Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício

28/07/2015

AUSENTE I

Os petistas de Gaspar não gostaram nada da repercussão da reportagem da Ric Record, de
Blumenau, assinada por Alexandre José, sobre a insegurança e a falta de policiamento no
Belchior. Ficaram desconfiados da promessa de solução vinda da PM de Blumenau e não
exatamente de Gaspar. ?Segurança não é coisa do prefeito. Está na Constituição?, apontaram
antes desqualificar, como sempre fazem, os líderes do movimento e que não possuem
padrinhos políticos. Os belchiorenses só foram à tevê diante de tanta vulnerabilidade.

AUSENTE II

Os petistas tentando proteger o superintendente colocado para cuidar do Belchior,
vestido de candidato, Rui Deschamps, justificaram ser esta responsabilidade do governo do Estado, do
PSD, e que há muito é um parceiro do PT. De verdade? Um prefeito não é eleito para
representar, reivindicar e cuidar da cidade e seus cidadãos, os eleitores? Então, não seria ele o
primeiro a levantar a bandeira da indignação e se unir na busca de uma solução para os
belchiorenses neste caso em particular?

 NADA PARA A PONTE I

O governo de Dilma Vana Rousseff é do PT. Mas, é também do PMDB, PSD, PP, PDT, PC do B,
PR e tantos outros. Numa época de crise, cada um tenta disfarçar que a inflação, a roubalheira
desenfreada, a corrupção nunca antes vista neste país e a falta de verbas para o mínimo como
saúde pública, educação, segurança e obras, como a ponte do Vale, é dos outros. Na semana
passada, o presidente do PSD, Gilberto Kassab, ministro das Cidades, aliado de Dilma, esteve
aqui no estado. Um circo.

NADA PARA A PONTE II

Descobriu-se que ele nada sabia sobre a ponte do Vale e sua verba trancada no seu ministério.
Kassab foi mal assessorado por sua equipe, o secretário da Saúde e deputado Federal, e ex-
prefeito de Blumenau, João Paulo Kleinubing, pelos deputados que buscam votos aqui, Jean
Jackson Kuhlmann e Ismael dos Santos, todos do PSD como o ministro. Pior, no seu discurso,
Kassab agradeceu ao governador Raimundo Colombo, PSD, por ter definido e defendido as
verbas que distribuiu. Nada para Gaspar. Nada para a ponte, prometida por Dilma, Ideli, Décio
Neri e Ana Paula Lima, que mandam em Kassab, pois o dono do governo é do PT.

NADA PARA A PONTE III

Todavia, o mais intrigante foi o encontro do prefeito de Gaspar Pedro celso Zuchi, PT, com
Gilberto Kassab testemunhado por jornalistas. Afinal, nas tantas vezes que foi à Brasília tratar
deste assunto, com quem Zuchi verdadeiramente tratou deste assunto? Com o ministro e
gente próxima a ele, pelo jeito não foi. Kassab se fez de surpreendido, disse que não sabia de
nada, nem que não havia empenhado (e está) os recursos como anunciou por aqui Zuchi. Se
tudo está neste pé, de que não se sabe de nada, o anúncio do recomeço das obras ponte neste
mês, além de uma bravata, foi um jogo arriscado e que o PT não o quer exposto na imprensa
livre.

NADA PARA A PONTE IV
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Os petistas daqui não se deram por vencidos. Para disfarçar saíram atirando no PSD como se
fosse o culpado e o cachorro sarnento da história. O PSD é governo. É sócio deste desastre.
Tanto é que, o vereador Marcelo de Souza Brick, PSD, hábil, nas redes sociais, foi
extremamente cuidadoso e tentou até esconder o encontro, o assunto e à polêmica. A foto
que apareceu no seu facebook é de uma discrição impressionante, até porque ele tenta se
viabilizar candidato como alternativa do próprio PT daqui. Acorda, Gaspar!

