Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício

07/08/2015

MUDO I

A sessão da terça-feira marcou a volta das férias dos vereadores de Gaspar à cansativa rotina de uma sessão de três horas por semana. E na sessão caiu mais uma máscara do PT, um partido que se esfacela nacionalmente. Um partido feito de verdades, assemelhado a uma organização criminosa como ressaltou um ministro do Supremo Tribunal Federal, aquele que acua, que mente, que rotula, que não admite adversários e opinião diferentes do seu discurso manjado e manipulador ou que se une a quem um dia acusou de roubar para apenas se estabelecer  ou continuar no poder. 

MUDO II

Mais uma vez, e repetindo o que sempre tem dito o presidente do partido de Gaspar e líder da bancada do PT, o campeão de votos, José Amarildo Rampelotti, o cunhado e líder do prefeito Pedro Celso Zuchi na Câmara, Antônio Carlos Dalsochio, PT, afirmou que a vereadora Andréia Symone Zimmermann Nagel, DEM, não fez quando foi governo. E por isso estaria impedida para criticar o atual governo petista daqui. Ela é a única ? de todos os vereadores - que ousa enfrentá-los de forma estruturada, questionando, apontando os erros, fiscalizando no papel e mandato de vereadora. E por isso, a simples professora da Lagoa tem sido massacrada pelo rolo compressor de constrangimentos da estrutura e propaganda petista. 

MUDO III

Cansada da acusação, Andréia pediu um aparte (um direito regimental) para interromper a fala do vereador e pedir esclarecimentos sobre a afirmação falsa. Foi ignorada, como sempre tem sido tanto por Rampelotti e Dalsochio, pois acreditam que ela é uma vereadora menor e a verdade que professam deva prevalecer num mundo próprio de verdades que possuem. E como ela cresceu no gosto popular e vendo que ela possa ser uma ameaça, tentam agora ligá-la ao ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt, sem partido, a expiação do PT daqui, como faz com Fernando Henrique Cardoso, PSDB, há anos, no plano nacional. 

MUDO IV

Desta vez, depois de meses sendo acusada da mesma ação, Andreia mudou a tática e resolveu esclarecer no seu modo direto de ser e enfrentar a organização petista. Ao tempo da sua fala, Andreia perguntou a Dalsochio qual o governo a que ela pertenceu e qual o cargo que ela tinha para ação e autonomia na gestão administrativa de Gaspar. E ?autoconcedeu? a Dalsochioo aparte (um direito regimental onde um vereador na sua fala permite que outro questione ou valide o seu discurso).  

MUDO V

O presidente da Câmara, José Hilário Melato, PP, esclareceu à vereadora que o aparte só é concedido quando pedido, e que Dalsochio, neste caso, não o tinha feito. Andreia insistiu: ?Então permito que ele peça e nos esclareça. Eu concedo o aparte?. Daí em diante, um silêncio constrangedor. Por quase três minutos Andreia, os demais vereadores, assessores e uns poucos que assistiam presencialmente a sessão esperaram uma resposta que não veio, exatamente porque Dalsochio não a tinha. Nem ele, nem Rampelotti, nem Hamilton Graff, nem Daniel dos Reis, nem... E o PT, bem como os demais partidos, ainda dizem que não sabem a razão pela qual a Andreia cai no gosto popular. Acorda, Gaspar! 

 

herculanoGG.jpgQuando os gestores públicos falham, os partidos usam para discursos e os políticos se omitem. Lideranças da Margem Esquerda, em Gaspar, cansadas, organizaram-se e foram ao Dnit conhecer, discutir e pedir pelas saídas e entradas, com segurança pela vida, com a nova BR 470 duplicada. É a Gaspar acordada. 

TRAPICHE

E as obras da ponte do Vale não recomeçariam neste Julho? O prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, anunciou tal fato, criando um factoide para justificar uma das muitas idas a Brasília e a imprensa engoliu. Até agora não inventou outra data e outra conversa mole. 

E por falar em Brasília. Quem foi lá esta semana, local que já atraiu tantos vereadores daqui? Ciro André Quintino, PMDB.  Faltou a primeira sessão da Câmara daqui. Ele foi falar com o deputado Mauro Mariani, PMDB. Ciro estava de férias aqui. Mauro também. Mas eles esperaram para se encontrar na capital federal depois das férias de ambos.  

E de lá, para disfarçar, mandou recados pelas redes sociais, entrevistas às rádios por telefone e fotos com o deputado. Anunciou ? em tempo de crise e quando nada é liberado - uma verba de R$250 mil para a pavimentação da Rua Rodolfo Vieira Pamplona, no Gaspar Mirim. Não seria mais inteligente, produtivo eleitoralmente e se economizaria diárias, se o vereador além de ir à sessão da Câmara daqui, reunisse com o deputado com os moradores da rua lá no Gaspar Mirim para anunciar tal verba? 

Agora, o jornal Cruzeiro do Vale circula apenas às sextas-feiras como no passado. A coluna Olhando a Maré continua sendo atualizada diariamente no portal Cruzeiro do Vale, o mais acessado e de maior credibilidade. 

O PSD, sem alardes e num comunicado frio, anunciou que trocou de comando em Gaspar. Saiu Fernando Neves, que se enrolou na administração de Ilhota e entrou o ex-presidente da Câmara, o vereador Marcelo de Souza Brick. É um tipo de blindagem entre os políticos, preventivo para os palanques e discursos do ano que vem.  

Brick, enquanto se preocupa em dar bom dia e boa noite no Facebook, lida com a primeira baixa de peso do partido que ele pegou para torná-lo forte e alavancá-lo como candidato em 2016. Evandro Carlos, o Wando Andrietti, que é o primeiro suplente do partido na Câmara com os seus 813 votos. 

Wando, que já foi do PP e quando nele, chegou a assumir a vaga na Câmara por 30 dias em 2010, no lugar do Luiz Carlos Spengler Filho, acaba de assinar a ficha com o PMDB e pedir desfiliação do PSD. Brick se esconde para não assiná-la. Pensa que o tempo será o senhor da razão e que Wando não tem razão nenhuma para fazer o que está fazendo. 

Onde vai, o prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, diz que a prefeitura daqui, ao contrário do que se vê na maioria das outras, não tem problemas de caixa. Se é assim, então qual a razão do secretário de Planejamento, o homem para todas as obras e recados de Zuchi, Soly Waltrick Antunes Filho, negar um abrigo de ônibus e pedir para os moradores da Margem Esquerda irem aos empresários com o pires na mão para uma obra pública, mínima, necessária e obrigatória? Acorda, Gaspar! 

Até ontem, nós brasileiros pagamos para os governos que descuidam e permitem o roubo, a corrupção, a ineficiência e a miséria de muitos, R$1 trilhão em tributos.

 

 

 

Edição 1710

Comentários

Herculano
10/08/2015 20:59
MAS QUE LANÇOU O VALE TUDO PARA GANHAR AS ELEIÇÕES TRAPACEANDO E ENGANANDO?

Assombrada pelo fantasma do impeachment, a presidente Dilma Vana Rousseff, PT, disse hoje no Maranhão, que o momento é de pensar no Brasil, não em partidos políticos ou projetos pessoais e defendeu que o país precisa de estabilidade para superar o momento de dificuldade.

"O Brasil precisa, muito mais do que nunca, que as pessoas pensem primeiro nele, Brasil, pensem no que serve à nação, à população brasileira, e só depois pensem em seus partidos e nos seus projetos pessoais", disse Dilma.

"Vamos repudiar sistematicamente o vale-tudo para atingir qualquer governo, seja o governo federal, seja o governo dos Estados, seja o governo dos municípios. No vale-tudo, quem acaba sendo atingido pela torcida do quanto pior melhor é a população", acrescentou.
Herculano
10/08/2015 19:56
COLUNA DESTA TERÇA-FEIRA

A coluna Olhando a Maré, a líder, estará, como sempre, cedo, no portal Cruzeiro do Vale, o mais antigo, o mais acessado, o mais acreditado.
Juju do Gasparinho
10/08/2015 18:28
Prezado Herculano:

Qual foi a pauta?

Pergunta que o Blogueiro Manoel faz e ele mesmo responde:
"Dona Dilma se reuniu, neste domingo, com 13 de seus 399 ministros.
E qual foi a pauta da reunião?
Atrapalhar o dia dos pais dos ministros."

Então, bem feito pra elles!
João João Filho de João
10/08/2015 13:35
Sr. Herculano:

Estagflação e Roubalheira fazem o governo sangrar.

Postado por Polibio Braga

"Quando avisou, em março, que preferia ver Dilma sangrar até morrer, em vez de tirá-la do governo, o senador Aloysio Nunes não alinhou um só dado capaz de comprovar que o PSDB seria capaz de promover a derrama.

As crises econômica e política são as responsáveis pelo sangramento.

Afinal, quem faz o governo sangrar são a estagflação e a própria base majoritária de apoio, o juiz Sérgio Moro, a PF e os procuradores do MPF, além da mídia diária.

Que investigam, prendem, denunciam e metem os ladrões do governo Dilma e do PT na cadeia.

A oposição não faz o País sangrar, mas são as crises econômica e política que fazem o governo do PT esvair-se em sangue.

O País é vítima da má gestão e da roubalheira do governo."

O PT não tem mais credibilidade. Foi zerada.
A estrela de cinco pontas da bandeira do comunismo é o pentágono satânico que apenas vimos fumaça ... que vá para o quinto dos infernos todos.

Casinha de Plástico
10/08/2015 13:15
Sr. Herculano:

Segundo levantamento de Serasa Experian, realizado em 30/junho/15, 56.4 milhões de brasileiros estão endividados e provocam um rombo de R$ 243 bilhões.
2.3 milhões entraram na relação de junho/14 para cá.

Como a tendência é aumentar o rombo,
o sr. imagina o tempo para a recuperação?
É brincadeira o que a incomPeTência é capaz de fazer.
Mariazinha Beata
10/08/2015 13:06
Seu Herculano;

DilmANTA em Boa Vista dizendo que Roraima é a capital mais distante de Brasília e que agora é uma "roraimada" ... é caso de internação urgente da rainha louca.
Camisa de força na insana elizabeth.

Bye, bye!
Anônimo disse:
10/08/2015 13:01
Herculano, Gerson Camarotti, do G1, conta que Dilma Rousseff não confia mais em Michel Temer. "A avaliação de um ministro petista é que o 'cristal foi quebrado' e que a partir de agora Dilma sempre ficará com um pé atrás em relação a Temer".

Dilma Rousseff está certa, Michel Temer se prepara para tomar-lhe a presidência bem nas fuça da Anta (tão pilantra quanto eLLa).

Herculano
10/08/2015 08:31
SETE DIAS, por Renato Andrade para o jornal Folha de S. Paulo

As panelas voltaram a bater na semana passada. Mas isso é coisa fácil. Pegar uma colher de pau e fazer uma batucada na janela, esperando o jantar ficar pronto, não dá muito trabalho. Muita gente boa ganha dinheiro fazendo isso. Chamam de samba.

A distância entre o sofá e a varanda é contada em passos. Em sete dias, vamos ver quantos vão deixar a comodidade das cápsulas de solidão, aquelas coisas que podem ter até 30 metros quadrados e ainda assim ser o que chamamos de lar, pra fazer barulho de verdade nas ruas.

Deixar a comodidade da sala, andar pelo corredor do prédio e apertar o botão do elevador será fundamental para medir o quanto o país está disposto a derrubar, ainda sem avaliação clara das consequências, uma presidente democraticamente eleita não faz nem um ano.

O golpismo está no ar. Mas a presidente Dilma Rousseff não pode reclamar muito dessa "operação derruba". A petista, que não é de raiz, conseguiu em pouco mais de seis meses ser considerada um erro por todos.

Quem votou na ex-ministra de Lula está decepcionado pelos caminhos indicados pela moça na economia. Quem votou no nobre morador do Leblon também não está satisfeito. Se era pra ser o rapaz do Bradesco na Fazenda, melhor que fosse o amigo da butique financeira carioca.

O ponto em comum entre os dois é a natureza falsa do "mineirismo" de cada um. Dilma é uma gaúcha tentando ser, vez ou outra, uma mineira (mas sem a educação básica da turma das Minas Gerais). O tucano Aécio Neves mantém as velhas tradições de São João Del Rei, uma espécie de portal virtual para a zona sul do Rio.

Derrubar presidente não é coisa simples. Os efeitos são catastróficos para o país. Quem viveu o período pós-Collor sabe do que estou falando. Em sete dias, vamos saber qual é a verdadeira temperatura dessa fritura e a disposição do povo de encarar a encrenca.
Herculano
10/08/2015 08:29
ESTÁ RUIM? VAI PIORAR! MANCHETE DE CAPA DO JORNAL FOLHA DE S. PAULO: DEMITIDOS DA CRISE LEVAM ATÉ TRÊS MESES PARA RECEBEREM SEUS DIRETOS

Texto de Cláudia Rolli. As demissões cresceram tanto neste ano que trabalhadores de São Paulo esperam até três meses para fazer a homologação da rescisão do contrato de trabalho e assim conseguir receber seus direitos e os documentos necessários para acessar o seguro-desemprego e o FGTS.

Em períodos pré-crise, o tempo de espera era em média de 15 a 20 dias, segundo sindicatos que prestam esse serviço a demitidos, com mais de um ano de casa.

A procura para dar baixa na carteira cresceu até 700% em julho deste ano ante o mesmo mês do ano passado e levou os sindicatos a contratarem mais funcionários, realocarem empregados de outros setores e a fazerem mutirões aos sábados para atender os demitidos.

É o caso dos sindicatos dos metalúrgicos, dos trabalhadores da construção civil de São Paulo e dos comerciários, três dos maiores do país.

Nos metalúrgicos de São Paulo, 18.487 homologações foram feitas de janeiro a julho deste ano, 260% mais que no mesmo período de 2014.

"A demora é reflexo direto do aumento de demissões", afirma Miguel Torres, presidente da Força Sindical e do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo.

A taxa de desemprego na região metropolitana de São Paulo ficou em 7,2% em junho, ante 5,1% um ano antes. No país, passou de 4,8% para 6,9% no mesmo período.

Gerentes de recursos humanos e advogados de empresas da Grande São Paulo relataram à reportagem que optaram por fazer a homologação das rescisões de seus demitidos nos sindicatos porque o agendamento da homologação em agências do Ministério do Trabalho tem demorado até seis meses.

As homologações podem ser feitas nos sindicatos ou nas superintendências do Trabalho (MTE), desde que esteja presente um representante do empregador.

Além do maior número de demitidos e da falta de funcionários nos postos, em algumas unidades do ministério, como a da região central da capital paulista, os servidores administrativos estão em greve há cerca de duas semanas, o que prejudica ainda mais o atendimento.

A Folha procurou o órgão, mas não obteve resposta até o fechamento desta edição.

O Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de São Paulo vai contratar mais quatro funcionários para reforçar a equipe de 12 que atua na homologação.

"Nunca o sindicato esteve tão cheio. Mudamos o sistema de atendimento e a ideia é concentrar a vinda de todos os demitidos de uma determinada construtora em uma só data para agilizar a conferência das verbas rescisórias", diz Antonio de Sousa Ramalho, presidente do sindicato.

Nos comerciários de São Paulo, a homologação, que ocorria em oito subsedes da entidade, agora foi concentrada na sede.

"Montamos uma verdadeira linha de produção com 20 funcionários no atendimento", diz Ricardo Patah, presidente da UGT e do sindicato da categoria.

No primeiro semestre, foram feitas 60,6 mil homologações no sindicato ante 63,6 mil no mesmo período de 2014. "No ano passado, a rotatividade era alta, mas o trabalhador conseguia emprego rapidamente e muitas vezes pedia demissão para ganhar mais. Agora, a realidade é outra", diz Patah.
Herculano
10/08/2015 08:26
DOMINGO É DIA DE IR AS RUAS CONTRA A CORRUPÇÃO, A ROUBALHEIRA DOS NOSSOS PESADOS IMPOSTOS, CONTRA A INFLAÇÃO, O DESEMPREGO E POR UM BRASIL MELHOR.

Em Gaspar o protesto começa no início da tarde na praça Getúlio Vargas. Amarelo é a cor do protesto
Herculano
10/08/2015 07:46
POR QUE ODIAR O PT, por Gregorio Duvivier para o jornal Folha de S. Paulo

O Brasil tinha acabado de ganhar a Copa, mas a euforia agora era ainda maior: foi a gente que fez o gol da virada

A primeira vez que me deparei com uma urna eletrônica foi para votar no Lula. E Lula se elegeu, depois de três tentativas malfadadas. Lágrimas grossas escorriam pelo meu rosto: com a prepotência característica dos 16 anos, tive a certeza de que era o meu voto que tinha feito toda a diferença.

A rua estava cheia de pessoas da minha idade que tinham essa mesma certeza. O Brasil tinha acabado de ganhar uma Copa do Mundo, mas a euforia agora era ainda maior: foi a gente que fez o gol da virada. Parecia que o Brasil tinha jeito, e o jeito era a gente ?essa gente que nasceu de 1982 a 1986 e votava agora pela primeira vez.

Acabaram-se os problemas do Brasil - a gente chegou. Lembro das ruas cheias, das bandeiras do PT, lembro de abraçar desconhecidos na Cinelândia - Lula lá, brilha uma estrela.

Logo vi que não era o meu voto que tinha feito o Lula se eleger, nem o dos meus amigos, nem o da minha geração. Quem elegeu o Lula - isso logo ficou claro - foi o José Alencar, os Sarney, o Garotinho, foi aquela Carta aos Brasileiros e a promessa de que o Lulinha era Paz, Amor e Continuidade. Sobretudo continuidade.

Lula só alugou esse apartamento por quatro anos porque assinou um contrato de locação onde prometia entregar o imóvel i-gual-zi-nho. E Lula, por quatro anos, foi um inquilino dos sonhos ?tanto é que renovou o contrato e ainda foi fiador da locatária seguinte. Fizeram algumas mudanças - as empregadas passaram a ganhar mais -, mas não fizeram o mais importante: uma desratização. Muito pelo contrário: os ratos de sempre fizeram a festa.

Caros amigos que odeiam o PT: podem ter certeza de que odeio o PT tanto quanto vocês - mas por razões diferentes. Odeio porque ele cumpriu a promessa de continuidade. Odeio porque ele não rompeu com os esquemas que o antecederam. Odeio por causa de Belo Monte e do total descompromisso com qualquer questão ambiental e indígena. Odeio porque nunca os bancos lucraram tanto. Odeio pela liberdade e pelos ministérios que ele deu ao PMDB. Odeio pelos incentivos à indústria automobilística e à indústria bélica. Odeio porque o Brasil hoje exporta armas para Iêmen, Paquistão, Israel e porque as revoltas do Oriente Médio foram sufocadas com armas brasileiras. Odeio porque acabaram de cortar 3/4 das bolsas da Capes.

O PT é indefensável - cavou esse abismo com seus pés. Mas assim como não fomos nós que elegemos Lula, engana-se quem vai às ruas e acha que está tirando Dilma do poder. Quem está movendo essa ação de despejo são os ratos que o PT não teve coragem de expulsar.
Herculano
10/08/2015 07:28
NESTA TERÇA-FEIRA É DIA DE NOVA EDIÇÃO DA COLUNA "OLHANDO A MARÉ" AQUI NO PORTAL
Herculano
10/08/2015 07:23
MANCHETE DE CAPA DO JORNAL O ESTADO DE S. PAULO. CÂMARA PEDE QUE SUPREMO ANULE OS DOCUMENTOS CONTRA EDUARDO CUNHA

Texto de Talita Fernandes, da sucursal de Brasília. Câmara dos Deputados ingressou com um recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo que seja anulada uma ação que teve como alvo o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O parlamentar está entre os 50 políticos investigados na Operação Lava Jato perante o Supremo. A expectativa é de que Cunha figure ainda entre os primeiros políticos denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR). A previsão é de que isso aconteça nas próximas semanas.

No pedido, a Câmara argumenta que a ação, autorizada pela Suprema Corte, "desrespeitou prerrogativas fundamentais da Constituição e a harmonia dos Poderes, necessárias para um exercício altivo e independente do Poder Legislativo para a sobrevivência de uma democracia civilizada", diz o documento, assinado pelo advogado-geral da União substituto, por Fernando Luiz Albuquerque Faria, em nome da Casa Legislativa.

A ação pede que seja anulada a validade dos documentos obtidos em maio no Departamento de Informática da Câmara. O documento obtido pelos procuradores pode ser uma das provas de que Cunha foi beneficiário do esquema de desvios da Petrobrás. Apesar de o pedido ter chegado à Corte apenas três meses depois da ação, o advogado-geral substituto argumenta que não há vencimento de prazo porque até o momento a Câmara não foi comunicada sobre o pedido da PGR.

A ação foi solicitada pela Procuradoria-geral da República e autorizada pelo ministro Teori Zavascki, relator da Jato no STF. Como publicou o Estado, no dia 4 de maio Zavascki autorizou que um oficial de Justiça fosse ao Departamento de Informática da Câmara para retirar cópias que pudessem comprovar a autoria de Cunha de um requerimento que poderia ajudar nas investigações referentes ao suposto envolvimento do presidente da Câmara.

Com a ação na Câmara, a Procuradoria buscava elementos que pudessem comprovar a fala do doleiro Alberto Youssef, um dos delatores da Lava Jato. De acordo com o doleiro, Cunha seria o verdadeiro autor de requerimentos que pediam ao Tribunal de Contas da União (TCU) a auditoria dos contratos entre Mitsui, Samsung e Petrobrás. De acordo com Youssef, os requerimentos foram criados pela ex-deputada federal Solange de Almeida, em 2011, a pedido de Cunha e serviriam como uma "ameaça", após a suspensão de um pagamento de propina oriundo desses contratos que teria Cunha como beneficiário.

Os dois requerimentos foram feitos na Câmara em 2011 e oficialmente são de autoria da ex-deputada federal Solange Almeida (PMDB-RJ), hoje prefeita da cidade de Rio Bonito, no Estado do Rio de Janeiro.

Investigadores suspeitam que as representações tenham sido arquitetadas por Cunha, com base no depoimento de Youssef. De acordo com o delator, o presidente da Câmara seria um dos beneficiários das propinas vindas do esquema envolvendo um contrato de aluguel de um navio-plataforma das empresas Samsung e Mitsui. Ele teria encomendado os pedidos.

A ação na Câmara ocorreu em decorrência de um depoimento pelo ex-diretor da área de informática da Câmara dos Deputados Luiz Antonio Souza da Eira. O funcionário foi destituído do cargo por Cunha logo depois de um vazamento sobre a autoria dos requerimentos.

Em parecer enviado ao Supremo, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, escreveu que as informações prestadas pelo ex-diretor "reforçam as suspeitas" de envolvimento de Cunha em requerimentos alvo das investigações da Operação Lava Jato. Em depoimento a procuradores e à Polícia Federal, um dia após ser demitido por Cunha, Eira afirmou que a versão inicial do requerimento da auditoria do sistema de informática da Câmara foi gerada com a senha, "pessoal e intransferível", de Cunha. A informação foi utilizada para sustentar o pedido de Janot ao Supremo para coletar documentos no setor de informática da Câmara.

À época da ação, Cunha tratou o pedido do PGR como "retaliação". Desde que foi aberto inquérito contra o presidente da Câmara no STF, ele tem negado com veemência qualquer envolvimento com o esquema de desvios da Petrobrás.
Herculano
10/08/2015 07:10
PARA O PLANALTO, CUNHA USA KROLL CONTRA RIVAIS, por Cláudio Humberto na coluna que publicou hoje no jornais brasileiros

O Planalto aciona os governistas que restam no Congresso para espalhar uma maldade: o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, estaria usando o contrato secreto da CPI da Petrobras com a empresa inglesa Kroll para investigar adversários, buscando ligá-los a contas em bancos de paraísos fiscais, e também a ex-advogada Beatriz Catta Preta e o lobista Júlio Camargo, que delatou Cunha na Lava Jato.

Constrangimento

A prorrogação do contrato da empresa Kroll constrange a diretoria-geral da Câmara, que o assina e o paga.

Segurança nacional

Servidores da Câmara dizem que só para casos excepcionais, ligados à segurança nacional, é possível renovar contratos como o da Kroll.

Dando troco

Eduardo Cunha teria ordenado devassa em contas de adversários após ser acusado de exigir US$ 5 milhões de propina de Julio Camargo.

Preço da espionagem

Encerrado em julho, o primeiro contrato com a Kroll custou R$ 1,18 milhão. Novas etapas de investigação terão custos adicionais.

