Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício

31/07/2015

MUDANÇA I
O PT e o prefeito de Gaspar, Pedro Celso Zuchi, mudaram o comportamento em relação ao Ministério Público e até à Justiça. A esperteza ou dor os ensinou a mudá-los. Estão substituindo a arrogância e a política de enfrentamento pela distensão. Iniciaram o diálogo; estão prometendo se enquadrar ao óbvio: às exigências da legislação. Entenderam que o MP antes de ser progressista e um aliado incondicional como cobravam, ele é independente, não importando o tamanho do desmando contra a sociedade, o coletivo e o bem público. Quem ganha com esta mudança? Gaspar.
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MUDANÇA II
Em alguns casos com discrição e outros com alardes que chegaram à imprensa, foram feitas várias visitas, contatos, apresentações setoriais e promessas. E o prefeito Pedro Celso Zuchi e seus auxiliares participaram destes atos. A intenção foi a de estabelecer pontes, criar uma transparência mínima, contrariando o modo petista de governar. Tudo para diminuir a judicialização via Ministério Público. De forma indireta, entretanto, o PT, o prefeito e os que o cercam, aproveitaram para mostrar que a imprensa exagera ou tem seus interesses. É mesmo, é? Parêntese: a imprensa não instruiu nenhum processo. A imprensa não se beneficia deles. E antes houve minuciosos inquéritos que coletaram provas e indícios. A imprensa apenas noticia o que os políticos espertos tentam esconder da população. Tolos.

MUDANÇA III
Esta mudança, na verdade, tem um nome: a insustentabilidade da situação jurídica que dá muito trabalho, não encontra respaldo legal para defesas consistentes e, ao fim, levaria a uma derrocada fatal para as pretensões políticas futuras de Zuchi e seu grupo. Resumindo: uma aventura que está saindo e vai custar caro. A imprensa livre e investigativa apenas repercute. A maior parte fica obsequiosamente silenciosa. Esta situação vem minando o PT e a administração petista de Gaspar. Ela se soma ao desastre nacional de imagem do partido. E a eleição difícil está aí.

Mudança IV
E para se ter a real dimensão deste problema, basta fazer uma simples consulta ao site da Justiça. Tramitam no Fórum de Gaspar contra o prefeito Pedro Celso Zuchi três Ações Civis de Improbidade Administrativa (por violação aos princípios administrativos e danos ao erário público), uma Ação Civil Pública, duas Ações Populares, além de um Inquérito Policial. Não é pouco. E virá mais.  São perturbações. São ameaças permanentes de se tornar inelegível por muitos outros anos. No Tribunal de Justiça há uma Ação Civil Pública pronta para decisão com parecer favorável à sentença dada aqui na Comarca. Então, Zuchi mal orientado ? como é marca da maioria dos políticos que se acham acima da legislação a qual, todavia, exige dos outros ? (não pelos profissionais, mas por amigos, parentes e fanáticos) foi ao limite do enfrentamento. Agora recua. Entretanto, poderá ser tarde.

ÓRFÃOS
O que conspira contra o PMDB de Gaspar neste momento crucial de decisões? A orfandade e o envelhecimento da liderança que um grupo de jovens apostou para ser renovador. Este grupo sempre teve muita identidade com Luiz Henrique da Silveira, morto recentemente, e Renato de Mello Vianna, da mesma corrente. Vianna está sem gás e disposição para o poder. Quem vem ocupando este espaço é Rogério Peninha Mendonça e ele se ancorou em Ivete Mafra Hammes, Celso Oliveira e Walter Morello, que não são exatamente o leite do café de Kleber Edson Wan Dall.

TRAPICHE

Contagem regressiva. Em julho recomeçam as obras da ponte do Vale (prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, direto de Brasília). Mas julho não acaba hoje? Os políticos não resistem a uma contagem regressiva. Eles testam diariamente a nossa falha memória e a falta de perguntas e agenda da imprensa. Acorda, Gaspar!

    Os vereadores de Gaspar estão de férias depois de quatro meses de trabalho muito duro. Reuniram-se uma vez por semana nas tardes de terça-feira e durante três horas.

    Dia 16 de agosto, Gaspar ensaia novamente ir às ruas contra a roubalheira, a corrupção, a incompetência administrativa, o desemprego, a inflação alta, a falta de verbas patrocinadas pelo governo do PT, que tem apoio do PMDB, PSD, PP, PDT, PC do B, PR... O encontro começa às 14h na Praça Getúlio Vargas.

    Catequese. O PT de Gaspar já tinha um programa de propaganda ambulante: o Orçamento Participativo. Ele está desmoralizado. O circo que reúne em torno 30 comissionados, vereadores petistas, além do próprio prefeito Pedro Celso Zuchi e a vice, Mariluci Deschamps Rosa. Eles não têm audiência. Falam para si mesmos.

    Agora inventaram outra: Prestação de Contas. O desastre é o mesmo. As reuniões não atraem ninguém. E quando vai alguém lá, é para questionar. E como se está em minoria, a claque oficial lança a operação constrangimento. São dois tiros que estão saindo pela culatra: o descrédito é geral.

    Prestação de contas. O deputado Jean Jackson Kuhlmann, PSD, já está em campanha para prefeito de Blumenau, onde perdeu para Napoleão Bernardes. Foi para os faróis distribuir o panfleto com o que ele diz que fez na Assembleia pelos blumenauenses.

    Sobre o que fez por Gaspar onde pediu votos, nada. Na mesma prestação não informa que é o padrinho da administração de Ilhota, liderada por Daniel Christian Bosi, do seu PSD.

    O PP de Gaspar está atrás de uma Coligação? Talvez. O que ele quer é alguém quem banque as contas dos seus candidatos a vereador. Nem mais, nem menos.

    Amanhã tem em Blumenau encontro do PMDB regional. Gaspar estará lá. Qual a facção que representará o partido?

    Azar. O vereador Marcelo de Souza Brick, PSD, nas férias, resolveu ver de perto a lambança que o governo de Raimundo Colombo, PSD, está fazendo para diminuir os buracos das rodovias que chegam a Gaspar. Postou no facebook com pose e a indignação. Sentiu o bafo da revolta dos que utilizam as rodovias. Um tiro no próprio pé.

    Arrumando culpados para a saúde pública que não funciona. Nesta semana, Diário Oficial dos Municípios ? aquele que se esconde na internet ? trouxe duas portarias ? 3.755 e 3.760 - instaurando inquéritos administrativos contra enfermeiras de Gaspar. Ambas estariam falhando nas suas atividades e enfrentando suas chefias. Hum!

    Como contestá-lo? Ele viveu as entranhas do PT, amigo pessoal de Luiz Inácio Lula da Silva, católico, presidente do Sesi, Gilberto Carvalho: ?quem enriquece na política é porque roubou. Vou repetir: quem enriquece na política roubou.  Porque o salário de um político, de governador, deputado e tal não dá para isso?.

    Vale a pena ouvir e refletir. O ex-senador (na ditadura de 64/87) Jaison Tupi Barreto, aos 82 anos a serem completados no dia 16 de agosto, ex-MDB, hoje no PDT, do seu ?retiro? em Balneário Camboriú. A sua mente, língua e coerência continuam afiadas como nos palanques, tribunas e nas entrevistas que participei e se perguntava, mas a censura...


Edição: 1709

Comentários

Herculano
03/08/2015 21:01
A IMPRENSA CHAPA BRANCA E QUE SEMPRE LIDEROU O QUESTIONAMENTO CONTRA A IMPRENSA LIVRE E INVESTIGATIVA É PEGA NA LAVA JATO. SABIA-SE QUE ELA ERA PAGA PELO PT, ESTATAIS E O GOVERNO. O QUE NÃO SE SABIA É QUE ELA RECEBIA DINHEIRO DA CORRUPÇÃO SEM CONTRAPARTIDA DE SERVIÇOS. O 247 SE EXPLICA

Em decorrência do noticiário desta segunda-feira 3 sobre a Operação Lava Jato, a Editora 247 esclarece que foi contratada pela Jamp, por meio do senhor José Adolfo Pascowitch, para a produção de conteúdo sobre o setor de engenharia. Os serviços foram efetivamente prestados, as notas fiscais foram emitidas e os impostos recolhidos como em qualquer transação comercial legal e legítima.

A Editora também esclarece que a linha editorial do Brasil 247, veículo de referência na internet brasileira, com alguns dos principais nomes do jornalismo nacional, será mantida, pautando-se sempre pela independência, pela pluralidade e pela defesa das empresas brasileiras e dos interesses nacionais. Até porque a Constituição brasileira assegura o direito à liberdade de expressão como uma de suas cláusulas pétreas.
Herculano
03/08/2015 20:53
PT FICA EM SITUAÇÃO DIFÍCIL APÓS PRISÃO DE JOSÉ DIRCEU, AFIRMA OPOSIÇÃO. PARA MEMBROS DA OPOSIÇÃO, PARTIDO DE LULA E DILMA SE COMPLICOU. NO GOVERNO LULA DIRCEU COMANDOU A CASA CIVIL.

Conteúdo d Diário do Poder. Representantes de partidos de oposição avaliam que a prisão do ex-ministro José Dirceu, na manhã desta segunda-feira, 3, deixa ainda mais complicada a situação do PT e do governo. Dirceu integrava a cúpula do partido até sua prisão por envolvimento no mensalão. No governo Luiz Inácio Lula da Silva, ele comandou a Casa Civil.

"É um quadro cada vez mais complicado para o PT e para o governo, um quadro que gera ainda mais dificuldade política para eles", disse o líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho (PE). "O PT, como um todo, está cada vez mais em uma situação difícil. Os seus nomes mais importantes totalmente envolvidos, presos. José Dirceu é um quadro que mostra que o PT, no governo, desmantelou toda a estrutura do Estado brasileiro. Temos um quadro caótico de governança", afirmou o parlamentar.

No PSDB, a avaliação é que a prisão de Dirceu liga Lula diretamente ao esquema de corrupção na Petrobras investigado pela Operação Lava Jato. "Com certeza, piora o clima para o governo e o PT, e aproxima de Lula", disse o vice-líder tucano na Câmara, deputado Nilson Leitão (MT).

O presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire (SP), disse em nota que "demonstra que é preciso criar no País um novo governo para que ele possa, junto com a Justiça, corrigir os rumos do Brasil". O deputado afirmou que "há o encaminhamento de que o impeachment pode se tornar necessário" e que este é o momento "para fazer a intervenção constitucional, legítima para dar um paradeiro nisso tudo", já que, para o parlamentar, "a ingovernabilidade está instalada no País".

"Essa prisão significa um passo importante para a elucidação de quem é o chefe dessa organização criminosa", disse o líder do PPS na Câmara, deputado Rubens Bueno (PR).
Luiz Orlando Poli
03/08/2015 20:38
Segundo semestre ! Volta as jaulas ! Agente penitenciário fazendo a chamada de presença dos presos ! PIXULECCOOO ! PRESENTEEEE !
João João Filho de João
03/08/2015 19:28
Sr. Herculano:

Postado por Polibio Braga

"O governo e o PT estão assustadíssimos, porque diante da prisão do fundador do Partido, Zé Dirceu, teme que Lula seja preso a qualquer momento, abrindo caminho para o imediato impeachment de Dilma Roussef. Nesta quinta, Lula e Dilma irão para a TV no horário eleitoral do PT, mas o governo teme que ocorra um panelaço de proporções continentais na ocasião."

Presos pela Democracia Militar. Presos pela Democracia Civil.
Os lobos perdem o pelo, mas não perdem o vício.
Herculano
03/08/2015 19:10
A COLUNA DESTA TERÇA-FEIRA

Só aqui, no portal Cruzeiro do Vale é você terá de agora em diante nas terças-feiras a coluna Olhando a Maré. Ela está pronta e editada. E para fazer pautas aos sem assuntos e invejar os chapas brancas.
Herculano
03/08/2015 17:01
LAVA JATO: DIRCEU RECEBEU UM "MENSALINHO" DE R$ 96 MIL DA PETROBRÁS POR DEZ ANOS

Conteúdo é do Congresso em Foco. O texto de Wilson Lima. O ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu recebeu um "mensalinho" de aproximadamente R$ 96 mil, fruto de recursos desviados da Petrobras entre os anos de 2004 e 2013, mesmo após ser preso por decorrência de sua condenação no processo do "mensalão". A informação está no despacho do juiz Sérgio Moro, com base na delação premiada do lobista Milton Pascowitch. Os investigadores alegam, ainda, que Pascowitch pagou uma casa no valor de R$ 500 mil para uma das filhas de Dirceu com dinheiro da estatal. Somente em "mensalinhos", Dirceu recebeu algo em torno de R$ 11,5 milhões, de acordo com a força-tarefa da Operação Lava Jato.

Dirceu foi preso na manhã desta segunda-feira (3), durante a 17ª fase da Operação Lava Jato. O advogado de Dirceu, Roberto Podval, afirmou que pretende se pronunciar apenas após ter acesso aos autos. Anteriormente, Podval já havia negado qualquer relação do ex-ministro com o esquema de desvios de recursos desarticulado pela Lava Jato.

De acordo com a delação premiada do Pascowitch, o "mensalinho" era pago por meio da Hope Recursos Humanos, responsável pelo fornecimento de mão de obra terceirizada à Petrobras. O dinheiro, segundo as investigações do Ministério Público Federal (MPF), era fruto de desvios após obtenção de contratos da Engevix junto à Petrobras nas obras das unidades de tratamento de gás natural de Cacimbas I e II, no Espírito Santo. ?A empresa pagaria propinas a Renato Duque e às pessoas responsáveis pela indicação deste ao cargo, especificamente José Dirceu e associados deste?, informou o juiz Sérgio Moro na decisão. Duque foi indicado para a diretoria de Serviços da Petrobras por intermédio do ex-ministro.

"A propina da empresa teria sido intermediada por Júlio Camargo, tendo, posteriormente, Milton Pascowitch assumido esse papel", pontuou Moro. "Seriam pagos cerca de 3% dos 'valores líquidos faturados à Petrobras', o que corresponderia a cerca de 500 mil reais mensais, sendo os valores entregues a Milton Pascowitch. Dos valores, cerca de 180 mil ficariam com Fernando Moura e o restante seria dividido entre Renato Duque (40%), José Dirceu (30%) e Milton Pascowitch (30%)."

Vários destes pagamentos eram realizados por empresas como a Hope Recursos Humanos à JD Assessoria, de propriedade de Dirceu. Mas, segundo o delegado Márcio Ancelmo, integrante da força-tarefa, não houve comprovação de serviços prestados pela JD. As investigações apontaram que a empresa prestava consultoria em diversas áreas, de advocacia até na área de engenharia. Mas ela tinha apenas um funcionário de nível superior. "Com todo o tempo que essa investigação durou, não há uma só comprovação de serviços prestados", detalhou o delegado. "Só foi identificado um funcionário de nível superior que não teria conhecimento para prestar consultorias em áreas tão abrangentes", assinalou o delegado.

Dirceu também obteve recursos diretamente pagos pela Engevix Engenharia. "No caso, por exemplo, do contrato da Engevix Engenharia, o dirigente Gerson de Almada, apesar de afirmar a contratação para prospecção de negócios no Peru, já admitiu que a empresa, na prática, não logrou obter, por intermédio de José Dirceu, qualquer negócio", descreveu Moro.

Ainda segundo as investigações, o lobista Milton Pascowitch adquiriu ?por preço pouco acima do mercado?, pelas informações do juiz Sérgio Moro, um imóvel de R$ 500 mil para uma filha de José Dirceu, "tendo o valor sido decorrente de propinas acertadas em contratos da Petrobras".
Herculano
03/08/2015 16:55
NA FALTA DE ARGUMENTOS QUE COMBATAM OS INDÍCIOS DE CRIMES E PENSANDO QUE TODOS NÓS SOMOS ANALFABETOS, IGNORANTES, DESINFORMADOS E MANIPULADOS LIDER DO PT EXPLICA: "PRISÃO DE DIRCEU FOI ORQUETRADA"

O conteúdo é do 247, o canal de comunicação do governo do PT. O líder do PT na Câmara, deputado Sibá Machado, criticou nesta segunda-feira, 3, a prisão do ex-ministro José Dirceu na 17ª fase da Operação Lava Jato.

Sibá Machado classificou o ato como uma "perseguição declarada ao PT". "O juiz Sérgio Moro trabalha com suposições, vai à imprensa, faz show. E a Polícia Federal acompanhando esse show. Isso está virando uma aberração ao estado de direito", afirmou o líder petista. "Está caminhando para um golpe político da caneta."

Segundo o deputado, o juiz Sérgio Moro trabalha para "institucionalizar um golpe e para prejudicar o PT". "Existe um olhar diferente para os mesmos fatos. O Dirceu já estava em prisão domiciliar. Não tinha motivo. É uma orquestra para colocar povo na rua. O juiz Moro faz show calculado, pensado, para que isso se desenrole dessa maneira", afirmou.

Em coletiva de imprensa na manhã desta segunda, o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima disse que o "fato novo" que levou José Dirceu à prisão foi a delação premiada de Júlio Camargo, que teria admitido aos investigadores o pagamento de propina ao ex-ministro. Antes, os indícios da participação de Dirceu no esquema vieram da delação do empresário Milton Pascowitch, informou o procurador. Segundo ele, depois do depoimento de Júlio Camargo, os investigadores tiveram "provas suficientes" para efetuar a prisão de José Dirceu.

"Temos claro que Dirceu era aquele que tinha a responsabilidade de definir os cargos na administração de Lula", disse ainda o procurador, citando, como exemplo, o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque.

Sem especificar valores que teriam sido recebidos por Dirceu, o delegado da Polícia Federal Márcio Adriano Anselmo citou, porém, que a quantia seria superior a R$ 20 milhões. Alguns repasses eram feitos "em espécie, mensalmente", não apenas à JD Consultoria, mas a "pessoas ligadas a José Dirceu", afirmou.
Rafaela
03/08/2015 16:18
NADA É TÃO RUIM QUE NÃO POSSA SER PIOR!


A Dilma pedir para o FHC salvar seu governo!

O Colombo ter seu aliado dizendo que vai akbar com as SDRs

O Celso ser vereador por pela sombra da dona Marli é uma calunia KKKKKKKKKKKKKK

So falta o Marcelo ser candidato a Prefeito com a Tereza de Vice ai é o fim !!!!!
Mariazinha Beata
03/08/2015 13:26
Seu Herculano,

Se o sr. quer ser bem atendido na agência do Banco do Brasil (defronte
ao Correio) aqui na cidade, guarde bem este nome FRÉDERIC.
Nem parece que se está em Gaspar.

Bye, bye!
Juju do Gasparinho
03/08/2015 13:20
Prezado Herculano:

Preso de novo?
A operação que prende Zé Dirceu se chama Pixuleco.
Que decadência! O nome é muito apropriado.
Pixuleco é o termo que melhor define a estatura moral dos que roubaram escandalosamente a Nação Brasileira.

Pixuleco rima com pé-de-chinelo.
Anônimo disse:
03/08/2015 13:16
Herculano, a Janete Heytvhisxky Silva esqueceu do nome de outro oportunista, Celso de Oliveira.
Ele hoje é vereador através da manipulável Iracema Marli Stong, está preparando o futuro para ser prefeito através de Ivete Mafra Hames.
Herculano
03/08/2015 12:48
DILMA, LENIENTE OU CÚMPLICE, por Ricardo Noblat

O PT sempre tratou seus adversários com um solene desprezo. Lula, que exerceu um único mandato de deputado federal, disse em certa ocasião que havia no Congresso 300 picaretas. Pouco mais, portanto, que a soma de deputados e senadores.

E o que ele fez quando assumiu a presidência da República pela primeira vez? Passou a governar com os picaretas. Se bem pagos, eles dão pouco trabalho.

Comparado com Dilma, dizem que Lula é um craque. Que sempre soube fazer política. Mas que tipo de política ele fez depois de se tornar inquilino do mais prestigiado gabinete do Palácio do Planalto?

O da farinha pouca, meu pirão primeiro? O do toma lá me dá cá? O do é dando que se recebe? O que aos amigos confere tudo, e aos inimigos os rigores da lei? A resposta é sim a todas as perguntas.

Nunca antes na história deste país houve tanta corrupção. E ela deve ser debitada, de preferência, na conta de Lula e de Dilma.

Não há maior engodo do que se atribuir a descoberta da ladroagem à independência concedida pelos governos do PT à Polícia Federal. O país já está crescidinho. Suas instituições estão sólidas e suportam crises.

A reeleição para cargos majoritários aumentou o apetite dos políticos pelo poder. Ninguém mais se elege pensando em fazer um bom governo em quatro anos. Elege-se pensando em obter um novo mandato.

E aí se gasta o que não se pode, rouba-se com vista à próxima eleição, e suborna-se para atrair apoios, garantindo-se mais tempo de propaganda eleitoral no rádio e na televisão.

No caso da presidência da República, mas não só, nunca antes a corrupção fez parte de um esquema tão ambicioso para a eternização no poder de um determinado partido.

É do PT, de Lula e de Dilma a responsabilidade política pelo que aconteceu. Foram eles que mais se beneficiaram de tudo. Se agora receiam que a polícia lhes bata à porta... Sabem o que fizeram.

Por cálculo político, esperteza ou porque creem, 10 entre 10 estrelas da política afirmam que Dilma é uma pessoa honrada. Que jamais roubou um tostão e que jamais roubaria.

O vilão é Lula. Foi nos governos dele que tudo começou. Fernando Henrique Cardoso defendeu essa tese em entrevista recente a uma revista alemã. Gentil homem!

Perguntem às estrelas se elas acreditam que Dilma é distraída a ponto de desconhecer o que se passava ao alcance dos seus olhos ou ouvidos. Dez entre 10 estrelas da política, sob a garantia de anonimato, responderão que não. É impossível que não soubesse ou que não desconfiasse.

Dou de barato que não roubou. Não a considero, porém, uma tola formidável capaz de ser enganada facilmente.

Quer dizer que Dilma nunca fez ideia que dinheiro sujo, derivado de negócios entre empreiteiras e a Petrobras, irrigou suas campanhas?

Que diretores da Petrobras, nomeados por Lula, desviaram recursos para alimentar os caixas do PT e de aliados?

E que cargos presenteados por ela a políticos sempre serviram ao roubo e continuarão servindo? Só a Petrobras perdeu algo como 19 bilhões de reais.

Dilma, ministra das Minas e Energia, chefe da Casa Civil, presidente do Conselho de Administração da Petrobras, presidente da República, não viu que a empresa estava sendo saqueada?

E que não era a única?

Se não viu deve pedir desculpas e as contas por leniência. Se viu, deve ser mandada embora.

A alternativa é a manutenção no poder de alguém sem autoridade política para governar um país conturbado.
sidnei luis reinert
03/08/2015 12:37
O PT FIXOU A META DA CORRUPÇÃO, QUANDO ATINGIU A META, DOBROU A META...PT NUNCA MAIS!!!
Herculano
03/08/2015 12:26
LAVA JATO É "SÓ ESPETÁCULO", DIZ SECRETÁRIO DO PT

Conteúdo do jornal O Estado de S. Paulo. Horas após a prisão do ex-ministro e ex-presidente do PT José Dirceu, o secretário nacional de Organização da legenda, Florisvaldo de Souza, criticou a força-tarefa da Lava Jato, responsável pela operação na manhã desta segunda-feira (3). Em Brasília para a reunião da Executiva Nacional marcada para a terça-feira (4), Florisvaldo chamou a operação de "espetáculo" e lembrou outras fases na véspera de eventos do PT.

"Quantas fases vai ter essa Lava Jato, 5559? Essa Lava Jato não vai terminar, é só espetáculo. É operação antes da reunião da Executiva, no retorno do Legislativo", reclamou o secretário. Petistas reclamam da coincidência de datas entre eventos do partido e operações da Lava Jato que têm como alvo integrantes da sigla. O ex-tesoureiro João Vaccari Neto foi conduzido coercitivamente na véspera do aniversário de 35 anos do PT, em fevereiro, e preso preventivamente na véspera de reuniões do Diretório e da Executiva Nacional em abril.

A Construindo um Novo Brasil, corrente majoritária da qual Dirceu faz parte, tem encontro preparatório marcado para hoje na capital federal. Florisvaldo não quis adiantar se a CNB levará à Executiva algum tipo de defesa ao ex-ministro, como foi feito com Vaccari na última reunião. "Não dá para saber. Aliás, ninguém ainda explicou por que o Vaccari continua preso".

Questionado sobre se a prisão de Dirceu altera a pauta da reunião da cúpula petista, Florisvaldo disse que certamente o tema será discutido, mas ponderou: "Nossa vida e nossos projetos continuam, independentemente da Lava Jato".

As críticas dos petistas são sobre a "politização" do combate à corrupção. Florisvaldo diz que o partido esperava que o critério da força-tarefa fosse "técnico, não político". "Defendemos que se combata a corrupção, mas politizar a discussão não enfrenta. O Brasil está perdendo uma oportunidade de combater a corrupção", diz o petista.
Herculano
03/08/2015 11:41
TEMOR DE POLÍTICOS É DELAÇÃO PREMIADA DE IRMÃO E DE EX-ASESSOR DE DIRCEU, por Fernando Rodrigues

Apesar de José Dirceu ser o primeiro preso da Lava Jato que fez parte do alto escalão da administração federal do PT ?nos anos de Luiz Inácio Lula da Silva?, a sua detenção já era esperada.

O ex-ministro da Casa Civil foi levado para a sede da Polícia Federal, em Brasília, nesta 2ª feira (3.ago.2015).

A grande apreensão em Brasília no meio político ligado ao PT e ao governo é sobre outras duas pessoas presas também hoje na 17ª fase da Operação Lava Jato, batizada de "Pixuleco". Muitos estão preocupados com as prisões temporárias de Luiz Eduardo de Oliveira e Silva (irmão e sócio de Dirceu) e Roberto Marques (ex-assessor de Dirceu).

"O Luiz e o Bob não aguentam"
Entre as pessoas que falaram hoje cedo com Dirceu, uma delas disse: "O Zé segura a onda. Não vai falar nada. Mas o Luiz e o Bob, não". Bob é como Roberto Marques é conhecido. Outra observação: "Se o Milton Pascowitch, que era ligadíssimo ao Zé, fez delação premiada? Imagine o Luiz e o Bob".

Bob é conhecido de todos políticos e jornalistas em Brasília que acompanharam o governo Lula. O então assessor e amigo de Dirceu o acompanhava a todos os lugares e sabia de todos os passos daquele que um dia foi o homem mais forte da administração lulista.

Tanto Bob como Luiz, o irmão preso de Dirceu, são consideradas pessoas sem estrutura psicológica para aguentar muito tempo presos e sem falar o que sabem.

Há duas esperanças citadas hoje por aliados de Dirceu. Primeiro, o fato de Bob e Luiz terem sido presos apenas temporariamente - ou seja, em aproximadamente uma semana podem deixar a cadeia. O segundo ponto é que os dois devem ficar na mesma cela de Dirceu, o que ajudaria a acalmá-los.

O cenário muda se o juiz Sérgio Moro mudar o regime de prisão de Luiz e Bob, de temporária para preventiva. Isso já aconteceu com outros casos na Operação Lava Jato.

STF PRECISA AUTORIZAR
José Dirceu será levado para a carceragem da PF em Curitiba ainda hoje (3.ago.2015), mas só depois de o Supremo Tribunal Federal autorizar essa transferência.

É que o ex-ministro cumpria pena de prisão domiciliar por conta de uma condenação no processo do mensalão - que foi julgado pelo STF. Cabe ao ministro Luís Roberto Barroso conceder a autorização para a remoção de Dirceu de Brasília para Curitiba.

Num caso anterior, de outro preso do mensalão, o ex-deputado federal Pedro Corrêa (PP-PE), o ministro Barroso autorizou a saída dele de Pernambuco para o Paraná, conforme foi solicitado pelas autoridades da Operação Lava Jato.