___________________________________________________________

TRAPICHE

Contagem regressiva. Em julho recomeçam as obras da ponte do Vale (prefeito Pedro Celso
Zuchi, PT, direto de Brasília).

Os vereadores de Gaspar estão de férias depois de quatro meses de trabalho muito duro.
Reuniram-se uma vez por semana nas tardes de terça-feira e durante apenas três horas.


O gasparense e ex-delegado, hoje na corregedoria da Polícia Civil, Paulo Norberto Koerich,
estuda se filiar a um partido. O tempo está se esgotando. O partido a ser escolhido
provavelmente será o PR. O que impede? A família.

Na terça-feira o jornal Cruzeiro do Vale, o mais antigo, mais acreditado e de maior circulação
detalhou o que os leitores e leitoras desta coluna já sabiam há muito tempo. A revisão do
Plano Diretor de Gaspar se fatia na Câmara para escapar das exigências legais e do Estatuto
das Cidades.

E esta enrolação acontece desde 2011. Pior. Quem fez foi a Iguatemi Engenharia, especialista
no assunto de fazer projeto (e cobrá-los). Ela recebeu pelo trabalho que nem foi aprovado
pela cidade, a Câmara e a população?

Quando a vereadora Andreia Symone Zimmermann Nagel, DEM, chegou à Rua Pedro Simon,
na Margem Esquerda, para ?fiscalizar? a implantação da tubulação da drenagem e que cortava
a rua, do outro lado estava o prefeito Pedro Celso Zuchi, engenheiros, secretários e os
vereadores petistas, incluindo o presidente José Amarildo Rampelotti.

Alguém do grupo da prefeitura quando viu a Andreia, e uma pinguela entre os dois grupos,
desafiou entre eles, achando que a vereadora iria desafinar. ?Quero ver se ela tem coragem
para atravessar o pranchão! ?. Pois não é que Andreia atravessou a pinguela e foi
cumprimentar todos da prefeitura, como manda a boa educação!

Andreia era uma simples vereadora até trabalhar mais que os outros, enfrentar as mazelas da
prefeitura petista mais que os outros, ser constrangida e acuada pelos que queriam dela como
um brinquedo. Hoje, todos, incluindo o PSD, PP e PMDB além do PT que a tem como um
pesadelo que ele próprio embalou, querem que ela se anule numa candidatura qualquer de
vice e fique sem mandato.

Um petista clássico daqui me telefona. E me diz que a chapa dos sonhos teria o PMDB, o PSD
PP e PDT entre outros juntos, reeditando a força nacional. Hum! Isto apenas revela que as
coisas não estão boas pelo lado arrogante do PT de Zuchi, Dalsochio, Rampelotti, Vans,
Mariluci, Bertoldi...

 Esta tal força nacional está se esfacelando e cada um querendo se livrar da culpa pelo estrago
nacional que o PT e PMDB estão fazendo na economia, na ética, na vida das pessoas com
inflação alta, desemprego, falta de saúde pública, segurança e obras.

Atrasado. A nota é do dia 14. O posicionamento de ontem. O presidente do PPS, Vitório
Marquetti, mandou dizer que o partido nunca cogitou escolher Jaqueline Susan Sofia
Schneider para ser vice em qualquer ?chapão?. E de quebra, mandou um recado: ?Adilson
Schmitt (citado como fonte naquela nota) que não é mais filiado ao PPS e não pode falar em
nome do partido. ?

Edição: 1708

Comentários

Herculano
30/07/2015 19:01
O ATESTADO QUE MENTIU DESCARADAMENTE NA CAMPANHA, QUE ADMINISTROU PESSIMAMENTE O BRASIL CONTRA OS BRASILEIROS E QUE ESTÁ PEDINDO ARREGO PARA CONTINUAR A SACRIFICAR E ROUBAR TODOS NÓS COM MAIS SACRIFÍCIOS E IMPOSTOS. DILMA PEDE A GOVERNDORES AJUDA PARA SAIR DA CRISE.
Dilma pede a governadores ajuda para sair da crise

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Marina Dias, da sucursal de Brasília. Durante discurso aos governadores de todo o país, a presidente Dilma Rousseff reconheceu que o Brasil passa por "dificuldades", como a alta da inflação e a desvalorização da moeda, e pediu ajuda aos chefes nos Estados para "enfrentar os problemas juntos".