DILMA PODE SER O QUARTO PRESIDENTE A RENUNCIAR

Em uma eventual renúncia, a presidente Dilma Rousseff seria a quarta chefe do Executivo a "jogar a toalha". Precederam a petista o marechal Deodoro da Fonseca (1891), Jânio Quadros (1961) e Fernando Collor de Mello (1992), sendo o ex-presidente Collor o único a renunciar em meio a um processo de impeachment. Outros oito presidentes também não conseguiram concluir o mandato, seja por impedimento ou morte.

É o destino

É curioso o fato que todos os presidentes decidiram pela renúncia do mandato no segundo semestre do ano em que governavam.

Lacuna

As renúncias quase seguem uma sequencia. Foram nos meses de agosto (Jânio), outubro (Collor) e novembro (Deodoro). Falta setembro.

Exclusivo

O site Diário do Poder revelou com exclusividade, sexta (7), que Dilma já teria preparado uma carta-renúncia com a ajuda de dois ministros.

Sinal de alerta

Nem mesmo os petistas acreditam em Lula como ministro. Segundo um vice-presidente do PT, o que o ex-presidente tenta, na verdade, é se descolar de Dilma. Ninguém quer defender quem tem 7% de aprovação.

Promessas

Foi garantido a Michel Temer, em reunião no Planalto, que acordos dele na articulação (leia-se nomeações) serão cumpridos. A questão é antiga e o problema tem a mesma origem: a Casa Civil de Aloizio Mercadante.

Causa perdida

Michel Temer não vê a hora de passar o abacaxi da articulação política do Planalto para outro. Acha que dificilmente o governo conseguirá segurar as "pautas bombas que estão armadas no Congresso.

Favorita

Dados do BNDES confirmam a preferência dos governos Dilma e Lula pela Odebrecht. O banco fechou 539 contratos para financiar obras de engenharia no exterior desde 2007 e a empreiteira baiana embolsou US$ 12,5 bilhões com 412 obras em países da América Latina e África.

Controle de frequência

Os servidores da Câmara elegeram Eduardo Cunha (PMDB-RJ) como inimigo número um: continuam insatisfeitos com a instalação do ponto biométrico. Tem funcionário que aparece de manhã e só volta à noite.

Pelas beiradas

Atuante nas redes sociais, o deputado Ricardo Tripoli (PSDB-SP) luta para se tornar o xodó da militância tucana que definirá, por meio de prévias, o candidato do partido à Prefeitura de São Paulo.

Esquerda de botequim

Crítico da política econômica, o ex-governador gaúcho Tarso Genro deu uma de Leonel Brizola: passou a morar no Rio de Janeiro. Até porque teria dificuldades de circular nas ruas de Porto Alegre. No Rio, ele encontra terra fértil na velha esquerda de botequim.

Lava Jato partes 18, 19?

Os parlamentares investigados na Lava Jato entregaram à Receita Federal, semana passada, uma série de documentos. Pelo volume, o inquérito, que vence em 31 de agosto, deve ser prorrogado por 30 dias.

Pensando bem...

?a Petrobras chegou tão fundo no poço que será necessário um novo contrato de sondas para saber a dimensão do buraco
Herculano
10/08/2015 06:59
CONSPIRAR É O PAPEL DO VICE, por Vinicius Mota para o jornal Folha de S. Paulo

O vice-presidente da República, determina o artigo 70 da Carta, "substituirá o Presidente, no caso de impedimento, e suceder-lhe-á, no de vaga". O parágrafo único estabelece que o vice "auxiliará o Presidente sempre que por ele convocado para missões especiais".

Na política, o vice é uma peça de composição partidária para a disputa das eleições. Marco Maciel representava a adesão do PFL à chapa de Fernando Henrique. Com José de Alencar, Lula acenou para o centro do espectro ideológico.

Michel Temer garantiu a entrega do cobiçado tempo de propaganda do PMDB à aventura que em 2010 deu a Presidência a uma debutante eleitoral. Temer submergiu nos quatro anos seguintes, voltou à tona em 2014 para reassegurar a aliança e talvez pensasse que teria mais quatro primaveras de sossego no Jaburu.

A presidente Dilma, entretanto, convocou-o para uma missão especial. Depois de queimados todos os outros cartuchos, entregou ao vice a tarefa de restaurar a coalizão governista no Congresso e viabilizar o programa emergencial na economia.

Deu errado. A base mostrou-se ingovernável com a ração de pão e água permitida pelas finanças escangalhadas e diante do desenrolar da Operação Lava Jato. Congressistas graúdos são alvos atestados ou potenciais dos "snipers" da Procuradoria. Ninguém sai à rua para conversar nessa Sarajevo da política nacional.

Michel Temer então fez um apelo por alguém que reunificasse a nação. Quis colocar-se nessa posição? Talvez não. Talvez tenha sido, admita-se, um acidente de oratória. A pasta, porém, saiu do tubo e não vai voltar para dentro.

Em situações de esfacelamento do poder presidencial, o vice insinuar-se como alternativa é algo mais que esperado. Nessas circunstâncias, conspirar - com cerimônia, apego à lei e sem retirar precipitadamente os pés das duas canoas - é quase dever constitucional do vice.
Herculano
10/08/2015 06:49
EM QUE PAÍS ELA ESTÁ?

Esta é da senadora pelo Paraná, Gleisi Hoffmann, PT, na #DilmaEstamosComVocê

Vamos começar mais uma semana Presidenta. Ela será dura, como têm sido as últimas. Tudo passou a ser culpa sua, e as críticas são feitas, em sua maioria, de forma covarde, com desqualificações e desrespeito.

Te conheço, trabalhei contigo. Sei da sua seriedade e de seu espírito público. Do esforço que fez para manter o emprego, a renda, os programas sociais, para investir na educação.

Siga firme e forte como tem feito! Sua coragem, seriedade e dedicação ao pais nos orgulha! Infelizmente uma nuvem de desinformação e ódio impede a maioria de ver seus feitos pelo Brasil.

Faça como Cora Coralina, transforme as pedras de seu caminho em flores. Vai deixar um belo jardim para o povo!
Esse será o legado que história registrará!
Herculano
09/08/2015 20:36
"QUERER ME COLOCAR COMO VILÃO DAS CONTAS PÚBLICAS NÃO CONDIZ COM A REALIDADE", DIZ CUNHA NO TWITER

Conteúdo do jornal O Estado de S. Paulo. O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), rompido com o governo desde o dia 17 de julho, usou mais uma vez as redes sociais para negar que esteja trabalhando contra a presidente Dilma Rousseff ao propor a votação de uma "pauta-bomba" e a abertura de CPIs incômodas ao Palácio do Planalto. "A tentativa de alguns de me colocar como vilão das contas públicas por retaliação ao governo não tem amparo na realidade dos fatos", reclamou em sua conta no Twitter na tarde deste domingo, 9. "Sei bem os riscos que sinais equivocados podem causar na avaliação do grau de investimento do País e não compactuo com isso", afirmou. "É preciso parar de especular e tratar as coisas com mais seriedade", afirmou Cunha.

"Tentar esconder a real situação de fragilidade do governo sem base na Câmara me culpando pelas suas derrotas é querer não enfrentar o problema", defendeu-se. "A verdade nua e crua é que não existe base do governo". Cunha tem transferido para o Colégio de Líderes a responsabilidade pelas votações, como a que aprovou a emenda à Constituição que reajusta salários de advogados e defensores públicos e delegados, na semana passada. "Presidente da Câmara não é o dono da Câmara e nem do voto dos deputados", escreveu.

Cunha comparou a votação da semana passada à aprovação pela Câmara, em 2009, de emenda constitucional que aumentava o salário de policiais militares e bombeiros. Na época, o presidente da Câmara era o atual vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB). "Em 2009, Michel Temer, como presidente da Câmara, não conseguiu impedir a votação da PEC 300, de autoria do senador Renan Calheiros. Nem conseguiu impedir a violação do fim do fator previdenciário, que foi vetado por Lula. Isso não quer dizer que Michel estava contra as contas públicas. Foi a vontade da Casa naquele momento, que ele teve que aceitar", disse Cunha.

O peemedebista também negou ter instalado novas CPIs para trazer novos problemas ao governo. A que mais preocupa o Planalto é da CPI do BNDES. "Se a vez eram dessas CPIs, o que me restava fazer a não ser cumprir a minha obrigação. Não fui eu que protocolei as CPIs. E mais: as CPIs são regimentais, funcionam cinco simultâneas e na ordem de protocolo", disse.

Cunha lembrou que projetos problemáticos para o governo, por implicarem em aumento de gastos, têm sido aprovados com votos de parlamentares do PT e outros partidos governistas. "É preciso parar com essa fantasia de que sou responsável pelo resultado das votações, como se eu fosse capaz de convencer a todos. Sem reagrupar a sua base e constituir uma maioria sólida, o governo continuará com problemas e sofrendo derrotas. Agora, não cabe a mim constituir a maioria que o governo não tem para vencer votações no plenário da Câmara".

Cunha negou que o fato de ter rompido com o governo esteja ligado à "pauta-bomba" da Câmara. "E convencer por um motivo de retaliação. Será que todos se submeteriam a isso? E os votos de deputados que me fazem oposição aberta, tais como os do PT?", questionou.
Herculano
09/08/2015 20:19
GOLEADA DO CARTOLA

Vitório Piffero, presidente do Internacional de Porto Alegre, pifou mais uma vez fazendo coro ao manda quem pode, e faz caca onde não pode.

Ele demitiu o técnico do time o uruguaio Aguirre porque precisava criar um fato novo no Grenal 407. Surpreendeu a todos. Foi ridicularizado.

Pois bem. Ele acaba de criar o tal fato novo: a humilhante goleada de cinco a zero (poderia ser seis, o Grêmio perdeu o penalty). E quem foi ridicularizado de verdade? O time e os torcedores, os que sustentam a instituição. Estes cartolas...
Herculano
09/08/2015 19:21
CRIADA POR CUNHA, CPI DO BNDES MIRA EM LULA

Conteúdo do jornal O Estado de S. Paulo. Texto de Valmar Hupsel Filho. Os primeiros requerimentos apresentados na CPI do BNDES da Câmara apontam que o foco da comissão deverá ser as atividades do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A comissão foi instalada na quinta-feira após o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), anunciar rompimento com o governo da presidente Dilma Rousseff. Ele é investigado pela força-tarefa da Operação Lava Jato.

Lula é alvo de três pedidos de convocação para prestar depoimento na comissão, instalada na quinta-feira. Apresentados pelos deputados Raul Jungmann (PPS-PE), Cristiane Brasil (PTB-RS) e Carlos Melles (DEM-MG), os pedidos partem da suspeita de que o ex-presidente, por meio do Instituto Lula, atuou no exterior como lobista de grandes empresas beneficiárias de empréstimos do BNDES.

Lula é alvo de procedimento investigatório criminal da Procuradoria da República no Distrito Federal, que investiga se houve tráfico de influência internacional de Lula em favor da construtora Odebrecht no exterior.

Ao negar a acusação, o Instituto Lula afirma que o petista jamais atuou como lobista, nunca foi de conselho ou diretor de empresa nem contratado para consultorias. Segundo a entidade, o que o ex-presidente fez foi defender interesses de várias empresas e do próprio País no exterior, além de ter dado palestras.

Jungmann também apresentou requerimentos para convocar o filho de Lula, Fábio Luiz, e quebrar seus sigilos fiscal, bancário e telefônico. O deputado alega que a empresa de Fábio, a Gamecoorp, foi beneficiada em negócio suspeito com a Oi-Telemar, empresa com participação acionário do BNDES.

Foram protocolados ainda pedidos de convocação dos ex-ministros da gestão Lula, como Antonio Palocci (Fazenda), Guido Mantega (Economia) e Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), além de Paulo Okamotto, presidente do Instituto Lula.

Também poderão ser chamados empresários próximos a Lula, como os acionistas da JBS, Wesley e Joesley Batista, e executivos ligados a empreiteiras investigadas pela Operação Lava Jato, como Marcelo Odebrecht e Léo Pinheiro (ex-presidente da OAS).

Além disso, há requerimentos de pedidos de informações sobre contratos do BNDES no Brasil e no exterior entre 2003 e 2015, que abrangem os governos de Lula e sua sucessora, a presidente Dilma Rousseff.

Os 71 requerimentos apresentados até a noite de sexta-feira serão colocados em votação na próxima sessão, marcada para terça-feira. O presidente da comissão, deputado Marcos Rotta (PMDB-AM), afirmou que os documentos serão apreciados por ordem de registro.


Relação. Deputados querem esmiuçar atuação em prol de empresas financiadas pelo BNDES?© Fornecido por Estadão Relação. Deputados querem esmiuçar atuação em prol de empresas financiadas pelo BNDES.

O primeiro deles, de autoria do deputado Miguel Haddad (PSDB-SP), é um pedido de convocação do presidente do BNDES, Luciano Coutinho, que já encaminhou carta à comissão colocando-se à disposição. "É claro que depois, politicamente, vamos ver como administrar isso", diz Rotta, referindo-se aos pedidos de convocação de Lula. O primeiro a apresentar pedido para ouvir o petista foi Raul Jungmann.

Apelo

Marcos Rotta lembra que, ao ser eleito presidente, fez um apelo para que os trabalhos da comissão não fossem contaminados pela politização. "Eu sei que é difícil", reconhece.

Relator da CPI, o deputado José Rocha (PR-BA) classificou os pedidos de convocação do ex-presidente como "politização pura". Ele afirma que serão priorizadas demandas do ponto de vista "técnico". Para o petista, a comissão ?não pode ser espaço de pirotecnia.?

Autor de 19 requerimentos, Jungmann diz ser "imprescindível" para a comissão ouvir o petista, mas pondera que "não será fácil". "Vai depender essencialmente do PMDB."
Juju do Gasparinho
09/08/2015 18:53
Prezado Herculano:

O Antagonista: A perspectiva de Dirceu

"O sujeito viveu em Cuba, mas fala um portunhol de dar vergonha a sacoleiro. Ainda assim, achava que podia aprender inglês, para viver no exterior.

Antes de ser preso pela Lava Jato, José Dirceu tinha planos de deixar o país, porque "já não via mais perspectiva de conseguir trabalho" no Brasil, de acordo com o Estadão.

José Dirceu é um fanfarrão. Além de monoglota irrecuperável, nunca trabalhou de verdade. E a sua perspectiva sempre foi a de ver o sol nascer quadrado."

LIVRE ARBÍTRIO: capacidade de plantar o que você quizer.

JUSTIÇA: colher, exatamente o que você plantou.
Mychele Magalhães Velloso.

Digite 13, delete
09/08/2015 18:42
Sr. Herculano;

"Quem é extorquido procura a polícia, não o mundo das sombras".

Juíz Sérgio Moro, sobre empresários na Lava-Jato que pagaram propinas por dizerem extorquidos.

Esses bandidos pensam que enganam quem?
Herculano
09/08/2015 15:59
PASSADO À VISTA, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Crise econômica se agrava; lideranças do país precisam chegar a um consenso em torno de agenda capaz de evitar grandes turbulências

Nas últimas semanas, a crise econômica mudou de patamar.

Já se consolidava, desde 2014, um cenário recessivo, com o esgotamento da capacidade do governo de distribuir benesses e o colapso da confiança de investidores, empresários e consumidores.

Tem outra natureza, porém, o que se observa a partir de julho: a rápida deterioração de indicadores financeiros, normalmente associada a turbulências agudas.

Estão nesse pacote a acelerada desvalorização do real, a elevação do risco Brasil ?que mede a chance de calote da dívida pública - e a disparada dos juros internos de longo prazo, entre outros. Apesar de o país ainda receber das agências de risco o selo de bom pagador, na prática o mercado já considera essa classificação perdida.

Não se trata de mera especulação financeira. São evidências de que aumenta a todo instante a insegurança quanto aos rumos nacionais. O Brasil flerta com um passado que se acreditava superado, no qual as recorrentes agitações financeiras contaminavam o ambiente de negócios e ditavam o próprio andamento da economia.

A mudança nesses indicadores reflete temores crescentes de que a inoperância do governo - e do sistema político como um todo - favoreça cenários ainda mais danosos.

Se a escalada do dólar se prolongar, por exemplo, ficará mais difícil reduzir a inflação em 2016. Nesse caso, o Banco Central pode se sentir obrigado a manter as taxas de juros nas alturas. Assim, haverá obstáculos adicionais ao crédito e agravamento da recessão.

Por isso, começam a aparecer projeções de queda de até 2,5% no PIB deste ano ?e desaparecem os sinais de retomada em 2016.

O gatilho para esse novo cenário foi a revisão na meta de superavit primário (o saldo de receitas e despesas antes do pagamento de juros). Em vez de buscar economia de 1,1% do PIB, o governo passou a perseguir um objetivo de 0,15% neste ano, com reduções em todas as expectativas até 2018.

Desfez-se, de imediato, a frágil esperança de estabilizar a dívida no mandato da presidente Dilma Rousseff (PT). Desnudou-se, além disso, o desequilíbrio estrutural entre receitas e despesas.

É urgente a necessidade de conter os gastos e melhorar a qualidade da arrecadação, a fim de carrear para os cofres públicos cerca de 4% do PIB nos próximos anos. Sem que o governo consiga controlar sua própria base aliada, o Congresso, lamentavelmente, age na direção oposta, criando despesas.

Está em curso um mecanismo vicioso: a crise econômica alimenta a crise política - e vice-versa. É necessário interromper esse ciclo; a incerteza política não pode significar perda de controle na economia.

A missão é difícil, mas está longe de ser impossível. Pelo bem do país, as principais lideranças nacionais precisam chegar a um consenso em torno de uma agenda mínima, capaz de evitar turbulências e prejuízos ainda maiores.
Herculano
09/08/2015 15:56
SUCESSÃO DE COLOMBO PODE EMBARALHAR, por Moacir Pereira, para o Diário Catarinense, da RBS Florianópolis

O deputado federal João Rodrigues, do PSD, poderá criar fatos politicos novos no cenário das eleições ao governo do Estado em 2018. Ele vem conversando com líderes nacinais do DEM, estudando a hipótese de cancelar filiação no PSD e se inscrever no Democratas, com projeto definido: ser o candidato do DEM ao governo. Tudo vai depender da reforma politica, que libera parlamentares a trocarem de partido.

Esta articulação, contudo, só se viabilizaria dentro de um projeto politico mais amplo, que inclui o deputado federal Esperidião Amin, do PP, concorrendo ao Senado da República, a agregação do PSB de Paulo Bornhausen e até a hipótese de participação do PSDB. A principal dúvida em relação aos tucanos estaria no senador Paulo Bauer, que, oxigenado pela votação de 2014, só admite concorrer de novo ao governo estadual.

A coligação DEM, PP, PSB e PSDB poderia se concretizar se Bauer fosse o candidato ao governo, com João Rodrigues de vice, Amin e Bornhausen ao senado. O fato novo desta fórmula passa assim pela decisão do deputado João Rodrigues, que não esconde insatisfação dentro do PSD. A começar pelo fato de não ter indicado ninguém para cargos no segundo mandato de Colombo, depois de ter sido Secretário da Agricultura.

O presidente estadual do PSD, Gelson Merísio, coloca gás na candidatura de João Rodrigues a Prefeitura de Chapecó, por dois motivos básicos. Primeiro, seria um nome fortíssimo e, segundo, retiraria Rodrigues da disputa estadual de 2018.
Herculano
09/08/2015 15:37
O DIA DOS PAIS

Passei o domingo dia inteiro até aqui ouvindo na programação esportiva de TV, saudações ao Dia dos Pais. E pensar que o PT daqui tentou proibir esta comemoração nas escolas municipais...pois filhos para esta gente sem noção, filhos no máximo, têm cuidadores...
Herculano
09/08/2015 15:20
A FASE NÃO É BOA

Houve festas e promoções neste final de semana em Gaspar. Olhares atentos perceberam duas coisas: a crise econômica influenciou nos resultados e o pessoal do PT, sumiu.
Herculano
09/08/2015 13:07
DILMA PROMETE RESISTIR A QUALQUER TENTATIVA DE DERRUBÁ-LA, por Ricardo Noblat, de O Globo

Não sei se foi por descuido que a presidente Dilma Rousseff apareceu em Boa Vista, ontem, com olheiras acentuadas de quem não dorme direito há vários dias.

Ou pode ter sido de propósito que apareceu assim, interessada em impressionar quem pudesse sentir pena dela. De um jeito ou de outro, deixou a impressão de uma mulher sofrida.

Há razões de sobra para isso, mas não pretendo aqui me debruçar sobre elas. Dilma aproveitou a entrega de novas unidades do programa Minha Casa Minha Vida para defender seu mandato.

Se não o tivesse feito, no ritmo alucinante com o que o seu governo parecia desmoronar, talvez ela tivesse ficado ainda menor do que está. Dilma só tem perdido estatura desde que se reelegeu.

Sem o amparo da mais formidável coalizão de partidos jamais vista, semiabandonada pelo PT, confrontada rudemente pelo presidente da Câmara Eduardo Cunha, Dilma está no seu pior momento.

E foi nessa condição que ela pregou aos convertidos, uma vez que os demais a rejeitam e se valem de panelas para não ouvi-la. Sete de cada 10 brasileiros reprovam o desempenho de Dilma.

"Ninguém vai tirar a legitimidade que o voto me deu", disse Dilma, tentando afastar o fantasma do impeachment. "Esse país é uma democracia que respeita a eleição pelo voto popular".

Em seguida, Dilma se remeteu ao seu passado de opositora da ditadura militar, presa e torturada. Ela sempre procede assim quando quer exaltar sua capacidade de suportar pressões.

- Quero dizer que ao longo da vida eu passei por muitos momentos difíceis. Eu sou uma pessoa que aguenta pressão, aguenta ameaça. Eu sobrevivi a grandes ameaças.

Dito de outra maneira: não pensem que renunciarei ao mandato. Ou que me deixarei derrubar. Resistirei até o fim. Como? Esperem para ver se for o caso.

Dilma não vencerá no grito a batalha pela preservação do seu mandato. Por ora, as condições políticas necessárias para tirá-la do poder ainda não foram reunidas. Mas isso não significa que não possam ser reunidas em breve.

Até o fim do mês, o Tribunal de Contas da União decidirá pela rejeição ou não das contas do governo de 2014. Se rejeitar, a tendência do Congresso será confirmar o parecer do tribunal.

Se isso de fato ocorrer, estará aberto o espaço para a apresentação de um pedido de impeachment de Dilma por crime de responsabilidade.
Herculano
09/08/2015 12:13
UM EXPERIMENTO SOCIALISTA, por Adrian Rogers, (1931-2005). Originalmente publicado em 21 de janeiro de 2010.

Um professor de economia na universidade Texas Tech disse que ele nunca reprovou um só aluno antes, mas tinha, uma vez, reprovado uma classe inteira.

Esta classe em particular tinha insistido que o socialismo realmente funcionava: ninguém seria pobre e ninguém seria rico, tudo seria igualitário e 'justo'.

O professor então disse, "Ok, vamos fazer um experimento socialista nesta classe. Ao invés de dinheiro, usaremos suas notas nas provas." Todas as notas seriam concedidas com base na média da classe, e portanto seriam 'justas'. Isso quis dizer que todos receberiam as mesmas notas, o que significou que ninguém seria reprovado. Isso também quis dizer, claro, que ninguém receberia um "A"...

Depois que a média das primeiras provas foram tiradas, todos receberam "B". Quem estudou com dedicação ficou indignado, mas os alunos que não se esforçaram ficaram muito felizes com o resultado.

Quando a segunda prova foi aplicada, os preguiçosos estudaram ainda menos - eles esperavam tirar notas boas de qualquer forma. Aqueles que tinham estudado bastante no início resolveram que eles também se aproveitariam do trem da alegria das notas. Portanto, agindo contra suas tendências, eles copiaram os hábitos dos preguiçosos. Como um resultado, a segunda média das provas foi "D". Ninguém gostou.

Depois da terceira prova, a média geral foi um "F". As notas não voltaram a patamares mais altos mas as desavenças entre os alunos, buscas por culpados e palavrões passaram a fazer parte da atmosfera das aulas daquela classe. A busca por 'justiça' dos alunos tinha sido a principal causa das reclamações, inimizades e senso de injustiça que passaram a fazer parte daquela turma. No final das contas, ninguém queria mais estudar para beneficiar o resto da sala. Portanto, todos os alunos repetiram o ano... Para sua total surpresa.
O professor explicou que o experimento socialista tinha falhado porque ele foi baseado no menor esforço possível da parte de seus participantes.

Preguiça e mágoas foi seu resultado. Sempre haveria fracasso na situação a partir da qual o experimento tinha começado. "Quando a recompensa é grande", ele disse, "o esforço pelo sucesso é grande, pelo menos para alguns de nós.