EXEGESE DE "PIXULECO"
Gíria usada no ABC, berço do PT, "pixuleco" é expressão usada para se referir a algo insignificante. Segundo dados da Lava Jato, "pixuleco'' era como o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto (no momento preso) falava sobre propinas.
Herculano
03/08/2015 10:23
UM ALERTA PARA SANTA CATARINA DOMINADOS POR POLÍTICOS DESCOMPROMETIDOS E SINDICATOS COMPROMETIDOS. "RIO GRANDE É A GRÉCIA SEM OS PAÍSES DO EURO PARA AJUDAR", DIZ EX-SECRETÁRIO DA FAZENDA

Parte 1

Conteúdo do jornal Zero Hora, da RBS Porto Alegre. Texto e entrevista de Juliana Bublitz. Para Aod Cunha, que atuou no governo de Yeda Crusius, a receita para superar a crise envolve um conjunto de medidas de austeridade, uma dose cavalar de persistência e apoio de toda a sociedade.

Único secretário da Fazenda a tirar o Rio Grande do Sul do vermelho nos últimos 15 anos, Aod Cunha decidiu quebrar o silêncio após quase seis anos longe do governo. Radicado em São Paulo, onde atua como sócio do banco de investimentos BTG Pactual, o colorado de 47 anos estará de volta à Capital na próxima semana para encerrar o 20º Encontro dos Economistas da Região Sul, na Faculdade de Ciências Econômicas da UFRGS. Na palestra marcada para sexta-feira, abordará o cenário de incertezas que domina o país.

Mesmo longe, Aod acompanha com preocupação o agravamento da crise nas finanças do RS. Em 2007, ao assumir o comando da Fazenda no governo Yeda Crusius (PSDB), foi obrigado a parcelar a folha do funcionalismo ? tal como o governador José Ivo Sartori (PMDB), na última sexta-feira. A diferença, segundo ele, é que as dificuldades se aprofundaram. Hoje, o Estado "é uma Grécia sem os países ricos do euro para ajudar", avalia Aod.

Sob duras críticas da oposição, ele e sua equipe conseguiram atingir o "déficit zero" em 2008, mas o equilíbrio durou pouco. Desde 2010, os gastos voltaram a superar a arrecadação e saíram do controle. Agora, com a economia em retração e o esgotamento das fontes de financiamento, a conta estourou.

A pedido de ZH, em uma conversa de duas horas na capital paulista, Aod fez um diagnóstico da atual situação, falou sobre o passado e projetou o futuro do Rio Grande do Sul. A receita do ex-secretário para superar a crise envolve um conjunto de medidas de austeridade, uma dose cavalar de persistência e algo que independe de governos: uma mudança cultural profunda.
Herculano
03/08/2015 10:22
UM ALERTA PARA SANTA CATARINA DOMINADOS POR POLÍTICOS DESCOMPROMETIDOS E SINDICATOS COMPROMETIDOS. "RIO GRANDE É A GRÉCIA SEM OS PAÍSES DO EURO PARA AJUDAR", DIZ EX-SECRETÁRIO DA FAZENDA

Parte 2

? Essa coisa do gaúcho do acirramento da briga política, do tudo ou nada, precisa mudar. Sem o apoio da sociedade, não existe solução - sintetiza Aod.

ZH - O Brasil caminha para uma década perdida?
AOD - O país vem fazendo avanços. Foram menores do que gostaríamos, mas permitiram melhorias. Se olharmos para a última década, ela não foi perdida. O problema, nos últimos anos, é que o padrão de crescimento do país, muito baseado em expansão de consumo e de gastos públicos, se esgotou. No cenário global, o mundo está se recuperando, mas, no caso brasileiro, isso dependerá de um ajuste consistente.

ZH - A revisão da meta fiscal foi uma confissão de incapacidade do governo federal?
AOD - Foi uma demonstração de realismo e da dificuldade de se fazer o ajuste fiscal inicialmente pretendido. Um ajuste dessa dimensão tem dois componentes. Um é econômico. Envolve a capacidade de identificar novas fontes de receita e de conseguir ter o controle dos gastos. O outro é político. Para executar o plano, o governo precisa do Congresso. A tarefa do ministro Joaquim Levy é muito importante para o Brasil, mas também muito difícil.

ZH - Alguns economistas acreditam que o país só voltará a crescer em 2017. Qual é a sua aposta?
AOD - O mercado tem projetado isso. É o mais provável que aconteça.

ZH - E o Rio Grande do Sul, tem conserto?
AOD -É lógico que tem. Como gaúcho, tenho de acreditar nisso. Mesmo estando quase seis anos fora, tenho família e amigos no Estado. Muito provavelmente vou querer envelhecer lá. Tem conserto, mas é um conserto difícil, que precisa de persistência, que não vai ser executado por um só governo ou por um único governante. Vai precisar do envolvimento de toda a sociedade.

ZH - O governador José Ivo Sartori chegou a comparar a crise do Estado à da Grécia.
AOD - Tanto um quanto outro, durante muito tempo, gastaram mais do que arrecadaram, e viram a dívida crescer mais rápido do que a expansão do seu crescimento econômico. Ambos têm populações que vêm envelhecendo e enfrentam problemas com aposentadorias. Junto desse fenômeno demográfico, há uma perda recente de dinamismo econômico que faz com que haja não só migração de capital físico, mas humano. Pessoas jovens, talentosas, estão procurando oportunidades em outros lugares, o que representa uma perda de potencial de crescimento lá na frente.

ZH - O caso do Rio Grande do Sul é mais grave?
AOD - Guardando as devidas proporções, há um agravante, sim. Apesar de todas as dificuldades que enfrenta, a Grécia conta com o bloco dos países do euro na mesa de negociação. São vários países ricos que têm interesse na recuperação e que têm capacidade para ajudar, desde que a Grécia faça a sua parte. No Rio Grande do Sul, infelizmente, isso não acontece. Na atual conjuntura, o governo federal precisa fazer o ajuste fiscal e não tem capacidade para auxiliar. Eu diria que o Rio Grande do Sul é a Grécia sem os países ricos do euro para ajudar.

ZH - O que é pior: ser secretário da Fazenda no Rio Grande do Sul ou ministro das Finanças na Grécia?
AOD -São dois cargos muito difíceis. Exigem não só capacidade técnica, como capacidade de gestão política.
Herculano
03/08/2015 10:21
UM ALERTA PARA SANTA CATARINA DOMINADOS POR POLÍTICOS DESCOMPROMETIDOS E SINDICATOS COMPROMETIDOS. "RIO GRANDE É A GRÉCIA SEM OS PAÍSES DO EURO PARA AJUDAR", DIZ EX-SECRETÁRIO DA FAZENDA

Parte 3

ZH - Na sexta-feira, o governo estadual confirmou o parcelamento dos salários do funcionalismo, e a crise tende a piorar nos próximos meses. Como o Estado chegou a essa situação?
AOD - É o resultado de décadas de gastos excessivos, principalmente nos últimos anos, muito além da capacidade de arrecadação. O Rio Grande do Sul viu a sua dívida crescer mais rápido do que a de outros Estados, esgotou todas as fontes de financiamento e, mais recentemente, ampliou o descompasso entre despesa e receita. Tudo isso em uma conjuntura muito difícil, em que não pode contar com o governo federal. Nessas circunstâncias, o desfecho era inevitável.

ZH - Por que o parcelamento de salários feito em 2007 não gerou tantas críticas quanto agora?
AOD - É difícil dizer. Me aventuro a algumas hipóteses. A primeira é que no atual ambiente de forte retração econômica as pessoas sintam ainda mais o drama de não receber salários em dia. No caso de 2007, falamos desde o início da campanha sobre o quadro dramático e dissemos que o foco dos dois primeiros anos seria o ajuste fiscal. O funcionalismo não vinha com a expectativa de que teria grandes aumentos como agora, que existem reajustes escalonados até 2018. Nós dizíamos que o ajuste seria rápido e que voltaríamos rapidamente a pagar em dia, inclusive o 13º. Em 2008, zerado o déficit, fizemos isso. No final do ano, inclusive, antecipamos o pagamento do 13º, sem fazer empréstimo no Banrisul.

ZH - O senhor foi o único secretário da Fazenda que, nos últimos 15 anos, conseguiu tirar o Estado do vermelho, mas apenas por três anos. No fim do governo Yeda Crusius (PSDB), o déficit voltou. O que deu errado?
AOD - Entre 2007, 2008 e 2009, a duras penas, conseguimos estabilizar receita e despesa. Apesar de todas as dificuldades políticas que existiam no momento, foi possível atingir o déficit zero. Controlamos gastos, contivemos o crescimento dos salários para poder pagá-los em dia sem empréstimos, adotamos medidas de expansão de receita, mas, infelizmente, nós, e eu me refiro à sociedade como um todo, não conseguimos criar mecanismos para que esse ajuste provisório se tornasse permanente.

ZH - Que tipo de mecanismos?
AOD - Mecanismos como uma lei de responsabilidade fiscal estadual, que, aliás, está voltando ao debate e que é muito relevante para o futuro do Estado. Vou dar um exemplo. Quando foi feito o IPO (abertura de capital) do Banrisul, em 2007, tínhamos atraso de folha e com fornecedores. Entrou mais de R$ 1 bilhão em caixa. Naquele momento, a decisão foi de não usar esse recurso extraordinário no gasto corrente e de criar um fundo para auxiliar a transição a um novo modelo de previdência. Sugerimos que fosse aprovada uma lei vedando o uso, justamente para não cair em tentação. Na época, até brinquei. "Quero que a Assembleia me algeme para não cair em tentação", disse. A lei foi aprovada. Só que, mais tarde, quando eu já não estava mais lá, foi aprovada uma nova lei para desbloquear aqueles recursos.

ZH - E qual é a sua leitura disso?
AOD - Vejo nisso um problema cultural. É preciso que a responsabilidade fiscal se torne um valor para a sociedade. Já atingimos essa meta na sociedade brasileira em relação à inflação. As pessoas hoje enxergam inflação baixa como um valor. Ninguém discute. Mas isso não é muito claro para a questão do equilíbrio orçamentário. Existe uma visão de que isso significa menos gasto com saúde, educação, salários menores. E é um erro, porque todo déficit continuado no setor público vai significar, em algum momento, menos serviços públicos, atraso de salários e/ou aumento de impostos. Não há mágica. A sociedade precisa se dar conta disso.

ZH - Sem isso, a crise não terá solução?
AOD - A sociedade geralmente se mobiliza apenas em momentos de estresse, quando há atrasos de salário, de repasses para hospitais e, principalmente, aumento de impostos. Mas não tem capacidade de se mobilizar, principalmente no Rio Grande do Sul, quando o descompasso do gasto com a receita é criado. E, quando o déficit está instalado, não há o que fazer. Em algum momento, vai estourar, como está acontecendo agora. E essa ideia de achar um culpado e de achar que agora Sartori ou o secretário da Fazenda vão resolver o problema é algo que a gente vai ter de superar.
Heculano
03/08/2015 10:17
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Parte 5

ZH - Ser secretário da Fazenda é um dos piores empregos do mundo?
AOD - Sinceramente, gostei muito da experiência. Foi pesado e difícil, com uma carga de trabalho e pressão incomparável, mas tive uma equipe muito boa. A Secretaria da Fazenda tem técnicos de altíssimo nível.

ZH - Como foi o primeiro dia fora do governo?
AOD - Foi um mix de sensações. Por um lado, uma sensação de dever cumprido por ter provado que era possível equilibrar as contas. Por outro lado, uma sensação de alívio do ponto de vista pessoal, de poder dormir um pouco mais tranquilo. E uma sensação, não diria de frustração, mas de que daria para ter feito mais.

ZH - Como ficou a sua relação com a ex-governadora?
AOD - Pelo fato de ter saído do Rio Grande do Sul, eu realmente perdi contato com ela. Nos encontramos uma ou outra vez no aeroporto. Tenho gratidão a ela por ter me escolhido para comandar a secretaria, quando havia muitas pressões por outras indicações. Ela efetivamente me deu respaldo para executar um programa de ajuste fiscal.

ZH - Vou apontar as principais opções que têm aparecido como saídas para o Rio Grande do Sul e gostaria que você dissesse se são viáveis.
AOD - Não vou fugir das perguntas, mas quero fazer uma ressalva. O pior erro que podemos cometer é achar que uma ou outra medida vai resolver o problema. O que precisamos é de um conjunto variado de medidas, pelo lado da despesa e pelo lado da receita. E precisamos ser persistentes ao longo do tempo e não só neste governo. Pode perguntar.
Herculano
03/08/2015 10:16
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Parte 6

ZH - Então vamos lá: privatizar o que for possível.
AOD - No Brasil, temos a cultura de que o Estado pode tudo. No final, ele não consegue entregar nem serviços básicos de qualidade. Então, gradualmente, deveria, sim, reduzir a sua participação e se focar em prestar bons serviços nas áreas essenciais.

ZH - Fechar a maior quantidade possível de órgãos estaduais não vitais.
AOD - Vale a mesma avaliação anterior.

ZH - Eliminar os benefícios e estímulos fiscais.
AOD - Não estou acompanhando no detalhe e não tenho como avaliar a atual relação entre custo e benefício. O incentivo fiscal é uma demanda natural do setor privado, mas pode significar, às vezes, uma sangria desnecessária de recursos públicos.

ZH - Cobrar a dívida ativa.
AOD - Isso já vem sendo feito e é claro que tem, sim, de haver um esforço de melhoria, mas não será desse montante que virá a solução. Grande parte do estoque é irrecuperável.

ZH - Renegociar a dívida com a União.
AOD - Evidentemente seria bom para o Estado, mas a redução do percentual significativo de comprometimento da receita não está, no curto prazo, no rol de medidas exequíveis e prováveis.

ZH - Reduzir o número de funcionários públicos.
AOD - Precisaria ter um mapeamento muito preciso de todas as áreas para poder responder isso. Há áreas que precisam mais, como segurança, e outras, provavelmente menos. É preciso olhar caso a caso.

ZH - Parar de contratar servidores.
AOD - Mesma resposta anterior.
Herculano
03/08/2015 10:14
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Parte 7

ZH - Parar de reajustar salários públicos.
AOD - O Estado não tem capacidade de continuar concedendo reajustes acima da receita. É uma injustiça com o próprio servidor, porque você cria uma expectativa sobre algo que não poderá executar.

ZH -Acabar com regalias e benefícios do funcionalismo.
AOD - Existem benefícios que são justos para determinadas funções públicas, mas há ainda um conjunto grande de distorções nos sistemas de remuneração do setor público brasileiro, e o Estado não é exceção. O caso da previdência me parece a maior das distorções. É uma reforma difícil. Um dia terá de ser feita.

ZH - Reduzir repasses a outros poderes pelo Executivo.
AOD - Quando afirmo que toda a sociedade tem de participar do esforço de ajustamento, é lógico que esse esforço tem de ser compartilhado também pelos outros poderes. Não tenho condições de falar em redução, mas os poderes têm de ser solidários.

ZH - Eliminar cargos de confiança e secretarias.
AOD - Sempre há a possibilidade de ser mais enxuto. O governo Sartori já fez um esforço de redução de CCs, mas não vai ser isso que vai resolver o déficit. Essa é apenas mais uma contribuição.

ZH - Ampliar o limite de uso dos depósitos judiciais.
AOD - Usamos os depósitos no primeiro ano de governo, em 2007. Quando reequilibramos as contas, paramos e até devolvemos dinheiro. Em situações emergenciais, pode ser uma alternativa, desde que se tenha claro que é uma dívida que custa juros e que não é uma solução estrutural.

ZH - Aumentar ICMS.
AOD - Sempre deveríamos pensar em evitar o aumento, mas isso só é crível quando a despesa cresce menos do que a receita. Não é o caso do Rio Grande do Sul. Inevitavelmente, a carga tributária vai subir. Na atual situação, com riscos de paralisações até na área da segurança pública, infelizmente, essa não é uma opção. A pergunta que fica é: o que vamos fazer agora para evitar mais aumentos de impostos lá na frente?

ZH - Críticos do aumento de impostos argumentam que o governo deveria reforçar o controle sobre a sonegação. O senhor concorda?
AOD - Sempre é possível melhorar os controles de combate à sonegação, e os governos têm avançado nisso. Temos de continuar avançando, como no caso da cobrança da dívida ativa. Mas repito: isoladamente, isso não vai mudar o tamanho do déficit instalado.

ZH - Valeria correr o risco de suspender o pagamento da dívida com a União?
AOD - Como macroeconomista e pensando no Brasil, sou contra. Do ponto de vista prático, se a União cumprir o contrato e suspender repasses para o Estado, o efeito final pode ser até negativo. O ideal seria os Estados, em conjunto, negociarem com a União medidas de auxílio no momento que eles se comprometerem com melhorias de reequilíbrio de suas contas.

ZH - Que conselho o senhor dá ao atual secretário estadual da Fazenda?
AOD - Que seja forte para resistir às pressões, que ouça bastante a área técnica, e pelo que me consta ele tem feito isso, e que tenha persistência. Este é um governo que tem legitimidade e capacidade política.
Herculano
03/08/2015 09:44
A FARSA DA TRAVESSIA, por Vinicius Mota para o jornal Folha de S. Paulo

Um bordão do Palácio do Planalto destina-se a convencer o público de que o apuro na economia é uma fase transitória até a reentrada no paraíso do consumo. Estes seriam tempos de "travessia".

Dentre os vários elementos ruins e simultâneos que ocorrem numa crise total como a que vivemos, a reincidência dos governantes na difusão de pistas falsas talvez seja o pior. O conto da travessia é uma farsa.

A economia brasileira entrou num campo de jogo diferente do que prevaleceu na primeira década deste século. Acabou a voracidade pelos produtos do campo, do poço e da mina que favorecera um avanço gigantesco da renda brasileira.

O fato incontornável, senhores governantes, é que as regras do novo campeonato serão duradouras. Prevalecerão ao longo das próximas décadas, com a normalização do ritmo e das características do crescimento da China, de um lado, e com a recuperação dos Estados Unidos, revigorados e mais produtivos, do outro.

Abre-se uma era de valorização dos produtos manufaturados e serviços especializados, bem como do poder de capacitação e adaptação da força de trabalho. Estar integrado aos fluxos mais quentes do comércio global contará pontos valiosos.

Neste ano de 2015 a Índia ultrapassará o Brasil e se tornará a sétima maior economia do planeta. Até mesmo aquele epítome do terceiro-mundismo, terra de Nehru e da utopia agrária e comunitária de Gandhi, reforma-se e abre-se para o mundo.

Quanto tempo levará, e quanta destruição inútil de valor e de futuro essa demora acarretará, até a elite política e empresarial brasileira entender que nós não voltaremos a nos banquetear graciosamente?

As ambições de alcançar níveis europeus de bem-estar foram adiadas. Ou melhor, foram sincronizadas com o seu pressuposto lógico, que é o de atingir os padrões europeus de produtividade. É preciso arregaçar as mangas e trabalhar.
Herculano
03/08/2015 09:40
PAPÉIS TROCADOS, editorial do jornal Folha de S. Paulo

No mundo de Eduardo Cunha, CPI que investiga escândalo da Petrobras procura defender suspeitos e tenta atacar acusadores

Na CPI da Petrobras, vigora "a moral da gangue"; entre os deputados encarregados de examinar o escândalo predomina um espírito de "vingança, intimidação e corrupção". Quer-se, enfim, abafar e desmoralizar a investigação.

Não é a menor ironia, em meio a todo o escândalo de corrupção na Petrobras, que fraseologia tão contundente tenha partido não de um membro do Ministério Público ou da Polícia Federal, e sim dos advogados de um lobista - alguém acusado de se dedicar ao acerto de propinas e ao trato com participantes de um esquema criminoso.

Pior: embora provenha dos defensores de um lobista confesso, o tom moralizante e indignado dessa avaliação sem dúvida se justifica.

Há razões para supor que partem do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pressões consistentes no sentido de evitar que se dê crédito a depoimentos capazes de envolvê-lo nas irregularidades desveladas.

Inicialmente, o lobista Julio Camargo preservara o deputado de qualquer acusação nos depoimentos que prestava, dentro de um acordo de delação premiada.

Muda, entretanto, o seu testemunho. Conta que Cunha exigira, por intermédio de um operador do PMDB, a soma de US$ 5 milhões como recompensa por aquisições de navios pela Petrobras.

Feita a nova acusação, eis que ocorre uma reviravolta. A então defensora de Camargo, Beatriz Catta Preta, abandona o caso.

Na quinta (30), a advogada concedeu entrevista ao "Jornal Nacional". Insinuações gravíssimas, mas às quais faltaram maior concretude, entreteceram seu discurso.

Sem citar Cunha, disse ter sofrido ameaças e intimidações por parte de aliados do peemedebista. Semanas atrás, o doleiro Alberto Youssef afirmara algo semelhante diante do juiz federal Sergio Moro.

Provieram do deputado Celso Pansera, do mesmo PMDB fluminense, requerimentos para quebrar sigilo bancário, fiscal e telefônico da ex-mulher e de duas filhas de Youssef. Quanto a Catta Preta, o parlamentar a convocava para comparecer à CPI. Caso prosperasse, a iniciativa de Pansera constituiria verdadeira aberração. Nunca, nos quadros de uma CPI, ter-se-á tentado desqualificar uma denúncia investigando o advogado do delator. A comissão passa a defender os suspeitos e a atacar os acusadores.

O direito ao sigilo profissional de Beatriz Catta Preta foi garantido por Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal. "É inadmissível", disse o ministro, "que autoridades com poderes investigativos desbordem de suas atribuições para transformar defensores em investigados."

Ao que parece, no mundo de Eduardo Cunha e dos que o sustentam na CPI, essa lição ainda está por ser aprendida.
Herculano
03/08/2015 09:19
FARSA - DILMA E OUTROS PETISTAS QUEREM USAR BOMBA CONTRA INSTITUTO LULA PARA ATACAR ATO DO DIA 6 EM FAVOR DO IMPEACHMENT. ISTO, SIM, É TERRORISMO!, Reinaldo Azevedo, de Veja

Os petistas estão de tal sorte perdidos e de tal modo se descolaram na realidade brasileira que já não medem mais as consequências das coisas que enunciam. E, por óbvio, sem querer ser tautológico, as falas são tão mais irresponsáveis quanto mais altas são as responsabilidades dos que lançam bobagens ao vento. A começar da presidente da República.

Na quinta à noite, um artefato explosivo, de fabricação caseira, foi jogado na calçada do Instituto Lula, em São Paulo. A explosão chegou a danificar um portão. É coisa de bandido? É claro que é. As polícias, inclusive a Federal, têm de investigar para tentar chegar aos responsáveis? É evidente! E em os encontrando? Que sejam punidos segundo os rigores da legislação - não dará para enquadrá-los numa lei de combate ao terrorismo porque o PT nunca aceitou que se votasse uma.

É tolice ter de declarar que se trata de um ato condenável, tão explicitamente condenável ele é. Mas daí a ver no episódio a escalada da intolerância, como fez a presidente Dilma, segundo quem o ato poria em risco até a democracia, bem, há aí a diferença que vai do óbvio à estultice. Afirmou a governanta no Twitter: "A intolerância é o caminho mais curto para destruir a democracia. Jogar uma bomba caseira na sede do Instituto Lula é uma atitude que não condiz com a cultura de tolerância e de respeito à diversidade do povo brasileiro".

Ai, ai? Mais um pouco, a presidente recupera a retórica das catacumbas da ditadura, quando se assegurava: "Os subversivos são portadores de uma ideologia exógena, contrária à índole pacífica e ordeira do povo brasileiro"?

É claro que os vagabundos que praticaram aquele ato, se presos, têm de ser punidos, mas a presidente também poderia dar um exemplo. Volta e meia, ela faz alusão a seu passado de membro de grupos que praticavam ações terroristas. Naquele caso, as bombas não eram tão primitivas e matavam mesmo. Nunca vi um mea-culpa presidencial. Ao contrário: Dilma empresta aquelas jornadas ares de heroísmo e diz até que aqueles grupos defendiam a democracia, o que é uma mentira objetiva.

Jaques Wagner
Jaques Wagner, nada menos do que ministro da Defesa, resolveu engrossar o coro dos insensatos - e olhem que o homem é apontado como alternativa moderada entre os petistas. Não só decidiu emprestar à coisa um peso político que nem sabe se tem como aproveitou para fazer politicagem, criticando a Polícia Civil de São Paulo.

No sábado, o homem que, na prática, é chefe das três Forças Armadas e a cargo de quem estaria a defesa da nação afirmou: "Eu acho que [o ataque] é grave e acho que foi pobre a afirmação da Polícia Civil de São Paulo porque não se trata de ter sido alguém organizado ou não".

Explico. A Polícia Civil de São Paulo, de forma prudente, disse trabalhar com todas as hipóteses, inclusive a de que seja um ato de vandalismo. É o certo. Mas Wagner exige que o PT seja hoje tratado como vítima de uma ação organizada, de caráter político e ideológico. Ele quer porque quer empregar a palavra "terrorismo". Disse: "Está se criando um clima no país em que alguém se acha no direito, seja ele quem for - pode ser um cidadão comum - de chutar as costas do prefeito de Maricá (RJ) ou de botar uma bomba explicitamente no local de trabalho de um [ex-presidente]. Isso é inadmissível para qualquer um, porque o terrorismo é a pior forma de se trabalhar as diferenças."

Calma! A coisa não parou por aí. O ministro procurou associar a bomba caseira aos que defendem o impeachment de Dilma. Leiam: "A tentativa de quebra da regra da naturalidade da democracia é que eventualmente embala loucos como esse que jogou a bomba. Porque outros, sem serem loucos iguais [ao que arremessou o artefato], [o] embalam."

Ah, entendi. Então defender o impeachment da presidente e convocar uma manifestação, como a do dia 16 de agosto, predisporiam loucos a jogar bombas caseiras? O país fez o maior protesto político de sua história no dia 15 de março deste ano, e não se teve notícia de um só incidente. Rui Falcão, presidente do PT, estava com Wagner e também criticou a Polícia de São Paulo, chamando o episódio de um "ato de violência contra a maior liderança que o país já produziu". Ah? Se Lula fosse apenas a quinta maior liderança, talvez a bomba fosse menos grave.

Discurso terrorista
Terrorista é o discurso dos petistas, inclusive o da presidente da República. Pra começo de conversa, faz uma brutal diferença um ato dessa natureza ter sido praticado por um grupo organizado ou por um delinquente qualquer. Se um ministro da Defesa não tem essa clareza, melhor fazer outra coisa. Aliás, Wagner ser titular da Pasta é um escárnio. Com que conhecimento de causa?

Lamento adicionalmente, diga-se, que ele não tenha censurado seus pares de partido que dizem que o antipetismo é coisa tão grave como o antissemitismo. Wagner estaria moralmente obrigado a tratar do assunto: por ser petista, por ser ministro da Defesa e por ser judeu.

Em segundo lugar, ainda que ato terrorista fosse, o que isso teria a ver com os que convocaram as marchas em favor do impeachment para o dia 16? Todos os grupos que se ocupam da convocação e da organização dos eventos têm sólidos compromissos com a democracia, rejeitam a violência de qualquer natureza e defendem o império da lei.

Dilma, Wagner e Falcão precisam ser mais responsáveis. Até porque há uma questão de natureza lógica: se ações contra o PT servirão de pretexto para atacar os que protestam contra Dilma, a melhor maneira de transformar em vilões os que o fazem é praticando ataques contra o PT. Aí a a gente é logicamente obrigado a trabalhar com a hipótese de que, na raiz de um ataque como aquele, podem estar justamente os adversários do impeachment, não é mesmo?

Odorico Paraguaçu mandava pichar nos muros de Sucupira "Odorico é ladrão" quando queria baixar o porrete na oposição.

O Brasil não é Sucupira, Dilma!
Herculano
03/08/2015 09:13
O AGOSTO DO MENSALÃO VERSUS O AGOSTO DO PETROLÃO, por Lauro Jardim, de Veja

Começou agosto. Como Dilma vai reagir aos terremotos que se avizinham?

No Congresso, Eduardo Cunha rosna a cada nova denúncia contra ele. No TCU, a análise das contas do primeiro mandato pode dar munição ao impeachmento pelo Congresso. No TSE, uma ação movida pelo PSDB pede a cassação da chapa Dilma e Temer.

Em agosto de 2005, acuado pela crise do mensalão, Lula foi às ruas, invocou a tese do golpe e escapou.

