 2014. Estávamos numa intensa campanha presidencial, debatendo, viajando, fazendo e, quando você chegou no fim da campanha, o mundo era outro. Vínhamos de uma década de ouro para a América Latina. Isso impactou muito as finanças públicas. Nós fomos além do que podíamos na política anticíclica, na desoneração de impostos, no esforço de manter os investimentos, de manter os gastos...

Folha - Foi um erro?

Mercadante - A presidente já disse isso e eu concordo. Todo mundo acreditava que a economia mundial ia se recuperar.

Delfim Netto escreveu que desistiu do governo quando este começou a fazer superavit primário com aumento de endividamento público.
Nós temos um problema que em algum momento terá de ser solucionado. Como somos um dos países com mais longa fase de hiperinflação da história, nós ainda temos essa herança. A nossa taxa de juros é muito mais alta do que a da maioria das economias. Isso faz com que os bancos públicos tenham um papel decisivo no financiamento. Essa modernização do sistema produtivo, da infraestrutura do país, que estava muito atrasada, faz parte desse esforço do Estado de financiar esse mercado de consumo. Olha aí os aeroportos que tínhamos e aonde chegamos.

Folha - Mas, ministro...

Mercadante - Se você pegar um período do regime militar, [temos] o debate entre Delfim Neto e Roberto Campos, entre o Mário Henrique Simonsen olhando a estabilidade, o combate à inflação, as contas públicas, e o João Paulo dos Reis Velloso. É a mesma questão. Então há uma tensão e há que haver um equilíbrio entre a estabilidade, sustentabilidade fiscal, controle da dívida pública, investimento, crescimento, financiamento público.

Folha - No caso atual, Levy perdeu nos debates do Orçamento. Por quê?

Mercadante - O Orçamento que nós estamos apresentando hoje, se você fizer a correção pelo IPCA, é um Orçamento de 2012, de R$ 256 bilhões. É um corte de mais de 0,7% do PIB nas despesas discricionárias (investimento, custeio, políticas sociais). No primeiro semestre, avançamos muito em reduzir as despesas obrigatórias, seguro-desemprego, abono salarial, pensão por morte. Nós precisamos enfrentar as despesas obrigatórias. Não pode ter um reajuste de 76% [para o Judiciário].

Ter um Orçamento totalmente transparente e verdadeiro é uma grande discussão para que a gente comece a acelerar a saída da crise. O gesto do Senado de propor a Agenda Brasil, do presidente Renan [Calheiros, PMDB-AL], é uma grande sinalização para avançar.
Herculano
06/09/2015 07:55
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E A SUGESTÃO É DE QUE O POVO SE SACRIFIQUE AINDA MAIS COM DESEMPREGO, INFLAÇÃO ALTA, FALTA DE PERSPECTIVAS, SAÚDE PÚBLICA PRECÁRIA, EDUCAÇÃO COMPROMETIDA, COM FALTADE SEGURANÇA PÚBLICA, SEM OBRAS DE INFRAESTRUTURA E SE CONFORME COM DIAS SOMBRIOS DE POBREZA POIS ESTA É A VERDADEIRA IGUALDADE SOCIAL QUE PREGAMOS...

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Parte 5

Folha - Não é uma agenda de vento?

Mercadante - Não. Nós precisamos ter uma agenda de futuro. Você está tratando ali de questões regulatórias, de reforma fiscal, de reforma tributária. Nós podemos melhorar a receita e, ao mesmo tempo, simplificar tributos.

Folha - A Agenda Brasil fala em limite de endividamento da União. O sr. é a favor?

Mercadante - Eu assisti ao Congresso americano dizendo que não ia permitir passar de 100% da dívida pública ?a nossa está em 63%, 64%. O Estado americano parou e, evidentemente, depois teve que tirar o limite. Você não controla a dívida, o que você tem que controlar é o Orçamento.

Vamos discutir como é que vai reduzir as despesas obrigatórias. Partidos de oposição que ajudaram a fazer Lei de Responsabilidade Fiscal precisam ter responsabilidade fiscal fora do governo. Não pode votar contra tudo que significa responsabilidade fiscal.

Folha - O senhor falou que só conheceu a democracia, quando era criança, pelos livros de história, associando o impeachment à ditadura. Mas isso está previsto na Constituição.

Folha - Há manifestações explícitas nesse sentido, então nós temos que combater esse tipo de coisa. Agora, o impeachment está na Constituição, mas ela é muito rigorosa em relação a quais são as condições. O que eu não posso é ter como proposta para o impeachment a busca de um pretexto, porque isso não é democrático.

Dou um exemplo. Eu era da oposição ?aliás, fizemos pós-doutorado por tanto tempo que ficamos na oposição? quando surgiu a expressão "Fora FHC". O Brasil foi parar no FMI, havia denúncias de compra de votos para a reeleição e eu subi, junto com o presidente Lula e outras lideranças, naquele Congresso e aprovamos que o PT, como partido, não encaminharia nenhum pedido de impeachment do mandato de Fernando Henrique Cardoso. E o PT não fez. "Fora FHC" virou apenas uma expressão de disputa política.
Herculano
06/09/2015 07:54
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TRADUZINDO. NÓS [PT, PMDB, PSD, PP, PDT, PCdoB, PR, PRB, PTB...] QUE ACABAMOS COM O PLANO REAL, A ESTABILIDADE ECONÔMICA E PROMOVEMOS A CORRUPÇÃO USANDO OS PESADOS IMPOSTOS DOS BRASILEIROS, NÃO SABEMOS [OU NÃO QUEREMOS?], NÃO TEMOS COMPETÊNCIA PARA REVERTER O QUADRO, MAS QUEREMOS FICAR NO PODER A QUALQUER CUSTO.

E A SUGESTÃO É DE QUE O POVO SE SACRIFIQUE AINDA MAIS COM DESEMPREGO, INFLAÇÃO ALTA, FALTA DE PERSPECTIVAS, SAÚDE PÚBLICA PRECÁRIA, EDUCAÇÃO COMPROMETIDA, COM FALTADE SEGURANÇA PÚBLICA, SEM OBRAS DE INFRAESTRUTURA E SE CONFORME COM DIAS SOMBRIOS DE POBREZA POIS ESTA É A VERDADEIRA IGUALDADE SOCIAL QUE PREGAMOS...

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Parte 6

Folha - Chamarão o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para conversar ?

Mercadante - Eu sempre fiz uma oposição muito dura ao governo FHC, mas uma coisa que eu sempre reconheci são os valores democráticos do presidente Fernando Henrique Cardoso. E ex-presidentes precisam ser preservados, fazem parte da história do país. Acho inacreditável a forma como alguns setores da oposição tentam tratar o presidente Lula. Lula é uma referência mundial, um patrimônio que nós construímos em relação ao êxito, ao tamanho que o Brasil tem.

Folha - Vamos ter dois anos de recessão?

Mercadante - Não estamos vendo desta forma. Agora, setembro, outubro, novembro, já vamos sentir uma melhora. Porque uma das coisas que aconteceram, neste primeiro semestre, é que as empresas estavam com estoques elevados. Elas reduziram fortemente os estoques para fazer caixa. E agora estão voltando a encomendar.

A inflação em agosto vai estar em torno de 0,25%, 0,26%. Quando você olha para o retrovisor, a inflação está alta. Mas, quando olha para a frente, ela já começou a cair fortemente e vamos para uma inflação de 5%, o que vai melhorar o poder de compra das famílias.

Folha - O BC pode subir os juros em razão do deficit no Orçamento. Isso não ajuda a desacelerar?

Mercadante - Isso mostra que precisamos continuar no esforço fiscal. Se não tiver instrumentos legais para reduzir despesas obrigatórias ?gestões vamos fazer e temos obrigação de fazer. Agora, precisamos de medidas legais para reduzir despesas obrigatórias para melhorar as receitas. Podemos fazer isto simplificando os tributos, ICMS e PIS/Cofins, que é o compromisso do ministro da Fazenda.

Precisamos aumentar impostos provisoriamente, por exemplo, para abrir espaço para uma queda mais rápida das taxas de juros. Porque, se a taxa de juros cai, barateia o crédito e o crescimento vem mais rápido.
Mariazinha Beata
05/09/2015 19:40
Seu Herculano;

Zé Dirceu que preste atenção na continha dele.
Olha só o que encontrei no blog Gente Decente:

129 (atos de corrupção ativa) + 31 (atos de corrupção passiva) + 684
(lavagem de dinheiro) = 844 crimes

É de apodrecer na cadeia, o Zé mané!
Bye, bye!
Juju do Gasparinho
05/09/2015 18:49
Prezado Herculano:

Do Blog Coturno Noturno:

"O PT convocou sua militância a usar verde e amarelo no dia 7 de setembro. Causou indignação nas hostes socialistas. Eles não gostam de verde e amarelo. Eles gostam de vermelho. Só que vermelho, hoje, em política, é a cor da vergonha, da corrupção, da roubalheira. O verde e amarelo ajudaria a militância a sair disfarçada às ruas, essa era a ideia. Não colou. O presidente do PT, Rui Falcão, negou que essa seja uma decisão do partido, sem explicar por que reproduziu o convite no seu twitter. Rui Falcão até mesmo telefonou para Wilmar Lacerda, autor da convocação, pedindo que esclarecesse que aquela não era uma proposta do partido. O secretário de comunicação, Alberto Cantalice, afirma que não há convocação para uso do "verde e amarelo". Eles têm vergonha do vermelho, mas continuam tendo urticária ao verde e amarelo."

Vermelho da Vergonha.
Herculano
05/09/2015 18:45
O PT - QUE AQUI É COMANDADO PELA FAMÍLIA LIM - OS DEPUTADOS DÉCIO NERI EANA PAULA - TOMOU O HOSPITAL DE GASPAR DEPOIS DE ANUNCIAR QUE LÁ SE ROUBAVAM OS RECURSOS DA PREFEITURA. ATÉ HOJE NADA PROVARAM CONTRA GENTE DECENTE. DESDE ENTÃO, O PT DAQUI DE PEDRO CELSO ZUCHI VIVE RECLAMANDO DE QUE O GOVERNO DO ESTADO, DO PSD, NÃO COMPARECE COM VERBAS NO HOSPITAL. MAS NA HORA DE BUSCAR VERBAS EM BRASÍLIA, A FAMÍLIA LIMA PREFERE O MARIETA KONDER BORNHAUSEN, E ITAJAÍ.

Está informação é do próprio site do deputado Décio Neri de Lima. O repasse de recursos federais para aquisição de equipamentos para o Hospital Marieta Konder Bornhausen, de Itajaí, foi pauta de audiência do deputado federal Décio Lima (PT) com o ministro da Saúde, Arthur Chioro. A agenda, na tarde desta segunda-feira, 10 [agosto], em Brasília, teve a participação da deputada estadual Ana Paula Lima (PT), presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc).

Os recursos, na ordem de R$ 40 milhões, são destinados à aquisição de equipamentos para o Hospital Marieta. Deste montante, R$ 5 milhões já foram liberados e novas liberações estão condicionadas a prestação de contas da parcela que foi transferida à instituição e à comprovação do cronograma físico e financeiro que permita a aquisição de novos equipamentos.

O deputado Décio Lima tem feito a interlocução desta demanda desde a primeira negociação entre o hospital de Itajaí e o Ministério da Saúde.

Volto. E para o Hospital de Gaspar, nada? Acorda, Gaspar!
Herculano
05/09/2015 18:30
DESINCHAR O ESTADO DO EMPREGUISMO FEITO DE APADRINHADOS DOS POLÍTICOS, NEM PENSAR. ESFOLAR OS BRASILEIROS COM MAIS IMPOSTOS EM ÉPOCA DE CRISE CRIADA PELA INCOMPETÊNCIA E IRRESPONSABILIDADE DO PT, PMDB, PSD, PP, PDT, PC do B, PR, PRB É UMA IDEIA FIXA QUE NÃO SAI DA CABEÇA DOS QUE ESTÃO E QUEREM PERMANECER NO PODER. DEPOIS DE REJEITADA PELO POVO, A NOVA CPMF, VEM AI UM NOVO IMPOSTO PROVISÓRIO PARA ENGANAR TODOS. DEPOIS DE INSTITUÍDO FICA PERMANENTE.

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Daniela Kresch, especial de Âncara, na Turquia. O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou neste sábado (5) que o governo poderá propor ao Congresso um imposto de caráter temporário para equilibrar suas contas durante a fase mais aguda da crise que o país enfrenta.

"Pode ser que seja um imposto de travessia", disse Levy. "Se a gente também, em paralelo, votar as questões estruturais e a economia for mais competitiva, provavelmente a gente, mais para frente, vai poder talvez retirar."

O ministro disse que a ideia ainda está em debate no governo. "Algumas pessoas têm sugerido isso", afirmou. "Vamos ver. Estamos no meio de uma discussão, numa hora de ouvir. Depois que a gente completar essa conversa, o Executivo é que vai enviar as propostas."

Em Ancara, capital da Turquia, onde participou de uma reunião dos ministros das finanças do G20, Levy disse estar preocupado com a possibilidade de o Brasil perder o grau de investimento conferido pelas agências internacionais de classificação de risco, o que poderá aumentar a desconfiança dos investidores e a turbulência na economia.

O ministro reafirmou que o Brasil deve tomar todas as medidas possíveis para evitar o rebaixamento, incluindo cortes de despesas e aumentos de receita.

"A gente tem que chegar [ao equilíbrio nas contas], porque é uma maneira de evitar o downgrade", disse o ministro. "Se você não tiver isso, aumenta muito o risco do rebaixamento, que vai destruir o emprego. E não vai destruir o emprego agora, vai destruir o emprego por muitos anos. Então, a gente não pode ter downgrade."

FOLHETIM

Levy não quis discutir os rumores de que teria pensado em renunciar ao cargo por sentir-se isolado no governo, sem apoio para levar adiante as medidas de austeridade que defende.

"Não vou dizer nada, o importante é a meta, é o que o Brasil vai fazer. Isso é que é relevante. O resto é folhetim. Não vou entrar em folhetins. Estou discutindo políticas."

Na quinta-feira (3), ele chegou a cancelar sua participação no encontro do G20 em Ancara para comparecer a uma reunião de emergência no Palácio do Planalto com a presidente Dilma Rousseff, o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa.

A decisão provocou nervosismo no mercado, levando a um aumento no ritmo da desvalorização do real em relação ao dólar. Na sexta-feira (4), no entanto, ele voltou atrás da decisão e viajou para a Turquia. Levy não quis discutir o que foi conversado na reunião.

"Se eu conversei com a presidente não tenho que dizer o que eu conversei com a presidente. A temática foi fiscal e econômica. Ponto."
Sidnei Luis Reinert
05/09/2015 17:08
A nota publicada na página do Clube Militar, assinada por seu Presidente, General Roberto Rordrigues Pimentel

http://clubemilitar.com.br/pensamento-do-clube-militar-43/


O Governo Petista Acabou. Alguma Dúvida?

O Brasil está sem comando, acho que isso já ficou claro para todos os brasileiros com um mínimo de discernimento. E sem comandante, como bem sabemos, não há perspectivas de nos livrarmos da tragédia a que o lulopetismo levou o País. Essa é a realidade nua e crua. O governo acabou. Não tem mais credibilidade. Precisam ser afastados os responsáveis para que possam ser adotadas as medidas, certamente dolorosas, que se fazem necessárias e impedir que o Brasil naufrague de vez. Os integrantes dos demais poderes da República precisam compreender isso e buscar uma solução antes que seja tarde demais.
A saída tem que se dar, necessariamente, pelas vias institucionais. Aplicando a legislação vigente. O que nos causa espanto é que, apesar dessa catastrófica situação, os ocupantes do governo ainda conseguem controlar boa parte das instâncias superiores dos poderes.
É um absurdo assistirmos renomadas personalidades ? políticos e juristas sobretudo ? declararem que não existem motivos ou elementos que justifiquem a instauração de um processo de impeachment. Como se toda a população brasileira fosse constituída de iletrados e imbecis para aceitarem tamanho disparate.
A situação é delicada porque a corrupção atingiu toda a cúpula dos poderes da República e fica um jogo de empurra e conchavos, uns buscando encobrir as responsabilidades de outros, numa tentativa desesperada de se salvarem todos de uma cassação e condenação criminal.
Sequer se vislumbra um movimento de pessoas decentes, com peso e capacidade política para liderarem um movimento de expurgo desses agentes nocivos à administração pública.
O que existe são movimentos incipientes criados pelas redes sociais, que apesar de já terem obtido significativos resultados com danos para a imagem do governo, pouco conseguiu com relação ao seu impedimento.
O aspecto menos ruim, ainda assim perverso, disso tudo é que quanto mais a economia se deteriora, mais se acentua a rejeição ao petismo e a esses partidos de esquerda que anarquizaram o país. Mas é notório que o povo brasileiro tem memória curta. E a pergunta que não quer calar é: será que esse caos terá ensinado o suficiente aos eleitores brasileiros?