Mas quando o governo elimina todas as recompensas ao tirar coisas dos outros sem seu consentimento para dar a outros que não batalharam por elas, então o fracasso é inevitável."

"É impossível levar o pobre à prosperidade através de legislações que punem os ricos pela prosperidade. Cada pessoa que recebe sem trabalhar, outra pessoa deve trabalhar sem receber. O governo não pode dar para alguém aquilo que não tira de outro alguém. Quando metade da população entende a idéia de que não precisa trabalhar, pois a outra metade da população irá sustentá-la, e quando esta outra metade entende que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a primeira metade, então chegamos ao começo do fim de uma nação.

É impossível multiplicar riqueza dividindo-a."
Herculano
09/08/2015 11:44
editado das 8.44

PEDÁGIO DA REDE FEMININA DE COMBATE AO CÂNCER EM GASPAR

Ele arrecadou neste sábado, R$20.665,00
Herculano
09/08/2015 08:04
EM CAMPANHA?

Hoje a noite, o governador Raimundo Colombo, PSD, é o entrevistado do programa Canal Livre, da Band. Será Rede Nacional. Pelo que já foi liberado, ele dirá que Santa Catarina é um paraíso apesar da crie brasileira.

Mas, Paulo Alceu, dá esta nota, que pode revelar, que nada é ingênuo assim como muitos podem pensar.

"Participação em programas nacionais de televisão pode estar incluída numa estratégia de nacionalizar o nome. Raimundo Colombo passa a ser uma opção para formar uma futura chapa para a Presidência da República. Ser vice, já foi cogitado algumas vezes".
Herculano
09/08/2015 07:33
COM ROUBO E TUDO, por Bernardo Mello Franco para o jornal Folha de S. Paulo

"Com roubo e tudo, vamos chegar lá." A frase foi tuitada por Eduardo Cunha em 2012, quando o time para o qual ele torce venceu um clássico com um pênalti duvidoso. Nos últimos dias, internautas passaram a associá-la à atuação do deputado em outras partidas.

Cunha é investigado na Lava Jato. Foi acusado de embolsar US$ 5 milhões de propina e de intimidar testemunhas do processo em Curitiba. Em vez de se defender, reforçou a tática de jogar no ataque. Na primeira semana após o recesso parlamentar, ampliou o desgaste do governo e começou a abrir caminho para o impeachment de Dilma Rousseff.

Driblador habilidoso, o peemedebista atua em duas frentes simultâneas. Na primeira, turbina a chamada pauta-bomba, com projetos populistas que aumentam o gasto público. É um gol feito. Os deputados aprovam tudo de forma irresponsável, em busca de aplausos das galerias, e empurram a conta para o Planalto, imobilizado pela falta de dinheiro.

Em outra frente, Cunha tirou da gaveta contas de governos passados que nunca haviam sido votadas. De uma hora para outra, o plenário de 2015 passou a avaliar a contabilidade do governo Itamar em 1992. A toque de caixa, avançou para as contas de FHC e Lula. O objetivo, ninguém ignora, é limpar a pauta para rejeitar as contas de Dilma em 2014.

A jogada está ensaiada: nas próximas semanas, o Tribunal de Contas da União condena as pedaladas fiscais e envia a papelada à Câmara. Os deputados reprovam as contas da presidente e, amparados pelas manifestações do dia 16, instauraram um processo de impeachment.

O afastamento de um presidente é previsto em lei, mas só pode ser aprovado se houver prova de crime de responsabilidade, como ocorreu com Collor. Usar uma manobra contábil para derrubar o governo lembra os piores momentos do futebol: o pênalti inventado, a virada de mesa para evitar o rebaixamento. É com esses métodos que Cunha quer chegar lá.
Herculano
09/08/2015 07:30
AVESTRUZ


Dilma deixa de ler jornais e tenta exibir autocontrole. Auxiliares da presidente dizem que ela pode estar em negação da realidade. Apesar de desânimo perceptível pela Esplanada, petista tem exibido tranquilidade e até bom humor [coisa de doido...]


Herculano
09/08/2015 07:26
SEM FAXINA, DILMA ARRUINARÁ O PAÍS, por Elio Gaspari para os jornais O Globo e Folha de S. Paulo

A doutora acha que a Lava Jato é um problema dos marcianos, mas é lá que está o olho do furacão que a ameaça

Em 2011, a doutora Dilma mostrou-se disposta a fazer uma faxina no governo. Bons tempos aqueles, tinha 47% de aprovação, um índice superior ao de todos os seus antecessores em início de governo. Quatro anos depois, com 71% de reprovação, tem a pior marca desde 1990. A doutora arruinou-se porque a faxina era de mentirinha.

José Sérgio Gabrielli levou um ano para ser tirado da presidência da Petrobras e sua sucessora, Graça Foster, achou que resolvia o problema afastando parte da quadrilha que operava na empresa. Mexer com empreiteiras, nem pensar. Como se Barusco corrompesse o "amigo Paulinho" que corrompia Renato Duque, o corruptor de Barusco. Se fosse assim, o dinheiro sairia do bolso de um gatuno para o de outro, sem maiores consequências. As doutoras Dilma e Graça viam o baile, mas não ouviam a orquestra.

O doutor Eduardo Cunha gostaria muito de criar uma grave crise política e tem boas razões para isso, mas a crise que corrói o governo vem de Curitiba e só vai piorar. Renato Duque, o ex-diretor de Serviços da Petrobras, negocia sua colaboração com a Viúva. O comissariado sabe que ele vale dez Baruscos. Não é a toa que o programa do PT de quinta-feira falou de tudo, menos das petrorroubalheiras.

A doutora Dilma está diante de um fenômeno histórico: a Lava Jato feriu o coração da oligarquia brasileira. Tanto burocratas oniscientes como empresários onipotentes estão encarcerados em Curitiba. Enquanto isso, prosseguem as investigações em torno da lista de Rodrigo Janot e não há razões para supor que o Supremo Tribunal Federal seja bonzinho com a turma do foro especial. Quando a doutora se comporta como se a Lava Jato fosse coisa de marcianos, pois "não respeito delatores", ela atravessa a rua para se juntar à oligarquia ameaçada. Essa oligarquia é muito mais esperta que ela. Fabricou Fernando Collor e entregou-o aos caras pintadas. Dispensou os militares e aplaudiu Tancredo Neves.
Herculano
09/08/2015 07:26
CADERNINHOS, por Elio Gaspari para os jornais O Globo e Folha de S. Paulo

Quando o Ministério Público de Curitiba ligou as petrorroubalheiras ao mensalão do primeiro governo Lula ressurgiu a possibilidade de se resgatar um detalhe que entrou na agenda da época e desapareceu.

Em 2003, um comissário petista informava que o partido criara uma folha de pagamento suplementar para hierarcas do governo. Parecia coisa de filantropo, pois muita gente não tinha orçamento para custear uma casa em Brasília.

Quem entrava nesse caderninho recebia até R$ 40 mil mensais. Lambaris ficavam na faixa dos R$ 5.000.

Nessa época o tesoureiro do PT era Delúbio Soares e seu benfeitor, o empresário Marcos Valério.

ENGANAÇÃO
No seu programa de televisão o PT apresentou uma galeria de personagens, advertindo: "Não se deixe enganar pelos que só pensam em si mesmos". Entre eles, brilhava o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força.

O doutor já foi do PT, esteve no PPS, no PDT e hoje habita o Solidariedade. Em 2007, aninhou-se na base do governo. Ou ele enganou o PT ou, com ele, o PT queria enganar os outros.

ERRO
Estava errada a informação segundo a qual o juiz italiano Giovanni Falcone, explodido pela máfia, comandou a Operação Mãos Limpas da Itália. Ele comandou a da máfia. Quem chefiou a faxina política foi o juiz Francesco Saverio Bonnelli, que vai bem, obrigado, aos 85 anos.

O título da edição brasileira do livro do jornalista inglês Patrick Cockburn será "A Origem do Estado Islâmico ? O fracasso da 'Guerra ao Terror' e a Ascensão Jihadista" e não "O Novo Estado Islâmico", que é o da edição portuguesa. -

MODO SUICIDA
Um dos mimos de que um presidente da República dispõe para agradar parlamentares é o de convidá-los para acompanhá-lo no AeroLula numa viagem à sua base eleitoral.

FHC, Itamar e Sarney faziam isso com telefonemas ao parlamentar.

Há uns meses um congressista recebeu um convite desses, transmitido por um assessor da Secretaria de Coordenação Política. Perguntou a que horas o avião decolaria. Às oito da manhã.

O convidado disse que era muito cedo.

Nem agradar a doutora consegue.

ALMIRANTE NUCLEAR
Programa nuclear de pobre acaba mal. O almirante Othon Luiz está na carceragem de Curitiba. O físico Abdul Qadeer Khan, que fez a bomba do Paquistão e tornou-se um herói nacional, ralou uns anos de prisão domiciliar. O engenheiro suíço Fred Tinner, que orientava o programa líbio, pagou seis meses de cadeia.

RECORDAR É VIVER
A Fiesp voltou a se meter em política. Faltou-lhe a sorte. No meio dos documentos americanos liberados recentemente, apareceu uma carta de 1972, do embaixador William Rountree ao Departamento de Estado. Ele conta que tratou "da maneira heterodoxa" com que empresários americanos de São Paulo eram abordados com pedidos de ajuda ao general Humberto de Souza Mello, comandante do 2º Exército e senhor dos cárceres. Pelo texto, entende-se que Rountree recomendou-lhes que tomassem distância.

Dois ou três empresários contaram que nunca haviam sido procurados diretamente pelo general, mas "só pela Federação das Indústrias de São Paulo". Mais: disseram que não viam como parar de colaborar sem "prejudicar seriamente suas relações com a Fiesp".
Herculano
09/08/2015 07:13
MANCHETE DE CAPA DA EDIÇÃO DE DOMINGO DO JORNAL FOLHA DE S. PAULO MOSTRA O ROMBO E O PRIVILÉGIO DE POUCOS APROVEITANDO-SE DA FALTA DE TRANSPARÊNCIA E DISCUSSAO PÚBLICA PELO GOVERNO DO PT: SUBSÍDIO DO BNDES CUSTTA R$ 184 BILHÕES À UNIÃO [ OU SEJA, A TODOS NÓS PAGADORES DE PESADOS IMPOSTOS]


Projeção, inédita, mede diferença entre juros pagos pelo banco ao Tesouro e taxa paga pelo governo ao mercado. Valor não é coberto pelo Orçamento, mas eleva dívida pública; Tesouro compensa ainda juro que fica abaixo da TJLP. Mesmo com a decisão do governo de suspender os repasses de recursos do Tesouro ao BNDES, o Ministério da Fazenda estima que a União ainda vá arcar com um custo de R$ 184 bilhões nas próximas décadas com os empréstimos subsidiados concedidos ao banco a partir de 2009.

Esse impacto se estende pelos próximos 40 anos, valor médio dos contratos, mas uma parte expressiva se dá ainda no governo Dilma.
Herculano
09/08/2015 07:05
A CRISE É PARA OS FRACOS, por Carlos Brickmann

Inflação em alta, PIB em baixa, desemprego em alta, popularidade da presidente em baixa, som das panelas em alta, vozes do Governo em baixa - vozes que não se manifestaram nem para defender o companheiro de partido que sempre adularam, neste momento em que é recolhido à prisão. A coisa está tão séria que Aloízio Mercadante, em geral coerente em sua arrogância, comportou-se com modéstia no Congresso, dizendo que o PSDB age de modo elegante, e admitiu até que o Plano Real conteve a inflação - justo ele, que liderou a oposição do PT ao Real e garantiu que aquilo não ia dar certo. Tão grave que Michel Temer, sempre cauteloso, disse que alguém tem de unir de novo o país - alguém cujo nome, claro, comece com M, de Michel Miguel Elias Temer Lulia.

Mas a crise não é o maior problema de Dilma. O maior problema é que ela deixou de ter importância política. Convocou 80 parlamentares para um churrasco noturno - algo inusitado no horário - e lhes fez uma série de exortações. Dali os parlamentares saíram direto para um jantar normal, com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, para rir dos pedidos de Dilma e combinar as próximas derrotas que lhe imporiam. Combinaram e executaram: multiplicaram o salário de várias carreiras jurídicas, com 95,3% dos votos (até de petistas), arrombando o ajuste fiscal. No dia seguinte abriram caminho para examinar as contas de Dilma. Se as rejeitarem, fica a seu critério colocar o impeachment em votação.

O problema de Dilma não é a crise. É não ser mais levada a sério.

COMO É O NOME DELES

Michel Miguel Elias Temer Lulia faz anos em 23 de setembro. É casado com Marcela Tedeschi Araújo Temer, nascida em 16 de maio.

É bom ir decorando.

FUSCÃO VERMELHO

Numa estranha reportagem, sob o título Intelectuais ligados ao PT criticam prisão, aparecem apenas cinco personalidades em todo o país que defendem José Dirceu: os atores José de Abreu e Paulo Betti, os escritores Luiz Fernando Veríssimo e Fernando Morais e o produtor cinematográfico Luiz Carlos Barreto. O editor e escritor Luiz Fernando Emediato associou-se depois ao grupo. Nada de Chico Buarque, Marilena Chauí, Antônio Cândido, Frei Betto, Leonardo Boff e outros intelectuais sempre ligados a José Dirceu.

Deixaram-no só.

DEZ ANOS DEPOIS

Diziam os antigos que os poetas eram adivinhos; a palavra "vate", poeta, gerou "vaticínio", adivinhação. Pois não é que os antigos tinham razão? No Carnaval de 2004, o Bloco do Pacotão, formado por jornalistas de Brasília, cantou a marchinha Ô, Waldomiro!, sobre o vídeo em que Waldomiro Diniz, auxiliar próximo de José Dirceu, negociava propina com o bicheiro Carlinhos Cachoeira (https://youtu.be/dmHAPk8RI6Y).

Dizia a letra: Ô Waldomiro, ô Waldomiro, me responda, por favor/ Se neste rolo, o bicho pega, nosso Lulinha Paz e Amor. /Ô Waldomiro, ô Waldomiro, me diga o bicho que deu/ Se o Zé Dirceu, se o Zé Dirceu, se o Zé Dirceu também comeu. /Ô Zé Dirceu, que bicho deu? Ô Zé Dirceu, eu quero o meu./ Ô Waldomiro, Ô Waldomiro, me diga o bicho que deu/ Se quem comeu, foi só o Magela, ou Zé Dirceu também comeu.

Magela era político do PT de Brasília. O presidente da República na época era Lulinha Paz e Amor.

PASSA, PASSA, PASADENA

E, por falar em passado, já acabaram as investigações sobre a compra da Refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos? Em 2005, uma empresa belga, a Astra Oil, comprou a Refinaria de Pasadena, no Texas, por US$ 42,5 milhões. Um ano depois, em 2006, a Petrobras pagou à Astra Oil US$ 360 milhões por metade da refinaria (mais uma parte do estoque de petróleo para refinar). Em 2012, a Petrobras comprou a parte da Astra Oil, os 50% restantes, gastando US$ 812 milhões. No total, pagou US$ 1,18 bilhão pela refinaria que a Astra Oil tinha comprado cerca de sete anos antes por US$ 42,5 milhões. Foi o caso Pasadena que tornou conhecido um discretíssimo diretor da Petrobras chamado Nestor Cerveró.

Mas, escândalo encobre escândalo, faz tempo que ninguém fala de Pasadena. Mas a pouco usual operação certamente ainda dará o que falar.

O BRASIL PAULISTANO

Preste atenção em uma série de episódios da administração do prefeito paulistano Fernando Haddad que lembram casos federais protagonizados por seu partido, o PT. Há problemas germinando: a parceria público-privada para a iluminação de São Paulo foi suspensa pelo Tribunal de Contas do Município, por irregularidades. As ciclovias, orgulho maior do prefeito, foram feitas sem concorrência pública (a desculpa, por incrível que pareça, é que não se tratava de "obras", mas de "readequações" - embora as placas se referissem às obras das ciclovias). A concorrência para implantação de faixas de ônibus foi suspensa, por indícios de superfaturamento, pelo Tribunal de Contas da União (que examina o caso, já que há verbas do PAC). Alguns dias antes, o Tribunal de Contas do Município também tinha mandado suspender as obras, pelo mesmo motivo.

Marta Suplicy, prefeita pelo PT, fez inúmeras faixas de ônibus sem suspeita de superfaturamento. Ou seja, é possível. Haddad trabalhou com Marta, mas só na área de criar taxas.
Herculano
09/08/2015 06:56
NÚMEROS DAS CÂMARAS

Muito interessante os números do Primeiro Censo Legislativo Municipal Catarinense. Nele se descobre que as Câmaras, por exemplo, tem pouca iniciativa. No item origem dos projetos de lei em 2013, 71,8% vieram do executivo e só 22,6% do legislativo. A surpresa fica com a iniciativa popular: 5,2%.

Outro dado interessante, apesar da representatividade, mas que mostra a desqualificação das Câmaras: 13,7% é simplesmente alfabetizado ou tem o ensino fundamental incompleto, 8,9% o fundamental completo, 7% o médio ou técnico incompleto, 26% o médio ou o técnico completo contra 8,8% superior incompleto, 18,6% superior completo e 17% de pós graduados.
Herculano
09/08/2015 06:47
FURO NO CAIXA

As obras da reurbanização da Marinha e do que se chamou de Vila Nova, no Bela Vista, e Gaspar, estão atrasadas. Uma das consequências é o aumento dos custos para a prefeitura com a extensão dos aluguéis sociais dos que foram removidos temporariamente para a obra. Mas, reclamar do que se ambos os governos são do PT?
Herculano
09/08/2015 06:35
MICHEL TEMER MANDOU AVISAR QUE JÁ ESTÁ NA PISTA, por Leonardo Attuch, editor responsável pelo 247

O desabafo do vice-presidente Michel Temer, feito na última quarta-feira, ao dizer que "é preciso que alguém tenha a capacidade de reunificar a todos", pode ser lido de duas formas. Para o vice, a leitura mais conveniente é de que a mensagem foi encaminhada ao Congresso Nacional, que, nos últimos meses, tem sabotado o País com sua "pauta-bomba", repleta de medidas irresponsáveis e de aumentos de gastos públicos. No entanto, a segunda leitura é de que o recado foi enviado para a sociedade como um todo. Ao propor o surgimento de um pacificador, Temer praticamente se colocou na pista e só faltou dizer "mesmo que seja eu", como na canção de Erasmo Carlos.

Um dia depois, Temer recebeu apoios de duas importantes lideranças empresariais: os presidentes da Fiesp, Paulo Skaf, e da Firjan, Eduardo Eugênio Gouveia Vieira. "A indústria brasileira se associa ao apelo de união para que o bom senso, o equilíbrio e o espírito público prevaleçam no Brasil", disseram os empresários. No momento em que o Datafolha retratou o governo Dilma no seu ponto mais baixo de aprovação popular, os movimentos de Temer, notório por seu perfil moderado e conciliador, precisam ser lidos com especial atenção ? até porque interessam cada vez mais a determinados setores da oposição.

No PSDB, o principal interessado na ascensão de Temer é o senador José Serra (PSDB-SP). Eterno candidato à presidência da República, Serra gostaria de ser, para Temer, o que o também tucano Fernando Henrique Cardoso foi para Itamar Franco. Como ministro da Fazenda de um eventual governo de transição, Serra se credenciaria para concorrer ao Palácio do Planalto em 2018, pelo PSDB ou até pelo PMDB.

No entanto, entre os tucanos, não há unidade. De um lado, parlamentares aecistas, como o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) e Carlos Sampaio (PSDB-SP), pregam a realização de novas eleições e clamam até para que os protestos previstos para 16 de agosto levantem esta bandeira. De outro, governadores que são potenciais presidenciáveis, como o paulista Geraldo Alckmin e o goiano Marconi Perillo, defendem que o quadro atual se arraste até 2018, com o desgate do PT, do governo Dilma e do ex-presidente Lula.

Nos momentos mais agudos da crise política, Temer se movimentou com cautela e sempre se prestou a um papel colaborativo, ao assumir até a delicada missão de articulador político de um governo cuja base de apoio se esfacela em praça pública. No entanto, ao falar em "reunificação", ele cruzou a linha da prudência.
Herculano
09/08/2015 06:25
COMO FUNCIONA A ESGOTOSFERA PAGA PELO GOVERNO E O PT PARA CONSTRANGER E PROPAGAR UM MUNDO IRREAL.

O 247 vive de verbas oficiais (Petrobrás, Caixa, Banco d Brasil, BNDEs etre outras) e também de dinheiro da corrupção como se descobriu recentemente. Ele nega.

O principal mote do 247 é o de desqualificar jornalistas e suas reportagens ou opiniões nos grandes veículos. E para combater o 247, com outros, pede a intervenção, regulamentação, socialização e até a extinção dos veículos, para que só prospere uma mídia oficial e do poder. Acusa os veículos de monopólios, conservadores (incluindo a própria Folha de S. Paulo) e familiares.

Mas, quando um jornalista, por dever de ética - que falta ao 247 e aos veículos atrelados ao poder - coincide numa informação ou opinião de interesse, o 247 a usa, para prova a favor das teses a favor do poder, e até reconhece o poder da mídia tradicional como fator relevante aos seus interesses. Veja mais esta manchete do 247.

Dono da Globo: Dilma vai cumprir mandato até 2018

Frase teria sido dita por João Roberto Marinho, um dos três sócios majoritários do Grupo Globo, num encontro de quase duas horas com senadores petistas; na reunião, ele teria afirmado que o sucessor da presidente Dilma Rousseff será quem vencer as eleições em 2018; na semana passada, um importante editorial do jornal O Globo também condenou as manobras do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) pelo impeachment; guinada editorial da família Marinho será um novo fator de estabilidade no País?
Herculano
09/08/2015 06:12
JÁ TEMOS UM GOVERNO DE TRANSIÇÃO? REPORTAGEM DA AGÊNCI BRITÂNICA REUTERS EM CONTEÚDO DISTRIBUÍDO PARA SEUS ASSINANTES, SINALIZA QUE SIM

Texto de Eduardo Simões, com a colaboração de Anthony Boadle, de Brasília. O chamamento do vice-presidente da República, Michel Temer, pela reunificação diante da grave crise no Congresso e sua habilidade política o credenciam para assumir o país num eventual impedimento da presidente Dilma Rousseff, ainda que ele negue tal objetivo.

Temer veio a público na quarta-feira fazer um apelo para que os parlamentares não agravassem a crise econômica e afirmou que alguém teria que trabalhar pela reunificação do país. As federações das indústrias dos Estados de São Paulo e do Rio de Janeiro manifestaram apoio à proposta de união apresentada pelo vice-presidente.

Mas as palavras dele abriram caminho para a interpretação de que Temer estaria fazendo um jogo duplo, articulando em prol do governo e movimentando-se para mostrar ser alternativa confiável de solução num cenário de impedimento de Dilma.

A situação levou Temer a explicar para a chefe a intenção de suas declarações, gerando rumores sobre a saída do vice do posto de articulador, o que foi classificado por ele como boatos infundados.

Pessoas próximas ao peemedebista procuram afastar a intepretação de que Temer estaria fazendo jogo duplo destacando para isso a lealdade do vice.

"Ele é uma pessoa muito leal", disse o analista político Thiago de Aragão, sócio da consultoria Arko Advice e que trabalhou com Temer neste ano. "Não acho que ele disputará a Presidência em 2018, porque antes o governo atual precisa ser resolvido. Após isso, o futuro dele está em aberto", acrescentou.

Mas o futuro do vice-presidente de 74 anos pode ser definido antes do que ele imagina, caso Dilma sofra um impeachment. A petista tem pela frente a análise das contas do ano passado de seu governo pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que pode abrir caminho para um processo de impedimento e catapultar Temer para o comando da República.

"Eu sinceramente acho que ele (Temer) é o único que poderia vir a ter (as condições para solucionar a crise)... Se ele não tem, ninguém mais tem", disse o cientista político Carlos Melo, do Insper.

"Alguém precisava fazer um chamamento para a unidade. O ideal é que esse alguém fosse a presidente da República, que aliás foi eleita há nove meses e não fez isso em momento nenhum e agora ela perdeu as condições de fazer isso... O vice-presidente se manteve sempre em condição de fazer esse movimento, porque ele sempre soube se preservar", acrescentou.

Temer é visto até mesmo por adversários como uma pessoa afável e de fácil convivência, características que o ajudaram a presidir a Câmara dos Deputados por três vezes e que o mantém há 11 anos no comando do maior partido do Brasil, o PMDB.