Em 25 de agosto, chegou a invocar outros presidentes:

- Não farei o que fez Getúlio Vargas, Jânio Quadros, João Goulart. O meu comportamento será o comportamento que teve o Juscelino Kubitschek: paciência, paciência e paciência.
Herculano
03/08/2015 09:09
A PEDALADA DO CONHECIMENTO

O texto é de Celso Arnaldo. Em março de 2010, quando nem pré-candidata Dilma Rousseff era, "alertei-a" para a hipótese absurda (no caso dela, já bastante provável) de que viesse a dizer "Mulier sapiens", já que é obcecada por "questões de gênero", mas não domina nenhum idioma humano. O trecho é este:

"Ungida como pré-candidata e subindo nas pesquisas, Dilma Rousseff parece ter desfeito as últimas conexões que uniam seu pensamento primário a um resquício de linguagem humana articulada e compreensível - pelo menos a linguagem do homo sapiens (um aviso a Dilma: mesmo no Dia Internacional da Mulher, homo sapiens vale para os dois gêneros ? não tente inventar uma "mulier sapiens", da mesma forma que você diz "aos brasileiros e às brasileiras, "aos trabalhadores e às trabalhadoras").

E não é que, cinco anos depois, ela enfim criou a Mulher Sapiens?
Herculano
03/08/2015 08:59
VACCARI DISCUTE DELAÇÃO E O PT ENTRA EM PÂNICO, por Cláudio Humberto na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros e antes da prisão de José Dirceu na nova fase da Lava Jato

A cúpula do PT tem discutido o "risco João Vaccari Neto", ex-tesoureiro preso pela PF na Lava Jato. Ele se queixa de "abandono" e tem citado o exemplo do que aconteceu ao mensaleiro Marcos Valério, condenado a quase 40 anos de prisão por fechar a boca. Vaccari insinua sempre uma possível delação premiada. Não fechou acordo ainda em razão de apelos dramáticos do ex-presidente Lula, anteriores à sua prisão.

Boca no trombone

Líderes do PT contam que a pressão em Vaccari deve aumentar após o acordo de delação que tirou o lobista Mário Góes da prisão.

Linha Dura

João Vaccari Neto está em cana desde abril e já teve seu pedido de soltura negado pelo juiz Sérgio Moro, que conduz a Lava jato.

Ficha corrida

O ex-tesoureiro Vaccari sabe que, sem delação, terá pena longa. Ele foi acusado por pelo menos cinco delatores, na Lava Jato.

Dedos acusadores

Denunciaram Vaccari, entre outros, Alberto Youssef, Paulo Roberto Costa, Pedro Barusco, Hermelino Leite e Augusto Ribeiro Mendonça.

ADVOGADO ALERTA PARA HOSTILIDADE CONTRA COLEGAS

A exemplo de Beatriz Catta Preta, que até abandonou a profissão, Celso Lemos, um dos mais admirados e requisitados criminalistas de Brasília, confessa sua angústia diante dos casos de intimidação e perseguição a advogados: "Vive o Brasil uma quadra de tempo em que a advocacia criminal vem sendo hostilizada por segmentos da sociedade, e o que é pior, também por segmentos institucionais".

OAB está atenta

O presidente da OAB, Marcus Vinícius Furtado Coelho, é autor da ação no STF que garantiu a Catta Preta o sigilo na relação com os clientes.

Vigilância

Celso Lemos apela à vigilância da imprensa, noticiando ameaças a advogados com isenção e "desafetado de incompreensões."

Puro fascismo

O criminalista vê certo fascismo nas agressões ao advogado, "o mais importante protagonista do direito de defesa do cidadão."

Duas amigas e um destino

No Congresso, Dilma vem sendo comparada a Graça Foster, que assumiu na Petrobras prometendo moralizar e saiu enrolada e com danos na credibilidade. Dilma segue o mesmo destino da amiga.

De volta ao cenário

Impávido, elegante e de pasta na mão, o ex-gerente milionário da Petrobras Pedro Barusco almoçou sexta (31) no restaurante D?Amici, no Leme, Rio. Sem alegria nem tristeza, como se fosse ontem. Lá, disse o maître, ele costumava almoçar com o ex-diretor Renato Duque.

Leilão em risco

A chefe de Licitações, Cláudia Rabello, foi demitida da ANP (Agência Nacional do Petróleo), pela diretora-geral Magda Chambriard, que ficou irritada com seu alerta de fracasso da próxima Rodada de Licitações de Blocos Exploratórios, marcada para 7 de outubro.

O padrinho

O relator da CPI da Petrobras, Luiz Sérgio (PT-RJ), colocou as barbas de molho. Foi ele quem bancou a indicação do presidente em exercício da Eletronuclear, Pedro José Diniz de Figueiredo.

Idiomas diferentes

Na Câmara, o ministro Gilberto Kassab (Cidades) não fala a mesma língua do próprio partido, o PSD. Sabendo da repulsa de São Paulo a Dilma e ao PT, ele é tímido na defesa ao governo. Já os deputados...

Prestígio abalado

Com a taxa de juros em níveis siderais, abriu um rombo no casco da imagem de Joaquim Levy entre analistas do mercado, que tanto apostaram nele ? até esquecendo a distância entre sonho e realidade.

TCU não esquece

Continua insustentável a situação de Aroldo Cedraz no Tribunal de Contas da União. Seus colegas ministros priorizam julgamentos como o das "pedaladas fiscais", mas não esquecem as graves denúncias envolvendo o do presidente do TCU e seu filho na Operação Lava Jato.

Ingratidão

Lula agora odeia críticas e críticos, mas quando era um desconhecido sindicalista, no começo da carreira, e antes de sua eleição, quando liderou caravana pelo País, foi capa de revistas que agora processa.

Pensando bem?

?estudioso do enriquecimento de urânio, o almirante Othon Pereira corre o risco de ser acusado de enriquecimento pessoal, na Lava Jato.
Herculano
03/08/2015 08:42
NO RS, JUSTIÇA AUTORIZAÇÃO QUE OS BANCOS FECHEM, por Josias de Souza

Servidores gaúchos protestam contra parcelamento de salários adotado por José Ivo Sartori

Uma liminar expedida pela Justiça do Trabalho neste domingo (2) permite que os bancos mantenham suas agências fechadas no Rio Grande do Sul caso não haja policiamento nas ruas. A decisão foi tomada depois que entidades representativas da Brigada Militar, como é chamada a PM gaúcha, comunicaram que os policiais ficarão aquartelados a partir desta segunda-feira.

?Orientamos a população do Rio Grande do Sul, que vê a criminalidade se alastrar diariamente, que não saia de suas residências na segunda-feira?, anotou o manifesto. Os policiais militares resolveram permanecer nos quarteis em protesto contra a decisão do governo gaúcho de parcelar os salários dos servidores. Batizado de "salário parcelado, serviço parcelado!", o movimento inclui o Corpo de Bombeiros. A polícia civil também informou que atenderá apenas as ocorrências que envolvam crimes graves - homicídios, por exemplo.

'Não saiam de suas residências'', recomenda o sindicalismo dos policiais militares gaúchos

Na sexta-feira, último dia do mês de julho, o Estado pagou aos servidores gaúchos apenas até o limite de R$ 2.150. Acima desse valor, os contracheques serão parcelados. O parcelamento atingiu praticamente a metade (48%) do funcionalismo. Em nota divulgada neste domingo, o governo de José Ivo Sartori (PMDB) alegou ter adotado a "medida extrema" por absoluta falta de dinheiro.

"Temos convicção de que, neste momento do Estado, os líderes sindiciais saberão adotar uma postura de respeito à população e ao papel constitucional que possuem" anotou o texto do governo. O sindicalismo bancário considerou que a providência mais respeitosa a adotar é manter os bancos fechados. Por isso foi à Justiça.

Presidente Sindicato dos Bancários, Everton Gimenis, disse: "Nossa preocupação é com a segurança dos colegas e dos clientes. A decisão judicial reconhece o risco de abrir uma agência bancária sem polícia na rua [?]. O Judiciário teve sensibilidade para reconhecer que há muitos riscos envolvidos. Esperamnos que os bancos tenham a mesma sensibilidade e dispensem os trabalhadores nesta segunda-feira."

As reações ao parcelamentos dos salários não se restringiram ao setor de segurança pública. Servidores de outras áreas estratégicas prometem reagir contra o parcelamento. Entre elas saúde e educação.
Herculano
03/08/2015 08:34
POLÍCIA FEDERAL PRENDE JOSÉ DIRCEU EM BRASÍLIA

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo Texto de Mônica Bergamo, de São Paulo e Gabriel Mascarenhas, da sucursal de Brasília. O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu é um dos alvos da nova fase da Operação Lava Jato, que acontece na manhã desta segunda-feira (3) em Brasília e nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro. A informação foi confirmada pelo advogado do ex-ministro, Roberto Podval.

Os policiais discutem com os advogados se Dirceu pode ou não ser levado a uma detenção já que ele se encontra em prisão domiciliar, cumprindo pena por causa do processo do mensalão. Seria necessário que o STF (Supremo Tribunal Federal) autorizasse a remoção.

Um magistrado consultado pela Folha afirmou acreditar, em tese, ser possível que Dirceu seja conduzido a um estabelecimento prisional. Embora a situação não seja comum, a corte já autorizou, por exemplo, que uma pessoa que tem direito a prisão domiciliar mas ainda está numa carceragem lá permaneça em caso de nova condenação.

Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, irmão de José Dirceu e sócio dele na JD Consultoria também foi preso pela PF.

DIRCEU NA LAVA JATO

O ex-ministro foi citado pelo ex-executivo da Toyo Setal Julio Camargo durante depoimento dele à Justiça Federal do Paraná. Camargo afirmou que entregou R$ 4 milhões em dinheiro vivo a Dirceu a pedido do ex-diretor da Petrobras Renato Duque, presos em Curitiba (PR).

O advogado Roberto Podval, que defende Dirceu, negou que ele tenha recebido propina e disse que o delator não falou a verdade. O depoimento de Camargo complicou a situação de Dirceu, que é alvo de um inquérito da Lava Jato por causa dos pagamentos que recebeu de empreiteiras que tinham negócios com a Petrobras.

Camargo colabora com as investigações sobre corrupção na Petrobras desde dezembro do ano passado e já prestou vários depoimentos às autoridades, mas esta é a primeira vez em que falou no assunto.

O nome de Dirceu também foi citado pelo lobista Milton Pascowitch, delator da Lava Jato. Ele relatou a investigadores do caso que intermediou o pagamento de propina ao PT e ao ex-ministro Dirceu para garantir contratos da empreiteira Engevix com a estatal de petróleo.

Dirceu, segundo o testemunho de Pascowitch, teria se tornado uma espécie de "padrinho" dos interesses da empreiteira na estatal. Em contrapartida, passou a receber pagamentos e favores. Segundo o lobista, os pedidos de dinheiro também eram feitos pelo irmão e sócio do petista na JD, Luís Eduardo de Oliveira e Silva.

Como parte do acerto para a colaboração com a Justiça, Pascowitch saiu da carceragem da PF, em Curitiba, e passou a cumprir prisão domiciliar, em São Paulo.

O último dia de José Dirceu na penitenciária

NOVA FASE DA LAVA JATO

Ao menos 200 policiais federais cumprem 40 mandados judiciais, sendo 26 de busca e apreensão, 3 de prisão preventiva, 5 de prisão temporária e 6 de condução coercitiva (quando a pessoa é levada para prestar depoimento obrigatoriamente). Entre os crimes investigados estão: corrupção ativa e passiva, formação de quadrilha, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.

Essa é a 17ª fase da Lava Jato, denominada de Pixuleco, em alusão ao termo utilizado para designar propina. O foco principal desta fase são os beneficiários de pagamento de propinas envolvendo contratos com o Poder Público, incluindo beneficiários finais e "laranjas" utilizados nas transações. Também foram decretados ainda sequestro de imóveis e bloqueio de ativos financeiros.

Os presos serão trazidos para a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba (PR), onde permanecerão à disposição da 13ª Vara da Justiça Federal.
Herculano
02/08/2015 19:53
da série se é terrorismo, por que não uma lei para combater e enquadrar? Por que resistir em apresentá-la e tê-la? Ou o terrorismo só existe quando os outros praticam?


TERRORISMO NUNCA MAIS, por Chico Vigilante, ex-líder sindical, deputado distrital pelo PT

Lugar de terrorista é na cadeia. A luz vermelha foi acesa. Para bom entendedor uma bomba de fabricação caseira basta. O ataque ao Instituto Lula, na última quinta-feira (30/07), obviamente de caráter político, não pode ficar impune.

A impunidade neste caso acenderá o rastro de pólvora que vem sendo fermentado em corações e mentes neste país contra o PT, contra Dilma, contra os movimentos sociais de esquerda e contra posições progressistas e de defesa dos princípios democráticos definidos pela nossa Constituição.

Basta ! Este é o terceiro ataque violento sofrido em instalações usadas pelo PT do ano passado pra cá. Em 15 de março a sede do partido em Jundiaí foi vítima de incêndio criminoso; em 27 de março uma bomba foi lançada contra o Diretório do partido, na rua São Domingos, na Bela Vista; e agora uma bomba no Instituto Lula, onde é público e notório, trabalha diáriamente o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Tenho dito e repetido que a pregação de ódio contra o PT destilada diariamente pela grande mídia, pelos tucanos e pelos defensores da volta da ditadura militar deveria ser aplacada pela força da lei, sob pena do país ser incendiado. Este comportamento é nitroglicerina pura para raivosos de plantão.

Estamos certos de que a PF e a Policia Militar e Civil de São Paulo, assim como detectaram os arruaceiros que quebraram prédios públicos e instituições privadas nas manifestações de rua ocorridas em anos anteriores, colocarão na cadeia os responsáveis por estes crimes contra o Estado Democrático de Direito.

Não aceitamos que fanáticos, fundamentalistas, bandidos facistoides ajam na calada da noite para tentar intimidar por meio de atos terroristas nem ao PT nem ao ex-presidente Lula, homem mundialmente respeitado por sua trajetória de vida, como trabalhador, político e líder de massas no Brasil.

O Brasil, assim como a Argentina, o Chile, o Uruguai, a Bolívia e outros países na América Latina conquistaram a democracia a custa do sangue, suor e lágrimas de seus cidadãos e estamos preparados para continuar lutando pela sua manutenção e pelo seu aprimoramento.

Os que hoje pregam a volta da ditadura, os que hoje desrespeitam a figura feminina de Dilma Rousseff, aqueles que repetem um discurso do ódio pelo ódio e não discutem ideias, deveriam rever cenas de tanques nas ruas, soldados a cavalo invadindo universidades, sangue escorrendo nas calçadas, metralhadoras apontadas para multidões. Esse foi o Brasil de ontem. Não permitiremos que ele volte.

Na tristeza que mais esse ato de terrorismo despertou em todos nós petistas, me lembro de Pra não dizer que não falei de flores, de Geraldo Vandré, que tantas vezes, percorrendo ruas e lotando praças deste país, unidos na luta pelas liberdades democráticas cantávamos:

?Caminhando e cantando e seguindo a canção, somos todos iguais braços dados ou não, caminhando e cantando e seguindo a canção, somos todos iguais, braços dados ou não, nas escolas, nas ruas, campos, construções...

Vem, vamos embora, que esperar não é saber, quem sabe faz a hora, não espera acontecer...

Pelos campos há fome, em grandes plantações, pelas ruas marchando indecisos cordões, ainda fazem da flor seu mais forte refrão, e acreditam nas flores vencendo o canhão...

Há soldados armados, amados ou não, quase todos perdidos, de armas na mão, nos quartéis lhes ensinam, uma antiga lição, de morrer pela pátria, e viver sem razão...

Os amores na mente, as flores no chão, a certeza na frente, a história na mão, caminhando e cantando, e seguindo a canção, aprendendo e ensinando uma nova lição...

Vem, vamos embora, que esperar não é saber, quem sabe faz a hora não espera acontecer ?.

A hora é essa: prisão para terroristas. Não vamos esperar que eles incendeiem o Brasil.
Herculano
02/08/2015 18:36
ENQUANTO ELA INSISTE NO PROJETO PESSOAL E DE PODER, NÓS PAGAMOS A ALTA CONTA COM SACRIFÍCIOS E PESADOS IMPOSTOS. EM MÊS COMPLICADO, DILMA PREPARA CONTRAOFENSIVA PARA RECUPERAR A POPULARIDADE. VAI INCHAR MIS A MÁQUINA DE COMISSIONADOS PARA AGRADAR POLÍTICOS, AO INVÉS DE CORTA E ECONOMIZAR EM TEMPO DE CRISE. VERGONHA

Conteúdo do jornal O Estado de S. Paulo. A presidente Dilma Rousseff iniciará uma contraofensiva para recuperar sua popularidade num mês carregado de adversidades.

Até o fim de agosto, o Congresso volta a trabalhar com uma pauta recheada de projetos que impactam as finanças federais, o Tribunal de Contas da União (TCU) analisa as "pedaladas fiscais" e uma série de manifestações pelo impeachment estão programadas para tomar as ruas do país.

O Planalto traçou para Dilma um roteiro de viagens e cerimônias para relembrar à população os programas bem-sucedidos de seu primeiro mandato, a exemplo do Minha Casa, Minha Vida e do Mais Médicos , além de usar os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro como uma das vitrines de sua segunda gestão.

Nos próximos dias, Dilma faz um evento no Palácio do Planalto para comemorar os dois anos do Mais Médicos. Apesar de toda a polêmica envolvendo a vinda dos médicos cubanos para preencher vagas não requisitadas por brasileiros, o programa agradou à população, especialmente em locais em que o atendimento médico não chegava. Na quarta-feira (5), viaja ao Rio de Janeiro para um novo evento alusivo às Olimpíadas, marcando a contagem regressiva de um ano para a realização do evento.

Dilma deve começar também nos próximos dias um tour pelo Nordeste, tendo como ponto de partida uma visita ao Maranhão, governado por Flávio Dino (PC do B), um dos principais governadores na linha de defesa do mandato da presidente. Em seguida será a vez de Bahia e Ceará. Região em que a presidente obteve a maior parte de seus votos na reeleição, o Nordeste não resistiu à crise econômica e a consequente queda de popularidade da presidente. Hoje, a reprovação de Dilma na região ultrapassa os 70%.

Apesar disso, a avaliação dos assessores mais próximos de Dilma é que ali será mais fácil para a presidente criar uma agenda positiva. Estão no Nordeste as obras com maior impacto social e que podem lembrar à população as boas coisas do governo. Dilma pediu aos ministros um mapeamento completo das obras que devem ser entregues nas próximas semanas para que possa participar, sempre que possível, das inaugurações.

A intenção do Planalto é que a presidente amplie consideravelmente as viagens pelo Brasil. Ao jornal O Estado de S.Paulo, um auxiliar dela disse que Dilma "precisa" viajar mais, "olhar no olho do povo", "repactuar a relação de amor com a população".

Além das viagens, Dilma deve intensificar a presença nas redes sociais com a publicação de vídeos ao longo das próximas semanas. No primeiro, já divulgado, a presidente cumprimentou os atletas do Pan-Americano pelas medalhas conquistadas. Outros incluem uma fala sobre o programa de proteção do emprego e um terceiro, uma mensagem de otimismo com os rumos da economia. A ideia é que seja postado, em média, um vídeo por semana, para evitar a saturação da imagem da presidente.

Churrasco

Nesta segunda-feira (3), Dilma receberá líderes e presidentes da base aliada no Congresso, para um churrasco. A intenção é marcar uma reaproximação, ainda que complicada, com os parlamentares, em uma tentativa de evitar a ampliação das pautas-bomba e minimizar poder de persuasão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha.

A primeira estratégia, obter apoio dos Estados, teve sucesso. Na quinta-feira (30), depois de uma reunião de quase quatro horas, a única promessa dos governadores foi a de acionar suas bancadas para desarmar as bombas fiscais.

Na manhã desta segunda-feira, durante a reunião de coordenação política, a presidente vai cobrar de seus auxiliares atenção redobrada com a tramitação de matérias que tenham impacto nas contas públicas.

Com o fim do recesso parlamentar, o governo prepara suas armas para tentar barrar os avanços de temas que podem aumentar os gastos públicos, como o reajuste do Ministério Público, a criação de um piso nacional para policiais e bombeiros e a mudança no índice de atualização do FGTS.

Segundo um auxiliar palaciano, a eventual aprovação dessas matérias representaria uma perda ainda maior de prestígio da presidente, que já se viu obrigada a vetar o reajuste do Judiciário. Para pacificar a base aliada e evitar novas traições, o governo decidiu acelerar a liberação de emendas e a composição do segundo e terceiro escalões, que deve ser concluída em meados de agosto.
Herculano
02/08/2015 18:15
COLOMBO MANDA AS SDR TRABALHAREM. ELE ESTÁ BRINCANDO...

O que se divulgou? Mas, acredita quem quiser. O governador Raimundo Colombo, PSD, se reuniu com os secretários de Desenvolvimento Regional para definir que as SDR?s ficarão responsáveis pela operação tapa-buracos nas rodovias do Estado.

O secretário Nelson Serpa, da Casa Civil, explicou que houve uma mudança no decreto para permitir a realização desse trabalho. "Nossa missão agora é tapar os buracos", salientou. E para isto já se destiou R$10 milhões.

Ora, se a SDR de Blumenau não conseguem nem comprar papel higiênico para as escolas estaduais da região, vai conseguir licitar, comprar e fiscalizar asfalto para a operação tapa buracos? É rim, heim!
Herculano
02/08/2015 15:38
DE NOVO? QUEM ACREDITA?

O presidente da Assembleia Legislativa, Gelson Merísio, PSD, se ensaia a candidato a governador. E já começou a fazer alguns ensaios, entre eles de discursos. Moacir Pereira publicou:

"Presidente da Assembleia, deputado Gelson Merísio(PSD) participou de encontros em 12 municípios do oeste durante três dias. Visitou as cidades atingidas pelas últimas enchentes e lançou uma baneira polêmica no Encontro do PSD em São Miguel do Oeste. Defendeu a extinção das Secretarias de Desenvolvimento Regional. Candidatíssimo ao governo em 2018".

Bom. O governador Raimundo Colombo, PSD, quando senador e candidato, tinha exatamente este discurso para o povo, o incauto e que paga tudo isto. Mas, para se eleger, teve que se unir e pedir benção para Luiz Henrique da Silveira, o criador dos tais cabideiros de políticos sem votos e empregos, secretarias de Desenvolvimento Regional, feitas para garantir a sua reeleição. Hoje, Colombo não só a manteve como acha serem elas importantes. Importantes? Para ele e seus apoiadores de oportunidade, não para os pagadores de pesados impostos.

Nem inovar Gelson é capaz. Repete o discurso de candidato Colombo e que tem quase oito anos.

Janete Heytvhisxky Silva
02/08/2015 15:16
Sr Herculano;

Os oportunistas Marcelo, wandalen, denis e outros adptos com fome do poder sao verdadeiros oportunistas, embarcam na onda do dia 16 de agosto porque nao tem iniciativa e nem poder.
Sao os babacas da hora.
Juju do Gasparinho
02/08/2015 13:52
Prezado Herculano:

Frase do dia no O Antagonista:

"LADRÃO"!, turista brasileiro ao senador Delcídio do Amaral, que se esbalda em Ibiza.

Se colhe o que se planta.
Herculano
02/08/2015 08:10
O DILEMA DE DILMA por Elio Gaspari para os jornais O Globo e Folha de S. Paulo

Há momentos em que a Presidência depende de uma decisão solitária, às vezes suicida, às vezes redentora

A doutora Dilma parece perdida como cego em tiroteio. Sua reunião com os governadores foi mais um exercício de perda de tempo. Admitindo-se que ela consiga desviar-se da ruína econômica, resta-lhe uma decisão: o que fazer diante da Lava Jato? Até agora ela se deixou corroer porque supõe que pode ficar numa posição de neutralidade contra. "Eu não respeito delator" será uma frase que a acompanhará pela vida.

Ou ela se alista publicamente na Lava Jato, ou está frita. Lula deu meios passos ao tirar José Dirceu da Casa Civil e Antonio Palocci da Fazenda. Faltou dissociar-se do mensalão, e o resultado está aí. Fernando Collor teria terminado o mandato se, na primeira hora, tivesse rifado o tesoureiro Paulo Cesar Farias. O general Figueiredo arruinou seu governo e sua biografia acobertando o atentado do Riocentro.

Não há agenda positiva possível enquanto o governo estiver sitiado pelas roubalheiras que hospedou, tolerou e finge desconhecer. Pactos são coisa para patos. Um rompimento com os conluios será coisa difícil, até porque enquanto a doutora está neutra-contra a Lava Jato, a oposição está a favor, desde que ela pare, limitando-se na amplitude e no tempo.

A doutora deve reler o que diz.

Na reunião com os governadores, informou:

"Nós, como governantes que somos, não podemos nos dar ao luxo de não ver a realidade com olhos muito claros."

Quem souber o que isso quer dizer ganha um fim de semana em Miami.

LULA EM SÃO PAULO

A oposição dá como fava contada a derrota do PT na disputa pela Prefeitura de São Paulo. Há algo de exagero nisso.

Se Marta Suplicy ganhar a disputa, Lula terá todo direito de se proclamar vencedor, mesmo fazendo de conta que não é o dono do poste Fernando Haddad.

A senadora foi uma petista histórica e caiu em desgraça junto aos comissários do Palácio porque defendeu o "Volta, Lula" na eleição do ano passado.

LÁ VEM TUNGA

O poderoso lobby das operadoras de planos de saúde voltou a armar seus botes em cima dos consumidores. Na linha de frente da manobra, vem a ameaça de um colapso do setor, provocado pelo aumento dos custos dos serviços que venderam e dos contratos que assinaram.

Em 20 anos, esse setor produziu muitos bilionários. Não é razoável que, entre os seus argumentos, usem o dos custos do atendimento aos idosos. Pode ser verdade que um jovem de 18 anos custe R$1 mil por ano e um idoso, R$ 1 mil por mês, mas essa patranha é velha.

Em 1997, o deputado Ayres da Cunha, dono da operadora Blue Life, disse o seguinte: "Se tirássemos todos os idosos do meu plano, minha rentabilidade aumentaria muito". Ninguém fica velho porque quer e, ao contrário da gripe, a velhice não chega sem avisar.

Uma operadora de planos de saúde só com jovens é o sonho do Eremildo. Se isso não for possível, o idiota se contenta em ficar amigo de amigos do Palácio do Planalto, onde se cozinham ferradas nos consumidores.

AULA ÚTIL

Até o final de agosto chegará às livrarias "O Novo Estado Islâmico: Como Nasceu o País do Terrorismo", do jornalista inglês Patrick Cockburn. É coisa fina.

O Estado Islâmico é uma dessas questões que aparecem do nada e desafiam a sabedoria convencional. Por selvagem, é fácil detestá-lo. Por caótico, acredita-se que é um fenômeno passageiro. Pelas duas coisas, formam-se opiniões a seu respeito baseando-as no nada.

Cockburn resolve o problema de quem está meio perdido por ter chegado no meio do filme. Com décadas de experiência no Oriente Médio, em 206 páginas, ele informa e prova o seguinte:

A "Guerra ao Terror" de George Bush e Barack Obama fracassou catastroficamente. O EI é o filho dessa guerra e veio para ficar. Como, e por quanto tempo, não se sabe.

Os combatentes islâmicos derrotam o Exército iraquiano porque ele é formado por soldados que não querem combater e generais larápios. No ataque à cidade de Mossul, 1.300 combatentes, apoiados por uma revolta popular, puseram para correr uma tropa de 60 mil homens. O comando de uma divisão desse Exército pode ser comprado por US$ 2 milhões. O general que paga isso vai buscar o seu dinheiro de volta na região.

O livro não pretende dizer o que vai acontecer, mas mostra o que não está acontecendo ao desmontar as tolices produzidas pela propaganda.

TRANSITORIEDADE

A doutora diz que a crise é transitória. E dias melhores virão. Por isso, a espera na fila para se receber o seguro-desemprego no Rio chega a ser de 14 horas.
Herculano
02/08/2015 08:09
A ANATOMIA DE UM SUCESSO, por Elio Gasperi para os jornais O Globo e Folha de S. Paulo

Assim como a Lava Jato permite o estudo de uma desgraça, a criação da Olimpíada de Matemática das Escolas Públicas serve para que se examine um êxito. Ela existe há dez anos e deu certo. Não saiu do nada, nem foi fácil criá-la.