Gilberto Rodrigues Pimentel é Presidente do Clube Militar.
04 de setembro de 2015
Herculano
05/09/2015 14:29
A VEJA DESTA SEMANA FAZ UMA DAS MELHORES DE SUAS CAPAS

Basicamente all type, simples, escura, tocante, chocante, dramática, intensa com uma foto menor de uma criança debruçada na praia, "olhando" as ondas quebrando na areia, devolvida sem vida pelo mar. Uma capa que invejo de não ter feito. Expiação. Simplesmente o poder, a ideologia e religião, as diferenças e a intolerância que transformam o humano ao pior de todos os animais para fazer valer a sua força, a sua ideia, a sua submissão, a sua conquista e até a sua omissão.

Serve para crise humanitária dos refugiados no Médio Oeriente e da África, foco do questionamento e da capa. Serve para a crise na doentia na manutenção do poder, sob corrupção no Brasil pelo PT, com ajuda de intelectuais, mídia comprada, corrompida, justiça vacilante, daquele que se fingiu de ético, se finge de vítima para continuar comandando a destruição de um país e sacrificando as pessoas, principalmente os mais fracos, analfabetos, desinformados, ignorantes, dependentes....

Mesmo você sendo ateu, reflita! O sentido do questionamento a todos nós permanece com uma espada afiada, pesada, a ameaçar as nossas consciências, principalmente aos que detém ou fazem de tudo, inclusive roubar, matar e mentir para se manter nele, impingindo sacrifícios aos fracos, adversários, divergentes e diferentes.... e aos que se vendem e aos que propagam a mentira nas mídias, por medo, interesse ou crença (o que é legítimo).

"DEUS, SENDO BOM, FEZ TODAS AS COISAS BOAS. DE ONDE ENTÃO VEM O MAL?" (Santo Agostinho, nas Confissões)

"O BEM (E O MAL) VEM DO HOMEM" (Czeslaw Milosz, poeta polonês, ganhador do Nobel de Literatura).
Herculano
05/09/2015 13:52
APÓS FAZER A SUCESSORA, LULA É DESFEITO POR ELA, por Josias de Souza

Na sua mais recente passagem pelo Palácio da Alvorada, na noite de quinta-feira, Lula encontrou uma Dilma aturdida, às voltas com o risco de perder as duas muletas de sua presidência. Horas antes, ela havia toureado a insatisfação de Joaquim Levy, seu apoio econômico, que flertava com a porta da rua. Na véspera, ela tomara um toco de Michel Temer, sua escora política, que se negou a reassumir a articulação do Planalto com o Congresso.

Vendeu-se a versão de que Lula voara a Brasília para socorrer sua afilhada política. Falso. O mentor de Dilma foi à Capital para tentar salvar a si mesmo. Sua pupila realiza um governo caótico. O enredo da campanha perdeu a validade. E nem o marketing de João Santana foi capaz de colocar uma narrativa nova no lugar. Disso resultou um fenômeno político raro: depois de fazer a sucessora, Lula está sendo desfeito por ela. E tenta brecar o processo de desconstrução.

Enquanto o criador dava conselhos à criatura em Brasília, Temer fugia do seu comedimento usual para dizer a um grupo de empresários o que só era balbuciado em privado: "Hoje, realmente, o índice [de aprovação do governo] é muito baixo. Ninguém vai resistir três anos e meio com esse índice baixo. [?] Se continuar assim, eu vou dizer a você, 7%, 8% de popularidade, de fato, fica difícil.''

Temer soou raso e inepto. Foi raso porque insinuou o risco de impeachment com uma leveza incompatível com a gravidade do tema. Foi inepto porque bem sabe, como professor de direito constitucional, que impopularidade não é motivo para a cassação de um mandato presidencial. Exige-se a prática de um crime de responsabilidade. Algo que, por ora, não se encontra sobre a mesa.

Seja como for, a impopularidade evocada por Temer é real. E ajuda a explicar a inquietação de Lula. Graças a Dilma, o animador de massas do PT está perdendo seu capital político mais valioso: as ruas. Pior: Lula já não dispõe de um FHC para chutar. Dilma colhe o que plantou sozinha: juros, inflação, contas públicas escangalhadas e desemprego. O fiasco da gerentona converteu a legitimidade das urnas recém-abertas em falta de credibilidade.
Herculano
05/09/2015 13:46
COMO UM GOVERNO PODE QUEBRAR UMA ECONOMIA E SACRIFICAR OS MAIS FRACOS E PEQUENOS POUPADORES AOS QUAIS ELE ENGANA COM DISCURSOS PASSIONAIS, MENTIROSOS, RECHEADOS DE DISCRIMINAÇÃO E INTOLERÂNCIA


Poupança perde R$ 48 bilhões até agosto. A caderneta registrou saída líquida de R$ 7,502 bilhões em agosto, a pior para o mês na série histórica iniciada em 1995, dando sequência à trajetória de perdas em um ano em que a inflação vem pressionando o bolso dos brasileiros No ano, a poupança acumula perda líquida de R$ 48,497 bilhões.
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Sidnei Luis Reinert
05/09/2015 12:40
Olhem os comunistas financiando o ESTADO ISLÂMICO, provavelmente com dinheiro roubado das estatais brasileiras.

Detalhe: A munição é norte-americana, o que deixa o governo banana Obama exposto.

http://veja.abril.com.br/noticia/mundo/navio-boliviano-foi-flagrado-com-carregamento-de-armas-para-extremistas-do-estado-islamico

O carregamento de 5.000 armas, principalmente fuzis, e cerca de meio milhão de cartuchos estava escondido em catorze contêineres embarcados na Turquia e que tinham como destino a cidade Líbia de Misurata.

Registrado sob a responsabilidade do Ministério da Defesa da Bolívia, o navio Haddad 1 tem seus movimentos e registros de carga sob responsabilidade do governo de Evo Morales. Por lei, os armadores precisam reportar as rotas e os despachos de carga às autoridades de La Paz. Como a embarcação está envolvida em uma violação dos embargos da ONU, o governo de Evo Morales será obrigado a prestar contas sobre o uso de um navio com a bandeira de seu país em um caso de tráfico de armas e em outro possível crime: o de tráfico de pessoas.

Sidnei Luis Reinert
05/09/2015 12:21

De Olavo de Carvalho:

Na década de 90 avisei repetidamente aos militares que a criação do "Ministério da Defesa" era um ardil concebido para colocar de joelhos as Forças Armadas. Não houve como convencer aqueles cabeças-duras. Agora a merda está feita.

http://ataqueaberto.blogspot.com.br/2015/09/atencao-intervencionistas-esquecam.html


Presidência da República
Casa CivilSubchefia para Assuntos Jurídicos
DECRETO Nº 8.515, DE 3 DE SETEMBRO DE 2015
Vigência
Delega competência ao Ministro de Estado da Defesa para a edição de atos relativos a pessoal militar.
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, caput, inciso VI, alínea ?a?, da Constituição,
DECRETA:
Art. 1º Fica delegada competência ao Ministro de Estado da Defesa para editar os seguintes atos relativos a militares:
I - transferência para a reserva remunerada de oficiais superiores, intermediários e subalternos;
II - reforma de oficiais da ativa e da reserva e de oficial-general da ativa, após sua exoneração ou dispensa de cargo ou comissão pelo Presidente da República;
III - demissão a pedido, ex officio ou em virtude de sentença transitada em julgado de oficiais superiores, intermediários e subalternos;
IV - promoção aos postos de oficiais superiores;
V - promoção post mortem de oficiais superiores, intermediários e subalternos;
VI - agregação ou reversão de militares;
VII - designação e dispensa de militares para missão de caráter eventual ou transitória no exterior;
VIII - nomeação e exoneração de militares, exceto oficiais-generais, para cargos e comissões no exterior criados por ato do Presidente da República;
IX - nomeação e exoneração de membros efetivos e suplentes de comissões de promoções de oficiais;
X - nomeação ao primeiro posto de oficiais dos diversos corpos, quadros, armas e serviços;
XI - nomeação de capelães militares;
XII - melhoria ou retificação de remuneração de militares na inatividade, inclusive auxílio invalidez, quando a concessão não houver ocorrido por ato do Presidente da República;
XIII - concessão de condecorações destinadas a militares, observada a ordem contida no Decreto nº 40.556, de 17 de dezembro de 1956, destinadas a:
a) recompensar os bons serviços militares;
b) recompensar a contribuição ao esforço nacional de guerra;
c) reconhecer os serviços prestados às Forças Armadas;
d) reconhecer a dedicação à profissão e o interesse pelo seu aprimoramento; e
e) premiar a aplicação aos estudos militares ou à instrução militar;
XIV - concessão de pensão a beneficiários de oficiais, conforme disposto no Decreto nº 79.917, de 8 de julho de 1977;
XV - execução do disposto no art. 8º do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias;
XVI - exclusão de praças do serviço ativo; e
XVII - autorização de oficial para ser nomeado ou admitido em cargo, emprego ou função pública civil temporária, não eletiva, inclusive da administração indireta.
Art. 2º O Ministro de Estado da Defesa editará:
I - os atos normativos sobre organização, permanência, exclusão e transferência de corpos, quadros, armas, serviços e categorias de oficiais superiores, intermediários e subalternos; e
II - os atos complementares necessários para a execução deste Decreto.
Parágrafo único. A competência prevista nos incisos I e II poderá ser subdelegada aos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.
Art. 3º Este Decreto entra em vigor quatorze dias após a data de sua publicação.
Art. 4º Ficam revogados:
I - o Decreto nº 62.104, de 11 de janeiro de 1968; e
II - o Decreto nº 2.790, de 29 de setembro de 1998.
Brasília, 3 de setembro de 2015; 194º da Independência e 127º da República.
DILMA ROUSSEFF
Eduardo Bacellar Leal Ferreira
Sidnei Luis Reinert
05/09/2015 12:07
Temer garante que Dilma chega ao fim... Verdade...


Edição do Alerta Total ? www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

A capacidade que Dilma Rousseff tem de mentir é tão grande que a Presidenta só pode sofrer de uma doença chamada mitomania - quanto o mentiroso tem certeza absoluta de que é verdadeira a mentira que conta sem parar. Como Dilma pode ter a cara de pau (ou a burrice que beira à canalhice) de afirmar que o governo já cortou tudo que podia, e só não pode mexer nos gastos sociais para evitar o que ela chama de "um retrocesso"?

Eis o elevado preço que pagamos por termos, no cargo máximo da nossa republiqueta, uma administradora tão capacitada que, no passado, conseguiu até falir uma lojinha que vendia produtos a R$ 1,99. A economista Dilma, que tentou forjar no currículo um Doutorado que não teve capacidade de concluir, é uma vendedora ambulante de mentiras e ilusões perdidas. Por isso, não tem credibilidade para mais nada.

Nem o PT (partido-seita que a abriga, muito a contragosto, a velha brizolista) acredita mais nela... Por isso, não adianta o Palhasso do Planalto soltar notas oficiais para classificar de "desastrosas" as declarações do vice-Presidente Michel Temer, pregando o óbvio-ululante de que Dilma não resistirá até o fim do mandato, se mantiver a baixíssima popularidade de agora. A declaração Temerária foi: ?Se ela continuar com 7%, 8% de popularidade, de fato fica difícil, não dá para passar três anos e meio assim?.



A maioria dos petistas que ainda consegue raciocinar pensa do mesmo jeito. Vide a reportagem de O Globo, revelando os motivos pelos quais não saiu do papel o tal "Conselho Político" que ajudaria a tirar o PT da crise: "Figuras importantes estão declinando de convites para fazer parte do grupo. Já disseram não ao presidente do PT, Rui Falcão: André Singer, professor de ciência política da USP e ex-porta-voz da Presidência no governo Lula; Tarso Genro, ex-governador do Rio Grande do Sul e um dos principais líderes da corrente petista Mensagem ao Partido; e Guilherme Boulos, dirigente do Movimento do Trabalhadores Sem Teto (MTST)".

O Globo explicou a razão: "As alegações para recusar os convites vão desde a necessidade de manter a independência em relação à legenda até o pessimismo sobre os resultados práticos que o conselho político pode produzir". O jornal lembrou, direitinho: A ideia de criar um conselho político, composto por filiados e não filiados ao PT, havia sido anunciada depois da reunião da Executiva do partido, no dia 25 de junho. A formação do grupo foi uma forma de dar uma resposta ao ex-presidente Lula, que tinha cobrado dias antes a necessidade de a legenda promover uma ?revolução interna?, com ?gente nova e que pensa diferente?. O ex-presidente tem demonstrado preocupação com a crescente rejeição ao PT constatada em pesquisas.
Sidnei Luis Reinert
05/09/2015 12:06
Temer garante que Dilma chega ao fim... Verdade...


http://www.alertatotal.net/
Dilma já era! Lula está indo... O PT já foi e finge que não sabe... Dirceu, outrora "guerreiro do povo brasileiro", agora é candidato a longa temporada como presidiário. Enquanto isso, o Brasil fica preso à maior crise política, econômica e moral de todos os tempos. O País sobrevive sob um impasse institucional que caminha para uma ruptura - que só será resolvida quando ocorrer a inevitável Intervenção Constitucional, através do Poder Instituinte Popular, que é o poder originário de qualquer Estado civilizado (o que não é o caso do Estado Capimunista tupiniquim).

Um dólar beirando os quatro pixulecos é para fazer qualquer Presidente cair, de quatro, na real (sem trocadilho infame, porque o Real só sabe cair e a Presidenta sequer preside). O caos está formado em meio à crise gigantesca, com a hiperinflação batendo à mesa e o bolso de cada um, e com os três poderes mais perdidos que a Dilma em sua salinha do Palhasso do Planalto.

Não tem saída! Se Dilma não sair, será saída! A Presidenta Porcina, que é sem nunca ter sido, já foi-se (foice faz parte do nada ilustre passado dela, como organizadora de guerrilha que praticava assassinatos, justiçamentos, atos terroristas e até assaltos a banco (de fazer inveja ao mais honesto mensaleiro). Dilma, como conselheira incompetenta, ajudou a ferrar com a Petrobras. Sua canetada também detonou a Eletrobras - mas, nos dois casos, o otário cidadão-eleitor-contribuinte paga a conta do desastre...

Os segmentos esclarecidos da sociedade brasileira, aquela Elite Moral que ainda está muito escondidinha nas redes sociais da internet, precisam retomar o protagonismo político, exercendo seu poder instituinte, para implantar a ordem pública no Brasil. Se isto demorar muito, pode ser tarde demais... Ainda mais porque o belicoso e crítico cenário mundial nunca dependeu tanto da estabilidade institucional e produtiva de Bruzundanga - que precisa virar logo Brasil de Verdade!

Em uma coisa, pelo menos, o ex-maçom inglês Michel Temer consegue fazer uma previsão justa e prefeita: "Dilma chegará ao fim do mandato"...

Quem manda?

Nosso leitor, o Professor Reinaldo (Historiador, Geógrafo e Teólogo) tem uma tese sobre a cadeia de comando do Mensalão-Petrolão:

?O verdadeiro chefe dessa gang é o Zé Dirceu assessorado pelo Franklin Martins e outros cabeças. Você percebe e sabe que o Lula é um laranjão que tinha só a liderança dos metalúrgicos e alguns trabalhadores menos instruídos. A Dilma fazia parte das lideranças, só que também é muito ignorante e explosiva, por isso entrou em choque com a cúpula do PT. Depois que prenderam os chefões, os subalternos que foram colocados no poder, por fachada, estão mais perdidos que cego em tiroteio. É questão de tempo que seja desbaratada essa corja de bandidos. Espero que seja rápido, ou nosso Brasil querido, não conseguirá se reerguer".

Se for verdadeira a tese do professor Reinaldo, o Pixuleco 13-171 terá ainda mais motivos para se sentir humilhado, porque foi totalmente rebaixado na hierarquia da seita criminosa que acabou com a raça do Celso Daniel e de outros menos votados...