"O Michel Temer é um político hábil e experimentado. Eu diria isso daí. Eu não vou mais nada além disso", disse à Reuters o senador José Agripino (DEM-RN), uma das principais vozes de oposição a Dilma, ao ser questionado sobre o papel de Temer em um eventual pós-impeachment.

Cauteloso, o presidente do DEM disse que, para se chegar a um impeachment, são necessários fundamentos jurídicos que, segundo ele, ainda não surgiram.

PEÇA-CHAVE

Depois de um primeiro mandato de Dilma em que teve pouca relevância e raramente era consultado pela petista, Temer tornou-se peça-chave do governo ao assumir em abril a articulação política em meio a uma crise no Congresso e à necessidade de Dilma aprovar no Legislativo medidas impopulares para reequilibrar as contas públicas.

O protagonismo conquistado, aliado à fragilidade da presidente, abriu espaço para que as declarações de Temer na última quarta recebessem exatamente a interpretação que agora ele busca negar.

"Ele (Temer) tem sinalizado em geral para um comportamento buscando o entendimento e acomodação... Mas marginalmente houve uma mudança no discurso dele e ele paulatinamente também reflete essa segunda agenda, de começar a construir legitimidade para eventual ocorrência de impeachment", disse o analista Rafael Cortez, da Tendências Consultoria.

"Não é nada que signifique que ele está trabalhando para isso. Acho que ele tem tido um comportamento muito responsável... Mas claramente ele já começa a abrir a possibilidade de minimizar ou, pelo menos, fazer um teste de qual seria a viabilidade de um eventual mandato?, avaliou o analista.

Aliados e pessoas próximas de Temer evitam falar da possibilidade de impeachment da presidente, mesmo reconhecendo a crise política e a importância que o vice tem para o governo.

"Existe uma crise política que agrava a crise econômica, a capacidade do governo de articular a sua base parlamentar diminui drasticamente e não há dúvida que é necessário que se tenha o mais rápido possível condições políticas para que se possa fazer um grande acordo nacional", disse Wellington Moreira Franco, um dos peemedebistas mais próximos de Temer.

Ele participou de jantar nesta semana entre lideranças do PSDB e do PMDB, mas figuras das duas legendas garantem que um eventual impeachment não esteve no cardápio do encontro, assim como a realização de um pacto para dar sustentação a um eventual governo Temer.

Setores tucanos, aliás, defendem a saída de Dilma via cassação de sua chapa presidencial pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o que implicaria também na saída do vice. Essa hipótese levaria à realização de novas eleições, nas quais o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), despontaria como favorito.

A possibilidade de cassação da chapa, no entanto, é apontada por analistas como a mais remota entre aquelas que podem resultar em uma interrupção de mandato de Dilma.
Herculano
09/08/2015 06:03
BIFES, CONTAS DE LUZ ELIXÃO, por Vinicius Torres Freire para o jornal Folha de S. Paulo

Governo zumbi e oportunistas sórdidos do Congresso degradam mais as condições de saída da crise

É CHOVER NO enlameado dizer que nada prestável será feito da economia enquanto não sobrevier "alguma solução política", embora "alguma" solução política não seja garantia alguma de que algo que preste venha a ser feito na economia.

Isto posto, convém prestar atenção ao fato de que a vida real segue, além das especulações sobre qual arranjo mesquinho vingará na po- lítica ou sobre "ajuste estrutural" ou "neoestagnacionismo" na economia.

A vida real segue rápida para o brejo. Fazer política ou política econômica no atoleiro implicará remexer-se no lodo torvo. É lento e sujo.

Para quem ainda não se deu conta da urgência, considerem-se fatos simples:

Inflação. A inflação anual ainda será de 9,3% ao ano em dezembro, a julgar pelas previsões medianas mensais do "mercado". Em junho de 2016, estaria ainda em 6%, média da inflação de Dilma 1, a que levou o povo a chiar antes mesmo do Junho de 2013. O preço médio de comida e bebida subiu 10,5% nos últimos 12 meses. O preço do bife aumentou 20%. O da luz, 58%. As pessoas vivemos nesse mundo de bifes e contas de luz. Há ira, haverá mais.

Salário. Nas grandes metrópoles, o salário médio de junho de 2015 era menor que em 2012. Por falar nisso: mesmo com reajuste anual de salário pela inflação cheia, uma alta de preços no presente ritmo acaba comendo, ao longo do ano, uns 3,5% do rendimento.

Sim, "ajuste econômico" significa, essencialmente, redução do valor real dos salários (não é que cause isso: é isso). Mas trata-se aqui de política: o povo fraudado, bestificado pelo estelionato eleitoral, e pagando o "couvert artístico" do show da bandalha corrupta, ainda por cima está sendo esfolado. Esse insulto múltiplo não pode durar muito.

Juro no lixo. O Brasil já está pagando taxas de juros de país da terceira divisão do crédito, "junk", de país do lixão. As taxas de juros de longo prazo começam a bater as asinhas naquele estilo das nossas velhas crises.

Fuga em dó maior. Desde maio, sai dinheiro aos montes pelo "canal financeiro" (uma das duas partes da conta de entradas e saídas de dólar do país. A outra é o canal de transações devidas ao comércio exterior). Foram US$ 5,5 bilhões em maio, US$ 7,6 bilhões em junho, US$ 8,4 bilhões em julho. Como os exportadores estão trazendo dólar, dado o preço bom, não estamos no vermelho. Mas a coisa cheira a queimado.

Juro real. O Banco Central insinua que deve deixar a taxa "básica" de juros em 14,25% até um pouco antes de meados de 2016. Isso significa que a taxa de juro real deve continuar a subir pois, em tese, a inflação esperada deve cair. Quer dizer, o arrocho monetário vai prosseguir até bem entrado 2016, a não ser que os rapazes do mercado comecem a derrubar antecipadamente as taxas na praça. Só que não.

Enquanto isso, no Congresso, mas não apenas, o oportunismo desce à mesquinharia mais sórdida, um motivo da degradação aguda e adicional das finanças nacionais, obra original de Dilma 1, a Ruinosa. As hordas parlamentares depredam o país, sob o comando de Eduardo Cunha, coadjuvadas pelo tucano-cunhismo - alguém deveria avisar a Aécio Neves que o filme dele queima rapidamente até na elite.
Herculano
09/08/2015 05:56
PETISTAS QUEREM DE VOLTA VAGA DO PDT NO TRABALHO

O Planalto atribui ao deputado Eduardo Cunha a decisão do PDT de afastar-se da bancada governista, na Câmara. O líder do Governo, deputado José Guimarães (PT-CE), já atuava contra o PDT, que tem as benesses de partido governista, mas no plenário mantém atitude "independente". A ideia de Guimarães e de dez e cada dez petistas é fazer Dilma substituir o ministro Manoel Dias (Trabalho), do PDT.

Pela bola sete

Espanta, nas brigas do PT, é que o governo anda pela "bola sete" e não está exatamente em condições de hostilizar partidos aliados.

Reuniões tensas

Houve reuniões muito tensas entre PT e PDT, em que não faltaram acusações de "traição" de pedetistas e da "soberba" de petistas.

Inutilidade

Manoel Dias, o ministro do Trabalho cuja gestão foi alvo de várias operações da PF, é considerado no Planalto um "zero à esquerda".

Ele não manda

O governo e o PT acham grave que Carlos Lupi, dono e presidente do PDT, mande mais no ministério que o titular, Manoel Dias.

GOVERNO JÁ TORROU R$ 35 MILHÕES COM CARTÕES

O governo Dilma torrou, em apenas sete meses, R$ 34,9 milhões nos cartões de pagamento federais, os "cartões corporativos". A conta, que tem mais de 90% do detalhamento de gastos escondidos sob a lorota de garantir a "segurança da sociedade e do Estado", é do contribuinte. A Presidência, incluindo a Agência Brasileira de Inteligência, é quem mais esbanja com os cartões: R$ 9,2 milhões gastos, e tudo sigiloso.

Cartões à mão

Os ministérios da Justiça (com a Polícia Federal) e do Planejamento (com o IBGE) gastaram R$ 8,7 milhões e 3,7 milhões respectivamente.

Gastos modestos

O gabinete do vice e articulador-geral, Michel Temer, gastou modestamente, para os padrões Dilma: R$ 344,7 mil de janeiro a julho.

Vai crescer

Os mais de R$ 34,9 milhões gastos pelo governo em 2015 representam despesas de apenas 29 dos 39 ministérios do governo Dilma.

Destrato

O Planalto não contava com a deserção do PTB na Câmara. Apostava no caráter complacente do partido, cujo líder, deputado Jovair Arantes (GO), há muito se queixa do tratamento do governo Dilma.

PP na fila

Outro partido indócil é o PP: seus 39 deputados estão na fila da desfiliação governista. Eles reclamam de Dilma, do PT e se queixam de terem sido escolhidos como "bodes expiatórios" do petrolão.

Palavra de cavalheiro

"Só haverá risco de derrota se formos traídos", avisou o líder do DEM, Mendonça Filho (PE). Ele diz acreditar no presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que garantiu presidência da CPI dos Fundos ao DEM.

Pauta-bomba

Delegados da Polícia Federal surfam na onda de Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Pedem apoio para a Câmara aprovar uma PEC que eleva os salários dos delegados para o teto do funcionalismo público.

Jogo de cena

Tucanos evitam apoiar publicamente o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, temendo desgaste caso o Ministério Público o denuncie na Lava Jato. Nos bastidores, as reuniões e acordos seguem o fluxo normal.

Tal pai, tal filho

O deputado Eduardo Bolsonaro (PSC-SP) fez questão de comemorar a prisão do ex-ministro José Dirceu na Lava Jato. Foi ovacionado na Câmara ao dizer que Dirceu "está fazendo milhagem no avião da PF".

Homenagem

Tem torcida e militância o aplicativo Uber. Após o governador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) vetar a lei que pretendia proibi-lo, o serviço bateu todos os recordes: Brasília passou o dia passeando de Uber.

Pizza vegetariana

Os vegetarianos podem comemorar. Foi instalada na Câmara a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Maus-Tratos aos Animais. Deverá ser a primeira CPI que vai terminar em pizza... vegana.

Dirceu, almirante, ex-tesoureiros...

"Nunca antes na história desse País" um partido defendeu aberta e sistematicamente presos e criminosos condenados na Justiça.
Herculano
09/08/2015 05:43
O PT QUE PERDEU, por Samuel Pessoa para o jornal Folha de S. Paulo

Toda a sociedade paga hoje o preço de o PT ter se recusado a discutir uma trava nos gastos públicos

No início do governo Lula, nos anos de 2003 e 2004, o PSDB comportou-se praticamente como um partido da base de sustentação do governo. Diversos projetos importantes para o futuro do país foram apoiados pelos tucanos. Vale lembrar a minirreforma tributária, a minirreforma previdenciária, a Lei do Bem, a Lei da Inovação, todo o pacote de políticas que estimularam o crédito e a Lei das Parcerias Público-Privadas.

O então ministro da Fazenda, Antonio Palocci, costurava a colaboração com possível ingresso da oposição na base de sustentação governista. Visto de hoje, após tudo o que ocorreu, é difícil imaginar tal situação. A história é feita pelos homens e não está escrita.

Palocci perdeu para José Dirceu e Lula, e o PT escolheu antagonizar partidos da centro-esquerda à centro-direita do espectro político-ideológico: PPS, PSDB e Democratas. Essa escolha obrigou as coligações do governo no Congresso Nacional a serem muito heterogêneas ideologicamente, cobrindo da esquerda à extrema direita.

Em razão da enorme heterogeneidade das coligações na era petista, optou-se por compartilhar menos o governo. A participação do PT nos ministérios e no governo em geral passou a ser muito maior do que seu peso relativo na coligação.

A literatura recente de ciência política mostra que os dois instrumentos que o Executivo tem para gerir o presidencialismo de coalizão - compartilhar governo e moedas de troca (principalmente a liberação de recursos para emendas parlamentares) - são substitutos, e não complementares. Quem emprega muito um deles emprega pouco o outro e vice-versa.

Nosso presidencialismo de coalizão transformou-se no atual presidencialismo de cooptação, tocado quase que exclusivamente no varejão da política. Mensalão e petrolão são consequência direta dessa escolha. Essa foi a primeira derrota de outro governo petista possível.

Havia em 2005 reconhecimento por parte de inúmeros atores políticos, da situação e da oposição, de que nosso contrato social projetava trajetória insustentável do gasto público e, portanto, que o aparecimento de gargalos e constrangimentos no front fiscal era somente questão de tempo.

A conversa prosperou, e um grupo de políticos - liderados pelo então deputado Antonio Delfim Netto e pelos ministros Antonio Palocci e Paulo Bernardo - propôs que a sociedade, por meio do Congresso Nacional, discutisse o tema. O objetivo era colocar uma trava na Constituição para que o gasto público parasse de crescer sistematicamente mais rápido do que o produto da economia.

Esse debate está sumarizado na publicação do Ipea de agosto de 2005, que não veio a público, intitulada "A qualidade da política fiscal de longo prazo". Textos de Delfim, Palocci, Paulo Bernardo, Tasso Jereissati e Fabio Giambiagi reconheciam o problema e estimulavam que se avançasse na direção da construção da trava legal ao crescimento contínuo do gasto público.

Já o texto do senador Mercadante, na mesma publicação, ia na direção contrária, considerando que primeiro vem o crescimento. O ajuste fiscal seria consequência. Logo em seguida, em novembro de 2005, a então ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, torpedeou o ajuste, qualificando-o como rudimentar.

A proposta ficou para os anais da história dos bastidores da política e caiu no esquecimento. Toda a sociedade paga hoje o preço da segunda derrota de outro PT que era possível
João João Filho de João
08/08/2015 20:20
Sr. Herculano:

SAIBA POR QUE NÃO É VERDADE QUE DILMA AGUENTA QUALQUER PRESSÃO
Postado por Polibio Braga:

"Engana-se quem acha que Dilma Roussef não tem no DNA o vírus da renúncia. Em setembro de 1988, o editor substituiu Dilma na secretaria da Fazenda, Porto Alegre, quando ela resolveu renunciar sob a alegação de que coordenaria a campanha do marido, Carlos Araújo, mas na verdade assustada por um déficit monstruoso que deixou como herança maldita e que não conseguia desatar.

A presidente renunciou muitas outras vezes na vida.

Inclusive quando fechou a fracassada loja de R$ 1,99 que montou com uma amiga em Porto Alegre.

Ela não aguenta pressão continuada.

Poucas mulheres aguentam."

Ella é uma truculenta.
Mal educada.
Falta-lhe cultura.
Humildade.
Competência.
Se não fosse o roubo nas urnas eletrônicas estaríamos livres desta praga nojenta.
FORA BÚLGARA MALDITA.
Anônimo disse:
08/08/2015 20:03
Herculano, segundo Camarotti - G1, Dª Dilma teria hoje, certos, isto é, confiáveis, míseros 130 idiotas seguidores.
99% deles, são vermelhos amestrados.
Mariazinha Beata
08/08/2015 19:56
Seu Herculano;

Lauro Jardim - VEJA, "Lula reclamou com senadores que não pode mais frequentar restaurantes, até mesmo em São Bernardo."

O cafajeste deveria se sentir feliz da vida por estar em prisão domiciliar espontânea. O melhor mesmo seria na Papuda.

"Não há Direito nem Liberdade para o Mal" (Ulysses Guimarães).
O velhote velhaco sabia das coisas.

Bye, bye!
Herculano
08/08/2015 19:51
GUERREIRO DO POVO BRASILEIRO, por Demétrio Magnoli, geógrafo e sociólogo para o jornal Folha de S. Paulo

O PT não deveria renegar Dirceu, nem defendê-lo, mas reavaliar-se no espelho de sua trajetória

Vão longe os tempos do braço erguido e do punho fechado. A novidade da prisão de José Dirceu encontra-se na esfera das narrativas. Mesmo para o PT, o "preso político" do mensalão reduziu-se a um político preso. A lacônica nota partidária assinada por Rui Falcão sequer menciona seu nome. Na declaração agourenta do ministro Ricardo Berzoini, um homem de Lula, "cabe aos investigados tomarem as providências que julgarem necessárias para se defenderem perante a Justiça". O celebrado "guerreiro do povo brasileiro" não perdeu apenas os andrajos de liberdade pendurados no mancebo da prisão domiciliar: foi condenado por seu partido ao degredo político. É uma forma de adiar a reflexão inevitável sobre as fontes ideológicas do apodrecimento ético do PT.

O PT traçou uma linha na areia separando a "corrupção pela causa", virtuosa, da "corrupção pelo vil metal", pecaminosa. Corrupção virtuosa: no mensalão, intelectuais petistas produziram doutos textos consagrados à defesa da apropriação partidária de recursos públicos, e a relativa pobreza de Genoino tornou-se símbolo e estandarte. Corrupção pecaminosa: Dirceu, indicam as provas oferecidas pelos delatores, usou sua influência no governo para constituir patrimônio pessoal. O guerreiro caído cruzou a linha proibida. Seu degredo é uma desesperada tentativa de perenizar a fronteira que se apaga sob ação do vento.

Não existe pecado do lado de cá do Equador. Se o país se divide entre Povo e Elite, e se o Partido é a ferramenta da emancipação popular de um jugo de 500 anos, então a "corrupção pela causa" não é corrupção, mas um expediente legítimo na jornada libertadora. A fórmula inflexível, refletida nos punhos cerrados do mensalão, tem suas próprias implicações. É em nome dela que Dirceu experimenta a condenação mais implacável. Numa ordem unida à qual só escapam cortesãos inúteis e vozes periféricas de aluguel, o Partido imprime-lhe na fronte o estigma do traidor. "Bode expiatório", disse seu advogado, numa referência aberta a interpretação.

Dirceu é Dirceu, a segunda face do PT, não um Duque qualquer, um Silvinho Land Rover ou um Vargas que só era André. Dobrando-se ao vil metal, o guerreiro traidor remexe a areia, desmarca um limite, desfaz uma certeza. Se até ele transitou de uma corrupção à outra, como separá-las nitidamente, sanitizando a primeira e satanizando a segunda? O degredo silencioso de Dirceu, que equivale a uma gritaria, destina-se a abafar a pergunta incômoda. Os juízes do Partido temem menos a hipótese improvável de uma delação premiada do guerreiro traidor que a exposição pública das conexões entre a corrupção virtuosa e a corrupção pecaminosa.

A linha divisória riscada pelo PT reflete uma lógica religiosa, típica dos partidos autoritários. A corrupção virtuosa é aquela que serve à finalidade transcendente de salvação do Povo; a pecaminosa, pelo contrário, serve ao objetivo terreno de acumulação individual de bens materiais. Na política democrática, contudo, a oposição relevante é entre o público e o privado, não entre a salvação coletiva e o enriquecimento pessoal. Segundo essa lógica, cujo critério são os meios, o guerreiro não caiu sozinho.

Revisito as fotografias do líder estudantil preso, com centenas de outros, no Congresso da UNE de Ibiúna, em 1968, e de sua partida para o exílio, na base aérea do Galeão, com 12 outros, em 1969. Vistas da torre de observação do presente, elas têm algo de profundamente melancólico: os sinais de um fracasso coletivo. Mas, na história que se encerra, há também a prova de um teorema: a "corrupção virtuosa" conduz, inelutavelmente, à "corrupção pecaminosa". O PT não deveria renegar seu guerreiro caído, nem defendê-lo, mas reavaliar a si mesmo no espelho de sua trajetória. Para nunca mais cerrar o punho contra as instituições da democracia.
Juju do Gasparinho
08/08/2015 19:50
Prezado Herculano:

Já temos o próximo delator, veja:

"Marcelo Odebrecht será o próximo a aceitar a delação premiada", diz Jorge Bastos Moreno, em O Globo.

"O pai de Marcelo, Emilio, recluso com as netas em uma fazenda da família desde que o filho foi preso, já autorizou os advogados a discutir o assunto com as autoridades".

Isso sim é pauta bomba.
Zélia Tocafundo Pinto
08/08/2015 19:11
Herculano,

Pelo contrário, dizem que Amarildo faz parte do tal colegiado, pois é líder de governo ou do partido.
Herculano
08/08/2015 19:11
NOVO PROGRAMA MATINAL DA GLOBO ESTREIA PERDENDO PARA O SBT, QUE EXIBIA DESENHOS VINDOS DA ...GLOBO, por Lauro Jardim, de Veja.

Foi ruim em termos de audiência a estreia do novo programa matutino da Globo.

É de Casa, que reúne seis apresentadores (de Patrícia Poeta a Zeca Camargo, passando por Thiago Leifert) registrou magros cinco pontos de audiência, na Grande São Paulo, de acordo com, números prévios do Ibope.

Perdeu dos desenhos animados do SBT, que liderou o horário com seis pontos. (A Record cravou três pontos). Não deixa de ser irônico que o SBT venceu com novos desenhos vindos da própria Globo: Pinguins de Madagascar e King Fu Panda.

Vice-liderança para a Globo é sinônimo de fracasso total.
Casinha de Plástico
08/08/2015 18:54
Sr. Herculano:

Valentina de Botas deu com os dois pés no Petê.
Ótimo! É assim que se lida com ladrão.
Herculano
08/08/2015 18:31
O PANELAÇO: ALGUMAS NOTAS, por Valentina de Botas

Apocalipse agora
O PT fez um programa pago com os impostos de todos os brasileiros para ameaçar 71% deles. Nada mal para quem se acanalha ainda mais quando está apavorado e a súcia, rebaixando a história da política brasileira à sarjeta, avisou que ou pagamos quietinhos a conta cada vez mais alta ou virá o apocalipse. Ora, pagaremos a conta de qualquer jeito, já estamos pagando, e ela será tanto mais alta quanto mais tempo o PT continuar no governo. Comparsas na cadeia e outros a caminho, o partido arruinado e sem futuro, o governo se desfazendo pela base: ei, PT, o apocalipse é agora e é teu.

Juízo, oposição
O PT se dissolve e Rui Falcão, alucinado, delirante, patético, sabe que precisa fazer alguma coisa, mas o que será, João Santana? O marqueteiro também não sabe, prova o programa sórdido e sem nexo do PT. Juízo, oposição? O PT, na oposição, votou contra tudo que poderia favorecer o país, da Constituição à Lei de Responsabilidade Fiscal, passando pelo Real. Bradou o "fora Sarney", "fora Collor" e "fora FHC". Afinal, como chegar ao poder com essa gente de direita jogando o jogo burguês da democracia? O passado dessa organização criminosa prova que ela não presta nem para ser oposição, pois faz do projeto dela de chegar ao poder e nele permanecer o crivo do mundo. O PT tem de ser banido do cenário da política brasileira porque não cumpre o básico do jogo democrático: não joga, só trapaceia. Ah, mas ele representa o pensamento de certa faixa do eleitorado, diria alguém com o juízo de quem vê representantes em ladrões. O PT não é pensamento, é lixo. Ah, mas quanto ódio, diria alguém com o juízo de Rui Falcão. Sim, e nojo também; mas um ódio sereno, estanque, lógico: com juízo.

Dilma aguenta pressões
A gerentíssima não aguentou as pressões de um empreendimento complexo como uma loja de R$1,99: faliu a birosca. Mas Dilma suporta a pressão no governo, afinal a coisa fica mansa com cartão corporativo, um país inteiro pagando as contas dela e dos comparsas, a pressão é distribuída entre nós que trabalhamos quatro meses para bancar o leviatã oligofrênico com um governo vigarista dentro. E em troca, temos?

Panelas cheias
Cheias de indignação. O PT acabou.
Herculano
08/08/2015 18:19
"PRESOS NA MARIA ANTÔNIA, por Clóvis Rossi para o jornal Folha de S. Paulo

Sempre achei que a esquerda, nacional e internacional, ficou soterrada sob os escombros do Muro de Berlim. Até aí, dava para entender embora não para justificar. Afinal, a queda do Muro e o consequente fim simbólico do comunismo foram acontecimentos tão transcendentais que teriam mesmo que desnortear até quem estava do lado de cá do Muro, quanto mais os que simpatizavam com o lado derrotado.

O que surpreende, agora, com o manifesto de escritores e artistas em defesa de José Dirceu, é que esse pessoal não conseguiu sair nem sequer da rua Maria Antônia, cuja simbologia antecede de muito a queda do Muro. É inacreditável que gente que parece inteligente não perceba que José Dirceu deixou há séculos de ser o jovem idealista que lutava contra a ditadura nas barricadas estudantis de 1968.

Nem era preciso o mensalão ou, agora, o petrolão para fazer uma constatação tão óbvia.

Bastava saber, por exemplo, que Dirceu admitiu à revista "Piauí", em 2008, que prestava consultoria ao bilionário mexicano Carlos Slim, um dos três homens mais ricos do mundo, segundo a revista "Forbes".