Em 2004, a professora Suely Druck, presidente da Sociedade Brasileira de Matemática, mostrou o projeto ao então ministro Eduardo Campos, da Ciência e Tecnologia. Ele comprou-o e levou-a a Lula (1x0). Nosso Guia mandou que fossem em frente (2x0). Nas duas ocasiões, foi acompanhada por Cesar Camacho, vice-presidente da SBM.

A ideia desagradou as burocracias do MEC (2x1) e do MCT (2x2). Diziam que nem tudo o que o presidente manda pode ser feito ou argumentavam que Lula deveria dizer de onde sairia o dinheiro para custear a Olimpíada.

Passados cinco meses, graças à professora Lucia Lodi, diretora de Políticas do Ensino Médio do MEC, quebrou-se a resistência orçamentária (3x2). Problema: Lula mandara que se fizesse a Olimpíada de 2005, não Olimpíadas anuais. O MEC e o MCT continuavam contra o projeto (3x3). A professora Druck foi a Clara Ant, assessora de Lula, e explicou que estavam matando o projeto. Ant pediu-lhe que fizesse uma carta ao presidente e, com isso, garantiu-se a Olimpíada de 2006 (4x3). A inclusão do programa no Orçamento da União salvou-o (5x3). Falso, nem tudo o que entra no orçamento é gasto e as pressões recomeçaram (5x4).

A partir de 2007, Lula ia às cerimônias de entrega das medalhas à garotada, lembrando que "muita gente foi contra essa Olimpíada". O jogo terminara: 6x4.

Uma ordem do presidente levou cinco meses para ser cumprida e quatro anos para se transformar numa política pública.

A Olimpíada está no seu décimo ano e é um sucesso. A primeira teve 10,5 milhões de estudantes inscritos e a última, 18 milhões. Tratando-se de uma iniciativa que mexe com matemática, seu êxito não deve ser inflado desnecessariamente. O número de inscritos (às vezes por interesse das escolas) não significa que todos participaram à vera das provas. Na primeira Olimpíada, talvez eles tenham sido 1 milhão. Na última, talvez até 3 milhões. Isso é coisa para ninguém botar defeito.
Herculano
02/08/2015 08:02
PENSANDO BEM

Quando o ex-presidente Fernando Collor de Mello, PRB, alagoano criado no Rio e Janeiro, foi deposto pelo impeachment, o vice era o mineiro Itamar Franco, que não se sabe bem como foi parar lá, como testemunhou Jaison Tupy Barreto e que confirma a sua surpresa na entrevista a Aderbal Machado postada na coluna.

Guindado ao poder, Itamar se juntou ao PSDB e deu um nó na crise e colocou o Brasil minimamente nos trilhos. O sucesso levou ao poder Fernando Henrique Cardoso, PSDB, que governou com o apoio do PMDB.

Ao final de dois mandatos bem sucedidos, o PMDB virou coadjuvante do PT. Agora é sócio na incompetência, na quebra do Brasil, na corrupção sem fim e na roubalheira descarada dos nossos pesados impostos que estão faltando na saúde pública, na educação, na segurança, nas obras.

É preciso explicar a razão da troca e da escolha? E vão trocar de novo: ou para limpar a barra que está suja demais ou para continuar se lambuzando mais com a nossa desgraça e sacrifícios entre eles o desemprego, inflação alta, desassistência, miséria, quebras dos sonhos.... Não há alternativa. Wake up, Brazil!
Herculano
02/08/2015 07:52
EDUARDO CUNHA ESTUDA COLOCAR OPOSIÇÃO NAS CPIS QUE VAI INSTALAR EM AGOSTO, por Fernando Rodrigues

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), estuda articular para que deputados de partidos de oposição ocupem cargos de direção nas próximas CPIs da Casa.

Está marcada para 5ª feira (6.ago.2015) a instalação da CPI que investigará supostas irregularidades no Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES). Na semana seguinte, a Câmara instala a CPI para investigar fundos de pensão estatais. Ambas incomodam o Planalto.

Marcus Pestana (PSDB-MG) já foi indicado pelo partido como titular na CPI do BNDES. Segundo ele, o líder dos tucanos na Câmara, Carlos Sampaio (SP), discute com Eduardo Cunha os cargos que serão ocupados pela legenda na Comissão.

"Estão havendo conversas por telefone. Definição mesmo, só devemos ter a partir de 3ª feira (4.ago.2015)", disse Pestana. O PMDB deve ficar com a presidência ou com a relatoria da CPI do BNDES. Uma das vagas seria para alguém da oposição.

Na 2ª semana de agosto, a Câmara deve instalar a CPI dos Fundos de Pensão. Nesse caso, é o Democratas que trabalha para emplacar alguém como presidente ou relator, segundo o líder da sigla, Mendonça Filho (PE).

"Vínhamos denunciando isso [irregularidades nos fundos] já há algum tempo, então essa é a nossa prioridade", afirma Mendonça.

Na última semana, Cunha convidou a deputada Mariana Carvalho, do PSDB de Roraima, para chefiar a CPI dos Crimes Cibernéticos, cujo pedido original havia sido feito pelo PT. O convite foi confirmado pela assessoria da deputada. A decisão de instalar as CPIs do BNDES e dos Fundos de Pensão foi tomada por Cunha horas depois de anunciar o rompimento com o governo, no dia 17.jul.2015.

Segundo o regimento da Câmara, os presidentes e relatores de CPIs são eleitos pelos integrantes do colegiado. Ocorre que o bloco partidário liderado pelo PMDB, que reúne a maior bancada da Casa, indica também a maioria das vagas nas CPIs. Na do BNDES, por exemplo, o chamado "blocão" terá 11 vagas, contra 8 do bloco do PT e 6 dos oposicionistas (PSDB, PPS, PSB e PV). A deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ) é a única indicada pelo bloco peemedebista para a CPI do BNDES até o momento.
Herculano
02/08/2015 07:49
ESTOU PAGANDO O PREÇO POR NÃO APOIAR O IMPEACHMENT

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto e entrevista de Bernardo Mello Franco. A duas semanas das novas manifestações contra o governo, Marina Silva afirma que está disposta a pagar o preço por não defender o impeachment de Dilma Rousseff.

Ela prega "responsabilidade" com a democracia e diz que não vai "instrumentalizar a crise" para tentar ampliar o desgaste da presidente.

Sem citar o PSDB de Aécio Neves, que convocará eleitores para os protestos do dia 16, a ex-senadora sustenta que os políticos devem "respeitar a sociedade" e evitar o "oportunismo". "O momento é de escutar. Ouvir e compreender, olhar e perceber", rimou.

Marina recebeu a Folha na última quarta (29), em São Paulo. Segurava seu programa de governo da campanha de 2014, em cópia xerocada e cheia de anotações a lápis.

Ela manifestou incômodo com as críticas de que estaria muito calada diante da crise. "Estou trabalhando muito. Não estou sumida não, viu?"

Folha - A senhora consegue ver uma saída para a crise?

Marina Silva - A contração da economia vai se estender por um período que ainda não sabemos qual é. Se o país perder o grau de investimento, a situação vai se agravar.

Neste momento, é preciso ter muita responsabilidade. Já tivemos perdas em relação às conquistas econômicas. Agora estamos tendo perdas em relação às conquistas sociais, com inflação e desemprego. Uma coisa que não podemos perder é a nossa confiança na democracia.

Não podemos, em hipótese alguma, colocar em xeque o investimento que fizemos na democracia. Você não troca de presidente por discordar dele ou por não estar satisfeito. Se há materialidade dos fatos, não há por que tergiversar. Se não há, o caminho doloroso de respeito à democracia tem que prevalecer.

Folha -As manifestações do dia 16 devem pedir o impeachment de Dilma. Qual a sua opinião?

Marina - A sociedade tem todo o direito de se manifestar, porque foi enganada quando negaram os problemas e não fizeram o que era preciso.

Mas esse protesto não pode antecipar o que a Justiça ainda não concluiu. Uma coisa é o que a sociedade pauta, outra é o que as lideranças políticas têm que ponderar.

Alguns políticos estão tentando instrumentalizar a crise, em vez de resolvê-la. Na democracia, não se resolve a crise passando por cima do processo constitucional.

Isso tem um custo? Claro. Mas a liderança política não tem só que repetir o que se quer ouvir. Às vezes, ela tem que pagar um preço. Não podemos deixar de considerar o valor da democracia, até pelos traumas pelos quais passamos.

Folha - A sra. é cobrada por não defender o impeachment?

Marina - O presidente Fernando Henrique tem uma postura ponderada e paga um preço por isso. Eu tenho pago o meu. Não estou fazendo isso porque quero agradar A ou B. É porque acho que é o certo. É muito fácil pensar que existe uma saída mirabolante.

Folha - Dilma tem responsabilidade pelo escândalo da Petrobras?

Marina - Ela foi ministra de Minas e Energia, chefe da Casa Civil e presidente do conselho da Petrobras. Eu não seria leviana de dizer, sem provas, que ela tem responsabilidade direta. Sinceramente, torço para que não. Ela tem responsabilidades políticas e administrativas. Não há como ser isentada politicamente.

Mas a legislação brasileira diz que é preciso ter envolvimento direto para o impeachment. Não podemos ter uma atitude leviana com isso.

Folha - A presidente voltou a falar em diálogo. A sra. aceitaria um convite para conversar?

Marina - Agora que estamos com o leite derramado, as pessoas se dispõem ao diálogo...

O caminho do diálogo é sempre bem-vindo, desde que se saiba em que direção. Na direção de mais do mesmo, não há o que conversar.

Torço para que a presidente e sua equipe reconheçam a gravidade dos problemas e os erros que foram cometidos. Reconhecer isso é a base para encontrarmos uma solução.

Folha - Qual a saída possível?

Marina - Temos que seguir dois trilhos. Um é o das investigações, com autonomia para o Ministério Público, a Polícia Federal e a Justiça. O outro trilho é o dos rumos da nação.

Talvez seja o momento de um pacto em torno de uma agenda comum aos interesses do país. Qualquer governo deveria ter apoio para medidas estruturantes. Eu não posso ser a favor do desenvolvimento sustentável e votar contra ele porque quem está propondo é a Dilma ou o Aécio. Isso seria incoerente.

Folha - Quais são os erros que o governo precisa reconhecer?

Marina - Em 2008, o mundo todo decidiu fazer o dever de casa. O Brasil simplesmente negou a crise. Negou o princípio da realidade. Tomamos medidas inicialmente acertadas, de estímulo ao mercado interno, mas em algum momento a corda iria romper.

O governo criou a expectativa de que o país poderia continuar crescendo 7% ao ano, como em 2010.

Folha - Se a sra. fosse eleita, não faria um ajuste igual ao de Dilma?

Marina - A dose não seria de morfina, como a que está sendo dada agora. Com mais credibilidade, com certeza se criaria um ciclo virtuoso de investimento e mobilização dos setores produtivos. O remédio seria menos amargo.

Folha - Eduardo Cunha pode continuar à frente da Câmara?

Marina - Nenhum de nós está acima da lei, por mais que tenhamos cargos importantes no Congresso. Uma vez denunciado, é óbvio que ele deve ser afastado, sem que isso seja um pré-julgamento. Mas a função que ele ocupa pode criar impedimentos ao andamento das investigações.

Folha - Alguns eleitores reclamam que a sra. anda distante do noticiário. A Marina sumiu?

Marina - Em 2010, as pessoas me faziam a mesma pergunta. Esse não é o momento de ficar gesticulando, tagarelando. É o momento do gesto.

Não estou aqui para instrumentalizar a crise. Nunca parei de trabalhar. Continuo na militância socioambiental e sou professora associada da Fundação Dom Cabral.

Folha - Pretende se candidatar a presidente de novo em 2018?

Marina - Ainda não sei. Estou ajudando a criar a Rede [seu novo partido, ainda não registrado]. Quero fazer as coisas sem estar presa ao que pode ser eleitoralmente melhor.

A gente está no fundo do poço porque a preocupação é maior com as eleições do que com o futuro da nação.
Herculano
02/08/2015 07:39
FHC NÃO EXCLUI HIPÓTESE DE LULA IR PARA A CADEIA, por Josias de Souza

Em nota divulgada neste sábado, Fernando Henrique Cardoso explicou o teor de entrevista concedida à revista alemã Capital. Nessa conversa, ele atribuíra a Lula a responsabilidade política pela corrupção na Petrobras. Mas soara contrário à prisão do rival petista. Ao se explicar, FHC disse que não costuma falar mal de políticos brasileiros quando se dirige ao estrangeiro. E deixou claro que não exclui a hipótese de Lula ser preso. "Se o merecer, quem dirá será a Justiça e é de lamentar, porque terá jogado fora (coisa que vem fazendo aos poucos) sua história."

A entrevista à revista alemã circulou neste sábado. Mas em notícia reproduzida na véspera pelo Uol, a agência de notícias alemã Deutsche Welle havia antecipado alguns trechos. Perguntou-se a FHC se acha que Lula está envolvido na roubalheira da Petrobras. E ele: "Não sei em que medida. Politicamente responsável ele é com certeza. Os escândalos começaram no governo dele.'' Sobre a prisão de Lula, foram realçadas duas frases:

1. "Para colocá-lo atrás das grades, é necessário haver algo muito concreto. Talvez ele tenha que depor como testemunha. Isso já seria suficientemente desmoralizante.''

2. "Isso dividiria o país. Lula é um líder popular. Não se deve quebrar esse símbolo, mesmo que isso fosse vantajoso para o meu próprio partido. É necessário sempre ter em mente o futuro do país.''

As declarações de FHC renderam-lhe críticas nas redes sociais. Houve incômodo também no PSDB. Daí a nota divulgada neste sábado. Nela, FHC insinua que suas declarações estão defesadas: "A entrevista foi dada há algum tempo, não me recordo os termos que usei." E alega que seu estilo é diferente do de Lula e do PT: "Ao falar ao estrangeiro cuido sempre de não ser agressivo com políticos brasileiros.? Por outro lado, não falo, ao estilo lulopetista, desconhecendo o ?passado e negando fatos."

"Lula, gostemos ou não dele e de suas políticas, foi o primeiro líder operário a chegar à Presidência, o que tem inegável peso simbólico", anotou FHC, antes de tratar do tema que motivou a divulgação da nota: "Por que haveria eu de dizer ao exterior que merece cadeia? Se o merecer, quem dirá será a Justiça e é de lamentar, porque terá jogado fora (coisa que vem fazendo aos poucos) sua história."

Noutra referência ao estilo agressivo de Lula, FHC escreveu: "Não se constrói o futuro com amargor, nem desmerecendo feitos.?Tampouco poderá ele se erigir tapando o sol com a peneira. Mas nas democracias não é o interesse de pessoas ou de partidos quem dá a palavra final. É a Justiça. Podemos até torcer para que ela atue. Mas o bom senso de cada líder deverá conter seus naturais impulsos por 'justiça já', ou a qualquer preço, em favor da moderação e do respeito às regras do jogo. O fato dos adversários não se comportarem assim não deve nos levar a que nos igualemos com eles."

Na entrevista à revista alemã, FHC fizera comentários também sobre Dilma. Indagado se acredita no envolvimento dela com corrupção, dissera: "Não, não diretamente. Mas o partido dela, sim, claro. O tesoureiro está na cadeia.'' Acrescentara: "Eu a considero uma pessoa honrada, e eu não tenho nenhuma consideração por ódio na política, também não pelo ódio dentro do meu partido, [ódio] que se volta agora contra o PT.'' Sobre esses trechos, FHC não fez nenhum reparo em sua nota de esclarecimento.
Herculano
02/08/2015 07:31
GUARDADOR DE SEGREDOS,

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Ricardo Balthazar, editor de "Poder". Pouco depois de se aposentar da Marinha, em 1994, o almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva foi surpreendido por uma pergunta da plateia ao concluir uma exposição sobre o programa nuclear brasileiro, em Viena, na Áustria.

Um americano disse que considerava duvidosas as informações disponíveis sobre os custos do programa e provocou: "Acho que o senhor está escondendo o que gastaram". Othon fez um comentário irônico e desconversou.

Na semana passada, quando foi acusado de corrupção pelos procuradores da Operação Lava Jato e levado preso para um quartel militar em Curitiba, o almirante se viu obrigado a enfrentar perguntas embaraçosas novamente.

Os procuradores querem saber por que a firma de consultoria que Othon criou ao passar para a reserva ganhou R$ 4,8 milhões de empreiteiras que trabalham para a Eletronuclear, a estatal que ele presidiu nos últimos dez anos.

Na sexta-feira (31), o almirante de 76 anos disse à Polícia Federal que se desligou da consultoria ao assumir o comando da Eletronuclear, e que o dinheiro pago pelas empreiteiras remunerou serviços prestados pela filha tradutora e pelo genro engenheiro.

Durante o interrogatório, Othon disse que "possui conhecimento que lhe permitiria ganhar muito mais do que os valores que lhe acusam de ter recebido", mas não convenceu ninguém. O juiz Sergio Moro, que conduz os processos da Lava Jato, prorrogou sua prisão até a próxima quinta (6), para que ele apresente provas do que alegou.

Nas décadas de 70 e 80, o almirante chefiou um programa secreto da Marinha que deu ao Brasil o domínio de uma das tecnologias mais cobiçadas do mundo, o processo que transforma o minério de urânio no combustível necessário para que uma usina nuclear produza eletricidade.

A parte mais sensível do programa, o desenvolvimento das centrífugas de enriquecimento de urânio que aumentam a concentração do material radioativo encontrado no minério, é tratada como segredo de Estado desde a ditadura militar (1964-1985), e poucos detalhes sobre ela vieram a público até hoje, mesmo décadas depois da redemocratização do país.

A Marinha investiu nessa tecnologia por considerá-la uma etapa indispensável para realizar seu projeto mais ambicioso, a construção de um submarino de propulsão nuclear, que os militares desenvolvem atualmente em parceria com a França e uma das empresas investigadas pela Lava Jato, a Odebrecht.

Engenheiro com especialização no MIT (Massachusetts Institute of Technology), Othon dirigiu o programa da Marinha de 1979 até a aposentadoria em 1994. Ele conhece todos os seus segredos, e guarda vários deles com zelo.

CAIXAS DE DOCUMENTOS

Como confidenciou a um conhecido uma década depois de deixar a Marinha, Othon guardou dezenas de caixas com documentos do período numa edícula construída nos fundos da propriedade de um parente, no interior do Rio, tudo classificado com ajuda de um ex-funcionário. Othon também guarda cadernos pessoais desde a época em que estava no MIT.

Os documentos preservados pelo almirante incluem cópias de contratos com fornecedores e informações detalhadas sobre os gastos do programa, que nunca foram contabilizados de maneira transparente pelo governo. De acordo com uma planilha guardada por Othon, o programa consumiu US$ 668 milhões (R$ 2,3 bilhões em dinheiro de hoje) no período em que ele esteve à sua frente.

Quase um terço do dinheiro circulou por contas secretas, incluindo uma que Othon administrava pessoalmente. A existência dessas contas foi revelada pela Folha em 1986, mas o destino dos recursos nunca foi tornado público.

Especialistas estrangeiros sempre desconfiaram que boa parte desse dinheiro foi usada pela Marinha para comprar clandestinamente no exterior equipamentos e materiais para o desenvolvimento das centrífugas, mas poucas pessoas sabem ao certo o que foi feito. Othon sabe.

No auge do programa, havia mais de 900 pessoas sob o comando do almirante. Othon e outros oficiais trabalhavam com roupas civis, para que a farda não intimidasse ninguém. Cientistas da USP e de outras universidades participaram do projeto.

Othon deixou a Marinha frustrado com a redução dos recursos destinados ao programa e disposto a mudar de vida. Abriu a consultoria para trabalhar em projetos do setor privado e tentou ganhar dinheiro com o desenvolvimento de uma turbina para pequenas centrais hidrelétricas.

A sorte do almirante mudou de novo em 2005, quando o governo decidiu retomar os investimentos na área nuclear e os petistas entregaram ao PMDB o controle do Ministério de Minas e Energia.

À frente da Eletronuclear, Othon retomou as obras da usina de Angra 3, renegociando os contratos das empresas envolvidas com o projeto e comprometendo-se a entregá-la até 2018. Parecia a pessoa certa para a missão, até cair na teia da Lava Jato.
Herculano
02/08/2015 07:23
DEPUTADOS GASTAM R$1 MILHÃO EM RESTAURANTES, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

A crise na economia não afetou a dieta de engorda, na Câmara dos Deputados. De fevereiro a junho deste ano, o 513 deputados federais gastaram quase R$ 1 milhão em restaurantes ou exatos R$ 968,5 mil. Toda essa dinheirama foi ressarcida pela Cota de Auxílio de Atividade Parlamentar (Ceap). Para efeito de comparação, o valor gasto por suas excelências seria suficiente para comprar 2,46 mil cestas básicas.

Custo da família

Tamanho é o apetite dos deputados que uma cesta básica em São Paulo, a mais cara do Brasil, custava, em junho, R$ 392,77.

Aumento

Numa comparação com igual período do ano passado, quando suas excelências gastaram R$ 813,8 mil, o aumento foi de 19%.

Supervisionando

Os dados foram compilados pelo ativista Lúcio Batista, o Lúcio Big, da Operação Política Supervisionada (OPS).

Conta pode ser maior

Os valores levantados não levam em consideração os gastos dos senadores. "O Senado dificulta o acesso aos dados, diz Lúcio Big.

RENAN E MICHEL VIRAM DELAÇÃO "DESTRUIR" CUNHA

Os caciques Michel Temer (SP) e Renan Calheiros (AL), do PMDB, sabem exatamente como afetaram Eduardo Cunha as acusações do delator Júlio Camargo. Eles conversavam na Base Aérea de Brasília quando Cunha recebeu por telefone a notícia do depoimento do lobista da Toyo-Setal. Explodiu numa revolta que deixou tanto o vice Temer quanto o senador Calheiros impressionados. No mesmo dia, o presidente da Câmara anunciaria rompimento com o governo Dilma.

Dedo do Planalto

Eduardo Cunha está convencido do "dedo do Planalto" na mudança do depoimento de Camargo, que agora diz ter pago a ele US$ 5 milhões.

Solidariedade

Enquanto fazia declarações indignadas contra o governo, ainda na Base Aérea, Cunha recebia a solidariedade de Renan e Michel.

Incontinência

O advogado de Eduardo Cunha, Antonio Fernando Souza, tem insistido para que ele evite declarações sobre a Lava Jato. Mas não consegue.

Lei do desarmamento

Com o aumento da criminalidade, a Câmara vai movimentar o segundo semestre com a revisão da Lei do Desarmamento. A alegação é que a lei tirou as armas de cidadãos de bem e não desarmou a bandidagem.

Fim de papo

Circula entre estrelados peemedebistas que o presidente do Senado, Renan Calheiros, deve sair ileso da Operação Lava Jato, ao contrário de Eduardo Cunha. Ainda assim, ele não quer mais papo com Dilma.

Promessas

As promessas de Dilma viram pó a cada dia. A Agência Nacional de Energia Elétrica avisa que as contas de energia vão permanecer mais caras em agosto, o contrário do prometido na campanha de 2014.

Clima de guerra

O termo "Eduardo Cunha" aparece nos assuntos mais comentados do Twitter, principalmente após seu rompimento com o governo Dilma. Mas rivaliza na rede social com a hashtag CunhaNaCadeia.

Bico calado é melhor

Após elogiar a mandioca e etc, Dilma tem sido aconselhada a observar a lição de Abraham Lincoln: "É melhor calar-se e deixar que as pessoas pensam que você é um idiota do que falar e acabar com a dúvida".

O excluído

Dilma chamou os ministros do PMDB para a reunião desta semana, mas vetou Henrique Alves. O ministro Eduardo Braga (Minas e Energia) também não esteve na reunião, mas porque estava fora.

MPF como aliado

Petistas próximos a Lula, como o deputado Paulo Teixeira (PT-SP), acham desperdício de munição centrar fogo no deputado Eduardo Cunha. Acham que dele cuida o Ministério Público Federal.

Frente de pressão

O Congresso lança esta semana a Frente Parlamentar da Indústria de Máquinas, com a presença dos ministros Gilberto Occhi (Integração), Armando Monteiro (Desenvolvimento) e Eliseu Padilha (Aviação Civil).

Pensando bem...

...pelo ritmo na queda de Dilma nas pesquisas, antes do fim do ano a popularidade dela encontrará o PIB negativo do País.
Herculano
02/08/2015 07:14
MORREU NO HORÁRIO DE PICO, por Bernardo Mello Franco para o jornal Folha de S. Paulo.

A imagem é chocante. Ao ver um corpo estendido na linha férrea, o maquinista pisa no freio. Do lado de fora, o controlador de tráfego determina que ele siga viagem. O trem volta a se mover e passa lentamente sobre o cadáver.

O caso aconteceu na última terça em Madureira, no subúrbio do Rio. Seria mais uma morte invisível se a cena não tivesse sido filmada por um passageiro com o celular.

O homem atropelado era Adílio Cabral dos Santos, de 33 anos. Batizado com nome de jogador, e negro como ele, driblava o desemprego como vendedor de doces. Os ambulantes atravessam a linha várias vezes ao dia para evitar a apreensão de balas, biscoitos e garrafas d'água.

Em nota sobre o acidente, a concessionária Supervia condenou a vítima, ao lamentar "a perda de mais uma vida por invasão dos trilhos". A empresa, que pertence ao grupo Odebrecht, citou o "horário de pico" para justificar o segundo atropelamento. "A paralisação da linha", alegou, "criaria transtornos para toda a movimentação do horário".

"Diante do risco de se criar um problema maior e mais grave, com a retenção de diversos trens, o centro de controle operacional tomou a decisão, em caráter absolutamente excepcional, de autorizar a passagem do trem", afirmou a Supervia.

O secretário de Transportes se disse indignado e prometeu punir a concessionária. Já tinha acontecido em 2010, quando fiscais foram filmados chicoteando passageiros.

O teólogo Marco Bonelli disse ao jornal "O Globo" que o caso retrata uma "sociedade violenta, na qual o ser humano morre, mas o sistema de transporte não pode parar". Ao mesmo tempo, achamos normal que o tráfego seja interrompido para a passagem de autoridades.

Na música "Construção", Chico Buarque conta a história de um operário que "morreu na contramão atrapalhando o tráfego". Adílio teve azar duas vezes. Foi atingido pelo trem e morreu no horário de pico.
Herculano
02/08/2015 06:58
FURB VAI AGRADECER APOIO DA DILMA NA GESTÃO, por Carlos Tonet

Argolada pela suspensão do Fies, a Furb vai economizar R$ 9,6 milhões por ano acabando com coisinhas supérfluas.

De acordo com o Natelzão ontem na Câmara, foram cortados cargos comissionados e funções gratificadas e professores que atuavam na gestão foram enviados de volta às salas de aula.

A Furb deveria agradecer ao Dilmão por fazer a turma melhorar a gestão dela, já que, pelo visto, andava sobrando dinheiro pra cargos comissionados e outros frufrus administrativos.
Herculano
02/08/2015 06:56
LOBO OU CORDEIRO? por Fernando Henrique Cardoso, sociólogo, ex-professor, ex-senador por São Paulo, ex-presidente da Republica pelo PSDB, ex-ministro da Fazenda de Itamar Franco, PMDB, e que implantou o Plano Real. Um texto inicialmente gostoso e ao final, esclarecedor e sem meias palavras.

Tardiamente, círculos petistas se lembraram de que talvez fosse oportuno conversar com os tucanos

Passei três semanas de julho na Europa, entre o trabalho (pouco) e o descanso (a que reluto a me entregar). Ainda agora escrevo da Sardenha. Caminhando pelos pequenos portos da ilha, assim como pelos da Córsega, sentindo a placidez que ainda hoje envolve a vida dessa gente, não pude evitar a nostalgia pelo nunca vivido por nós metropolitanos.

Nostalgia e inveja, mesmo sabendo, pela leitura apaixonante de Fernand Braudel, cujo livro sobre o Mediterrâneo carrego comigo, que a placidez atual mal esconde as agitações do passado, quando sarracenos, fenícios, normandos, gregos, romanos e toda gama de diferentes povos lutavam pela conquista do Mare Nostrum.

As marcas de tudo isso estão esculpidas nos fortes, torres e casamatas que se espalham pela região, quando não pelas correntes que fechavam literalmente a entrada do porto de Bonifácio, uma fortificação erguida pelo Papa Bonifácio II, incumbido da defesa da Córsega, no final do século IX.