Em tom de desabafo, a presidente afirmou que sabe "suportar pressão e até injustiça", em um claro recado aos setores da oposição que defendem seu impeachment.

"Eu não nego as dificuldades, mas afirmo que todos nós, e o governo federal em particular, temos como enfrentar essas dificuldades e em um prazo bem mais curto do que alguns pensam. [...] É importante estabelecer parcerias e enfrentar os problemas juntos", declarou Dilma nesta quinta-feira (30).

Sob críticas de que governa de maneira centralizadora, a presidente disse que tem "ouvidos e coração" abertos para receber críticas e sugestões.

"Eu, pessoalmente, sei suportar pressão e até injustiça e isso é algo que qualquer governante tem que se capacitar e saber que faz parte da sua atuação. Tenho ouvido aberto, enquanto razão, e o coração, enquanto sentimento, para saber que o Brasil que cresceu e não se acomoda é o Brasil que nós queremos, que sempre quer mais", declarou.

Em uma fala de pouco mais de trinta minutos, Dilma elencou problemas econômicos que o Brasil enfrenta, segundo ela, desde agosto de 2014, como "o colapso no preço das commodities, a grande desvalorização da moeda, com impacto nos preços e na inflação". Mas afirmou que "isso não é desculpa para ninguém".

O objetivo da presidente era dividir com os governadores a responsabilidade de evitar a aprovação de projetos no Congresso que impliquem em mais gastos para a União e, consequentemente, para os Estados.

Dilma disse ainda que o governo federal "tem que arcar com a responsabilidade e assumir suas condições" mas, ao mesmo tempo, "algumas medidas afetam os Estados e, portanto, os governadores têm que ter clareza" da situação.

DESGASTE

A presidente não deixou de lembrar que "assumiu" o desgaste de vetar algumas medidas de "grave impacto" nas contas públicas, como o reajuste do salário dos servidores do Judiciário, aprovado em junho pelo Senado, mas ressaltou que há outros projetos em pauta "que terão impacto sobre os Estados sem sombra de dúvida".

"Todos nós, em maior ou menor grau, enfrentamos dificuldades fiscais", disse. "A saída para resolver os nossos problemas é usar os recursos que temos, sermos mais eficientes, sobretudo naquelas áreas em que atuamos conjuntamente", completou Dilma.

O ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha, braço direito do vice-presidente Michel Temer na articulação política do governo, ficou responsável por fazer uma exposição sobre as pautas-bomba no Congresso, elencando os impactos de cada uma delas.

Em seguida, a presidente prometeu a redução da inflação para o próximo ano e a retomada do crescimento. Dilma tentou mostrar aos governadores que o ajuste fiscal e os programas lançados pelo governo vão recolocar o Brasil na rota do crescimento.

"O estímulo à exportação, o investimento em infraestrutura [com o programa de concessões], a retomada do crédito e a expansão do consumo vão fazer o Brasil voltar a crescer", afirmou.

PACTO

A presidente propôs ainda um pacto nacional pela redução de homicídios e da população carcerária e pediu apoio dos governadores à reforma do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). O governo quer unificar a alíquota em 4% para todo o país. Atualmente, cada Estado tem o seu percentual, criando a chamada "guerra fiscal".

A reunião no Palácio da Alvorada contou com a presença de 26 governadores ?somente o representante do Mato Grosso do Sul enviou a vice, alegando viagem internacional.