A esquerda, inclusive muitos ou todos que assinam o manifesto, sempre denunciou a maneira como se enriquece no México (ou no Brasil).

Um idealista de verdade jamais prestaria serviços a esse tipo de empresário.

O estranhamento não é apenas meu, mas de um fundador do PT, o cientista político Rudá Ricci, que se afastou do partido desencantado.

Escreveu Rudá após a entrevista de Dirceu à "Piauí":

"O grande problema não foi se expor como um megaconsultor, homem de R$ 15 mil por consultoria, ou R$ 150 mil mensais. Esta vaidade de se expor é estranha para um ex-clandestino de esquerda. Revelar que trabalha para o homem mais rico do mundo também é estranho para um ex-presidente do maior partido de esquerda do país. Mas são idiossincrasias que acometem as melhores famílias".

À essa lucrativa "idiossincrasia" somaram-se consultorias - não devidamente comprovadas, segundo a Polícia Federal - às maiores empreiteiras do país.

No tempo em que a esquerda pensava, não deixava de denunciar a promiscuidade entre obras públicas, tocadas em geral por essas mesmas empreiteiras, e poder público.

Hoje, ao defender Dirceu, defende-se automaticamente a promiscuidade, como se houvesse maracutaia do bem (as "nossas") e do mal ("as dos outros").

Os pedidos, em voz quase inaudível, para que o PT faça um reexame de suas práticas já surgiram em 2008, na esteira do mensalão.

Rudá Ricci, por exemplo, escrevia então: "Seria fantástico se o julgamento [do mensalão] provocasse um debate franco entre petistas e toda esquerda tupiniquim. Mas já não tenho mais 20 anos. Não tenho motivos para acreditar que o brilho da utopia seja mais forte que as cores reluzentes do poder absoluto e domesticador".

Bingo, Rudá. O poder domesticou não só dirigentes do PT mas também uma fatia da intelectualidade, o que é um contrassenso: intelectual, por definição, é contestador.
Herculano
08/08/2015 18:17
POLÍCIA MATA TRAFICANTE PLAYBOY, O MAIS PROCURADO DO RIO DE JANEIRO

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Bruno Fantti, da sucursal do Rio de Janeiro. A polícia do Rio matou neste sábado (8) o traficante Celso Pinheiro Pimenta, 33, conhecido como Playboy. Ele estava foragido desde 2009 e era considerado o criminoso mais procurado do Estado.

A operação foi realizada no morro da Pedreira (zona norte). Reuniu cerca de 80 homens da Polícia Federal, da Secretaria de Segurança Publica e da Core (Coordenadoria de Recursos Especiais), a tropa de elite da Polícia Civil.

De acordo com policiais, o traficante teria tentado reagir e foi baleado no peito. Ele chegou a ser levado para o Hospital Geral de Bonsucesso, na zona norte. A sala de polícia da unidade confirmou sua morte.

O Disque-Denúncia oferecia uma recompensa de R$ 50 mil pela captura de Playboy - a maior já oferecida por informações que levassem a prisão de um foragido da Justiça no Rio.

O traficante era líder da facção ADA (Amigo dos Amigos) e atuava nos morros da Pedreira e Lagartixa, na zona norte. Considerado carismático, ele comandava guerra entre facções e liderava invasões.

Criado em uma família de classe média em Laranjeiras, na zona sul do Rio, estudou em colégios particulares até os 18 anos, quando começou a atuar no tráfico de drogas. Ele havia sido condenado a 15 anos de prisão por tráfico de drogas, roubo e homicídio qualificado.

QUADRILHA

Em maio deste ano, três pessoas morreram e quatro ficaram feridas vítimas de balas perdidas durante uma troca de tiros entre grupos de traficantes rivais na estrada de Botafogo, no bairro de Costa Barros, área dominada por Playboy, na zona norte do Rio de Janeiro.

A quadrilha comandada por Playboy teria sido responsável pelo roubo de 193 motos de dentro de um depósito de uma empresa que presta serviço para o Detro (Departamento de Transportes Rodoviários do Estado do Rio), órgão do governo do Estado, no início do ano.

O traficante também é conhecido por mostrar seu poderio bélico nas redes sociais. Um dos casos ocorreu quando a quadrilha de Playboy invadiu a Vila Olímpica Félix Mielli Venerando, em Honório Gurgel e tirou fotos na piscina ostentando três fuzis.
Herculano
08/08/2015 18:15
NO COLEGIADO

O PT de Blumenau, que manda no PT daqui, mandou publicar por lá, que o candidato do partido para tentar suceder Pedro Celso Zuchi, está no colegiado. Então o presidente do PT de Gaspar, líder da bancada, o vereador José Amarildo Rampelotti e campeão devotos, está fora do páreo.
Herculano
08/08/2015 09:32
DILMA E A ENTROPIA, por Igor Gielow para o jornal Folha de S. Paulo

Uma das características em casos terminais é a legítima recusa do paciente em aceitar o oblívio iminente. É isso o que PT e o governo Dilma estão a fazer, como o programa de TV deles demonstrou.

Parece ínfima a chance de qualquer plano ter efeito além do prolongamento da crise, ao estilo Collor e seu "ministério ético" de 1992. Por isso, o que há hoje é uma série de cenários excluindo Dilma do jogo.

Não é golpe: atingimos o ponto em que a entropia impera. Conceito da termodinâmica, ela designa forças destruidoras dentro de um sistema de trocas de energia. Invariavelmente, segundo a teoria, num dado momento tudo é implodido por ela.

O governo hoje é um cadáver insepulto na Esplanada, e ninguém sabe bem o que fazer com o corpo. A Câmara está perdida, e o Senado é inconfiável. A economia está de joelhos e todos só temem o que mais sairá da Operação Lava Jato.

Normalmente, uma oposição forte surgiria como alternativa de poder, de aglutinação. Isso inexiste, até porque cada um quer uma coisa: Aécio torce por uma improvável nova eleição, Alckmin reza pela manutenção do cadáver em praça pública e Serra, pelo impeachment e por Michel Temer o transformar no que FHC foi para Itamar Franco. Tudo frágil.

O PMDB, fiel da balança em qualquer cenário, também está dividido, ainda que seus atores trabalhem mais em conjunto do que a vã filosofia afere. Temer e Eduardo Paes podem sonhar com horizontes. O vice está no fio da navalha, fiador da democracia ao mesmo tempo em que não pode parecer traidor; Eduardo Cunha lidera uma Casa inflamada, e Renan Calheiros sorri para os apelos infrutíferos de Dilma.

O desfecho é uma incógnita, como mostram os boatos (renúncia pronta, Lula ministro, Temer fora etc.) da sexta (7). Certezas: todo mundo está à mercê da Lava Jato, e o governo acabou sem começar. O resto fica por conta da potência da entropia.
Herculano
08/08/2015 09:28
VÁCUO DE LEGITMIDADE, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Impera o caos em Brasília, com Dilma e o PT a persistir nos erros, o Congresso em tumulto e tucanos a acreditar na miragem de nova eleição

Quando a autoridade de um presidente se esvai de maneira vertiginosa, como nestes dias com Dilma Rousseff (PT), do espaço vazio emerge toda sorte de oportunismo.

Em meio à confusão, torna-se mais difícil discutir serenamente soluções razoáveis e eficazes para a crise política galopante. Tal debate fica mais complicado quando alguns atores buscam atalhos para o desenlace, demonstrando pouco apreço pelos ritmos desenvolvidos na normalidade democrática.

A causa principal dos problemas, é bom que se diga, se encontra no próprio Palácio do Planalto.

Dilma segue alheia à deterioração da situação política e econômica e não se mostra disposta a reconhecer os inúmeros erros de seu primeiro mandato. Aos olhos de seus opositores e até de alguns aliados, perdeu a capacidade de comandar o país.

A petista, naturalmente, discorda dessa avaliação. Aferrando-se à mitologia heroica que insiste em evocar para destacar sua resiliência, afirmou: "Ninguém vai tirar essa legitimidade que o voto me deu". No Brasil de hoje, continuou, preza-se o respeito à "eleição direta pelo voto popular".

A hipótese da renúncia, deixa claro a presidente, não está nos seus planos. Não pretende deixar o Planalto nem se sente incapaz de recompor seu apoio político.

A Constituição, de outro lado, permite o afastamento forçado, mas sabiamente não oferece facilidades para apear um presidente. Admite o impeachment, mas a dolorosa terapia pressupõe comprovação de crime de responsabilidade, uma perspectiva incerta.

Mesmo que o Tribunal de Contas da União conclua pela rejeição das contas de Dilma, não será automático passar disso ao impedimento presidencial. O processo será longo, e antes político que jurídico.

A própria oposição não se põe de acordo sobre essa via. No PSDB, por exemplo, dado que o impeachment levaria à posse do vice Michel Temer (PMDB), uma facção passou a patrocinar a hoje inoportuna ideia de nova eleição - na qual seu candidato derrotado, Aécio Neves, despontaria em vantagem.

Para que a proposta seja levada a sério, é preciso antes que o Tribunal Superior Eleitoral encontre bons motivos para determinar a impugnação da chapa Dilma-Temer por delito no pleito de 2014.

Embora esteja em curso investigação por abuso de poder econômico suscitada pelo PSDB, mesmo no caso de condenação o processo se prolongaria com recursos ao Supremo Tribunal Federal.

Há visões divergentes entre tucanos sobre como abreviar o mandato de Dilma Rousseff, por certo. Fica evidente, porém, que uma ala barulhenta do partido pensa que pode subordinar os meios jurídicos a seus fins eleitorais, vergando as regras da democracia para encurtar o caminho até o poder.
Herculano
08/08/2015 09:26
AOS AMIGOS PETISTAS, por Nelson Motta, para O Globo

Nunca perdi um amigo por causa de política. Tenho vários amigos petistas que merecem meu afeto e respeito, alguns até minha admiração, e convivemos bem porque quase nunca falamos de política, talvez por termos assuntos mais interessantes a conversar. Mas agora o assunto é inevitável. E eles estão mais decepcionados do que eu.

Também tenho amigos tucanos, comunistas, conservadores, não meço a qualidade das pessoas pelo seu time, religião ou suas crenças políticas, em que sonhos, idealismo e equívocos se misturam com ambição, desonestidade e incompetência para provocar monstruosas perdas de vidas, dignidade e dinheiro ao coitado do povo que todos eles dizem amar.

O PT está caindo aos pedaços, depois de 13 anos no poder, com grandes conquistas e imensos desastres, mas a perspectiva de ser governado pelo PMDB ou pelo PSDB não é animadora. Claro que há gente decente e competente nos dois partidos, mas a maioria de seus quadros e dirigentes não é melhor do que os piores petistas, e vice-versa.

Chegamos finalmente ao "nós contra eles" que Lula tanto queria ... quando era maioria ... e agora se volta contra ele, perseguido como os judeus pelos nazistas e os cristãos pelos romanos ... rsrs.

Se não fosse tão arrogante e autoritária, Dilma mereceria pena, porque não é desonesta, mas é mentirosa e sua incompetência nos dá mais prejuízos do que a corrupção. Suas falas tortuosas são a expressão da sua confusão mental.

E se Lula não fosse tão vaidoso e ambicioso, tão irresponsável e inescrupuloso, não teria jogado a sua história na lama por achar que está acima do bem e do mal e que nunca descobririam que ele sempre soube de tudo.

Petistas inteligentes e informados sabem que o sonho acabou, game over, zé fini, não por uma conspiração da CIA, dos coxinhas ou da imprensa golpista, mas pelos seus próprios erros, pelo baixo nível e alta voracidade dos seus quadros, pela ganância e incompetência que nos levaram ao lodaçal onde chafurdamos.

É triste, amigos petistas, o sonho virou pesadelo, mas não foi a direita que venceu, foi o partido que se perdeu. O medo está dando de 7 a 1 na esperança.
Herculano
08/08/2015 09:24
DESFECHO POLÍTICO DOMINA TODA A PAUTA ECONÔMICA, Cláudia Safatle, para o Valor Econômico

Ao contaminar uma economia já frágil, mergulhada em recessão, sob forte desequilíbrio fiscal e em meio à batalha para derrubar a inflação de mais de 9%, a crise política de desfecho ainda desconhecido assume o centro das preocupações dos responsáveis pela política econômica do governo.

Para o Banco Central vem daí, e não dos fundamentos econômicos, a razão para a forte desvalorização do real frente ao dólar que ontem chegou a ser cotado a R$ 3,5702. Primeiro o BC avisou que a taxa que estava sendo praticada era um exagero. No final do dia, a instituição aumentou a rolagem dos "swaps" cambiais de 60% para 100% a partir de hoje.

Na hora do almoço o diretor de Política Monetária, Aldo Mendes, passou uma mensagem cristalina ao mercado. Ele disse ao Valor PRO: "O nível atual da taxa de câmbio está muito além, ou muito acima, do que seria explicado pelos fundamentos econômicos do país, mesmo considerando o delicado momento politico. O preço do dólar está claramente esticado. Entendo que os agentes estão agindo aparentemente com pouca racionalidade". E alertou: "Comprar moedas nesses níveis pode representar um risco potencial de perda no médio prazo". O recado era o sinal de que o BC atuaria mais no mercado de câmbio, que está pressionado pela escassez de liquidez.

O dólar, depois de testar a máxima, encerrou o dia com valorização de 1,34% diante do real, cotado a R$ 3,5361. Ainda não se sabia da rolagem integral dos swaps, anunciada pelo BC no início da noite.

A crise política associada às incertezas na economia deu início a um movimento de saída de recursos do país. Dados do BC apontam que o fluxo de julho foi negativo em US$ 3,9 bilhões, gerado sobretudo pela saída de US$ 8,37 bilhões pelo financeiro. Há uma demanda por dólar físico de quem quer deixar o Brasil e, talvez, só a rolagem de "swaps" cambiais não atenda a esse mercado. Em situações semelhantes do passado o BC fez leilões de linha com compromisso de recompra e vendeu reservas cambiais, mediante "ração diária" ou leilão.

A turbulência política não está explícita no balanço de riscos da inflação que o BC cita na ata do Copom, divulgada ontem, mas permeia a avaliação do câmbio, da atividade econômica e está na raiz da obliteração do objetivo fiscal.

A ata reproduz o comunicado da última reunião que elevou os juros para 14,25% ao ano. "O Comitê entende que a manutenção desse patamar da taxa básica de juros, por período suficientemente prolongado, é necessária para a convergência da inflação para a meta no final de 2016", diz a ata.

Ao conceito de "suficientemente prolongado", porém, o Copom agregou uma nova expressão: "desvios significativos". Ou seja, os riscos para que as projeções de inflação do comitê convirjam com segurança para a meta de 4,5% em 2016 "são condizentes com o efeito defasado e cumulativo da ação de política monetária, mas exigem que a política monetária se mantenha vigilante em caso de desvios significativos das projeções de inflação em relação à meta".

Assim, o BC deixou aberta a porta para uma retomada do ciclo de aperto monetário caso a inflação escape da meta e quis manter ambíguo o quanto considera ser um desvio significativo.

A avaliação da autoridade monetária é que o mercado fez a leitura correta da ata. Há quem tenha enxergado, também, um indício de que a convergência estrita para a meta de 4,5% em dezembro de 2016 talvez não seja mais um imperativo a ferro e fogo.

"A análise do balanço de riscos me diz que o hiato do produto vai se ampliar e fazer com que as projeções do BC cheguem em 4,5%, mesmo que o câmbio não jogue a favor. Essa é uma análise subjetiva do balanço de risco, com a qual pode-se concordar ou não, mas que os banco centrais podem e devem fazer", disse um ex-diretor do BC que viu, nessa questão, uma mudança em relação ao que vinha sendo dito até agora.

Nesta semana os movimentos dos partidos da base aliada e das oposições se intensificaram na busca de uma solução política que abrevie a crise. As declarações do vice-presidente Michel Temer, os elogios ao PSDB e pedido de apoio, feitos pelo chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, em comissão na Câmara dos Deputados, na quarta feira, foram interpretados como o sinal mais evidente do desânimo que tomou conta do governo e, mais especificamente, do Palácio do Planalto.

Dilma tentou reagir na semana anterior, com a reunião dos governadores e nesta, em uma articulação de um encontro com os maiores empresários do país para antes do dia 16, data de convocação dos protestos de rua. As primeiras sondagens sobre a realização desse encontro com os representantes do PIB não foram muito animadoras. O risco é de haver mais ausência do que presença.

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, tem dito a interlocutores que "a questão politica é passageira, a mudança do cenário econômico, com o fim do ciclo das commodities, é duradoura".

Diante das dificuldades que enfrenta no Congresso para ter aprovadas as medidas de ajuste fiscal, e tendo na presidência da Câmara o deputado Eduardo Cunha, totalmente hostil a uma agenda que não seja a sua, Levy tem argumentado com algumas as lideranças políticas que o curto prazo não pode desviar totalmente a atenção do que é estratégico para o país, que é "a necessária preparação da economia para que o Brasil possa enfrentar e prosperar em um mundo mais competitivo e de baixo crescimento".

Passados 70 anos da destruição de Hiroshima e Nagasaki, não faltou quem, em um ato de dramaticidade, comparasse o que pode vir a acontecer com o governo às duas bombas atômicas jogadas nas cidades do Japão no fim da Segunda Guerra Mundial: a primeira, " little boy", e, três dias depois, a segunda, "fat man".
Herculano
08/08/2015 09:16
SAMBA DA POLÍTICA DOIDA, por André Singer, ex-assessor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no jornal Folha de S. Paulo

Acontece sempre que a sociedade perde a direção e não ia ser diferente desta vez: o mundo político começa a produzir um festival de bizarrices. Observe-se.

Três semanas atrás, Eduardo Cunha foi acusado, no contexto da Lava Jato, de ter exigido e recebido propina de 5 milhões de dólares. Em resposta, decide romper com a presidente da República. O que uma coisa tem com a outra?

Nada. Dilma Rousseff não controla a Justiça, o Ministério Público nem a Polícia Federal. Cunha sabe. Trata-se de manobra diversionista. Para encobrir a grave denúncia que o atinge, joga o foco sobre o impeachment de Dilma, o qual se dedica a preparar com base na possível rejeição pelo Tribunal de Contas da União (TCU) das contas de 2014.

Na quarta (5), o vice-presidente da República chama a imprensa e reconhece que a situação é "grave" porque em reunião com as lideranças dos partidos governistas não conseguiu acordo a respeito dos salários de servidores da Advocacia-Geral da União (AGU), de procuradores e de delegados. Michel Temer aproveita a oportunidade para indiretamente se oferecer como alternativa para reunificar a nação. O que a unidade nacional tem a ver com a PEC 443?

Nada. O Brasil precisa se unir para bloquear o aumento de alguns funcionários públicos? É esse o projeto em torno do qual devemos nos congregar? Aliás, ao redor do que o país está dividido, mesmo? Ah, não, desculpe, foi só o jeito de avisar que, caso a loucura metódica do Cunha der certo, posso assumir a Presidência.

No dia seguinte, diante do movimento de Temer, a fração aecista do PSDB apressa-se a mudar de posição e abandona o impeachment liderado por Cunha. Resolve conclamar a população a marchar pela realização imediata de novas eleições. O que a unificação nacional para combater o movimento dos empregados da AGU tem a ver com a aprovação das contas de Dilma?

Nada. Ocorre que se houver impeachment da presidente e Temer assumir, em 2018 Alckmin e Serra vão disputar, dentro do PSDB, a vaga de candidato com Aécio. Mas se o TSE cassar a chapa Dilma e Michel, convocando-se pleito agora, Aécio teria a seu favor o recall da eleição presidencial recém-disputada e o fato de que Alckmin precisaria renunciar ao governo de São Paulo.

Enquanto evolui em Brasília o enredo amalucado dos políticos profissionais, sugiro a Dilma ler a excelente entrevista do economista da Unicamp Pedro Paulo Zahluth Bastos no "Valor" (6/8). A economia só sai do baixo-astral com medidas anticíclicas, diz o colega. Se for para cair, caia pelos bons motivos, presidente. Não por tentar cumprir o programa completo do seu adversário do ano passado.
Herculano
08/08/2015 09:13
NÃO TEM JEITO. POLÍTICO SE ACHA UM BICHO PROTEGIDO SOB TODOS OS ASPECTOS INCLUISIVE DAS OBRIGAÇÕES QUE IMPÕE PELA LEI AOS OUTROS.

Aqui em Gaspar, vira e mexe, a Ditran livra a cara de um amigo da Administração. A própria Ditran, contam seus servidores, está enfraquecida. Mas, se serve e consolo, esta notícia do Página Três, mostra que todos são da mesma cepa.

O carro da esposa do prefeito de Balneário Camboriú, Sabrina Nara Schmidt, foi guinchado no começo da tarde desta sexta-feira (7) da frente da prefeitura.

Populares informaram que uma confusão estava acontecendo na Rua Dinamarca, supostamente porque a primeira dama havia estacionado em local proibido.

Já de acordo com a assessoria da prefeitura, ela falava ao telefone quando foi abordada pelos agentes de trânsito, por isso parou na faixa proibida. Eles fizeram a averiguação dos documentos e constataram que estavam atrasados.

O veículo foi guinchado e encaminhado ao pátio.

O incidente movimentou a prefeitura, das janelas do prédio público vários servidores acompanharam o trabalho dos agentes.
Herculano
08/08/2015 09:08
QUAL O PIOR?

Do sindicalista Sérgio Batista de Almeida, do suplente de vereador pelo PSDB de Gaspar, ex- candidato a vice pelo PR e derrotado na chapa do PMDB com Ivete Mafra Hammes, na sua conta do facebook:

"Com a possibilidade da iminente saída de Dilma do governo Brasileiro PTista e a possibilidade de ascensão de Michel Temer(PMDB) a presidência o difícil é avaliar qual é o dano menor nessa questão. O roto ou o esfarrapado? O cafetão ou a prostituta?"
Herculano
08/08/2015 04:58
DILMA CONVOCA REUNIÃO DA COORDENAÇÃO POLÍTICA PARA DOMINGO À NOITE, porFernando Rodrigues



Presidente que reagrupar aliados no Congresso

PT e PMDB terão de ceder cargos a aliados

Alteração no ministério estará em pauta

Mercadante continua sendo o mais criticado

Como viajará para o Maranhão na 2ª feira (10.ago.2015) cedo, a presidente Dilma Rousseff antecipou para domingo à noite a reunião de sua coordenação política. Será às 19h, no Palácio da Alvorada.

Participam os ministros palacianos, o vice-presidente da República e alguns líderes governistas no Congresso.

A pauta é densa. Entre outros temas, estará em discussão algum tipo de reforma ministerial, a demissão de pessoas que ocupam cargos federais, mas seus partidos não dão votos no Congresso. E, mais sensível de tudo, a eventual troca de ministros palacianos.

O titular da Casa Civil, Aloizio Mercadante, é dado como um peso morto na articulação política pela maioria dos partidos aliados ao governo. Além de ter sido citado na Operação Lava Jato (ele nega envolvimento), Mercadante não interage com o Congresso de maneira positiva.

Nesta semana, Mercadante fez elogios públicos à oposição. Um aliado que assistia disse: "Agora ele se superou. Além de não agradar quem é do governo, passou a afagar a oposição".

Essa inoperância das ações erráticas do Planalto, como as de Mercadante, serão tema do encontro de domingo à noite.

ROUPA SUJA - PT X PMDB
Fale com o PMDB e a frase é sempre a mesma: "O PT não entrega os cargos e não temos como atender aos outros partidos aliados".

Fale com o PT e a frase é sempre a mesma: "O PMDB não entrega os cargos e não temos como atender aos outros partidos aliados".

Trata-se da típica situação em que os dois lados têm razão. O PT, em número de cargos, está mais bem servido. Mas o PMDB tem postos considerados mais "saborosos" (por terem orçamentos maiores).

Um exemplo sempre citado por petistas é o caso do PSD, de Gilberto Kassab, atual ministro das Cidades. Com uma bancada de 34 deputados, o PSD é altamente infiel ao Planalto.

A gênese da traição do PSD está sobretudo em 4 Estados, nos quais cobiça indicar pessoas para cargos federais hoje ocupados por peemedebistas - nas áreas de portos, pesca e saúde. No Pará, o domínio é de Jader Barbalho. No Amazonas, de Eduardo Braga. Em São Paulo, Michel Temer é o grande cacique dos cargos do PMDB. No Maranhão, o ex-senador José Sarney continua a ser influente.

PDT
Haverá um certo clima de lavagem de roupa suja nessa reunião de domingo à noite. A ideia é verificar o quanto a fisiologia poderá ser usada nos próximos dias - na distribuição de cargos - para recompor, de maneira eficaz, um número mínimo de deputados fiéis ao Planalto.

