Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício

18/08/2015

herculanotera2GG.jpgO PROTESTO I
O protesto no domingo em Gaspar contra a corrupção dos políticos e a ladroagem nos governos petistas foi aquém da expectativa. Fracasso ou sucesso? Depende do ponto de vista em que você se olha. Para o PT daqui foi um desastre espetacular para os organizadores. E comemorou. Propagou e desdenhou como se fosse uma vitória do partido, dos militantes e dos dirigentes. Para parte dos organizadores, um sucesso, e para outra parte dos organizadores, poderia ser melhor se houvesse mais engajamento panfletário, como aconteceu no primeiro manifesto onde se tentou construir um palanque para discursos de pré-candidatos a prefeito daqui dos ditos partidos de oposição.

O PROTESTO II
Primeiro. Gaspar não é uma metrópole. E é influenciada de uma por Blumenau muito próxima, e os gasparenses identificada com ela. Blumenau banaliza ou compromete as iniciativas daqui. Segundo. Em março havia duas mil pessoas, numa contagem que causou alguma polêmica. Em abril, ninguém se mexeu e apareceu. Um espanto. Tudo passou em branco. Lamentável. No domingo passado, contaram pouco mais de 200 manifestantes. Houve quem arriscasse 300 pessoas. Não importa. Então para quem deixou de fazer o evento em abril, aconteceu um avanço na retomada, na resistência, no enfrentamento, mas houve um recuo muito grande em relação a março no número de pessoas. Feitas as contas finais, foi uma vitória a simples realização do ato de cidadania.

PROTESTO III
E por que foi uma vitória? Porque o PT daqui comandado pelo de Blumenau liderado pela família de Décio Neri e Ana Paula Lima ? já rejeitado por várias vezes nas urnas depois der ser poder por oito anos por lá-, agiu de forma decisiva para constranger e esvaziar o conteúdo dos protestos e a qualidade dos manifestantes. Está no DNA do PT intimidar, desqualificar e se colocar como o único arauto das verdades e realizações para as pessoas, principalmente as analfabetas, ignorantes, desinformadas, pobres politicamente e necessitadas do básico. Nas rádios, o prefeito Pedro Celso Zuchi e o presidente do partido, o vereador José Amarildo Rampelotti, fizeram o seu papel de desestimular e desqualificar o ato e seus participantes. Nada a contestar, afinal, este é o papel da oposição o de esclarecer. E ela não possui coragem ou competência para tal.

PROTESTO IV
Ambos ? Zuchi e Rampelotti - e outros, louvaram o PT como algo limpo; os governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Vana Rousseff como algo incomum para resultados como salvadores da pátria, competência, transparência,  bem como, vejam só,  no combate à corrupção e à ladroagem dos pesados impostos dos cidadãos brasileiros e que são destinados à cambaleante Saúde Pública, à deficiente Educação, à desastrosa Segurança Pública e à marqueteira fazedora de Obras (para se ter oportunidades de comissões como se demonstrou no mensalão e no petrolão), normalmente feita apenas de assinatura de papelórios para a propaganda enganosa, discursos, promessas e quase nada realizada, e quando há de fato obras, vem sempre acompanhada de dúvidas ou escândalos.

herculanotera3GG.jpgPROTESTO V
Se não bastasse a ação de descrédito orquestrada do PT ? uma competência relevante e indiscutível? os organizadores do evento em Gaspar perderam para eles mesmos, num jogo de bastidores. Os que fizeram sucesso no primeiro encontro, lavaram as mãos no segundo que não se realizou. Eram de dois partidos e políticos interessados no jogo eleitoral municipal do ano que vem: o PMDB com Kleber Edson Wan Dall e o PSD de Marcelo Brick de Souza.  Ao serem contestados desta vez, retiraram a estrutura de apoio para ver no que dava. A desmobilização teve um único propósito: enfraquecer quem quer que este movimento seja apolítico, pelo menos dos que possuem claras intenções no jogo nas eleições do ano que vem por aqui.


PROTESTO VI
Quem foi então ao protesto de domingo, foi com coragem, enfrentou a máquina de constrangimento e perseguição do PT de Gaspar mandado por Blumenau, não foi motivado por candidatos para mostrar forças antes do embate verdadeiro eleitoral. Mais: não pode ser chamado de omisso ou de analfabeto político. Está comprometido com a sua comunidade e por todas estas circunstâncias, o movimento pode ser considerado como vencedor. Outra. É a marca de Gaspar: a falta de união em defesa do seu próprio destino, como acontece com o caso do Anel de Contorno... E para finalizar: faltou um ingrediente local para a mobilização diante de temas distantes. Em Blumenau, por exemplo, incluiu-se protestar contra a tentativa de se aumentar o número de vereadores por lá.

herculanotera1GG.jpgEsta foto revela os organizadores do evento contra a corrupção, no domingo em Gaspar. Há questionamentos da suposta influência do PSD. O representante do Movimento Brasil Livre, de Blumenau, Paulo R. Filippus, chegou a escrever neste espaço denunciando a influência do comando político no movimento por aqui. Em Gaspar, todavia, a decisão é isolar Fillipus e o MBL. A tendência é inscrever todos no Vem Prá Rua e tirar de vez o ranço e a aparente ação política partidária do PSD, para assim atrair outros partidos e que ontem ficaram meio de lado.

TRAPICHE

E a ponte do Vale não era para começar as obras em julho, como anunciou de Brasília o prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, para justificar uma das muitas viagens que fez a Brasília para liberar os recursos no ministério das Cidades e outras portas que dizia tê-las abertas para os gasparenses a hora que quisesse, ao pedir votos para si e para a gasparense honorária Ideli Salvatti e o deputado Décio Neri de Lima? Acorda, Gaspar!

Há um erro estratégico nas manifestações de Gaspar contra a corrupção. Os discursos, e o hino Nacional, devem ser feitos antes na praça Getúlio Vargas como um esquenta. A passeata deve se limitar até a escadaria da Igreja Matriz de São Pedro Apóstolo para a tradicional foto e nada mais e de lá, dispersar.

Vi muita gente se dispersar nas ruas de trás tão logo a concentração começou a caminhar pela Aristiliano Ramos.

Agora poderá ser lei. ?Semana Municipal Todos Contra a Pedofilia?, em Gaspar será sempre de 13 a 18 de maio. A iniciativa foi da vereadora Andreia Symone Zimmermann Nagel, DEM,

Quando se fez projeto de lei, ele teve apoio como co-autores os vereadores Ciro André Quintino, Marli Iracema Sontag e Jaime Kirchner, todos do PMDB, Giovano Borges e Marcelo de Souza Brick, ambos do PSD, além de Luiz Carlos Spengler Filho, PP e o suplente Charles Roberto Petry, ainda no PV. Na votação, todos os vereadores aprovaram.

E Gaspar? De acordo com o deputado estadual e presidente Valdir Cobalchini, o PMDB, na nota que distribuiu no domingo, desde março deste ano já percorreu mais de 150 municípios e realizou sete encontros regionais da Jornada da Unidade, cresce com novas filiações, somando pelo menos mais de 15 mil novos nomes, neste período.

Se este número não for de político em campanha, ele é impressionante. Qual a razão deste questionamento? Gaspar! Quantas mesmo novas filiações aconteceram por aqui. Sábado era Dia de Mobilização Estadual do partido. Nada por aqui e Ilhota....Então... Os peemedebistas logo torceram com a nota e o questionamento daqui.

O médico lagunese Jaison Tupy Barreto, que tinha docimiclio eleitoral em Blumenau, uma das vozes progressistas de Santa Catarina mais respeitadas no Congresso Nacional (foi deputado e senador) quando o Brasil era ditadura e transitava para a abertura democrática, fez 82 anos no domingo no seu retiro em Balneário Camboriú. O Diário Catarinense, da RBS Florianópolis, fez uma entrevista e a publicou na edição de domingo. Repetiu-se o que ele tem dito aqui e ali, mas desta vez num veículo estadual e para muita gente que, infelizmente, nem sabe que Jaison existiu com esta intensidade no cenário estadual e nacional.

O DC perguntou: Além das SDRs, o que mais está errado no sistema estadual? E ele respondeu com uma clareza óbvia que só os nossos políticos não são capazes de enxergar: ?ele (Raimundo Colombo) fez um governo de unanimidades, ele colocou todos iguais, pessoas com ideias conflitantes. Isso é muito ruim para a democracia, isso ilude a população, esconde interesses. Eu sei que é feito sem má intenção, mas esse negócio de deputado estar ocupando a Casan, a Celesc, é desencantador. Tem que ser cortado?.

O caixa está baixo na prefeitura.  Quem deve para a prefeitura de Gaspar pode fazer o Refis. E fizeram exatamente isto durante um momento de crise, onde o caixa do contribuinte também está baixo. Então... Este encontro de contas pode não bater.

No pagamento à vista ou em até seis parcelas, o programa concede o desconto de 100% da multa de mora e juros. Se as dívidas forem pagas entre 7 e 12 vezes, será concedido a dispensa total de multa de mora e desconto de 60% dos juros; de 13 até 24 parcelas, o Refis prevê a dispensa total da multa de mora e 30% dos juros; e entre 25 e 60 parcelas, o contribuinte terá dispensa total da multa e de 10% dos juros.

E agora?  Vão mudar o horário da Câmara para discutir e votar os projetos de interesses dos servidores? É que deu entrada na Câmara ofício da diretoria do SINTRASPUG ? Sindicatos dos Trabalhadores no Serviço Público de Gaspar apresentando o abaixo assinado dos servidores, referente ao projeto de lei que cria o instituto da redistribuição (PLC 4/2015) e da reforma administrativa (PLC 14/2014). O sindicato e os servidores que assinaram querem que a votação dos referidos projetos se dê após as 17h30m, para que os servidores públicos possam acompanhar a votação.

Mesmo assim, o presidente da Câmara, José Hilário Melato, PP, acaba de mandar uma banana para o Sintraspug. Acaba de colocar na pauta de discussão e votação desta terça-feira, o projeto de Lei Complementar nº 4/2015, de autoria do Executivo Municipal, que dispõe sobre a redistribuição de cargos efetivos a bel prazer do prefeito, que cria insegurança e estabelece privilégios aos protegidos. Um encanador, por exemplo, pode ganhar um cargo administrativo. O vereador Ciro André Quintino, PMDB, já tinha conseguido o adiamento uma vez.

Comentários

Herculano
20/08/2015 21:33
PT NÃO FOI ÀS RUAS EM GASPAR POR DILMA

No domingo, o PT e os seus, comemoram, vejam só, o que eles classificaram de baixa adesão nos protestos de Gaspar contra a corrupção, a roubalheira, a inflação, desemprego.

Hoje, foi dia de dar emprego a desempregado para engrossar os protestos, vestir camisa para se uniformizar, segurar bandeiras e se fantasiar de protestantes. Em Gaspar, o PT preferiu assistir os protestos pela internet, redes sociais no smartphoness do que reunir um número minimamente igual aquele de gasparenses foram protestar contra o governo que cambaleia e nos impõe pesados sacrifícios.







Herculano
20/08/2015 21:22
MANIFESTAÇÃO DA CUT, PT, MST, ETC: UM FIASCO, por Moacir Pereira

CUT, MST e sindicalistas ligados ao PT promoveram hoje uma manifestação no centro de Florianópolis, em defesa do governo Dilma.
Segundo os organizadores, cerca de 2.000. De acordo com a Policia Militar, mil participantes.

Comparado com o grande evento popular do último domingo contra a corrupção "um fiasco". Goleada de 25 mil a um mil.

Estrategicamente, um equívoco primário. Melhor não terem organizado a solidariedade.
Mariazinha Beata
20/08/2015 18:38
Seu Herculano;

Veja o que achei no Blog do O Antagonista:

"Um assessor de Gleise Hoffmann na Casa Civil de Dilma Rousseff pegou cento e um anos de prisão.
Eduardo André Gaieviski não foi condenado pelo petrolão, e sim por estupro de adolescentes e abuso sexual de menores".

Caraca! 101 anos é um bom tempo para o vermelho vagabundo apodrecer na cadeia.

É sempre bom ver um petista preso.
Bye, bye!
Herculano
20/08/2015 17:30
PROCURADORIA GERAL DA REPÚBLICA APRESENTA AS PRIMEIRAS DENÚNCIAS CONTRA PARLAMENTARES DO PETROLÃO: EDUARDO CUNHA E COLLOR PUXAM A FILA

Parte 1

Conteúdo de Veja. Texto de Laryssa Borges, da sucursal de Brasília. O procurador-geral da República Rodrigo Janot apresentou nesta quinta-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF) as primeiras denúncias contra parlamentares acusados de envolvimento no propinoduto da Petrobras. O principal alvo foi o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), denunciado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Também foram denunciados o senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL) e a ex-deputada Solange Almeida (PMDB-RJ), atual prefeita de Rio Bonito (RJ).

Apesar da denúncia, Janot não pediu ao Supremo que afaste o peemedebista da presidência da Câmara. Mas destacou que, além da condenação criminal, a corte deve impor a restituição de 40 milhões de dólares classificados como "produto e proveito dos crimes", e outra parcela, no mesmo valor, como reparação dos danos causados à Petrobras e à administração pública.

O oferecimento da denúncia à Justiça não significa que dois sejam culpados, e sim que os investigadores apontam indícios robustos de que os políticos se beneficiaram do esquema de corrupção e fraude em contratos da Petrobras. O próximo passo é a defesa de ambos se manifestar e apresentar documentos e provas que possam se contrapor à acusação. O Ministério Público também terá prazo para rebater o argumento dos advogados. O processo contra Collor será julgado na 2ª Turma do Supremo, enquanto o de Eduardo Cunha, por ser presidente da Câmara, será analisado pelos 11 ministros que compõem o Plenário do Supremo. Não há data para o julgamento das denúncias.

Segundo na linha sucessória da República e responsável por dar seguimento a eventuais pedidos de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, Eduardo Cunha é a principal pedra no caminho do Palácio do Planalto desde que assumiu o cargo. O embate piorou recentemente quando o lobista Julio Camargo, em acordo de delação premiada, acusou o peemedebista de ter embolsado 5 milhões de dólares do propinoduto. Cunha aponta digitais do governo para arrastá-lo ao centro do petrolão. Também acusa o procurador-geral, Rodrigo Janot, de perseguição como parte de um "acordão" com o Palácio do Planalto.

Desde que as denúncias contra ele ganharam força, o peemedebista tem afirmado que não se afastará do cargo. Seus adversários aguardavam, inclusive, que a saída da cadeira fosse recomendada pelo Ministério Público. Porém, neste momento, os investigadores avaliam que provocariam um novo choque entre Poderes: no Congresso Nacional, a maioria dos líderes defende que a saída ou não do cargo é uma prerrogativa do Legislativo. Ou seja, no entendimento dos congressistas, só há dois caminhos possíveis para que isso ocorra: 1) se o próprio deputado renunciar à cadeira; ou 2) como resultado de um longo e burocrático processo de cassação do mandato.

Denúncia - As primeiras referências ao envolvimento de Eduardo Cunha no petrolão apareceram em 13 de outubro de 2014, quando o doleiro Alberto Youssef prestou depoimento no acordo de delação premiada e implicou o peemedebista em um esquema de pagamento de dinheiro sujo para viabilizar contratos de empresas privadas com a Petrobras. Segundo o delator, nas negociações para o aluguel de um navio plataforma da Samsung Heavy Industries para a Petrobras, "foi demandado que Julio Camargo repassasse para o PMDB percentual [de propina] que se destinava a pagamento de vantagem indevida a integrantes do partido PMDB, notadamente o deputado federal Eduardo Cunha". Youssef também informou que "diante da paralisação do pagamento das comissões", Cunha articulou na Câmara dos Deputados a apresentação de pedidos de informações envolvendo a Petrobras, a Mitsui e a Toyo Setal como forma de pressionar Julio Camargo a depositar a propina.

O ex-policial federal Jayme Alves de Oliveira Filho, conhecido como Careca e um dos carregadores de propina de Youssef, também afirmou em depoimento que fez entregas de propina em um endereço de Eduardo Cunha. Mas a situação se tornou insustentável mesmo com o depoimento de Julio Camargo ao juiz Sergio Moro no dia 16 de julho. Segundo o delator, o lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano e apontado como o operador do PMDB no escândalo do petrolão, foi o primeiro a repassar, em nome de Cunha, a reclamação de um "débito" de 5 milhões de dólares.

Para viabilizar o pagamento, Julio Camargo fez uma alteração no sistema usual de repasse de propinas a agentes políticos do PMDB e, em vez de utilizar unicamente os serviços de Fernando Baiano, chamou o doleiro Alberto Youssef para entrar na transação. Com isso, afirmou, cerca de 10 milhões de dólares a serem rateados entre Eduardo Cunha e Baiano foram pagos por meio de depósitos a Youssef por meio de operações com a empresa de fachada GFD, operações no exterior e pagamentos diretos a empresas de Fernando Baiano. A riqueza de detalhes é impressionante: de acordo com o delator, parte do dinheiro da propina foi pago por meio de três depósitos indicados por Youssef em 20 de outubro de 2011. Na transação foram utilizadas as empresas Vigela, de Julio Camargo, para as empresas REY, RFY e DGX. Dois depósitos foram no valor de cerca de 2.350.000 dólares e outro de 400.000 dólares. Ainda houve transferências para igreja vinculada a Eduardo Cunha, sob a falsa alegação de que se tratava de doações religiosas, pagamentos à empresa Technis, de Fernando Baiano, no valor de 700.000 reais e depois nove pagamentos à empresa Hawk Eyes no valor de 3,2 milhões de reais.
Herculano
20/08/2015 17:29
PROCURADORIA GERAL DA REPÚBLICA APRESENTA AS PRIMEIRAS DENÚNCIAS CONTRA PARLAMENTARES DO PETROLÃO: EDUARDO CUNHA E COLLOR PUXAM A FILA

Parte 2

AFASTAMENTO Apesar de não constar da denúncia, é possível que o MP peça no futuro o afastamento de Eduardo Cunha seja afastado do cargo de presidente da Câmara. Se isso ocorrer, o STF deve decidir se, neste caso específico, se cabe a interferência do Poder Judiciário no Legislativo. O caminho para o pedido de afastamento do posto mais importante da Câmara foi sedimentado nos últimos dias quando Janot encaminhou ao Supremo parecer em que afirma que o peemedebista tem misturado seus interesses privados com a Câmara como instituição pública, utilizando a Advocacia-geral da União (AGU) e a própria Câmara como parte interessada no processo em que é suspeito de ter recebido propina do petrolão.

Para o eventual afastamento, juristas consideram que poderia ser invocado o artigo 319 do Código de Processo Penal como base legal para retirar temporariamente o parlamentar da presidência da Câmara - e não do mandato. O artigo estabelece a possibilidade de "suspensão do exercício de função pública ou de atividade de natureza econômica ou financeira quando houver justo receio de sua utilização para a prática de infrações penais". Neste contexto, as suspeitas de que Eduardo Cunha tenha utilizado a aliada Solange Almeida para apresentar requerimentos de informação e pressionar o lobista Julio Camargo para o pagamento de propina podem ser interpretadas como a utilização do cargo para a prática de crimes.

Uma outra possibilidade para o futuro de Eduardo Cunha está embasada no artigo 53 da Constituição, que prevê que os deputados poderiam, no limite, suspender o andamento de uma eventual ação penal contra o peemedebista. Essa hipótese, considerada remota, estabelece que, depois de recebida a denúncia, um partido político pode pedir a suspensão do processo no STF.

Collor - No caso de Fernando Collor, também denunciado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, as evidências são fartas. Em acordo de delação premiada, o doleiro Alberto Youssef apontou o senador alagoano como beneficiário de propina em uma operação da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras. A distribuição do dinheiro sujo contava com a participação do ex-ministro de Collor, Pedro Paulo Leoni Ramos, dono da GPI Investimentos e amigo de longa data do senador. Na triangulação do suborno, foi fechado um contrato com uma rede de postos de combustível de São Paulo e que previa a troca de bandeira da rede, para que o grupo se tornasse um revendedor da BR Distribuidora. O negócio totalizou 300 milhões de reais, e a cota de propina, equivalente a 1% do contrato, foi repassada a Leoni Ramos, que encaminhava finalmente a Collor. Na explosiva delação premiada do empreiteiro Ricardo Pessoa, dono da UTC Engenharia, Fernando Collor também foi citado como o destinatário de 20 milhões de reais em propina, pagos pela construtora entre 2010 e 2012, para que o senador defendesse interesses da companhia com a BR Distribuidora.
Sidnei Luis Reinert
20/08/2015 15:36
Governo Dilma abre 60 vagas do curso de direito em universidade federal para o MST
Essas pessoas vão ter privilégios em nossas universidades federais. Você nem sabia!!!
FOLHACENTROSUL.COM.BR

Já pensou quando esses caras forem juízes, promotores e delegados?
É o poder na mão de malucos doutrinados! A coisa já está feia vai ficar pior. Coitados dos nossos filhos e netos!!! Se não fizermos alguma coisa para impedir a escalada do PT, eles irão inviabilizar este país.
*CONCLUINDO: Tá tudo dominado: universidades federais oferecem cursos gratuitos para invasores do MST. Você le uma notícia desse naipe; Aí você pensa que são cursos para agricultores, para os filhos dos pequenos produtores rurais que dão duro para tocar honestamente seus negócios. Mas não é nada disso! É molezinha com dinheiro público para invasores do MST mesmo.
Herculano
20/08/2015 14:17
O MOVIMENTO PRÓ-CORRUPÇÃO VAI ÀS RUAS, por Augusto Nunes, de Veja

Nesta quinta-feira, 20 de agosto, o País do Carnaval vai surpreender o mundo com outra brasileirice assombrosa: uma manifestação de rua a favor da corrupção e da incompetência. Oficialmente, o ato organizado pelo PT, pela CUT, pelo MST e por outras entidades sustentadas por mesadas federais vai "defender a democracia do golpe tramado pela oposição". Conversa de 171.

Só cretinos fundamentais e portadores de miopia cafajeste conseguem enxergar golpistas nas multidões de democratas que clamam pelo fim do governo que faz o que pode para liquidar o Brasil. O que a seita lulopetista quer é libertar os josés dirceus, prender juízes como Sérgio Moro, revogar a independência do Ministério Público, eternizar-se no poder e prolongar por tempo indeterminado a crise que Lula pariu e Dilma amamenta; fora o resto.