Naqueles tempos não havia o furor pela informação em tempo real. É verdade que a notícia de um ataque pirata a uma localidade entre Gênova e Split chegava a Nápoles em três horas, graças aos fogos que, nessas ocasiões, encarregados acendiam nas torres ao longo da costa de Portofino. Mas nenhuma informação, por certo, cruzaria rapidamente o Mediterrâneo de Chipre a Gibraltar, muito menos dali à costa brasileira do outro lado do Oceano Atlântico.

Hoje, não passa dia ou noite sem que o celular ou o e-mail perturbe a paz do pretendente ao sossego. Não há notícia, boa ou má, relevante ou não, que as tecnologias atuais e a ansiedade por comunicar "novidades" não façam chegar de imediato a quem deseje ou não dela saber.

Assim, tive minha tranquilidade entrecortada, não pela agitação dos mares, mas pelo lento e contínuo noticiário sobre o desmoronar de muito do que se construiu a partir da Constituição de 1988 no Brasil. A desagregação vem de longe, mas parece ter ricocheteado com mais força no mês de julho. Tornou-se claro para a opinião pública que a crise atual nada tem a ver com a "lá de fora", e que ultrapassa o ridículo insistir em que a culpa é do FHC.

Tornou-se óbvio que há um acúmulo de crises: de crescimento, de desemprego, de funcionamento institucional, moral, de condução política. Tardiamente, círculos petistas se lembraram de que talvez fosse oportuno conversar com os tucanos? Parece a história do abraço do afogado. Calma, minha gente, há tempo para tudo. Há hora de conversar, hora de agir e hora de rezar.

Na ocasião da viagem que a presidente Dilma e os ex-presidentes fizemos juntos à África do Sul, em dezembro de 2013, para assistir ao funeral de Mandela, disse a todos que a descrença da sociedade no sistema político havia atingido limites perigosos.

Ainda não era possível antecipar o tamanho da crise em gestação, mas não restava dúvida de que o país enfrentaria dificuldades econômicas e que essas seriam ainda maiores se as suas lideranças políticas não dessem resposta ao problema da legitimidade do sistema político.

Disse também que todos nós ali presentes, independentemente do grau maior ou menor de responsabilidade de cada um, deveríamos nos entender e propor ao país um conjunto de reformas para fortalecer as instituições políticas. A sugestão caiu no esquecimento.

Naquela ocasião, como em outras, a resposta do dirigente máximo do PT foi, ora de descaso, ora de reiteração do confronto, pela repetição do refrão autorreferente de que antes dele tudo era pior. Para embasar tal despautério, o mesmo senhor, no afã de iludir, usou e abusou de comparações indevidas.

Mais uma vez agora, sem dizer palavra sobre a crise moral, voltará à cantilena de que a inflação e o desemprego de hoje são menores do que em 2002, omitindo que, naquele ano, a economia sofreu com o medo do que poderia vir a ser o seu governo, um sentimento generalizado que, em benefício do país, meu governo tratou de atenuar com uma transição administrativa que permitiu ao PT assumir o poder em melhores condições para governar. Sobre a crise de hoje, nenhuma palavra...

Perguntado por uma repórter sobre se o ex-presidente Lula me havia enviado emissários para abrir um diálogo, respondi que ele não precisa de intermediários para isso, pois tem meus telefones. E condicionei o eventual encontro: desde que seja para uma discussão de agenda de interesse nacional e pública. Por que isso?

Porque não terá legitimidade qualquer conversa que cheire a conchavo ou, pior, que permita a suspeita de que se deseja evitar a continuidade nas investigações em marcha, ou que seja percebida como uma manobra para desviar a atenção do país do foco principal, a apuração de responsabilidades.

Será que chegou o tempo de rezar pela sorte de alguns setores da vida empresarial e política? Talvez. Mas a hora para agir já não é mais, de imediato, do Congresso e dos partidos, mas, sim, da Justiça. Essa constatação não implica dizer um "não" intransigente ao diálogo.

Decidam a Justiça, o TCU e o Congresso o que decidirem, continuaremos a ter uma Constituição democrática a nos reger e a premência em reinventar nosso futuro. Tomara que as aflições pelas quais passam o PT e seus aliados lhes sirvam de lição e os afastem da arrogância e do contínuo desprezo pelos adversários, até agora tratados como inimigos.

É hora de reconhecerem de público que a política democrática é incompatível com a divisão do país entre "nós" e "eles". Para dialogar, não adianta se vestir em pele de cordeiro. Fica a impressão de que o lobo quer apenas salvar a própria pele.

Mais ainda, passou da hora de o lulopetismo reconhecer que controlar a inflação e respeitar a Lei de Responsabilidade Fiscal nada têm a ver com neoliberalismo, senão que são condição para que as políticas sociais, tanto as universais como as específicas, possam ter efeitos duráveis.

Em suma, cabe aos donos do poder o mea-culpa de haver suposto sempre serem a única voz legítima a defender o interesse do povo.
Herculano
02/08/2015 06:41
ELES ESTÃO CERTOS. PRECISAM DE UM CHEFE IDENTIFICADO COM A MAIORIA E QUE O REPRESENTEM COM MÃO DE FERRO PARA SE PERPETUAR AS DÚVIDAS E NÓS PAGANDO ESTA PESADA CONTA DESTA VERGONHA ÉTICA. PRINCIPAL MANCHETE DO JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO DESTE DOMINGO: DEPUTADOS DIZEM SER CONTRA AFASTAR CUNHA DA PRESIDÊNCIA.

MAIS: LÍDERRES DA BANCADA TAMBÉM NÃO VEEM RAZÃO PARA IMPEACHMENT DE DILMA. MAIORIA É CONTRA ABERTURA DE PROCESSO DE CASSAÇÃO DE COLEGAS INVESTIGADOS PELA LAVA JATO, COMO CUNHA

Texto de Ranier Bragon e Aguirre Talento, da sucursal de Brasília. A maioria dos deputados que lideram as bancadas de seus partidos na Câmara declara ser contra o afastamento do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), mesmo se o Supremo Tribunal Federal abrir um processo contra ele por causa da suspeita de que recebeu propina do esquema de corrupção descoberto na Petrobras.

Os líderes também dizem não ver motivo para que outros colegas investigados pela Operação Lava Jato respondam a processo de cassação no Conselho de Ética.

A Folha ouviu na semana que passou 20 dos 22 líderes das maiores bancadas da Câmara. Desde que o lobista Julio Camargo afirmou que pagou US$ 5 milhões em propina a Cunha, alguns parlamentares têm pedido seu afastamento do comando da Casa.

Mas a posição manifestada pelos líderes partidários mostra que ele mantém sólido apoio entre seus pares - mesmo após as declarações da advogada Beatriz Catta Preta, que representava Julio Camargo e acusou aliados de Cunha na CPI da Petrobras de tentar intimidá-la.

Embora a enquete tenha sido feita antes da veiculação da entrevista da advogada ao "Jornal Nacional", da TV Globo, a Folha apurou que a posição dos parlamentares em relação a Eduardo Cunha não sofreu alteração significativa.

Líderes de dez bancadas, que somam 294 deputados (57% do plenário), são contra o afastamento de Cunha mesmo que ele seja denunciado pela Procuradoria-Geral da República e o Supremo abra um processo contra ele, transformando-o em réu.

"Não tem sentença ainda. Pode não dar em nada, e aí como faz?", diz Sibá Machado (AC), líder da bancada do PT, partido hoje em pé de guerra com Cunha. "Entendo que o presidente Eduardo Cunha deve exercer plenamente suas atribuições constitucionais e ter garantido seu direito à ampla defesa", reforça Rogério Rosso (PSD-DF).

Apenas o nanico PSOL e o PPS defendem o afastamento. "Vou questionar na reunião de líderes a situação do presidente em relação às denúncias gravíssimas que surgiram", diz Chico Alencar (PSOL-RJ). Com o fim do recesso de julho, o Congresso volta ao trabalho nesta semana.

Além de Cunha, 21 deputados são alvo de investigação por suspeita de envolvimento com a corrupção na Petrobras. A maior parte dos caciques partidários da Câmara diz não ver razão para que eles respondam a processo de cassação caso sejam denunciados pelo Ministério Público e processados no Supremo.

"Denúncia não significa condenação não só para o parlamentar, mas como para qualquer cidadão. Caso contrário, você está antecipando o julgamento e tirando um mandato decidido pelo voto popular", diz o deputado André Moura (SE), líder do PSC e um dos aliados de Cunha.

IMPEACHMENT

A enquete mostra também que a maior parte dos líderes partidários da Câmara diz não ver motivo para que Cunha dê prosseguimento a um pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, o que, nos bastidores, o peemedebista ameaça fazer.

"Não existe comprovação de cometimento de nenhum crime no exercício do mandato", afirma o líder da bancada do PMDB, o partido de Cunha, Leonardo Picciani (RJ).

Ao todo, 11 líderes de bancadas que somam 298 deputados (58% do total) dizem ser contra a abertura do processo de impedimento da petista.

"Não pode comprometer o país, o povo brasileiro, a economia do país, o capital estrangeiro investido aqui, falando uma coisa sem propriedade e sem embasamento jurídico nenhum", diz Celso Russomanno (PRB-SP), que comanda um bloco de 38 deputados formado pelo PRB com outros partidos nanicos.

"O Brasil não é uma republiqueta que qualquer um desrespeita as bases democráticas", diz o líder do governo, José Guimarães (PT-CE).

De todos os partidos ouvidos, só o oposicionista DEM diz já ver elementos suficientes. "São muitos fortes as comprovações de que ela afrontou a Constituição e as finanças públicas", afirma Mendonça Filho (DEM-PE).
Herculano
02/08/2015 06:31
DO ASFALTO AO PLANALTO, por Carlos Brickmann

Já estamos em agosto - o mês mais famoso das crises brasileiras, o mês em que Getúlio Vargas se matou, Jânio renunciou e Juscelino Kubitschek morreu.

Já neste início de semana se ouve o batucar dos tambores de guerra. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, anunciou que pretende em poucos dias recuperar um grande atraso: votar as contas da Presidência da República, de Collor a Lula. Fica assim aberto o caminho para a análise das contas de Dilma. É bem possível que o Tribunal de Contas recomende sua rejeição. E, caso a Câmara aceite a recomendação, o passo seguinte é o pedido de impeachment de Dilma.

Aliás, já há doze pedidos de impeachment aguardando votação, e Cunha promete colocá-los em pauta. O impeachment precisa ter embasamento jurídico, mas aplicá-lo é sempre uma decisão política. Os pedidos de impeachment, mais a decisão do TCU a respeito das contas, serão por isso examinados depois do dia 16 - data prevista para as manifestações Fora, Dilma. Também será levado em conta um ruído mais próximo: o bater de panelas nesta quinta, 6, dia em que Dilma, Lula e o comando do PT estarão na TV, em cadeia nacional. Cadeia? Vá lá, em rede nacional. E com muitos em risco de cair na rede da Justiça.

Há ainda CPIs espinhosas, como a do BNDES e a dos Fundos de Pensão, prontinhas para começar. Há novas delações premiadas, na área de energia. Há a possibilidade de que Eduardo Cunha seja acusado pelo Ministério Público, e reaja criando mais dificuldades para o Governo. E agosto é mês longo, de 31 dias.

A HISTÓRIA OFICIAL

A advogada Beatriz Catta Preta conduziu nove delações premiadas, criando dificuldades para empresários e políticos que, claro, se irritaram. A advogada, experiente, por certo não se surpreendeu com essa hostilidade. Foi convocada pela CPI da Petrobras; mas a queda da convocação no Supremo, por ilegal, era quase certa (e caiu mesmo). Os advogados têm o direito de não falar sobre suas conversas com clientes. E dizer-se ameaçada, não diretamente, mas veladamente, e por isso abandonar a advocacia? Demitir o pessoal, esvaziar o escritório e chamar a Globo, dizendo que teme por sua família, mas não pretende deixar o Brasil - quando o jornalista Cláudio Humberto já informou que, há menos de um ano, montou uma empresa, a Catta Preta Consulting LLC, em Miami?

Então, tá.

A HISTÓRIA ANALISADA

Do sociólogo Rubens Figueiredo, sobre Beatriz Catta Preta: "Ela disse que é 'ameaçada de forma velada através da imprensa'. Ora, ou é velada ou é através da imprensa. As duas coisas juntas são impossíveis. Também disse que desistiu dos processos da Lava Jato 'para não causar exposição indevida dos seus clientes'. Ora, ora: o que será mais indevido do que estar preso por corrupção, com fotos e imagens em todos os meios de comunicação?"

A HISTÓRIA DE SEMPRE 1

Diante da erosão de sua base política, Dilma reagiu como de costume: anunciou a liberação de R$ 1 bilhão para honrar emendas parlamentares já aprovadas e acalmar deputados e senadores, irritados com promessas sempre reiteradas e jamais cumpridas.

O resultado foi o de sempre: os parlamentares continuam dispostos a só confiar na presidente quando a verba for liberada de verdade.

A HISTÓRIA DE SEMPRE 2

E, buscando o apoio dos Estados, o Governo agiu como de costume: inventando. Após a reunião de Dilma com governadores, o blog da Presidência divulgou, às 23h23 do dia 30, uma falsidade. "Os governadores (...) fizeram uma defesa clara (...) da manutenção do mandato legítimo da presidenta Dilma e dos eleitos em 2014. (...) os representantes dos 27 Estados deixaram clara sua posição de unidade em favor da estabilidade política do país".

Só que o tema nem foi discutido. O que houve foi uma opinião do maranhense Flávio Dino, do PCdoB, em entrevista ("defendemos a manutenção do mandato legítimo da presidenta Dilma Rousseff"). Geraldo Alckmin, PSDB, desmentiu Dino na hora: negou qualquer manifestação dos governadores sobre o tema e disse que é preciso cumprir a Constituição. Alckmin foi ignorado no blog da Presidência. Adiantou?

Depende: se o caro leitor acha que o blog da Presidência tem muitos leitores, todos crédulos, e que influencia a opinião pública, então adiantou. Senão, não.

HISTÓRIA PUXA HISTÓRIA

O senador Romário, PSB do Rio, presidente da CPI do Futebol, disse que não permitirá a convocação de José Maria Marin para depor no Brasil. Teme que, aqui, Marin se livre da extradição para os EUA. Quer ouvi-lo, mas na Suíça.

Romário já foi mais amável com Marin. Em 22 de agosto de 2012, quando quis trocar o técnico da Seleção (foi atendido), postou nas redes sociais: "Presidente José Maria Marin, depois dessa bela ação de ter trocado o comando da comissão de arbitragem, que já era uma vergonha, continue com boas ações, faça seu papel, mande este sujeito para onde ele já deveria ter ido depois da Copa América. (...) Não faça da sua gestão uma gestão perdedora por causa de um treinador que não vai te dar nada, os interesses dele são maiores que os da Seleção. Ouça seu vice Marco Polo del Nero, que é um grande conhecedor do futebol."
Herculano
01/08/2015 21:51
O ADVOGADO MARLUS ARNS NEGOCIA A DELAÇÃO DO PETISTA RENATO DUQUE, por Reinaldo Azevedo, de Veja

E Renato Duque, o homem do PT na Petrobras, está mesmo determinado a tentar os benefícios da delação premiada. Já foi além da simples disposição subjetiva.

Neste sábado, foi contratado para cuidar do assunto o advogado Marlus Arns. Como vocês devem saber, para que o procedimento prospere, é preciso que o delator esteja disposto a revelar algo a que os investigadores não chegariam por sua própria conta ou a, eventualmente, tornar disponíveis provas que, de outro modo, não viriam à luz.

Quanto mais avançada a investigação, mais uma delação premiada tem de se aproximar dos, vamos dizer, escaninhos recônditos do crime. Este era precisamente um dos maiores temores do PT: que Duque decidisse falar. E ele decidiu.
Herculano
01/08/2015 21:47
POLÍTICO É DURO NA QUEDA. AI DE QUEM TENTA DESMASCARÁ-LO. MESMO LAMBUZADO ELE PARTE PARA O ATAQUE E LOGO MOSTRA QUE É DIFERENTE E QUE TEM TODAS AS MANHAS E INSTITUIÇÕES PARA REVERTER JOGO E PROVAR QUE O EMLAMEADO É QUEM O QUESTIONA. CUNHA DIZ QUE CÂMARA VAI INTERPELAR JUDICIALMENTE A ADVOGADA CATTA PRETA. TAI UMA BOA BRIGA. QUEM GANHARÁ? PROVAVELMENTE O BRASIL

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), usou sua conta no Twitter para dizer que vai determinar que a Procuradoria Parlamentar entre, na próxima semana, com a interpelação judicial da advogada criminalista Beatriz Catta Preta.

Responsável por nove acordos de delação premiada de réus na Operação Lava Jato, a advogada fechou seu escritório e abandonou processos da Operação Lava Jato. Em entrevista à TV Globo na última quinta-feira (30), ela afirmou que tomou essa atitude porque se sentiu ameaçada por integrantes da CPI.

"Depois de tudo que está acontecendo, e por zelar pela minha segurança e dos meus filhos, decidi encerrar minha carreira", afirmou Catta Preta. Segundo ela, a pressão aumentou após um de seus clientes, o lobista Julio Camargo, mencionar em depoimento que pagou US$ 5 milhões em propina a Cunha.

Na rede social, Cunha disse que a acusação de Catta Preta "atinge a Câmara como um todo" e que ela deve "ser responsabilizada por isso". O deputado diz ainda que a interpelação servirá para que ela detalhe as ameaças que sofreu e quem está por trás delas.

A interpelação judicial é o pedido de esclarecimento feito via citação ou notificação judicial. Dessa forma, Catta Preta teria que explicar judicialmente as ameaças que citou em entrevista à TV.

ESQUELETO NO ARMÁRIO

Para criminalistas que atuam na Operação Lava Jato, um dos temores da advogada seria ver exposto na CPI a atuação e o passado de seu marido, Carlos Eduardo de Oliveira Catta Preta. Apontado por alguns ex-clientes de Catta Preta como comerciante e por outros como engenheiro, Carlos tem papel essencial no escritório, mesmo não sendo advogado. Ele comandaria, segundo relatos, a parte financeira do escritório da mulher, que agora foi fechado.

Segundo ex-clientes de Catta Preta ouvidos pela Folha, ele apresentava os orçamentos, fazia cobranças de honorários, e, em alguns casos, prospectava negócios.

Colegas que conviveram com a advogada no início da carreira contam que o casal se conheceu em 2001, quando Catta Preta atuou como defensora de Carlos. Ele foi flagrado com US$ 400 mil em notas falsas e disse à polícia que usou as cédulas para diminuir o prejuízo de uma negociação que tinha feito com indianos que lhe repassaram dinheiro falso. Carlos foi condenado a três anos em regime aberto.

Nos bastidores do meio jurídico, advogados atribuem às intervenções de Carlos parte da capacidade de Catta Preta de atrair clientes que antes eram defendidos por outros profissionais. A Folha não conseguiu contato com a advogada.

CORO

Um dia antes, o ministro da Defesa, Jaques Wagner, pediu que a Câmara entrasse com o pedido de interpelação, já que a advogada levantou suspeitas que "o parlamento brasileiro precisa explicar ou replicar". "Ela diz que tem prova de tudo. Cabe à mesa da Câmara fazer a chamada interpelação judicial, para que ela traga à baila e identifique se houve ameaças e quem as cometeu", disse.

Também nesta sexta-feira (31), o Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, classificou como grave a denúncia da advogada, mas evitou comentar se ela era crível. "O que posso dizer é que o Ministério Público tem condição de fazer, através dos mecanismos legais, as apurações devidas para que essa situação seja esclarecida."

O autor do requerimento de convocação na CPI da Petrobras da advogada Beatriz Catta Preta, deputado Celso Pansera (PMDB-RJ), chamou de "ridícula" a acusação da advogada.

Pansera disse à Folha que a entrevista de Catta Preta ao "Jornal Nacional" é "uma cortina de fumaça para alguma coisa que ela não quer revelar", sem opinar sobre o quê seria. "Eu acho ridículo. Não tem nenhum sentido", afirmou.

Nesta sexta, o presidente da CPI da Petrobras, deputado Hugo Motta (PMDB-PB), afirmou que a convocação de Catta Preta está mantida e que a comissão quer saber quem a ameaçou.

Motta lançou suspeitas de que Catta Preta esteja se "vitimizando" para esconder "talvez alguns atos ilícitos que ela tenha cometido no âmbito do processo da Lava Jato".

Apesar de o STF (Supremo Tribunal Federal) ter dado decisão desobrigando Catta Preta de informar a origem dos seus honorários, Motta disse que a CPI vai marcar uma data para ouvi-la, mas sem abordar o assunto.

PERGUNTAS E RESPOSTAS
Depoimento da advogada já tem data para ocorrer? Ainda não. Cabe ao presidente da CPI marcar o dia em que ela será ouvida, o que deve ser definido na próxima semana.

Ela é obrigada a comparecer? Sim, a convocação obriga o comparecimento. Se houver ausência, a CPI pode determinar a condução coercitiva, com uso de polícia.

Ela é obrigada a falar? Não, ela pode exercer o direito constitucional ao silêncio. O STF também a desobrigou de dar informações sobre seus honorários.
Herculano
01/08/2015 21:37
ESTA MANCHETE ESTÁ ERRADA

O portal do Cruzeiro do Vale estampa esta manchete: Operação Varredura da PM no Jardim Primavera [no Bela Vista, em Gaspar] apreende drogas, arma e veículos. Em um dos becos já conhecidos como um ponto forte de tráfico, a PM fez uma investida no local, o que ocasionou a fuga de vários elementos para as margens do rio Itajaí-Açu.

Volto. Isto é rotina. Manchete de verdade seria esta e ela é uma dívida do PT, Dilma, Lula e Zuchi: reurbanização do Jardim Primavera traz dignidade, paz, afasta violência e o tráfico daquela de gente decente que depende de políticos matreiros e indecentes
Herculano
01/08/2015 21:29
POR QUE PAREI DE ESCREVER, por Vlady Oliver

Eu me sinto exatamente como aquele morador do morro entre duas quadrilhas, ambas trocando chumbo grosso pelo controle do tráfico no local. Tudo o que eu quero é acordar, ir pro meu trabalho e voltar em paz. Na minha porta não tem esgoto, não tem saúde, não tem escola nem poder público. Mas sobram balas perdidas e corpos amontoados por todos os cantos. O "Brasil político" que conheço é dividido em duas facções complementares, que se interseccionam e se inter-relacionam, numa frenética troca de interesses espúrios.

Temos os "sócio-comunistas" ? que inventaram o Foro de São Paulo, a Pátria Grande e outras empulhações transnacionais, com o único intuito de detonar os cofres públicos e drenar dinheiro para as suas organizações paraestatais ? e os "políticos da forma geral"; ladrõezinhos velhos e conhecidos da galera, cujas intenções passam mesmo é pelos pequenos roubos e desvios de conduta sem maiores consequências. É claro que quem quer ser equidistante dessas duas facções não tem amigos.

Já quem toma partido de uma delas ou está quase perdendo ou quase ganhando a batalha, no momento. Nesse caldo, é possível pensar que "assim que defenestrarmos essa quadrilha ora no poder, voltaremos ao paraíso". Pois eu digo que vivemos num inferno e assim que essa quadrilha atual for defenestrada, entraremos num novo inferno. Ou no inferno velho de sempre; como quiserem. Simples assim.

Os milhões de indignados que saem às ruas têm representatividade zero. Os que assumem posições equidistantes das quadrilhas na blogosfera ? e atiram para todos os lados ? já contabilizam 30 milhões de órfãos, juntos e misturados na sensação de que o Brasil é uma soma nula; um resultado vergonhoso de tudo o que está aí. Já aqueles que se comprometem com as "forças atuais" ou com o "progressismo" nem sabem mais em quem atiram, furando o bote inflável no tiroteio e afundando com uma nação picareta.

Juntas e misturadas no poder, as duas quadrilhas parecem uma só, professando os mesmos desatinos, só buscando formas originais de fazê-lo. É nessa toada que temos um patrulhamento em nossa própria goma. Pessoas que não se furtam a usar o mais torpe dos argumentos, que é o de matar o mensageiro pela mensagem transmitida, sempre fingindo elegância, bons modos e as melhores das intenções.

São pessoas que querem doutrinar o que querem ler, para não enfrentar a própria natureza mesquinha de suas certezas edulcoradas e verdades mancas. É nesse palco de atuações comezinhas que os "profissionais da área" comemoram os nervos de aço de sempre, para terem que aturar tamanho estado de putrefação contaminando suas carreiras e mesmo assim terem que ver com lentes rosinha-bebê tudo o que estão vendo, ouvindo e fingindo acreditar.

Augusto Nunes, para mim, é o melhor jornalista brasileiro. O mais ponderado. Aquele que sabe dosar o bom texto com o soco no estômago. Generoso como sempre, permite que me expresse aqui com imensa liberdade de fazê-lo. Nenhum outro espaço da blogosfera tem esse praticável montado à disposição de seus aprendizes. É claro que isso é valioso. Ambicioso que não sou, no entanto, trocaria tudo isso que escrevi por aqui até hoje por um país que presta.

Acho que seria uma troca justa e mais que desejada. Sumiria das prateleiras feliz com meus impropérios, achando que eles realmente surtiram algum efeito prático nessa nação vigarista. Acho que meu mestre e amigo entenderia o meu sacrifício. O Nirvana, no entanto, é logo ali. Kurt Cobain que o diga.
Roberto Sombrio
01/08/2015 21:21
Oi, Herculano.

Estão procurando um prefeito para Gaspar?
E tem alguém?

E já recomeçaram as obras da ponte?

E o Lula mudou de categoria. Agora é BRAHMA ZERO.
Juju do Gasparinho
01/08/2015 21:00
Prezado Herculano:

"Danilo Gentili diz que só PT tem interesse em bombardear o Instituto Lula.

Pelo Twitter, apresentador do SBT pôs em xeque a veracidade do ataque contra o Instituto Lula, em São Paulo, e afirmou que a entidade forjou o atentado a bomba.

Gentili ainda sugere que 'todo mundo' lamentou o ex-presidente Lula não estar presente na hora da explosão.

Ele avisou:

- Instituto Lula forja ataque pra sair de vitima e o máximo que conseguem com isso é todo mundo dizendo 'que pena q o Lula não tava lá na hora.

O apresentador exige que a polícia identifique e prenda os atores do ataque."

Os mesmos que forjaram o ataque são os mesmos que mataram Celso Daniel.
Sidnei Luis Reinert
01/08/2015 18:46

De Jair Messias Bolsonaro:

REAJUSTE PARA MILITARES - O CAPACETE E O PENICO
- Em matéria de capa, o Jornal O Dia /RJ, estampa uma meia verdade sobre o reajuste "ACIMA de 21,3% para OS MILITARES".
- O Ministro Jaques Vagner, AQUELE QUE NÃO SABE A DIFERENÇA entre UM CAPACETE e um PENICO, omite as parcelas do incerto reajuste: 4 ANOS.
- O objetivo do MENTIROSO REAJUSTE é JOGAR OS MIILITARES contra o SERVIDORES CIVIS e os APOSENTADOS.
- Há poucos dias o Ministro se negou ouvir um oficial-general para discutir reajuste para 2016: "NÃO QUERO FALAR SOBRE ISSO "!
- As evasões de capitães e tenentes das Forças Armadas se mantêm na ordem de 250/ano e a de sargentos 600, números que alegram ao PT.

http://blogs.odia.ig.com.br/?/reajuste-acima-de-213-para-m?/
Herculano
01/08/2015 10:27
SÓ LÁ. EX-MINISTRO DE LULA É CONDENADO POR IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA QUANO ERA PREFEITO EM MINAS GERAIS. NÃO CABEM MAIS RECURSOS

Conteúdo do Uol (Folha de S. Paulo). texto de Carlos Eduardo Cherem, de Belo Horizonte

O STJ (Superior Tribunal de Justiça) confirmou nesta sexta-feira (31) a condenação do ex-ministro dos Transportes Anderson Adauto por improbidade administrativa. Adauto foi ministro entre 2003 e 2004, no primeiro mandato de Luís Inácio Lula da Silva, quando deixou a função para se candidatar a prefeito de Uberaba (a 478 km de Belo Horizonte).

A decisão transitou em julgado e a condenação é definitiva.