Para resolver essa equação, alguns partidos hoje no governo podem ser ejetados. É o caso do PDT, que nesta semana anunciou o rompimento com o Palácio do Planalto - mesmo sendo "dono" do Ministério do Trabalho (ocupado por Manoel Dias) e de vários cargos federais nos Estados.

O líder do PDT na Câmara, André Figueiredo (CE), foi o porta-voz nesta semana do rompimento com o governo. Curiosamente, Figueiredo tem indicados seus em uma diretoria do Banco do Nordeste e no comando da Delegacia Regional do Trabalho no Ceará.

Casos como o do PDT de André Figueiredo serão avaliados no domingo à noite por Dilma e sua coordenação política. No raciocínio do governo, será não vale a pena manter pseudoaliados. Muito menos congressistas que rompem com o Planalto, mas mantém indicados seus em cargos federais.

PTB
Uma pendência fisiológica curiosa envolve o PTB, outra sigla que anunciou rompimento com o Planalto nesta semana.

O PTB está de olho num cargo de direção na Casa da Moeda. Mas o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, não cede por achar que ali não se deve lotear os espaços de maneira política.
Herculano
08/08/2015 04:55
IMPASSE PROVOCOU A DECISÃO DA CARTA-RENÚNCIA, por Cláudio Humberto na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

A presidente Dilma passou a trabalhar na minuta da carta-renúncia na terça (4), ao perceber a incapacidade do governo de impedir derrotas no plenário da Câmara, na "pauta-bomba" e na votação do seu próprio impeachment. A decisão surpreendeu os dois ministros solicitados a ajudá-la no texto, que lhe pediram uma chance de reverter a crise. Chamaram o vice Michel Temer, como sempre. O grupo dividiu tarefas e na quarta (5) iniciou um esforço para tentar reverter o quadro.

Mostrando serviço

Sentindo-se pressionado a mostrar que não conspira pela saída Dilma, Michel Temer fez um apelo tão apressado quanto dramático à "união".

Script antecipado

O apelo de Michel Temer à oposição de unir forças "para superar a crise" já fazia parte do script, mas quando a renúncia fosse confirmada.

Ministro ignorado

O ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil) fez uma visita à Câmara, que tanto hostiliza, para tentar "abrir o diálogo". Foi ignorado.

Lobby na mídia


Temer e ministros de revezaram em ligações a donos de grandes redes de TV e jornais pedindo apoio à tese de "união para superar a crise".

DILMA PROCURA RENAN PARA TENTAR ACALMAR ALIADOS

A presidente Dilma Rousseff tem buscado conversar com o presidente do Senado, Renan Calheiros, para tentar "reconstituir a base aliada". A reforma ministerial domina as conversas entre os dois. Calheiros insiste em um corte significativo no número de pastas e substituição de maior parte dos ministros. Dilma já esboça como será o corpo ministerial, mas espera a nova 'Lista Janot' antes de anunciar o desenho da Esplanada

Vai ou racha

Dilma quer munição "para quando o Procurador-Geral, Rodrigo Janot, denunciar Eduardo Cunha", dizem parlamentares. A PGR não confirma.

Salvador

A presidente foi aconselhada a se reaproximar de Renan, apontado como última alternativa para frear as bombas disparadas pela Câmara.

Na marra


A 'enxugada' ministerial é vista como alternativa à PEC que limita em 20 o número de ministérios. Mas o pior será a escolha dos substitutos.

Nada de Lula

Assessores de Dilma foram pegos de surpresa com a notícia da carta-renúncia da presidente e dizem "desconhecer" o caso. Já a notícia de que Dilma vai nomear Lula ministro foi desmentida enfaticamente.

Na berlinda

O MPF não deve pedir o indiciamento de Romero Jucá (PMDB-RR), Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Renan Calheiros (PMDB-AL), no âmbito da Lava Jato. Mas Eduardo Cunha seria "inevitável", segundo um senador.

Uma mãe

Mesmo com a taxa Selic a 14,25% ao ano, há empréstimos do BNDES feitos a juros irrisórios de até 2,8% ao ano. Melhor que as taxas são os prazos de pagamento firmados com o banco: variam de 10 a 12 anos.

Os homens do presidente

Os peemedebistas insatisfeitos com Eduardo Cunha o acusam de "encher as comissões com meninos". Cunha deu a jovens deputados o comando de CPIs e relatorias de projetos de repercussão nacional.

Negócio lucrativo

Os restaurantes que mais lucraram com os gastos dos 513 deputados federais este ano são o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), com R$ 402,6 mil, e o Hotel Nacional, com R$ 140,2 mil.

Luta dura

Pela primeira vez em 40 anos um governo de Brasília encara os taxistas. O veto à lei contrária ao Uber é só o primeiro round de uma luta que se avizinha cruenta para o governo do Distrito Federal.

Lavagem a jato

O secretário-geral do Solidariedade, ex-deputado João Caldas (AL), manifestou indignação, internamente, com as tramóias nas finanças do partido. Os acusados dizem que é "delação". Mas ele afirma que é só testemunha que deseja ajudar a "lavar a jato" os costumes políticos.

Mão na taça

Colegas do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contam que ele está confiante que manterá o cargo. Com o grande apelo popular da Lava Jato, avalia que "dificilmente será barrado" pelo Senado.

Pergunta no Congresso

O texto da carta-renúncia redigida pelo trio Dilma-Mercadante-Cardozo deixará claro que é renúncia mesmo ou vai dobrar a meta?
Herculano
07/08/2015 21:56
OS 400 DE LULA E A REPÚBLICA DE BANÂNIA. NO LANÇAMENTO DO MEU LIVRO, REUNI O TRIPLO..., por Reinaldo Azevedo, de Veja.

Um dia depois de ter ido ao ar o programa do PT que ameaça o país com o abismo, o golpe e o caos caso Dilma deixe a Presidência - é a isso, creio, que chamam lá de "crise política" -, "petistas e representantes de movimentos sociais", escrevem os sites noticiosos, organizaram em frente ao Instituto Lula um "protesto contra a intolerância".

É mesmo? Contra a intolerância de quem? Seria contra a determinação com que petistas perseguem seus adversários nas redes sociais, agredindo-os verbalmente, trolando-os, molestando-os, a exemplo do que fazia até outro dia - faz ainda? - o ator José de Abreu? Quem chama um notório "hater" para conduzir seu programa de TV não pode falar em "tolerância".

O pretexto do encontro foi protestar contra a bomba caseira jogada há dias na calçada do Instituto Lula, ato criminoso, sim, cuja natureza não se conhece. Os intolerantes do petismo, no entanto, a começar da presidente da República, resolveram associar o episódio ao antipetismo que está nas ruas e em toda parte.

Atenção! É tão legítimo ser antipetista como é legítimo ser antitucano - ou isso não existe aos montes por aí? Quando militantes e simpatizantes do PSDB eram, e são ainda, tachados de "coxinhas" e de "reaças", vocês viram alguém gritar "preconceito"? Será que o tal "preconceito" só existe quando o alvo do protesto são os companheiros?

Ah, esse debate conheço bem. Ao longo dos oito anos de mandato de FHC, eu o vi ser ironizado muitas vezes porque intelectual, porque sociólogo, porque professor da Sorbonne, porque? inteligente! Características inequivocamente positivas foram transformadas por Lula e pelo PT em máculas.

E nada disso parecia preconceito. Quando Lula foi eleito, fiz uma caricatura de seu notório anti-intelectualismo e passei a chamá-lo de "Apedeuta". Foi uma grita geral. Seria "preconceito" de minha parte. Outro dia, alguém me mandou um pensamento - mau pensamento - de um humorista, segundo quem é sempre lícito fazer piada tendo como alvo o opressor, mas nunca o oprimido. Talvez ele pense o mesmo sobre a ironia.

É claro que é uma tolice monumental e expressão de ideologia rasteira. Quando menos porque os conceitos de "oprimido" e "opressor" já embutem juízo de valor. Num país com uma população universitária ainda tão pequena, ironizar a escolaridade formal corresponde, acho eu, a fazer o jogo do opressor. Mas sei não ser esse um juízo universal. Fosse você tentar convencer a população de Dresden de que os Alados eram os libertadores, não os opressores? Não iria colar. A melhor regra para o humor é uma só: ter graça; a melhor regra para a ironia é uma só: descontruir o estabelecido. E fim de papo. Mas volto ao ponto.

Os petistas, no poder há 13 anos, jamais desistiram de exercer o poder da vítima. É muito comum que o sujeito saia por aí gritando "sou oprimido" para que, então, possa ser agressivo, alegando apenas autodefesa.

Mas voltemos o dia
Mas voltemos ao dia. É impressionante que todos nós escrevamos, como se fosse a coisa mais natural do mundo, que os movimentos sociais também estavam lá, junto com os petistas. E sabem por que estavam? Porque eles não se distinguem do partido, e isso não deveria ser considerado algo normal. Porque, definitivamente, não é. Assim como o partido aparelha o estado, aparelha também a sociedade.

E as ambições de verticalização do PT não reconhecem fronteiras. Antes do ato propriamente, estiveram no Instituto Lula os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil), Jaques Wagner (Defesa) e Edinho Silva (Comunicação Social). É evidente que isso é o fim da picada. As autoridades da República estavam lá, se vergando ao poder daquele que se quer ainda o condestável da República. Tenham paciência!

De resto, tenho a dizer: vai mal o PT! Uma convocação como a que foi feita, com a presença de Lula, para abraçar o tal instituto, recebe 400 pessoas apenas? No lançamento do meu mais recente livro, "Objeções de um Rottweiler Amororo" (Editora Três Estrelas), reuni 1.200 na Livraria Cultura. Não quero competir com Lula, claro! É que, no congresso do PT, ele me chamou de "blogueiro falastrão".

O ex-presidente falastrão, definitivamente, não vive um bom momento.
Herculano
07/08/2015 18:58
PMDB TROCA NATELZÃO PELO JOVINÃO, por Carlos Tonet

Jovinão se filiou ao PMDB hoje.

Jovinão é bom de voto e representa um ganho imediato ao partido.

Jovinão pode sair a vereador como puxador de votos e o PMDB acha que pode fazer três vereadores.

O problema do Jovinão é que ele é outsider.

Não é homem de partido.

Não possui organicidade.

Jovinão é maior que o partido na cidade e, por ser temperamental e rebelde, talvez não seja a melhor aposta dentro de um projeto de longo prazo.

A adesão do Jovinão deverá afastar João Natel do partido.

Jovinão e Natelzão são cavalos com características diferentes para uma corrida.

Jovinão tem impulso na largada, Natelzão seria uma aposta de médio para longo prazo.

Um projeto com Natel serviria para fortalecer o partido aos poucos, tornando-o sólido e consistente, com a atração de novos quadros e a aplicação de uma mentalidade mais moderna.

Um projeto com Jovino pode representar algum ganho imediato, mas o partido passa a depender de uma variável não controlada, posicionando-se cada vez mais como coadjuvante de luxo.

Talvez Natel vá para o PSB, talvez não, mas é quase certo que se afastará.

O coração de João Natel é peemedebista e com certeza ele está sofrendo com o amor não correspondido.

Para Blumenau seria bom se Natel continue na política.

É um quadro interessante.
Herculano
07/08/2015 18:53
Ao que se esconde como Willian

"Nenhum comentário sobre a greve dos motoristas de ônibus da Glória hoje em Blumenau, será porque?"

O que tem isto a ver com Gaspar? Outra, o espaço está aberto, qual a dificuldade de você, por identidade e reportar este assunto? Cheira-me a doença.

"Só porque o Napoleão é do PSDB, seu queridinho, ai você esconde a bagunça que está o transporte público em Blumenau".

Cruzes! Esconder a bagunça de lá? Eu era amigo, sim, mas do pai do Napoleão, o saudoso Acácio Bernardes, e bem antes do Napoleão nascer do Acácio ser um criminalista de renome em Santa Catarina. Isto quando ele vendia livros da área jurídica; quando iniciou a advocacia sofreu preconceito da sua origem. Napoleão se me encontrar na rua, nem me cumprimentará, pois nem vai associar o meu nome à minha figura. Ridículo.

Outra, parece-me que a greve é devido a falência administrativa de uma empresa, que não consegue gerar caixa para pagar o que deve pelo trabalho mensal de seus funcionários e não devido a uma possível bagunça do sistema, que é fiscalizado e regulado, inclusive pelo atuante e politizado sindicato da classe. Lá há um Ministério Público atuante, estruturado e por isso, permanentemente vigilante.

"Não adianta esconder, as rádios de Blumenau tem grande audiência aqui em Gaspar, todos acompanham meu caro". Tai. Lá existem rádios que não deixam os cidadãos sem esclarecimentos. Por que eu daqui teria que mexer neste assunto para exatamente tirar o espaço dos problemas daqui? Armadilha sua. Tolo.

Aqui, o PT, tenta intimidar, desmoralizar e constranger a todos da imprensa, que ele a quer mansa, exatamente para esconder a bagunça daqui. Entre elas, a do transporte coletivo, que se faz desde o tardio início deste serviço em 2002, quando não se cumpriu a concorrência de permissão, e que se arrasta na Justiça esperando o esgotamento da permissão. Acorda, Gaspar!
Herculano
07/08/2015 18:36
FORA DO TWITTER, por Lauro Jardim

Quando aceitou o papel ingrato de enumerador dos "êxitos" econômicos dos governos do PT no programa de TV do partido, José de Abreu já previa, além do barulho de panelas, uma enxurrada de tuítes o criticando e ridicularizando.

Precavido, o ator nem esperou o programa ir ao ar para excluir sua conta no Twitter onde, nesta semana, protagonizou uma ardorosa defesa de José Dirceu.
Wilhiam Stong Mahindorf
07/08/2015 18:28
Herculano!

Nenhum comentário sobre a greve dos motoristas de ônibus da Glória hoje em Blumenau, será porque? Só porque o Napoleão é do PSDB, seu queridinho, ai você esconde a bagunça que está o transporte público em Blumenau. Não adianta esconder, as rádios de Blumenau tem grande audiência aqui em Gaspar, todos acompanham meu caro.
Herculano
07/08/2015 17:57
LEITURAS I

Na coluna de terça-feira publiquei aqui uma foto oficial da mesa que dirigia o encontro do PMDB do Médio Vale, em Blumenau, em vusca de caminhos, alinhamentos e unidade . E naquela foto ficava claro que o PMDB daqui da região estava envelhecido e fraco se comparado ao poder que possui no governo de Raimundo Colombo, PSDB e principalmente ao seu passado de influência, representatividade e força. E isto, sublinhei de forma direta.

Houve quem olhasse a mesma foto e notasse nela a representação de um poder irresistível. Aprendriz.

LEITURAS II

O que aconteceu hoje? O PMDB de Blumenau, o enfraquecido, o que não se renovou e nem forjou quadros de sucessão para proteger o que se agarrava no poder, emprestou Jovino Cardoso, do ex DEM, e de 70 mil votos, para fazer votos para a legenda que não conseguiram sucessivamente com Paulo França, César Botelho, os mandados do gasparense Renato de Mello Vianna... Apostavam num outro emprestado e cheio de novidades, o reitor da Furb, João Natel Pollônio Machado. Nem no evento ele apareceu.

LEITURAS III

O PMDB de Blumenau respondeu a uma realidade para a sua sobrevivência, mas não é algo de raiz, é emprestada. Tanto que logo de cara Jovino, o evangélico, imitou um versículo bíblico: "Eu não vim para fortalecer, mas para ser fortalecido". O que significa isto claramente? eu não vim aqui dar votos para o PMDB, mas se o PMDB quiser continuar sendo representado, tem que trabalhar e dar votos para o candidato Jovino.

LEITURAS IV

O que escrevi entre tantas outras linhas sobre este assunto na terça-feira, a coluna que só circula na internet neste dia? "O que esta foto mostra [ a oficial da mesa diretiva do evento a que me referi no início deste artigo] ao distinto público? Que o PMDB de Blumenau ou do Médio Vale como queiram, não possui deputado Estadual, Federal e nem identidade no governo do Estado onde tinha uma influência clara com Luiz Henrique que arquitetou o poder a partir dele. Se Blumenau está assim, que é o centro do médio Vale, sabe-se então porque Gaspar está sem voz, sem proximidade do eleitor com o seu representante".

LEITURAS V

O que a ida de Jovino para o PMDB representa? Que por vias tortas Kleber Edson Wan Dall, evangélico, cabo eleitoral antigo de Jovino 9apesar dele ser de outro partido na época), presidente do PMDB de Gaspar e vestido de candidato a prefeito, ganha um interlocutor no partido, pois frequentemente vinha sendo escanteado por Rogério Peninha Mendonça, o qual acha que o jogo sucessório daqui terá que ser feito em Brasília e entre poucos. Acorda, Gaspar!
Herculano
07/08/2015 17:57
LEITURAS I

Na coluna de terça-feira publiquei aqui uma foto oficial da mesa que dirigia o encontro do PMDB do Médio Vale, em Blumenau, em vusca de caminhos, alinhamentos e unidade . E naquela foto ficava claro que o PMDB daqui da região estava envelhecido e fraco se comparado ao poder que possui no governo de Raimundo Colombo, PSDB e principalmente ao seu passado de influência, representatividade e força. E isto, sublinhei de forma direta.

Houve quem olhasse a mesma foto e notasse nela a representação de um poder irresistível. Aprendriz.

LEITURAS II

O que aconteceu hoje? O PMDB de Blumenau, o enfraquecido, o que não se renovou e nem forjou quadros de sucessão para proteger o que se agarrava no poder, emprestou Jovino Cardoso, do ex DEM, e de 70 mil votos, para fazer votos para a legenda que não conseguiram sucessivamente com Paulo França, César Botelho, os mandados do gasparense Renato de Mello Vianna... Apostavam num outro emprestado e cheio de novidades, o reitor da Furb, João Natel Pollônio Machado. Nem no evento ele apareceu.

LEITURAS III

O PMDB de Blumenau respondeu a uma realidade para a sua sobrevivência, mas não é algo de raiz, é emprestada. Tanto que logo de cara Jovino, o evangélico, imitou um versículo bíblico: "Eu não vim para fortalecer, mas para ser fortalecido". O que significa isto claramente? eu não vim aqui dar votos para o PMDB, mas se o PMDB quiser continuar sendo representado, tem que trabalhar e dar votos para o candidato Jovino.

LEITURAS IV

O que escrevi entre tantas outras linhas sobre este assunto na terça-feira, a coluna que só circula na internet neste dia? "O que esta foto mostra [ a oficial da mesa diretiva do evento a que me referi no início deste artigo] ao distinto público? Que o PMDB de Blumenau ou do Médio Vale como queiram, não possui deputado Estadual, Federal e nem identidade no governo do Estado onde tinha uma influência clara com Luiz Henrique que arquitetou o poder a partir dele. Se Blumenau está assim, que é o centro do médio Vale, sabe-se então porque Gaspar está sem voz, sem proximidade do eleitor com o seu representante".

LEITURAS V

O que a ida de Jovino para o PMDB representa? Que por vias tortas Kleber Edson Wan Dall, evangélico, cabo eleitoral antigo de Jovino 9apesar dele ser de outro partido na época), presidente do PMDB de Gaspar e vestido de candidato a prefeito, ganha um interlocutor no partido, pois frequentemente vinha sendo escanteado por Rogério Peninha Mendonça, o qual acha que o jogo sucessório daqui terá que ser feito em Brasília e entre poucos. Acorda, Gaspar!
Herculano
07/08/2015 17:23
NÓS E ELES. PARA ABAFAR A APURAÇÃO DA CORRUPÇÃO SISTÊMICA COMANDADA PELO PARTIDO E QUE QUEREM PARÁ-LA, LULA VAI À LUTA PARA APRESSAR INVESTIGAÇÕES CONTRA SUPOSTO ATENTADO CONTRA O PRÉDIO DO SEU INSTITUTO

Conteúdo do jornal O Estado de S. Paulo. Um ato em defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reuniu uma multidão [estranhamente não se quantificou] de manifestantes ao redor do instituto que leva seu nome, no Ipiranga, na capital paulista. O ato foi organizado em solidariedade ao instituto que sofreu um atentado a bomba sofrido pelo instituto na quinta-feira, 30.

A manifestação foi organizada pelo diretório municipal do PT e movimentos sociais e reuniu centenas de pessoas por cerca de duas horas. Houve gritos de "o Lula é meu amigo, mexeu com ele, mexeu comigo", "pode tremer, pode tremer, aqui é a infantaria do PT" e de "olê olê olá, Lula Lula". Alguns ensaiaram gritos de "Dilma guerreira da Pátria brasileira", mas os coros se dedicaram ao ex-presidente.

Lula não saiu para se juntar aos manifestantes, mas apareceu na janela do instituto, de onde acenou e jogou flores para os manifestantes ao lado da mulher, Marisa Leticia, e do presidente do instituto, Paulo Okamotto. Petistas fizeram fumaça vermelha com sinalizadores e acenavam com faixas e bandeiras de sindicatos.

Estiveram presentes os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil), Jaques Wagner (Defesa) e Edinho Silva (Secom), além do presidente nacional do PT, Rui Falcão, e estadual, Emídio de Souza. Deputados e vereadores do PT em São Paulo também compareceram, bem como prefeitos de cidades vizinhas à capital, Carlos Grana (Santo André) e Luiz Marinho (São Bernardo do Campo). O presidente [?] da capital, Fernando Haddad, não compareceu. Quadros do Rio de Janeiro, como o senador Lindberg Farias e o presidente do PT-RJ, Washington Quaquá, também participaram do ato.

Manifestação

O presidente do PT municipal disse que o ato é de repudio ao "ódio e à intolerância". "O ato grave contra o presidente Lula tem que ser repudiado e apurado para que se puna os culpados", afirmou Paulo Fiorillo.

Okamotto disse aos jornalistas que se reuniu com o secretário de segurança pública de São Paulo, Alexandre de Moraes, e com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para falar das investigações. "O secretário nos garantiu que a polícia de São Paulo tem todas as condições para apurar o atentado e que seguirá com a investigação", relatou.

Okamotto disse ainda que o instituto quer uma investigação paralela da PF e que espera um retorno para saber se isso será possível. "Entendemos que a PF é responsável por decreto pela segurança de ex-presidentes. Isso vai depender também da interpretação do ministro, ele me disse ver elementos para isso e que vai avaliar".

O presidente do instituto disse também que Lula vem recebendo hostilidades e ameaças e que a segurança do ex-presidente foi reforçada.

Na noite do dia 30, uma bomba caseira foi arremessada contra o instituto. Marcas são visíveis na calçada e no portão da casa sobrada que é sede da entidade. A polícia paulista investiga o caso.
Herculano
07/08/2015 16:18
RELATOR DE PROCESSO CONTRA DILMA NO TSE QUER PROVAS QUE ESTÃO COM STF. OU: SEM FRATURA EXPOSTA, TRIBUNAL NÃO CASSARÁ NINGUÉM, por Reinaldo Azevedo, de Veja.

Uma das frentes em que Dilma Rousseff pode se complicar é o TSE. Na denúncia que apresentou ao tribunal, o PSDB diz que a chapa que a elegeu deve ser impugnada porque a campanha da então candidata recebeu dinheiro de propina da Petrobras, omitiu a divulgação de dados para facilitar a sua reeleição e usou cadeia nacional de rádio e televisão para se promover - práticas, todas elas, vedadas pela Lei Eleitoral.

João Otávio de Noronha, relator do caso no TSE, informa a Folha, vai pedir que o STF compartilhe as provas que estão naquele tribunal, especialmente as apresentadas por Ricardo Pessoa, dono da UTC, que diz ter repassado à campanha da petista R$ 7,5 milhões depois de pressionado por Edinho Silva, então tesoureiro e hoje ministro da Comunicação Social. A doação está registrada na Justiça Eleitoral.

O depoimento que Pessoa daria ao TSE foi suspenso porque sua delação ainda está sob sigilo. Noronha afirma que isso não faz sentido, uma vez que se trata apenas de áreas distintas do mesmo Judiciário. Segundo ele, se preciso, decreta sigilo também no tribunal eleitoral sobre essa parte das provas.

Tenham claro uma coisa: não bastará o simples testemunho - nem no TSE nem em tribunal superior nenhum - para condenar quem quer que seja. Um tribunal eleitoral não cassa um mandato sem a prova inequívoca. Ou por outra: sem, se me permitem a metáfora, uma fratura exposta, não haverá a impugnação da chapa e a cassação dos mandatos de Dilma e de Michel Temer, o vice.