Além deles, estavam presentes o vice-presidente Michel Temer, e nove ministros: Joaquim Levy (Fazenda), Nelson Barbosa (Planejamento), Aloizio Mercadante (Casa Civil), José Eduardo Cardozo (Justiça), Arthur Chioro (Saúde), Eliseu Padilha (Aviação Civil), Edinho Silva (Secretaria de Comunicação Social), Guilherme Afif Domingos (Micro e Pequenas Empresas) e Gilberto Kassab (Cidades).
Arara Palradora
30/07/2015 18:59
Querido, Blogueiro!

Postado às 12:54Hs.
Que apodreça, Fernando Baiano!

Lulla pede reparação por danos morais.
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK...

Voeeeiii...!!!
Aurelio Gomes
30/07/2015 15:55
Ao Lelo Piava

Concordo contigo, pena que voce não defendeu seu entendimento na dita reunião, pelo contrário fez perguntas de companheiros.
Herculano
30/07/2015 12:54
A RAZÃO DO RACHA, por Lauro Jardim, de Veja.

A discordância entre Nélio Machado e David Teixeira Azevedo na defesa de Fernando Baiano, que culminou com a saída de Teixeira Azevedo do caso, começou lá atrás e está relacionada ao depoimento bomba em que Júlio Camargo citou Eduardo Cunha e complicou a vida de Fernando Baiano.

Os autos da Lava-Jato mostram onde está a raiz da discordância.

Partiu da defesa de Baiano o pedido para interrogar novamente Alberto Youssef, Júlio Camargo e funcionários da Petrobras que atuaram na auditoria do contrato com a Toyo Setal.

O pedido soou estranho a quem acompanha a Lava-Jato de perto. Afinal, Youssef, Camargo e o chefe dos auditores, Paulo Rangel, já haviam deposto, e o teor de todos os depoimentos favorecia Fernando Baiano.

Primeiro, nos depoimentos anteriores, Youssef e Camargo haviam se contradito. Youssef dizia que Cunha era o beneficiário final da propina, enquanto Camargo afirmava não lembrar disso. Paulo Rangel também havia ido mal no depoimento, enfraquecendo a auditoria da Petrobras e, portanto, ajudando a defesa de Baiano.

Sérgio Moro atribuiu o esforço da defesa à tentativa de protelar o processo, mas autorizou os novos depoimentos.

Foi um tiro no pé.

Youssef não deu dados novos, mas Camargo disse que Baiano era um sócio oculto de Eduardo Cunha. Os funcionários da Petrobras não repetiram o mau depoimento do chefe e também complicaram Baiano.

Coincidentemente, David Teixeira Azevedo recusou-se a ir à audiência fatídica daquela quinta-feira, não assinou mais nenhuma petição do caso e agora está fora da defesa.

Enquanto isso, Baiano ontem recebeu mais uma prisão preventiva. Sem topar delação premiada, ainda deve ficar um bom tempo no xadrez de Sérgio Moro.
Bernardete
30/07/2015 12:53
Carla,

À idealizadora da Jornada e de todas esses projetos mencionados são da professora mestre Eli Regina Nagel dos Santos juntamente com as demais prifessoras da Semed. Não defendi o secretário, o projeto e os mortos são desta equipe. E o Airton já foi demitido faz tempo.
Prova que depois dele a coisa continuo muito boa, funcionando e com ótimos resultados.

Reafirmo que quem ganha são os alunos. E não esse ou aquele fulano que sobrepõe a política acima da causa.

Parabéns equipe Semed. Ano que vem volto para participar novamente.
Em tempo, a apresentação do Coral Vivas de Itapema foi emocionalmente! Só não queira me dizer que o Airton que contratou e teve todas as ideias que vi lá ontem.
Herculano
30/07/2015 12:47
O ESCÂNDALO ÚNICO, por José Nêumanne para o jornal O Estado de S. Paulo

Que WikiLeaks, que Swissleaks, que cartéis mexicano e colombiano de drogas, que Fifagate, que nada! O escândalo top do mundo hoje é outro. Nada se lhe compara em grandeza aritmética, ousadia delituosa ou desrespeito a valores éticos. E é coisa nossa! Embora nada tenhamos a nos orgulhar de que o seja. Ao contrário!