Ele foi sentenciado por uso indevido de dinheiro público durante sua gestão à frente do município e multado em R$ 10 mil. Com a decisão, o ex-ministro e ex-prefeito entra nos critérios de inelegibilidade da Lei da Ficha Limpa, ficando impedido de se candidatar e de ocupar cargos públicos.

De acordo com a sentença do STJ, o ex-ministro teria usado dinheiro público para promoção pessoal em informe publicitário distribuído pela prefeitura no aniversário de Uberaba, bem como no convite para o evento "Natal de Luzes", em 2006 e 2007.
Herculano
01/08/2015 09:59
FOI BUSCAR VOTOS EM BLUMENAU?

O que está no facebook do vereador e presidente do PSD de Gaspar: "Participo neste momento, aqui na Rádio Clube de Blumenau, do programa Clube Social!!". Clube social? Hum!
Herculano
01/08/2015 08:41
Anderson.

Pode ser. Depende quem faz e qual a metodologia usada na pesquisa. Na que eu tive acesso ele não está. Todavia, não está na rabeira, como alguns apregoam. Mas, a pesquisa que conheço foi feita há mais de um mês. Talvez tudo tenha mudado. Como vai mudar tudo até julho do ano que vem quando se defendem as candidaturas e até outubro, quando as urnas se abrem.

O próprio presidente do PSD, o vereador Marcelo de Souza Brick, acaba de visitar o líder comunitário do Barracão, Moacir Barbieri. Jurou que está em primeiro lugar, mas não mostrou a pesquisa e não se abe quem a fez. E se o potavoz de Brick na imprensa admitiu que na pesquisa em que Kleber está em primeiro, Brick está em terceiro, então a coisa está um pouco confusa.

Anderson. O que vale mesmo é o trabalho e a coerência. Isto Kleber e Marcelo estão devendo. E eles sabem e tentam disfarçar. E estão incomodados com a imprensa que não mansa.

Outra sintoma de que nem tudo são nuvens boas para o lado do Kleber e seu grupo, sim porque aqui o PMDB é feito de grupos, como em todo o lugar do Brasil, como bem ressaltou na sua entrevista a Aderbal Machado, um dos criadores do MDB nacional, o ex-deputado e ex-senador Jaison Tupy Barreto.

O deputado Rogério Peninha Mendonça, aquele que faz conchavos com Décio Neri e Ana Paula Lima, que mandam no PT e na administração de Pedro Celso Zuchi, para se ter um chapão com ambos, esteve aqui nesta semana. Com quem ele veio tratar os assuntos locais, incluindo a sucessão? Com a vereadora Ivete Mafra Hammes, e que por estar doente está licenciada.

E a pergunta que não quer calar: quem é o presidente do PMDB de Gaspar? Não é Kleber Edson Wan Dall? Então com quem Peninha deveria prioritariamente tratar os assuntos políticos do seu PMDB e Gaspar? Com Ivete ou com Kleber. Salta aos olhos de todos, menos da imprensa. Acorda, Gaspar!
Andernson Borges
01/08/2015 08:16
HERCULANO

KLEBER WANDALL em PRIMEIRO nas pesquisas para prefeito no ano q vem, será q é verdade?
Herculano
01/08/2015 07:18
ROMÁRIO: ESSA CONTA NÃO FECHA

Conteúdo da revista Veja, que já está nas bancas e disponível para os assinantes virtuais. "Falso." O carimbo vermelho sobre um extrato bancário. Essa imagem circulou freneticamente pelas redes sociais na semana passada impulsionada pelo senador carioca Romário de Souza Faria, o imortal craque que tantas alegrias deu aos brasileiros nos gramados e que tenta a mesma sorte na política.

O extrato de uma conta-corrente no banco BSI, da Suíça, com saldo equivalente a 7,5 milhões de reais, havia sido publicado por VEJA na semana anterior. O carimbo vermelho foi colocado pelo senador depois da viagem a Genebra.

"Chateado! Acabei de descobrir aqui em Genebra, na Suíça, que não sou dono dos R$ 7,5 milhões", postou o ex-craque.

O senador Romário deve ter se tornado, na última semana, a primeira pessoa a voar para a Suíça motivada pelo extrato de uma conta que ele garante não possuir e depois anunciar, triunfante, que não tem mesmo. Ele viajou acompanhado da ex-mulher Isabella Bittencourt, que já morou na Suíça, onde ainda tem família. Na quarta-feira, acompanhado de Isabella e de dois advogados, foi ao BSI. Tomou lá suas providências e saiu anunciando não ser dono daqueles milhões. O BSI, comprado no ano passado pelo brasileiro BTG Pactual, de André Esteves, se comprometeu com os advogados de Romário a se posicionar sobre o caso.

Procurado por VEJA antes da publicação da reportagem, Romário foi bem menos enfático. Disse ele: "Para ser sincero, não sei se fechei (contas na Europa). Mas nunca mais movimentei. Não tenho conhecimento dessa (na Suíça). Até agradeço você me dizer". Nas redes sociais, a princípio, Romário ainda não estava de todo certo: "É possível que tenha sobrado algum rendimento. Honesto e suado".

A viagem-relâmpago à Suíça e a visita à agência do BSI de Genebra subiram o tom do discurso. Romário saiu de lá aliviado. VEJA publicou a reportagem sobre o senador Romário, um servidor público, cumprindo o papel mais nobre da imprensa. O extrato que ilustra a reportagem está nas mãos do Ministério Público Federal. Ao contrário de Romário, VEJA não tem nenhuma razão para duvidar da autenticidade do extrato que publicou. Essa conta, portanto, não fecha facilmente.
Herculano
01/08/2015 07:12
O HUMOR DE JOSÉ SIMÃO

E o Datafolha: "62% dizem ter medo da PM". E 38% ficaram com medo de responder! Rarará!

E a frase da semana fica com a Granda Chefa Toura Sentada Dilma:

"Não vamos colocar meta, vamos deixar a meta aberta. E, quando atingirmos a meta, vamos dobrar a meta".

Agora eu vou substituir por mandioca: "Não vamos colocar mandioca, vamos deixar a mandioca aberta. E, quando atingirmos a mandioca, vamos dobrar a mandioca".

Nããão! Dobrar a mandioca, não! Rarará.

E essa frase está sendo usada em todas as situações.

Tuiteiro Robson Soares: "Sábado! Quantas vamos tomar hoje?".

"Não vamos colocar meta, vamos deixar a meta aberta. E, quando atingirmos a meta, vamos dobrar a meta".


O Cunha não tem pau de selfie, tem pau mandado. Ele deve ter o pau torto e pau mandado. E quer melar a Lava Jato!

E a Catta Preta tem que mudar de nome pra Caixa Preta. Beatriz Caixa Preta!

E, quando abrir a caixa preta, pula o Cunha. Que nem aqueles palhaços com mola! Rarará!
Herculano
01/08/2015 07:00
PARECE PIADA, MAS NÃO É, por Uirá Machado editor de Opinião do jornal Folha de S. Paulo. O artigo dá a dimensão da esperteza, da canalhice e da deterioração dos partidos políticos, que viraram organizações sem líderes, sem conceitos, sem programas, sem ética, sem compromisso com a sociedade, preocupadas apenas com o poder e nele se abastecer, inclusive pelo crime reiterado e o enfraquecimento das institucionais que salvaguardam os cidadãos na sua igualdade perante a lei.

Muitos ainda vão tratar o assunto pelo ângulo do ridículo, e mesmo um interlocutor do prefeito Fernando Haddad (PT) afirmou: "A gente está preocupado de o SBT liberar o Bozo" (Painel, 25/7).

Era brincadeira, naturalmente, mas talvez o palhaço já não julgue absurdo disputar o comando de São Paulo no ano que vem. Outras figuras da TV parecem levar a ideia a sério.

É o caso, como se sabe, de José Luiz Datena, de estilo inconfundível à frente de programas policiais. Procurado por nada menos que três partidos, o jornalista descartou o PSDB e o PSB para ficar com o PP.

Agindo como quem não quer ficar para trás, outro jornalista tentou chamar a atenção. João Dória Jr., empresário e apresentador de um programa de entrevistas, lançou-se pré-candidato pelo PSDB.

Aos dois se soma Celso Russomanno (PRB), também jornalista, também personagem da TV. Notabilizado por defender direitos do consumidor, quase chegou ao segundo turno no pleito municipal de 2012.

Alguém descarta a entrada em cena de outras celebridades? Subcelebridades? Aventureiros? Tudo se passa como se não estivesse em jogo o destino da maior, mais rica e mais importante cidade do país.

Tudo se passa, aliás, como se a definição desses postulantes fosse mero detalhe folclórico. Nada mais errado.

No ensaio "Estratégia partidária e clivagens eleitorais", os cientistas políticos Fernando Limongi e Lara Mesquita sustentam que o "paulistano tem apresentado considerável estabilidade em suas decisões".

Os parâmetros da disputa, argumentam, foram definidos em 1985. Doze nomes postularam o cargo de prefeito, mas a competição de fato se deu entre apenas três: o vitorioso Jânio Quadros (PTB), Fernando Henrique Cardoso (PMDB) e Eduardo Suplicy (PT) concentraram 95,83% dos votos.

Formaram-se a partir daí dois blocos de tamanho aproximado, um à esquerda e outro à direita, aos quais se acresce o centro, um pouco menor - e inclinado para a direita.

Observando os resultados - a direita venceu quatros vezes, a esquerda, três, e o centro, uma -, bem como o comportamento do paulistano, Limongi e Mesquita destacam um aspecto no fundo óbvio, mas ao qual não se costuma dar a devida importância: "eleitores votam nas opções que os partidos lhes oferecem".

Dito de outro modo, o desfecho do pleito, "sobretudo quem vence as eleições, depende (...) da política de lançamento das candidaturas".

Embora muito ainda possa mudar, os últimos dias começaram a exibir a oferta de candidatos na capital paulista.

Já se disse que, pela capacidade de renovar perspectivas políticas, toda eleição é, no fundo, um exercício de esperança. Do jeito que a coisa vai, os paulistanos chegarão a 2016 quase sem motivos para sonhar com uma cidade melhor.
Herculano
01/08/2015 06:41
COLUNA

Aos leitores e leitoras que fazem a coluna líder de acessos. Na terça-feira, haverá coluna inédita no espaço virtual. Ela faz parte do fortalecimento do portal Cruzeiro do Vale, o pioneiro em Gaspar, o mais acessado e o de mais crédito.
Herculano
01/08/2015 06:38
FALA, DOUTORA!, por Igor Gielow para o jornal Folha de S.Paulo

A criminalista Beatriz Catta Preta, estrela na apuração do petrolão, armou uma grande confusão com sua entrevista ao "Jornal Nacional" de quinta-feira (30).

Após conduzir uma leva de malfeitores confessos a abrir o bico para evitar o destino de Marcos Valério e abrandar suas penas, Catta Preta saiu intempestivamente de cena.

Se disse perseguida pela CPI da Petrobras. De fato, convocar advogado para saber o quanto ganha não é nada menos do que constrangimento ilegal. Mas ela foi além, alegando perigo de vida para si e sua família.

De forma calculada para fugir de processos (é uma advogada, afinal), apontou o dedo para Eduardo Cunha, o acuado presidente da Câmara, virtual denunciado na Lava Jato e mentor intelectual da CPI.

Além disso, apresentou uma versão esquisita sobre a inclusão do nome de Cunha no rol de acusados por um de seus clientes, Julio Camargo.

Durante meses, ele negou que o deputado tivesse sido favorecido pelo petrolão; de repente, incluiu um "pixuleco" de US$ 5 milhões na conta do peemedebista. Segundo ela, Camargo temia Cunha. Depois, à sombra da PGR (Procuradoria-Geral da República), tomou coragem.

Ambas as histórias encerram dúvidas. Ou a advogada diz quem a ameaçou, e como, ou terá sido apenas leviana contra um Poder da República.

No caso de Camargo, é pior. Ao relatar a mudança da narrativa, Catta Preta coloca outras delações sob sua batuta na Lava Jato sob a mesma suspeição. Isso é péssimo para uma operação que até aqui trouxe mais ganhos do que perdas institucionais.

De quebra, ela dá gás à teoria alimentada por Cunha de que a PGR o persegue de forma seletiva. Não é assim, até porque ele já estava bem enrolado devido à apuração de requerimentos sobre empresas, mas que o relato sobre a delação de Camargo soa pouco crível, isso é incontestável.

Catta Preta serviria ao país se elucidasse esses pontos. Fala, doutora!
Herculano
01/08/2015 06:34
FALA, DOUTORA!, por Igor Gielow para o jornal Folha de S. Paulo

A criminalista Beatriz Catta Preta, estrela na apuração do petrolão, armou uma grande confusão com sua entrevista ao "Jornal Nacional" de quinta-feira (30).

Após conduzir uma leva de malfeitores confessos a abrir o bico para evitar o destino de Marcos Valério e abrandar suas penas, Catta Preta saiu intempestivamente de cena.

Se disse perseguida pela CPI da Petrobras. De fato, convocar advogado para saber o quanto ganha não é nada menos do que constrangimento ilegal. Mas ela foi além, alegando perigo de vida para si e sua família.

De forma calculada para fugir de processos (é uma advogada, afinal), apontou o dedo para Eduardo Cunha, o acuado presidente da Câmara, virtual denunciado na Lava Jato e mentor intelectual da CPI.

Além disso, apresentou uma versão esquisita sobre a inclusão do nome de Cunha no rol de acusados por um de seus clientes, Julio Camargo.

Durante meses, ele negou que o deputado tivesse sido favorecido pelo petrolão; de repente, incluiu um "pixuleco" de US$ 5 milhões na conta do peemedebista. Segundo ela, Camargo temia Cunha. Depois, à sombra da PGR (Procuradoria-Geral da República), tomou coragem.

Ambas as histórias encerram dúvidas. Ou a advogada diz quem a ameaçou, e como, ou terá sido apenas leviana contra um Poder da República.

No caso de Camargo, é pior. Ao relatar a mudança da narrativa, Catta Preta coloca outras delações sob sua batuta na Lava Jato sob a mesma suspeição. Isso é péssimo para uma operação que até aqui trouxe mais ganhos do que perdas institucionais.

De quebra, ela dá gás à teoria alimentada por Cunha de que a PGR o persegue de forma seletiva. Não é assim, até porque ele já estava bem enrolado devido à apuração de requerimentos sobre empresas, mas que o relato sobre a delação de Camargo soa pouco crível, isso é incontestável.

Catta Preta serviria ao país se elucidasse esses pontos. Fala, doutora!
Herculano
01/08/2015 06:33
FALA, DUTORA!, por Igor Gielow

A criminalista Beatriz Catta Preta, estrela na apuração do petrolão, armou uma grande confusão com sua entrevista ao "Jornal Nacional" de quinta-feira (30).

Após conduzir uma leva de malfeitores confessos a abrir o bico para evitar o destino de Marcos Valério e abrandar suas penas, Catta Preta saiu intempestivamente de cena.

Se disse perseguida pela CPI da Petrobras. De fato, convocar advogado para saber o quanto ganha não é nada menos do que constrangimento ilegal. Mas ela foi além, alegando perigo de vida para si e sua família.

De forma calculada para fugir de processos (é uma advogada, afinal), apontou o dedo para Eduardo Cunha, o acuado presidente da Câmara, virtual denunciado na Lava Jato e mentor intelectual da CPI.

Além disso, apresentou uma versão esquisita sobre a inclusão do nome de Cunha no rol de acusados por um de seus clientes, Julio Camargo.

Durante meses, ele negou que o deputado tivesse sido favorecido pelo petrolão; de repente, incluiu um "pixuleco" de US$ 5 milhões na conta do peemedebista. Segundo ela, Camargo temia Cunha. Depois, à sombra da PGR (Procuradoria-Geral da República), tomou coragem.

Ambas as histórias encerram dúvidas. Ou a advogada diz quem a ameaçou, e como, ou terá sido apenas leviana contra um Poder da República.

No caso de Camargo, é pior. Ao relatar a mudança da narrativa, Catta Preta coloca outras delações sob sua batuta na Lava Jato sob a mesma suspeição. Isso é péssimo para uma operação que até aqui trouxe mais ganhos do que perdas institucionais.

De quebra, ela dá gás à teoria alimentada por Cunha de que a PGR o persegue de forma seletiva. Não é assim, até porque ele já estava bem enrolado devido à apuração de requerimentos sobre empresas, mas que o relato sobre a delação de Camargo soa pouco crível, isso é incontestável.

Catta Preta serviria ao país se elucidasse esses pontos. Fala, doutora!
Herculano
01/08/2015 06:20
PMDB, TREMEI: ADVOGADO DE BAIANO NÃO APOIA, MAS "ENTENDE" SE CLIENTE DECIDIR DELATAR O QUE SABE DO PETROLÃO, por Lauro Jardim, de Veja

Às vésperas de completar nove meses na prisão, Fernando Baiano não está bem psicologicamente.

Nélio Machado, advogado do suposto operador do PMDB, diz que deixaria o caso, mas entenderia se a pressão psicológica fizesse Baiano optar pela delação premiada.
Herculano
01/08/2015 06:10
RENATO DUQUE VIRA "PAUTA-BOMBA" PARA O PT, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou neste sábado nos jornais brasileiros.

O altíssimo escalão do PT trata o ex-diretor da Petrobras Renato Duque, preso na Lava Jato, como "pauta-bomba", após a informação de que ele estaria negociando acordo delação premiada. Isso seria "devastador" e poderia levar muitos deles à cadeia, incluindo o ex-ministro José Dirceu. Duque zelava pelos "interesses" da alta da cúpula do PT no esquema de corrupção implantado no governo Lula, em 2005.

Caixa de pandora

Diretor de Serviços da Petrobras por 9 anos, de 2003 a 2012, Renato Duque viabilizou vantagens para a alta cúpula do governo Lula.

"Barba" de molho

Eventual delação de Renato Duque, que desfrutava da intimidade do poder, poderia representar uma forte ameaça ao ex-presidente Lula.

Sinal claro

A defesa de Renato Duque, que negava a delação, mudou o discurso. O advogado Alexandre Lopes diz que um acordo "não é impossível".

Boca na botija

Duque foi preso tentando ocultar patrimônio não declarado. Foi flagrado em transferência de ? 20 milhões para conta no Principado de Mônaco.

PRESO POR TRÁFICO DE FÓSSSIL RETOMA ATIVIDADES

Preso pela Polícia Federal no Galeão, em 3 de julho, tentando embarcar para a Europa com fóssil de peixe, o espanhol Matias Jimenez Fernandez prometia novas aventura a interlocutores, dia 28, em conversa no restaurante do hotel Sheraton, na Barra da Tijuca, no Rio. Ele é funcionário da GasIndur, parceira da Petrobras. Trabalha no Brasil em reserva de mercado da Companhia de Gás do Rio (CEG).

O que diz a lei

Fósseis só podem ser levados do País por pesquisadores, e com permissão do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM).

Regalo

Pai amoroso, Matias Fernandez pretendia levar um fóssil de presente para filho, que mora com o restante da família em Valladolid, Espanha.

Vista grossa

O espanhol Fernandez tem registro profissional de desenhista, mas é executivo, inclusive assinando cheques e contratos da empresa.

No lugar errado

No ato de devolução de dinheiro repatriado, foi no mínimo estranha a presença de ministros cujo governo roubou ou deixou que roubassem a Petrobras. Um pouco de Simancol faria bem a essa gente.

Ela cansou

A empresa criada por Beatriz Catta Preta em Miami pode ser para aquisição de imóvel. Ou para a reconstruir sua vida. Beatriz é mais um brasileiro que cansou, jogou a toalha e desistiu do País.

Pressão alemã

A primeira mulher do "operador" Mário Góes, de nacionalidade alemã, tem grande influência sobre ele e estaria por trás da pressão para sua aceitação de acordo de delação premiada, na Operação Lava Jato.

Não basta, madame

Dilma acha que o molhar de mãos, liberando emendas parlamentares, será suficiente para garantir a governabilidade. Com o governo fraco, fala-se mais no Congresso em sucessão que na sobrevida de Dilma.

Devolve, deputado

A Operação Política Supervisionada faz abaixo-assinado pedindo a devolução de R$ 272 mil do deputado Wellington Roberto (PR-PB). Ele usou dinheiro público para abastecer veículos de seu escritório no posto do seu irmão, em Campina Grande.

Regime inescrupuloso

A ditadura venezuelana não resolve o desabastecimento, forçando a população a saquear supermercados. Para desviar a atenção mandou militares invadirem uma fábrica e armazéns para "construir moradias".

Sinais de acerto

Empresas elétricas em alta, pelos critérios loucos da Standard&Poors, surpreenderam mais que a prisão do almirante da Eletronuclear. Há apostas em acerto (de verbas, sempre) entre governo e o setor elétrico.

Lá, como cá

Na série de sucesso Goodwife, há dias, um personagem diz que voltou para casa de Uber, para não cair na blitz da Lei Seca. E não era propaganda: é que o Uber caiu nas graças também dos americanos.

Vai, crise

Na volta do Congresso, aliados clamam por nova viagem de Dilma ao exterior. Não querem iniciar o segundo semestre com a crise no Brasil.
Herculano
01/08/2015 05:57
RENATO DUQUE AMEAÇA TIRAR O PT DE SUA FICÇÃO, por Josias de Souza

Logo que explodiu a Lava Jato, o PT criou para si um Brasil alternativo. Um país fictício em que nada acontecera. Escaldados com o fracasso do discurso de que o mensalão não passara de caixa dois, dirigentes do partido e Lula propuseram e aceitaram a tese de que as propinas do petrolão eram doações legais, que o partido não tinha nada a explicar e que o assunto estava encerrado. Renato Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras, ameaça implodir essa ficção.

Caciques do PT e auxiliares petistas de Dilma Rousseff vivem a síndrome do que está por vir se o juiz da Lava Jato, Sérgio Moro, homologar o acordo de delação premiada que Duque alinhavou, ponto por ponto, com procuradores. O que mais inquieta o petismo é a sensação de que Duque, um delator tardio, terá de se aprofundar nas podridões para se credenciar às recompensas judiciais. A essa altura, com mais de duas dezenas de delatores, os investigadores já podem se dar ao privilégio de dispensar confissões rasas - dessas que uma formiga atravessa com água pelas canelas.

Desde que foi levado ao microondas pelo ex-diretor de Abastecimento Paulo Robeto Costa, como o homem dos "3% para o PT", Renato Duque fazia o tipo durão. Foi amolecido pelo sítio das delações alheias e pela prisão longeva - foi em cana no dia 14 de novembro de 2014. Encanta-se com a possibilidade de ganhar uma tornozeleira eletrônica e migrar de um xilindró de oito meses e meio para uma prisão domiciliar. Para que isso ocorra, Duque terá de arrancar o PT da fantasia do dinheiro sujo lavado na Justiça Eleitoral.

Renato Duque empregou-se na Petrobras como engenheiro, em 1978. Virou diretor em 2003, no alvorecer da Era Lula. Os 25 nos de casa não lhe bastaram. Para subir do escalão gerencial para a diretoria, precisou do velho e bom apadrinhamento político. Bancou-o José Dirceu, nessa época o todo-poderoso chefe da Casa Civil de Lula.

Quem cuidou dos detalhes foi Silvio Pereira, então secretário-geral do PT. O mesmo Silvinho que, em 2004, ganharia de um fornecedor da Petrobras uma Land Rover. Pilhado em 2005 na direção do carro-propina, o companheiro virou réu no processo do mensalão. Num acordo com o Ministério Público, trocou o risco de condenação por mais de 700 horas de serviços comunitários. Se Lula e o PT tivessem acordado nessa época, tomando outro rumo, Renato Duque não lhes tiraria o sono agora.
Herculano
01/08/2015 05:51
A EUROPA COMO LIMITE, por Demétrio Magnoli, geógrafo e sociólogo para o jornal Folha e S. Paulo

Tsipras cedeu porque, na encruzilhada decisiva, a maioria dos gregos prefere a austeridade à revolução

A revolução grega acabou antes de começar. A aprovação, pelo parlamento, do pacote de reformas negociado com a União Europeia (UE) assinala o esgotamento do impulso de ruptura que conduziu o Syriza ao poder em janeiro. Na imaginação militante dos analistas radicais, a cisão da ala esquerda do Syriza com o primeiro-ministro Alexis Tsipras anuncia uma "segunda revolução".

Mas o modelo mítico da Rússia de 1917 não se aplica à Grécia de 2015. Tsipras cedeu porque, na encruzilhada decisiva, a maioria dos gregos prefere a Europa, mesmo com austeridade, à aventura da revolução. É a prova de que a Europa tornou-se, antes de tudo, um limite ideológico.

O Syriza venceu as eleições iludindo os gregos. O partido da esquerda radical prometeu, ao mesmo tempo, encerrar a austeridade e conservar o país na Zona do Euro. Sugeriu-se que, ao longo das extenuantes negociações dos últimos meses, a Alemanha buscava empurrar a Grécia para fora do trem da UE. No fim, ficou patente que o objetivo alemão não era jogar a Grécia na beira da estrada, mas chamar o blefe do Syriza.

Sob o comando de Angela Merkel, a Europa ofereceu um resgate multibilionário, atrelando-o firmemente a uma coleção de reformas econômicas e políticas. Tsipras convocou o povo a rejeitar em referendo o diktat europeu "" para, logo em seguida, inclinar-se a ele. Na hora da verdade, entre a Europa e a revolução, escolheu a primeira.

Tsipras blefou, duplicou a aposta - e perdeu. A cisão de seu partido, esboçada pela demissão do combativo ministro das Finanças, Yanis Varoufakis, no dia seguinte ao referendo, completou-se com a votação parlamentar do pacote europeu. Coerentes com o "não" dos eleitores, mais de um quarto dos deputados do Syriza recusou-se a acompanhar o primeiro-ministro, impondo-lhe a suprema humilhação de constituir uma maioria com os partidos tradicionais relegados à oposição.

Em condições normais, o zigue-zague de Tsipras, concluído por uma traição direta à vontade aparente do eleitorado, determinaria a sua morte política "" e indicaria o rumo da "segunda revolução". Contudo, o sonho do "assalto ao Céu" não está ao alcance da ala esquerda do Syriza pois a Europa sedimentou-se como barreira intransponível à utopia revolucionária.

Desde 2010, sob o impacto da recessão e das políticas de austeridade, emergiram correntes esquerdistas antieuropeias nos países do Mediterrâneo. A Grécia, cujo PIB encolheu em assustadores 25% durante esse período, é o célebre "elo mais fraco" da trama da Europa. Mesmo assim, segundo as sondagens de opinião, a meia-volta de Tsipras conta com o apoio da maioria da população, que não parece disposta a seguir a ala esquerda do Syriza na direção de um "Outubro" bolchevique.

Os gregos, como os demais povos europeus, aprenderam o suficiente depois de uma guerra geral e quase meio século de Guerra Fria. Europa, para eles, não é uma moeda ou um mercado comum, mas o nome das liberdades políticas e econômicas asseguradas contra dois totalitarismos gêmeos.

No horizonte de Tsipras está uma conferência extraordinária do Syriza, para derrotar a dissidência revolucionária, e a convocação de eleições parlamentares antecipadas, para legitimar as reformas exigidas pela Europa. Por essa via acidentada, nasce um novo partido social-democrata na Grécia, em substituição ao desmoralizado Pasok.

O isolamento da ala revolucionária do Syriza representa um profundo golpe político no Podemos, o partido esquerdista que acalentou a ilusão de reproduzir, na Espanha, o roteiro da ruptura grega.

Chamando o blefe do Syriza, a Alemanha venceu mais que uma batalha periférica na Grécia. Nas eleições gerais de novembro, os líderes do Podemos terão que dizer a verdade aos eleitores espanhóis, propondo-lhes uma escolha entre o euro e a revolução. É a receita certa para o fracasso.
Herculano
01/08/2015 05:38
GOVERNO DO ESTADO QUER QUE SEUS SERVIDORES TRABALHEM NO MÍNIMO OITO HORAS POR DIA COMO QUALQUER TRABALHADOR PARA ATENDER SEUS CIDADÃOS QUE LHES PAGA. SINDICATO É CONTRA. DEFENDE O EMPREGUISMO COM ESTABILIDADE E O MÍNIMO DE HORAS COM O DINHEIRO DE TODOS NÓS DOS PESADOS IMPOSTOS SEM RETORNO

Conteúdo do jornal Diário Catarinense. Texto de Luiz Antônio Hangai. Aos secretários regionais reunidos nesta sexta-feira em Florianópolis, o governador Raimundo Colombo (PSD) anunciou que o Estado estuda maneiras de tornar integral o horário de atendimento dos órgãos públicos aos cidadãos em Santa Catarina. Hoje a maioria dos serviços, com exceção dos fundamentais como saúde e segurança, só prestam atendimento no período da tarde.