Cerco fechando



Condenado no Mensalão, agora José Dirceu de Oliveira e Silva está prestes a se tornar réu, também, no Petrolão.

Novamente, a pergunta que não quer calar: com chances de ficar preso mais tempo, por causa da reincidência criminosa pregada pelo MPF, Dirceu aguantará puxar cadeia sozinho ou levará junto o verdadeiro chefão de todos os esquemas, que qualquer bebê de colo ou bebum de bar sabe quem é?
Helena R. Silva
05/09/2015 10:59
Conforme o Diretor Dirceu dos Passos disse que arrecadou 1.2 milhões em 2014 e 443 mil até abril de 2015 e que foram gastos em sinalização, queria saber aonde esta sinalização no nosso município?
Eu não vi até agora nada de sinalização nova a não serem algumas faixas de pedestre pintadas, elas nem respondeu o requerimento da vereadora Andréia ou não sabe aonde foi gasto o dinheiro da multa?
Autor : Vereador
Requerimento 60/2015 em 07/04/2015
.: Veja Mais :.ao Executivo Municipal, solicitando digne-se remeter a esta Casa de Leis, dentro dos prazos legais e regimentais, informações e/ou cópias de documentos acerca da prestação de contas do convênio de trânsito, a saber:
Quantas contas existem referentes ao convênio de trânsito (multa de trânsito)?
Extrato mensal da conta bancária do ano de 2013 até o mês atual?
Nota fiscal e relatório anual conforme artigo 320 do CTB?
Quanto foi gasto com a sinalização?
Quanto foi gasto com a engenharia de tráfego?
Quanto foi gasto com a engenharia de campo?
Quanto foi gasto com o policiamento?
Quanto foi gasto com fiscalização?
Quanto foi gasto com educação de trânsito?
Quanto é o consumo mensal e anual de combustível das viaturas?
Obs: Apresentar documentos comprobatórios.
E porque será que o Sr. Passos não apresentou os documentos solicitados a câmara de vereadores?

Se o dinheiro esta sendo usado pela secretaria de obras para compra de maquinario.
Vamos cobrar que este recurso seja aplicado conforme a lei.
Herculano
05/09/2015 09:37
NDA NA IMPRENSA. OFICIAL DE JUSTIÇA DE GASPAR É QUASE MORTO DURANTE O CUMPRIMENTO DO DEVER, INFORMA O SINDICATO DOS OFICIAIS DE JUSTIÇA AVALIADORES DE SANTA CATARINA

O fato aconteceu na quinta-feira, durante o cumprimento de um mandado no Supermercado Brandt, na Margem Esquerda. O oficial de Justiça, Gilmar Sborz foi vítima de tentativa de homicídio. Segundo o Oficial, ele foi lá para citar o proprietário Elcio Bandt, em um mandado de arresto.

Quando chegou ao local, ainda o lado de fora, Brandt teria dito que ninguém iria tirá-lo do mercado; entrou no estabelecimento e munido de um faca de açougueiro partiu para cima do Oficial de Justiça, agarrando-o e levando a cair no chão, quando sofreu escoriações no peito, rosto e outras partes do corpo.

Anda segundo a nota do Sindicato, o Oficial Sborz escapou por sorte da morte, ajudado por pessoas que estavam no local. Segundo ele, os seus salvadores conseguiram agarrar e desarmar Brandt até a chegada da Polícia Militar. No Boletim de Ocorrência foi responsabilizado pela lesão corporal e tentativa de homicídio doloso.
Pedro Orlando Santos
05/09/2015 09:03
Herculano

Pois é, teve que vir um jornal de fora para enxergar nossos valores. Nem radios muito menos jornais, nem o mais, mais acreditado, mais sério teve a capacidade de descobrir o seu Bruda.
Herculano
05/09/2015 08:25
DESTAQUE

O Jornal de Santa Catarina, da RBS de Blumenau, em "Eles viram a guerra", que faz a principal manchete, traz entre outros depoimentos, o do gasparense Herbert Wehmuth, e eu todos conhecem por aqui mais como o "seo Bruda", 93 anos.
Herculano
05/09/2015 08:13
E AGORA, MICHEL? por Igor Gielow

Michel Temer é o proverbial "gentleman", uma ave rara em seu comedimento e gentileza no trato, além de possuir um talento incomum para lidar com catástrofes ?vide sua intervenção como secretário de Segurança paulista após o massacre do Carandiru em 1992.

Na quinta (3), para uma plateia sedenta de pancada no seu governo, ele foi inconvenientemente sincero, assim como na entrevista nervosa em que decretou a necessidade de um unificador do país.

Disse verdades, e ainda assim sob um ponto de vista otimista para o governo. Afirmou que Dilma não se aguenta com a popularidade que tem e que, se for cassado com a chefe pelo TSE, irá para casa "feliz".

A senha final anunciando o desembarque do governo, negada de cima abaixo durante a sexta (4), foi dada. O PMDB na figura do vice enfim largou Dilma, ainda que ele, como disse, não vá "mover uma palha" para atrair a acusação de golpista.

Mais chamativa, contudo, é sua disposição de "ir para casa feliz". Esse desprendimento, sincero ou não, ecoa o que os empresários empenhados em tentar apoiar a tal estabilidade de seus ganhos querem ouvir. É precisa muita maldade impopular para consertar a hecatombe que o PT deixou nas contas públicas.

Até os amigos de Dilma no PIB, temerários por seus lucros, deram um ultimato, após a presidente ter rasgado o apoio conferido nas últimas semanas ao apresentar um Orçamento deficitário - só para recuar.

Como numa corte otomana, a petista se vê acossada por vizires, os famosos "assessores presidenciais". É intriga atrás de intriga, rumo ao oblívio, embaladas não por uma banda militar de janízaros, mas pelos acordes da "Bohemian Rhapsody" associada usualmente a seu grão-vizir.

Na hipótese de que Temer não será colhido pelo vendaval, a pergunta é: ele está pronto para assumir seu papel na história ou quer ir "feliz" para casa?
Herculano
05/09/2015 08:08
SAIBA QUEM CONVENCEU JOAQUIM LEVY A PERMANECER NO GOVERNO, por Lauro Jardim, de Veja.

Joaquim Levy havia, de fato, decidido sair do governo na quarta-feira passada. Não foi a conversa de quinta-feira com Dilma Rousseff que o fez mudar de ideia.

O responsável pelo Dia do Fico de Levy foi fundamentalmente Luiz Trabuco, presidente do Bradesco.
Herculano
05/09/2015 08:06
da série: com tudo num desastre a autossuficiência e a arrogância plena dão lugar a um diálogo impossível entre poucos como parte de um golpe pra deixar no poder quem conspira contra o país e o povo. Cheira-se ao golpe e agora atende pelo nome de "grandeza". Só para os ingênuos e uma oposição fraca e errátca.

GRANDEZA HISTÓRICA, por André Singer, ex-assessor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no jornal Folha de S. Paulo.

Os vaivéns da semana - entra CPMF, sai CPMF, entra orçamento deficitário, sai orçamento superavitário, sai Levy, fica Levy - deram mais uma volta no parafuso da crise. O governo passou a transmitir perigosa imagem de descontrole. É urgente dar um freio de arrumação e resolver o impasse econômico politicamente.

O empresário Abílio Diniz criou imagem eloquente a respeito. Diz que seria necessário trancar Michel Temer, Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso em um quarto e jogar a chave fora. Neste momento, há uma pessoa capaz de produzir tal situação e, por paradoxal que pareça, ela se chama Dilma Rousseff. Nenhum dos três recusaria chamado da presidente da República para dialogar.

Há exatos 13 anos, o então presidente Fernando Henrique Cardoso levou Lula - o grande opositor - ao Planalto para tratar da delicada situação nacional. Com o dólar já acima de R$ 3 e em elevação, mesmo após fechado acordo de US$ 30 bi com o FMI, FHC colocou os quatro candidatos presidenciais no seu gabinete.

O gesto, dirigido ao conjunto dos pleiteantes ao cargo, na verdade apontava para o líder histórico do PT. Foi uma audácia. Poderia ser entendido, do lado governista, como sinal de fraqueza. A campanha de José Serra desaconselhou o então mandatário a dar tal colher de chá ao adversário. Também do ângulo petista, aceitar poderia ser interpretado como adesismo.

As duas coisas eram verdadeiras. Tanto o governo precisava de ajuda quanto auxiliá-lo significava dar melhores condições para o governismo na campanha que entrava em fase decisiva. No entanto, todos os candidatos aceitaram o convite e na segunda-feira, 19 de agosto de 2002, Lula, Serra, Ciro Gomes e Anthony Garotinho foram ao palácio ouvir e falar com o chefe de Estado.

As reuniões deram estabilidade ao período eleitoral e à transição que se seguiu, o que não foi pouco. Era a primeira vez que o país iria ter verdadeira alternância no poder. Nunca a esquerda ganhara eleição presidencial no Brasil.

A instabilidade atual não interessa a nenhum grupo majoritário, mas a maneira de estabilizar os divide. Há os que entendem ser necessário seguir no corte de gasto público, o que comprometerá programas sociais. Há os que consideram esse caminho inaceitável.

É preciso negociar para evitar a catástrofe. Com todos os defeitos, os partidos vocalizam a sociedade, e Temer, Lula e Cardoso são representantes inequívocos dos três maiores. Dilma precisaria ter a humildade de chamá-los, e eles, de sentarem para costurar um acordo. Sairiam todos engrandecidos perante a história.

Ainda há tempo para isso. Mas não muito.
Herculano
05/09/2015 07:58
O PT E TEMER: PARTIDO ESTÁ EM BUSCA DE CONSPIRADORES? É FÁCIL NCONTRÁ-LOS E A CUT, por Reinaldo Azevedo, de Veja

Tenham paciência!

Michel Temer, vice-presidente da República, não manifestou, em um pequeno encontro com empresários, nada que o bom senso não diga em toda parte, ditado pela lógica. Alguém realmente acha que um governo aguenta três anos e meio com popularidade na casa dos 7%? Ele até previu que Dilma terá mais apoio da população em breve?

Publicamente, o governo não quis saber de confronto. Ao contrário. Edinho Silva, ministro da Comunicação Social, afirmou que, mais do que a frase, o que interessa é a lealdade do vice ao governo e ao país. Nos bastidores, no entanto, o desconforto é grande. Os petistas estão furiosos. E há até algumas bocas de aluguel escaladas para bater no vice. É o caso de Roberto Amaral, ex-presidente do PSB e ex-ministro de Dilma, segundo quem a fala de Temer é "golpismo explícito".

É evidente que o vice não vive o momento de maior aproximação com o governo, não é? Fosse de outro modo, ele ainda seria coordenador político. Mas não é mais. E quem o afastou? Dilma e aqueles que a cercam.

Os petistas foram buscar palavras contra Temer até entre peemedebistas. Colheram um muxoxo aqui e ali, mas sem nenhuma fala pública. O senador Romero Jucá (PMDB-RR), por sua vez, saiu em defesa do vice e afirmou o óbvio: todo mundo diz a mesma coisa.

Se alguém esperava que o vice fosse recuar ou pedir escusas, perdeu tempo. Temer preferiu dar uma entrevista ao "The Wall Street Journal" em que expressou a convicção de que a presidente conseguirá concluir o seu mandato. E pronto.

Os conspiradores
No encontro com empresários, um dos presentes perguntou se Temer era um conspirador, o que o deixou um tantinho irritado, negando a pecha com veemência.

Pois é? Ao jornal americano, o vice-presidente defendeu a permanência de Joaquim Levy no governo e afirmou que o ministro da Fazenda tem o total apoio do PMDB.

Vamos ver: todos dão de barato que a saída de Levy, agora, traria grande instabilidade, certo? Certo! Quem está incitando os ditos movimentos sociais a pedir a cabeça de Levy? Resposta: Lula e a CUT.

Logo, se o PT está em busca do que chama "conspiradores", que os encontre entre os seus. Além de conspiradores, são também oportunistas e covardes: se é assim, deveriam entregar os cargos que ocupam num governo cuja política consideram errada.
Herculano
05/09/2015 07:51
AO PROMETER SEGUIR O CAMINHO DA VERDADE, DILMA AMPLIA O COLOSSAL ACERVO DE MENTIRAS, por Augusto Nunes, e Veja

De novo, Dilma Rousseff recitou nesta sexta-feira que o Orçamento com rombo - outra brasileirice indecorosa - comprova que o governo "optou por um caminho de transparência e verdade". É uma confissão e tanto: a presidente admitiu publicamente que vem percorrendo há quase cinco anos o atalho da mentira. Não é pouca coisa.

E não é tudo, informou a continuação da discurseira: segundos depois de garantir que se regenerou, Dilma ampliou o acervo colossal de tapeações. Disse, por exemplo, que cortou todos os gastos que poderiam ser cortados. Conversa de 171. Continuam abertos, entre tantos monumentos à gastança irresponsável, os 10 ministérios que prometeu fechar na semana passada sem sequer revelar quais eram.

Mais: não foi extinto nenhum dos milhares de cargos de confiança, ocupados por gente que não merece a confiança de gente que presta, que tornam criminosamente obesa a folha de pagamento federal. A cada dia, cerca de 10 mil brasileiros são alcançados pela onda de desemprego. Não existe um único petista desempregado. Todos desfrutam da vadiagem remunerada com dinheiro extorquido dos pagadores de impostos.

Todos são comprovadamente inúteis - e, portanto, dispensáveis. Começando por Dilma Rousseff.
Herculano
05/09/2015 07:38
DILMA "TUNGOU" R$ 588 MILHÕES DO ITAMARATY, por Cláudio Humberto na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Já é possível dar números à aversão da presidente Dilma à diplomacia brasileira. Só este ano, ela ordenou uma redução de R$ 588 milhões nos recursos do Ministério das Relações Exteriores, segundo o Portal da Transparência, onde as contas do governo estão expostas. O corte fez nossas embaixadas e consulados passarem vergonha, enfrentando ameaças de despejo e sofrendo cortes de água, luz e telefone.

Como começou

Ignora-se a origem da bronca de Dilma contra diplomatas, mas coincide com o período decepcionante de Antonio Patriota como chanceler.

Humilhações

O bullying de Dilma contra diplomatas foi inaugurado pelo próprio Antonio Patriota, que se submeteu a espantosas humilhações públicas.

Desqualificação

Acham no Itamaraty que Dilma ignora diplomatas bem formados e dá ouvidos a um curioso, Marco Aurélio Garcia, para realçar essa ojeriza.

Cadê o dinheiro?

O orçamento do Itamaraty aprovado pelo Congresso em 2014 era de R$ 2,4 bilhões, mas apenas R$ 1,6 bilhão foi executado.

CÂMARA CORTARÁ GASTOS PARA CONSTRANGER DILMA

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, prepara plano chamado de "economia confortável", que consiste na redução de custos das atividades dos deputados federais. É uma medida popular destinada a devolver dinheiro para o Orçamento da União, ajudando a cobrir rombo de R$ 31 bilhões. O "sacrifício" do Legislativo é a nova pressão sobre Dilma, que pensa em aumentar impostos para fechar suas contas.

Alinhado

Cunha conversou com o deputado Bruno Araújo (PSDB-PE), e revelou que ainda continua afinado e fechado com a oposição.

Áreas afetadas

Devem sofrer cortes áreas como divulgação do mandato, passagens, diárias e saúde de suas excelências na Câmara.

Comprando briga

Cunha reconhece que desagradará servidores, concursados e comissionados, mas a medida tem amplo apelo na população.

Boi na linha

Já que não foi consultado sobre a indicação de Joaquim Levy, o ex-presidente Lula põe fogo nos boatos sobre a demissão do ministro da Fazenda. Lula diz concordar com a "necessidade de mudança".

Veemência

Não anda nada bom o clima entre o deputado Jarbas Vasconcelos (PE) e Eduardo Cunha (RJ), ambos do PMDB. Jarbas é veemente na posição de exigir o afastamento de Cunha da presidência da Câmara.

Olha o conchavo

Cancelada a análise dos vetos de Dilma, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), lançou suspeitas sobre o presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL). Estranhou a sessão ser marcada às 11h, hora que quase não há parlamentares no Congresso.