Se, em outras esferas do Judiciário, as provas indiciárias podem levar um juiz a condenar, num tribunal eleitoral, não se interfere na decisão do eleitor sem o preto no branco. Vamos ver. Não conhecemos as provas apresentadas por Pessoa ao STF. Pode ser que a fratura exposta esteja lá.

Se estiver, então se cassa a chapa - Temer dança junto com Dilma. Se isso acontecer nos dois primeiros anos, marcam-se novas eleições num prazo de 90 dias. Se nos dois seguintes, o Congresso elege presidente e vice em 30 dias. Em qualquer dos dois casos, completa-se o que falta do mandato e se realizam eleições em 2018.
Herculano
07/08/2015 16:02
IRMÃO DE DIRCEU DIZ QUE ELE RECEBEU DE EMPREITEIRAS DOAÇÕES, NÃO PROPINAS, por Josias de Souza

Irmão de José Dirceu, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva prestou depoimento à Polícia Federal nesta quinta-feira (6). Disse que, depois que foi condenado e preso no caso do mensalão, Dirceu recebeu de empreiteiras envolvidas na Lava Jato "doações", não propinas. Roberto Podval, advogado do ex-chefão da Casa Civil de Lula, explicou que seu cliente "passava por necessidades". Não é um personagem "dinheirista", mas precisa sobreviver.

De acordo com os dados colecionados pela força-tarefa da Lava Jato, a consultoria de Dirceu amealhou entre 2009 e 2014 R$ 29,3 milhões. Desse total, pelo menos R$ 8,6 milhões vieram de empreiteiras fisgadas na Lava Jato. Empresas como a OAS e a UTC continuaram borrifando verbas na caixa registradora do escritório de Dirceu mesmo depois que ele foi condenado e preso, em novembro de 2013.

O inusitado chamou a atenção dos investigadores e do juiz da Lava jato, Sérgio Moro. Na ordem de prisão que expediu contra Dirceu, o magistrado anotou:"??Não é crível que José Dirceu, condenado por corrupção pelo plenário do Supremo Tribunal Federal, fosse procurado para prestar serviços de consultoria e intermediação de negócios após 17/12/2012 e inclusive após a sua prisão."

Moro acrescentou: "Em realidade, parece pouco crível que [Dirceu] fosse procurado até mesmo antes, pelo menos a partir do início do julgamento da Ação Penal 470 pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal em meados de 2012".

Para Moro, esse tipo de pagamento indica que o objetivo não era o de remunerar uma consultoria ou a intermediação de negócios reais. Buscavam-se "acertos de propinas pendentes por contratos das empreiteiras com a Petrobrás, como admitiu, expressamente, Milton Pascowitch em relação aos contratos da Engevix", anotou o juiz, referindo-se a um dos delatores cujos depoimentos devolveram Dirceu à prisão.

O doutor Podval, que acompanhou o depoimento do irmão de Dirceu, disse que a JD Consultoria teve os contratos rescindidos depois da prisão de Dirceu. Nessa versão, o irmão Luiz Eduardo não tinha dinheiro "nem para fechar" o escritório.

O advogado repisou: "Ele não pediu propina, ele pediu ajuda. Ele estava em uma situação financeira ruim e pediu ajuda para pessoas com quem já tinha trabalhado. Por isso que houve recebimento quando o Zé [Dirceu] não trabalhava."

Para Podval, Dirceu e o irmão não fizeram nada ilegal. Ele diz que, excetuando-se os casos em que o dinheiro entrou na forma de "doação", a JD prestou serviços efetivos de consultoria.

Vale a pena ouvir o advogado: "Vocês podem fazer a crítica que quiser, mas o Zé não é dinheirista. Você vê um delator devolvendo R$ 249 milhões, e o Zé está com o irmão pedindo dinheiro para sobreviver. Aí ele é o chefe da quadrilha? Essa é a coisa mais estúpida que eu já ouvi. Se o chefe da quadrilha precisa pedir dinheiro e o subalterno está devolvendo R$ 249 milhões, esse mundo está maluco."

Dirceu deve ser inquirido pelos federais na semana que vem. A hipótese de tornar-se um delator, disse Podval, é nula. Ele "morre na cadeia antes de fazer uma delação premiada". O doutor enalteceu seu cliente: "É só conhecer o Zé. Ele não é um homem que busca enriquecer, ele não é um homem que admite, por sua estrutura e história, fazer uma delação."

Graças à linha de defesa adotada pelo irmão de Dirceu, o Brasil ficou sabendo da existência de um ser fantástico, jamais visto: o empreiteiro generoso. Uma alma benemérita. Do tipo que doa dinheiro para presidiário. Por pura e casta benemerência.
Herculano
07/08/2015 15:51
NÃO TEM JEITO. DOCUMENTOS REVELAM ELO DE CARTEL DA LAVA JATO COM DIRCEU E MULHER DE EX-MINISTRO DO PERU. DOCUMENTOS COMPROVAM VÍNCULO ENTRE EMPREITEIRAS, DIRCEU E MULHER DE EX-MINISTRO PERUANO

Parte 1

Conteúdo do jornal O Estado de S. Paulo. Os investigadores da Operação Lava Jato têm os contratos, notas e trocas de mensagens da Galvão Engenharia - empreiteira acusada de cartel e corrupção na Petrobras - e a SC Consultoria, empresa de Zaida Sisson de Castro, mulher do ex-ministro da Agricultura do Peru, Rodolfo Beltrán Bravo (governo Alan García). Zaida é suspeita de ser o elo do ex-ministro José Dirceu com o governo peruano.

A Polícia Federal afirma, em relatório da Operação Pixuleco - 17ª fase da Lava Jato, que levou Dirceu e outras sete pessoas à prisão e fez buscas em endereço de Zaida no Brasil, na segunda-feira, dia 3 -, que a mulher do ex-ministro do Peru foi destinatária de valores remetidos pela JD Assessoria e Consultoria, empresa do ex-ministro usada para dar consultorias e palestras, após ele deixar o governo Luiz Inácio Lula da Silva em 2005.

Foram identificadas pela Polícia Federal 20 transferências bancárias da JD para a empresa de Zaida, entre 16 de janeiro de 2009 e 16 de novembro de 2011, totalizando R$ 364.398,00. Nesse período, Dirceu foi contratado por duas empreiteiras do cartel que atuava na Petrobras, para supostamente prospectar negócios no Peru, entre elas a Galvão Engenharia e a Engevix.

Zaida anota que prestou efetivamente serviços de consultoria para a JD no Peru, mas que a SC Consultoria nunca recebeu valores da empresa de Dirceu. Diz que iniciou um trabalho conjunto em 2008, dado seu conhecimento com o mercado peruano. "Apresentei meus serviços para identificar possibilidades para empresas do Brasil no Peru, principalmente na área de infraestrutura." O vínculo com a empresa do ex-ministro preso terminou em setembro de 2011, destaca.

"A SC Consultoria nunca faturou para a JD", disse Zaida. "A Blitz de Brasil é que faturou a JD, porque tinha empresas que queriam pagar aqui (no Brasil)." A Blitz está registrada em nome da filha da investigada.

Triangulação

Para investigadores da Lava Jato, os contratos e notas que mostram o vínculo entre empreiteiras do cartel, a JD de Dirceu e a SC da mulher do ex-ministro peruano são indícios claros de uma triangulação entre o ex-ministro e Zaida em um esquema de propina oculto em forma de "consultorias".

"José Dirceu expandiu sua 'consultoria' para Zaida, que, segundo Milton Pascowitch, seria casada com um agente político do Peru, para atuação naquele país", registra o delegado Polícia Federal Márcio Adriano Anselmo, no pedido de prisão do ex-ministro.

Zaida Sisson, mulher de Rodolfo Beltrán Bravo, ex-ministro da Agricultura do Peru (governo Alan García), foi alvo da Operação Pixuleco, 17.º capítulo da Lava Jato. A Polícia Federal vasculhou um apartamento no Centro de São Paulo, endereço da investigada, segundo os investidores.

Brasileira, ela teria sido elo do ex-ministro-chefe da Casa Civil (Governo Lula) José Dirceu em negócios da empreiteira brasileira Engevix e Galvão Engenharia no Peru.

Zaida Sisson foi citada na delação premiada do lobista Milton Pascowitch, que denunciou propinas para o ex-ministro José Dirceu. "Zaida foi mencionada por Milton como esposa do Ministro da Agricultura do Peru e indicada por Dirceu a atuar na obtenção de contratos para a Engevix naquele país. Aliás, Zaida também foi citada em informações prestadas por outra empreiteira cartelizada, a Galvão Engenharia, como responsável pela SC Consultoria S.A.C., indicada por Dirceu para prestar assessoria à Galvão no Peru", aponta documento do Ministério Público Federal no pedido de prisão de Dirceu.

Documentos

Os contratos em poder da PF foram entregues pela própria Galvão Engenharia, a pedido do delegado Eduardo da Silva Mauat. Eles foram apresentados junto com os contratos e notas de pagamentos para a JD Assessoria e Consultoria, do ex-ministro. Para a empreiteira, os serviços são legais e foram executados.

Nos argumentos que apresentou à Polícia Federal, a Galvão explicou que contratou em 2009 a JD para buscar negócios na América Latina. O contrato foi mantido até 2011 prevendo pagamentos mensais de R$ 25 mil.

A Galvão informou que contratou a SC Consultoria por intermédio da JD. "Dentro do escopo contratado, a JD Assessoria e Consultoria Ltda, por meio de parceria internacional, disponibilizou os serviços da empresa SC Consultoria para proceder o apoio necessário à expansão do negócio da Galvão Engenharia S.A em solo peruano", informou a empreiteira à Lava Jato.

Em nota enviada ao jornal "O Estado de S. Paulo", a mulher do ex-ministro informou que "no caso da Construtora Galvão e Engevix não participou em nenhum projeto concluído ou em curso a estas empresas".

A PF tem um contrato com a SC de 15 de julho de 2010. Pela Galvão, quem assina é Marcos de Mora Wanderley. O contrato previa o pagamento mensal de US$ 5 mil. O contrato foi reincidido pela Galvão em 25 de junho de 2012 de forma amigável entre as partes
Herculano
07/08/2015 15:51
NÃO TEM JEITO. DOCUMENTOS REVELAM ELO DE CARTEL DA LAVA JATO COM DIRCEU E MULHER DE EX-MINISTRO DO PERU. DOCUMENTOS COMPROVAM VÍNCULO ENTRE EMPREITEIRAS, DIRCEU E MULHER DE EX-MINISTRO PERUANO

Parte 2

O contrato da SC Consultoria com a Galvão teria servido para buscar negócios em dois projetos: Projeto Especial Binacional Puyango-Tumbes, para irrigação das áreas de cultivo no Peru e no Equador, e o Projeto Especial de Irrigação da Marge Direita do Rio Tubes.

Segundo a Galvão, a "SC Consultoria ainda auxiliou a Galvão em projeto de saneamento contratado junto à estatal peruana Sedapal (Empresa de Servicios de Agua Potable Y Alcantarillado de Lima), intermediando as demandas da empresa junto ao cliente", em 2010.

Zaida informou na quarta-feira, 5, que jamais recebeu pagamentos ilícitos da JD, empresa do ex-ministro José Dirceu. Zaida é taxativa. "Não é certo como mencionam alguns meios que fui o braço direito ou operadora do sr. Dirceu em Peru. Meu rol foi sempre laboral e de orientação com o devido cumprimento e ética."

"Rechaço categoricamente haver recebido pelas consultorias neste período comissão ou pagamento com algum propósito ilícito", ela afirma. "Meus honorários foram em torno de R$ 15 mil durante 35 meses devidamente justificados e declarados ante as autoridades tributárias de ambos países."

"Por quase três anos, a SC Consultoria deu suporte a alguns projetos da Galvão Engenharia, realizou reuniões periódicas com representantes da peticionária com ministros da Agricultura, com o presidente regional de Tumbes no Peru, prospectou possíveis projetos de interesses nas áreas de infraestrutura, saneamento, rodovias, etc., sendo que em ao menos uma dessas reuniões José Dirceu esteve presente", declarou a Galvão, em documento entregue à PF, datado de 16 de abril.

Defesa de Zaida

Zaida informou nesta quinta-feira, 6, que seus serviços para a Galvão Engenharia não foram feitos via JD. "A consultoria que dei à Galvão Engenharia no Peru não foi pela JD, porque o diretor local tinha total autonomia e nunca chegou a conhecer o JD."

"Tenho todas as notas fiscais e impostos pagos e eu fazia informes do meu trabalho de 3 em 3 meses. A empresa tem todos os documentos."

Segundo Zaida, "a SC Consultoria nunca faturou para a JD". "A SC é minha empresa peruana. A Blitz de Brasil é que faturou a JD, porque tinha empresas que queriam pagar aqui."
Herculano
07/08/2015 15:47
NÃO TEM JEITO. SEM DIZER COMO ELA VAI TIRAR O BRASIL NO ATOLEIRO QUE METEU TODOS OS BRASILEIROS, DILMA AFIRMA QUE "NINGUÉM VAI TIRAR LEGITIMIDADE QUE O VOTO ME DEU"

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. A presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou na tarde desta sexta-feira (7) que "ninguém vai tirar a legitimidade que o voto me deu", em resposta às manifestações a favor do impeachment e pela realização de novas eleições.

"Esse país é uma democracia, e uma democracia respeita sobretudo a eleição direta pelo voto popular. Eu respeito a democracia do meu país, respeito o voto", declarou durante cerimônia de entrega de moradias do programa Minha Casa, Minha Vida em Boa Vista.

"Quero dizer que ao longo da vida eu passei por muitos momentos difíceis. Eu sou uma pessoa que aguenta pressão, aguenta ameaça. Eu sobrevivi a grandes ameaças", disse a presidente, repetindo o que falou durante programa do PT veiculado em rede nacional de rádio e TV na noite de quinta-feira (6).

O programa do PT gerou uma nova onda de "panelaços" pelo Brasil. Internautas postaram vídeos nas redes sociais com reações barulhentas contra a presidente. Foi a primeira vez que Dilma apareceu em rede nacional de TV desde 8 de março, quando seu pronunciamento em razão do Dia Internacional da Mulher também foi alvo de panelaço pelo país.

Ainda durante seu discurso na capital de Roraima, a presidente falou sobre as dificuldades enfrentadas pelo país. "O Brasil passa por dificuldade, mas é fato que nós somos um país muito mais forte, mais robusto. Antes, o Brasil quando havia qualquer problema externo ou interno tendia a ter dificuldade para pagar suas contas externas. Hoje, nós temos uma reserva de US$ 300 bilhões de dólares. Nós não quebramos", falou.
Herculano
07/08/2015 15:34
IMPORTANDO VOTOS E PROBLEMAS. DEM EMAGRECE. PAULO GOUVEIA DA COSTA DESAPARECE

Vice-prefeito de Blumenau Jovino Cardoso filiou-se ao PMDB nesta sexta-feira.Evento aconteceu na sede municipal do partido e contou com a participação de lideranças estaduais. Isto acontece após cerca de 25 anos de militância no DEM, que virou PSD. O DEM é comandado no estado pelo ex-deputado Federal Paulo Gouveia da Costa, originário do conservador e então poderoso PFL, que um dia o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, PT, jurou exterminá-lo. E fez.

Jovino tem grande parte do eleitorado nas igrejas evangélicas, Kleber Edson Wan Dall, mesmo no PMDB, foi cabo eleitoral de Jovino aqui em Gaspar por conta desta afinidade religiosa. Jovino teve uma atuação polêmica como presidente da Câmara e o ato em si mostrou, como o PMDB de Blumenau não formou quadros com densidade eleitoral
JULIANO CARDOSO
07/08/2015 15:09
HERCULANO,

A saída do Wando Andrieti demonstra o quanto o projeto do PSD em Gaspar é inseguro! Querem convencer outros partidos a apoiarem o seu projeto, porém, estão tendo baixas em uma área de suma importância, que são os candidatos a vereador.

Na verdade, o Marcelo Brick errou em adiantar que é pré-candidato a prefeito, deveria ter cuidado de ser um vereador, fazer oposição e não acordos com o PT.

Assim, por agora ou ano que vem seu nome surgiria naturalmente. Mas o Marcelo, além de ser soberbo, tem um professor com ele, que deu muitas aulas em Ilhota, basta ver os resultados de lá, a prefeitura tá que é uma beleza.

E Marcelo Brick, seu projeto tá fazendo água, é hora de pegar o boné e mudar de rota, cuide de sua candidatura a releição a vereador.

Miguel José Teixeira
07/08/2015 14:52
Senhores,

E os PeTralhas ontem, hein??? Em êxtase. . .em seu elemento:
uns, em cadeia nacional. . .outros, em cadeia federal. . .
Mas todos fazendo o que sabem: K H das. . .
Roberto Sombrio
07/08/2015 13:47
Oi, Herculano.

O programa do PT ontem, deixou claro mais uma vez a incompetência e a mentira deste partido de ladrões.

Falaram em bilhões, bilhões e bilhões investidos em todas as áreas e programas do país.

Então porque o Brasil está parando e afundando?
Esses bilhões a que se referiam deve ser o que roubaram de todas as áreas e programas.

Sidnei Luis Reinert
07/08/2015 13:06
De Ronaldo Caiado:

Mais um atentado de Dilma e do PT contra a saúde! O governo optou por destruir todas as sociedades de especialidades médicas e implantar o que tem de mais atrasado no modelo cubano. Esse governo que mesmo em queda, num processo de desmoralização, não deixa de agredir aqueles que eles identificaram como adversários: os médicos brasileiros. Dilma não cansa de produzir desastres. Entenda:

Decreto 8.497/2015, publicado em 5 de agosto:

Cria o Cadastro Nacional de Especialistas, que dentre outros absurdos:

- Obriga o cidadão médico a trabalhar onde o governo determinar e ainda a querer interferir na especialização dele. Isso funciona bem... Em ditaduras!

- ?Registra os profissionais médicos habilitados para atuar como especialistas no SUS? ? Invade competência do CFM;

- "O profissional médico só poderá ser registrado como especialista nos sistemas de informação em saúde do SUS se a informação estiver de acordo com o que consta no registro efetuado neste Cadastro.? ? Só vai trabalhar quem o Ministério da Saúde desejar.

Já estou preparando Projeto de Decreto Legislativo para sustar esse decreto de Dilma.
Alfredo Silva
07/08/2015 10:46
Em resposta ao comentário do Sr Herculano: Carta-renuncia está pronta:

Campanha: compre uma caneta para Dilma.

Compre uma caneta numa papelaria on-line e envie para: Palácio do Planalto, praça dos tres poderes Brasília DF.
Roberto Basei
07/08/2015 10:35
UM DEVANEIO!

O governador não vê com bons olhos a movimentação do presidente da Assembleia, Gelson Merísio. O deputado, de acordo com interlocutores palacianos, açodou o processo, tirando as atenções em relação ao segundo mandato do correligionário. As eleições de 2018 entraram definitivamente na pauta política a reboque das pretensões de Merísio. Pelo menos essa é a interpretação palaciana.

A cada dia, a cada novo evento do governo, Raimundo Colombo deixa muito claro qual sua preferência quando o assunto são as projeções para 2018: os secretários Antônio Gavazzoni (Fazenda), João Paulo Kleinübing (Saúde) e Milton Hóbus (Defesa Civil). Pela ótica do líder lageano, os três são versáteis. Tanto podem ser aproveitados na cabeça de chapa - caso não haja acordo com o PMDB, com ele, Raimundo, disputando o Senado - ou mesmo para liderar uma composição.

Gelson Merísio X Antônio Gavazzoni = FAMILIA ambos são da mesma cidade o Presidente da Alesc é casado com a irmã do secretário!!!!
Herculano
07/08/2015 10:32
SOMOS TODOS CÂMARA, por Eduardo Cunha, no jornal Folha de S. Paulo

Não existe "Câmara de Cunha". O que há é uma Casa independente, na qual a maioria exerce a vontade de seus representados no voto

O editorial "Desconcerto", publicado pela Folha nesta quinta (6), contém críticas e ilações que ultrapassam a razoabilidade e a boa-fé.

Apesar de declarar publicamente a minha mudança de alinhamento político em relação ao governo federal, sempre afirmei que se trata de posição pessoal, que não influencia a institucionalidade do cargo de presidente da Câmara Federal, garantindo a preservação da harmonia entre os Poderes.

Não sou ativador de "pautas-bomba". Aliás, publicamente, por várias vezes as refutei. A Folha inclusive registrou minha posição contrária à aprovação pela Câmara dos Deputados de reajuste das aposentadorias pelo mesmo índice de correção do salário mínimo.

As pautas são elaboradas pelo colégio de líderes e, no caso específico da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) 443, foi definida como prioritária para o mês de agosto de forma unânime.

Na terça (4), a maioria dos líderes assinou requerimento solicitando adiamento da votação para o dia 25 deste mês. Ao submeter o requerimento à votação do plenário, as bancadas não acompanharam a orientação e impuseram derrota ao governo por 99 votos de diferença.

Depois de o requerimento ter sido rejeitado, suspendi a sessão e tentei um acordo com líderes em reunião extraordinária, sem sucesso. Adiei a votação para o dia seguinte, precedida de outra negociação pela manhã.

Busquei novo entendimento pela manhã, e o governo optou por colocar mais assuntos na PEC, incendiando ainda mais a matéria. Diante do quadro, assumi publicamente que não pautaria a votação da proposta em segundo turno antes da aprovação e promulgação da PEC 172, que impede a imposição de despesas aos entes federados sem a definição das respectivas receitas.

A discussão foi adiante e na madrugada desta quinta-feira procurei, mais uma vez, adiar a votação do substitutivo da PEC 443 para terça-feira (11), mas o plenário rejeitou de forma veemente a sugestão, permitindo apenas resguardar os destaques para a próxima terça.

O texto foi votado e obteve 445 votos a favor ?sendo 59 deles do PT e 13 do PC do B?, e a mesma Folha que noticiou corretamente o andamento da votação em reportagem na página A5 se contradisse na página A3 ao me atacar em editorial.

Dizer que o presidente da Câmara possui tal poder de intervenção a ponto de fazer as bancadas não seguirem seus líderes é dizer, também, que 445 dos 513 deputados me seguem, incluindo os do PT. A argumentação beira o ridículo de tão impossível. Não existe "Câmara de Cunha". O que existe é uma Câmara independente, na qual a maioria exerce a vontade de seus representados por meio do voto.

Não compactuo com irresponsabilidades no exercício da independência dos Poderes nem na submissão à vontade de corporações que usam a Constituição Federal como refúgio a vetos de aumentos salariais, mas não sou o dono dos votos. Aliás, por disposição regimental, nem sequer exerci o meu.

Por fim, jamais aceitarei a insistente tentativa de me imputar o papel de conspirador pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff. Na mesma edição desta quinta, a Folha noticiou, sem tanto alarde, a realização de reunião de outros parlamentares, supostamente para tratar do assunto.

Tenho afirmado reiteradamente que o impeachment não é recurso eleitoral de quem perde as eleições, mas um grave instrumento jurídico a ser utilizado em situações muito específicas, sob o risco de abalar alicerces democráticos que demoramos muito a construir.
Herculano
07/08/2015 10:30
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA É DESTINO, por Ricardo Noblat, de O Globo

A arrogância que pontua a trajetória do PT desde a sua fundação e que agora, além de tudo, o paralisa, foi responsável pela ausência de qualquer admissão de erros no programa de televisão exibido ontem à noite. A não ser que se entenda como tal a pergunta feita pelo ator José de Abreu, o apresentador do programa:

- Não é melhor a gente não acertar em cheio tentando fazer o bem do que errar feio fazendo o mal?

Quer dizer: o PT acertou em tudo o que fez até aqui. Pode não ter acertado em cheio, mas acertou em tudo. Não foi melhor do que se errasse feio fazendo o mal? Se errou foi porque tentou fazer o bem.

Empulhação.

Outra ausência notada no programa: a palavra corrupção. Inacreditável que não se tenha dirigido uma única explicação aos brasileiros a respeito disso.

Seria pedir demais que condenassem os petistas que se envolveram com corrupção. Mas poderiam ter elogiado a Operação Lava Jatos. E reafirmado o compromisso do partido com a luta contra a corrupção.

As mentiras ditas por Dilma na última campanha eleitoral ficaram de fora do programa. Ela acusou, por exemplo, Marina Silva de preparar um ajuste que tiraria a comida do prato dos brasileiros.

Disse que Aécio, se eleito, cortaria programas sociais e causaria o desemprego de milhões de pessoas. O programa não poderia ter abordado essa questão mesm0 de passagem?

Não o fez. Repetiu supostas realizações do governo que as pessoas nem querem mais saber porque passaram a desconfiar de tudo. E ainda debochou dos paneleiros.