Se os moradores dos locais incluídos no mapa do cinismo gritarem em coro "olha o camburão!", a passeata dos fora da lei vai acabar sem ter começado. Como o segundo mandato da presidente que não diz coisa com coisa.
Herculano
20/08/2015 13:42
FALTA DE CONFIANÇA, PERSPECTIVAS E SEGURANÇA. FUNDO A NORUEGA TIRA 1,4 BILHÃO DO BRASIL

Conteúdo do jornal O Estado de S. Paulo. O maior fundo soberano do mundo, o Fundo da Noruega, reduziu a exposição ao Brasil em 1,4 bilhão de dólares no primeiro semestre deste ano. Balanço divulgado pelos gestores do fundo na quarta-feira revelou que a parcela da carteira investida em ativos brasileiros diminuiu em 16,7% em seis meses em termos nominais. Os gestores dizem que a economia brasileira tem desempenho "particularmente ruim" entre os emergentes.

O patrimônio do Fundo Soberano da Noruega alocado no Brasil diminuiu em 11,82 bilhões de coroas norueguesas ou 1,42 bilhão de dólares. Em 30 de junho, o fundo mantinha patrimônio total de 58,887 bilhões de coroas norueguesas no Brasil (aproximadamente 7 bilhões de dólares). Na mesma data, o patrimônio total do fundo soberano norueguês somava 6,89 trilhões de coroas norueguesas ou cerca de 830 bilhões de dólares pela taxa de câmbio de quarta-feira.

"Muitos mercados emergentes viram condições financeiras mais difíceis e alguns foram atingidos pela queda dos preços das commodities. A economia brasileira teve desempenho particularmente ruim com crescimento negativo e inflação alta", cita o relatório divulgado pelos gestores.

O relatório não traz detalhes sobre quanto da diminuição da exposição ao Brasil foi gerada pelo desinvestimento no país ou pela desvalorização dos ativos brasileiros. A maior queda da exposição ao Brasil aconteceu na renda fixa. Em seis meses, a parcela do fundo alocada em ativos brasileiros caiu de 1,5% para 1,2% do patrimônio total destinado à renda fixa.

Isso representa queda de 18,9% em valores nominais ou cerca de 6,6 bilhões de coroas norueguesas (aproximadamente 794 milhões de dólares). Boa parte dessa diminuição aconteceu com títulos soberanos do Brasil, posição que diminuiu em 6 bilhões de coroas norueguesas (cerca de 723 milhões de dólares) em um semestre.

Resultados - O Fundo da Noruega teve retorno negativo equivalente a 0,9% no segundo trimestre de 2015. A perda equivalente a 73 bilhões de coroas norueguesas (cerca de 8,8 bilhões de dólares) foi gerada especialmente pela oscilação do mercado global de títulos de renda fixa e a volatilidade da renda variável no período.
Curioso de Gaspar
20/08/2015 13:36
Mentira tem perna curta.

O nariz do Pinóquio está chegando aqui perto da Santa Teresinha, estão prometendo um monte para as outras lideranças, para saírem de candidatos pelo PMDB, e no final é só para filiar o coitado.

O evento de filiação do PMDB foi grande, aconteceu na feijoada que promoveram a um tempo atras, porém sempre os mesmos apareceram.

Tem muito neguinho que se disfarça aqui nesta coluna, e já sei quem são! E é sempre os mesmos, uma galera do PMDB.

Talvez o PMDB de Gaspar usa o mesmo sonho da Dilma em campanha no ano passado, estão num mundo que só eles veem.
Juju do Gasparinho
20/08/2015 13:29
Prezado Herculano:

Gerson Camarotti, do G1

"Numa conversa com aliados, Michel Temer fez um desabafo em que avisou que deve deixar as atribuições de articulador político do governo. 'Já cumpri o meu papel', disse Temer.

Com esse abandono a Dilma, é sinal claro que agora ele está pronto para assumir a presidência.
Voilà ele desencanta a assume de vez ... (bicho mole).
Kleber Wan-Dall
20/08/2015 11:49
Bom dia Herculano.

Com relação ao seu comentário sobre o dia filiações ao PMDB em Santa Catarina, esclareço que não houve evento de filiações em Gaspar, pois ainda há lideranças para anunciar sua filiação.

Com certeza o PMDB de Gaspar fará um evento para anunciar novas filiações de lideranças ainda nesse semestre.

Att.
Kleber Edson Wan-Dall
Presidente do PMDB de Gaspar
Herculano
20/08/2015 11:21
RESULTADO DO DESGOVERNO E QUE TERÁ HOJE PASSEATAS PELO BRASIL PARA APOIÁ-LO NESTA DESASTROSA SINA. DESEMPREGO SOBE PARA 7,5% ACIMA DE PREVISÕES E O MAIOR NÍVEL DESDE 2010

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Bruno Villas Bôas, da sucursal do Rio de Janeiro. A taxa de desemprego nas seis principais regiões metropolitanas do país subiu acima das expectativas e foi a 7,5% em julho. Trata-se do sétimo avanço consecutivo e o maior patamar registrado desde março de 2010, que era de 7,6%. Para meses de julho, é a maior taxa desde 2009 (8%).

O aumento foi de 2,6 pontos percentuais na comparação com os 4,9% verificados no mesmo mês de 2014, indicando rápida deterioração do mercado de trabalho. Em junho, a taxa estava em 6,9%, segundo os dados divulgados nesta quinta-feira pelo IBGE.

O centro das previsões (mediana) de 28 economistas consultados pela agência internacional Bloomberg era de uma taxa de desemprego de 7% em julho.

O desemprego cresce pela combinação de demissões na maioria dos setores da economia e o retorno ao mercado de trabalho de pessoas que tinham deixado de procurar emprego nos últimos anos.

As informações fazem parte da PME (Pesquisa Mensal de Emprego), que é realizada em seis regiões metropolitanas (Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre).

O número de desempregados nas seis regiões metropolitanas chegou a 1,8 milhão de pessoas, um crescimento de 56% em comparação a julho de 2014, o maior aumento da série histórica do IBGE (veja mais abaixo).

É importante lembrar que só é considerado desempregado pelo IBGE quem tinha efetivamente buscado emprego nos 30 dias anteriores à realização da pesquisa do instituto.

Em julho, a população economicamente ativa ?pessoas com 10 anos ou mais de idade empregadas ou procurando emprego? aumentou em 456 mil pessoas na comparação ao mesmo mês do ano passado, um crescimento de 1,9%, para 24,6 milhões de pessoas.

Esse novo contingente é formado sobretudo por jovens que optaram por se dedicar aos estudos no passado, apoiados no aumento da renda dos chefes de família. Eles chegam agora ao mercado para complementar a renda da família.

Isso porque, com o avanço da inflação e a crise econômica, o rendimento real (que já desconta a inflação) dos trabalhadores teve queda de 2,4% em julho (R$ 2.170,70) na comparação ao mesmo mês do ano passado (R$ 2.223,87).

Ao mesmo tempo, postos de trabalho estão sendo fechados. Em julho, a população ocupada encolheu em 206 mil pessoas nas regiões metropolitanas frente ao mesmo mês do ano passado. O corte representa redução de 0,9%, para 22,7 milhões de pessoas.

Com isso, o número de desempregados teve um aumento de 56% em julho na comparação com o mesmo mês do ano passado, o maior da série histórica. Trata-se de um incremento de 662 mil pessoas, para 1,84 milhão.
Herculano
20/08/2015 11:10
VAI MUDAR. AS CRIANÇAS DE GASPAR VÃO FICAR MENOS NOS CENTROS EDUCAÇÃO DA PREFEITURA. O ANÚNCIA FOI GORA PELA MANHÃ

As crianças que completem 4 anos até o dia 31 de março de 2016 serão atendidas apenas em um turno, manhã ou tarde, e não mais no período integral, como ocorre hoje.

Dois CDIs passarão a trabalhar apenas com turmas de 0 a 1 ano, 1 a 2, 2 a 3 e 3 a 4, onde as aulas ainda são em período integral: o Vovó Leonida, no bairro Santa Terezinha, e o Vovó Lica, no bairro Margem Esquerda. Nessas localidades, os pais de crianças de 4 a 6 anos deverão matricular os filhos em escolas básicas, que vão abrir turmas específicas para essa faixa etária de ensino infantil.

Na Margem Esquerda, as opções serão as escolas Norma Mônica Sabel e Vitório Anacleto Cardoso. Já no Santa Terezinha, as alternativas serão a escola Zenaide Schmitt Costa e o CDI Ivan Carlos Duarte. As escolas Mário Pederneiras, Belchior, Aninha Pamplona Rosa, Angélica Costa e as multisseriadas Rodolfo Gunther, Augusto Schramm e Ana Lira também continuam oferecendo educação infantil.

Nada muda para as crianças de 0 a 3 anos ou que completam 4 anos após 31 de março e que estão matriculadas nos CDIs no município.
Herculano
20/08/2015 10:53
HÁ DOIS MESES A PRÓPRIA EMPRESA ANUNCIAVA NO SEU JORNAL INTERNO AS DIFICULDADES. E OS LEITORES DAQUI FORAM INFORMADOS. AGORA É OFICIAL QUEM GANHOU A DUPLICAÇÃO DO TRECHO DE GASPAR A BR-470, ESTÁ MA AS PERNAS PORQUE OS GOVERNOS LHES DEVE

O conteúdo e texto é de Francisco Fressard, do Jornal de Santa Catarina, a RBS Blumenau. A Sulcatarinense, empresa responsável pela duplicação da BR-470 nos lotes 3 e 4, entre Gaspar e Indaial, está em recuperação judicial. Não aguentou a falta de pagamento dos principais clientes, governos federal e estadual, e ?pediu água? para a Justiça.

A dívida da empresa ainda está sendo apurada e o administrador judicial da empresa, Agenor Daufenbach Júnior, preferiu não se manifestar quanto ao montante que a Sulcatarinense tem a receber do poder público.

O engenheiro do Departamento Nacional de Infraestrutura de Trasnportes (DNIT), Elifas Nolasco, disse ontem que a empresa pediu há algum tempo a suspensão dos trabalhos, mas preferiu não passar mais informações.

O fato é que, se as obras de duplicação e as desapropriações no trecho andavam de mal a pior em decorrência da falta de repasse de verbas do governo federal, é de se esperar que a retomada demore mais do que podia se imaginar. Infelizmente.
Herculano
20/08/2015 08:15
O MELHOR EXEMPLO DE UM GOVERNO PREOCUPADO COM A NOSSA MOBILIDADE URBANA

Depois de seis anos de governo, muita propaganda enganosa e perseguição, o governo do PT de Pedro Celso Zuchi, acaba de provar que os gasparenses dependem de um atalho particular quase secular para circular minimamente no Centro da cidade, o morro da Igreja Matriz de São Pedro Apóstolo. Incontestável e colocado à prova ontem. Acorda, Gaspar!
Herculano
20/08/2015 08:07
NA VÉSPERA DE ATO DE PUXA-SACOS, PRESIDENTE DO PT-SP VÊ MANIFESTAÇÃO NAZIFACISTA EM PROTESTO ANTI-DILMA, por Reinaldo Azevedo, de Veja

Emídio de Souza (SP), presidente estadual do PT, precisa tomar Rivotril. Ou, então, voltar ao livros para saber o que é nazifascismo. Ou, então, tem de entrar em contato com eles - hipótese em que, espero, ele não os confunda com armas, como faz seu colega de partido, Vagner Freitas, presidente da CUT.

Em entrevista à Folha, este senhor viu, como é mesmo?, um caráter "nazi-fascista" nas manifestações de mais de 600 mil pessoas ocorrida no domingo. E como esse nazifascismo se traduziria?

Segundo ele, no desejo de que Lula seja preso - e eu realmente vi manifestações nesse sentido - e de que Dilma tivesse morrido na ditadura. E isso eu não vi nem ouvi em lugar nenhum.

Mas digamos que um ou outro o tenham dito essa besteira. Certamente gente sem expressão nas manifestações de rua. Nos carros de som, ninguém afirmou tal boçalidade. Já Vagner Freitas pregou, sim, que se pegassem em armas caso Dilma venha a perder o mandato ou Lula a ser processado. E o rapaz disse isso em pleno Palácio do Planalto.

Os petistas mentem quando tentam atribuir um caráter violento às manifestações que pedem o impeachment de Dilma. E isso não é um juízo de valor. Trata-se da mais pura expressão dos fatos. Nós sabemos em que costumam resultar as manifestações de extremistas de esquerda. E vocês viram os desdobramentos dos três maiores protestos do país feitos realmente pelo povo, por pessoas que efetivamente trabalham - o que não é o caso dos nababos de esquerda que estarão nas ruas nesta quinta, em dia útil.

A força que hoje mais atua em favor da queda de Dilma Rousseff é o próprio PT. A cada vez que manifestantes pacíficos são chamados de nazifascistas, mais as ruas se Inflamam. Souza diz que houve queda no número de manifestantes. Ele está errado. Em relação ao evento de abril, houve crescimento. Desta feita, não havia ambiguidade na agenda. O que se pedia, em uníssono, eram "Fora Dilma", "Fora Lula" e "Fora PT".

Em tempo: gritar "fora Dilma" e "cadeia para Lula" é tão nazifascista como era pedir "Fora Collor" e "cadeia para Collor". Ou palavras de ordem como essas só são legítimas quando conduzidas pela esquerda? Ninguém pede "fora Dilma" porque ela abuse de anacolutos e das frases sem sentido. Ninguém pede cadeia para Lula por causa de sua gramática. Nos dois casos, o que se entende é que estão comprometidos com o petrolão. Só isso. Mais: os que advogam a tese do impeachment o fazem de acordo com as leis.

Não adianta! O PT é reacionário demais para entender o peso da realidade. O discurso de Emídio, sim, tem uma natureza eminentemente fascistoide à medida que busca deslegitimar uma manifestação genuína de setores expressivos do povo brasileiro. Hoje, senhor Emídio, aqueles que o senhor chama "fascistas" e que cobram a saída de Dilma somam dois terços da população.
Herculano
20/08/2015 07:53
JUIZ DETERMINA QUE BNDES LIBERE DADOS PEDIDOS PELA FOLHA

O TRF-2 (Tribunal Regional Federal da 2ª Região) determinou, em decisão provisória, que o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) repasse à Folha relatórios internos sobre a aprovação de empréstimos com valores a partir de R$ 100 milhões entre abril de 2011 e dezembro de 2014.

É a segunda ação que o jornal move para obter documentos negados pelo banco via Lei de Acesso à Informação. A primeira está no STF (Supremo Tribunal Federal), com relatoria do ministro José Antonio Dias Toffoli.

Todas as operações aprovadas no BNDES são examinadas antes pela burocracia do banco, que expõe suas conclusões em documentos conhecidos internamente como "relatórios de análise".

Os documentos descrevem a situação das empresas que pedem recursos ao BNDES, discutem as razões que justificariam o apoio do banco e os riscos de cada operação.

A instituição não divulga essas informações, alegando que são protegidas por sigilo bancário, e por isso a Folha moveu na Justiça duas ações contra o presidente do banco estatal, Luciano Coutinho.

Ao considerar válido o pedido de tutela antecipada ?quando a solicitação é atendida antes de o mérito do processo ser julgado?, o desembargador Guilherme Calmon Nogueira da Gama argumentou que os dados têm interesse jornalístico por sua "característica de atualidade".

A decisão do magistrado foi dada em caráter liminar, ou seja, provisório ?à qual cabe recurso. Caso não consiga outra liminar, suspendendo a decisão em favor do jornal, o BNDES deverá enviar os dados pedidos após receber o ofício da Justiça.
Herculano
20/08/2015 07:49
AMIGOS DE TEMER DIZEM QUE ELE PLANEJA "DESEMBARQUE" DA ARTICULAÇÃO POLÍTICA, por Josias de Souza

Aprovada na noite desta quarta-feira no Senado, a proposta que reonera a folha salarial das empresas era a última peça do ajuste fiscal do governo ainda pendente de apreciação no Congresso. Com isso, afirmam amigos do vice-presidente Michel Temer, encerra-se o compromisso que ele havia firmado com Dilma Rousseff ao assumir a missão de articulador político do governo. Temer estaria agora liberado para preparar o seu desembarque da função. Coisa negociada, sem estresse.

Considera-se que está esgotada também a missão de Temer na distribuição de cargos e verbas orçamentárias para parlamentares aliados. Com o auxílio do ministro Eliseu Padilha (Aviação Civil), Temer redefiniu o mapa dos cargos federais e acertou o pagamento de emendas orçamentárias. As pendências já não dependeriam de articulação, mas de decisões da Casa Civil e do Ministério da Fazenda.

Se confirmado, o distanciamento de Temer da articulação coincidirá com a vontade do pedaço do PMDB que defende a providência há meses. Expoente desse grupo, o ex-ministro Geddel Vieira Lima disse, em entrevista ao blog:

"O Michel vive um momento em que terá de tomar a decisão de exercer a sua função institucional de vice-presidente da República. Ele tem que entender que não cabe ao vice-presidente ficar discutindo nomeação para delegacia do INSS nos Estados. Esse modelo faliu. Ele é o vice-presidente da República. Essa é a função institucional dele. Precisa se colocar cada vez mais como o doutor Ulysses Guimarães, exercendo o papel de guia. Como dizia o doutor Ulysses, tem de guiar o PMDB rumo ao Sol, que é dia, não em direção à Lua, que é noite. Não dá para ele participar de artimanhas."

Ainda de acordo com os amigos do vice-presidente, sua contribuição como articulador já não parece tão essencial aos olhos da presidente. Menciona-se como exemplo o fato de Temer não ter sido convidado para a reunião em que Dilma avaliou no Palácio da Alvorada, na noite de domingo (16), os efeitos dos mais recentes protestos de rua
Herculano
20/08/2015 07:40
ROMERO JUCÁ NÃO QUER SER MINISTRO DE DILMA, por Claudio Humberto na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Conhecido pelo talento político e a incomum capacidade de trabalho, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) não quer assumir a chefia da Casa Civil no lugar de Aloizio Mercadante, como deseja o ex-presidente Lula. Jucá não está entre os políticos mais otimistas em relação ao futuro de Dilma, que inclusive já o prejudicou em diversas ocasiões, levando-o a apoiar a candidatura de Aécio Neves (PSDB), no ano passado.

Homem de confiança

Jucá acha que o cargo de ministro da Casa Civil deve ser ocupado por alguém da confiança de Dilma, e que esse nome é Aloizio Mercadante.

Foco no Senado

Romero Jucá tem outros projetos políticos arrojados, como suceder o amigo Renan Calheiros na presidência do Senado, a partir de 2017.

Ideia de Lula

A ideia de fazer Romero Jucá chefe da Casa Civil foi do ex-presidente Lula, que não suporta Mercadante e o acusa de prejudicar o governo.

Relator-geral

Senador das 1001 utilidades, Romero Jucá é relator de projetos importantes, da comissão de reforma política e até da CPI do Futebol.

DEPUTADOS JÁ ARTICULAM SUBSTITUTO DE CUNHA

Deputados articulam o afastamento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Até alguns membros do PMDB duvidam que ele resista após ser denunciado pelo Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot. Na bolsa de apostas da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), derrotado por Cunha no início do ano, e Leonardo Picciani (PMDB-RJ), líder e fiel escudeiro de Cunha, são os principais candidatos.

Chinaglia, não

Em um eventual afastamento, o grupo que hoje apoia Eduardo Cunha tem maioria na Câmara e deve trabalhar para eleger Leonardo Picciani.

Afastamento

Em "reunião suprapartidária" comandada por Chico Alencar (PSOL-RJ), deputados decidiram pedir o afastamento de Cunha da presidência.

Fico

Cunha nega que vai se afastar e garante que não há constrangimento. Mais de 160 deputados respondem por inquéritos na Justiça.

Por um fio

Bancado por Eduardo Cunha, o ministro Henrique Alves (Turismo) vive clima de incerteza. Após seu padrinho declarar-se oposição a Dilma, ele ainda não sabe como vai se manter no ministério. E Dilma o detesta.

Dois lados da crise

Após as manifestações de domingo (16), o senador Aécio Neves (PSDB-MG) avaliou que o cenário é favorável para a oposição, já que "a crise não saiu do governo". E para o Brasil, "a economia só piora".

Ele adorou

Sindicalistas da Força Sindical, do deputado Paulo Pereira, o Paulinho da Força (SD-SP), prepararam uma recepção ao presidente da Câmara. Assim que Eduardo Cunha (PMDB-RJ) entrou no plenário, nesta terça-feira (18), a turma gritou: "Eduardo, guerreiro, do povo brasileiro".

Um lá, outro cá

O deputado Danilo Forte (PMDB-CE) está com um pé no Partido Socialista Brasileiro (PSB). Ele vem discutindo com o senador Fernando Bezerra (PSB-PE) os detalhes para ingressar no partido.

Acordos emperrados

Michel Temer reclamou com Dilma da dificuldade que encontra de emplacar as nomeações de aliados. É que nos estados o PT reluta em entregar até cargos acertados com deputados e senadores governistas.

Fofoca high tech

Parlamentares que estiveram com Gilberto Kassab para celebrar o aniversário do ministro deram um jeito para falar mal de Dilma, que chegou de surpresa. Sacaram os celulares e fofocaram via Whatsapp.

Petrolão internacional

A Transparency International, movimento global anticorrupção, revelou que passará um pente-fino em operações de empreiteiras enroladas na Lava Jato e no Petrolão e verificar se o esquema de propinas e roubalheira à estatal foi usado em outros sete países, além do Brasil.

Mapeamento

Entidades de 20 países participam de audiência no Senado para denunciar o desrespeito do McDonald?s aos seus trabalhadores. Mas a franquia está preocupada mesmo é só com a repercussão negativa.

Pergunta no governo

Por que a Marcha das Margaridas, bancada com quase R$ 1 milhão do contribuinte, pode ocupar a Praça dos Três Poderes, o Estádio Mané Garrincha e o plenário do Senado, mas os protestos contra Dilma, não?
Herculano
20/08/2015 07:33
ESFOLAR O POVO À TOA, por Vinicius Torres Freire para o jornal Folha de S. Paulo

"Ajuste" segue adiante, arrasando a vida cotidiana, mas política joga sacrifício no lixo

O PREÇO DO ALUGUEL de residências caiu mais de 11% em um ano, até julho, na cidade de São Paulo. Queda em termos reais, descontada a inflação medida pelo IPCA, conta feita com dados divulgados ontem pelo Secovi, o sindicato das empresas que negociam imóveis.