Sai pra lá

A cúpula da Fiocruz quer barrar o ex-governador Agnelo Queiroz (PT-DF) no quadro da fundação. A nomeação deveria ter saído na edição do Diário Oficial de quinta (3), por ora, o comando da Fiocruz vetou.

Fingindo-se de morto

O governo anda tão desmoralizado que quem rompe com Dilma não perde nem cargos e ministérios. O ministro Henrique Alves (Turismo) se finge de morto desde o rompimento do padrinho Eduardo Cunha.

Motivos de sobra

Amigos de Michel Temer dão três motivos para sua saída da articulação política: Eduardo Cunha falava indevidamente em nome do vice, Joaquim Levy o desautorizava e Aloizio Mercadante o sabotava.

Como está

Mesmo sem nenhum incidente no encontro entre a presidente Dilma Rousseff e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, o deputado garante que segue na oposição. Não pensa em reatar com o Planalto.

Clima quente

Pesou o clima na bancada peemedebista na Câmara. Após aproximação do líder Leonardo Picciani (RJ) com o governo Dilma, seus liderados boicotam reuniões marcadas pelo deputado.

Até tu, Brutus?

Até no PCdoB, fiel escudeiro de Dilma, há momentos de traição. A líder Jandira Feghali (RJ) contrariou o Planalto em 14 votações este ano.
Herculano
05/09/2015 07:28
O JOGO DE TEMER, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Observações do vice sobre impopularidade de Dilma se cercam de ambiguidades, mas revelam como ele está cada vez mais à vontade

Se fosse pronunciada por algum comentarista político, a observação dificilmente fugiria aos limites do óbvio. Nenhum presidente resiste muito, com efeito, a índices tão baixos de sustentação popular como têm sido os 7% ou 8% de aprovação que remanescem para Dilma Rousseff (PT).

A constatação repercute de forma diferente, entretanto, quando ninguém menos que o próprio vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), é quem a enuncia.

Ainda mais quando se recorda que não é esta a primeira vez que Temer incorre em avaliações desse teor. De modo mais sibilino, já aludira à necessidade de um nome que unisse o país, em entrevista da qual posteriormente tentou dissipar a sugestão óbvia ?a saber, a de que a presidente Dilma já não era mais capaz desse papel.

Adveio daí indisfarçável distanciamento entre o vice e a titular do cargo. Temer, desde abril responsável pelas articulações políticas do governo, viu seu papel ser progressivamente diminuído por Dilma.

Em pouco tempo, o peemedebista abandonou a missão que, não de bom grado, lhe haviam incumbido. O desastrado anúncio de que se pensava em ressuscitar a CPMF fora feito sem que Temer, cuja habilidade seria de valia nesse caso, tivesse ouvida sua opinião.

De certa forma, a vocação irreprimível do peemedebista pelo acerto fisiológico encontrou alguns limites no que tange à saúde de seu sistema digestivo. O próspero viveiro em funcionamento no Planalto vai impondo a Temer mais sapos do que lhe é possível engolir.

Natural que reaja, assim, com alguns momentos de acidez. Ainda mais porque, numa conversa com empresários, como foi a ocasião em que se referiu à baixa popularidade da presidente, não seria coerente com o feitio do vice mostrar-se tão distanciado da realidade a ponto de negar o que todos percebem com clareza.

Daí para especular sobre os possíveis intuitos conspiratórios do vice há uma sensível distância. O maquiavelismo político também se faz de esperas e de alternativas, não apenas de mensagens cifradas.

Pode-se dizer, sem dúvida, que a frase de Temer provém de um ponto de vista mais afastado do Planalto do que seria adequado.

Cercou-se, entretanto, de outras em sentido oposto ?como a de que Dilma Rousseff não "é de renunciar". Para reforçar a ideia, fez questão de classificar a presidente como "guerreira", termo bem ao gosto da militância petista.

No governo, onde não são poucas suas possibilidades de acumular poder, Michel Temer aguarda, reflete e faz seu jogo, cada vez mais à vontade. Uma peça se move; paciência, com certeza, não lhe falta.
Herculano
05/09/2015 07:25
DEU NA "FORBES": BRASIL ESTÁ SE TORNND A GRÉCIA DA AMÉRICA LATINA, por Daniel Buarque

"O Brasil está se tornando rapidamente a Grécia da América Latina'', diz uma reportagem publicada nesta semana no site da revista de economia norte-americana "Forbes'', em referência ao país que vive uma das mais graves crises econômicas no mundo atual e à incapacidade do Brasil de se recuperar em meio à recessão. Segundo a publicação, o Brasil parece querer ser riscado do mapa da relevância como a Venezuela e a Argentina.

"O mercado ainda está tentando entender se o ministro da Fazenda, Joaquim Levy vai ficar ou vai sair. Primeiro ele ia sair. Depois ele ia ficar. Agora ele pode continuar, ou pode sair, apesar de ter dito na semana passada que ficaria. Essa brincadeira no Brasil parece muito com a da Grécia e sua decisão de pagar ou não suas dívidas'', explica.

Para a ?Forbes'', Levy é a única peça de credibilidade do atual governo brasileiro com os investidores internacionais. Sem ele, o dólar vai passar de R$ 4, e o mercado vai dar um voto de desconfiança na economia do país.

Em meio à situação política "dramática'', o país parece não ter muitas alternativas. "Um impeachment de Dilma pode parecer atraente para alguns, mas isso colocaria o PMDB no comando do país. E por mais que algumas pessoas gostem da ideia do PMDB no governo, é bom lembrar que as maiores estrelas do PMDB no Congresso estão sendo investigadas por corrupção'', ressalta.

A "Forbes'' tem acompanhado com regularidade a atual crise política e econômica no país. Em julho, uma reportagem longa falava sobre o risco de o Brasil perder o grau de investimento e se desvalorizar internacionalmente. Do ponto de vista político, por outro lado, a revista que fala para grandes investidores do mundo disse em março que o impeachment de Dilma seria uma "péssima ideia''.
Herculano
04/09/2015 23:49
da série: quando se é do grupo e por isso é obrigado a defender aquilo que contraria a realidade

LEVY PÕE DILMA ENTRE DOIS FOGOS: O MERCADO E O PT, por Tereza Cruvinel, para o 247. Ela foi a presidente da EBC - Empresa Brasileira de Comunicações - no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, PT

No teatro da crise, Dilma fez o gesto que precisava fazer nesta quinta-feira. O ministro Levy se queixara de isolamento, o mercado e até a mídia internacional especulavam com sua saída, explicitando que se isso acontecesse o Brasil desceria mais um patamar na crise. Ela afagou Levy com elogios públicos e providenciou a reunião com ele, Barbosa e Mercadante para explicitar seu decidido apoio à permanência do ministro da Fazenda. Mercadante e Edinho Silva rasgaram elogios complementares. Levy finalmente pegou um avião para a Turquia, depois de ter até cancelada a participação na reunião de ministros do G20. Com seu "fico" e o gesto de Dilma, o dólar fechou em ligeira baixa e a bolsa subiu dois pontos.

Quando voltar da viagem é que ele saberá se o combinado na reunião é para valer. Se Dilma vai ouvi-lo mais ou continuará dando mais ouvidos à dupla Mercadante-Nelson Barbosa. Contra Levy, eles ganharam a disputa pela apresentação de um orçamento com déficit ao Congresso. Pelas reações, Levy tinha razão. Ainda que o governo não tivesse como apresentar uma peça com o prometido superávit de 0,7% no prazo constitucional (31 de agosto), Dilma poderia ter mandado uma mensagem ao Congresso dizendo que, até a data da votação, o governo tentaria equilibrar as contas, cortando gastos e buscando receitas. Teria se livrado da acusação de ter empurrado o problema para o Congresso. É este discurso que Levy deseja ver adotado agora. O de que o governo tratará, ele mesmo, de encontrar meios para equilibrar as contas e de aproximar-se o máximo possível do superávit de 0,7.

Ele se queixou muito dos "sinais contraditórios" que o governo estaria emitindo em relação à política fiscal, decorrentes das quedas de braço internas que ele perde. Esta não foi a única. Sem coerência, não haverá credibilidade, e isso é o que mais falta ao governo hoje, disse ele. Em sua declaração Mercadante falou em unidade e harmonia da equipe. O próprio Levy nada declarou. Só em sua volta da viagem (ele ainda fará uma escola em Paris para encontros com investidores), Levy saberá se o combinado será honrado, se disporá de conforto e força para continuar no governo. Embora tenha reagido positivamente ao esforço de Dilma, o mercado também entendeu isso. O jogo continua.

Lula e o PT na outra margem

A permanência de Levy no governo coloca Dilma entre dois fogos. De um lado, as forças do mercado explicitando que, se ele sair, a desconfiança subirá, alimentando a crise. De outro, a articulação crescente dos aliados políticos de esquerda contra a política econômica que ele conduz.

Neste sábado, o lançamento da Frente Brasil Popular, em Belo Horizonte, vai se transformar numa manifestação de apoio a Dilma e à legalidade mas de críticas à política fiscal de Levy. Lula não vai mas estimulou setores do PT e do sindicalismo a participarem. Uma parte do PT está engajada no combate a Levy, e sua principal expressão parlamentar é o senador Lindbergh Farias, que faz seguidos discursos contra o ministro e a política econômica. Participam do ato em Minas CUT, MST e UNE e quadros do PT, PC do B e até da ala do PSB que vem se reaproximando do governo.

Se as coisas continuarem neste ritmo, em algum momento Dilma terá que escolher entre a política econômica em que apostou para sair da crise e o apoio de expressivos segmentos de sua base de esquerda, da qual precisa para enfrentar a ofensiva da oposição contra seu mandato
Herculano
04/09/2015 23:41
da série: quando se é obrigador a defender o indefensável

TEMER SE MOSTROU "PESCADOR EM ÁGUAS TURVAS", por Paulo Moreira Leite, diretor do 247, que sobrevive de verbas do governo e está enrolado com a corrupção do petrolão

O vice-presidente Michel Temer pertence a uma geração de homens públicos que aprenderam o significado da expressão "pescar em águas turvas."

Trata-se de um ditado português muito empregado durante o regime militar, que indica a atitude de quem procura "aproveitar-se de situação confusa ou difícil para tirar proveito pessoal."

Num governo com sinais permanentes de desorientação, a presença de Michel Temer em São Paulo, ontem, num encontro de executivos e empresários pode ser incluída nessa categoria. Como acontece com as debutantes nos bailes de 15 anos, o vice-presidente, que já fará 75 no próximo dia 23, apresentou-se à sociedade.

Era uma noite promovida com auxílio do Movimento Acorda Brasil, o menor entre os pequenos grupos que procuram, de qualquer maneira, derrubar Dilma de seu cargo - numa ação que, se conseguir superar inúmeros obstáculos e não incluir a queda de Michel Temer no mesmo compasso, pode abrir espaço para que ele venha assumir a vaga da titular até 2018. Disponíveis da internet, as propostas do Acorda Brasil contêm um elemento que deveria constranger Temer e simplesmente impedir sua presença no local.

Numa de suas cláusulas na luta contra o que chama "totalitarismo" no Brasil, o movimento inclui uma medida que, tomada ao pé da letra, pode levar à extinção do Partido dos Trabalhadores, que permitiu a Michel Temer instalar-se no Palácio Jaburu, como você poderá ler alguns parágrafos adiante.

Havia algo de arroz-de-festa na presença do vice-presidente, sem interlocutores à altura naquele lugar. Nenhuma fatia do PIB estava por ali, nenhuma liderança capaz de fazer o dólar subir ou recuar.

A principal organizadora, Rosângela Lyra, é alta executiva da multinacional Dior. Profissional com vida própria, muito bonita e respeitada no meio, Rosângela Lyra foi personagem mais frequente em colunas sociais quando era sogra do craque Kaká.

Um mês depois de dizer que o Brasil precisava de "alguém para reunificar o país", Temer deu um exemplo em sua capacidade de gerar consensos políticos. Lembrou seu papel na derrubada da CPMF, na semana passada. Conforme relatam Pedro Venceslau e Letícia Sorg, no Estado de S. Paulo de hoje, o vice contou o que disse a Dilma quando, durante um telefonema, ela lhe disse que pretendia criar a CPMF: "eu fiz uma ponderação: a situação do governo já não é boa aos olhos da população. Não é boa aos olhos do Congresso. O governo sofrerá uma derrota fragorosa no Congresso."

Pelo ambiente, o encontro de ontem era um local onde se poderia defender o corte de verbas para saúde pública sem o risco de causar o mais leve mal-estar.

Pelo cenário e pelos personagens presentes, não se consegue encontrar uma explicação aceitável para a presença do vice presidente da República naquela lugar, naquela hora, em posição tão desfavorável para cumprir o dever de lealdade com o governo Dilma.

Numa roda, um dos empresários sentiu-se tão à vontade diante de Temer que lhe perguntou se pretendia entrar para a história como "oportunista ou estadista". (Como se fosse uma conversa que dispensava maiores esclarecimentos, não se explicitou o que seria uma coisa ou outra - pois o "significado" dessas duas palavras se modifica conforme o dicionário de cada ambiente e as perspectivas políticas de cada pessoa. Ali, claramente, ser "estadista " era combater o governo Dilma).

Seja como for, Temer tinha uma interpretação que os presentes compreendiam muito bem e ficou na defensiva: "em momento algum agi como oportunista."

Na mesma linha, Temer ainda se referiu à aprovação do governo Dilma ("ninguém vai resistir três anos e meio com esse índice de baixo") num tom que as manchetes do dia seguinte interpretaram como justificativa para um golpe de Estado. Poderia, em outro local, ser uma simples constatação política, quem sabe um apelo por mudanças e melhorias. Não ali.

Basta entrar na internet para conhecer um pouco sobre o Movimento Acorda Brasil, para compreender que o convite enviado ao vice-presidente ultrapassa os limites da convivência democrática e das proximidades do governo.

O Movimento se declara contra o monopólio do Estado sobre "qualquer setor da economia", o que inclui a Petrobras. Também combate o regime de cotas para negros e pobres nas universidades públicas. Até aí, estamos no plano das liberdades de expressão e de opinião, que incluem, sabemos todos, o direito de dizer asneiras.

Mas há um ponto grave. Numa linguagem típica da extrema-direita norte-americana, o site do movimento defende a luta contra o "totalitarismo" e os "totalitaristas". Entende por isso a "cassação do registro de todos os partidos políticos" que tenham relação com o Foro de São Paulo, cuja finalidade, diz, é "semear o socialismo revolucionário em todos os países da América Latina."

É um proposta que, levada a sério, nada mais é do que um pretexto para atingir em primeiro lugar o Partido dos Trabalhadores em nome de um espantalho construído pelo anticomunismo mais anacrônico, herdeiro dos tempos, aliás, dos "pescadores em águas turvas." Imaginar que o PT tem uma relação de dependência, subordinação ou qualquer coisa semelhante com o Foro de S. Paulo é acreditar numa tese ridícula, sem apoio nos fatos.

Seja como for, não há nenhum artigo, na Constituição brasileira, que impeça o livre funcionamento de organizações favoráveis ao "socialismo revolucionário." Em 1988, os constituintes confirmaram a plena liberdade de organização dos partidos políticos, garantia que inclui quem é a favor do socialismo reformista, o revolucionário, meio revolucionário e ultra revolucionário. Também permite o funcionamento de organizações com idéias conservadoras e ultra conservadoras.

Quem não entendeu isso coloca-se contra as regras da democracia em vigor no país.

Deu para entender?
Herculano
04/09/2015 23:24
JOSÉ DIRCEU TORNOU-E UM GUEVARA ÀS AVESSAS, por Josias de Souza

A biografia de um homem público é o que sobra para ser resumido nas 15 linhas da enciclopédia. O que estilhaça o verbete de José Dirceu é o 'entretanto'. Em outubro de 1968, quando foi preso pelas forças da ditadura, Dirceu, tenros 22 anos, considerava-se um projeto de Che Guevara à brasileira. Entretanto, neste setembro de 2015, preso em tempos de democracia e denunciado pela segunda vez por corrupção, Dirceu consolidou-se como um anti-Guevara.

O Guevara original tornou-se herói de várias gerações porque morreu jovem por uma causa perdida. Sobrevive como um cadáver bonito, um mártir fotogênico em camisetas de malha vendidas em butiques chiques a preços revolucionários.