Debochar dos que batem em panelas para manifestar seu descontentamento equivale a provocar 7 entre 10 brasileiros que rejeitam Dilma e seu governo, de acordo com o Datafolha.

Há algo de inteligente nisso? Ou só de arrogante?

Sem discurso, sem aliados fieis, sem líderes, sem futuro promissor a curto ou médio prazo, o PT vê o governo que apoia, ou que mal apoia, desmanchar-se a cada dia.

O governo envelheceu sem sequer ter completado um ano. A presidente entregou ao seu vice o protagonismo que num regime presidencialista só a ela pertenceria.

De sua parte, Temer começa a se desgastar pelo desempenho de um papel para o qual não foi eleito. Não foi sequer votado. Arrisca-se a cair numa armadilha mortal.

Quer só socorrer a presidente a pedido dela. Mas pode parecer o ambicioso que aproveita o momento de fraqueza do titular do cargo para tentar passar-lhe a perna.

Na boca do palco desde janeiro último, Temer já deu o que poderia dar. Não domesticou o PMDB, seu partido. Nem o presidente da Câmara, seu companheiro.

O sucesso do ajuste fiscal foi para o espaço sem que Temer tivesse culpa alguma disso. A função de distribuir de cargos públicos esbarrou na sabotagem de ministros.

É tentador estar permanentemente sob os holofotes da mídia e ser bajulado pelos que desejam ou apostam em sua ascensão à presidência. Mas não é prudente. E muitos dirão que nem correto.

Aproveite o cansaço e se recolha à calmaria do Palácio do Jaburu, a poucos metros do Palácio da Alvorada. Se o destino for o de trocar de palácio, isso ocorrerá à sua revelia.
Herculano
07/08/2015 10:27
DILMA TEM DE FORMALIZAR A RENÚNCIA, por Reinaldo Azevedo para o jornal Folha de S. Paulo


Dilma continuará a ocupar o lugar físico destinado ao presidente, embora já não esteja entre nós

Há um mês sugeri neste espaço (folha.com/no1653963) que a presidente Dilma Rousseff renunciasse ao mandato. Levei, para não variar, pancadas da subimprensa que não se compra, mas que se vende. Também esse convite foi considerado manifestação da dita "mídia monopolizada", que é como o PT classifica os jornalistas que têm o hábito de escrever com os pés, e só os pés, no chão.

Na quarta-feira (5), o ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil) e o vice-presidente Michel Temer, coordenador político do governo, anunciaram, a seu modo, que meu convite tinha sido em parte atendido. Dilma já renunciou ao mandato, mas, por enquanto ao menos, não haverá a formalização do ato abnegado. Ela continuará a ocupar o lugar físico destinado ao presidente da República, embora já não esteja entre nós.

A fala de Temer é de uma eloquência inequívoca: "É preciso que alguém tenha a capacidade de reunificar, reunir a todos, e fazer este apelo, e eu estou tomando esta liberdade de fazer este pedido porque, caso contrário, podemos entrar numa crise desagradável para o país". Deve-se entender por "crise desagradável", na fala e modos eufemísticos do vice, a ingovernabilidade ela mesma.

Não é prudente que se vá além do que as palavras de Temer significam na sua mais explícita denotação. Reunificar, ou reunir a todos, é tarefa que cabe ao governante -"liberdade", anuncia ele, que decidiu tomar porque já não há ninguém no Planalto capaz de fazê-lo. E que se note, para estupefação geral: a Lava Jato, exceção feita a alguns contratempos no ritmo das obras - o que têm lá as suas vantagens, já que o dinheiro acabou -, não criou até agora embaraços para Dilma.

Não consta que será Rodrigo Janot a criá-los. Ao contrário até. Na era do catta-pretismo ?em que o rábula de porta de cadeia ascende à condição de rábula de porta de Ministério Público (papa mais fina e mais cara)?, a governanta viu alguns adversários internos e externos cair na teia de um arranjo narrativo que, em muitos aspectos, lhe é útil.

Para que Dilma tirasse, no entanto, alguma vantagem do petardo que colheu Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara, seria preciso ter uma agenda, um projeto, uma proposta, um horizonte, um qualquer-coisa-que-fosse que não sirva apenas para remendar os desastres fabricados nos seus quatro primeiros anos de mandato e, em muitos casos, nos oito que os antecederam. E, definitivamente, não há.

Também na quarta-feira, Mercadante fez um apelo à oposição, ensaiando até um mea-culpa meio desajeitado ?não é afinal, um terreno conhecido pelo petismo; pelo ministro tampouco. Poderia ser a proposta de uma "pax", hipótese em que os fortes de ambos os lados apresentam suas condições e fazem suas ofertas. Mas não era nada disso. Ele só estava pedindo arrego mesmo, com ar abúlico.

Numa hora como essa, Dilma poderia ser socorrida pelo PT, e caberia a este a serenidade de falar em nome das instituições e da tolerância. Viram, no entanto, o programa do partido no horário político nesta quinta (6)? Ameaçou a população com o abismo e com o golpe, tratou líderes da oposição como meliantes e ironizou o povo na rua. Foi, em suma, hostil aos 71% que acham o governo ruim ou péssimo e aos 66% que querem o impeachment, segundo o Datafolha.

Dilma tem de formalizar a renúncia. Enquanto é tempo.
Herculano
07/08/2015 10:24
FALTOU ARGUMENTO

O ex-presidente do PSD de Gaspar, Fernando Neves, o atual Marcelo de Souza Brick e mais Rodrigo Fruck foram à casa do Wando Andrietti ontem. E lá, por quase três horas tentaram demovê-lo da decisão que tomou em sair do PSD. Ele bateu o pé, e o pessoal então bateu em retirada.

E tem mais gente pensando na mesma coisa...
Herculano
07/08/2015 07:23
UM PROBLEMA DE CARÁTER

O ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, fundador e presidente de honra do PT, anunciou que queria conversar com quem ele próprio construiu como desafeto para tudo, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, PSDB, no grito dos afogados.

Muito bem.

Ontem no programa do PT na TV, Lula, para o povo, o que ele engana com a propaganda que monta milimetricamente para os analfabetos, ignorantes, desinformados, necessitados e fanáticos, afirmou que a atual crise é menor do que dos seus antecessores, e mais, mesmo estando no fundo do poço e pedindo água, enfatizou em pelo menos uma ocasião, a discriminação clara do nós e eles.

Então que diálogo é o que ele e o PT estão propondo com FHC, outros da oposição e o povo massacrado e roubado nos seus pesados impostos que não chegam à saúde púbica, educação de qualidade segurança e obras? Wake up, Brazil!
Herculano
07/08/2015 07:15
CARTA-RENÚNCIA ESTÁ PRONTA, DIZEM FONTES DO PLANALTO

Apesar de ter declarado que "suporta a pressão", a presidente Dilma já teria preparado uma carta-renúncia. Fontes do Palácio do Planalto garantem que a redação da carta não foi um ato solitário, como é comum nesses casos: Dilma teria contado com a ajuda de dois dos seus ministros mais próximos, Aloizio Mercadante (Casa Civil) e José Eduardo Cardozo (Justiça), apesar de ambos serem contrários à ideia.

Temer assume

Confirmada a renúncia de Dilma, o vice-presidente Michel Temer (PMDB) assumiria imediatamente o comando do Executivo.

Cerco apertado

Além da renúncia, há outras hipóteses para a saída de Dilma: ação na Justiça Eleitoral e representação da oposição por crime financeiro.

Ação dupla

A ação eleitoral por financiamento ilegal de campanha pode culminar no cancelamento do registro da chapa. Assim, cairiam Dilma e Temer.

Última hipótese

Se prosperar a representação da oposição na Procuradoria-Geral da República por crimes financeiros, Dilma também poderia ser cassada.

HOMEM FORTE DS GOVERNOS DO PT, PALOCCI SOME

Antonio Palocci, ex-ministro de Dilma (Casa Civil) e Lula (Fazenda), faz força para ser esquecido, como parte da sua "estratégia de defesa". São raras as aparições até em eventos do PT. O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa acusa Palocci, na delação premiada na Lava Jato, de exigir R$ 2 milhões do 'caixa do PP' no esquema para a campanha da presidente Dilma, em 2010. As informações foram contundentes o suficiente para que Sérgio Moro determinasse a abertura de inquérito.

Assessor nº1

O ex-ministro continua muito ligado a Lula, de quem é contato junto a grandes empresas, inclusive muitas que estão enroladas no Petrolão.

Lista Janot

O nome do ex-ministro foi incluído na lista enviada por Rodrigo Janot ao Supremo com autoridades envolvidas na roubalheira à Petrobras.

Figura fácil

Palocci figura em outros escândalos: improbidade quando era prefeito de Ribeirão Preto e a quebra do sigilo do caseiro Francenildo Costa.

Poucos amigos

O clima de terra arrasada na Esplanada é evidente. Ontem, o líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), estava abalado: ele havia orientado aliados contra a PEC que dá aumento para advocacia geral da União, mas nenhum partido aliado o acompanhou.

DEM descarta...

O DEM enxerga dedo do PT na tentativa da bancada do PMDB de lhe tirar a prometida presidência da CPI dos Fundos de Pensão. Presidente da Câmara, Eduardo Cunha ofereceu o comando da CPI ao DEM.

...suplente de Gleisi

O acordo de Cunha com o DEM faria de Sérgio Souza (PMDB-PR), que foi suplente de Gleisi Hoffmann (PT), o relator da CPI. Mas o PMDB diz que Efraim Filho (DEM-PB) não conseguirá se eleger presidente da CPI.

Tucanos não querem

Ainda existiam entusiastas de um encontro entre os ex-presidentes FHC e Lula para apaziguar os ânimos durante a crise. Mas a pesquisa de ontem com o recorde de reprovação de Dilma jogou água no otimismo.

Oficial

Fiel escudeiro de Eduardo Cunha, o PSC partirá definitivamente para a oposição, a contragosto do verborrágico líder do partido, Silvio Costa (PE). Na prática, nada muda: o PSC nunca vota com o governo Dilma.

Sem alternativa

Influente no baixo e médio clero, Danilo Fortes (PMDB-CE) só vê duas opções para Dilma: ?Ou reconhece que não recuperará credibilidade ou o Congresso reprova as suas contas e parte para o impeachment?.

Abandonado

Teve dedo do presidente do PT, Rui Falcão, na nota à imprensa que nega participação do PT na roubalheira à Petrobras. A ordem era cuidar da imagem da sigla, sem defesa de José Dirceu, preso na segunda (3).

Entregando os pontos

A declaração do vice Michel Temer de que a situação do país "é grave" foi interpretada no Congresso como a pá de cal no governo Dilma. Aliados dizem que Dilma perdeu um dos seus últimos apoiadores.
Herculano
07/08/2015 07:09
ESSE CARA É ELE? por Bernardo Mello Franco para o jornal Folha de S. Paulo

Ato falho, na linguagem psicanalítica, é um deslize que revela um desejo ou pensamento reprimido. Para muitos políticos, o vice-presidente Michel Temer cometeu um dos grandes nesta quarta, ao dizer que o país precisa de alguém capaz de "reunificar a todos" e apontar uma saída para a crise.

Sempre cuidadoso com as palavras, o peemedebista passou a ideia de que está à disposição para assumir a cadeira de Dilma Rousseff. O escorregão animou defensores do impeachment, como mostrou o "Painel", mas também assustou o PSDB.

"Temer jogou a presidente aos leões quando disse que precisamos de alguém para unir o país. Só faltou imitar o Roberto Carlos e cantar 'Esse cara sou eu'", brinca o líder do partido no Senado, Cássio Cunha Lima.

Apesar do bom humor, aliados de Aécio Neves e Geraldo Alckmin estão inquietos. Se Temer assumir, o PSDB será pressionado a apoiá-lo, o que pode inviabilizar os planos de seus presidenciáveis para 2018. Entre os três possíveis candidatos do partido, a ideia só interessaria a José Serra.

Os aecistas ensaiaram uma reação nesta quinta, ao dizer que a saída para a crise não é o impeachment, e sim a convocação de novas eleições presidenciais. A ideia foi sustentada até pelo líder do PSDB na Câmara, o incendiário Carlos Sampaio.

Os tucanos sabem que a tese não tem respaldo na Constituição, mas querem evitar que o vice seja visto como a única alternativa a Dilma.

O PT também se assustou com o ato falho de Temer. O peemedebista tentou se explicar, mas não afastou totalmente a suspeita de que está a flertando com a conspiração.

O crescimento da sombra do vice pode produzir mais uma aliança inusitada em Brasília: petistas e tucanos unidos no discurso de que "o cara" não é ele. Nos dois partidos, já se ouve o argumento de que a ascensão de Temer significaria entregar o poder a um aliado de Cunha, Renan e Sarney. Alguém quer viver num país governado por esse trio?
Herculano
07/08/2015 07:06
O TRIO PREDILETO DE COLOMBO, por Cláudio Prisco Paraíso

A cada dia, a cada novo evento do governo, Raimundo Colombo deixa muito claro qual sua preferência quando o assunto são as projeções para 2018: os secretários Antônio Gavazzoni (Fazenda), João Paulo Kleinübing (Saúde) e Milton Hóbus (Defesa Civil). Pela ótica do líder lageano, os três são versáteis. Tanto podem ser aproveitados na cabeça de chapa - caso não haja acordo com o PMDB, com ele, Raimundo, disputando o Senado - ou mesmo para liderar uma composição.

O governador não vê com bons olhos a movimentação do presidente da Assembleia, Gelson Merísio. O deputado, de acordo com interlocutores palacianos, açodou o processo, tirando as atenções em relação ao segundo mandato do correligionário. As eleições de 2018 entraram definitivamente na pauta política a reboque das pretensões de Merísio. Pelo menos essa é a interpretação palaciana.

Importante ressalvar que, para o caso de nova aliança com o PMDB, o trio vira dupla (Gavazzoni e Hóbus), já que Kleinübing não aceita o manda brasa na chapa. Até pelo histórico de disputa política do pai, o ex-governador Vilson Kleinübing.
Herculano
07/08/2015 06:53
OS CORTES DO ORÇAMENTO

O decreto 6.519, deste quatro de agosto e publicado ontem do Diário Oficial dos Municípios - aquele que se esconde na internet - anulou os seguintes saldos de dotação do atual Orçamento de Gaspar: R$457 mil para a manutenção da Secretaria de Obras e R$340 mil para manutenção e ampliação da Iluminação Pública. Entende-se agora a razão dos buracos e da escuridão

Herculano
07/08/2015 06:45
O BEBÊ, A ÁGUA E A BACIA, Laura Carvalho, doutorada e professora de Economia na USP, para o jornal Folha de S. Paulo.

Tipo de desenvolvimentismo adotado a partir de 2011 explica o retorno ao túnel infinito da austeridade

Há apenas dois anos, as manifestações de junho colocavam na agenda a urgência de se melhorar o transporte urbano, a saúde, a educação e outros serviços públicos. Ajudaram inclusive a presidente Dilma a aprovar no Congresso a destinação de 10% de royalties do pré-sal para a saúde e a educação.

Hoje, a pretensa agenda do ajuste fiscal propõe uma operação de desmonte do Estado de bem-estar social brasileiro, evidenciada pela ofensiva atual contra a obrigatoriedade dos gastos com saúde e educação, e o contrato social que deu origem à Constituição de 1988.

A má vontade da ortodoxia quanto ao papel do Estado não é novidade. A pergunta que não quer calar é: que erros cometidos pelo governo do PT abriram espaço para tal retrocesso?

Primeiro, não foi o excesso de intervencionismo que nos trouxe de volta para o túnel infinito da austeridade, mas sim o tipo de desenvolvimentismo - aqui desculpo-me com os imortais Raúl Prebisch e Celso Furtado por usar o termo de forma tão ampla - que orientou a política econômica desde 2011.

Entre 2004 e 2010, o Brasil conseguiu obter, juntamente com as taxas mais altas de crescimento, uma redução sem precedente das desigualdades sociais e regionais, o aumento sustentado dos salários, a elevação do nível de emprego formal, a melhoria das contas públicas e externas, tudo isso com uma taxa de inflação sob controle. O investimento cresceu em média 6,7% ao ano no período, superando até o crescimento do consumo, que foi de 4,5% anuais.

O Estado teve papel crucial para essa expansão do mercado interno, não só com as políticas de transferência de renda e salário mínimo, mas também com a ampliação dos investimentos em infraestrutura física e social. No entanto, no final do segundo mandato do presidente Lula, crescia a visão de que tal estratégia de crescimento, erroneamente tachada de "liderada pelo consumo", era insustentável. Seria necessário desviar o foco para o mercado externo, o que exigiria medidas que elevassem a competitividade da indústria e reduzissem o custo da mão de obra.

A presidente Dilma atende ao canto das sereias. Desvaloriza o câmbio, interrompe a expansão do investimento público e contrai o crédito ao consumidor, ao mesmo tempo em que subsidia a lucratividade dos empresários por meio de desonerações tributárias, controle de tarifas energéticas e crédito do BNDES.

A inflação revive, em parte pelo próprio aumento no custo de importados, e dá o tiro fatal no vilão consumo. As exportações, por outro lado, não esboçam qualquer reação, dada a crise internacional e a insensibilidade daquilo que exportamos a variações no câmbio. E assim, o investimento morre também, abraçado, como sempre, aos demais componentes da demanda.

Diante do custo das medidas e do baixo crescimento, o governo passa então a ter dificuldades de cumprir a meta de superavit primário e a estabilizar a dívida pública.

O fim da história nós conhecemos bem: manobras fiscais, mais tentativas de subsidiar margens de lucro, e o "ensaio desenvolvimentista"', parafraseando André Singer, tira da agenda as demandas por um Estado empreendedor e protetor. E ao que tudo indica, nos dedicamos agora a jogar fora, junto com a água suja do banho, o bebê, a bacia...
Herculano
07/08/2015 06:40
VITÓRIA OU PROBLEMA?

O presidente da Assembleia, Gelson Merísio, PSD, está em campanha para ser o candidato do partido para as eleições de 2018. Tanto, que no Oeste onde é a sua origem, quem tinha este plano no PSD, o deputado Federal, João Rodrigues, ex-prefeito de Chapecó, está avaliando trocar de partido (veja abaixo).

E nesta sanha, o Merísio, anunciou ontem como uma conquista para o PSD. Será? Trouxe os prefeitos de Capinzal, Andevir Isganzella, e de Dona Emma, Egon Gabriel, até então filiados ao PT.

O PT está afundando. Os aproveitadores da onda do poder do PT estão saindo dele. Estão indo para uma nova onda. Por questões ideológicas, não são. Sem identificação, esse pessoal navega e cheira poder. O povo? O futuro da sociedade? Que se exploda! (a palavra era outra). O problema era a imprensa. Agora são as redes sociais que multiplicam e esclarecem as sacanagens e os sacanas.
Herculano
07/08/2015 06:29
FALTA ESPAÇO. E A SAÍDA É TROCAR DE PARTIDO PARA FAZER VALER OS PLANOS PESSOAIS DE PODER. ASSIM É A POLÍTICA E O POLÍTICO BRASILEIRO. A SOCIEDADE É UM MERO DETALHE: O VOTO

Conteúdo de Cláudio Prisco Paraíso. Deepois de uma conversa mais aprofundada com o deputado federal Esperidião Amin (PP), o também parlamentar João Rodrigues ficou um pouco mais inclinado a sair do PSD e assinar no ficha no DEM. Se concretizar a mudança, Rodrigues assumiria a presidência estadual da sigla, colocando-se como alternativa para ser vice do próprio Amin no pleito de 2018.

Mas não se trata de uma decisão tão simples. Além de avaliar detalhadamente o cenário político e as perspectivas, João Rodrigues já foi avisado de que o DEM está com as contas rejeitadas pela Justiça. Um empecilho e tanto no atual contexto político.
Herculano
07/08/2015 06:25
BRASIL EM CRISE. PT CULPA A OPOSIÇÃO POR TULMUTUAR, PEDE APOIO CONTRA CRISE E VIRA ALVO DE NOVO PANELAÇO

ConTeúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto e informações de Alexandre Aragão, São Paulo, João Pedro Pitombo, de Salvador, Patrícia Britto, do Recife, Paula Sprb, de Porto Alegre, José Marques, de Belo Horizonte, Estelita Hass Carazzai, de Curitiba e Venceslau Borlina Filho, enviado a Boa Vista. O PT reconheceu nesta quinta-feira (6) que a situação econômica do país é muito difícil, acusou os adversários da presidente Dilma Rousseff de tumultuar o ambiente político e pediu ajuda à população para evitar o agravamento da crise.

Veiculada em cadeia nacional de rádio e televisão, em horário reservado pela legislação partidária para a propaganda do PT, a mensagem foi recebida com panelaços em pelo menos 16 capitais e Brasília, onde manifestantes também soltaram fogos de artifício durante a exibição.

O programa fez uma defesa enfática das políticas adotadas por Dilma durante seu primeiro mandato, quando aumentou os gastos do governo para tentar estimular a atividade econômica, e argumentou que as dificuldades atuais são resultado da crise internacional e não de erros cometidos em seu governo.

"Estamos num ano de travessia, e esta travessia vai levar o Brasil para um lugar melhor", afirma Dilma no programa, repetindo bordão que usa há meses. "Quem pensa que nos faltam energia e ideias para vencer os problemas está enganado. Sei suportar pressões e até injustiças."

Antecessor de Dilma e seu principal padrinho político, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reconhece na propaganda que o momento atual é delicado, mas diz que o país teve fases piores antes da chegada dos petistas ao poder.

"Sei que a situação não está fácil e que a crise já chegou nas nossas casas", afirma. "Mas nosso pior momento ainda é melhor para o trabalhador do que o pior momento dos governos passados."

O programa petista destaca realizações e avanços alcançados pelas administrações do partido e acusa os líderes da oposição de aproveitar o momento que o país atravessa para alimentar uma crise política que poderia ter "efeitos bem piores" do que a crise econômica.

"Querem enfraquecer o governo e tumultuar a política", diz o presidente do PT, Rui Falcão. "Uma coisa é cobrar e criticar o governo, outra bem diferente é tentar desestabilizar um governo eleito democraticamente."

Um dos atores que participa do programa lembra que o país levou 21 anos para sair da ditadura militar inaugurada pelo golpe de 1964 e deixa uma pergunta no ar: "Tumultuar a política traz solução para a economia?".

"Não se deixe enganar pelos que só pensam em si mesmos", afirma um dos atores que participa do programa, logo após a exibição de imagens do senador Aécio Neves (PSDB-MG), adversário de Dilma na eleição de 2014, e outros líderes oposicionistas.

Aécio, que tem convocado a população a ir às ruas no próximo dia 16 para engrossar os protestos convocados por grupos que defendem o impeachment de Dilma, disse que a propaganda do PT "zomba de forma agressiva daqueles que se manifestam".

PANELAS

Os petistas usaram a conclusão do programa para responder com ironia aos oposicionistas que se organizaram nas redes sociais da internet para convocar um panelaço em protesto contra o PT durante a exibição do programa.

"Só queremos lembrar que fomos o partido que mais encheu a panela dos brasileiros", afirma o ator José de Abreu, militante petista, enquanto são exibidas imagens de panelas sendo usadas para cozinhar pratos típicos brasileiros. "Se tem gente que se encheu de nós, paciência. Estamos dispostos a ouvir, corrigir e melhorar."

O programa do PT foi exibido no rádio e na televisão à noite, mas o partido divulgou-o logo de manhã na internet. Anúncios do PSDB convocando para as manifestações do dia 16 também foram veiculados no rádio e na televisão no mesmo horário. A distribuição dos anúncios dos partidos é definida pela Justiça Eleitoral, por sorteio.

Os panelaços nas capitais repetiram os protestos que ocorreram nas últimas vezes em que os petistas apareceram em cadeia nacional de rádio e televisão, incluindo a exibição de outro programa do PT, em maio, e um pronunciamento feito por Dilma em março, no Dia da Mulher.

Na capital paulista, a Folha monitorou 27 bairros. Em 21, houve panelaços contra o PT durante a exibição do programa. Não houve protesto em seis bairros da periferia e seis cidades da Grande São Paulo que são tradicionais redutos eleitorais petistas. Na avenida Paulista, houve buzinaço.
Herculano
07/08/2015 06:10
ANDRIETTI

Vando Andrietti já não está mas filiado ao PSD. Ontem a noite, o presidente do partido, Marcelo de Souza Brick, entregou assinada ao Andrietti, a ficha de desfiliação. Depois de passar pelo PP, ele agra é do PMDB

Deixe seu comentário


Seu e-mail não será divulgado.

Seu telefone não será divulgado.