A ideia, segundo Colombo, é de que a Secretaria Estadual de Administração desenvolva um estudo para uma eventual medida, informou a Casa Civil, que atua em conjunto no levantamento. O governador já anunciou que a jornada de trabalho dos servidores públicos pode voltar a ser de oito horas por dia. Atualmente, de acordo com um decreto publicado em 2003, eles trabalham somente seis horas diárias.

O Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público de SC (Sintesp) já se posicionou contra o plano anunciado pelo governador. O secretário-geral da entidade, Mario Antônio da Silva, afirma que a pauta de reivindicação sindical não se coloca contra o atendimento em horário integral, mas repudia a intenção de aumentar a carga horária dos trabalhadores.

? Neste caso, o Estado deve manter o horário da jornada e contratar novos servidores. Esta é uma briga histórica que já temos com o governo, que em nenhum momento nos procurou para discutir essa pauta ? disse o sindicalista. Questionado sobre os gastos adicionais aos cofres públicos para se contratar pessoal, ele afirmou que um dos papéis do Estado é de justamente gerar empregos.
Almir ILHOTA
01/08/2015 05:31
HERCULANO.

Esse jonatas da indefesa civil de ILHOTA é realmente uma piada, prega aos quatro ventos que o projeto apresentado acabará com as cheias no centro do município ao construir diques, pergunto construir diques em qual governo, neste? se não conseguem nem mesmo manter a balsa em funcionamento. Acredito que este secretário como todos os demais seguem a cartilha, o lema do prefeito Daniel, ou seja ¨DANE-SE, ILHOTA SEM RUMO¨
Herculano
01/08/2015 05:26
UFA! AS OBRAS PARA A MELHORIA DO TREVO DA RODOVA JORGE LACERDA COM A BR 101 VÃO COMEÇAR E BANCADAS PELA PREFEITURA DE ITAJAÍ. QUEM A ATRASA? O DNIT E A AUTOPISTA LITORAL SUL



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Obras no trevo da Jorge Lacerda começam nesta semana em Itajaí Marcos Porto/Agencia RBS
Obra promete reduzir em até 40% o trânsito na rótulaFoto: Marcos Porto / Agencia RBS


O conteúdo é do O Sol Diário, da RBS Itajaí. O texto de Camila Guerra. As obras no trevo da rodovia Jorge Lacerda com a BR-101 em Itajaí vão finalmente começar. A informação é do secretário de Obras de Itajaí, Tarcísio Zanelato, que aguarda somente um encontro com representantes da Autopista Litoral Sul para dar início aos trabalhos.

No local, serão construídas alças de retorno antes do trevo. A expectativa é de que a mudança desafogue o fluxo na região e diminua os congestionamentos diários que motoristas enfrentam. Os estudos para as obras começaram no ano passado e a previsão era de que começassem em junho

AGORA REPAREM PARA ESTE DETALHE DESTE PARÁGRAFO ONDE SE MOSTRA CLARAMENTE O ESCÁRNIO DO GOVERNO FEDERAL DO PT E PMDB COM O NOSSO DINHEIRO DOS PESADOS IMPOSTOS

Como a obra vai ser executada pela prefeitura, com mão de obra e equipamentos próprios, e parte do material já licitado, a estimativa de custo é de R$ 250 mil. Anteriormente, quando ainda havia a negociação para que o Governo Federal se responsabilizasse pelos reparos, a obra chegou a ser orçada em R$ 600 mil. [e se foi orçada em R$600 mil, chegaria quando pronta, facilmente ao dobro, ainda mais se ela fosse próxima a um período eleitoral. Itajaí é governada por Jandir Belini, PP]
Luiz Orlando Poli
31/07/2015 21:42
O que há de coincidência entre o juiz ALDO MORO (italiano) e o nosso SÉRGIO MORO ? o sobrenome italiano ? NÃO ! O primeiro conduziu a chamada OPERAÇÃO MÃOS LIMPAS naquele país condenando figuras expressivas e liquidando até partidos políticos .Já o daqui conduz a OPERAÇÃO LAVA JATO promovendo uma ruptura com práticas que desembocavam na impunidade .


Herculano
31/07/2015 20:41
DILMA FARÁ MEGAJANTAR PARA LÍDERES GOVERNISTAS E PARTIDOS ALIADOS NA SEGUNDA-FEIRA, por Fernando Rodrigues

Depois de receber os governadores de Estado na quinta-feira (30.jul.2015), a presidente Dilma Rousseff continua sua ofensiva para tentar debelar a crise política no início da semana que vem.

A petista abrirá as portas do Palácio da Alvorada às 20h de 2ª feira (3.ago.2015) para oferecer um jantar para todos os líderes de partidos aliados ao governo na Câmara e no Senado.

Há hoje 28 partidos representados no Congresso. Na contabilidade do Planalto, 19 siglas são consideradas governistas. O problema é que quase nunca os deputados e os senadores dessas agremiações votam a favor de propostas defendidas por Dilma Rousseff.

A ideia é chamar os deputados e senadores que ocupam os cargos de líderes dos partidos governistas para demonstrar boa vontade em ouvir o que todos terão a dizer no início dos trabalhos legislativos do segundo semestre.

O governo acredita que pode enfrentar menos resistência agora por conta da distribuição de cargos federais nos Estados ?serão nomeados cerca de 200 pessoas nos próximos dias por indicação de deputados e de senadores.

O PT abriu mão da articulação política. Entregou a missão para o PMDB, por meio do vice-presidente da República, Michel Temer, e do ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha.

Também estão sendo convidados para o jantar de 2ª feira (3.ago.2015) no Alvorada todos os presidentes dos 19 partidos governistas. Cerca de 20 ministros estarão presentes.

O número total de comensais ficará próximo a 80. Esse tipo de evento tem sido raro no Alvorada desde Dilma se tornou presidente. Por causa da atual crise, a petista pretende dar um clima de "conversa em casa" para o jantar. Ela deverá circular entre as mesas para socializar e ouvir os congressistas.
Herculano
31/07/2015 20:34
AÉCIO: "O GOVERNO DIMA SE HABITUOU À MENTIRA", por Josias de Souza

"Estamos sendo governados por um governo mitômano", disse o senador Aécio Neves, presidente do PSDB, nesta sexta-feira (31). "O governo se habitou tanto a conviver com a mentira que já não consegue viver sem ela. Recorre à mentira mesmo quando ela é desnecessária e escancarada a ponto de ser desmascarada no dia seguinte."

Os comentários de Aécio foram feitos em reação à falsa notícia veiculada pela Presidência da República sobre a reunião de Dilma Rousseff com os governadores, no Palácio do Alvorada. No texto, informou-se que os visitantes "fizeram uma defesa clara [?] da manutenção do mandato legítimo da presidenta Dilma". Conforme noticiado aqui, o tema não foi sequer discutido no encontro.

Para Aécio, Dilma "perdeu mais uma oportunidade de fazer um mea-culpa sincero. E essas oportunidades não aparecem todo dia." O senador acrescentou: "Ela só resgatará minimamente sua condição de governabilidade se começar a dizer a verdade."

Adversário de Dilma na eleição presidencial do ano passado, Aécio lamentou que a presidente "não tenha assumido sua responsabilidade pela crise" econômica. "Para ela, a culpa continua sendo exclusivamente da conjuntura internacional, do preço das commodities, da seca do Nordeste. Tudo, menos os erros dela. Muitos governadores saíram do encontro desanimados com esse teatro de faz de conta."

Aécio ironizou o trecho do discurso de Dilma em que ela disse que cumprirá os compromissos assumidos na campanha "ao longo do nosso período de governo de quatro anos, portanto, até 2018."

"Pela primeria desde a redemocratização do país uma presidente da República inclui o prazo do seu mandato num discurso", disse Aécio. "Ela está tão fragilizada que se sentiu obrigada a lembrar até quando vai o seu mandato. 'Meu mandato vai até 2018, viu, gente?'"

De resto, Aécio declarou que "Dilma precisa se preocupar mais com sua própria base de apoio'' do que com a oposição. "Os apelos da presidente têm de ser dirigidos aos seus apoiadores, que estão permitindo que as pautas que a desagradam avancem. Nós estamos em minoria no Congresso."
Herculano
31/07/2015 20:26
EM QUE MUNDO ESTA GENTE ESTÁ?

A propaganda do PT que está no ar, afirma: você sabe, NA HORA QUE VOCÊ PRECISA É COM O PT QUE PODE CONTAR.

Será?
A Pedra de Genesis
31/07/2015 20:23
Interessante e queria saber duas coisas:
A primeira: pode o prefeito andar com o carro publico, durante o dia em horarioo que não é de trabalho, horario de almoço, e não pagar area azul?
A segundda: por que o carro dele não tem o brasão do município?
sidnei luis reinert
31/07/2015 19:34

?Brasil exporta corrupção ao maior porto de Raúl Castro?, diz jornal mexicano
Hoje, o projeto portuário de Castro está marcado por práticas ilegais e de má gestão dos recursos? da mesma forma que a paraestatal sul-americana, a Petrobras, é marcada por uma teia de corrupção que inclui os altos escalões do Partido dos Trabalhadores dominantes e o ex-presidente Lula da Silva.
?Os trabalhadores e os gestores têm de identificar e eliminar deficiências e comportamentos negativos, como a indisciplina, o desvio de recursos, o roubo, o controle insuficiente, a apatia, entre outros males que mancham a ética e a moral dos trabalhadores do setor diante dos investidores e clientes nacionais e estrangeiros, causando danos econômicos ao país e à própria comunidade de trabalho?, destaca o documento introdutório publicado pelo semanário da ilha ?El Artemiseño?.
?Um pedaço de concreto se quebrou [em] uma ocasisão, procuraram um pequeno equipamento para arrastar terra e derramaram todo o cimento no mar antes da chegada de investidores estrangeiros?, realtou o jornalista independente Moisés Leonardo Rodríguez, um residente da área, no programa ?Cuba al Día? da Rádio Marti.

De acordo com o site Marti Noticias, a menção de práticas de corrupção no Mariel na imprensa local simultaneamente a uma auditoria surpresa feito pelo Ministério Público, disse Rodriguez, acrescentando que eles prenderam vários líderes municipais e substituíram o Secretário do Partido e funcionários do Poder Popular pela corrupção que impera.

?Se você termina um trabalho e sobra metade do concreto e, em um país com o déficit de habitação que existe, com estradas em péssimas condições, eles são incapazes de ter previsto o aproveitamento de todo esse concreto e o despejam nas laterais da estrada?, acrescentou o jornalista.
Odir Barni
31/07/2015 18:57

RECOMENDO PARA TODOS OS BRASILEIROS ESTA ENTREVISTA COM JAISON TUPY BARRETO.

Caro, Herculano;

Sem paixão política, fanatismo ao coisa que o valha. Esta foi a melhor entrevista que ouvi nos últimos tempos. Jaison Barreto bem humorado, equilibrado, como nunca, nos dá uma aula de OSPB e Educação Moral e Cívica. Fala como um homem que não tem rabo preso com a máfia da política brasileira; poucos são os que podem falar, ele é um deles.
Pra mim, Aderbal Machado, em seu programa na Rádio Cidade de Itapema 104.10 lavou sua alma e de muitos catarinenses que gostariam de ouvir a opinião eterno Senador Jaiso Tupy Barreto neste momento conturbado da política nacional. Saudade destes políticos que tinham ideologia, independente de partidos.
Herculano
31/07/2015 15:49
QUANDO POLÍTICA, RELIGIÃO E CORRUPÇÃO SE MISTURAM NÃO HÁ PERDÃO. DELATOR ACUSOU CUNHA TAMBÉMFEZ REPASSE À ASSEMBLÉIA DE DEUS

O conteúdo é do jornal O Estado de S. Paulo. O lobista e delator da Lava Jato, Júlio Camargo, repassou R$ 125 mil para a igreja evangélica Assembleia de Deus Ministério Madureira, em Campinas (SP). A informação consta da quebra de sigilo bancário da empresa Treviso, utilizada por Camargo para repassar propinas no esquema de corrupção na Petrobras revelado pela Lava Jato. Nem o pastor da igreja nem a defesa de Júlio Camargo quiseram dar explicações sobre o repasse.

Laudo da Polícia Federal aponta que a quantia foi repassada entre 2008 e 2014, sem detalhar se o valor foi pago de uma só vez ou em parcelas. A movimentação é a única feita no período pelas duas empresas de Júlio Camargo (Piemonte e Treviso) que teve como destino uma instituição religiosa.

O repasse mostra que o delator, que disse à Justiça ter sido pressionado pelo presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) a pagar propina de US$ 5 milhões, também repassou dinheiro para uma igreja simpática ao deputado expoente da bancada evangélica.

Culto

Em fevereiro deste ano, Cunha chegou a participar de um culto de mais de duas horas em comemoração a sua eleição para a Presidência da Câmara junto com outros políticos na Assembleia de Deus Madureira, no Rio de Janeiro. Na ocasião ele declarou ter trocado a Igreja Sara Nossa Terra pela Assembleia de Deus Madureira. A bancada evangélica foi uma das que mais apoiaram Cunha na eleição para a Presidência da Câmara.

O presidente da Assembleia de Deus Madureira no Rio, pastor Abner Ferreira, contemplou o presidente da Câmara no culto. "O Satanás teve que recolher cada uma das ferramentas preparadas contra nós. Nosso irmão em Cristo é o terceiro homem mais importante da República", disse o religioso na época. Abner Ferreira é irmão do pastor Samuel Ferreira, que preside a Assembleia de Deus no Brás, em São Paulo, e aparece no registro da Receita Federal como presidente da Assembleia de Deus Madureira em Campinas, que recebeu os R$ 125 mil da empresa de Júlio Camargo.

Réu na Lava Jato, Júlio Camargo fez acordo de delação e admitiu a existência do cartel de empreiteiras que atuava na Petrobras e também ter utilizado suas empresas para operar propinas aos executivos da estatal indicados por partidos políticos. Sua empresas também fizeram doações oficiais para campanhas de políticos em 2010 e 2012 que totalizaram R$ 1 milhão. Dentre os que receberam recursos estão o líder do governo no Senado, Delcídio Amaral, que recebeu R$ 200 mil em 2010, e a senadora Marta Suplicy (sem partido), que recebeu R$ 100 mil também em 2010. Também foram feitas doações de R$ 150 mil ao diretório nacional do PMDB.

Defesa

A reportagem entrou em contato com a assessoria do pastor Samuel Ferreira, que informou que ele não iria se manifestar sobre o caso. A defesa de Júlio Camargo também não quis comentar a transação.

A reportagem também telefonou para o celular de Eduardo Cunha, que não atendeu
Miguel José Teixeira
31/07/2015 14:16
Senhores,

Na mídia, agora:

Instituto Lula é alvo de ataque a bomba em SP.

Se, quem avisa amigo é: foge lula, o MST está batendo à sua porta!
Herculano
31/07/2015 13:34
INSTITUTO LULA É ALVO DE ATAQU A BOMBA EM SÃO PAULO

Conteúdo do portal Uol. A sede do Instituto Lula, situada no Ipiranga, na zona sul de São Paulo, foi alvo de um ataque a bomba na noite de quinta-feira (30). O caso ocorreu por volta das 22h e foi confirmado pela Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo. Ninguém se feriu. É o terceiro ataque a bomba contra prédios ligados ao PT neste ano.

"O objeto foi arremessado contra o prédio do instituto de dentro de um carro", diz a nota emitida nesta sexta-feira (31) pelo instituto, que classificou o ataque como político.

"O Instituto Lula já comunicou as polícias Civil e Militar, o secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo e o ministro da Justiça e espera que os responsáveis sejam identificados e punidos", acrescenta o texto.

De acordo com a assessoria de imprensa da entidade, não havia ninguém na sede no momento do ataque, e foi possível identificar o horário da ocorrência por causa das imagens do circuito interno de TV. O ataque danificou o portão da garagem do prédio.

Também por meio de nota, a Secretaria da Segurança Pública disse que o artefato usado foi "uma pequena bomba de fabricação caseira". "O Secretário de Segurança, Alexandre de Moraes, conversou pela manhã com o Ministro da Justiça. A perícia já foi determinada e as investigações já começaram", afirmou a secretaria
Herculano
31/07/2015 13:30
CADA DIA UM DESASTRE REFLEXO DA POLÍTICA ECONÔMICA IMPLANTADA PLO GOVERNO DO PT E PMDB. CONTAS PÚBLICAS FECHAM JUNHO COM UM ROMBO HISTÓRICO DE R$ 9,3 BILHÕES

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Fábio Monteiro, da sucursal de Brasília. As contas do setor público brasileiro voltaram a fechar no vermelho em junho. Dados divulgados pelo Banco Central nesta sexta-feira (31) mostram que a União, Estados e municípios encerraram o mês passado com um deficit primário (receitas menos despesas, sem considerar gastos com juros) de R$ 9,3 bilhões.

Esse é o maior deficit já registrado em meses de junho na série histórica do BC, iniciada em 2001. No mês anterior, o resultado negativo foi de R$ 6,9 bilhões.

Considerando os números do primeiro semestre de 2015, a economia feita para pagar os juros da dívida pública ficou em apenas R$16,2 bilhões. Nos primeiros seis meses do ano passado, esse superavit havia sido de R$ 29,3 bilhões.

Segundo dados divulgados nesta quinta-feira, o deficit fiscal apenas do governo federal no primeiro semestre foi de R$ 1,6 bilhão.

Na observação dos números dos últimos 12 meses, as contas públicas aumentaram o saldo negativo. O deficit atingiu no mês passado R$ 45,7 bilhões, o equivalente a 0,80% do PIB (Produto Interno Bruto).

A nova meta fiscal do governo para 2015, anunciada na semana passada, prevê uma economia de R$ 8,7 bilhões, ou 0,15% do PIB, até dezembro.

O relatório do BC mostra ainda que a dívida líquida do setor público caiu para o equivalente a 34,5% do PIB. Em dezembro de 2014, o endividamento correspondia a 34,1% de todas as riquezas produzidas no país.
Sidnei Luis Reinert
31/07/2015 13:15
Precisa desenhar?

Dilma Rousseff libera R$ R$ 717 milhões em emendas parlamentares, a fim de acalmar a base que pode lhe votar um impeachment, assim que Eduardo Cunha pedir...

A mesma Dilma, que vende a propaganda enganosa da Pátria Educadora, vai cortar R$ 2 bilhões no orçamento da Educação, e mais R$ 1,5 bilhão da Saúde, ainda este ano...

Ou seja, sem contar os R$ 200 bilhões drenados por esquemas corruptos, conforme estimativa da Força Tarefa do Ministério Público Federal, nós pagamos bilionário prejuízo de um desgoverno incompetente e corrupto, graças a um Brasil Capimunista estruturado no modelo do cartel, do cartório e da corrupção sistêmica.

Intermediário do Altíssimo

Aproveitando a celebração de um ano de inauguração do seu monumental Templo do Rei Salomão, em São Paulo, o Bispo Edir Macedo reuniu seu staf de confiança para um almoço, quando fez uma pregação, falando de seu papel como líder religioso:

"As pessoas sabem que podem fazer a ligação direta delas com Deus. O problema é que, simplesmente, elas não querem fazer. Por isso, eu exerço meu papel. Atuo como intermediário".

Pela saúde econômica e prosperidade dos negócios do comandante da Igreja Universal do Reino de Deus, e também proprietário da Rede Record, do Banco Rener e do plano de saúde Life, Edir Macedo é um competente intermediário com o Altíssimo...

Coisa preta

Eduardo Cunha, poderoso presidente da Câmara, está pt da vida com a campanha midiática que o Grupo Globo vem movendo contra ele - que pode se tornar Presidente do Brasil, caso derrube Dilma Rousseff e Michel Temer por impeachment ou cassação de diploma eleitoral.

Querido por uns e odiado por outros, o polêmico líder evangélico Eduardo Cunha odiou a entrevista dada ao Jornal Nacional de ontem pela advogada Beatriz Catta Preta, na qual, nas entrelinhas, insinuou que estaria deixando a profissão e o Brasil em função de ameaças e pressões que sofreu de Cunha, depois das denúncias de deleção premiada do consultor Júlio Camargo:

"Não recebi ameaças de morte, não recebi ameaças diretas, mas elas vêm de forma velada. Elas vêm cifradas".

Negativa insistente

Já o advogado de Eduardo Cunha, o ex-procurador-geral da República Antônio Fernando de Souza, voltou a negar veementemente o envolvimento do presidente da Câmara nas fraudes da Lava Jato.

O defensor garantiu que Júlio Camargo não tem nenhum documento que ligue Cunha às irregularidades.

Na Lava Jato, Júlio Camargo, relatou um encontro com o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em 2011, no qual o parlamentar lhe pediu US$ 5 milhões em propinas.

http://www.alertatotal.net/
Herculano
31/07/2015 13:08
E OS POLÍTICOS QUE CRIARAM E FACLITARAM ESTE AMIETE DE ROUBO DOS NOSSOS PESADOS IMPOSTOS? VÃO ESCAPAR COMO NO MENSALÃO? ADVOGADOS ESTIMAM PENAS ACIMA DE 20 ANOS PARA EMPREITEIROS

Conteúdo da revista Veja. Texto de Larissa Borges, de Curitiba. Advogados que atuam na Operação Lava Jato estimam que o juiz Sergio Moro deve impor penas de 22 a 23 anos de prisão para empreiteiros acusados de fraudar contratos com a Petrobras e de distribuir propina a agentes públicos.

O prognóstico de duras penas aos réus ganhou força após a sentença que condenou os executivos Dalton Avancini e Eduardo Leite, da Camargo Correa, a 15 anos e dez meses de prisão, convertidas em prisão domiciliar porque ambos são delatores do esquema de corrupção. Para os defensores, é difícil fazer uma defesa técnica dos empreiteiros porque em alguns casos os indícios de irregularidades são tão evidentes que se assemelham a uma "fratura exposta".

Enquanto projetam as penas dos maiores construtores do país, os advogados estimam que em até dois anos o início da execução da pena de nove anos e seis meses já imposta por Moro ao então presidente do Conselho de Administração da Camargo Correa, João Auler. A aposta deles é a de que a pressão da opinião pública e o fato de o processo ter um réu, o doleiro Alberto Youssef, preso continuamente dificultam a tradicional enxurrada de recursos judiciais, que poderiam atrasar a execução da sentença em pelo menos oito anos.
Herculano
31/07/2015 12:59
LÍDER VOLUNTÁRIO DO GOVERNO LIVRA A CARA DO CIM, por Carlos Tonet

O corregedor da Câmara e líder voluntário do governo, Fábio Fiedler, livrou a cara do Cézar Cim nas duas denúncias contra ele: a de que ele usava uma funcionária paga pela Câmara em seu escritório e que ganha acima do teto da R$ 33 mil previstos pelos Constituição.

O líder voluntário do governo disse isso hoje em entrevista na RIC ao meio-dia.

Cim deveria ser cassado apelas pelo escândalo de todos os meses doar seu salário, arregimentando votos e simpatias, numa espécie de compra de votos alegre e pueril.

O fato de manter uma funcionária de seu gabinete dando expediente em seu escritório de advocacia também não foi visto como caso grave.

Como ninguém dessa turma toma decisão sozinho, é evidente que FF e o resto da galera animada da Câmara já sabem como vai ser a votação final em plenário: Cim será absorvido.

A partir disso, todos os vereadores poderão alocar funcionários em escritórios de advocacia, consultórios médicos, padarias, etc.

O Becker, por exemplo, poderá colocar funcionários pra carregar e descarregar o caminhão da Becker Materiais de Construção.
Herculano
31/07/2015 12:55
RENAN SE SAFA? por Lauro Jardim, de Veja

Na cúpula do PMDB começa a se formar uma convicção de que Eduardo Cunha e Renan Calheiros terão destinos diferentes em agosto. Cunha seria denunciado por Rodrigo Janot; Renan se safaria. Isto é, repita-se, apenas uma convicção que começa a se formar.
Aurélio Marcos de Souza
31/07/2015 12:33
Herculano o eleitorado de Gaspar tem que saber.

QUEM É QUEM?

Não adianta ficar Borboleta somente nos 3 meses anteriores a eleições.

E agora quem é quem?, ou quem será o que?, para enganar o eleitorado.
Herculano
31/07/2015 12:28
ALÍVIO ENTRE OS PODUTORES RURAIS. NÃO SERÁ PRECISO MS EMPLACAR SEUS TRATORES

Este é um press release do gabinete parlamentar. Os produtores rurais finalmente podem ficar tranquilos quanto ao fim do emplacamento de tratores e máquinas agrícolas. Foi publicada no Diário Oficial desta sexta-feira a Lei nº 13.154, oriunda da MP 673, que garante que o maquinário agrícola está sujeito apenas ao registro sem ônus, na repartição competente, se transitarem em via pública, dispensados o licenciamento e o emplacamento.

Para o deputado federal Valdir Colatto (PMDB/SC), que acompanha a luta pelo fim da exigência de emplacamento, a publicação da Lei é uma conquista de toda a população, já que quando o governo busca formas de onerar o setor produtivo, acaba afetando todos os demais setores.

Conforme o texto sancionado, o maquinário agrícola fica livre do pagamento de licenciamento e outros encargos. Os proprietários deverão realizar somente um registro providenciado sem custos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e acessível ao sistema nacional de trânsito. A nova exigência de registro valerá apenas para os maquinários produzidos a partir de 1º de janeiro de 2016.
Herculano
31/07/2015 12:25
SÓ FALTA ELE FAZER PARTE DELE OU ENTÃO SAIR DO GOVERNO QUE SABIDAMENTE ESTA EM PARAFUSO.

"O custo da disfuncionalidade do governo é imenso para a economia e para a sociedade. O governo precisa funcionar, as decisões precisam ser tomadas. O Congresso Nacional precisa ter corresponsabilidade em torno dessa agenda. Uma agenda que possamos chamar de agenda do bom-senso, que é claramente percebida diante da natureza dos desafios que nós temos a curto prazo".

Quem falou isto e Florianópolis, na Fiesc, para um grupo de empresários? O Ministro Armando Monteiro, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, PTB. Ele é ministro de Dilma Vana Rousseff, PT. Então...
Herculano
31/07/2015 12:16
ALGUMA COISA NÃO BATE

Segundo Cláudio Prisco Paraíso, enquanto alguns dos principais cardeais do PMDB Barriga-Verde fizeram questão de fugir da solenidade de posse de Djalma Berger e Cláudio Vignatti na diretoria da Eletrosul, o PT compareceu em bom número. Além dos ex-presidentes da companhia, Milton Mendes e Eurides Mescolotto, o deputado federal Décio Lima marcou presença.
Herculano
31/07/2015 09:37
O COLAPSO IRRECUPERÁVEL DO PETISMO, por Reinaldo Azevedo, para o jornal Folha de S. Paulo.

Nas outras crises, antes ou depois de 1964, sempre houve ao menos com quem conversar; hoje, nem isso

O "petrolão" já tem uma derivação: o "eletrolão". Com mais algumas enxadadas, novas minhocas podem brotar. Quem sabe o "estradão", "meu casão meu vidão", "saudão", "escolão", "pacão"... E quantos outros aumentativos vocês queiram rimar aí para indicar um estado que foi literalmente assaltado pelo crime e que não tem solução.

O governo desapareceu. Dilma se alimenta de algumas esperanças que, embora plausíveis, têm pouco efeito prático para ela. Pensemos em Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara. A sua situação vai, por desdobramento óbvio, se agravar - afinal, é certo que será denunciado por Rodrigo Janot.

Digamos, só por hipótese, que Cunha saísse de cena. Dilma ficaria rigorosamente onde está. Seu discurso dialoga cada vez mais com os rinocerontes que batem à porta. A mais recente contribuição da presidente, todos vimos, foi anunciar que, tão logo cumpra no ProUni a meta que faz questão de não ter, pretende dobrá-la. Fez tal raciocínio especioso uma vez. Achou pouco. Repetiu-o. A claque aplaudiu.