Dirceu, o Guevara tapuia, viveu o bastante para chegar ao poder. Teve tempo para trair o próprio mito. Revelou-se um idealista que ainda não tinha chegado à chave do cofre. Aquela vontade toda de sacrificar-se pela causa, todo aquele desejo de servir à classe operária, tudo aquilo era impulsionado pelo velho e bom dinheiro. De pixuleco em pixuleco, o Dirceu de 2015 tornou o Dirceu de 1968 uma alegoria.

Ao anunciar que o ex-todo-poderoso do petismo está na lista de 17 pessoas denunciadas nesta sexta-feira na Operação Lava Jato, o procurador da República Deltan Dallagnol preocupou-se em distinguir os dois dirceus.

"José Dirceu foi um importante líder político brasileiro. Ele representou por muito tempo os ideais de muitos'', afirmou Deltan. Entretanto, é preciso verificar "se ele praticou fatos que são crimes em um contexto determinado. E os fatos e as evidências nos dizem que sim."

A primeira prisão de Dirceu, aquela de 1968, ocorreu num sítio em Ibiúna (SP), durante o célebre congresso estudantil. Reuniram-se 800 estudantes. Elegeriam o presidente da UNE. Dirceu concorreria. Surpreendidos pela polícia, foram em cana. Ficharam-se todos. Liberou-se a maioria.

Oito líderes foram levados ao Forte Itaipu, em Santos. Beneficiados por habeas corpus, quatro saíram. O resto ficou no xilindró. Entre eles, Dirceu. Foram libertados em 7 de setembro de 1969, junto com um grupo de políticos, trocados pelo embaixador americano Charles Elbrick.

O projeto de Guevara rumou para Cuba. Recebeu-o Fidel Castro. Abrigou-se na "casa dos 28", ninho de treinamento de guerrilha. Entrou no Brasil em 1971, como integrante do Molipo (Movimento de Libertação Popular). Voltou a Cuba no mesmo ano, fez plástica no rosto com médicos chineses. Em 1975, retornou ao Brasil.

Vivendo clandestinamente em Cruzeiro do Oeste (PR), sob falsa identidade, na pele de dono de alfaiataria, potencializou o seu projeto de ser mito. Casou-se com uma dona de butique, teve um filho. Só emergiu depois da anistia, com o rosto reconstituído por nova plástica cubana. Elegeu-se deputado estadual e federal. Apossou-se da máquina do PT. Ajudou a fazer de Lula presidente. Virou um poderoso chefe da Casa Civil. Entretanto?

Hoje, 69 anos, cabelos ralos e nevados, o Dirceu do petrolão, um reincidente do mensalão, empurrou o Dirceu de Ibiúna para uma espécie de clandestinidade eterna. Conspurcou os fins e apropriou-se dos meio$. Não há cirurgia plástica capaz de reconstituir-lhe a face. Sonhou ser Guevara. Entretanto, queria reformar sua mansão de Vinhedo, não o Brasil.
Herculano
04/09/2015 23:11
UMA VIDA, O DESABAFO. AINDA SOBRE A DESTRUIÇÃO DA PREFEITURA DO CENTRO DE SAÚDE. O PT ODEIA GENTE COM SENTIMENTOS, COM ALMA, COM IDENTIDADE GASPARENSE
...
Foi ali que comecei minha vida profissional em Gaspar, ali vivi os melhores e piores tempos de minha vida!
Amigos? Fiz muitos. .. Como também desafetos. .. Quem não os tem?
Meus pacientes! Quanto me ajudaram sem saber com seu carinho! Muitas vezes eu estava pior do que eles, mas ao vê -los tudo melhorava.... Eu nunca desisti deles! Na verdade foi por eles que pedi demissão e saí.
Cada um deles está gravado com muito carinho em meu coração, afinal com eles passei mais da metade de minha vida! Foram 28 anos dedicados à vocês!
Desculpe o desabafo mas hoje tomei consciência de que perdi a minha primeira morada em Gaspar! O local que eu mais amei trabalhar! O Posto do Centro!

Quem escreveu? Celina Beatriz Reis de Abreu
Herculano
04/09/2015 23:03
TONI BALANÇA

O ex-presidente do PMDB de Gaspar, Carlos Roberto Pereira, aposta que o x-vereador e histórico o partido, Antônio Volecke, o Toni da Churrascaria, está fazendo onda e não sairá do PMDB.

Esta convicção está na visita que Pereira fez hoje ao Toni. Foi lá comer a boa carne de lá. Conversa vai, queixa vem, ele ganhou a jura do Toni de que ele ainda não assinou com o PR. Para ir para o PR, Toni precisa se desfilar formalmente do PMDB, e nada disso o Toni pediu até agora para presidente Kleber Edson Wan Dall.

Carlos Roberto Pereira, aproveitou para dizer ao Toni, que o que eu escrevi na coluna de hoje sobre uma afirmação de Pereira contra o Toni, de que "não se perde o que não se tem. Na eleição passada guardamos a vaga para o Toni. Na última hora ele desistiu", tinha sido uma invenção minha. Bom. Se o Toni quiser ouvir a gravação desta afirmação, eu ainda a tenho. Ela veio via Whats app. Acorda, Gaspar!
Herculano
04/09/2015 22:51
MAIS UMA VEZ. O CÉREBRO DO PT, DIRCEU É DENUNCIADO POR SUSPEITA DE CORRUPÇÃO E LAVAGEM DE DINHEIRO

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Estelita Hass Carazzai, de Curitiba. Quase três anos depois de ser condenado no mensalão, o ex-ministro José Dirceu foi denunciado criminalmente mais uma vez nesta sexta-feira (4) pela força-tarefa da Operação Lava Jato, sob acusação de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

É a primeira acusação formal da Lava Jato contra um antigo integrante do Executivo federal.

A denúncia não quer dizer que o petista, que está preso há um mês, é culpado. A Justiça agora irá decidir se a acata ou não. Se acatar, o processo é aberto, e Dirceu vira réu.

"É a pessoa número 2 do nosso país envolvida num esquema de corrupção", afirmou o procurador da República Deltan Dallagnol. "A Lava Jato revela um governo para fins particulares, com um capitalismo de compadrio, em que o empresário e o agente público buscam benefícios para o próprio bolso."

Além dele, também foram denunciados seu irmão, Luiz Eduardo, sua filha Camila Ramos, seu ex-assessor Roberto Marques, o ex-sócio do ministro Julio César dos Santos, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e o ex-diretor da Petrobras Renato Duque, entre outros. Foram 17 denunciados no total.

Dirceu é acusado de receber propina da Petrobras, vinda de contratos de terceirização da estatal ou, ainda, de contratos de consultoria que sua empresa fechava com empreiteiras contratadas pela estatal. Executivos da empreiteira Engevix, neste caso, também estão entre os denunciados.

Voos fretados, reformas de apartamentos e contratos fictícios de consultoria teriam sido pagos ao ex-ministro com dinheiro da Petrobras.

Segundo as investigações, o esquema teria movimentado R$ 60 milhões em propina, sendo que Dirceu e seus familiares foram beneficiários de R$ 11,8 milhões.

"Não está em questão quem José Dirceu foi ao longo da história, ou o que ele fez pela consolidação da democracia no nosso país. Não julgamos pessoas, mas fatos concretos", disse o procurador Dallagnol. "As provas nos dizem que ele praticou crimes graves e deve ser responsabilizado como qualquer pessoa."

Dirceu nega participação no esquema e diz que os pagamentos que recebeu de empreiteiras foram feitos por serviços de consultoria. Seu advogado, Roberto Podval, já classificou sua prisão como "política" e "sem justificativa jurídica".

CUSTO POLÍTICO

Segundo a acusação, o ex-ministro da Casa Civil foi responsável pela indicação de Renato Duque à diretoria de Serviços da Petrobras e, por isso, recebia vantagens indevidas da estatal. "O apoio teve seu custo", disse o procurador Roberson Pozzobon.

Os pagamentos ocorreram ao longo de dez anos, entre 2004 e 2014 ?inclusive depois, portanto, que Dirceu foi condenado e preso pelo envolvimento no mensalão. No caso desses pagamentos, o petista pode ser considerado réu reincidente, o que deve aumentar sua punição caso ele seja julgado culpado.

As operações eram feitas por um "banco criminoso" de Milton e José Adolfo Pascowitch, irmãos e operadores do esquema, que fizeram acordo de delação premiada. Os dois recebiam recursos desviados de diversos contratos da Petrobras - nesse caso, obras da empreiteira Engevix e contratos de terceirização da estatal com as empresas Hope, Personal e Consist.

As propinas, que atingiam de 1% a 2,28% do valor dos contratos, eram repassadas tanto a funcionários da Petrobras (nesse caso, Duque e seu subordinado Pedro Barusco) quanto ao núcleo político que dava sustentação ao esquema - ou seja, familiares e pessoas ligadas a Dirceu, inclusive o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto.

A soma das penas pode chegar a 51 anos de prisão, para os crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

No caso de Dirceu, a expectativa do Ministério Público Federal é que a pena seja de no mínimo 30 anos. "Uma pessoa que pratica crimes tão graves deve receber pena superior a 30 anos", diz Dallagnol.

Outros fatos ainda serão alvo de novas denúncias, segundo os investigadores. Os proprietários das empresas que tinham contratos de terceirização com a Petrobras, por exemplo, ainda não foram denunciados, embora já tenham sido investigados.

OS DENUNCIADOS
José Dirceu de Oliveira e Silva ex-ministro da Casa Civil
Luiz Eduardo de Oliveira e Silva irmão de Dirceu
Camila Ramos de Oliveira e Silva filha de Dirceu
Roberto Marques ex-assessor de Dirceu
Julio César dos Santos sócio de Dirceu na JD Consultoria
Daniela Facchini arquiteta que reformou casa do ex-ministro
João Vaccari Neto ex-tesoureiro do PT
Renato Duque ex-diretor da Petrobras
Pedro Barusco ex-gerente da Petrobras
Fernando Moura lobista ligado ao PT
Olavo de Moura Filho irmão de Fernando Moura
Gerson Almada executivo da Engevix
Cristiano Kok executivo da Engevix
José Antunes Sobrinho executivo da Engevix
Júlio Camargo empresário
Milton Pascowitch operador
José Adolfo Pascowitch irmão de Milton

OUTRO LADO

O advogado de José Dirceu, Roberto Podval, disse que só irá se manifestar depois que seu cliente for intimado. "A questão precisa ser tratada de forma técnica", disse à Folha.

O advogado de João Vaccari Neto, Luiz Flávio Borges D'Urso, informou que ainda não tem conhecimento da denúncia.

Antonio Augusto Figueiredo Basto, que defende Pedro Barusco e Julio Camargo, disse que não comentaria a denúncia porque não conhece o teor das acusações.

A defesa de Fernando e Olavo Moura, a cargo de Pedro Iokoi, também não quis comentar a denúncia por não ter tido acesso à peça.

O advogado de Roberto Marques, Maurício Vasques, não quis fazer comentário.

A defesa dos sócios da Engevix Cristiano Kok e José Antunes Sobrinho não quis emitir comentários sobre o teor da denúncia. O advogado dos dois, Carlos Kauffmann, disse apenas que a empresa está colaborando com as autoridades.

O advogado dos irmãos Milton e José Adolfo Pascowitch, Theo Dias Neto, também não quis comentar a acusação.

A Folha não conseguiu localizar os defensores de Luiz Eduardo Oliveira e Silva, Camila Ramos de Oliveira e Silva, Julio César dos Santos, Gerson Almada, Daniela Facchini e Renato Duque.
Bruno
04/09/2015 19:26
Caros ainda vereadores Antônio e Amarildo, vocês subestimam a capacidade das pessoas não é mesmo? Está muito claro pra nós a intençao de vocês quanto aos projetos de redistribuíção e da reforma administrativa; O que é visível é que vocês não entenderam ou não leram o abaixo assinado, pois nele pede para vocês que foram eleitos pelo povo, para lutar pelo povo, que mudem o horário de votação, pois assim poderemos participar da votação desses projetos.
Fico cada dia que passa mais enojado dessas manobras, dessas falcatruas de tentar jogar lama em pessoas que ainda possuem boa índole e caráter! O Sr Jovino nós conhecemos muito bem e nele ainda acreditamos!!!
Dirceu daqui segue o exemplo do Dirceu de lá - DITRAN
04/09/2015 18:56
A Ditran do PT sempre foi e sempre será aparelhada com as vontades políticas do gabinete.

Em entrevista ao jornal O diretor Dirceu disse: ?O custo com sinalização é alto. E com os Correios é altíssimo também. Fazemos o que podemos com o recurso que arrecadamos?...

VERGONHA. a Ditran é uma maquina caça níquel para bancar urbanizações eleitoreiras com a desculpa de sinalização, e pra bancar carros, caminhões e máquinas novas pra Sec. de Obras.

Viatura faz tempo que não têm, fardamento então nem se fala, a casa caindo na cabeça dos servidores, e a estrutura mais parece um barraco, tudo amontoado.. E ainda vem me dizer que "fazemos o que podemos", o que podemos não Sr.Diretor, o que o gabinete deixa fazer com a migalha que sobra do saque que vocês realizam.

DITRAN É UM FARSA, e o diretor, conivente e alinhado com o gabinete só pensando no seu (R$). Os servidores não aguentam mais levar a má fama nas ruas, e tijoladas, enquanto nos escritórios, no ar-condicionado, as orientações são de fiscalizar com o radar as ruas que mais arrecadam visando o caixa pra 2016, e não em salvar vidas. Isso é pra inglês ver.

É só ver o que o PT fez com a Petrobras, que já se sabe o que é feito com a Ditran. Usa-se a maquina em beneficio eleitoral, apadrinhamento de amigos (todos os diretores são filiados Petistas), e claro, com objetivo maior de se perpetuar no poder.
Herculano
04/09/2015 15:51
RODRIGO JANOT É CONTRA VLTA DE DIRCEU PARA PRISÃO DOMICILIAR

Conteúdo do jornal Folha e S. Paulo. Texto de Márcio Falcão, da sucursal de Brasília. Em parecer enviado ao STF (Supremo Tribunal Federal), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, se manifestou contra o pedido da defesa do ex-ministro José Dirceu (Casa Civil) para que o petista volte a cumprir prisão domiciliar em Brasília.

Os advogados do ministro recorreram ao STF para que ele deixe a prisão em Curitiba, onde está detido preventivamente por acusado de ligação com o esquema de corrupção da Petrobras.

A defesa alegou que Dirceu já cumpria pena, em prisão domiciliar, pelos crimes do escândalo do mensalão quando foi preso em mais uma fase da Operação Lava Jato, que apura desvios na estatal, no dia 3 de agosto.

A defesa argumenta que Dirceu não poderia ter sido preso a pedido do juiz Sergio Moro, da Justiça do Paraná, sem aval do STF, que é responsável pela execução da pena no caso do mensalão.

Dirceu foi preso a pedido de Moro na Superintendência de Brasília. Depois o juiz pediu sua transferência para Curitiba, que foi autorizada pelo ministro do STF Luís Roberto Barroso, relator das penas do mensalão.

Outra justificativa é que "as particularidades do sistema prisional a que estava submetido [prisão domiciliar], bem como suas características pessoais e, ainda, e principalmente, os fins e fundamentos do decreto de prisão preventiva superveniente, a forma e local mais adequados são a prisão domiciliar e na capital federal".

Para Janot, os elementos apresentados pela defesa de Dirceu não justificam a admissão do recurso. O procurador-geral afirmou que o ex-ministro não tem prerrogativa de foro especial e que não há relação entre a prisão do mensalão e da Lava Jato.

O chefe do MP sustentou ainda que o petista teria continuado a cometer crimes mesmo após ser condenado pelo STF por participação no esquema de desvio de recursos públicos para compra de apoio político no Congresso durante o início do governo Lula.

"Não há que se falar, com efeito, em conciliação das prisões [mensalão e Lava Jato] pelo Supremo, porquanto independentes entre si, não havendo, entre uma e outra, conexão de qualquer ordem. Ademais, o sentenciado não possui foro por prerrogativa de função, não havendo necessidade de pronunciamento do STF em questões desse jaez relativamente a ele", disse.

PRESÍDIO

Na quarta (2), o juiz Sergio Moro determinou a transferência do ex-ministro para um presídio comum na região metropolitana de Curitiba. Ele atendeu a um pedido da própria defesa do petista.

Dirceu estava preso na superintendência da Polícia Federal em Curitiba, sede das investigações da Lava Jato. Ele ficará no Complexo Médico Penal, em Pinhais, onde já estão outros 18 presos da operação.