A recessão está solta nas ruas, parte do povo é esfolada, como de hábito e inevitável, sofrimento ainda mais gratuito e talvez prolongado porque não se percebe princípio algum de ordem, direção e sentido no que se faz em Brasília.

O massacre do ajuste econômico também derruba salários, como se sabe, que caíram em média quase 3% de um ano para cá, nas grandes metrópoles. As vendas em supermercados caíam 1,7% neste ano contado até junho, dado mais recente disponível.

A preços internacionais, "em dólar", o salário médio no país está sendo barateado, tendo voltado ao patamar de 2007, mais ou menos, quando a taxa de câmbio real não devastava a indústria e suas exportações (trata-se aqui da relação câmbio-salário, corrigida pela produtividade). Sim, isso significa "ajuste".

Apesar de consumo em baixa e repressão salarial na prática, a inflação resiste, o início da razia no mundo do trabalho está longe de bastar para reanimar empresas. De novo, sim, isso significa "ajuste". Ainda permanecerá à beira dos 10% ao ano até o Natal, pelo menos. A inflação de alimentos anda pela beira de 11%.

Tarifaço de serviços públicos, indexações formais e informais, descrença restante no Banco Central e o dólar sustentam a inflação e vão atrapalhar a retomada, embora sejam efeitos da limpeza do entulho deixado pelo governo anterior, cortesia ruinosa de Dilma 1.

Parte da viagem do dólar às alturas se deve decerto a tumultos na economia mundial, do qual estamos ora esquecidos, dada a superoferta doméstica de problemas. Parte se deve justamente à catadupa nacional de desastres, burrices, pequenez política e outras mesquinharias sórdidas.

O que resta do governo Dilma 2, basicamente Joaquim Levy, é solapado pelas almas penadas do Planalto e pelo próprio PT. Esses pacotes de socorro via bancos públicos, embora em si mesmo nem façam estrago direto relevante, agora, começam a dar um ar de terra de ninguém à política econômica, já um tanto devastada pelo esfarelamento do ajuste fiscal proposto no início do ano.

Há, óbvio, os cavalões e cavalinhos do apocalipse. O Congresso, abertas as porteiras, sem mata-burros ou mata-loucos, continua a depredar a economia do país, com apoio de alguns lobbies de partes do funcionalismo público e do dito empresariado.

Além de dar sobrevida a Dilma Rousseff, o "acordão" não fez e ainda não tem cara de fazer nada por um acordo mínimo a respeito de mudanças urgentes e de médio prazo. Um plano com três ou quatro dezenas de itens, de resto, é ridículo.

Não há coordenação de partidos, nem de bancadas, lideranças capazes ou interessadas em recolocar alguma ordem no Parlamento. Pelas atitudes recentes, não se nota que a presidente tenha reconhecido o tamanho da encrenca econômica ou política, realimentando ela mesmo crises palacianas, por exemplo.

Em suma, o sacrifício do ajuste em parte é crueldade pura, pois é consumido pela crise política contínua.
Herculano
20/08/2015 07:22
AS DIVISÕES NO PSDB, por Cláudio Prisco Paraíso

A reunião do presidente da Assembleia, Gelson Merísio, acompanhado do secretário da Fazenda, Antônio Gavazzoni (ambos do PSD), com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), sexta-feira passada, escancara mais uma situação sui generis na política tupiniquim: o PSDB Barriga-Verde é um tucano de três asas.

O encontro, com claros contornos eleitorais, foi intermediado pelo deputado estadual Leonel Pavan. Ex-governador do Estado, ele sonha em disputar novamente o Senado, onde já esteve por quatro anos (2003-2006). Neste afã, Pavan voou à pauliceia atropelando os senadores Paulo Bauer e Dalirio Beber, nomes naturais para a disputa majoritária de 2018; e o próprio presidente estadual da legenda, o também deputado estadual Marcos Vieira. Outra curiosidade: nada vazou do encontro. O quê teria sido tratado? Por quê tanto sigilo? Há alguma traição no ar, considerando-se que o discurso do novo presidente, Marcos Vieira, é de candidatura própria em 2018?

Estaria o PSDB catarinense capitulando, com três anos de antecedência, oferecendo-se já à condição de coadjuvante eleitoral?
Herculano
20/08/2015 07:19
O PT PERDEU A RUA, por Clóvis Rossi

Desafio do partido é demonstrar hoje que ainda mantém alguma capacidade mobilizadora

A mobilização desta quinta-feira (20) "em favor da democracia", segundo a propaganda de TV do PT, é um tremendo desafio para o partido: terá que mobilizar gente suficiente para provar que não perdeu as ruas, ao contrário do que escreveu Eliane Brum, uma das mais brilhantes jornalistas brasileiras, em sua coluna para o "El País".

Eliane se referia ao fracasso do ato em defesa do Instituto Lula, no mesmo domingo (16) da grande mobilização contra o governo Dilma Rousseff e contra o PT.

Fracasso medido em números: mesmo que houvesse as 5 mil pessoas contabilizadas pelos organizadores e não apenas as 600 apontadas pela PM, ainda assim seria menos de 5% dos que foram à Paulista (135 mil, para o Datafolha).

Pior: os "coxinhas" da Paulista se locomoveram por conta própria, ao passo que o "povo" do Instituto Lula teve que ser carregado por ônibus alugados pelos organizadores.

O ato desta quinta já começa mal: embora seja, evidentemente, um movimento de contraposição ao "fora Dilma" da Paulista, o PT não teve coragem de assumir essa característica. Preferiu enrolar a manifestação na bandeira da democracia, valor universal que só é contestado por meia dúzia de energúmenos.

Compreende-se o engodo: se fosse a favor do governo, não iria ninguém, dada a inédita rejeição da presidente. O governo é rejeitado até entre organizadores do ato: o governo é "indefensável do ponto de vista da política econômica e do ajuste fiscal que vem conduzindo", diz Guilherme Boulos, coordenador do MTST (Movimento dos Trabalhadores sem Teto).

Para Eliane Brum, "o partido das ruas perdeu as ruas porque acreditou que não precisava mais caminhar por elas". De fato, o PT, ao chegar ao poder, preferiu acomodar-se aos gabinetes e aos "super-coxinhas", como são os empresários e, entre eles, os executivos das empreiteiras. Luiz Inácio Lula da Silva, o líder maior do partido, é o grande exemplo: deixou o torno (há muitíssimo tempo, aliás) para se tornar companheiro das empreiteiras que o PT não se cansava de criticar quando elas faziam negócios com governos de outros partidos.

Frei Betto, de impecáveis credenciais petistas, localiza o início do divórcio com as ruas no momento em que o PT chegou ao poder federal.

"Trocou um projeto de país por um projeto de poder", afirmou o dominicano em uma recente entrevista à Folha.

Consequência inescapável: não é que o PT tenha perdido as ruas, como diz Eliane. Foi expulso delas, durante as manifestações de junho de 2013, lembra-se?

É uma perda mensurável: até aquele momento, o PT era o partido de preferência de 29% dos eleitores. Hoje, tem a simpatia de apenas 9%, apoio idêntico ao da presidente, lembra o "El País".

Para desmentir Eliane Brum, o PT terá que pôr nas ruas, no mínimo, o mesmo número de manifestantes contra ele no domingo.

Não é possível que, num país como o Brasil, haja mais "coxinhas" que "povo". E, ainda assim, será difícil medir quem foi para gritar "fica Dilma" e quem foi para gritar "fora Levy", superministro de Dilma.
Herculano
20/08/2015 07:16
HOJE DIA DE TRABALHO DURO E INCERTO PARA QUEM ESTÁ AINDA EMPREGADO DE IR PARA A RUA E DEFENDER A CORRUPÇÃO, A INCOMPETÊNCIA, A ROUBALHEIRA, A INFLAÇÃO, O DESEMPREGO, UM GOVERNO FRACO E SEM PLANO A NÃO SER O DE SE PERPETUAR NO PODER A QUALQUER CUSTO E DISCURSO SEM NEXO, A CENSURA DA IMPRENSA ISENTA, O FIM DO MINISTÉRIO PÚBLICO QUE DENUNCIA, DA POLÍCIA FEDERAL QUE INVESTIGA E DE JUÍZES QUE JULGAM DEFORM TÉCNICA COMO SÉRGIO MORO...

Conteúdo do Uol (Folha d S. Paulo). Partidos de esquerda, movimentos sociais e centrais sindicais irão às ruas nesta quinta-feira (20) para uma "mobilização em defesa da democracia e contra a onda golpista na política brasileira" - essa é a principal frase usada para chamar ao evento, que é um contraponto às manifestações contrárias ao governo da presidente Dilma Rousseff.

A agenda dos atos foi divulgada pela UNE (União dos Estudantes do Brasil), CUT (Central Única dos Trabalhadores) e MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem ?Teto). As cidades onde ocorrerão os protestos são: Aracajú (SE), Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Caxias do Sul (RS), Campo Grande (MT), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Manaus (AM), Natal (RN), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Luís (MA), São Paulo (SP), Uberlândia (MG) e Vitória (ES).[ E Gaspar? o PT daqui vai ficar calado?]

De acordo com o manifesto de convocação do ato, cerca de 15 entidades signatárias das manifestações participarão da manifestação "em defesa dos direitos sociais, da liberdade e da democracia, contra a ofensiva da direita e por saídas populares para a crise".

Os protestos estão marcados para o período da tarde em 21 cidades do país e a intenção é se contrapor às manifestações do último domingo (16) que ocorreram em pelo menos 59 cidades em todos os Estados brasileiros e o Distrito Federal contra o governo da presidente Dilma.

Para Guilherme Boulos, coordenador nacional do MTST, "o ato é um contraponto à ofensiva da direita, à intolerância, às pautas mais conservadoras que o Congresso Nacional tem levado adiante
Herculano
20/08/2015 06:59
DEPOIS DE MAIS DE SEIS ANOS ENROLADO, FINALMENTE BALNEÁRIO CAMBORÚ VAI CONSTRUIR O CENTRO DE EVENTOS

O anúncio foi do próprio governador Raimundo Colombo, PSD. A entrega, se sair do papel, vai acontecer praticamente na campanha eleitoral do ano que em. Coincidência?

"Autorizamos hoje o início das obras de construção do Centro de Eventos de Balneário Camboriú, que será o maior de Santa Catarina, abrindo portas para sediarmos grandes congressos, feiras e exposições nacionais e movimentarmos os setores de turismo, cultura e esporte durante o ano todo. Foram muitos desafios e entraves burocráticos ao longo do processo, uma reivindicação de mais de 30 anos que agora damos um passo importante com a assinatura da ordem de serviço.

Em 33 mil m² de área construída, o projeto contempla 28 salas para convenções, pavilhão de exposições e espaço para lojas, praça de alimentação e serviços. Uma estrutura inovadora que trará benefícios para a atividade econômica de todo o Estado".

Para a realização da obra, serão investidos R$ 89,8 milhões, sendo R$ 55 milhões do Ministério do Turismo, R$ 15 milhões do Governo do Estado de Santa Catarina e o restante da Prefeitura de Balneário Camboriú.
Herculano
20/08/2015 06:52
ESTRANHO, por Paulo Alceu

O senador Fernando Collor [PTB] foi à tribuna dias atrás chamou o Procurador Geral da República de "fdp" e ficou por isso mesmo. Isso não seria falta de decoro? Não caberia, pelo menos, um processo disciplinar? Pois é, cada um tem o senador que merece. Voltando a citar o Financial Times, já que o assunto é senador, o jornal destacou que é bem provável que a presidente Dilma resista e permaneça no cargo, até porque "o Senado é composto por muitos senadores corruptos." Estamos bem na foto lá fora...
Herculano
20/08/2015 06:50
ARRUMA DE UM LADO, BAGUNÇA DO OUTRO

A Rua Frei Solano, no Gasparinho, está sendo asfaltada. E ai, a prefeitura e a Ditran, resolveram desviar o movimento pela Rua Manoel Pedra, estreita e sem controle algum. Não deu outra, gente exposta ao perigo e até um senhora atropelada sem que o atropelador prestasse socorro.

Não deu outra. Os moradores ontem fecharam a Rua. Um bafafá com polícia e tudo. Este de empurrar os problemas de uma comunidade para a outra é muito comum na prefeitura e na secretaria de Obras. Acorda, Gaspar!
Renato
19/08/2015 22:17
Herculano
O Sintraspug está correto em seu posicionamento contrário à redistribuição.
A política é uma caixinha de surpresa, vai que um ex-prefeito eleito pelo PMDB que trancou os funcionários na prefeitura l, disputa e vence as eleições. Seria um deus nos acuda ou não?
Herculano
19/08/2015 20:55
PELAS LIÇÕES QE INSISTE EM NÃO QUERER APRENDER, DILMA JÁ FOI "SAÍDA", por Marina Silva, especial para o UOL (Folha de S. Paulo)

parte 1

Mais uma vez, manifestações. A favor e contra o impeachment da presidente da República. Desta vez com alterações ainda maiores no tom das vozes e no teor das falas. Houve até quem ameaçasse fazer barricadas nas ruas. Ainda bem que era apenas retórica. Em todo o país, ocorreu de forma pacífica o exercício legítimo do direito da sociedade de protestar contra os que usurpam suas vitórias e roubam suas esperanças.

Podemos concordar com todas as falas, todas as faixas, todas as narrativas? Claro que não, mas a honestidade impõe reconhecer que as ruas mostraram uma monumental e muito relevante insatisfação contra a corrupção e a mentira entranhadas nas instituições e nas relações de poder.

Contra a deterioração da situação econômica do país pairando sobre a vida de todos. Contra os acordos sub-reptícios que ainda continuam sendo feitos visando benefícios políticos de curto prazo, atentatórios ao interesse da sociedade e à integridade do Estado. A favor da ação independente da Justiça e dos órgãos de investigação.

Tenho denunciado, com a insistência que os meios à minha disposição permitem, a atitude lamentável de alguns políticos ? incluindo alguns dos atingidos pela crise política e pelas denúncias de corrupção ? de instrumentalizar o momento e as instituições, aproveitando-se dos problemas em vez de buscar soluções compatíveis com o interesse público e o clamor por mudanças.

É o uso perverso da máxima que diz que "crise é sinônimo de oportunidade". Buscam a oportunidade de melhorar seu cacife no jogo do poder, enquanto a sociedade está nas ruas questionando, cada um à sua maneira, o estrago que esse jogo faz, e tenta continuar fazendo, na vida do país e dos cidadãos. O vaivém de manobras no espaço institucional para proteger pessoas e grupos só agrava a instabilidade política, social e econômica, e gera revolta.

As manifestações são legítimas. Elas são o termômetro da crise política, e não se pode culpar o termômetro por indicar a gravidade da febre. A responsabilidade dos que receberam um mandato é enorme e, se traíram a confiança da sociedade, precisam se explicar perante a Justiça e se submeterem às penas, caso o ilícito seja comprovado. Esperemos que este seja um caminho sem volta no Brasil.

Governabilidade pragmática

Nas vésperas das manifestações, fiz a seguinte postagem: "O Game of Thrones da política colocou em risco tudo o que a sociedade brasileira alcançou de mais importante nas últimas décadas: democracia, estabilidade econômica, inclusão social. (...) Se queremos interromper o ciclo pernicioso que solapou as conquistas de décadas de trabalho, temos que garantir que o combate à corrupção não seja interrompido. É no sucesso das investigações e na exemplar punição dos culpados que está a chance do Brasil de recuperar a confiança em si mesmo. O resultado será uma oportunidade para a necessária mudança cultural: uma nova atitude dos governos, dos parlamentos, das empresas, das instituições e de todos os cidadãos e cidadãs. Um país que se eleva, pois se leva a sério".
Herculano
19/08/2015 20:54
PELAS LIÇÕES QE INSISTE EM NÃO QUERER APRENDER, DILMA JÁ FOI "SAÍDA", por Marina Silva, especial para o UOL (Folha de S. Paulo)

parte 2

Se, de fato, queremos mudar e estabilizar a mudança, precisamos fechar o ciclo da nefasta governabilidade pragmática feita com base na distribuição de cargos, assentos em conselhos e ministérios com altos orçamentos, tendo como finalidade maior a continuidade no poder e ganhos descabidos à custa do Estado.

Ela é fonte permanente de corrupção, fragilização e descontinuidade de políticas públicas, além de enterrar a ética como elemento indispensável ao exercício da função pública. Precisamos transitar para um modelo de governança que componha o governo e construa sua base parlamentar com o lastro de um programa fortemente legitimado pela sociedade e aberto à sua participação e fiscalização.

Isso se chama institucionalização das conquistas, em lugar da apropriação indébita delas, como se pessoas ou partidos fossem seus donos. Apropriação esta que se completa com a tentação de se perpetuar no comando do país, lançando mão de meios que, na prática, inibem a alternância no poder e colocam em risco o fortalecimento da democracia.

O Brasil precisa parar de dar cheque em branco a seus governantes e começar a exigir clareza e cumprimento de programas. Não pode mais se deixar levar, como aconteceu nas eleições de 2014, pela ditadura do marketing, pela lei do mais forte, pelos slogans vazios e pela agressividade das mentiras. Continuar a proceder assim é alimentar as ervas daninhas que crescem frondosas no quintal da política tradicional, regadas a acertos espúrios e dando sobrevida contínua a figuras e atitudes que já fizeram muito mal ao país.

Os que estão hoje em posição de poder ? especialmente os que têm alguma participação na gestão culposa ou dolosa que resultou na crise atual ? devem aceitar a ativa vigilância da sociedade e não tentar desqualificá-la. Não é hora de manobras de bastidores pactuadas por poucos. Não é mais hora da desculpa esfarrapada e inaceitável de "todos fazem isso" ou "sempre foi assim".

Nova política

Pois é chegada a hora de não ser mais assim. E a responsabilidade histórica indelegável de abrir caminho a este novo momento, ainda que seja de todos nós, é sobretudo de quem está no poder hoje. Se há contas do passado a acertar, seja de quem for, que a justiça seja acionada para tanto. Que isso não se transforme em justificativa para evitar ou minimizar o necessário acerto de contas do presente.

É hora, principalmente, de um envolvimento geral na construção da transição que assegure profundas alterações na visão, nas estruturas, nos processos e nas nossas dinâmicas políticas, econômicas e sociais. Não só pelas mãos dos partidos e das lideranças confinadas em seus próprios interesses, mas por meio de um debate amplo e transparente em torno de uma agenda que ajude a criar novas perspectivas para a nação.

Chega de agendas meramente de poder ou de manutenção do status quo, que são positivas apenas para quem as faz e sempre surgem nos momentos de crise para contrabandear acordos e propostas patrocinadoras de retrocessos contrários aos interesses dos mais frágeis.

Em sua sabedoria, de alguma forma, os que estão se mobilizando para além da velha polarização política e das cartilhas ideológicas de ocasião, entendem que agora, mais do que nunca, chegou o tempo de incluir o Brasil num futuro ético, justo e sustentável.

Entendem que não é estratégico nem correto reduzir seus esforços a um simples "fora Dilma". Sentem que de certa maneira ela já foi "saída" pelas forças políticas tradicionais, entre as quais parte de seu próprio partido. Saída, enfim, pelas lições que insiste em não querer aprender.

Para aqueles que sentem que a grande força deste momento difícil é o exercício pleno de sua cidadania, o desafio é deixar cada vez mais claro que estão se movimentando para dar suporte não a forças retrógradas, mas à chegada de um novo tempo, sonhado e inscrito na Constituição resultante de nossa jovem democracia.

E, para tanto, é preciso fazer ecoar uma nova cultura política, não de alinhamento automático e subalterno a "salvadores da pátria", sejam eles quem forem. Mas uma cultura política da independência, dos valores universais, da ética, da radicalidade da democracia, na defesa da investigação com autonomia, da punição por respeito à justiça e não por sentimento de vingança, na busca do diálogo legítimo, que não seja apenas uma armadilha para encurralar e dobrar adversários. Um novo tempo dos que, aprendendo com os próprios erros, amadurecem, tornam-se melhores e maiores.
Herculano
19/08/2015 20:25
CASO CUNHA LEVA GLÚTEOS DA OPOSIÇÃO À VITRINE

Os glúteos da oposição foram para vitrine. Isso ocorreu porque uma denúncia da Procuradoria contra Eduardo Cunha transforma em escárnio qualquer tipo de aliança com o presidente da Câmara.

Tome-se o caso do PSDB. O bom desempenho de Aécio Neves na eleição presidencial permitiu ao tucanato sair de uma derrota bem vestido. Os tucanos mantiveram a compostura ao apoiar um adversário de Cunha na disputa pela presidência da Câmara.

Depois da vitória de Cunha, os tucanos fecharam com ele uma aliança tácita. Passaram a armar juntos emboscadas legislativas para o governo. Nesse instante, o PSDB perdeu as calças.

Ao votar contra criações do governo FHC, como o fator previdenciário, apenas para sabotar a presidência de Dilma, o PSDB perdeu a cueca. Mas sua contradição ainda estava acomodada no fundo da loja. Agora, os glúteos da oposição podem ser vistos por quem passa na calçada por duas razões:

1. É politicamente insustentável o lero-lero segundo o qual é preciso aguardar até que o STF converta Cunha em réu.

2. Quem poupa Cunha e prega o afastamento de Dilma se arrisca a acender um letreiro luminoso no fundo da consciência da plateia: "Farsantes".

Distanciando-se imediatamente de Cunha, o PSDB talvez saia da vitrine. Aderindo ao "fora, Cunha", o tucanato pode recuperar a cueca. Quanto às calças, pode ser tarde demais para recuperá-las.
Juju do Gasparinho
19/08/2015 20:14
Prezado Herculano:

Segundo informa o Estadão, o emprego na indústria acumula quase 4 anos (todo o desgoverno da Anta) em queda consecutiva.

É o emprego industrial na vala cavada por Dilma (direto do castelo da bruxa).
A solução: Fora Diumavez.
João João Filho de João
19/08/2015 19:23
Sr. Herculano:

Militares querem cadeia para presidente da CUT

Postado por Polibio Braga

"Os clubes Naval, Militar e da Aeronáutica protocolaram no MPF em Brasília uma ação criminal conjunta contra Vagner Freitas, que ameaçou pegar em armas para defender Dilma. Não se trata apenas de apologia ao crime, mas é caso de subversão clara da ordem pública."

