07/08/2015
MUDO I
A sessão da terça-feira marcou a volta das férias dos vereadores de Gaspar à cansativa rotina de uma sessão de três horas por semana. E na sessão caiu mais uma máscara do PT, um partido que se esfacela nacionalmente. Um partido feito de verdades, assemelhado a uma organização criminosa como ressaltou um ministro do Supremo Tribunal Federal, aquele que acua, que mente, que rotula, que não admite adversários e opinião diferentes do seu discurso manjado e manipulador ou que se une a quem um dia acusou de roubar para apenas se estabelecer ou continuar no poder.
MUDO II
Mais uma vez, e repetindo o que sempre tem dito o presidente do partido de Gaspar e líder da bancada do PT, o campeão de votos, José Amarildo Rampelotti, o cunhado e líder do prefeito Pedro Celso Zuchi na Câmara, Antônio Carlos Dalsochio, PT, afirmou que a vereadora Andréia Symone Zimmermann Nagel, DEM, não fez quando foi governo. E por isso estaria impedida para criticar o atual governo petista daqui. Ela é a única ? de todos os vereadores - que ousa enfrentá-los de forma estruturada, questionando, apontando os erros, fiscalizando no papel e mandato de vereadora. E por isso, a simples professora da Lagoa tem sido massacrada pelo rolo compressor de constrangimentos da estrutura e propaganda petista.
MUDO III
Cansada da acusação, Andréia pediu um aparte (um direito regimental) para interromper a fala do vereador e pedir esclarecimentos sobre a afirmação falsa. Foi ignorada, como sempre tem sido tanto por Rampelotti e Dalsochio, pois acreditam que ela é uma vereadora menor e a verdade que professam deva prevalecer num mundo próprio de verdades que possuem. E como ela cresceu no gosto popular e vendo que ela possa ser uma ameaça, tentam agora ligá-la ao ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt, sem partido, a expiação do PT daqui, como faz com Fernando Henrique Cardoso, PSDB, há anos, no plano nacional.
MUDO IV
Desta vez, depois de meses sendo acusada da mesma ação, Andreia mudou a tática e resolveu esclarecer no seu modo direto de ser e enfrentar a organização petista. Ao tempo da sua fala, Andreia perguntou a Dalsochio qual o governo a que ela pertenceu e qual o cargo que ela tinha para ação e autonomia na gestão administrativa de Gaspar. E ?autoconcedeu? a Dalsochioo aparte (um direito regimental onde um vereador na sua fala permite que outro questione ou valide o seu discurso).
MUDO V
O presidente da Câmara, José Hilário Melato, PP, esclareceu à vereadora que o aparte só é concedido quando pedido, e que Dalsochio, neste caso, não o tinha feito. Andreia insistiu: ?Então permito que ele peça e nos esclareça. Eu concedo o aparte?. Daí em diante, um silêncio constrangedor. Por quase três minutos Andreia, os demais vereadores, assessores e uns poucos que assistiam presencialmente a sessão esperaram uma resposta que não veio, exatamente porque Dalsochio não a tinha. Nem ele, nem Rampelotti, nem Hamilton Graff, nem Daniel dos Reis, nem... E o PT, bem como os demais partidos, ainda dizem que não sabem a razão pela qual a Andreia cai no gosto popular. Acorda, Gaspar!
Quando os gestores públicos falham, os partidos usam para discursos e os políticos se omitem. Lideranças da Margem Esquerda, em Gaspar, cansadas, organizaram-se e foram ao Dnit conhecer, discutir e pedir pelas saídas e entradas, com segurança pela vida, com a nova BR 470 duplicada. É a Gaspar acordada.
TRAPICHE
E as obras da ponte do Vale não recomeçariam neste Julho? O prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, anunciou tal fato, criando um factoide para justificar uma das muitas idas a Brasília e a imprensa engoliu. Até agora não inventou outra data e outra conversa mole.
E por falar em Brasília. Quem foi lá esta semana, local que já atraiu tantos vereadores daqui? Ciro André Quintino, PMDB. Faltou a primeira sessão da Câmara daqui. Ele foi falar com o deputado Mauro Mariani, PMDB. Ciro estava de férias aqui. Mauro também. Mas eles esperaram para se encontrar na capital federal depois das férias de ambos.
E de lá, para disfarçar, mandou recados pelas redes sociais, entrevistas às rádios por telefone e fotos com o deputado. Anunciou ? em tempo de crise e quando nada é liberado - uma verba de R$250 mil para a pavimentação da Rua Rodolfo Vieira Pamplona, no Gaspar Mirim. Não seria mais inteligente, produtivo eleitoralmente e se economizaria diárias, se o vereador além de ir à sessão da Câmara daqui, reunisse com o deputado com os moradores da rua lá no Gaspar Mirim para anunciar tal verba?
Agora, o jornal Cruzeiro do Vale circula apenas às sextas-feiras como no passado. A coluna Olhando a Maré continua sendo atualizada diariamente no portal Cruzeiro do Vale, o mais acessado e de maior credibilidade.
O PSD, sem alardes e num comunicado frio, anunciou que trocou de comando em Gaspar. Saiu Fernando Neves, que se enrolou na administração de Ilhota e entrou o ex-presidente da Câmara, o vereador Marcelo de Souza Brick. É um tipo de blindagem entre os políticos, preventivo para os palanques e discursos do ano que vem.
Brick, enquanto se preocupa em dar bom dia e boa noite no Facebook, lida com a primeira baixa de peso do partido que ele pegou para torná-lo forte e alavancá-lo como candidato em 2016. Evandro Carlos, o Wando Andrietti, que é o primeiro suplente do partido na Câmara com os seus 813 votos.
Wando, que já foi do PP e quando nele, chegou a assumir a vaga na Câmara por 30 dias em 2010, no lugar do Luiz Carlos Spengler Filho, acaba de assinar a ficha com o PMDB e pedir desfiliação do PSD. Brick se esconde para não assiná-la. Pensa que o tempo será o senhor da razão e que Wando não tem razão nenhuma para fazer o que está fazendo.
Onde vai, o prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, diz que a prefeitura daqui, ao contrário do que se vê na maioria das outras, não tem problemas de caixa. Se é assim, então qual a razão do secretário de Planejamento, o homem para todas as obras e recados de Zuchi, Soly Waltrick Antunes Filho, negar um abrigo de ônibus e pedir para os moradores da Margem Esquerda irem aos empresários com o pires na mão para uma obra pública, mínima, necessária e obrigatória? Acorda, Gaspar!
Até ontem, nós brasileiros pagamos para os governos que descuidam e permitem o roubo, a corrupção, a ineficiência e a miséria de muitos, R$1 trilhão em tributos.
Edição 1710
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