Moro entendeu que a carceragem da PF, que tem seis celas e capacidade máxima de 18 pessoas, "não comporta, por seu espaço reduzido, a manutenção de número significativo de presos".

Na terça-feira (1), o ex-ministro foi indiciado pela PF sob suspeita de corrupção, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e formação de quadrilha, suspeito de receber dinheiro desviado de contratos do governo federal. O esquema teria movimentado R$ 59 milhões em propina.

Dirceu nega participação no esquema e diz que os pagamentos que recebeu de empreiteiras foram feitos por serviços de consultoria. Seu advogado, Roberto Podval, já classificou sua prisão como "política" e "sem justificativa jurídica".
Alfredo
04/09/2015 14:21
O negócio é fazer concurso para motorista na Prefeitura de Gaspar.
Vão ter um aumento de R$ 1.203,07 para R$ 2.305,19.

Enquanto os demais funcionários sofrem pela falta de um plano de cargos e salários alguns poucos se dão bem.

Serão amigos do rei ou da rainha ?

Alguns motoristas ainda trabalham bastante, mas outros como os da educação passam a maior parte do tempo dormindo pelos cantos.
Tubarão
04/09/2015 13:05
Oi, Herculano;

O petê alegou que demoliu o Centro de Saúde por causa dos drogados.
Este petê é um partido de paradoxo na terra da putaria.
Adora viado, adora sapatão, adora quem fornica, adora pedófilo, adora
ladrão ... e despreza drogado.
A onde estão os drogados que não se reúnem e reivindicam o amor do petê bandido?
Sidnei Luis Reinert
04/09/2015 13:01
CARTA DE FIDEL CASTRO A HUGO CHÁVEZ- Parte 3

Terceira Etapa

Se tiveres conseguido tudo até esta etapa poderás seguir para a terceira. Na terceira etapa deverás violar a Constituição porque ninguém te impedirá. Ordene invasões. Distribua armas, drogas e dinheiro. Acuse-os de espiões e corruptos. Desprestigie-os. Prenda muitos jornalistas, empresários, líderes trabalhistas. Os demais fugirão do país ou serão presos.

Reestruture teu gabinete. Aqui já podes desfazer-te de teus colaboradores. A alguns podes até premiá-los e a outros desprezá-los pois já não há oposição. Terás que pôr somente ?camaradas?. Faça tudo constitucionalmente (com a nova constituição(palavras minhas), instale o estado de exceção, suspenda as garantias civis, lance o toque de recolher. Aja rápido, observe se o povo está achando excelente. Feche todos os meios de comunicação. Destitua Prefeitos e Governadores da oposição.

Anuncie a reestruturação de todas as áreas do estado e a elaboração de uma nova constituição. Forme um Conselho de governo com 500 membros. No Conselho assessor do governo estarei eu. Será melhor fuzilar os opositores que não aprendam. Isso é a única coisa que os silencia e é mais econômico.

Nunca deixes que se organizem, nem deixes que conheçam as tuas intenções. Seremos respeitados novamente com o Marxismo-Leninismo. O Brasil, o Equador, a Venezuela e Cuba serão indestrutíveis.

Se eu ver que tu não tens colhões, recolherei todo o meu pessoal, pois os militares podem mata-los se te prenderem, acontecerá se não me ouvires.

?Que estás esperando, Hugo??

Nota: Todas estas ?orientações? mereciam destaque em negrito, pela monstruosidade aí contida, por isso privilegiei apenas algumas palavras e o trecho final que fala claramente no Eixo do Mal, tão veementemente negado por ?seu? Lula, pelos ?intelectuais orgânicos?, imprensa ?amiga? e ?companheiros de viagem? do Brasil e do mundo. Que isto nos sirva de alerta vermelho, pois a Venezuela está muito próxima de efetivar esta Terceira Etapa e nós já demos muitos passos dentro desta perspectiva medonha e criminosa.

https://www.youtube.com/watch?v=GNQu27sd5VY#t=21
Sidnei Luis Reinert
04/09/2015 12:59
CARTA DE FIDEL CASTRO A HUGO CHÁVEZ- Parte 2

Segunda Etapa

Para a segunda etapa tens que haver formado Comitês de Defesa da Revolução que serão chamados de ?Bolivarianos?. Faça trabalhos comunitários com eles para que te defendam agradecidos. Paga-lhes para que sigam teus alinhamentos (marchas e concentrações). Dos comitês selecione os mais exaltados para uma força de choque armada que poderás necessitar se a situação ficar difícil. Controle a Polícia, destrua-a. Ponha-a à tua disposição. Na segunda etapa tens que aprofundar a visão da Revolução. Deve-se mencionar muito a palavra revolução. Isto emociona os pobres.

Aqui tens que quebrar a união dos trabalhadores e a dos empresários que possam fazer oposição. Aqui teremos que conseguir com que os trabalhadores sejam filiados a uma central paralela. Com dinheiro isso pode ser conseguido. Do mesmo modo, terás que armar uma central de empresários paralela. Ataca os empresários. Acuse-os de serem gananciosos, fascistas e especialmente acuse-os de golpistas; te faça de inocente.

A mente dos homens se fixa no mais fraco e onde haja injustiça. Se não conseguir comprá-los feche os meios de comunicação rádios, jornais e emissoras de TV. Tua empresa de petróleo é quem irá produzir o dinheiro do projeto. Nomeie uma Junta Diretora Revolucionária. Demita os técnicos e acabe com a chamada meritocracia.
Sidnei Luis Reinert
04/09/2015 12:58

CARTA DE FIDEL CASTRO A HUGO CHÁVEZ

Parte 1

ESTA CARTA FOI ENTREGUE POR FIDEL CASTRO A LULA EM OUTUBRO DE 2004, PARA QUE ELE A ENTREGASSE EM MÃOS A HUGO CHAVES, ESTA CARTA CONTEM INSTRUÇÕES DETALHADAS DE TODOS OS PROCEDIMENTOS NECESSÁRIOS PARA TOMAR O PODER E TRANSFORMAR A VENEZUELA EM UMA DITADURA COMUNISTA.
O ÁUDIO ESTÁ EM ESPANHOL, E A TRANSCRIÇÃO EM PORTUGUÊS ABAIXO.

CARTA DE FIDEL CASTRO A HUGO CHÁVEZ ? PARA QUEM ENTENDE ESPANHOL VALE A PENA OUVIR!



Percebemos que Hugo Chávez foi fez tudo o que Fidel o instruiu na carta, e Lula e Dilma também estão seguindo todas as etapas!!... Ver mais

CARTA DE FIDEL CASTRO A HUGO CHÁVEZ - VALE A PENA LER E OUVIR!

https://www.youtube.com/watch?v=GNQu27sd5VY#t=21

Sabemos Hugo que para conseguirmos acabar com o imperialismo americano teremos de fazer as coisas bem feitas, Os Árabes já estão prontos, Lula já está trabalhando no Brasil.
E as FARC estão alinhadas contigo.



Primeira Etapa

?Os pobres são maioria e têm pouca memória?. Injete-lhes esperança e acuse o passado, à Democracia de todos os seus males. Mantém-se alinhado permanentemente com o povo, Identifica-te com eles. Teu jeito de se expressar tem de ser bem simples; isso lhes gera confiança, pois tens o tempero que faltava. Emocione-os, leve-os em consideração. Aprenda a manipular a ignorância. Tuas palavras devem ser inflamadas e mostrar poder; não te preocupes com os ricos e a classe média, pois esses são a minoria e tu não necessitas mais do que 80% dos pobres. Os ricos sairão correndo se lhes falares: "Buu!!!"

Os católicos adoram menções da Bíblia ou de Cristo. Os católicos, em que pese serem a grande maioria na Venezuela, não farão nada. Apenas rezarão, sem ações concretas, não irão chegar a lugar algum; são uns bobalhões. Enquanto a igreja estiver adormecida, aproveite.

Quando decidirem se mover, já te terás te instalado. Lembre que a igreja é ?escorregadia?. Siga fustigando-os. Os católicos sem liderança não serão ninguém.

Nenhum padreco irá reagir. Talvez dois ou três queiram rebelar-se, porém seus superiores os encurralarão. Se vires um sacerdote católico agitador, compre-o, chame-o para conversar, ganha-o para ti; se o povo cristão se rebelar, então esse será o teu último dia... Porém, dificilmente esse dia virá. Os judeus na Venezuela, estes não contam, os evangélicos são uns pobres coitados e as demais religiões são tão poucas que nem vale a pena comentar?

Quando falares a alguém, sempre cite Jesus Cristo, lembro que para mim isso sempre deu excelentes resultados.

Inclua bandeiras e cite Simón Bolívar sempre que possas. Gere um novo nacionalismo. Desperte o ódio e divide os venezuelanos. Esta etapa te dará bons dividendos... Se matarão entre eles, esta violência também te ajudará a instalar-te à força mais tarde. Entretanto, sempre falando de democracia. Com dinheiro, compre a fidelidade enquanto cumpres os teus objetivos. Quando conseguires tudo o que queres se se opõem a ti ou mesmo os que te aconselham, despreze-os. Envie-os as embaixadas, dê-lhes dinheiro para que se calem ou tire-os do país para que a imprensa não os utilize. Aos que se oporem a ti, que se oponham

?FORJA? delitos; isso os desqualificara para sempre. Use todos os meios para manter a maioria no senado. Mantenha sempre a teu lado no mínimo à procuradoria e o judiciário.

Compre todos os militares com cargos de comando de tropa e equipamentos. Coloque-os em lugares onde haja bastante dinheiro. Compre banqueiros, os grandes comerciantes e os construtores. Dê-lhes contratos, trabalhos e facilidades para esta primeira etapa.

Herculano
04/09/2015 12:44
PESOS PESADOS DO PIB ACERTARAM COM LEVY CONDIÇÕES PARA APOIAR O GOVERNO, por Fernando Rodrigues

Um grupo com 9 dos mais importantes empresários brasileiros recebeu Joaquim Levy na 4ª feira (2.set.2015) à noite em São Paulo. No encontro reservado, quase secreto, apresentaram as condições para continuar a apoiar o governo, a gestão da economia e a própria permanência de Levy no cargo de ministro da Fazenda.

A agenda tem três pontos: 1) fazer todos os esforços para que o Brasil mantenha o grau de investimento dado por agências de classificação de risco; 2) buscar um superávit de 0,7% do PIB na execução das contas de 2016 e 3) promover um forte corte em subsídios e programas governamentais para atingir essa meta.

Estavam na reunião de 4ª feira representados, pelo menos, 8 dos 10 maiores grupos empresariais nacionais. Por volta de 23h30, decidiu-se que era importante, na frente de Joaquim Levy, telefonar para a presidente Dilma Rousseff e relatar o que estava sendo tratado. A missão coube a um dos presentes, um empresário do Rio do de Janeiro.

O telefonema foi realizado, Dilma atendeu e foi informada sobre os temas em discussão.

Todos no encontro estavam preocupados com a proposta de Orçamento para 2016 contendo um déficit de 0,34% do PIB. O empresário ao telefone disse a Dilma que era vital para o país perseguir e obter a meta de superávit de 0,7% em 2016.

Ficou claro na conversa que os empresários brasileiros davam apoio à posição de Joaquim Levy, considerado mais liberal e confiável do que os ministros Nelson Barbosa (Planejamento) e Aloizio Mercadante (Casa Civil).

Os empresários ?e isso foi dito a Dilma? avaliam que a perda do grau de investimento terá efeitos catastróficos para o país. Haverá aumento do custo para captar empréstimos. A recessão se aprofundará, produzindo mais desemprego.

A situação política retroalimentará a crise. O país poderá então entrar em território desconhecido e com risco de esgarçamento das instituições.

Na 5ª feira (3.set.2015) pela manhã, o dia seguinte ao encontro de empresários em São Paulo, Dilma chamou Joaquim Levy para uma conversa pessoal em Brasília. Ao final, a presidente ordenou a vários ministros que dessem entrevistas dizendo que o ministro da Fazenda estava mantido no cargo.

A realidade é que a permanência de Levy está diretamente relacionada à capacidade de o governo atender aos 3 pedidos dos empresários reunidos na última 4ª feira em São Paulo.

Durante a reunião com os empresários, Levy chegou a falar sobre a dificuldade de conseguir o superávit de 0,7% apenas cortando gastos - porque há muitas resistências do governo em eliminar programas e subsídios.

Levy perguntou aos presentes: como cortar o Orçamento se existem uma infinidade de despesas obrigatórias e muita pressão de setores do governo para manter certos programas sociais? Foi quando um dos empresários respondeu de maneira bem direta: "Tem de cortar porque não tem dinheiro".

Os empresários reagiram de maneira difusa à sugestão de criar algum tipo de imposto.

Alguns até disseram ser possível uma nova taxa, na condição de ser temporária. Outros foram mais refratários. "Temporário no Brasil quase sempre vira permanente", disse um dos presentes. Todos ao final cobraram primeiro os cortes mais duros antes que impostos fossem criados.

Números foram apresentados sobre programas que poderiam ser cortados. Até o relativamente novo vale cultura foi citado como penduricalho que drena recursos do governo e poderia ser extinto. Não houve consenso sobre quais seriam exatamente os cortes.

Dentro de uma semana, o grupo pretende ter uma minuta com sugestões para promover um enxugamento nas despesas da proposta de Orçamento de 2016.

Joaquim Levy em alguns momentos soltou frases enigmáticas. Por exemplo, ao dizer que o cenário estava mudando muito rapidamente. "O futuro é incerto", disse o ministro. "Será que é com o Temer?".

A citação a Michel Temer foi interpretada por alguns como uma espécie de incerteza de Levy sobre as condições de o atual vice-presidente da República assumir e melhorar a conjuntura do país.

O ministro da Fazenda disse aos presentes que a presidente da República estava ciente de que o quadro está "mais grave".

Os empresários saíram do encontro de 4ª feira já na madrugada de 5ª. Alguns só deixaram o local por volta das 2h da madrugada do dia 3.set.2015.

Apesar da seriedade e da dramaticidade que os empresários empregaram às conversas de 4ª feira, a embocadura geral do grupo é a de tentar ajudar a tirar o país da atual situação de crise política e econômica. É desse mesmo grupo a ideia de fazer uma "lei de responsabilidade gerencial'' para empresas estatais ?tema encampado pelos presidentes da Câmara, Eduardo Cunha, e Renan Calheiros.

No final do encontro, segundo o apurado, os presentes não se mostraram seguros de que o governo poderá cumprir as 3 condições apresentadas a Dilma Rousseff. Mas todos têm duas certezas.

Primeiro, que sem o superávit de 0,7% do PIB em 2016 o país está fadado a perder o grau de investimento. Segundo, que se nos próximos 1 ou 2 meses não ficar claro qual será o rumo da economia, a sustentação a Joaquim Levy vai se liquefazer e o ministro da Fazenda poderá deixar o cargo.
Herculano
04/09/2015 12:34
O DESASTROSO GOVERNO DO PT, por Moacir Pereira para o Diário Catarinense, da RBS Florianópolis

Não há mais espaços para tanta notícia ruim sobre a crise econômica que atinge hoje o governo e repercute em toda a sociedade brasileira. A mentirada da campanha de Dilma, com o reforço do pixuleco manipulador, atirou a credibilidade do Brasil no fundo do poço. A revista "The Economist" dá como manchete "A economia brasileira está no buraco- e continua a escavar".

O "Financial Times" estampa na edição digital que as finanças públicas do Brasil entraram em colapso. O ministro Joaquim Levy anuncia nas internas que vai pedir demissão. O presidente do Bradesco, seu chefe, dá um puxão de orelha. E ele fica no governo. Trabuco, o presidente do Bradesco, manda mais do que Dilma, a presidente da República.
Com grave repercussão nos Estados e nos Municípios, esta crise parece não ter fim, assim como as denúncias de roubalheira na Petrobrás e em outros órgãos federais revelam-se intermináveis. Cada capítulo é uma revelação estonteante.

Como esta declaração do empresário Ricardo Pessoa, da UTC, perante o juiz Sérgio Moro: "Sim, eu paguei para o Pedro Barusco. Renato Duque(PT) sempre me encaminhou para o senhor João Vaccari(Tesoureiro do PT). Eu nunca dei propina na mão do senhor Renato Duque. Era sempre encaminhado o assunto para o senhor João Vaccari." E enfatizou: "Eu depositava oficialmente numa conta do Partido dos Trabalhadores". Resumo da ópera: O governo Dilma acabou sem ter começado.
Herculano
04/09/2015 12:30
SÃO PEDRO DEU UMA MÃOZINHA

Título do press release da prefeitura de Gaspar: "desfile de Sete de Setembro é cancelado devido à previsão de chuva".