Desculpa por ser repetitivo, LUGAR DE BANDIDO É NA CADEIA.
Maria Amélia que não é Lemos
19/08/2015 19:06
Sr. Herculano:

O sr. listou os vereadores que participaram da manifestação de rua em Gaspar. O Melato não foi por causa das perninhas, elas não comportam passeatas.
E falando em perninhas, a mãe do vereador que não é nenhum santo machucou uma delas, será que ele já foi visitá-la?
Anônimo disse:
19/08/2015 18:48
Herculano, recebi sem o link. Aí vai.

Olha o que o Diogo Mainardi postou no Facebook

"O impeachment, na minha visão, funciona como o botão que se aperta para dar descarga na privada.
Você já fez... o que precisava ser feito e não precisa mais olhar os seus dejetos, misturados ao papel higiênico usado.
E se tudo ainda não for pelo buraco adentro, engolido pelo jorro de água, você aperta o botão de novo.
Simples, o impeachment. Hoje, milhões de brasileiros apertaram o botão que deveria fazer sumir essa bosta de governo petista.
Há um misto de repugnância e exasperação nas pessoas. Digamos - para continuar com a imagem escatológica
- que estamos sofrendo uma insuportável prisão de ventre que faz doer a barriga, em espasmos.
Nossos intestinos estão cheios, empanturrados com fatos e verdades não só sobre as mazelas do Planalto.
Mas o Congresso...meu Deus, três bandidos condenados na Comissão de Justiça ?
O Renan, julgado corrupto, decidindo o que serve para nós, povo brasileiro ? Os congressistas, deputados federais, a maioria sendo processada por "malfeitos",
para usar a expressão do FHC ? Seriam eles o nosso purgante salvador ? Nem pensar.
Mais da metade desses indivíduos nem eleitos foram. Eram vice, pagaram as despesas de campanha, o titular se retirou para alguma "boca" combinada previamente
e o agora premiado senador senta sua bunda na cadeira para fazer negócios. Concorrência pública ?... Quem dá mais comissão leva.
Esses caras exageraram, canalhas contumazes, viciados por anos e anos de impunidade.
Eles tem alçadas de poder, verbas de tudo quanto é jeito, sinecuras - e agora preparam seus filhotes para lhes suceder na boca rica. O nepotismo corre solto.
Não há o que se esperar deles, não virá de lá nenhuma atitude cívica - como votar o impeachment da Dilma. Pois eles também deveriam ser "impichados".
Vale o mesmo sentimento para com a Justiça, que a imprensa todo dia mostra como um vulgar balcão de negócios e interesses.
A Petrobrás, o BNDES, as estatais...tudo aparelhado pelo Lula e sua quadrilha.
A Dilma preside esse lupanar (palavra antiga, puteiro seria melhor) com seu beicinho arrogante, perpetrando absurdos com a cumplicidade de seus 39 (trinta e nove) ministros.
Nem vou listar os despautérios, quem não é analfabeto, do MST ou boia-fria sabe de cor que aquela senhora Dilma extrapolou.
Ela, no passado, conseguiu até falir uma lojinha de badulaques chineses, seu maior empreendimento até ser guindada a ministra pelo pior dos brasileiros vivos, essa desgraça chamada Lula.
Então é o seguinte: hoje, as manifestações apertaram o botão da privada, coletivamente, num ato de dignidade e consciência política. Mas lá dentro da privada a merda rodou, rodou - e não foi embora.
Falta um balde de água. Falta uma mudança total, de tudo. Falta uma greve geral que tenha a força de liquidar essa quadrilha do PT, incrustada no poder. Falta o impeachment da Dilma.
Quem será essa pessoa que vai salvar os restos deste país?"
Herculano
19/08/2015 16:56
ELES SE CONHECEM. SABEM DO QUE FALAM. E NÓS SUSTENTANDO TUDO ISTO COM O NOSSO VOTO, SACRIFÍCIO E PACIÊNCIA. "CUNHA É UM PILANTA DE 5ª CATEGORIA", ATESTA CID GOMES, PRESTES A SE FILIAR NO PDT, MAS QUE SEMPRE ESTEVE ALINHADO COM O PODER, O GOVERNO E O PT.

Conteúdo do Congresso em Foco. Texto de Wilson Lima. Em encontro no qual discutiu a migração do seu grupo político para o PDT, o ex-ministro atacou o presidente da Câmara e diz que o governo Dilma faz o contrário do que prometeu. Confira os principais trechos e o áudio do discurso

Ex-ministro de Lula também atacou Dilma

O ex-ministro Ciro Gomes acusou o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de ser "um pilantra de quinta categoria" que está "mandando e desmandando na República". A declaração foi dada na segunda-feira (17) à noite, na abertura de um encontro interno do Pros, em Fortaleza, no qual o ex-governador cearense e seu grupo político discutiram a migração em massa para o Partido Democrático Brasileiro (PDT). O Congresso em Foco teve acesso ao áudio do discurso do ex-ministro da Fazenda, no governo Itamar Franco, e da Integração Nacional, no governo Lula.

"Não é fácil o trabalhador chegar em casa e ligar a televisão e assistir à novela mal-cheirosa, diária, da ladroeira [em referência à roubo], que não poupa mais ninguém. Pra bem dizer, o presidente da Câmara Federal do Brasil é um pilantra de quinta categoria que tá aí mandando e desmandando na República", afirmou Ciro na reunião. Ele também criticou o governo Dilma, que, segundo ele, tem feito "tudo ao contrário" do que prometeu na campanha eleitoral.

Ciro e seu irmão, o também ex-governador Cid Gomes, receberam convite do presidente do PDT, Carlos Lupi, para se filiar à sigla com vistas às eleições presidenciais de 2018. A ideia de Lupi é lançar Ciro Gomes como candidato. Outros nomes do partido, entretanto, como os senadores Cristovam Buarque (DF) e Reguffe (DF) não concordam com a filiação dos irmãos Gomes. Cristovam era tido como nome certo para concorrer novamente à Presidência da República, a exemplo do que ocorreu em 2006.

A crítica de Ciro ocorre meses após Cid chamar publicamente Eduardo Cunha e outros "400, 300 deputados" de "achacadores", ratificando o que ele havia dito a universitários no fim de fevereiro, quando ele ainda era ministro da Educação. Após chamar os deputados de "achacadores", Cid deixou a pasta. Sua saída foi anunciada por Eduardo Cunha em plenário, no momento em que o então ministro ainda discursava.

Na última segunda-feira, começou, pelo menos de forma oficial, as discussões para que vários nomes do Pros cearense deixem a legenda e passem a integrar o PDT. No encontro, Ciro Gomes disse que seria uma mudança natural sua filiação à sigla de Leonel Brizola. Além dos irmãos Gomes, devem aderir ao PDT outros nomes importantes da política cearense como a vice-governadora Izolda Cela e vários prefeitos e vereadores ligados à família.

"O PDT tem sido aliado nosso em todas as eleições. De maneira que é um passo muito natural, que é um passo muito coerente para quem está, como nós, obrigados a tomar essa posição", defendeu Ciro. Entretanto, a posição ainda não está oficializada. Embora, o próprio presidente nacional do PDT já conte com Ciro e Cid nos quadros do PDT.

Em outro momento do desabafo, Ciro Gomes também criticou o governo federal. Ele afirmou que o PT não pode fechar os olhos para as manifestações. "Não é simples, nem é fácil a gente ver uma pessoa e um governo que a gente ajudou a eleger com tanto carinho, com tanto entusiasmo, com sacrifícios? Cid se sacrificou e muito? Todos os que estão aqui se sacrificaram, correram riscos sérios com aquele povo em cima do muro, não sei o que e tal. E, com tudo isso, no dia seguinte, tudo o que a gente achava que ia ser, foi ao contrário", declarou.

"É o preço da gasolina, é o preço da energia? [Dilma] Nomeia o cara dos bancos pro Ministério da Fazenda [Joaquim Levy]? E aquilo que era um conjunto de valores, a questão nacional, a questão da desigualdade, a questão do valor dos salários como remuneração do trabalho decente das pessoas, foi esquecido. Isso explica porque a sociedade brasileira está aborrecida e qualquer governo que queira ter o mínimo de condições de se reconciliar com sua nação tem que ter humildade para entender isso", disparou Ciro.

Depois disso, ele ainda afirmou que nas manifestações existem "doido de todo o tipo", mas que é necessário se respeitar a Constituição. "Não adianta desqualificar as manifestações. Tem coisa de todo o tipo, doido de todo o tipo e modalidade, mas não adianta desqualificar. Aquelas multidões que foram pras ruas ontem só foram porque tem uma coisa muito errada acontecendo no nosso país".

Por isso, Ciro defendeu que a militância seja focada não somente no respeito às instituições democráticas e na cobrança sistemática das ações do governo federal. Uma doutrina que, coincidentemente, tem sido pregada pela cúpula do PDT.

"A crise política se descomprimiu um pouco. Não que a gente não esteja no meio de uma crise política muito grave, com potencial muito grave de ameaça ao futuro do país. Mas aquela escalda de golpe deu uma diminuída grande. O próprio governo começou a cair em si e começou tomar aqui e ali, ainda muito desorientado, alguma iniciativa política", pontuou
Herculano
19/08/2015 16:46
EDUARDO CUNHA SERÁ DENUNCIADO NA LAVA JATO ATÉ AMANHÃ

Conteúdo do jornal Flha de S. Paulo. Texto de Gabriel Mascarenhas e Márcio Falcão, da sucursal de Brasília. A Procuradoria Geral da República vai denunciar, entre esta quarta (19) e quinta-feira (20), o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ao STF (Supremo Tribunal Federal).

A tendência é que o presidente da Câmara seja enquadrado no crime de corrupção por envolvimento no esquema de desvio de dinheiro da Petrobras. "A princípio é pelo menos esse crime. Mas ainda não há redação final", adiantou um investigador.

A denúncia é fruto do inquérito no STF que apura suspeitas de participação de Cunha no esquema investigado pela Operação Lava Jato.

O presidente da Câmara, que sempre negou as acusações, se recusou a comentar a denúncia. "Não vou comentar. Só vou comentar quando houver fatos. Suposições eu não comento", afirmou Cunha.

De acordo com investigadores, pesa contra o presidente da Câmara uma possível participação na movimentação de recursos na Suíça. As investigações apontaram o equivalente a R$ 54,5 milhões depositados pelo executivo Julio Camargo em contas indicadas pelo lobista Fernando Soares, apontado como o operador do PMDB na Petrobras.

Segundo depoimento do doleiro Alberto Youssef, esse dinheiro era pago pela Samsung, que venceu contratos na diretoria internacional da estatal para o fornecimento de navios-sondas.

O doleiro afirmou ainda que Soares, conhecido como Fernando Baiano, intermediava pagamentos de Camargo a Cunha ?embora os R$ 54,5 milhões não sejam atribuídos ao deputado? porque o lobista "representava" tanto o parlamentar quanto seu partido, o PMDB.

O envolvimento de Cunha no esquema começou com depoimentos de Youssef. O peemedebista começou a ser investigado em março, com autorização do STF, e sempre negou as acusações.

Os procuradores estão finalizando os termos do documento, que será assinado por Rodrigo Janot, procurador-geral da república.

A denúncia não significa culpa. A Justiça agora vai decidir se aceita a denúncia. Em caso positivo, ele vir réu, e o processo é aberto.

COMISSÕES

As acusações contra Cunha também ganharam força depois que a Folha revelou, em abril, que o nome dele aparece como autor dos arquivos em que foram redigidos requerimentos apresentados a comissões da Câmara.

Delatores do esquema afirmam que esses requerimentos comprovam o envolvimento de Cunha com o escândalo de corrupção, uma vez que o material teria sido utilizado para pressionar a empresa Mitsui a retomar pagamento de propina ao PMDB. O MP chegou a realizar diligências dentro da Câmara para fazer uma cópia do material.

Apesar de negar em seu primeiro acordo de delação premiada o pagamento de propina a Cunha, Julio Camargo afirmou em novos depoimentos à Procuradoria Geral da República que o peemedebista teria pedido US$ 5 milhões em propina.

A expectativa é que, até quinta, além de Cunha, pelo menos outros dois congressistas sejam sejam denunciados.
Herculano
19/08/2015 13:07
VEJA A DIFERENÇA

Nas empresas - indústrias, comércio e serviços - o desemprego crassa e aumenta como decorrência da grave crise econômica gestada pelo governo do PT, PMDB, PP, PSD, PC do B, PDT, PR, PRB...

No serviço público - principalmente nos ambientes do Executivo e Judiciário - greves e mais greves por aumento de vencimentos e vantagens em plena crise, recessão e desemprego que não atinge os servidores. E quem os paga? cós com os pesados impostos.

No domingo houve manifestações de gente que ainda está empregada e que não pode faltar o serviço.

Amanhã, dia de trabalho, haverá manifestações para defender a corrupção, o desemprego, a roubalheira, um governo perdido. É preciso saber quem está a favor deste caos todo, que intimida e se acha a cereja do bolo
Herculano
19/08/2015 13:00
PARECE PIADA VELHA

Ciro Gomes deve disputar a presidência pelo PDT em 2018. Os irmãos Cid e Ciro deixaram o nanico Prós onde não conseguiram ser donos, para se filiarem no PDT que tem um dono claro: Carlos Lupi. Alguém acredita que isto vai dar certo?
Herculano
19/08/2015 12:56
O GOVERNO E O PT CRIARAM A CRISE. QUEM PAGA COM A DOR - ME ATÉ A VIDA - É O POBRE

Está no Visor, do Diário Catarinense, da RBS Florianópolis. As recentes cortes dos repasses da União podem afetar também cirurgias seletivas em Santa Catarina. O custo mensal é de R$ 5 milhões para bancar as operações ? de alta ou média complexidade - pelo SUS. O problema é que o Estado receberá uma única parcela do valor gasto a cada 30 dias para bancar o ano todo.

O último repasse para a Secretaria de Estado da Saúde foi em março. Caberá ao governador Raimundo Colombo decidir se vai bancar a diferença e depois cobrar de Brasília, mas o rombo no Tesouro é quase certo.
Herculano
19/08/2015 12:34
PLANALTO CEDE UM OLHO ROXO PARA EVITAR ESPANCAMENTO EM VOTAÇÃO NA CÂMARA, por Josias de Souza

De tanto apanhar na Câmara, o governo mudou seu procedimento na votação do projeto que iguala a correção do FGTS à rentabilidade da caderneta de poupança. Para evitar um novo espancamento, o Planalto aceitou ceder um olho roxo.

Em jantar servido a deputados aliados no Palácio da Alvorada na noite de segunda-feira, Dilma Rousseff encomenara o enterro da proposta. Ao perceber que faltavam-lhe votos, o governo foi à mesa de negociação.

O projeto previa que os depósitos do FGTS passariam a ser corrigidos como a poupança a partir de janeiro de 2016. Orientado pelo Planalto, o petista José Guimarães, líder do governo, sugeriu ao relator da proposta, o oposicionista Rodrigo Maia, do DEM, um escalonamento em 11 anos. Nada feito.

Autorizado pela equipe econômica do governo, Guimarães reduziu sua pretensão de escalonamento para oito anos. Sabendo que dispunha de infantaria, o relator topou apenas quatro anos. A negociação ocorria longe do plenário.

Simultaneamente, a bancada governista - ou o que restou dela - empurrava a sessão com a barriga à espera do fechamento de um acordo. No início da noite, Mendonça Filho, líder do DEM e co-autor do projeto, sugeriu ao presidente Eduardo Cunha a concessão de apenas mais dez minutos de prazo.

Abespinhado, um dos vice-líderes do governo, Silvio Costa, do PTB, foi ao microfone: "Quero dizer ao deputado Mendonça Filho que quem dá prazo é oficial de Justiça. E o DEM, pelo que me consta, não é oficial de Justiça. Nós estamos buscando um entendimento. Agora, entendimento na base da pressão não vai acontecer. Se for na base da pressão, a gente vai para o voto."

Mendonça não se deu por achado: "O deputado Silvio Costa quer falar grosso, mas eu acho que o governo não está com essa base tão firme assim para ele falar grosso dessa maneira. Peço ao deputado Silvio Costa, que está muito bravo, que baixe o tom, porque o governo tem que falar fino. O governo está em minoria aqui na Casa."

Silvio Costa, que participara na véspera do jantar do Alvorada, apenas ecoava em plenário o tom de Dilma. No entanto, o líder Guimarães, que também jantara com a presidente, se deu conta do seguinte: se confiasse piamente na fidelidade da coligação governista, não poderia piar depois. Preferiu falar fino.

Guimarães engoliu os quatro anos de parcelamento da nova fórmula de correção do FGTS. Recomendou aos supostos liderados que votassem a favor do texto do relator. A aprovação se deu em votação simbólica.

O projeto seguiu para o Senado. Se não for modificado, irá à mesa de Dilma. Que pode sancioná-lo ou vetá-lo. Guimarães não quis se comprometer com a sanção. Disse que a área econômica do governo terá de fazer as contas.

No início do mês, o governo sofrera uma derrota humilhante na Câmara. Dilma assistira à aprovação, em primeiro turno, da emenda constitucional que vinculada os salários dos advogados da União e dos delegados a 90,25% do contracheque de um ministro do Supremo.

O placar correspondeu a uma surra homérica: 445 votos a 16. Foi como se o governo saísse do plenário da Câmara com escoriações por todo o corpo, os braços e as pernas quebradas. Perto desse resultado, o olho roxo da votação do FGTS é um alívio. Mas está longe da tranquilidade que o governo anunciara na semana.

Ficou entendido que o armistício firmado entre Dilma e o presidente do Senado, Renan Calheiros, por enquanto na vale para a Câmara.
Herculano
19/08/2015 12:31
DE guimarães.rosa@edu para dilma@gov, por Elio Gaspari para os jornais O Globo e Folha de S. Paulo

No redemoinho que a senhora viu na rua não teve diabo nenhum, quem estava lá era esse juiz Moro

Presidenta,

No seu primeiro discurso de posse, vosmicê me chamou de "poeta da minha terra" e lembrou umas linhas que escrevi ("O correr de vida embrulha tudo. [...] O que ela quer da gente é coragem"). Não mencionou meu nome. No Itamaraty, cansei de escrever para os outros sem que me lembrassem. Era meu ofício. De qualquer forma, obrigado pelo "poeta". Chamo-me João, há quem diga Guimarães, ou mesmo Rosa.

Estive ontem com o Raul de Vincenzi, diplomata como eu, mas homem bonito. Lustrava o governo do Juscelino porque o acompanhava como chefe do cerimonial. Ele foi embaixador no Chile do general Pinochet. Nessa função, em janeiro de 1980 defendia o interesse do nosso país para que empreiteiras nacionais construíssem a hidrelétrica de Colbun-Machicura. Os amigos do Planalto queriam que a obra fosse entregue sem licitação, pelo sistema de porteira fechada, que os americanos chamam de turn-key. Os ministros civis de Pinochet não gostavam da ideia, e o chanceler disse ao Raul que a norma chilena era a da licitação, mas sabia que o presidente João Batista Figueiredo tinha "interesse especial" pela escolha de uma empresa brasileira. Não lembrava o nome, mas saiu da sala e voltou com a informação: "Engesa/Odebrecht". (A Engesa, a senhora sabe, fabricava armas e já faliu.) No mesmo dia, o Raul encontrou-se com o general-chefe do gabinete pessoal de Pinochet, mencionou o assunto e ele lhe disse: "Vocês não estão dando nome aos bois". Raul pôs tudo isso no papel. O chanceler Ramiro Guerreiro, que também está aqui mas não fala, só mexe a cabeça, acrescentou outra informação durante um despacho com Figueiredo: "O coronel Sérgio Arredondo, ex-adido militar do Chile em Brasília, teria aludido que a preferencia de Vossa Excelência recairia sobre o consórcio Engesa/Odebrecht, dada a tradição mantida no Chile e o estrito relacionamento da primeira empresa com autoridades militares chilenas".

Deu redemoinho no Planalto. As coisas eram como eram, mas não deveriam ser ditas. Figueiredo contou que o coronel Arredondo tratou do assunto com ele, mas tinha dito apenas que a Odebrecht era uma empresa de confiança. Um embaixador que contou o que lhe disseram e um chanceler que mostrou o que sabia desarmaram os poderes do mundo. Os chilenos licitaram a hidrelétrica e a manobra da porteira fechada falhou. Digo-lhe que esse Arredondo, antes de montar cavalos com Figueiredo, estivera na "Caravana da Morte", uma tropa de jagunços que saiu pelo Chile matando gente.

Fazem falta gente como o Raul e o Guerreiro? Sinais a senhora teve, mas mandaram que calassem a boca. Sei mas não digo.

A senhora sabe que eu escrevi: "O diabo na rua, no meio do redemoinho". Não faça mau juízo do redemoinho da rua que a senhora viu no domingo. No meio dele não estava o Tinhoso. O Capeta, Coxo, Capiroto, Coisa Ruim, finge que está, mas não está. No meio do redemoinho da rua estavam o juiz Sérgio Moro e o Ministério Público. Entre nesse espetáculo. Proclame por uma vez que não tem diabo nenhum, não existe, não pode. Viver é negócio muito perigoso, mas as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas. Tenha coragem, é tudo o que a vida lhe pede.

Respeitosamente,

João Guimarães Rosa
Sidnei Luis Reinert
19/08/2015 12:28

De Romeu Tuma:

Alguns ministros no STF dirão hoje que financiar tráfico de drogas (consumindo) não deve ser motivo para prisão nas cadeias lotadas.
Mas manter jornalista preso por injúria é motivo???
Vai ser duro ouvir discursos demagogos sobre superlotação carcerária, enquanto processos sobre prisões injustas e ilegais, dormitam em gavetas sem despachos e/ou decisões!
A Justiça nesse país está ficando desacreditada......
Herculano
19/08/2015 12:20
O QUE VERDADEIRAMENTE ENTRAVA A APROVAÇÃO DO PLC 004 - QUE PERMITE O REMANEJAMENTO DE SERVIDORES EFETIVOS? A FATA DE TRANSPARÊNCIA O GOVERNO DE PEDRO CELSO ZUCHI E DO PT.

Isto está claro em toda a discussão. É um voo no escuro. Quem ressalta isto é o vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Púbico de Gaspar, Sintraspug, Carlos Eduardo Junkes

Reza que todo dia 30 de março do ano vigente, o Município deve fazer um Censo com os servidores. Informando: nome do servidor, Secretaria em que está lotado, se foi cedido para outra Secretaria, qual função exerce. Se está em cargo de comissão, se está exercendo realmente o cargo ( não está em desvio de função).