Após se ter oposto ferozmente à escolha de Tancredo Neves pelo Colégio Eleitoral para dar início à Nova República; à posse e ao governo de José Sarney, a Fernando Collor, que ajudou a derrubar; ao sucessor constitucional deste, Itamar Franco, de cuja ascensão participou; e a Fernando Henrique Cardoso, o Partido dos Trabalhadores (PT) chegou ao governo federal com seu maior líder, Luiz Inácio Lula da Silva, e se lambuzou no pote de mel do poder sem medo de ser feliz.

O primeiro objetivo caiu-lhe no colo como a maçã desabou sobre a cabeça de Newton. Era de uma obviedade acaciana. Sob crítica feroz da oposição, que o PT comandava, os tucanos privatizaram a Telebrás e, devidamente desossado, o filé apetitoso das operadoras de telefones foi devorado na nova administração. Sob as bênçãos e os olhos cúpidos do padim Lula, a telefonia digital foi entregue a consórcios nos quais se associaram algumas operadoras internacionais, com a experiência exigida no ramo, burgueses amigos e fundos de pensão, cujos cofres já vinham sendo arrombados pelos mandachuvas das centrais sindicais. Nunca antes na história deste país houve chance tão boa para mergulhar na banheira de moedas do Tio Patinhas.

Só que o negócio era bom demais para ser administrado em paz. Logo os concessionários se engalfinharam em disputas acionárias, que mobilizaram a Polícia Federal (PF), a Justiça nacional, os órgãos de garantia de combate a monopólios e até instrumentos de arbitragem internacional. No fragor da guerra das teles, os primeiros sinais de maracutaia dividiram as grandes rotas com os aviões de carreira. Sabia-se que naquele pirão tinha caroço. Mas quem ficou com a parte do leão?

Impossível saber, pois este contencioso está enterrado sob sete palmos de terra. Desde o Estado Novo, os sindicatos operários ou patronais administram sem controle externo caixas que têm engordado ao longo do tempo com a cobrança da Contribuição Sindical, que arrecada um dia de trabalho de todo trabalhador formal no Brasil, seja ou não sindicalizado. Sob a égide de Lula, as centrais sindicais foram incluídas na divisão desse bolo gordo e açucarado. E o sistema financeiro, acusado de ser a sanguessuga do suor do trabalhador, incorporou a esse cabedal os fundos de pensão. Sob controle de dirigentes sindicais, estes ocultam uma caixa-preta que ninguém tem poder nem coragem para abrir.

Só que o noticiário sobre tais episódios foi soterrado pela avalanche de denúncias provocada pelas revelações da Ação Penal (AP) 470, já julgada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e conhecida popularmente pela denominação que lhe foi dada pelo delator, Roberto Jefferson ? o mensalão. Agora, após seu julgamento ter sido concluído e com os réus condenados, este é visto quase como lana-caprina desde a eclosão de outro mais espetacular: a roubalheira do propinoduto da Petrobras devassada pela Operação Lava Jato. Mas a cada dia fica mais claro que os dois casos se conectam e se explicam.

A importância de elucidar um crime ao investigar outro foi comprovada quando, na Operação Lava Jato, a PF encontrou nos papéis de Meire Poza, contadora do delator premiado Alberto Youssef, a prova de que o operador do mensalão, Marcos Valério, deu R$ 6 milhões ao empresário Ronan Maria Pinto, como tinha contado em depoimento referente à AP 470. Segundo Valério, essa quantia evitaria chantagem de Ronan, que ameaçava contar o que Lula e José Dirceu tinham que ver com o sequestro e a morte de Celso Daniel, que era responsável pelo programa de governo na campanha de 2002.