Em todas as outras crises, antes ou depois de 1964, sempre houve ao menos com quem conversar. Quando a conversa falhou... Conversar sobre o quê? Não precisa ser sobre um arranjo de compadres, táticas ou estratégias para conter as investigações ou conchavos, conluios e conspiratas. Há, é evidente, um núcleo de interesses que não diz respeito ao governo ou à oposição, mas ao país. Até Lula, apesar dos discursos rombudos, mantinha interlocutores.

Desta feita, não há ninguém, o que decorre também das escolhas feitas pela presidente para cuidar da política. O vice, Michel Temer, reconheça-se, até que tenta esfriar a crise com falas moderadas, ensaiando a constituição de um núcleo de governabilidade no Congresso, mas a realidade insiste em atropelá-lo. Eis aí o "eletrolão" tomando vulto, com todos os elementos necessários para causar um curto-circuito também no PMDB.

Até João Santana, competentíssimo na sua área, mostra que se deixou contaminar pelo clima de bunker sitiado. O ator que vai conduzir o programa do partido na TV, no dia 6, é uma espécie de "hater" profissional, que sempre escolheu com os críticos do governo, nos embates nas redes sociais, as armas da agressão verbal e da desqualificação. Na prática, Dilma e o PT vão convocar o megaprotesto do dia 16.

Esse costuma ser o fim de governos em crise. Mas estamos apenas no começo. É o colapso do petismo. Não sobrou ninguém nem para acender a luz.

Há um erro lógico irrecuperável no raciocínio de Bernardo Mello Franco, nesta Folha, ao afirmar que a prisão do vice-almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, presidente da Eletronuclear, "serve de alerta" para os que defendem "a volta dos militares". Não serve. Se servisse, seria o contrário: lembraria como são poucos os militares envolvidos em lambança. Se um militar eventualmente corrupto conspurca a categoria, as centenas de civis flagrados com a boca da botija provariam a inviabilidade da democracia. Aí só restaria a ditadura dos bons, a tal "Politeia" platônica... A propósito: alguém relevante defende a volta do governo fardado? A ditadura não é ruim porque militar ou civil. Tampouco se deve indagar se ela funciona (China) ou não (Cuba). Devemos repudiá-la por imperativo ético. Aí a gente pode viajar no Platão que vale a pena.
Herculano
31/07/2015 09:33
DE QUEM É A CULPA? DA CAIXA

Manchete que ganhou a mídia local, mas que na verdade se repete pelo Brasil: entrega das chaves do Condomínio Belvedere, em Gaspar, está longe de acontecer.

E de quem é a culpa?

Da própria Caixa, instrumentalizada pelo PT e que não fiscaliza nada, vive de propaganda da felicidade e enganosa atraindo gente desinformada e de boa fé, que não protege os mutuários, é amigo dos construtores, empreendedores e incorporadores isto quando eles próprios não tem como assessores especiais, ex-funcionários da Caixa para facilitar e abrir canais.
Herculano
31/07/2015 09:22
A OTIMILDA DO ALVORADA, por Bernardo Mello Franco para o jornal Folha de S. Paul0

Na campanha, a presidente Dilma Rousseff dizia que as críticas à política econômica eram coisa de Pessimildo. Agora que os fatos deram razão a seus ex-adversários, ela tenta ressurgir como a Otimilda do Alvorada.

No longo discurso aos governadores, Dilma tentou indicar uma luz no fim do túnel que especialistas e eleitores não conseguem ver. A caminho do maior tombo do PIB desde a era Collor, repetiu a ladainha de que a economia brasileira é "bem mais sólida" do que "alguns anos atrás".

A presidente sugeriu que o fim da era de vacas magras está logo ali: basta dobrar a esquina. "Eu não nego as dificuldades, mas eu afirmo que nós todos aqui, e o governo federal em particular, tem [sic] condições de superar essas dificuldades de enfrentar os desafios e, num prazo bem mais curto do que alguns pensam, voltar a ter, assistir à retomada do crescimento da economia brasileira", prometeu, em dilmês castiço.

O otimismo presidencial não parece combinar com a realidade. Nesta quinta, ficamos sabendo que o governo acumulou um deficit fiscal inédito de R$ 1,6 bilhão no primeiro semestre. Pouco depois, divulgou-se um novo corte de R$ 1 bilhão na Educação. Alguém imagina crescer tirando verba de escolas e universidades?

Todo governante tenta vender esperança em tempos de crise. No caso de Dilma, a falta de carisma dificulta a tarefa. Sem empatia, ela evitava encarar os governadores enquanto falava. No fim, o descompasso entre o texto lido e a imagem da TV sugeria que ela não acreditava muito nas próprias palavras. "Não nos falta energia e determinação para vencer esses problemas", disse, em tom monocórdio e olhando para baixo.

Os métodos de Eduardo Cunha estão mudando o significado da sigla CPI. Antes, as três letras eram sinônimo de Comissão Parlamentar de Inquérito. Agora, estão mais para Conluio de Proteção ao Investigado
Herculano
31/07/2015 08:41
DELATOR DE CUNHA FORNECEU "PROVAS DEFINITIVAS", por Josias de Souza

Na entrevista que concedeu ao Jornal Nacional na noite desta quinta-feira, a advogada Beatriz Catta Preta declarou que seu ex-cliente Júlio Camargo não se limitou a declarar que repassou propina de US$ 5 milhões ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

"Todos os depoimentos prestados sempre vieram respaldados com informações, dados, documentos, provas definitivas", disse Catta Preta, que comandava a defesa de Júlio Camargo na época em que o lobista foi inquirido na Procuradoria da República, em Brasília. "Nunca houve só o dizer por dizer."

Na mesma entrevista, a doutora declarou ter abandonado os nove clientes que defendia na Lava Jato e a própria advocacia. Alega sentir-se ameaçada por integrantes da CPI da Petrobras, que a convocaram para prestar depoimento. Afirmou que a pressão aumentou depois que Júlio Camargo alterou depoimentos anteriores, para incluir Cunha e os US$ 5 milhões no enredo de sua delação.

Foi a partir dessa nova revelação do Júlio Camargo que a senhora sentiu que o foco de retaliação se voltou pra senhora?, quis saber o entrevistador. E Catta Preta: "Sim. Vamos dizer que aumentou essa pressão, aumentou essa tentativa de intimidação a mim e a minha família."

Por que Júlio Camargo não citara Cunha em seus primeiros depoimentos? "Receio. Ele tinha medo de chegar ao presidente da Câmara." O que o fez mudar de ideia? "A colaboração dele, a fidelidade, a fidedignidade da colaboração, o fato de que um colaborador não pode omitir fatos, não pode mentir, o levaram então a assumir o risco. Aquele risco que ele temia, e levar todos os fatos então à Procuradoria-Geral da República."

Eduardo Cunha veiculou no Facebook uma resposta. "Reitero que não tenho qualquer interferência na CPI", anotou o presidente da Câmara. Sustenta que não sabia da convocação da advogada para depor na CPI. "Desconhecia a sua convocação, que se deu com certeza antes de o delator mudar a sua versão."

Cunha divulgou também uma nota do seu advogado, o ex-procurador-geral da República Antonio Fernando de Souza. Nela, lê-se o seguinte: "A mentira salta aos olhos. Nego com veemência o envolvimento do presidente da Câmara nas fraudes. As declarações de Beatriz Catta Preta não fazem sentido, uma vez que Júlio Camargo já havia negado publicamente o envolvimento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha."

Antonio Fernando prosseguiu: "As declarações da advogada dão a impressão de uma coisa montada. A mentira salta aos olhos. Nego com veemência o envolvimento do presidente da Câmara nas fraudes e tenho certeza de que Júlio Camargo não tem nenhum documento que ligue Eduardo Cunha às irregularidades.''
Herculano
31/07/2015 08:27
ADVOGADA CATTA PRETA ABRIU EMPRESA EM MIAMI, por Cláudio Humberto na coluna que publicou hoje no jornais brasileiros

A CPI da Petrobras alegou dificuldade em notificar a advogada Beatriz Catta Preta para depor. A pretendida convocação é uma retaliação de parlamentares ligados a Eduardo Cunha, que atribui a ela a delação de Júlio Camargo, que o acusa de exigir propina de US$ 5 milhões. Talvez Beatriz pudesse ter sido encontrada em Coral Gables, Miami (EUA), onde, com o marido Carlos, constituiu em outubro de 2014 empresa Catta Preta Consulting LLC, segundo documentos obtidos pela coluna. Ela retornou de um período de férias com a família, em Miami. Nesta quinta-feira, Catta Preta anunciou a decisão de abandonar a advocacia, alegando a necessidade de preservar a segurança de sua família. A criminalista se sente ameaçada por parlamentares da CPI da Petrobras ligados ao presidente da Câmara.

Convocação inútil

A OAB tem razão, ao protestar contra a convocação de advogados por CPIs. Eles não podem revelar os segredos de clientes e ex-clientes.

Confidencialidade

Presidente do STF, Ricardo Lewandowski criticou a CPI e autorizou Catta Preta a preservar sua relação com clientes, ainda que preste depoimento.

Pragmatismo

Criminalista competente e pragmática, Beatriz Catta Preta defendeu nove réus que mudaram a historia da Lava Jato, com suas delações.

Rebate (ainda) falso

Foram fortíssimos os rumores, ontem, em Brasília, da iminente prisão do ex-presidente Lula. Mas foi rebate falso. Ao menos por enquanto.

PP SE IRRITA COM PT E AMEAÇA DEIXAR BASE ALIADA

Parlamentares do PP devem se reunir ainda na primeira quinzena de agosto para reavaliar os laços com Planalto. Eles concluíram que o PT trabalha dobrado para transformar o PP no "boi de piranha" da Lava Jato, contando até com a anuência do ministro José Eduardo Cardozo (Justiça). Deputados se articularam durante o recesso para mandar um "aviso" ao governo que vem sendo chamado de "enfrentamento".

Tiro de aviso

O primeiro aviso do PP deve aparecer na votação do ajuste fiscal. "Que o governo não conte com a nossa fidelidade", diz um deputado do PP.

Fez escola

O PP tem o mesmo entendimento do deputado Eduardo Cunha, que rompeu com o governo acusando-o e ao PT de "armar" contra ele.

Briga antiga

O PT não perdoa o fato de o PP ter apoiado Eduardo Cunha, desafeto público do Planalto, para a Presidência da Câmara dos Deputados.

Dilma é o nome da crise

É bom lembrar que o País quebrou, e foi obrigado a promover ajuste fiscal duríssimo, porque o governo Dilma gastou mais do que arrecadou. Só nos meses eleitorais de 2014, mais de R$ 20 bilhões.

Caldeirão mineiro

O escritório paulista Benício Advogados, contratado para defender em Minas o presidente da Andrade Gutierrez, Otavio Azevedo (réu na Lava Jato), compartilha endereço e telefone, em BH, com a banca de Renato Azeredo, filho do Eduardo Azeredo, réu no mensalão tucano.

Vazamento seletivo

O senador Romário (PSB) acredita que a denúncia de conta na Suíça está ligada à disputa pela Prefeitura do Rio. Irmão de Eduardo Paes, Guilherme Paes é sócio do BTG Pactual, que comprou o banco BSI.

Covardia e burrice

Jornalistas que elogiam o aplicativo Uber têm sido ameaçados por uma minoria delinquente de taxistas. Atiram no próprio pé: tanta truculência faz contraponto com a gentileza que caracteriza os motoristas do Uber.

Reatamento

O governador de Pernambuco, Paulo Câmara, andou se reunindo com Ciro Gomes oficialmente para discutir a Transnordestina. Mas há rumores de reaproximação da família Gomes Ferreira com o PSB.

Beber o morto

Dono da Itaipava, Walter Faria marcará o primeiro ano da morte de Eduardo Campos com edição especial da cerveja. Terá a imagem do ex-governador, que o persuadiu investir em Pernambuco. Assim, Farias redefine a antiga expressão nordestina "beber o morto".

Tolerância zero

A Marinha silencia sobre a prisão do almirante da Eletronuclear porque militares são intolerantes com corrupção. Não se deve esperar rebelião das Forças Aradas por prisões como a de Othon Pereira da Silva.

No mesmo barco

O deputado Rogério Rosso (PSD-DF) diz que Dilma o autorizou a agendar reunião com o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) para discutir a falta de recursos do DF. Mas a União também está no buraco.

Horas de desespero

Por que Dilma demorou 5 anos para admitir reforma no ICMS e deixou para fazer isso na véspera do julgamento das pedaladas fiscais?
Herculano
31/07/2015 08:15
TEMPO PERDIDO, por Ricardo Balthazar para o jornal Folha de S. Paulo

A presidente Dilma Rousseff desperdiçou nos últimos dias todas as chances que teve para desanuviar o ambiente político e construir uma saída para a crise em que seu governo está mergulhado.

Quando decidiu reduzir a meta fiscal deste ano, Dilma poderia ter aproveitado a ocasião para uma conversa franca com o país, sobre os erros cometidos na condução da economia, as dificuldades atuais e o futuro. Em vez disso, mandou os ministros da área econômica explicarem a medida e deixou crescer a impressão de que eles não se entendem muito bem, contribuindo para pôr em xeque a credibilidade de sua equipe.

Um dia depois, quando a Folha revelou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva buscara uma aproximação com seu antecessor, o tucano Fernando Henrique Cardoso, Dilma autorizou o ministro Edinho Silva a expressar entusiasmo pelo movimento e sugerir seu interesse em participar da conversa. Assim que petistas e tucanos bombardearam a iniciativa, Dilma achou melhor recuar e criticou a manifestação do ministro, como se nada tivesse com ela.

A presidente resolveu então chamar os governadores dos Estados para um encontro em Brasília. Antes de definir com clareza a pauta e os objetivos da reunião, deixou que versões contraditórias sobre suas intenções proliferassem. Todo mundo entendeu o convite como uma tentativa de Dilma de encontrar sócios para administrar a crise, pela qual nenhum deles se sente responsável.

Em seu discurso na abertura da reunião, a presidente afirmou que a economia voltará a crescer antes do que os pessimistas imaginam, que o crédito voltará a ser abundante, e que está preparando o país para um novo ciclo de expansão do consumo.

Com um discurso tão irrealista como esse, o mais provável é que a encenação promovida por Dilma sirva apenas para reduzir ainda mais sua credibilidade como interlocutora, uma das razões que têm alimentado a crise que seu governo atravessa.
Herculano
31/07/2015 07:59
O BRASIL ESTÁ EM CRISE? SÓ SE PARA NÓS QUE ESTAMOS PAGANDO AS PESADAS CONTAS QUE NOS REPASSAM OS POLÍTICOS NO PODER

A presidente Dilma Vana Rousseff, PT, distribuirá aos deputados e senadores 200 cargos de 2º escalão em oito estados neste agosto de desgosto e do cachorro louco. A informação é do ministro da Aviação Civil e articulador do governo, Eliseu Padilha do PMDB gaúcho. O objetivo é atenuar o mau humor dos congressistas, que voltam do recesso branco na segunda-feira.
Herculano
31/07/2015 07:42
A OUTRA PONTA, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Com novas revelações da Lava Jato, abre-se mais uma frente de investigação; falta que os políticos se expliquem às autoridades

Mesmo quem segue de perto a Operação Lava Jato haverá de perder a conta em algum momento - se é que já não a perdeu. Tantas são as fases em que se desdobra a investigação da Polícia Federal sobre as propinas em contratos da Petrobras que a memória de seus detalhes naturalmente se perde no colossal conjunto do escândalo.

Tendo recebido o nome de Radioatividade, a mais recente etapa, desencadeada na terça-feira (28), é a 16ª da série, não havendo quem possa prever quantas mais virão.

Um aspecto, contudo, diferencia este capítulo dos que o precederam. Pela primeira vez, as lentes escrutinadoras se voltam para o setor elétrico. Estão sob suspeita, entre outras, as obras de construção da usina nuclear de Angra 3, estimadas em R$ 15 bilhões.

Do valor dos contratos, terá sido cobrado 1% em benefício de dirigentes da Eletronuclear. O presidente licenciado da estatal, o almirante da reserva Othon Luiz Pinheiro da Silva, teve sua prisão temporária decretada.

Se o almirante - que nos anos 1970 e 1980 dirigiu o programa secreto de enriquecimento de urânio da Marinha - aparece pela primeira vez na crônica aberta pelo petrolão, o mesmo não se pode dizer de outras peças da negociata elétrica.

Lá estão, sem surpresa, empreiteiras como Andrade Gutierrez, Odebrecht, Camargo Corrêa e UTC. Veio de dirigentes destas duas últimas empresas, já presos e em conformidade com o acordo de delação premiada, a denúncia das irregularidades na Eletronuclear.

Também as obras da hidrelétrica de Belo Monte e as relações das empreiteiras com a Eletrobras foram citadas por Dalton Avancini, ex-presidente da Camargo Corrêa, e Ricardo Pessoa, dono da UTC.

Siga-se a linha pontilhada dos depoimentos, das acusações e dos contratos e o círculo se completa com o nome do ex-ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, e com seu partido onipresente e incansável, o PMDB.

Avancini afirma que a Camargo Corrêa pagou R$ 10 milhões ao peemedebista, senador pelo Maranhão; da parte da UTC, Ricardo Pessoa acrescenta que também no âmbito do Tribunal de Contas da União correram gratificações de modo a que se aprovasse Angra 3.

Novas frentes de investigação se descerram, portanto, num universo cujas fronteiras ninguém se arrisca a delimitar.

Não são tantas, é verdade, as empreiteiras com o porte necessário para atividades desse nível. Mas se multiplicam os políticos que, dentro do PMDB, do PT e de outros partidos, ocupam a outra ponta do esquema - e as ações da Justiça a esse respeito seguem ritmo bem mais lento. É tempo de vê-los diante das autoridades a se explicar sobre seus atos.
Herculano
31/07/2015 07:39
ENTRE ELES. UMA SURPRESA ATRÁS DA OUTRA. E NÓS PAGANDO A CONTA DE TUDO ISSO

Texto de Upiara Boschi, para o Diário Catarinense, da RBS Florianópolis. Pouco menos de quatro meses após a nomeação, João Luiz Cobalchini foi exonerado do cargo de assessor de auditor no Tribunal de Contas do Estado. O Ministério Público de Santa Catarina havia pedido informações ao órgão sobre a presença do filho do deputado estadual Valdir Cobalchini (PMDB) em um cargo da área técnica, e não em gabinete, como usual.
Herculano
31/07/2015 07:35
DESTINO CERTO

Manchete do jornal Cruzeiro do Vale: "escavadeiras são furtadas no Alto Gasparinho".

Este não é um roubo qualquer, como se fosse para um desmanche qualquer. É bem pensado. Quem fez isto, fez sob encomenda e namorava alg assim, faz tempo. Ou abastece uma oficina em tempos de crise para cobrar barato ou aumentar lucros nos serviços que faz, ou uma "empreiteira" bem longe daqui e para isso, planejou um caminho tortuoso para chegar ao destino.
Herculano
31/07/2015 07:30
ESTE É O RETRATO FIEL DE UM GOVERNO INCOMPETENTE E IRRESPONSÁVEL LIDERADO PELO PT E PMDB E QUE CAUSA SACRIFÍCIOS DIRETOS A TODA A POPULAÇÃO, PRINCIPALMENTE AS CAMADAS MAIS DESPROTEGIDAS E PARA QUEM LANÇA DISCURSOS FALSOS E ENGANOSAS PARA COM O VOTO DEMOCRÁTICO SE MANTER NO PODER

MANCHETE DA REALIDADE DOS NÚMEROS: GOVERNO TEM DÉFICIT INÉDITO NO PRIMEIRO SEMESTRE. COM ARRECADAÇÃO EM QUEDA - DESAQUECIMENTO DA ECONOMIA, DESEMPREGO EM MASSA, CORRUPÇÃO - CONTAS FEDERAIS TÊM ROMBO DE $ 1,6 BILHÃO.

Conteúdo do jornal Folha de S.Paulo. Texto de Isabel Versiani, de Brasília. O governo federal fechou o primeiro semestre com um deficit inédito em suas contas, mostrando a dificuldade do setor público em economizar recursos para o pagamento da dívida em meio à queda da arrecadação.

A diferença entre despesas e receitas foi de R$ 1,598 bilhão, no primeiro saldo negativo nas contas da União para o período desde pelo menos 1997, quando começa a série do Tesouro Nacional.

Apenas no mês passado, as contas tiveram um rombo de R$ 8,2 bilhões.

No primeiro semestre de 2014, o governo federal teve superavit de R$ 17,4 bilhões.

"O resultado ainda se mostra bastante negativo, por isso o governo está tomando as medidas que considera necessárias", afirmou o secretário do Tesouro, Marcelo Saintive, em referência ao novo corte orçamentário de R$ 8,6 bilhões anunciado na semana passada e cujos detalhes foram revelados nesta quinta (leia na pág. A17).

No mês de junho, a arrecadação da Receita Federal sofreu uma queda real (descontada a inflação) de 2,44% na comparação com o mesmo período do ano passado, refletindo o fraco desempenho da atividade econômica.

No semestre, quando incluídas outras receitas, como a de concessões e de dividendos das estatais, a redução foi de 3,3%. As despesas, por outro lado, aumentaram 0,5% no período, com destaque para a alta de 3,8% dos gastos com o pagamento de benefícios da Previdência.

META

O governo tem como meta economizar R$ 5,831 bilhões neste ano para o pagamento de juros da dívida. Considerando também os resultados de Estados e municípios, o objetivo é obter um saldo positivo de R$ 8,747 bilhões, o equivalente a 0,15% do PIB.

A meta, no entanto, prevê uma cláusula de abatimento que permite excluir do resultado algumas projeções de arrecadação que não se confirmem. Na prática, o resultado pode chegar a um deficit de até R$ 17,7 bilhões.

Saintive disse que historicamente o período de junho a agosto é de resultados menos expressivos e que o saldo acumulado até o momento não indica que a meta de 0,15% do PIB não será atingida.

O cumprimento da meta é importante para o Brasil manter o grau de investimento concedido pelas agências de classificação de risco e que é fundamental para que o país esteja na mira de grandes investidores internacionais.

Além disso, quanto melhor a nota concedida a empresas e países, menor tende a ser o custo de sua dívida.

Na terça-feira (28), a agência Standard & Poor's deixou o Brasil mais perto do rebaixamento, colocando a nota do país em perspectiva negativa.

Segundo o secretário, na avaliação do governo, a queda da arrecadação não é explicada apenas pelo fraco desempenho da economia, mas porque parte das empresas tem optado por prorrogar o pagamento de impostos.

DÍVIDA

Para Saintive, o aumento na taxa de juros anunciado pelo BC na quarta-feira (29) não afeta de forma expressiva a trajetória estimada pelo governo para a dívida pública.

A previsão oficial, que tem como parâmetro uma taxa Selic de 14% no fim deste ano, é que a dívida púbica feche dezembro em 65,7% do PIB, sofra nova alta em 2016 e passe a recuar a partir de 2017.

A Selic, no entanto, já foi elevada para 14,25% e analistas não preveem redução ainda neste ano. "Uma queda incipiente [da dívida] vai começar em 2017 independentemente do aumento", afirmou.
Herculano
31/07/2015 07:19
NÃO TEM JEITO

O comentário abaixo de Josias de Souza, é o retrato acabado do PT e de um governo fora de qualquer eixo ético. É uma organização criminosa sob qualquer ângulo que se olhe. Vive de marketing e propaganda enganosa para tirar vantagens dos frágeis, desinformados e analfabetos, alvo preferencial dessa gente para se manter no poder com a manipulação de dados e informações. Wake up, Brazil!
Herculano
31/07/2015 07:14
EM NOTÍCIA FALSA, PLANALTO ALARDEIA QUE GOVERNADORES REJEITAM IMPEACHMENT, por Josias de Souza
31/07/2015 04:44

Às 23h23 da noite passada, a Presidência da República divulgou em seu blog uma ótima notícia para a inquilina do Palácio do Planalto:

"Os governadores das cinco regiões do país, que estiveram reunidos com a presidenta Dilma Rousseff, nesta quinta-feira (30), em Brasília, fizeram uma defesa clara da democracia, do Estado de Direito e da manutenção do mandato legítimo da presidenta Dilma e dos eleitos em 2014. Na ocasião, os representantes dos 27 Estados brasileiros deixaram clara sua posição de unidade em favor da estabilidade política do país."

Quem lê o texto fica com a impressão de que Dilma arrancara dos governadores que se reuniram com ela no Palácio da Alvorada, inclusive os de oposição, uma manifestação unânime contra o impeachment. O único problema é que essa notícia é falsa. A posição dos governadores sobre a higidez do mandato de Dilma não é unânime. E o tema não foi debatido no encontro dos executivos estaduais com a presidente.

A falsa notícia veiculada no blog do Planalto realça uma declaração feita pelo governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), em entrevista coletiva concedida após a reunião.

?Existe uma preocupação conjunta, em primeiro lugar, com a agenda política?, disse Dino. "Primeiro, a defesa clara e inequívoca da estabilidade institucional, da ordem democrática, do Estado de Direito e contra qualquer tipo de interrupção das regras constitucionais vigentes. Portanto, defendemos a manutenção do mandato legítimo da presidenta Dilma Rousseff."

Dino tinha ao seu lado, o ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil) e outros quatro governdores: o paraibano Ricardo Coutinho (PSB), o goiano Marconi Perillo (PSDB), o catarinense Raimundo Colombo (PSD) e o paulista Geraldo Alckmin (PSDB). Incomodado, Alckmin desdisse Dino. Negou a suposta ?preocupação conjunta? dos governadores com a permanência de Dilma na poltrona. O problema é que a negativa foi omitida no texto do Planalto.

Eis o que o governador tucano de São Paulo declarou e o blog do Planalto não registrou: ?Isso não foi tema da reunião nem está em discussão. Não há nenhuma discussão em relação a isso [o mandato da presidente]. Nós defendemos o quê? Investigação, investigação, investigação e cumprir a Constituição. Nosso dever é cumprir a Constituição.?

Em vez de registrar a posição de Alckmin sobre o mandato presidencial, a pseudonotícia da Presidência mencionou-o noutro contexto: ?Já o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, destacou a posição favorável dos governadores em relação a um dos principais temas discutidos no encontro com a presidenta: a unificação em 4% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).?

Nesse ponto, o texto desinforma os leitores. A alteração do ICMS foi debatida na reunião. Mas não foi ?um dos principais temas?. E não houve uma posição consensual dos governadores. A simpatia de Alckmin pela mudança não é endossada nem mesmo por companheiros de partido, como o goiano Marconi Perillo.

Ausente no debate do Alvorada, o tema do impeachment havia surgido numa reunião prévia. Sem a presença dos tucanos, que se encontraram na representação do governo do Paraná, os demais governadores debateram, num hotel próximo do Alvorada, os temas que tratariam com Dilma. Ali, Flávio Dino tentara convencer os colegas a divulgar uma manifestação conjunta contra o impeachment. Foi contestado pelo governado de Mato Grosso, Pedro Taques.

Em processo de rompimento com o PDT, Taques disse que não havia apenas governistas na sala. Recordou que passara pelo Senado como um senador ?independente?. E declarou manter a mesmo posição como governador. Acrescentou: ?do mesmo modo que não nos cabe discutir a Lava Jato, um caso da polícia, do Ministério Público e da Justiça, não seria adequado tratarmos de impeachment. Isso é uma pauta para a Câmara dos Deputados.? O assunto morreu.

Durante a reunião com Dilma, nem mesmo o apologista Dino se animou a mencionar o tema, só ressuscitado na entrevista coletiva que a notícia do Planalto falseou. Dilma ainda tentou empinar o tema por meio de indiretas. Como no trecho do seu discurso em que ela fez questão de recordar que seu mandato vai até 2018:

?Nós fomos eleitos na última maior mobilização democrática do país, que são as eleições. E, nessas eleições, nós assumimos compromissos perante o país e perante os nossos eleitores. E esses compromissos, expressos no plano de governo, eles dão um quadro que é o quadro que nós temos de desenvolver com todas ações, iniciativas, projetos. Enfim, realizando esse compromissos no horizonte, [?] ao longo do nosso período de governo de quatro anos, portanto, até 2018.?
Sidnei Luis Reinert
31/07/2015 06:19
O prefeito não cumpre o que promete? Quando ele for à rádio mentir... panelaço nele!

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