O Município tem a obrigação por Lei de fazer estas informações. Por quê não colocam no Portal de Transparência? O que o Município tem a esconder? A Vereadora Andreia [Symone Zimmermann Nagel, DEM] já fez estas solicitações em 2014, e novamente em 2015. E nada de resposta.

O Presidente da Câmara [José Hilário Melatto, PP, e alinhado com o PT] que gosta de utilizar o Regimento Interno, e cita a Lei Orgânica para não mudar o horário de uma votação, para que os servidores possam participar de uma votação que é de interesse de todos, use esta Lei e o Regimento Interno para fazer cumprir o artigo 194.
Sidnei Luis Reinert
19/08/2015 12:18
Enquanto grevistas gritam "Lewandowski traidor, respeita o servidor", STF dá recado a políticos da Lava Jato


Edição do Alerta Total ? www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Começa a se aproximar a tão aguardada hora do "juízo final" para os integrantes do governo do crime institucionalizado no Brasil. E nem é por causa do suposto medo de "um golpe militar", manifestado, a boca pequena, por alguns líderes políticos, e claramente invocado por apavorados integrantes da radicalóide banda nazicomunopetralha - que preparam para esta quinta-feira (20 de agosto) uma ruidosa manifestação, bancada com a poderosa arma de muita grana e sanduíches de "mortandela". A proximidade é indicada pelo comportamento dos magistrados.

O clamor das ruas, por mudanças estruturais no Estado brasileiro e contra a corrupção, surte efeito no órgão máximo do Judiciário. Ontem, o Supremo Tribunal Federal não só rejeitou um pedido de habeas corpus para um ilustre condenado na Lava Jato. O mais antigo ministro da Corte, Celso de Mello, até invocou o jornalista e político Carlos Lacerda, que, em 1954, pouco antes do suicídio de Getúlio Vargas, cunhou uma expressão que cairia perfeita na conjuntura atual: "Somos um povo honrado governado por ladrões".

Celso de Mello foi profundo em sua ironia comparativa - interpretada como um recado aos políticos que serão julgados no foro privilegiado: "Este processo de habeas corpus parece revelar um dado absolutamente impressionante e profundamente preocupante, o de que a corrupção impregnou-se no tecido e na intimidade de alguns partidos e instituições estatais, transformando-se em conduta administrativa, degradando a própria dignidade da política, fazendo-a descer ao plano subalterno da delinquência institucional".

O decano Mello mandou mais recados irônicos: "Honestamente, espero que essa situação denunciada pelo ilustre tribuno, parlamentar e jornalista (Carlos Lacerda) não esteja se repetindo no presente momento histórico e no contexto relativo a recentes administrações federais, pois se trata de um fato que não pode ser ignorado pela cidadania. A comprovar-se tal prática vergonhosa (os desvios da Petrobras), estaríamos em face de uma nódoa indelével, afetando o caráter e o perfil da política nacional. Espero que a frase de Lacerda não esteja a refletir a realidade presente e não se desenvolva no sentido de demonstrar que conspícuas figuras governamentais estejam envolvidas em práticas delituosas".

Também votando contra o Habeas Corpus a Fernando Baiano, o ministro Gilmar Mendes foi no mesmo embalo do decano. Depois de comparar que o Mensalão "não passou de um processo de pequenas causas" em relação ao Petrolão, e de reclamar da "má qualidade da gente que compõe o governo" (sem citar nomes), Gilmar Mendes detonou: "Desde já fica muito claro que é difícil separar o chamado mensalão do petróleo. Parece que eles estão, de alguma forma, consorciados. Podemos ter algumas diferenças de procedimentos, mas o seu núcleo duro é idêntico. E também a ideia de que partido e Estado se confundem, quem está no governo tem que se apropriar das benesses que se possa extrair do Estado. Um esquema dessa ordem não se instalaria sem uma clara nítida diretriz política. Estamos diante de uma forma de governança".

Enquanto Baiano era detonado pela unanimidade dos ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Carmem Lúcia e Teori Zavaski, algo institucionalmente grave acontecia no lado de fora da corte suprema. Ouviam-se buzinas e gritos: "Lewandowski traidor, respeita o servidor". Estas palavras de ordem gritadas ontem, por servidores do judiciário em greve, contra o Presidente do Supremo Tribunal Federal têm um significado simbólico: são apenas mais uma constatação do tamanho da crise institucional, política, econômica e moral no Brasil.

Detalhe importante: Todos os manifestantes estavam virados de costas para o prédio STF, na Praça dos Três Poderes, em Brasília, enquanto o ministro trabalhava em seu gabinete. Os funcionários, que pedem aumentos de até 78,5%, estão pt da vida com Lewandowski que, após negociar com o governo, só conseguiu uma sinalização de reajuste de 41,47%. Lewandowski também enviou ao Congresso um projeto de lei com reajuste no salário dos ministros do tribunal em 16,38%. Se os parlamentares aprovarem a proposta, a partir de janeiro de 2016, o salário saltará de atuais R$ 33.763,00 para R$ 39.293,38.

Os segmentos esclarecidos da sociedade esperam que os ministros do STF façam jus ao bom salário, no julgamento da Lava Jato e em outras questões de relevância constitucional para o cidadão...
Herculano
19/08/2015 12:15
O VOO SOLO DOS TUCANOS, por Bernardo Mello Franco para o jornal Folha de S. Paulo

No domingo, Aécio e Serra deram as caras nas manifestações contra o governo. Na segunda, FHC deixou o tom moderado e pediu a renúncia de Dilma. Os tucanos tentam mudar a rota de voo, mas ainda não dão sinais de que passarão a se deslocar na mesma direção.

Até a semana passada, a divisão do PSDB era apontada como o maior entrave à abertura de um processo de impeachment. O partido parecia rachado em três: Serra queria a substituição da presidente pelo vice, Aécio sonhava com novas eleições, e Alckmin preferia esperar até 2018.

O impasse aumentava a pressão sobre os tucanos, diante de eleitores cada vez mais radicalizados contra o governo. A presença dos políticos nas manifestações foi uma clara tentativa de reagir a essas cobranças. "O PSDB se sente reconectado com o sentimento das ruas", proclamou Aécio, que estreou no palanque e foi aplaudido em Belo Horizonte.

A nova linha de FHC ofereceu ao partido um discurso confortável, porém inócuo. A renúncia seria a alternativa menos traumática para interromper o mandato de Dilma, mas ninguém acredita que ela aceitará deixar o poder por vontade própria.

Assim, restaria ao PSDB optar entre empunhar ou não a bandeira do impeachment, hoje nas mãos do deputado Eduardo Cunha.

Nesta terça, os tucanos voltaram a mostrar falta de união sobre o tema. Aécio citou a queda de Collor e declarou que "Dilma pensa que é presidente, mas não é mais". Alckmin sustentou que é cedo para se falar em impeachment e disse que é melhor "aguardar os fatos e os desdobramentos das investigações em curso".

Depois do ensaio de revoada conjunta, os tucanos parecem ter retomado a preferência pelo voo solo.

Ficou mais complicada a situação de Sérgio Cabral na Lava Jato. Responsáveis pelo inquérito sobre o ex-governador do Rio dizem ter recebido informações valiosas do exterior.
Herculano
19/08/2015 11:32
A VOZ DO DONO, por Carlos Brickmann

De acordo com a propaganda oficial, foi uma pequena manifestação, de brancos ricos, que aliás nem sabiam o que estavam fazendo por lá, todos golpistas, fascistas, xenófobos, conservadores, coxinhas, pedófilos, antropófagos e feios. Em resumo, nada de importante: passou a manifestação e a vida continua. Mas:

1 - Na noite do dia 16, tão logo terminou a manifestação, Dilma convocou seu Estado-Maior para discutir o que fazer. Os ministros Aloízio Mercadante, Jaques Wagner, José Eduardo Cardozo e Edinho Silva não ousaram entrar pela porta da frente do Palácio da Alvorada: preferiram uma porta lateral, mais discreta. Jornalistas? Nem Aloízio Mercadante, que é capaz de trocar três retratos de Lula Supremo por uma foto com Dilma, que quando abre a geladeira e vê a luzinha já começa a dar entrevista, quis contato com repórteres, por mais amigos que fossem. A propósito, dos quatro ministros que formam o núcleo deste Governo, Lula só gosta de um, Wagner. Lula, se fosse gato, cobriria de areia os outros três.

2 - Fernando Henrique, o Imperador da Cautela, o Rei do Deixa-pra-lá-para- ver-como-é-que-fica, imoderado em sua moderação, pediu à presidente Dilma um gesto de grandeza - a renúncia ao cargo. Ou, no mínimo, que admitisse seus erros e mostrasse o caminho para recuperar a credibilidade. Fernando Henrique sabe que é mais fácil Dilma admitir ter sido amiga de José Dirceu (Dirceu? Quem?) do que reconhecer que algum dia cometeu algum erro. Propôs-lhe, portanto, a renúncia.

E jamais seria ousado a esse ponto sem ouvir a voz das ruas.

SINAL FECHADO

Nem Dilma nem seus ministros prediletos fizeram qualquer comentário sobre a manifestação. Não, não foi uma maneira de demonstrar desprezo: foi o receio do panelaço que receberia suas palavras. Manifestação e panelaço, aí já é demais.

SALVANDO O SEU

Fora o núcleo duro do Governo, Dilma tem mais alguns aliados para conversar sobre os próximos passos. Lula, claro - embora não dê a atenção devida a seu padrinho político, que entende do jogo muito mais do que ela. Velhos amigos, como Gleisi Hoffman, Erenice Guerra, Graça Foster não podem, por um ou outro motivo, participar abertamente de articulações. Há Renan Calheiros, Romero Jucá (detesta ambos, mas tem de engoli-los), Michel Temer (não gosta dele, mas sabe que é importante para ela); todos, entretanto, conforme a situação, não hesitariam um instante para transformar-se em adversários.

Lula não se transformaria em adversário. Já mostrou, porém, que não é chegado a defender amigos em perigo. Não se voltará contra ela, mas nem lembrará que Dilma existe.

HISTÓRIAS EXEMPLARES

A história do aluguel de veículos nos Estados Unidos mostra direitinho como funcionam as coisas no Brasil: primeiro, mostra como o Governo brasileiro não economiza para desfrutar do máximo de luxo; segundo, mostra o desprezo que a presidente Dilma dedica às relações internacionais, a ponto de não se importar em prejudicar a imagem externa do país por cem mil dólares (que, a propósito, nem precisaria gastar).

A primeira história exemplar é a do aluguel: a comitiva presidencial passaria dois dias (e uma noite) em San Francisco, Califórnia, mas os veículos foram alugados por quinze dias. A própria empresa locadora desaconselhou o aluguel de 19 limusines, mais dois ônibus, mais três vans Mercedes, mais um caminhão "para transporte das bagagens". Sugeriu carros para a presidente e os ministros e ônibus para o transporte dos demais passageiros. Negativo: até a filha da presidente teve limusine privativa, com motoristas e tudo. E como não há verba para pagar esse luxo todo, calote no fornecedor. Só honraram a conta quando o dono da empresa foi aos jornais para reclamar.

2 - A presidente Dilma não dá a menor importância às relações exteriores. Já houve ocasiões em que as contas de luz e água das embaixadas não foram pagas; houve um caso (que ficou famoso pela desfeita ao embaixador da Indonésia) em que diplomatas estrangeiros ficaram no Brasil quase um ano, sem poder trabalhar, porque a presidente não encontrava tempo para receber suas credenciais.

É LUXO SÓ

O exemplo vem de cima, e frutifica: o Tribunal de Justiça do Estado do Rio decidiu gastar R$ 23 milhões em 246 carros Jetta para seus magistrados. Crise? Que crise? Corte de verbas? Que é que o caro leitor está pensando?

Em São Paulo, Assembleia e Câmara também cuidam do conforto de seus integrantes.

GOVERNO ACUADO

O Movimento dos Trabalhadores sem Terra, MST, invadiu nesta segunda uma fazenda experimental da Universidade de São Paulo, em Londrina, no Paraná. A fazenda, com 3.700 hectares, tem área de preservação ambiental em um terço de sua extensão, com floresta original, e trabalha na recuperação de matas degradadas. Graças a suas pesquisas agropecuárias, ocupa a terra com o triplo do gado de corte normalmente suportado. O MST alega que a fazenda é improdutiva.

Detalhe para quem reclama que estudantes brasileiros que subiram na vida não se lembram de suas universidades: a área, conhecida como Mata do Barão, foi doada à USP no ano 2000 por um ex-aluno, Alexandre Von Pritzelwitz.
Herculano
19/08/2015 10:21
NO BRASIL QUE O PT QUEBROU, QUEM PAGA A CONTA E FAZ SACRIFÍCIOS SÃO OS TRABALHADORES, APOSENTADOS... GOVERNO VOLTA ATRÁS E ADIAMENTO DO 13º SALÁRIO A APOSENTADOS SERÁ MANTIDO

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Natuza Nery e Valdo Cruz, da sucursal de Brasília. Sob pressão política, o governo Dilma decidiu manter o adiantamento de metade do 13° salário aos aposentados e pensionistas, pagamento que havia sido suspenso pelo Ministério da Fazenda sob o argumento de falta de fluxo de caixa para bancar a despesa.

A data e a forma como se dará o adiantamento serão definidas nesta quarta-feira (19) em reunião da presidente com sua equipe econômica. A Fazenda não incluiu na folha de pagamento de agosto, que é paga entre o final deste mês e o início de setembro, o adiantamento de metade do 13º.

Diante da falta de recursos em caixa, a equipe de Joaquim Levy argumentou que a antecipação não é obrigatória e postergou o gasto para dezembro. A lei prevê o pagamento no último mês do ano, mas há nove anos o governo federal vinha permitindo o repasse de metade do valor na folha de agosto.

O pagamento de metade do 13º salário da folha da Previdência representa um gasto de R$ 15,8 bilhões, que terá de ser feito de qualquer forma neste ano. Portanto o impacto fiscal, no ano, é o mesmo, independentemente da data de pagamento.

FOLHA EXTRA

Nesta quarta, a presidente vai analisar algumas alternativas. Entre elas, fazer uma folha extra para que o pagamento saia no final deste mês e início do próximo.

Há, ainda a possibilidade, mais viável, de que a antecipação da metade do benefício ocorra na folha de setembro, paga até o início de outubro.

Uma outra alternativa é parcelar o pagamento entre setembro e dezembro para diluir o impacto fiscal.

Segundo a Folha apurou, o governo foi informado de que o Congresso ameaçava aprovar uma norma obrigando o Palácio do Planalto a antecipar a despesa.

Dessa forma, o governo assumiria o desgaste de não autorizar o adiantamento e ainda ser forçado a fazê-lo por intervenção do Legislativo.

Outro foco de pressão veio do PT, partido da presidente, pelo "custo social" da medida.

Entre os argumentos da sigla está o fato de os beneficiários não terem sido avisados com "antecedência razoável" de que não receberiam o dinheiro agora. Na avaliação de petistas, "milhares de pessoas" já haviam contraído dívidas contando com o dinheiro.

No fim de semana, monitoramento feito pelo Executivo nas redes sociais mostrou uma forte reação contra a presidente da República diante dos rumores de que o adiantamento não ocorreria.
VENANCIO MEDEIROS MARTINS
19/08/2015 09:48
Oi, Herculano. Estou sentindo falta de uma imprensa real, pois os corruptores deste Brasil ainda estão agindo sem escrupulos, veja que até os lideres do PSDB não querem caçar a presidenta, qual sera o motivo? estão enolvidos ou não querem perder os valiosos votos do PT.
Herculano
19/08/2015 04:50
REFORMA MINISTERIAL COMEÇARÁ POR MERCANDANTE, por Cláudio Humberto na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

A ideia é do presidente Lula, cujo talento político é reconhecido até pelos inimigos: a reforma ministerial no governo Dilma deve começar pelo ministro mais forte e mais problemático: Aloizio Mercadante (Casa Civil), acusado de sabotar a articulação política do vice Michel Temer. Sua saída significaria abrir as portas ao entendimento com o Congresso. Também é dele a sugestão mais ousada: nomear o senador Romero Jucá (PMDB-RR) para chefiar a Casa Civil de Dilma.

O "resolvedor-geral"

Romero Jucá foi líder de vários governos, de FHC a Dilma, porque é um aliado leal e capaz de digerir os pratos mais indigestos da política.

Pedindo bênção

Alvo de grosserias de Dilma, Romero apoiou Aécio Neves, em 2014. Mas, dias atrás, Dilma fez questão de prestigiá-lo em seu Estado.

Com ele, não dá

Lula advertiu a Dilma que, com Mercadante, ela não tem chance de garantir os 200 deputados necessários para barrar o impeachment.

Solução consensual

A solução de substituir Mercadante por Romero Jucá saiu durante uma conversa de Lula com Renan Calheiros, na semana passada.

Secretário quer denunciar Solidariedade à Justiça

Disposto a contar à Justiça o que viu de muito errado no partido, o secretário-geral do Solidariedade, ex-deputado João Caldas (AL), foi intimado pelo seu presidente, Paulinho da Força (SP), a apresentar provas nesta quarta (19) à comissão executiva, ou será punido. Caldas, que não recebeu a notificação, avisa: "Meu encontro com essa gente será na Justiça". Ele sublinha cada letra, quando fala "essa gente".

Essa gente (1)

O partido Solidariedade é presidido pelo deputado Paulinho da Força (SP), investigado por desvio de dinheiro do BNDES e outros rolos.

Essa gente (2)

Tesoureiro da Solidariedade, Luciano Araújo foi citado na Lava Jato por ser o portador de dinheiro do esquema para o sobrinho, Tiago Cedraz.

Essa gente (3)


Filho de Aroldo Cedraz, presidente do TCU, Tiago foi referido várias vezes na Lava Jato e até alvo de mandado de busca e apreensão.

Isso não vai dar certo

Será quinta a sabatina no Senado de Antônio Simões, cuja adoração pela baixaria bolivarianista rendeu-lhe o apelido "Simões Bolívar". Foi indicado à embaixada em Madri. E correrá o risco de ouvir alguns "Por que no te calas?", desta vez na voz do rei Felipe VI.

Reforço de peso

O deputado Nilson Leitão (MT) comemora o ingresso do governador Pedro Taques no PSDB: "Foram dias de intensas conversas". Segundo ele, Taques fortalece a oposição na disputa pela prefeitura de Cuiabá.

Voz da resistência

O deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP) defende o presidente da Câmara, Eduardo Cunha. "A Câmara representa a voz de mudança da sociedade", avisou. E o Senado só negocia com o governo.

Roendo as unhas

A principal "pauta das ruas" para a presidente Dilma agora é o #ForaCunha, protesto marcado para o dia 20. O governo espera "definir" o futuro do presidente da Câmara esta semana.

"Leniência"

Na CPI do BNDES, a ordem é não avançar sobre as empreiteiras enroladas na Operação Lava Jato e beneficiadas por bilhões públicos. Mas o presidente, senador Ricardo Ferraço, não vai deixar barato.

Surpresa nordestina

Reunida com ministros, a presidente Dilma contava da sua insatisfação com o tamanho das manifestações no Nordeste. Ela acredita que atos contra seu governo na região mais pobre do país é "um desastre".

Frisson no Exército

O Alto Comando do Exército vai tratar dos recentes cortes no orçamento da Força Armada, cujo valor ainda é segredo. Devem ser profundos e afetar até projetos estratégicos do Exército. E mimos de alguns milicos.

História repetida

Líderes da base aliada não estão confiantes que os encontros com Dilma vão resolver a crise. Dizem que a presidente já ensaiou tais encontros antes, também em momento de crise, mas sempre em vão.

Pensando bem...

... a Marcha das Margaridas conquistou um milhão... de reais. E pior: tudo dinheiro dos contribuintes.
Herculano
18/08/2015 22:06
CO APOIO DO GOVERNO, CÂMARA APROVA MUANÇA NA CORREÇÃO DO FGTS

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Eduardo Cucolo e Débora Álvares, da sucursal de Brasília. Com apoio de última hora do governo, a Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (18) a mudança na correção do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), que subirá ano a ano até se igualar à da caderneta de poupança em 2019. A votação foi simbólica.

O texto segue agora para o Senado.

O governo era contra alterar as regras, mas decidiu fechar acordo para evitar uma nova derrota. Conseguiu garantir recursos para o Minha Casa, Minha Vida e a regra de aumento gradual do percentual de remuneração.

O líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), recomendou aos deputados da base da presidente Dilma Rousseff que votassem a favor do texto apresentado pelo deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), relator do projeto.

Disse, no entanto, que o governo irá analisar "com cuidado" se irá sancionar a proposta, caso ela seja aprovada também pelo Senado, pois ainda não calculou seu impacto sobre as contas do FGTS.

NOVAS REGRAS

A proposta apresentada pelo relator da matéria, com apoio do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), aumenta o rendimento de forma escalonada.

A correção atual é de 3% + TR ao ano. O rendimento anual, além da TR, sobe para 4% em 2016, 4,75% em 2017 e 5,5% em 2018.

A partir de 2019, será aplicada a regra da poupança: 6,17% ou 70% da taxa básica de juros (Selic), quando esta for igual ou menor a 8,5%, mais TR ao ano.

Os novos percentuais, no entanto, só se aplicam aos depósitos feitos a partir de 2016, que serão colocados em uma conta separada. O estoque acumulado até dezembro de 2015 continua com a correção atual.

Entre 2016 e 2018, os recursos para pagar a correção adicional sairão do lucro do FGTS, que foi de R$ 17 bilhões, em média, entre 2005 e 2014. Se o valor não for suficiente, será utilizada parte do patrimônio acumulado nos últimos anos, que deve chegar a R$ 90 bilhões no fim de 2015.

Quando o trabalhador for sacar parte do dinheiro, o débito será feito, em primeiro lugar, do saldo posterior a 2016. Depois, dos saldos acumulados até 2015. Essa é uma forma de reduzir o custo da medida.

HABITAÇÃO

Ficou definido ainda o uso fixo de 60% do lucro anual do FGTS para dar descontos aos mutuários das faixas 2 e 3 do programa Minha Casa Minha Vida. Entre 2009 a 2014, esses subsídios foram, em média, de R$ 6,8 bilhões a cada ano.