A verdade: todos na prefeitura temiam por protestos no desfile
Sempre Ilhota
04/09/2015 11:35
Caro Herculano,
Deixa eu ver se entendi, quer dizer que por causa dos cortes de Ilhota o prefeito vai ficar sem salário? ou os funcionários? Não entendi. Mas qualquer que seja a resposta, quer dizer então que em Chapecó, Itajaí, Pomerode, Blumenau, Florianópolis, Caçador, Laguna, etc... Também correm o risco de ficar sem salário??? http://diariocatarinense.clicrbs.com.br/sc/politica/noticia/2015/09/prefeito-de-florianopolis-anuncia-reducao-de-salarios-e-renegociacao-de-contratos-para-economizar-r-100-milhoes-4838064.html .Eles também fizeram cortes, e acredito que se o fizeram era para exatamente não correr esse risco. Sobre o descontrole de gastos, não estas considerando a diminuição de receitas que prejudicou o orçamento desses municípios, sem fundamento esse seu comentário no Ilhota em chamas.
Herculano
04/09/2015 09:07
DILMA E A MÍDIA FORA DE CONTROLE, por Reinaldo Azevedo, para o jornal Folha de S. Paulo

Desastres em série protagonizados pela chefe do Executivo fragilizaram o ministro Joaquim Levy

Em 10 dias, a presidente Dilma Rousseff foi bem-sucedida no esforço para que Michel Temer deixasse a coordenação política; permitiu que alguns de seus gênios fizessem o anúncio branco da volta da CPMF - como se fosse mero ato de vontade; estimulou o ministro da Saúde a tentar atrair, inutilmente, os governadores para a armadilha; viu o país dizer "não" em uníssono a um novo imposto; assustou o empresariado, que vinha ensaiando uma aproximação e desistiu da tunga. Pareceu pouco à governanta.

No período, ela enviou ao Congresso um Orçamento com deficit na esperança de unir as forças políticas ao ameaçá-las com o caos; largou a batata quente na mão do Parlamento para que este encontrasse as receitas de sua licenciosidade; provocou a disparada do dólar; encontrou-se com Eduardo Cunha em torno do nada; anunciou que pode rever a peça orçamentária; reconvidou Temer para a coordenação política e viu recusado o convite...

Patamar do dólar em meados de dezembro de 2002, quando ninguém conhecia um governo do PT: R$ 3,70. Patamar do dólar no começo de setembro de 2015, quando todos já conhecem o que é governo do PT: R$ 3,70. No primeiro caso, não se sabia nada do que o partido era capaz; no segundo, já se sabe tudo de que é capaz. Moeda desvalorizada pode ser uma escolha de política econômica. Não é o caso.

Tenho insistido aqui, e onde quer que me expresse, que o governo já passou do ponto em que medidas corretivas podem ser adotadas. É evidente que Joaquim Levy, ministro da Fazenda, está sendo malsucedido. Não por má vontade ou por incompetência específica, mas porque suas respostas são estranhas ao arco de compromissos do petismo. Houve, como se sabe, um primeiro voto de confiança na sua capacidade de levar um pouco de racionalidade ao governo. A esta altura, a crise de confiança que atinge Dilma já contaminou o seu ministro da Fazenda.

Até quando Levy parecia a âncora de estabilidade da presidente, aqui e ali se ensaiava algum otimismo. Mas os desastres em série protagonizados pela chefe do Executivo fragilizaram o homem forte da economia, e agora é ela quem tem de vir a público para garantir a permanência do seu ministro. É uma questão de justiça a gente reconhecer momentos inaugurais. Dilma é a nossa Gilda. Nunca antes...

Outro assunto. Ricardo Melo despediu-se deste espaço na segunda para ser diretor de jornalismo da EBC, cargo de confiança do governo do PT, o que me parece tão justo como merecido. Na sua coluna derradeira, insinua que vai se dedicar à "democratização dos meios de comunicação" para "assegurar a verdadeira liberdade de imprensa". Restou a sugestão de que a nossa é falsa.

Foi além e garantiu que, "qualquer que seja esta nova paisagem [a da "verdadeira liberdade"], a Folha tem seu lugar assegurado." Que bom! Aqui ao menos, e enquanto aqui estiver, sinto-me protegido das suas tentações democratizantes. Já nos meus outros empregos, não sei...

Melo aproveitou para rasgar elogios ao jornal, expondo um dos motivos da lisonja: jamais foi censurado. Bem, nem seria possível. Censura é apanágio do oficialismo ou de milícias. A Folha publica o que quiser porque é um jornal privado. Ou não existiria "verdadeira liberdade de imprensa".

Compreendo que os petistas queiram controlar a mídia. Afinal, é impossível controlar a Dilma.
Herculano
04/09/2015 09:02
ILHOTA EM CHAMAS

Manchete do portal do Cruzeiro do Vale, o primeiro, o mais acessado, o com mais notícias de Gaspar e Ilhota, o mais acreditado.

"Ilhota corta gastos. A principal medida é a redução de 10% dos salários do prefeito, do vice-prefeito, dos secretários e de todos os cargos comissionados".

Há gente que aposta que o prefeito Daniel Christian Bosi, PSD, exatamente por conta do descontrole das contas pode até ficar sem salário.
Herculano
04/09/2015 08:56
ADILSON LUÍS SCHMITT E A REFORMA ADMINISTRATIVA DO PT PARA GASPAR

Sobre este assunto ele deve conhecer. O ex-prefeito que foi eleito pelo PMDB, passou pelo PSB e PPS, mas está sem partido, e prometeu ficar em quarentena, parece que não resistiu. Está no seu facebook. Uso para ampliar o meu comentário da coluna sobre este assunto

"Os atuais mandatários já prometem a 6 anos e 8 meses o tão falado "PLANO DE CARGOS E SALÁRIOS", MAS NADA FIZERAM ATÉ HOJE A NÃO SER ENROLAR O FUNCIONALISMO. Outra questão eles insistem em dizer que o Projeto de Lei Complementar da Reforma Administrativa (PLC 14/2014) se aprovado irá reduzir despesas. Contem outra, pois não cola tamanha cara de pau!!!!
Mas com a palavra o Relator Vereador Giovano Borges e os demais edis".
Herculano
04/09/2015 08:52
VAI E VEM. UM DIA DIZ UMA COISA. NO OUTRO DIA OUTRA TOTALMENTE OPOSTA. O GOVERNO DO SAMBA DO CRIOULO DOIDO. É O BRASIL CONTRA OS BRASILEIROS. DILMA VOLTA A FALAR EM SUPERAVIT E GOVERNO DEPOIS DE FRITAR DIZ QUE LEVY FICA

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Valdo Cruz, Natuza Nery, Marina Dias e Fábio Monteiro, da sucursal de Brasília. A presidente Dilma Rousseff montou nesta quinta-feira (3) uma operação para segurar o ministro Joaquim Levy no governo e acalmar o mercado, que abriu o dia tenso, com o dólar superando R$ 3,80 pela manhã, em reação às indicações dadas pelo chefe da Fazenda de que poderia deixar o cargo.

Com receio de aprofundar a crise política e econômica, Dilma convocou reunião de emergência com Aloizio Mercadante (Casa Civil), Nelson Barbosa (Planejamento) e Levy para unificar o discurso e pacificar o clima dentro da equipe econômica. Após o encontro, ministros ressaltaram que o titular da Fazenda continua no posto.

A presidente também orientou sua equipe a dar entrevistas garantindo que o governo negociará medidas para cumprir a meta de superavit primário de 0,7% do PIB (Produto Interno Bruto) no próximo ano, como defendia Levy, que foi contra mandar ao Congresso a proposta de Orçamento para 2016 com previsão de deficit de R$ 30,5 bilhões.

O ministro havia cobrado unidade de discurso para evitar que ganhassem força as dúvidas sobre a sobrevivência do ajuste fiscal, bandeira que o levou a assumir o cargo no fim do ano passado.

"Levy fica. A reunião foi muito boa", disse Mercadante. "Ele tem compromisso com o Brasil." Braço direito da presidente, Mercadante atribuiu os rumores de demissão de Levy a "mal-informados" e "mal-intencionados". "Tem gente especulando e tentando ganhar dinheiro com turbulência", afirmou.

Em sintonia com a orientação de Dilma, Mercadante disse também que o governo buscará cumprir sua meta de superavit no ano que vem.

O ministro da Comunicação Social, Edinho Silva, fez o mesmo. "Levy fica, ele é importante para o governo, fica porque sempre esteve forte".

A mudança na estratégia do governo, que até segunda (31) fazia questão de dizer que optara por um Orçamento "realista e transparente", ocorreu após Levy indicar em conversa com a própria Dilma na quarta-feira (2) que sentia falta de apoio e poderia deixar o governo.

CONFIANÇA

No mesmo dia em que Levy reclamou diretamente com Dilma, o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, desembarcou em Brasília para acalmar o ministro e se reunir com a presidente. Antes de aceitar o convite para assumir a Fazenda, Levy trabalhava no Bradesco.

Na conversa com a presidente, o banqueiro alertou que o Orçamento deficitário e os rumores de que Levy poderia sair estavam enfraquecendo o governo e que reforçavam a disparada na cotação do dólar.

Depois do encontro com o banqueiro, Dilma deu entrevista no Palácio do Planalto e defendeu publicamente seu ministro da Fazenda. Garantiu que o auxiliar tem seu "apoio e respeito".

A partir daí, o Planalto passou a emitir mais sinais de mudança no tom do discurso sobre o deficit. Admitiu que iria buscar novas fontes de receita para atingir o superavit.

Na noite de quarta-feira, auxiliares de Dilma afirmavam que ela acreditava ter conseguido acalmar o ministro. Os dois haviam conversado novamente, desta vez em tom bem-humorado e bem mais tranquilo.

Na manhã desta quinta, porém, o mercado abriu agitado, ainda apostando na possibilidade de Levy sair do governo. Foi aí que a presidente decidiu convocar os ministros da Fazenda e do Planejamento para uma reunião, obrigando-os a remarcar horários de viagens, a fim de sinalizar que estava comprometida com o ajuste fiscal.

Tão logo chegou ao mercado a informação de que a presidente havia convocado a reunião, e que seu objetivo era fortalecer seu ministro da Fazenda, o dólar inverteu sua tendência de alta e fechou o dia com leve queda, de 0,05%, cotado a R$ 3,76. E a Bolsa de Valores intensificou sua alta, de quase 2%.
Herculano
04/09/2015 08:42
SESSÃO SOLENE

Um leitor assíduo, no whats app sobre a nota que registra a indecorosa decisão cívica de eliminar a sessão solene do Dia da Independência, num ambiente dependente da Câmara de Gaspar.

"Como usaram a desculpa que haveria poucas pessoas na sessão, deveriam pelo mesmo motivo, então, acabar com as sessões normais, ora pois".
Herculano
04/09/2015 08:37
A DECISÃO DO IMPERADOR

Do repórter Jean Carlo, no texto que fez sobre a cobertura da sessão da Câmara, quando se discutiu a destruição ordenada pela prefeitura do Centro de Saúde do Centro.

"O vereador Antônio Carlos Dalsochio [ PT, cunhado do prefeito Pedro Celso Zuchi e seu líder na Câmara], defendeu o munícipio e colocou que o prefeito pode agir desta forma, mesmo porque, recebeu através do voto, o comando da cidade e esse prédio estava com vários problemas e a ideia agora é fazer uma praça neste local, concluiu Dalsochio".

Entenderam? O que isto difere de tudo que comentei sobre este assunto? Acorda, Gaspar!
Herculano
04/09/2015 08:22
PETISTAS DÃO COMO CERTA DELAÇÃO DE JOSÉ DIRCEU, por Cláudio Humberto na coluna que publicou hoje

Após a primeira aparição de José Dirceu desde que foi preso, velhos "companheiros de armas" se convenceram de que um acordo de delação premiada está mesmo em gestação. Ignorado pelo PT e com Lula recomendando sua desfiliação, Dirceu percebeu que está só. E que, aos 69 anos, corre o risco de morrer na prisão. É considerado a única testemunha que poderia levar o ex-presidente Lula à cadeia.

Reflexo da alma

Militante que acompanha José Dirceu há décadas observou, vendo-o pela TV na CPI: "Conheço aquele olhar, me dá arrepios, vem coisa aí".

Anos de chumbo

Lula trata o ex-ministro com desdém porque conta com seu silêncio. Frio, disciplinado, ele resistiria até a tortura, nos tempos de chumbo.

Anos amorosos

O que Lula não conhece é o "novo Zé Dirceu", pai amoroso de uma garotinha que se transformou em xodó e sua única fonte de alegria.

Longe do PT, perto da filha

Antes de ser preso, Dirceu revelou a amigos o principal projeto de vida: acompanhar o crescimento de Maria Antonia, que vai completar 6 anos.

Dilma pede ajuda a Temer para evitar bomba"

Isolada, a presidente Dilma pediu socorro ao vice-presidente Michel Temer, ex-articulador-geral, para barrar a sessão do Congresso que discutiria o veto ao reajuste do Judiciário. Ela já está convencida que a Câmara derrubará o veto. Trata-se de "retaliação" ao governo, que prometeu a liberação de R$ 500 milhões em emendas parlamentares, mas não cumpriu o acordo. Dilma foi categórica: "Não há recursos".

Desfazendo a meta

Dilma avisou que os recursos seriam aplicados na Saúde, mas acabou limitando a verba ao Sistema Único de Saúde. Agora, nem isso...

Teoria e prática

Nos municípios, os parlamentares foram cobrados por prefeitos, mas ficaram na mão. Lembraram que o Orçamento deveria ser impositivo.

Bombeiro

O vice Michel Temer interveio no Senado e conseguiu que a sessão de 4ª-feira fosse cancelada. Havia 37 dos 41 senadores necessários.

Joga pedra

Parlamentares engrossaram o coro pela demissão do ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil). Eleito a "Geni" do governo, ele é apontado como o responsável por brecar a liberação de emendas parlamentares.

Sinal amarelo

Levantamento do instituto Exata acendeu o sinal amarelo no governo do DF. A rejeição ao governador Rodrigo Rollemberg (PSB) mais que dobrou em apenas cinco meses; pulou de 22%, em fevereiro, para 47% em agosto; 46 % aprovam o governo do DF, contra 47% em fevereiro.

Terreno improdutivo

Integrante da CPI que apura a roubalheira na Petrobras, Eliziane Gama (PPS-MA) divulga, nesta sexta, "Carta aberta à população". A CPI se transformou em "ambiente pantanoso, intimidador e desmoralizado".

Olho gordo

"O país vai ter que olhar o lado da arrecadação", diz o deputado Henrique Fontana (PT-RS) sobre ressuscitar a CPMF. Reduzir os gastos públicos o PT não defende. Prefere "punir" o contribuinte.

Macho alfa

Virou chacota a proposta de Cristiane Brasil (PTB-RJ) para restringir o uso de decotes na Câmara. Mas só o deputado Mendonça Filho (DEM-PE) foi contrário em causa própria: "Vai acabar a graça desta Casa".

Oportunismo

Circula na internet um abaixo assinado contra o projeto que acrescenta "Ex-Governador Eduardo Campos" à denominação do Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes Sociólogo Gilberto Freire. Campos faleceu em desastre aéreo, por isso a ideia considerada de mau gosto.

Petrobras nada transparente

O presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, tem se esquivado de prestar esclarecimentos à Comissão de Trabalho da Câmara sobre o impacto causado pelas paralisações de obras da Petrobras. A falta de Bendine vai motivar a convocação de Eduardo Braga (Minas e Energia)

Mãos à obra

Depois de ter o nome aprovado por goleada (22x1), o alagoano Mário Mello tomou posse ontem como conselheiro do Tribunal de Contas do Amazonas agradecendo a indicação e ciente do "peso da toga".

Pensando bem...
... Dilma poderia "esquecer" o contribuinte e cobrar a conta da crise das autoridades, taxando (altos) vencimentos, bônus e benesses.
Herculano
04/09/2015 08:12
A MORAL DA CÂMARA, Bernardo Mello Franco para o jornal Folha de . Paulo

Há sete meses, 267 deputados elegeram Eduardo Cunha para presidir a Câmara. Todos sabiam que o peemedebista estaria na lista do petrolão. Mas ele havia ajudado a bancar campanhas e prometia dar novas vantagens aos colegas.