Segundo o relator, caso fosse concedida a remuneração adicional de 3,17% sobre o saldo de 2014, haveria uma despesa de R$ 10,5 bilhões, valor inferior ao lucro do FGTS descontados os repasses para o Minha Casa Minha Vida, que foi de R$ 12,9 bilhões.

"Não procedem afirmações de que a concessão da remuneração da poupança às contas dos trabalhadores acarretará a necessidade de aumento dos custos dos financiamentos concedidos pelo FGTS ou reduções no atual patamar de direcionamento de recursos ao Minha Casa, Minha Vida ou no patrimônio do Fundo", afirmou Maia.
Herculano
18/08/2015 22:02
da série: protesto no Brasil só em valor se for feito pelo PT

O POVÃO NÃO FOI ÀS RUAS, por Ribamar Fonseca. Só os tolos - e os imbecilizados pelo noticiário manipulado e por discursos demagógicos - acreditam que as manifestações de domingo representaram o sentimento do povo brasileiro. Somente eles não enxergam (há um velho dito segundo o qual o pior cego é aquele que não quer ver) que as manifestações foram organizadas por grupos ligados ao PSDB e orquestradas pelas lideranças do partido, os verdadeiros interessados no afastamento da presidenta Dilma Rousseff. Nem precisam queimar os poucos neurônios para verificar que alguém - ou um partido - pagou as enormes despesas das manifestações com a confecção de camisetas, faixas, cartazes, bandeiras e até um boneco que custou R$ 12 mil, além de trios elétricos.

Não foi um movimento nascido no seio do povo, mas nos porões do ninho tucano. Por isso, o número de manifestantes foi decepcionante, não correspondendo à expectativa dos seus idealizadores e organizadores. Mesmo admitindo-se que um milhão de pessoas tenham saído às ruas, o que foi contestado pela PM e o DataFolha, esse número não representa o pensamento de uma população de 200 milhões de habitantes e, também, não pode sobrepor-se à vontade dos 54 milhões que elegeram Dilma. O ex-presidente FHC sabe disso mas teve o cinismo de afirmar que "o mais significativo das demonstrações é a persistência do sentimento popular de que o governo, embora legal, é ilegítimo". Só mesmo um homem descomprometido com a democracia e que zomba da inteligência do povo brasileiro pode considerar ilegítimo um governo eleito com 54 milhões de votos.

Depois de dizer que a Presidenta deveria ter um "gesto de grandeza" e renunciar, FHC, que antes pregava o impeachment, profetiza que caso não faça isso ela terá dias piores pela frente, "até que algum líder com forca moral diga, como o fez Ulysses Guimarães, com a Constituição na mão, ao Collor: você pensa que é presidente, mas já não é mais". Ainda bem que ele reconhece não ser esse líder com força moral para dizer o mesmo a Dilma. Até porque quem fez aprovar, por meios condenáveis, uma emenda constitucional que beneficiou a si próprio com mais quatro anos de mandato não tem autoridade moral para falar de "gesto de grandeza" e muito menos considerar ilegítimo um mandato outorgado por mais de 54 milhões de votos. Quem deixou o país em frangalhos, com inflação e juros superiores aos atuais, uma dívida externa na estratosfera, abafou escândalos e CPIs e vendeu o patrimônio nacional não pode pedir que os outros renunciem.

O fato é que o povão, mesmo, não saiu às ruas, mas apenas os que se deixam conduzir pelas convocações nas redes sociais ? e os que tem interesses pessoais ? movendo-se como zumbis e repetindo palavras de ordem já exaustivamente repetidas pelas lideranças tucanas. Dava pena ver pessoas de cabelos brancos sob o sol escaldante repetindo chavões ou batendo panelas e pedindo o fim da corrupção, como se a corrupção pudesse ser extinta por decreto. Esquecem que em toda a história do Brasil o governo Dilma é o que mais combate a corrupção, atitude reconhecida, inclusive, pela imprensa estrangeira. Lamentavelmente, muita gente obedece cegamente às ordens emanadas através da internet, mesmo sem saber de onde elas partem, e se transforma ingenuamente em massa de manobra para os interessados no poder. Se um dia alguém postar nas redes sociais que quem for contra o governo Dilma deve pintar o cabelo de azul no dia seguinte veremos um monte de cabeças azuis desfilando pelas ruas.

É surpreendente o cinismo de políticos que participam da idealização e organização desses movimentos, fazem convocações, sabem que eles são fabricados e depois vem a público falar em revolta popular, em manifestação do povo. Eles sabem, também, que a crise é artificial, criada por eles mesmos com a valiosa ajuda da mídia, mas a atribuem ao governo. O senador José Serra chegou a afirmar que "o país quer a renúncia de Dilma". O país é ele, FHC, Aécio e companhia. Aécio vai à rua, faz o seu costumeiro discurso incendiário e em menos de meia hora desaparece para curtir o seu domingo. Até o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, agita as penas tucanas e desce das suas tamancas para criticar a Presidenta. Ele perdeu o pudor ético e institucional que deveria marcar o comportamento de todo magistrado, sobretudo da mais alta corte de Justiça do país, onde preferências político-partidárias não devem influenciar posições ou decisões.

Gilmar incentiva o Ministério Público a enquadrar o presidente da CUT por ter falado em armas para defender o mandato da presidenta Dilma - palavras, apenas - e, no entanto, silencia diante dos atentados concretos ao Instituto Lula e ao diretório do PT. A hipocrisia não tem limites. O ódio absurdo e sem sentido, disseminado e alimentado pela mídia e líderes oposicionistas, criou hoje um clima parecido ao registrado pela história no tempo da Inquisição, quando os cristãos que não rezavam pela cartilha da Igreja eram considerados hereges, presos, julgados sumariamente e assados em fogueiras. Hoje os hereges são os petistas que, felizmente, são presos, mas não correm o risco de serem assados. Os que destilam ódio ainda não atentaram para o mal que fazem ao país e ao seu povo. Não atentaram, também, para a responsabilidade dos seus atos, que assumiram perante Deus, a quem, em última análise, terão de prestar contas porque, como disse Jesus, "a cada um será dado segundo as suas obras".
Herculano
18/08/2015 20:05
GOVERNADOR DE MATO GROSSO TROCA PDT PELO PSDB

O governador de Mato Grosso, José Pedro Gonçaves Taques, anunciou que vai se filiar ao PSDB no próximo dia 29 de agosto em Cuiabá. Dada como certa pelos tucanos desde a semana passada, a filiação faz parte da estratégia do partido para se cacifar a legenda com nomes nacionais.

O cuiabano Taques foi senador (antes foi do Ministério Público Federal onde foi procurador da República) pelo Mato Grosso chegou a disputar em 2013 a presidência do Senado contra o alagoano Renan Calheiros (PMDB), que acabou eleito. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foi um dos principais articuladores nas negociações para a entrada do governador, que deixou o PDT na última semana.
Herculano
18/08/2015 19:59
UM MITO QUE SE ESVAI, editorial do jornal O Estado de S. Paulo

A evidência do processo de desconstrução de um mito foi uma marca importante deixada pelos protestos de rua do dia 16: Lula nunca mais! O repúdio a Dilma e ao PT eram as outras palavras de ordem dominantes no evento, óbvias por mirarem as personagens que se destacam na cena política: a protagonista e seu coro. Mas, por detrás de Dilma e do PT, emergiu fortemente na percepção dos cidadãos a figura do arquiteto da grande mistificação populista que encantou a maioria dos brasileiros enquanto pôde se manter sobre seus pés de barro.

O sucesso popular de Luiz Inácio Lula da Silva foi o resultado da conjugação de virtudes pessoais, como a excepcional habilidade para aliar meios a fins - a essência da política -, com circunstâncias históricas, como a globalização da economia e das comunicações que fizeram amadurecer, na virada do século, momento propício a um forte influxo humanista na economia de mercado que vinha de impor sua hegemonia no planeta.

No auge de seu prestígio popular, quando comemorava, em 2010, com a eleição de Dilma, sua terceira vitória consecutiva em eleições presidenciais, Lula claramente se sentia detentor de um poder quase absoluto. Acabara de dar um passo decisivo para o projeto de perpetuar a hegemonia política de seu PT.

Esqueceu-se da célebre advertência de Lord Acton: o poder corrompe e o poder absoluto corrompe absolutamente. E não permitiu que restassem dúvidas quanto a quem era o verdadeiro dono desse poder quando, ainda antes da metade do primeiro mandato de Dilma, a convenceu a praticamente renegar a "faxina ética" que realizara em seu Ministério ainda em 2011.

É bem verdade que com o tempo, e principalmente a partir da posse no segundo mandato, Dilma afastou-se gradativamente da influência política direta de Lula. Mas faltou-lhe competência política para salvar a si, ao PT e ao Brasil do desastre político, econômico, social e moral cujas raízes estavam solidamente plantadas desde os primeiros meses do primeiro governo de seu criador e frustrado preceptor.

A avassaladora evolução das investigações da Operação Lava Jato começa a revelar os primeiros indícios de que Lula pode estar envolvido em episódios que já levaram à prisão donos das grandes empreiteiras de obras com os quais desenvolveu estreito relacionamento pessoal, tanto como presidente da República quanto, depois, como consultor, conferencista e lobista internacional.

Mas não é a Lava Jato - ou apenas ela - que aproxima Lula de Lord Acton. Por apego ao poder, o chefão do PT corrompeu, principalmente, um projeto político em que, durante muito tempo, uma maioria de brasileiros de boa-fé, completamente iludida, acreditou firmemente: a redução das desigualdades com o pleno acesso da população marginalizada da vida econômica aos bens sociais essenciais, como educação, saúde, saneamento, transporte, segurança.

O fastígio econômico dos seis primeiros anos de governo de Lula, apoiado nos princípios sólidos de estabilidade econômica herdados de governos anteriores e numa conjuntura internacional extremamente favorável, permitiu avanços sociais importantes no desfrute de uma política social focada no crédito fácil e na gastança voltada para bens de consumo. A ambição de transformar esses avanços em vantagens eleitorais a curto prazo e não em efetivas conquistas no prazo longo, aliada à miopia de viés ideológico, levou à implantação de uma "nova matriz econômica" intervencionista, estatista. Enfim, a corrupção de uma política que se anunciava voltada para os benefícios sociais resultou nas mazelas que hoje todo o País sofre.

Lula, portanto, corrompeu com sua ambição de poder um projeto político que fez as pessoas acreditarem ser socialmente desejável e exequível. E acabou por inviabilizá-lo - aí com a forte ajuda de Dilma - ao vinculá-lo à "ideologia do bem" segundo a qual não existe verdade fora do Estado. Razões suficientes para que o País queira vê-lo pelas costas.
Herculano
18/08/2015 19:46
QUEM ESTÁ ENROLANDO NO PLC 04 QUE DÁ PODERES AO PREFEITO E GASPAR DE MUDAR SERVIDORES EFETIVO PARA O LUGAR QUE ELE BEM ENTENDER E DIFERENTE DAQUELE PARA O QUAL ELE FOI CONTRATADO POR CONCURSO

Este assunto tinha sido adiado. Hoje ele voltou à pauta. Antes da sessão os vereadores Jaime Kirchner e Marli Iracema Sontag, ambos do PMDB, foram "ouvir" o secretário de Obras, Lovídio Carlos Bertoldi, ex-presidente do Samae, ex-presidente do PT daqui, no convencimento aos seus servidores de que este projeto é uma beleza e que devia ser aprovado hoje.

O PT não possui
votos para se juntar aos seus quatro. Mas, insiste.

As 900 assinaturas os servidores pedindo a rejeição, a presença da diretoria do Sindicato (Sintraspug) na sessão fez o vereador Jaime pedir o adiamento da discussão e votação deste assunto outra vez (a primeira tinha sido apresentada por Ciro André Quintino, PMDB, antes das férias de julho dos vereadores). E foi aprovado, com os votos contrários da bancada petista feita do inconformado José Amarildo Rampelotti, Antônio Carlos Dalsochio, Daniel dos Reis e Hamilton Graff.

Afinal quem está enrolando os servidores? Por que não se vota isto definitivamente? Afinal quem quer agradar o PT e o prefeito Pedro Celso Zuchi, mas não quer desagradar os servidores e o sindicato que são contra? Acorda, Gaspar!

Um áudio que circula nas redes sociais, mostra como Lovídio tentou persuadir hoje seus servidores. Cheira a constrangimento. O Sintraspug tem conhecimento dele, então...


Angelo Anacleto
18/08/2015 19:16
Ao Denis Esteves

Cara voce vive noutro mundo, muitos que foramcao protesto nem conhecem sua pessoa.

Você é um oportunista, até nisso brutus queres levar vantagem. Te candidates a vereancia, pra mostrares quantos seguidores tens. Aposto que no máximo duas duzias.
Herculano
18/08/2015 16:01
BUSCANDO UM DISCURSO. PP E PSD CADA VEZ MAIS DISTANTES

Acertada a ascensão do deputado federal Esperidião Amin Helou Filho ao comando do PP catarinense, com eleição a ser sacramentada no dia 22 de agosto, fica mais distante o sonho de Raimundo Colombo, PSD, de integrar, de fato (com uma secretaria de ponta, por exemplo) os velhos aliados ao seu segundo governo, observa Cláudio Prisco Paraiso.

O governador projetava contar com os progressistas já no primeiro mandato. Para quem não lembra, houve forte articulação para que o então deputado Joares Ponticelli assumisse a Secretaria de Educação, costura que foi barrada pelo PMDB.

A proximidade com o pleito municipal de 2016 fez com que o governador realimentasse o desejo. Até como forma de aproximar ainda mais PSD e PP nos municípios. Mas só um milagre para que um progressista seja guindado a uma pasta de ponta diante do novo contexto.

DISTÂNCIA ESTRATÉGICA

Com o olhar em 2018, Esperidião Amin tem um histórico a seu favor que não poderá ser desprezado. Ele foi a única grande liderança do partido e da política de Santa Catarina a ter se mantido distante de Raimundo Colombo, Eduardo Moreira, do falecido Luiz Henrique, etc. Postura mantida desde 2003! No âmbito nacional, o partido do ex-governador se lambuzou no governo e em escândalos, mas ele também ficou equidistante do PT, de Dilma Rousseff e dos correligionários sedentos por cargos estratégicos. Ou seja, tem lastro para fomentar um discurso de oposição quando chegar a hora.
Herculano
18/08/2015 15:44
OS SERVIDORES E O SINTRASPUG QUE SE CUIDEM

Hoje no início da tarde o secretário de Obras, ex-presidente do Samae e ex-coordenador da campanha do prefeito Pedro Celso Zuchi, Lovídio Carlos Bertoldi, PT, se reuniu com servidores da sua secretaria para pressioná-los a aceitar e entender o tal PLC 04, que dá direto unilateral a prefeito (qualquer um, diga-se) para remanejar os servidores concursados para onde ele quiser.

Quem estava presente e o Lovidio insinuou que votariam a favor do PT e de Zuchi? Jaime Kirchner e Marli Iracema Sontag, ambos do PMDB. A sessão da Câmara que discute este assunto está em desenvolvimento. Muitos estão curiosos com o desfecho.
Herculano
18/08/2015 15:07
UM PARTIDO DE CORAGEM, MANIPULAÇÃO E MUITA CARA DE PAU. PT PEDE NA TV QUE POPULAÇÃO VÁ À RUA NESTA QUINTA-FEIRA PARA "DEFENDER A DEMOCRACIA". NA VERDADE, SOB ESTE FALSO MOTE, QUER QUE A ROUBALHEIRA, A CORRUPÇÃO, O DESEMPREGO, A DERROCADA ÉTICA, A INSTABILIDADE ECONÔMICA CONTINUEM COM O PT E OS PARTIDOS QUE O SUSTENTAM NO PODER USUFRUINDO DESTE QUADRO NEGRO

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Andreia Sadi, da sucursal de Brasília. Dois dias após os protestos contra o governo, o PT pedirá na TV nesta terça-feira (18) que a população saia às ruas nesta quinta-feira (20) para "defender a democracia". A legenda dirá também que "qualquer governo e qualquer partido" cometem erros e acertos.

O conteúdo será exibido em inserções que irão ao ar na TV nesta noite. Cada comercial tem 30 segundos e será repetido uma vez. O PT tem direito a dois minutos para exibir seu material nesta terça.

Em uma das peças, o PT diz que "chegou a hora de ir às ruas para defender os direitos trabalhistas, as conquistas sociais dos últimos anos e, acima de tudo, para defender a nossa democracia''.

"Por isso, se junte à mobilização nacional que nesta quinta-feira, dia 20, vai unir movimentos sociais, partidos políticos, centrais sindicais e todos aqueles que acreditam que o Brasil é maior que qualquer crise".

Em outro comercial, o PT faz uma espécie de mea culpa, ainda que modesto, e afirma que "qualquer governo e qualquer partido" vivem bons e maus momentos e cometem "erros e acertos". " É bom recordar os erros para que não aconteçam mais, mas também é bom lembrar que, juntos, criamos um novo Brasil".

A propaganda cita o fim da miséria e o aumento da renda como conquistas dos governos petistas. "Um país que chegou onde chegamos tem tudo para superar qualquer crise na economia".

O programa do PT do segundo semestre foi ao ar no último dia 6.

MOVIMENTOS SOCIAIS

Apesar da convocatória do PT, Guilherme Boulos, líder do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) disse nesta segunda-feira (17) que o ato de quinta não será 'Viva a Dilma' e que um de seus objetivos é criticar o ajuste fiscal promovido pelo governo e a Agenda Brasil proposta pelo PMDB do Senado
Herculano
18/08/2015 15:01
QUANDO A CRISE VEM, QUEM VAI EMBORA SÃO OS DISCURSOS DE INCLUSÃO E EDUCAÇÃO. GOVERNO DO ESTADO DO PSD CORTA DOIS EVENTOS ESPORTIVOS PARA A JUVENTUDE E DEIXA INTACTAS OS CABIDES DE EMPREGOS PARA POLÍTICOS SEM VOTOS, COMO AS SDRs

Está no Diário Catarinense. A notícia do cancelamento dos Jogos da Juventude Catarinense (Olesc) e dos Jogos Escolares Paradesportivos de Santa Catarina (Parajesc) pegou de surpresa a comunidade esportiva na semana passada. Desde a última quarta-feira, quando atletas, municípios e federações foram informados do fato por um comunicado no site da Federação Catarinense de Esporte (Fesporte), uma onda de manifestações contrárias à decisão invadiu as redes sociais.
CELINA BEATRIZ REIS DE ABREU SCHMITT
18/08/2015 13:56
Caro Herculano,
Desculpe gostaria de fazer um comentário curto, mas em virtude de todos os pontos a serem falados não conseguirei.
Sim, o assunto são os protestos em Gaspar!
Na verdade, em parte concordo com o que foi dito sobre todos eles, mas como uma das organizadoras, acredito serem necessárias algumas considerações ou reflexões.
Realmente pensando no número de pessoas em 15 de março, ele foi vitorioso, mas não podemos esquecer de algumas coisas: aquele era o primeiro movimento, foi iniciado por políticos sim, eles também são cidadãos, se vão querem se mostrar, se não vão é porque nem ligam pro povo, e eles foram incansáveis e realmente ajudaram muito pois a parte jurídica nós não conhecíamos, mas todos os movimentos nacionais aceitam que eles apoiem mas não permite que eles se manifestem ao microfone.
Nós brasileiros somos muito imediatistas e estamos descrentes de tudo pois até então, tudo tem terminado em pizza, mas precisamos entender que não é assim que funciona, o resultado não aparece no dia seguinte, o que desanima muita gente; e sim o PT intimida, ameaça e retalia funcionários que participam do movimento, por isso a grande maioria que gostaria de estar aqui vai pra Blumenau se esconder.
O do dia 12 de abril, assumo a culpa pela falha, em virtude do trabalho, acabei atrasando os preparativos e preferimos ir pra Blumenau, do que fazer um movimento sem qualidade em Gaspar. Ele não foi um fracasso como pensam... Fomos muito bem recebidos por lá anunciados pelo líder ao microfone e o grupo foi até bem expressivo, inclusive ostentando a bandeira de Gaspar.
Bem vamos a terceira, dia 16 passado, como você bem o disse, foi considerado um fracasso pelo partido do governo, que estava morrendo de medo que as ruas fossem tomadas por milhares de pessoas. Para nós não! O grupo estava coeso, famílias inteiras com camisas confeccionadas por eles próprios, jovens se manifestando ao microfone, idosos e crianças. Fomos muito bem aceitos pelo trânsito parado, que buzinavam quando pedíamos e passavam com bandeiras do Brasil. Em casas e prédios também a mesma manifestação de carinho.
Éramos poucos, sim mas só quem estava lá pra saber da emoção e da vibração que nos unia. A organização cumpriu todo o combinado com o Ditran e com o Capitão da PM! Como dizem tudo correu redondinho...
Sobre o MBL- Blumenau, não é verdade que não tenham nos ajudado, como éramos poucos recebemos muitas dicas e conselhos para a manifestação, sem eles não teríamos conseguido. Também não é verdade que tenhamos isolado nenhum deles, apenas por não termos mão de obra suficiente para cumprir todas as normas do movimento, preferimos ficar como Gaspar Livre .
O Vem pra rua foi contactado por mim, para que o nosso povo tivesse orgulho de ver a cidade entre as confirmadas.
Acrescento que a luta continua, o povo continuará unido e lutando pra não virar Cuba ou Venezuela que é o sonho deste governo. Pena que alguns acreditam que o comunismo enriquece todo mundo, mentira ! Ele empobrece a todos menos os mandantes. Vejam o exemplo da Venezuela onde levam 10 horas numa fila pra comprar um litro de leite, onde compram medicações em lojas veterinárias pois na comum não tem mais nada.
Nós somos golpistas e os "companheiros" podem tudo até parar cidades em hora que deveriam estar trabalhando para ganhar o dinheiro que nós pagamos com a carga de impostos, além da maioria ser cargo comissionado por terem medo de perderem seus empregos.
Nos acusaram de querer fazer "muvuca" na cidade num domingo a tarde ! E eles vão fazer o que durante a semana ? Eles são os heróis da pátria?
O presidente da CUT a exemplo do Stédile cometeu um crime em rede nacional na frente de nossa presidentE, ameaçando vir às ruas com armas e ela nem se mexe? Ela jurou nos defender quando recebeu a faixa e aí? Fica por isso mesmo? Essa é a tática deles ameaçar e semear o ódio entre o povo. Somos todos iguais, filhos do mesmo Pai, porque aceitarmos essa luta de classes, sexos, cores, região, religião?
Prometo que agora encerro. Continuo dizendo em alto e bom som: Somos todos Sérgio Moro! Eu não quero pagar a conta do PT! Se alguém quiser é com ele!
Herculano
18/08/2015 12:34
A CONFISSÃO DA MÁ GESTÃO E QUEM PAGA? OS BRASILEIRO. PETROBRÁS PODE PAGAR MULTA DE US$,16 BILHÃO PARA ENCERRAR INVESTIGAÇÕES NOS ESTADOS UNIDOS

Conteúdo da Agência Reuters. Petrobras pode ter que pagar multa recorde de ao menos US$ 1,6 bilhão para encerrar investigações criminais e civis nos Estados Unidos sobre seu papel em um escândalo de corrupção, disse à Reuters uma fonte próxima a advogados da companhia.

A Petrobras espera ter de pagar multa recorde aplicada por autoridades norte-americanas em uma investigação de corrupção, de acordo com a fonte, que tem conhecimento direto do assunto. O processo pode levar de dois a três anos, disse.

Até o momento, o maior acordo em casos de acusações de corrupção no Departamento de Justiça dos EUA e na Securities and Exchange Comission, órgão regulador de mercados de capitais do país, ocorreu em 2008, com a gigante industrial alemã Siemens. A empresa fechou acordo para pagar US$ 800 milhões aos EUA para encerrar acusações relacionadas a seu papel em um esquema de subornos, e pagou em torno da mesma quantia às autoridades alemãs.

Duas outras fontes com conhecimento direto dos planos da Petrobras disseram também que qualquer acordo, que ainda demoraria anos, provavelmente seria "grande", mas não quiseram dar uma estimativa específica.

Todas as três fontes pediram anonimato, e alertaram que quaisquer estimativas sobre o total das possíveis multas são muito preliminares. A Petrobras ainda não deu início a conversas por um acordo com as autoridades norte-americanas, cujas investigações ainda devem estar em fase inicial, disseram as fontes.

Em novembro, a SEC enviou uma intimação à Petrobras solicitando informações sobre as investigações cada vez mais amplas sobre corrupção na Lava Jato, que têm envolvido executivos de alto escalão, grandes empreiteiras e políticos no Brasil. Segundo pessoas familiarizadas com o assunto, o Departamento de Justiça, que pode fazer acusações criminais, também está investigando a empresa.
Sidnei Luis Reinert
18/08/2015 12:20
Dilma recebe ultimato: renuncia ou será saída!


Edição do Alerta Total ? www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

As ruas deram o recado: Mudança, já! O desgoverno fingiu que não é com ele. Lula ficou pt da vida porque o boneco presidiário 13-171 virou meme e ganhou fama mundial, acabando com a dele. Os radicalóides agendam, para o dia 20, atos em defesa do indefensável. Dilma recebe ultimatos. FHC mandou ela renunciar. Tucanos já se articulam com Michel Temer para o impeachment que, se acontecer, nada vai mudar em termos estruturais. Pior, deixará a coisa do mesmo jeito, ou pior ainda.

O cenário brasileiro nunca esteve tão instável, política, econômica e moralmente. O impasse institucional caminha, velozmente, para uma ruptura. O desgoverno, seus aliados e a "oposição" de mentirinha já constataram que o pirão desandou, e tenta uma negociação na base do velho conchavo de bastidor. A banda revolucionária de esquerda teve a mesma percepção, mas prefere a solução na base da radicalização do discurso e da porrada explícita, para tentar implantar, de vez, o bolivarianismo do Foro de São Paulo. Não vai dar certo. O povo já avisou que repudia...

Dilma começa a enxergar uma saída doida. Enquanto é tempo, seria bom romper com o PT (que nunca foi o partido dela, uma brizolista histórica) e manda a base aliada para o inferno. O problema é que não tem coragem nem competência para tanto. O previsível é que Dilma não deve cair sem reagir. Não combina com a personalidade dela. A não ser que surja (ou seja providencialmente inventado) algum problema de saúde. Neste caso, o Sírio e Libanês faria o serviço, direitinho, para o Michel Temer Lulia (que é da banda dos "brimos").

A solução temer, no entanto, é temerária. Não é consenso nem na base aliada. Também encontraria a mesma resistência popular. Curiosamente, apesar dessa rejeição, a ideia do vice assumir vem sendo encarada, seriamente, pelos banqueiros que lideram o segmento empresarial que joga sempre a favor do regime da Nova República. Também divididos, os tucanos oportunistas também acham que trocar Dilma por Temer seria uma boa para eles. José Serra já sonha até com o Ministério da Fazenda - lugar que o Levy adoraria largar para retornar, quando a quarentena permitir, ao seu lugar guardadinho na divina Cidade de Deus (do Dinheiro, claro, onde fica a sede do Bradesco).

Dilma está mais que insustentável. Só um milagre (que ninguém sabe qual) segura seu mandato. Lula vive sua pior crise existencial. A condenação da banda de Cerveró, na Lava Jato, foi interpretada como um recado final para ele. A operação policial-judicial vai se aproximar de seus aliados. Antonio Pallocci está de prontidão. José Dirceu continua pt da vida, amargando a cadeia. Enquanto isso, todos ficam reféns políticos de Renan Calheiros e Eduardo Cunha - que teatralizam, muito bem, uma suposta divergência que não existe entre eles.

A economia segue instável e com sinais de piora de crise no curto e médio prazos. Governos são derrubados sempre que o bolso e a subsistência do povo são afetados. Este é o grande medo da petelândia - que aposta na radicalização de quinta-feira que vem como um começo de reação a favor da Dilma. No quadro conjuntural presente, é quase certo que o feitiço vire contra os feiticeiros, ferindo, mortalmente, a bruxa e o verdadeiro chefão de todos.

O PTitanic afunda ao som de um funk composto pelo companheiro Cramulhão... se Dilma ficar, uma coisa é certa: Lula será o grande rifado... Te cuida, $talinácio...
Anita
18/08/2015 11:58
Herculano, você sempre fala em imparcialidade mas você sempre e parcial. Toda coluna fala da vereadora. Mas ela esta cada vez mais isolada devido ao seu partido ter costume de nao cumprir acordo. E também de nao ceder.
Almir ILHOTA
18/08/2015 11:15
Em se tratando de exemplo que os superiores devem dar, ainda mais na administração publica, o que dizer de um secretario que usa o maquinário da prefeitura de ILHOTA em seu sítio, e o mesmo alega em sua página numa rede social que isso não tem nada de mais, do jeito que a coisa vai se houvesse um prefeito enérgico, ate o fim dessa gestão não sobraria ninguém nessa prefeitura, nem mesmo nosso alcaide.
Almir ILHOTA
18/08/2015 11:11
HERCULANO.

vejam só, servidor da prefeitura municipal de ILHOTA foi flagrado e fotografado roubando sacos e sacos de brita da creche vovô juca, no centro da cidade, alguns saíram em defesa do mesmo por ter sido motorista da educação no entanto é claro e visível a placa do automóvel e o adesivo de um partido politico daqui. Quando não há exemplo dos superiores é o que acontece, só esperamos as providencias que vão ser tomadas.
Herculano
18/08/2015 10:20
MOVIMENTO BRASIL LIVRE E VEM PRA RUA NÃO TÊM DE APRESENTAR PLANO DE GOVERNO COISA NENHUMA! ISSO É CONVERSA DE ADESISTAS!, por Reinaldo Azevedo, de Veja.

Fogo morro acima, água morro abaixo e jornalistas e professores de universidade quando estão com vontade de se ajoelhar para o governo, meus caros leitores, ninguém segura. Os dois primeiros obedecem às leis da física; os outros, à vontade de servir e a seus preconceitos ideológicos. A onda agora é afirmar que a oposição e os movimentos de rua não têm agenda para substituir a do governo. Ainda que mal pergunte aos companheiros isentos: QUAL É A AGENDA DO GOVERNO? ALGUÉM CONSEGUE ME DIZER?

Mas pretendo ir um pouco adiante. Ou, na verdade, recuar no tempo: qual era a agenda do PT, do PMDB ou do PSDB quando decidiram que era a hora de derrubar Fernando Collor? Havia? Além da percepção de que pior não poderia ficar, nada existia. Aliás, já disse aqui, foi a ausência de agenda de Itamar Franco, foi o fato de ele ser um livro em branco, foi a circunstância de ele não ter a menor ideia do que fazer com a economia, foi esse conjunto que acabou abrindo caminho para o Plano Real, não é mesmo?

Eu sei o que quer o fogo morro acima. Eu sei o que quer a água morro abaixo. Mas o que querem os jornalistas e professores que aderiram? Será que, agora, o Movimento Brasil Livre, o Vem Pra Rua e os partidos de oposição precisam apresentar um plano de governo para pedir o impeachment de Dilma? Ou fazem isso ou, então, deles se dirá que não têm agenda? Ora?

Quer dizer que um presidente da República ter cometido ou não crime de responsabilidade fica na dependência de as forças que a ele se opõem apresentarem um plano de governo? Essa tese, malandramente ou não, é parente daquela do golpe. Ninguém está inventando um pretexto para tirar Dilma do Palácio. Se e quando ela sair, será na forma da lei - e a questão de ter uma alternativa administrativa não se coloca.

Será que o Vem Pra Rua e o MBL terão de dizer como tem de ser o ajuste fiscal, o que deve ser feito com a Previdência, qual é a melhor política monetária, como têm de ser encaminhados os programas sociais, como se vai baixar a inflação, qual é o caminho para recuperar a confiança?? E só então passaremos a debater se vai ou não haver impeachment?

Sem contar que é um cretinismo e uma mentira a afirmação de que faltam elementos para denunciar Dilma por crime de responsabilidade. Essa é a outra falsa verdade que os lobistas ideológicos do PT conseguiram plantar mesmo na imprensa que se quer neutra.

De resto, nunca é demais lembrar, não é mesmo? Não é a oposição que está à frente dos movimentos de rua. Elas apenas apoiaram - não mais do que apoio moral - o ato de convocação de protesto. Não houve suporte material de nenhuma natureza. E é até possível que uma manifestação convocada só por partidos de oposição, numa disputa clara pelo poder - o que é legítimo na democracia -, não conseguissem reunir 600 mil pessoas. Aliás, eu tenho a certeza de que não conseguiria.

Uma das forças da rua é justamente o seu caráter não partidário. E eu diria que é esse o aspecto mais difícil para o PT entender. É isso que deixa o partido inerme. Quem dera, para eles!, pudessem dizer: "Ah, isso é coisa do Aécio, do Alckmin, do Serra, do FHC?". Eles até que tentam. Os chefões petistas que foram lá àquela patuscada no Instituto Lula no domingo ensaiaram esse discurso. Não cola. Porque os que vão para a rua sabem ser mentira.

Kim Kataguiri, do MBL, e Rogério Chequer, do Vem Pra Rua - para citar duas lideranças que aparecem com frequência na imprensa -, não têm a obrigação de apresentar plano de governo. Era só o que faltava, não é mesmo? Já entrevistei a ambos. São articulados e têm ideias muito claras sobre um monte de coisas. Dariam de dez a zero em Dilma em lógicas elementar e complexa. Mas não lhes cabe dizer como o Brasil será governado se Dilma sair.

O que lhes cabe, e estão fazendo, é cobrar que se cumpram a Constituição e as leis. Não foram eleitos por ninguém. Não são candidatos a nada - se e quando vierem a ser, o que é legítimo (e eu acharia desejável), então que se exijam deles saídas para isso e para aquilo. Que eu saiba, eles lideram movimentos que hoje se opõem aos desmandos, à roubalheira, à trapaça política. Não parece bom?

É curioso que ninguém vá cobrar um plano de governo de João Pedro Stedile. Afinal, seu plano de governo é invadir propriedades rurais. É curioso que ninguém vá cobrar um plano de governo de Guilherme Boulos. Seu plano de governo é invadir propriedades urbanas. É curioso que ninguém vá cobrar um plano de governo de Vagner Freitas, presidente da CUT. Seu plano de governo, parece, é entrincheirar-se de arma na mão.

E, convenham, muito mais curioso ainda é que se não se cobre um plano de governo de Dilma Rousseff. Seu plano de governo, já sabemos, é ir ficando na Presidência, sem saber por quê ou para quê.

Querem saber? A verdade é que a turma doida para aderir esperava um retumbante insucesso no domingo. Mas se viu o contrário. E, desta feita, a pauta nada tinha de genérica ou ambígua: era "Fora Dilma, Fora Lula, Fora PT!". E ainda sobrou um "Fora Renan!" e "Se cuida Janot!"
Herculano
18/08/2015 10:07
DILMA SEGURA VERBAS E HUMILHA AS EMBAIXADAS, por Cláudo Humberto na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

"A política externa brasileira está limitada a convencer fornecedores a não cortarem serviços de água, luz, telefone, jornais etc". O desabafo do embaixador, em um dos mais importantes países do hemisfério norte, ilustra a penúria dos postos no exterior, que acumulam vexames e humilhações em países como Estados Unidos, onde não se tolera o calote. É a própria Dilma quem segura as verbas. Agosto se aproxima do final e ainda não foram liberados recursos para despesas de junho.

Aversão sem sentido

Dilma não esconde sua aversão a diplomatas, muito embora deles se sirva frequentemente com arrogância e grosserias, nas visitas oficiais.

Carros na garagem

Carros dos postos diplomáticos do Brasil nos EUA estão trancados nas garagens porque não há dinheiro nem para o obrigatório seguro.

Dia 7 em branco

A situação é tão crítica que não há dinheiro nem para o tradicional coquetel oferecido ao corpo diplomático para celebrar o 7 de Setembro.

Calote lá e cá

Servidores da Presidência e da Vice estão há três meses sem receber do Itamaraty as diárias de viagens de Dilma e Michel Temer ao exterior.

CPI DOS FUNDOS DE PENSÃO SE CONCENTRA NO PT

A Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga irregularidades nos fundos de pensão iniciará os trabalhos, nesta semana, concentrada em denúncias de aposentados e pensionistas do Petros, fundo de pensão da Petrobras. A ideia é aproveitar os escândalos de corrupção no governo e pressionar o PT de Lula, cujos dirigentes mandam no Petros. "Sabemos que há indícios fortes de corrupção", avisou o relator da CPI.

Acordo de cavalheiros

O "foco da CPI dos Fundos trata-se de acordo entre Eduardo Cunha e o DEM, que comanda a comissão sob condição de "arrochar" o PT.

Braço amigo

Os principais cargos do Petros são divididos entre petistas ligados à Central Única dos Trabalhadores (CUT), braço sindical do PT.

Fio do novelo

O Petros é alvo da Lava Jato após acusação de que o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto intermediava negócios no fundo de pensão.

O acordão

Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) profetizou, sobre a "Agenda Brasil", pacote do Senado "para salvar o governo Dilma": "Primeiro o mensalão, depois o petrolão, agora vem aí o terceiro escândalo? o acordão!"

Mudou para o mesmo

Não houve mudanças passados dois meses desde a escolha de Antônio Rubens Silvino para presidir a Transpetro. Todos os diretores são os mesmos. E todos ligados ao ex-presidente enrolado Sérgio Machado.

Solitária

Lula critica o isolamento de Dilma no Palácio da Alvorada. Quando era presidente, disse ele, costumava "até pescar no palácio". Dilma, na visão do ex-presidente, prefere permanecer enfurnada nos quartos.

Muito difícil

Após o balanço das manifestações de domingo, Dilma concluiu que precisa "afastar de vez" o fantasma do impeachment. Ela iniciou ontem conversas para agilizar a reforma ministerial, apaziguar ânimos entre partidos aliados com cargos, e ter bancada "100% fiel" na Câmara.

Azeitou, encaixou

A filiação da senadora Marta Suplicy (ex-PT-SP) ao PMDB de Michel Temer foi "azeitada" pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que diminuiu, e muito, a resistência do partido à ex-prefeita.

Já entrou

Marta espera disputar a prefeitura de São Paulo, mas terá de disputar prévias com o preferido do PMDB, Paulo Skaf, presidente da Fiesp. Ela até já participa de reuniões do partido: foi a um encontro no dia 12.

Barriga cheia

De janeiro a julho, os 513 deputados federais gastaram R$ 1,13 milhão em restaurantes, segundo a Operação Política Supervisionada (OPS). Em relação a 2014, houve aumento de 21,5% dos gastos (R$ 197,2 mil).

Moeda fraca

Não é só para o dólar que o real vem perdendo valor (30,4% desde o início do ano): o euro se valorizou mais de 22% em comparação ao real e a libra, 32,9%. Até o peso argentino bateu o real e cresceu 22,5%.

Pensando bem...
...deve ter sido num terreiro de macumba o despacho de Dilma no domingo (16) no Planalto, enquanto milhares nas ruas pediam seu impeachment.
Herculano
18/08/2015 09:57
TEMER PEDE, MAS RENAN E CUNHA NÃO CONCORDAM EM NEGOCIAR PAUTA COMUM, por Josias de Souza

Apresentada na semana passada como panaceia capaz de impulsionar a economia, a chamada "Agenda Brasil" começa a ganhar a aparência de uma peça ficcional. Articulador político do governo, o vice-presidente Michel Temer procurou os presidentes do Senado e da Câmara. Sugeriu a Renan Calheiros e Eduardo Cunha que se reunissem para articular a aprovação dos projetos nas duas Casas do Legislativo.

Com um entendimento entre ambos seria difícil aprovar os projetos da tal agenda. Sem essa negociação, as propostas estão fadadas a virar recheio de gavetas. Se aprovadas no Senado, empacarão na Câmara. Sintomaticamente, Temer, Renan e Cunha pertencem ao mesmo partido, o PMDB. Divididos, terão dificuldades para seduzir outras legendas. A começar pelo PT, que rejeita parte da agenda.

Temer contactou primeiro Renan, a quem se atribui a iniciativa de reunir, em cima do joelho, os projetos que o governo encampou. O senador resistiu à ideia de se reunir com o colega da Câmara. Procurado em seguida, Cunha também levou o pé atrás. Ex-aliados,Renan e Cunha remarão em sentido oposto nesta terça-feira.

Reconvertido ao governismo, o presidente do Senado tentará presentear Dilma com a aprovação do projeto que eleva a tributação da folha salarial de 56 setores econômicos, última pendência do chamado ajuste fiscal do governo.

Autoproclamado oposicionista, o presidente da Câmara se esforçará para aprovar a proposta que corrige os depósitos no FGTS pelo índice da caderneta de poupança, tachada pelo Planalto de "bomba fiscal". Reunida na noite desta segunda com o líder do governo José Guimarães (PT-CE) e seus vice-líderes, Dilma pediu que dêem um jeito de desativar o artefato.
Herculano
18/08/2015 09:52
O BURACO É MAIS EM CIMA, por Carlos Tonet

Uma verdadeira pressão sobre o governo só funcionará se for nos mesmos moldes da Campanha das Diretas e impeachment do Collor, quando tivemos iniciativas conjuntas de setores organizados da sociedade, como CNBB, OAB, Associação Brasileira de Imprensa e por aí vai.

Passeatas esporádicas a cargo de grupos inexpressivos no Facebook não vão levar a nada.

Conforme a coisa evoluir na Lava-Jato, precisaremos ter manifestações de verdade, coisa de gente grande.

Um fato positiva na cidade é a disposição da Acib, OAB e outras entidades, que já colocam a cara pra bater.

O Amaral esteve novamente na passeata, que, embora menor que a de março, pode ir servindo de treino pra quando a situação for mais séria.

Pra que a coisa funcione, as entidades precisarão deixar de ser coadjuvantes e apoiadoras para serem elas mesmas as promotoras das manifestações, como foi em 1984 e 1992.
VENANCIO MEDEIROS MARTINS
18/08/2015 09:49
Sobre corrupçao somos todos contrários, com PT,PSD,PDT,PMDB,PP,DEM,E OUTROS. Porem temos de organizar mias manifestos não só contra o executivo mas contra deputados que se encontra no congresso repartindo o bolo da corrupção. veja como, os mesmos fazem seus salários do tamanho que desejam seus aumentos salariaisconfome querem e do tamanho que querem, e quanto a nós, só assistimos a ciranda da corrupção. Por tanto vamos fazer nossa parte que é fiscalizar a ação de nossos governantes, já que quem elegemos para tal serviço não o faz.
Herculano
18/08/2015 09:49
DOMINGO EM COPACABANA, por Bernardo Mello Franco para o jornal Folha de S. Paulo

Vi uma multidão de verde e amarelo em Copacabana, com bandeiras do Brasil e cartazes contra o PT. Ouvi palavras de ordem e palavrões contra Dilma e Lula. Não ouvi os nomes de Aécio, Marina, Serra ou Alckmin, que Dilma e Lula derrotaram nas últimas quatro eleições.

Vi faixas contra os senadores Renan Calheiros e Fernando Collor, investigados no petrolão. Não vi nenhuma menção ao deputado Eduardo Cunha, o articulador do impeachment, que é acusado de embolsar US$ 5 milhões no mesmo escândalo.

Vi um desfile de camisas oficiais da seleção. Não vi ninguém citar os cartolas da CBF sob suspeita de corrupção, como Ricardo Teixeira e José Maria Marin, preso na Suíça.

Vi mais de uma centena de manifestantes pedindo a volta dos militares. Vi homens de boina do Exército a bordo de um jipe camuflado. Não vi nada que lembrasse os crimes da ditadura fardada de 1964.

Vi cartazes com a foto do juiz Sergio Moro, que prendeu José Dirceu há duas semanas. Não ouvi o nome de Joaquim Barbosa, que prendeu o petista há menos de dois anos.

Vi faixas contra o comunismo, ouvi que "a nossa bandeira jamais será vermelha". Vi uma celebridade sumida da TV, o ex-casseta Marcelo Madureira, atacando o PT em um trio elétrico. Não vi a atriz Regina Duarte. Depois soube que ela perdeu o medo e escalou uma árvore para tirar "selfies" com a passeata ao fundo.

Vi manifestantes confraternizando com PMs. Também vi uma faixa a favor da PEC 300, que aumenta o salário dos PMs. Não vi atos de vandalismo e ninguém ameaçou "pegar em armas", como fez o presidente da CUT em solenidade no Planalto.