Em fevereiro, Cunha aumentou a verba indenizatória e anunciou a construção de três anexos com gabinetes e lojas, o parlashopping. Também autorizou o uso de dinheiro público na compra de passagens aéreas para mulheres de deputados. Criticado, revogou apenas a última regalia.

Em março, o procurador Rodrigo Janot pediu a abertura de inquéritos contra 22 deputados suspeitos de levar propina no petrolão. Cunha encabeçou a lista. O Conselho de Ética, que pode pedir a cassação de mandatos, não abriu nenhum processo.

Em abril, um ex-assessor de Paulinho da Força, aliado de Cunha, soltou ratos na CPI da Petrobras. A imagem da Câmara, que já estava no chão, desceu ao nível do pré-sal.

Em maio, a claque da Força Sindical, controlada por Paulinho, gritou palavrões e atirou notas falsas de dólar no plenário. Na semana seguinte, um sindicalista da central mostrou as nádegas durante uma votação.

Em junho, deputados evangélicos interromperam uma sessão em protesto contra a parada gay. Exibiram cartazes com cenas de sexo explícito e fizeram uma oração no plenário. Cunha começou a tocar a pauta-bomba, que sabota o ajuste fiscal.

Em julho, dois delatores da Lava Jato se disseram intimidados pelo presidente da Câmara. A principal advogada do caso deixou os clientes com temor de represálias à família.

Em agosto, Cunha foi denunciado ao STF por corrupção e lavagem de dinheiro. Com medo de irritá-lo, PT e PSDB decidiram não pedir sua cassação. A Força Sindical o chamou de "guerreiro do povo brasileiro".

Neste início de setembro, a direção da Câmara decidiu agir para restaurar a ordem e a moral na Casa. Vai criar um "dress code" e restringir o uso de decotes e minissaias.
Herculano
04/09/2015 08:09
DÉFICIT SINCERO E NÃO É SUPERÁVIT, por Carlos Alberto Sardenberg para o jornal O Globo

Então ficamos assim: o governo da presidente Dilma poderia ter apresentado um orçamento com superávit de mentira. Em vez disso, teve a coragem de fazer um orçamento com déficit de verdade. E se não mentiu, teve o mérito de ser sincero.

É o que nos dizem representantes do governo, aplaudidos por aliados e até adversários. Muitos se declararam positivamente surpreendidos por tal realismo.

Mas, gente, vamos reparar: não faz o menor sentido. Não está entre as opções de um governo legalmente instituído essa de produzir um orçamento manipulado. O que nos leva a outra pergunta: como tanta gente pode considerar que seria uma alternativa possível?

Resposta simples: porque o governo Dilma 1, sob o comando de Guido Mantega, apresentou não um, mas diversos orçamentos não realistas, digamos assim, para não ofender ninguém. No ano passado, depois de prometer sucessivos superávits, o governo entregou um déficit equivalente a 0,6% do PIB.

Mas a presidente Dilma iniciou seu segundo mandato prometendo um ajuste fiscal. Parecia sincera. Tanto que nomeou para o Ministério da Fazenda o economista Joaquim Levy, conhecido no Brasil e lá fora como ortodoxo. Para ele, o equilíbrio sustentado das contas públicas, mantendo-se a dívida em níveis prudentes, é a base necessária de qualquer outra política.

Sua nomeação teve ainda um caráter simbólico. Levy foi secretário do Tesouro no primeiro governo Lula, quando, sob o comando de Antonio Palocci na Fazenda, se fez o maior superávit primário da era do Real.

Logo, todo mundo pensou, a começar por Levy, que a mudança do Dilma 1 para Dilma 2 seria passar de déficit para superávit.

Pois estavam todos enganados. A mudança era de um superávit falso para um déficit assumido. Ou, de um déficit escancarado. Os números são até parecidos. Na projeto de orçamento/2016 enviado ao Congresso, estima-se um déficit primário de R$ 30 bilhões, ou 0,5% do PIB - praticamente o mesmo resultado obtido no ano passado.

Reparem: na sua primeira projeção, no começo do ano, a equipe econômica (Levy e mais o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa) estipulou meta de 1,1% do PIB de superávit para 2015 e de 2% para os dois anos seguintes.

Depois, verificados o tamanho da recessão, com queda de receita, e o tamanho maior do rombo deixado pela administração anterior, as metas de superávit foram revistas (0,15% para este ano e 0,7% para 2016). Levy já não gostou.

Com os sucessivos fracassos do ajuste fiscal imediato - o Congresso aumentando gastos em vez de cortar e a presidente Dilma se recusando a enterrar a tesoura na despesa do Executivo - ninguém mais acredita em superávit neste ano. E para consolidar essa percepção, Levy e Barbosa entregam ao Congresso o déficit sincero de 2016. Levy também não gostou, mas a palavra final nisso foi de Dilma, com o apoio de Barbosa.

O dólar subiu forte, sinal clássico de expectativa negativa. Andaram reclamando dos mercados. Mas o que queriam? Um déficit sincero continua sendo um déficit com todas as consequências desastrosas, especialmente o aumento da dívida pública, que já veio elevada por conta dos superávits mentirosos.

Talvez ninguém tenha ficado mais decepcionado com isso do que o ministro Levy. Seu estado de espírito apareceu no day after com uma análise bem pessimista da economia brasileira. Chegou a comparar com o início dos anos 80, a pior das décadas perdidas, quando houve uma combinação de juros altos internacionais com a queda do preço das commodities exportadas pelo Brasil, que quebrou duas vezes.

Foi meio exagerado. Há agora uma fortíssima queda no preço das commodities brasileiras e os EUA vão subir juros, mas hoje o Banco Central tem reservas de mais de US$ 300 bilhões, o que afasta o risco de moratória da dívida externa. E o Brasil fez duas naquela década, 1982 e 87.

Por outro lado, o gasto do governo federal era bem menor (abaixo de 10% do PIB) com receita de impostos totais em torno dos 20%. Hoje, o governo federal gasta 21% do PIB, sem contar as transferências que faz a Estados e Municípios e sem contar pagamento de juros. Tudo somado, o setor público torra perto de 40% do PIB. A carga tributária para pagar isso chegou aos 37% do PIB e a dívida bruta, tomada para cobrir os rombos, se aproxima dos 70%.

Ou seja, as contas internas chegaram a um limite dramático - e foi essa sensação que o ministro Levy tem tentado passar. "A ficha tem que cair".

Pois enquanto ele dizia isso, seu colega do Planejamento, Barbosa, sustentava: o pior da crise está passando; a recessão acaba no último trimestre deste ano; os investimentos voltam no primeiro semestre de 2016 ; e o consumo das famílias recupera fôlego no segundo semestre. É exatamente o discurso de Dilma: uma dificuldade passageira e o Brasil logo volta ao ciclo de crédito e consumo, os ingredientes da farra de gastos do Lula 2 e Dilma 1.
Herculano
04/09/2015 08:04
IMPEACHMENT JÁ É APOIADO POR 50,7% DOS DEPUTADOS FEDERAIS DO PMDB DE TEMER, por Josias de Souza

A articulação suprapartidária pelo afastamento de Dilma Rousseff, que era embrionária até a semana passada, ganhou consistência nos últimos dias. Em conversas ainda mantidas nos subterrâneos, os partidários do impeachment começaram a contar votos. Estima-se que 34 deputados federais do PMDB já se dispõem a votar a favor da abertura de um processo para tentar encurtar o mandato da presidente da República. Isso corresponde a 50,7% das 67 cadeiras que o partido do vice-presidente Michel Temer mantém na Câmara.

Duas novidades potencializaram os movimentos do grupo pró-impeachment: 1) depois de refugar um apelo de Dilma para retornar à articulação política do governo, Temer avalizou, por assim dizer, o entendimento dos governistas insatisfeitos com a oposição; 2) o presidente do PSDB, Aécio Neves, que relutava em apostar no impeachment como saída para a crise, já não se mostra avesso às conversas. Por meio de interlocutores, Aécio e Temer se aproximam. Discute-se a conveniência de um encontro entre os dois.

Embalados, os antagonistas de Dilma cogitaram formalizar nesta semana junto à Mesa diretora da Câmara a criação de uma frente parlamentar pró-impeachment. A constituição de frentes suprapartidárias está prevista no regimento interno da Casa. Mas o grupo achou melhor adiar a providência. Por quê? Os membros da frente teriam de se identificar. E passariam a sofrer o assédio do Planalto para mudar de posição. Avaliou-se que, taticamente, o melhor seria compor um movimento informal pró-impeachment. Algo que deve ser feito na próxima semana.

Numa soma parcial, a infantaria do impeachment é estimada em cerca de 200 deputados. O número é muito inferior aos 342 necessários para aprovar a abertura de processo contra Dilma. Mas já é o bastante para compor a maioria simples necessária à aprovação de recurso ao plenário contra o eventual engavetamento de um pedido de impeachment pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). No cenário traçado pelo grupo que quer ver Dilma pelas costas, esse desengavetamento seria o suficiente para atrair ao Congresso os movimentos que mobilizam o asfalto contra a presidente.

Dilma farejou a tormenta que se arma contra ela no Legislativo. Ao longo da semana, reuniu-se com os três principais caciques do PMDB - os presidentes da Câmara e do Senado, Eduardo Cunha e Renan Calheiros, além do vice Michel Temer. Não foi o bastante para estancar a deterioração da cena política, agravada pelo derretimento dos indicadores econômicos e pela ameaça do ministro Joaquim Levy (Fazenda) de deixar o governo.

Na noite desta quinta-feira, após presidir uma operação 'fica, Levy', Dilma jantou com Lula no Palácio da Alvorada. Na conversa com a criatura, o criador revelou-se preocupado com o distanciamento de Temer e do PMDB. Recomendou a Dilma que redobrasse os esforços para manter do seu lado o vice e o partido dele. Simultaneamente, num encontro com empresários em São Paulo, Temer fazia comentários aziagos.

Coisas assim: "Hoje, realmente, o índice [de aprovação do governo] é muito baixo. Ninguém vai resistir três anos e meio com esse índice baixo. [?] Se continuar assim, eu vou dizer a você, 7%, 8% de popularidade, de fato, fica difícil.''
Herculano
04/09/2015 07:56
DO FULECO AO PIXULECO, por Ruy Castro para o jornal Folha de ;S. Paulo

Em tese, a ideia era boa: um boneco que o Brasil reconhecesse como significativo, ajudasse a divulgar uma causa nobre e simbolizasse comercialmente um evento importante. O boneco era o Fuleco; a causa era defender o tatu-bola da extinção, e a expectativa era a de que, por causa da Copa de 2014, de que ele era símbolo, o Fuleco fosse para o colo ou para debaixo do braço de milhões de brasileiros.

Fabricaram-se Fulecos de todos os tamanhos, desde os gigantes, para pairar sobre os estádios, até Fulecos em escala humana, para servir de guardiães à porta das instituições, e Fulecos portáteis, de 30 cm, para serem transportados por crianças e adultos. Mas, para surpresa da Fifa, os brasileiro souberam separar o seu amor pelo futebol dos símbolos com que se tentava revestir a Copa de uma oficialidade espúria ?daí acompanharam loucamente os jogos, mas enxotaram Dilma a vaia dos estádios e nem quiseram saber do Fuleco.

Mesmo antes de a Copa começar, o Fuleco já era um fiasco. Nem ofertas de leve-três-pague-dois e descontos de 70% impediram os encalhes-monstro no varejo. Até o Mug, um boneco com que Chico Buarque e Wilson Simonal andavam para cima e para baixo em 1967, vendeu mais.

Já o Pixuleco é diferente. O nome surgiu da forma carinhosa com o que o ex-tesoureiro do PT João Vaccari chamava as propinas que recebia dos empreiteiros com contratos com a Petrobras. Por achar que o ex-presidente Lula se beneficiava dessa prática, chamou-se de Pixuleco o Lula gigante inflável que está percorrendo as capitais para gáudio de multidões.

Se passarem a fabricar o Pixuleco portátil e vendê-lo no mercado, tudo indica que terá o sucesso que o Fuleco não conheceu. Afinal, milhões de brasileiros sabem o que ele significa, que divulga uma causa nobre e é símbolo de um importante evento.
Herculano
04/09/2015 07:52
TERRA ARRASADA. PLANEJAMENTO ZER. O POVO É QUEM PAGA

Destruíram (não errei na escolha da palavra, como demostrei na coluna) o posto de Saúde do Centro e quem paga é quem precisava dele, muitos, doentes e idosos.

Este é o título do press release da prefeitura: "moradores do bairro Coloninha serão atendidos na Unidade de Saúde do Gaspar Grande"
Herculano
04/09/2015 07:36
O GOVERNAD RAIMUNDO COLOMBO VAI A BLUMENAU E CONFIRMA TUDO O QUE A COLUNA ESCREVE HÁ ANOS E O PSD DAQUI TENTA ESCONDER CM A PENEIRA E NÃO CONSEGUE

A notícia é esta. Em passagem por Blumenau na noite de terça-feira, o governador Raimundo Colombo não se esqueceu de prestar contas em relação ao moroso trabalho de construção da SC-108. O prolongamento da Via Expressa teve a ordem de serviço assinada há um ano.

Segundo Colombo, o percurso de 15 quilômetros foi dividido em vários trechos de dois ou três quilômetros e o trabalho está concentrado no primeiro deles. Só nele são 21 desapropriações que ainda estão em curso. Também falta a licença ambiental.

Volto. Sobre o Anel de Contorno de Gaspar, nem um pio. Afinal estamos às vésperas de campanha e o candidato de Colombo, em Blumenau, Jean Jackson Kuhlmann, que para se eleger deputado, precisou dos votos dos gasparenses, jurou defender a cidade, mas está num silêncio só. Depois de quase quatro anos de mandato só consegue prestar contas aos de lá. Sobre o Anel de Contorno de Gaspar, também nem um pio.

Kuhlmann é padrinho da administração de Daniel Christian Bosi, em Ilhota. É também de Marcelo de Souza Brick, em Gaspar.
Carlos Viana
04/09/2015 07:32
Quanta diferença em Timbó foi instituído o dia da família tradicional, com diversas atividades para fortalecimento da família, na praça central, talvez este seja o problema, já pensou se alguém apresenta um projeto semelhante? Onde seria feito? No lamaçal da arena multiuso, (que não é multi) ou na praça da cracolândia, digo prefeitura.
Herculano
04/09/2015 07:28
A INSEGURANÇA E O PALANQUE

Sem discurso, o PT de Gaspar encontrou uma geni para mal, esconder as suas mazelas, arrumar culpados e nada solucionar, pois se continuar assim, é melhor para se sobreviver na lama e caos.

Os vereadores do PT elegeram a insegurança como tema predileto dos seus palanques e entrevistas. Por que? Porque é grave a situação, porque principalmente é um ema que afeta o PSD e o PMDB no poder no governo estadual, que serão, a princípio, seus adversários de verdade e de fachada nas próximas eleições aqui.

O PT no fundo está certo, mas não possui legitimidade para tal. E por que? Primeiro porque não lidera um movimento com a sociedade, apartidário ou multipartidário, para verdadeiramente resolver a situação, ou pelo menos, unidos, pressionar o governo do estado à caminhos de solução. Depois, que parte desta violência, está na falta de políticas e ações lideradas pela área de assistência social. Quais os programas preventivos, de inclusão, mapeamento e resistência existem. Tudo patrulhado, aparelhado e desconectado.

Então: quando você vê ou ouve um político, principalmente do PT, falando, reclamando ou apontando culpados pela violência onde eles próprios não se incluem, desconfie e não acredite. Estão se livrando das próprias responsabilidades comunitárias. Acorda, Gaspar!
Herculano
04/09/2015 07:11
MANCHETE SOBRE AS FARRAS DOS POLÍTICOS COM OS NOSSOS PESADOS IMPOSTOS

Tribunal de Contas do Estado autoriza novas auditorias em despesas com viagens na Assembleia. Investigação do Ministério Público de Contas aponta falta de finalidade pública em R$ 300 mil gastos em cinco viagens internacionais por parlamentares e servidores. Auditoria de 2012 já apontava descontrole em despesas com diárias

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