Na volta, vi um deputado de blusa amarela na porta de um bar lotado de gente que chegava da manifestação. Ele andou até uma camionete, parada em local proibido, e buscou a filha com uma mulher negra. A mulher não parecia vir do protesto nem usava camisa da seleção. Vestia um uniforme branco de babá.
Herculano
18/08/2015 09:42
CORRUPÇÃO PROTEGIDA, por Paulo Alceu

Não é nenhuma surpresa o Congresso segurar projetos que visam combater a corrupção. Seria, como expressam alguns analista, um tiro no pé. Não vão aprovar leis que de repente poderão criar complicadores no futuro. Pouco tempo atrás o Senado votou favorável ao projeto que torna a corrupção, tanto passiva como ativa, crime hediondo. Estacionou na Câmara, e lá ficou. Há sete meses que não se fala sobre o assunto. E muitos outros estão esquecidos nas gavetas do Parlamento.

Elogiável a iniciativa do Ministério Público Federal, com a força-tarefa do Lava-Jato, que lançou um projeto de origem popular com dez medidas contra a corrupção. Para se ter uma ideia cerca de R$ 50 bilhões, só para começo de conversa escorrem todos os anos pelo ralo da corrupção. Recursos reclamados pela saúde, segurança, educação e assim por diante.

Os procuradores da República que analisam e acompanham a podridão embalada pelo "pixuleco" defendem leis mais rígidas que punam definitivamente e rigorosamente os produtores do vírus da corrupção. Outra distorção é que a pena mínima para roubo no Brasil é de quatro anos, enquanto que a pena mínima por corrupção não ultrapassa os dois anos. A nossa legislação oferta certas vantagens ser corrupto.

O impeachment contra a presidente Dilma que ocupou as críticas das manifestações está diretamente ligado a corrupção endêmica, que está exigindo uma posição firme do Congresso punindo com penas mais duras esses cancros da sociedade. E importante participar desta campanha assinando o documento popular que poderá se transformar em lei num futuro breve.
Denis Eduardo Estevão
18/08/2015 08:32
Bom dia Aos leitores.

Herculano como já havia dito, foi um sucesso o ato de manifestação de domingo.

Certo que irão supor que houve um influencia dos partidos, tanto do PSD quanto do PMDB, PP e PSDB. Mas se não souber distinguir o joio do trigo conforme um camarada colocou, o movimento não teria exito.

Dizer que foi um fracasso é demais. O grupo se colocou com pouco tempo de divulgação, a própria mídia não dava enfase para os protestos que vinham acontecendo deste abril. Digo mídia em rede nacional, basta fazer uma comparação com o que aconteceu dia 15 de março com dia 16 de agosto, havia influencia da mídia e não dos partidos políticos.

De certa forma sempre me coloquei a disposição como muitos, mas que não gostariam de estar na linha de frente, pois é prato cheio para desinformados de plantão, se não tivesse o engajamento de muitos que estavam a frente até quem não tinha partido, iriamos passar mais uma data de manifestação em branco, o que a mídia local iria promover? R: Povo de Gaspar está acomodado com a situação, muito pelo ao contrario, deu praticamente umas 600 pessoas, conscientes do que estavam fazendo ali, não posso dizer que quem não foi não é consciente pois é também, sabe da importância e da falta que fez no dia.

Os partidos ajudaram, mas o grupo foi mais na garra do que patrocínio politico, quem estava na organização sabe muito bem como funcionou.


De novo vão querer falar que teve pessoas que estavam lá que não tinham moral para estar. Esse discurso já é velho, e, a preocupação com as futuras gerações e a que vivem agora é imensa, o estar e não estar, faz com que a causa seja maior e mais nobre ainda.

Herculano, certamente irão dizer que o movimento foi traçado por oportunistas, digo que não, já organizei outras passeatas em Gaspar, só pegar o histórico de 2011, naquela época eu era oportunista?. Não entendo, existe ainda pessoas que ao invés de sentar numa mesa e ajudar a compor um manifesto por exemplo, ficam se escondendo e não ajudam, simplesmente ficam criticando. Mas ai é que está a diferença, não deixar se abater, tem que continuar.

Foi um sucesso o manifesto de domingo, eram 600 pessoas não pagas que estavam comprometidas com o futuro, que nos assombra se não nos mexermos hoje. Foi legitimo o manifesto. Afirmo categoricamente que não houve influencia dos partidos, houve pessoas filiadas ajudando, ajudando a divulgar, o resto que correu atrás foi as lideres naturais deste processo.

Vão querer falar que eu era comissionado, não me importo, tenho total tranquilidade dos meus atos, sou responsável, essas pessoas que gostam de falar demais, são pessoas que ao invés de ajudar querem ficar sentados esperando pelos outros.

A preocupação da manifestação de domingo foi tão grande que alguns correram para radio, ou tribuna da câmara de vereadores quando possível, para diminuir. Pois bem, isso é sintomas de medo do povo.

Toda causa que for de bem eu estarei, independente de partido politico, pois se não houver participação, vão julgar como omisso, e se participar oportunista, então como não tem meio termo, vou participar, defender o que é por direito nosso. Não sou oportunista, tenho certeza disto, alguns vão querer focar neste assunto, para esses eu deixo meu forte abraço e o meu compromisso em continuar.

Herculano, obrigado pelo espaço.

Herculano
18/08/2015 07:47
O GOVERNO DO PT MANOBRA PARA APROVAR HOJE NA CÂMARA DE GASPAR, PROJETO QUE DÁ AUTONOMIA AO PREFETO PARA MUDAR AS LOTAÇÕES E ATVIDADES DOS SERVIDORES CONCURSADOS CRINDO CONSTRANGIMENTO, INSEGURANÇA E DESIGULDADE. SINTRASPUG EMITIU UMA NOTA

Referente ao PLC 04/2015: entrará em votação na Câmara de Vereadores no dia 18/08/2015 às 15h30min que dispõe sobre o instituto da redistribuição de cargo de provimento efetivo ocupado ou vago e da lotação no âmbito de um quadro permanente para outro de órgãos da Administração Direta.

O SINTRASPUG já realizou uma Assembleia, na qual os servidores se manifestaram contra a aprovação desse projeto, por unanimidade. O Sindicato também participou de duas reuniões com os Vereadores.

Um abaixo assinado com mais de 900 assinaturas e foi entregue para o Presidente da Câmara no momento da reunião.

O Sindicato também requereu a liberação dos servidores para que pudessem acompanhar a sessão no dia 18/08. A resposta da Administração Municipal foi negativa.

O Sindicato entende que esta proposta é claramente prejudicial aos servidores, que poderão ser removidos de um órgão para outro sem a necessária fundamentação e de acordo com a vontade da Administração.

Obs: Convidamos todos os servidores a participarem da Sessão na Câmara de Vereadores às 17h00min. E aos servidores que já tiverem encerrado o seu expediente, lembramos que a sessão se inicia às 15h30min, sendo de suma importância a sua participação já no início da sessão.

A categoria já se manifestou: somos contra o PLC 04/2015!
Herculano
18/08/2015 07:42
NO BRASIL, SÓ A ESQUERDA, O PT, A CUT, MOVIMENTOS SOCIAIS APARELHADOS E O GOVERNO POSSUEM LEGITIMIDADE PARA PROTESTAR E SE INDIGNAR. OS DEMAIS SÃO GOLPISTAS, TOLOS, REACIONÁRIOS...

O tom do presidente da CUT, Wagner Freitas dentro do Palácio Planalto convocando ao "diálogo" das trincheiras com as armas na mão contra quem não se alinhar ao poder e plantão, não é algo isolado. Eis alguns títulos de artigos desta e da semana passada que demonstram isto.

"A mediocridade faz a festa", por Roberto Amaral, ex-ministro da Ciência e Tecnologia do PT, que esteve no PSB.

"Mais um festival de ignorância e estupidez", por Bepe Damasco

"800 mil não anulam os votos de 54 milhões", Reinaldo Del Dotore

"Manifestação fascista foi mais do mesmo; confira ato no Instituto Lula", por Eduardo Guimarães

"Lula, perdão pelos reacionários", por Washington Luiz de Araújo

"Os verdadeiros motivos para prender Lula: sua grandeza e liderança", por Dom Orvandil

"A emoção dos protestos e os tolos" por Voney Malta

"Globo e Veja pregam o ódio e perseguem Lula, com vazamentos da República do Paraná" por Davis Sena Filho

"Ataques a Lula são tiro no pé da mídia", por Miguel do Rosário
Herculano
18/08/2015 07:11
A PRINCIPAL MANCHETE DE CAPA DESTA TERÇA-FEIRA DO JORNAL FOLHA DE S. PAULO: FHC DIZ QUE RENÚNCIA SERIA "ATO DE RANDEZA" DE DILMA

Ex-presidente endurece com petista um dia após protestos pelo impeachment.Tucano sugere que Aécio e Alckmin alinhem discurso sobre a crise e parem de atirar em direções opostas em texto de Daniela Lima, com Mariana Haubert e Mariana Dias, ambas da sucursal de Brasília.

Um dia depois de milhares de manifestantes ocuparem as ruas das maiores cidades do país para pedir o impeachment de Dilma Rousseff, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse que a renúncia seria um "gesto de grandeza" da presidente e fez um esforço para alinhar o discurso dos líderes tucanos.

"Se a própria presidente não for capaz do gesto de grandeza (renúncia ou a voz franca de que errou e sabe apontar os caminhos da recuperação nacional), assistiremos à desarticulação crescente do governo e do Congresso, a golpes de Lava Jato", disse FHC, em mensagem publicada nesta segunda (17) na sua página no Facebook.

O texto é o mais duro recado já enviado a Dilma pelo líder tucano e representa uma tentativa de aproximar o PSDB do sentimento expresso nas ruas. Segundo o Datafolha, 66% dos brasileiros são favoráveis à abertura de um processo de impeachment, para que a presidente seja processada e julgada no Senado.

Pouco depois de divulgar sua mensagem nas redes sociais, FHC reuniu em seu apartamento, em São Paulo, os dois líderes que despontam como opções do PSDB para a próxima eleição presidencial: o senador mineiro Aécio Neves e o governador paulista, Geraldo Alckmin.

De acordo com relatos feitos à Folha, Fernando Henrique fez uma análise do cenário político e disse que o partido deveria falar a mesma língua ao discutir as alternativas para o país sair da crise. Na semana passada, FHC já havia conversado sobre o assunto com outro líder tucano, o senador José Serra (SP).

Há duas semanas, aliados de Aécio defenderam a renúncia de Dilma e do vice-presidente Michel Temer e a realização de nova eleição. Alckmin tem sido cauteloso sobre a possibilidade de impeachment agora, quando ele não teria condições de deixar o governo para disputar com Aécio a indicação do PSDB e se candidatar à Presidência.

Logo após o encontro de FHC com Aécio e Alckmin, o senador Aloysio Nunes (SP), que foi vice na chapa do PSDB na eleição presidencial de 2014, subiu à tribuna do Senado e disse que, se um pedido de impeachment fosse submetido hoje ao plenário da Câmara, os tucanos votariam pelo afastamento de Dilma.

Tucanos interpretaram a fala de Aloysio, que continua muito próximo a Aécio, como um recuo do discurso adotado anteriormente por aliados do mineiro, que defendiam a realização de nova eleição.

'ILEGÍTIMO'
Na mensagem divulgada nesta segunda, FHC disse que as manifestações de domingo (16) mostraram que a população vê o governo como "ilegítimo". Citando o boneco do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vestido de presidiário levado às ruas em Brasília, o tucano disse que a "base moral" do governo foi "corroída pelas falcatruas do lulopetismo".

Para FHC, "a presidente, mesmo que pessoalmente possa se salvaguardar, sofre contaminação dos malfeitos de seu patrono, perdendo condições de governar".

Fernando Henrique também condenou os "conchavos de cúpula", que, a esta altura, só contribuem para aumentar "a reação popular negativa e não devolvem legitimidade ao governo, a aceitação de seu direito de conduzir".

A frase foi vista como uma referência ao aceno que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), fez em direção ao Planalto na semana passada, ao sugerir a adoção de uma agenda de reformas econômicas para evitar o aprofundamento da crise.

O Palácio do Planalto foi surpreendido com a mudança de tom de Fernando Henrique, que, até agora, preferia adotar um discurso conciliador ao tratar da situação do governo. Nos bastidores, a avaliação foi que a oposição quer se associar ao espírito das ruas e se afastar do movimento de aproximação com o governo liderado por Renan.
Herculano
18/08/2015 07:05
da série, o diálogo

QUEM NÃO É MAIS PRSIDENTE É VOCÊ FERNANDO HENRIQUE, por Elvino Bohn Gass, gaúcho, deputado federal, petista e secretário nacional agrário do partido

Do alto de sua arrogância, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso usou uma rede social para dizer que a presidenta Dilma deveria renunciar ou admitir seus erros. Conviria que ele se desse ao respeito e não maculasse ainda mais sua já tão enodoada participação na política do Brasil.

Pois FHC deveria lembrar-se que no seu tempo as pesquisas mostravam índices também muito ruins de popularidade. E que nem por isso ele renunciou ou veio a público admitir erros. Deveria lembrar-se que a inflação era maior do que agora. E que nem por isso ele deixou o governo ou admitiu sua incompetência. Que a taxa de juros era o dobro da atual. E que nem por isso ele pediu para sair ou fez um mea culpa.

Então, FHC não tem autoridade moral - que é conferida, entre outros requisitos, pela coerência - para aconselhar uma presidenta como Dilma, eleita legitimamente pelas urnas. Mas não deixa de ser lamentável que o outrora príncipe da sociologia produza, agora, oportunismos tão baratos a fazer dele um exemplar típico de conselheiro Acácio do ano 2015.

FHC já nem sequer escolhe os termos mais adequados para sua crítica, como conviria a um intelectual, mas reproduz sem qualquer constrangimento palavras de ordem de misóginos e xenófobos que desfilam com cartazes pedindo a volta da ditadura e o extermínio de seres humanos. Há quem veja nisso, não sem boa dose de razão, um exemplo acabado de decadência.

Sim, é a hipocrisia quem costura a manifestação do ex-presidente tucano ao tentar justificar suas observações por conta das "falcatruas do lulopetismo"... Ora, nem Lobão seria tão superficial, sorrateiro ou medíocre. De quê falcatruas fala FHC? Dos desvios na Petrobras, que até os delatores disseram ter começado... no governo dele? Do financiamento de campanhas por empreiteiras que doaram os mesmos milhões... ao candidato dele? Estaria se referindo às palestras pagas por empresas a Lula que, ora vejam, valem mais do que as dele no mercado de conferências?

O cavaleiro de triste figura em que FHC se transformou deveria, ao menos, lembrar que nem Lula nem Dilma compraram suas reeleições. Eles as conquistaram nas urnas. E quanto a sua solerte tentativa de invocar as palavras de Ulysses Guimarães dirigidas a Collor ("você pensa que é presidente, mas já não é mais"), redirecionando-as à Dilma, tenho a dizer: Dilma não pensa que é, ela é, e será até 2018, a presidenta legítima do Brasil. Quem parece que pensa que ainda é presidente mas não é mais, é você, Fernando Henrique.
Herculano
18/08/2015 06:36
COMEÇOU A ENROLAÇÃO. O QUE ESTÁ PUBLICADO NO DIÁRIO OFICIAL DOS MUNICÍPIOS - AQUELE QUE SE ESCONDE NA INTERNET? O ADIAMENTO DE EDITAL DE LICITAÇÃO DA PAVIMENTAÇÃO DAS RUAS ARTUR POFFO E PEDRO SCHMITT JÚNIOR

Gaspar, 13 de agosto de 2015.
PREFEITURA MUNICIPAL DE GASPAR/SC
AVISO DE ALTERAÇÃO DE EDITAL - Concorrência Nº 162/2015
A Prefeitura de Gaspar torna público e para conhecimento dos interessados em participar da Licitação supramencionada, a qual tem por objeto a qualificação e pavimentação asfáltica com drenagem pluvial das Ruas Artur Poffo e Pedro Schmitt Júnior, que foram efetivadas alterações no Edital e nos Anexos V e VI. Em face disto, fica redesignado o dia 18/09/2015, às 09 horas, para o recebimento dos envelopes e às 09h30min do mesmo dia para a abertura do certame. As alterações poderão ser obtidas no Depto. de Compras ou através do site www.gaspar.sc.gov.br.
Gaspar (SC), em 14 de agosto de 2015.
PEDRO CELSO ZUCHI - Prefeito
Herculano
18/08/2015 06:32
SEM PADRINHO NÃO VAI. GASPAR ESTÁ PAGÃ

Quer mais um exemplo? O deputado estadual Luiz Fernando Vampiro e o vice-governador Eduardo Moreira, ambos do PMB e de Criciuma, estiveram com o governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, nesta segunda-feira, 17. Foram apresentar a situação das obras de infraestrutura no sul do Estado e pedir celeridade em algumas obras essenciais que estão travadas por falta de pagamento ou questão burocrática.

O Anel Viário e a Via Rápida de Criciúma foram algumas das solicitações colocadas em pauta. Então, quem defende o anel de Contorno de Gaspar? Os deputados de Blumenau que querem riscá-lo do mapa e devido a falta e verbas transferí-las para as obras de Blumenau?
Herculano
18/08/2015 06:25
A DIFERENÇA

Os trabalhadores protestam no domingo, dia de folga remunerada do trabalho e não atrapalham mobilidade de outros trabalhadores.

Os que defendem o governo e suas "causas" para esconder a corrupção e roubo dos bilionários impostos que pagamos pra ter uma saúde pública, educação, segurança decentes, além de obras, por serem poucos, fazem isto durante a semana, atrapalhando os outros, chamar a atenção e em pleno dia e trabalho num país com o desemprego acelerando, à beira da falência moral, ética e financeira.

Esta é a convocação: A próxima quinta-feira (20) será mais um grande dia para a democracia brasileira.

Movimentos sociais de todo o Brasil vão às ruas em defesa dos direitos sociais conquistados e contra a onda golpista e conservadora que assola o País.

Wake up, Brasil!
Herculano
18/08/2015 06:18
SEM RAÍZES, ELES VIVEM DE GALHO EM GALHO E FAZ TEMPO

Os irmãos Cid e Ciro Gomes correm para o abraço com Carlos Lupi, o dono do PDT. E ele diz que está "100%" acertado com a dupla de políticos cearenses que vivem e no poder, bem como de casos insólitos.
Herculano
18/08/2015 06:12
O ÓDIO FOFO E O ÓDIO NÃO FOFO, por Luiz Felipe Pondé, filósofo, para o jornal Folha de S. Paulo

A única novidade da política brasileira recente é o surgimento de uma direita jovem, liberal

Muita gente hoje tem se perguntado por que as pessoas estão tão intolerantes no Brasil. Quando se põe a refletir sobre as razões do suposto aumento do ódio entre nós, a intelligentsia, como sempre, olha para os malucos da extrema-direita, que babam em cima das vítimas de sempre.

Esses babões da extrema-direita são mesmo um atraso de vida e devem ser tratados com o devido desprezo moral e cuidado político, ou seja, devem ser neutralizados pelos usos da inteligência e da lei.

Dito isso, tentemos sair do óbvio e mais "seguro", que é sempre remeter o ódio à extrema-direita babaca de sempre, e olhar de modo menos ideológico para o Brasil intolerante que nos assusta agora.

Ou seja, deixemos de lado o que eu chamaria de ódio não fofo e olhemos para o ódio fofo. Dito de outra forma: olhemos para o ódio justificado por boas intenções. Como a corrupção do PT "em favor" dos excluídos.

Minha hipótese é que existem dois tipos de ódio para a intelligentsia, o ódio fofo e o ódio não fofo. Mas ela não tem consciência de que pensa dessa forma. Ela tem dificuldade de enxergar esses dois tipos de ódio porque o ódio fofo não se apresenta como ódio, mas sim sob denominações outras.

Quer ver uma denominação fofa para o ódio político que não se vê como ódio? Luta de classes. Quer ver outro exemplo? O combate à desigualdade social. Outro? MST e MTST.

O ódio de classe é o motor da história para o velho Marx e sua igreja. A história da esquerda é uma história de ódio ideologicamente justificado por suas "boas intenções".

O motivo para que nossa intelligentsia só veja o ódio não fofo é porque só reconhece a palavra ódio nos babacas da extrema-direita que berram nas redes sociais. Para si, guardam a expressão "esquerda", o que, por definição, significa "gente fofa".

Concordo que a extrema-direita é mesmo desprezível, mas os herdeiros da ideia de "luta de classes", quando se olham no espelho, veem alguém condescendente explicando para os outros como tudo ficará bem se esses outros aceitarem o que eles, os fofos, desejam para todos. São puros de coração em termos morais e políticos, logo, não odeiam.

O ódio não fofo é aquele do povo ignorante que não entende que devem ser guiados pelos intelectuais de esquerda e seus representantes no espectro institucional dos partidos. Mas a verdade é que quem abriu as portas do inferno para o ódio político no Brasil foi o próprio PT e sua militância truculenta.

Quem não lembra o que esses lindinhos fizeram com a blogueira cubana Yoani Sánchez anos atrás?

É hilária a histeria de muita gente com os evangélicos e a ideia de que eles obrigariam nossos filhos a ler a Bíblia nas escolas, quando, na verdade, nossos filhos são, há muitos anos, obrigados a ler o "Manifesto Comunista" como uma bíblia.

Não temo mais o ódio (não fofo) da extrema-direita do que temo o ódio fofo do PT e associados, que têm pregado uma divisão no país, assumindo que qualquer um que não concorde com sua "pauta progressista" seja um dinossauro antidemocrático.

Incrível como nas redes sociais, além dos babacas da extrema-direita, milhares de odiadores de esquerda se multiplicam como moscas. Mas, quando seus luminares intelectuais vão a público falar sobre a intolerância brasileira, posam de "santinhas" que fingem não saber que seus parceiros em toda parte disseminam o ódio contra qualquer um que não reze na cartilha do "Manifesto".

Quem inaugurou o ódio político entre nós foi a esquerda. Pelo menos esse que agora deixa as vestais da esquerda com medinho.

Agora querem posar de inocentes e vítimas de um ódio injusto. Colhem o que plantaram.

E aqui vai mais uma hipótese. A tentativa de polarizar o debate entre direita babona e esquerda democrática visa esconder a única novidade da política brasileira recente: o surgimento de uma direita jovem, liberal em comportamento, pró-mercado e democrática.

O Brasil está acordando para o fato de que é o mercado que vai nos tirar do buraco, e não esse estatismo neolítico das esquerdas, que quer fazer do Brasil um Sudão.

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