Mas nem essa evidência da conexão Santo André-mensalão-petrolão convence o PSDB a dobrar a oposição do relator da CPI da Petrobras, Luiz Sérgio (PT-RJ), e levar Ronan a depor, como tem insistido a deputada Mara Gabrilli (PSDB-SP). É que os tucanos articulam uma aliança com o atual dono do Diário do Grande ABC para enfrentar o petista Carlos Alberto Grana na eleição municipal de Santo André. E este corpo mole pode dificultar o esclarecimento da verdade toda.

A Lava Jato já produziu fatos antes inimagináveis, como acusações contra os maiores empreiteiros do País e até a prisão de vários deles. É o caso de Otávio Azevedo, presidente da Andrade Gutierrez, que presidia o Conselho de Administração da Oi na guerra das teles. Isso revela mais um investigado em mais de um escândalo. Como Pedro Corrêa e José Dirceu, acusados de receber propina da Petrobras quando cumpriam pena pelo mensalão.

A Consuelo Dieguez, em reportagem da revista Piauí, publicada em setembro de 2012, Haroldo Lima, que tinha sido demitido por Dilma da presidência da Agência Nacional de Petróleo, disse que, no Conselho de Administração da Petrobras, ele, a presidente e o ex-presidente da estatal José Sérgio Gabrielli só votavam como o chefe mandava. E agora Lula é investigado por eventual lobby para a Odebrecht no exterior em obras financiadas pelo BNDES, a ser devassado em breve numa CPI na Câmara.

E a Lava Jato chegou à eletricidade. Walter Cardeal, diretor da Eletrobrás que acompanha Dilma desde o Rio Grande do Sul, foi citado na delação de Ricardo Pessoa, tido como chefe do cartel do petrolão, acusado de ter negociado doação de R$ 6,5 milhões à campanha da reeleição dela. Othon Silva, presidente licenciado da Eletronuclear, foi preso ontem, sob suspeita de ter recebido propina.

Teles, fundos de pensão, Santo André, mensalão, BNDES, eletrolão e petrolão não são casos isolados. Eles compõem um escândalo só, investigado em Portugal, Suíça e EUA: é este Brasil de Lula e Dilma.
Herculano
30/07/2015 12:42
DILMA É UM RETRATO NA PAREDE, por Ricardo Noblat, de O Globo

Além de uma fotografia, o que restará, logo mais, do encontro no Palácio do Planalto da presidente Dilma Rousseff com os governadores de Estado?

Os governadores dependem da boa vontade do governo federal para governar com mais ou menos dinheiro.

Em momentos de aperto, como é o caso, o presidente precisa passar ao país a impressão de que politicamente ainda é forte.

Isso pode funcionar quando há espaço para a dúvida em relação à fortaleza ou à fraqueza do presidente. Não é o caso.

A popularidade da presidente compete, hoje, com a taxa de inflação. Na verdade, perde para a taxa.

Lembra da pesquisa que apontou a avaliação positiva de Dilma na casa dos 7,7%? Esqueça. Já diminuiu. A inflação aumentou. Para quase 10% ao ano.

Há governadores que não gostariam de ser vistos a essa altura na companhia de uma presidente tão rejeitada. Estão constrangidos.

Mas não se pode rejeitar um convite presidencial. Por mais que o presidente esteja abaixo do volume morto.

Os governadores voltarão aos seus Estados do mesmo jeito que chegaram a Brasília - de bolsos vazios.

Terão servido de figurantes para o brilho fugaz de uma presidente que mal se segura de pé.

É possível que ela não se perceba assim. Mas é assim que é.
Carla Pereira
30/07/2015 12:04
Bernardete a Educação em ilhota deve render homenagens ao ex secretário e professor Airton Correa que deixou um belo legado para Educação Ilhotense.
Já o atual secretario que é Junior - vice prefeito, este não endente nada de educação, até porque um cara que possui educação não iria cair na porrada com outro secretário municipal em frente da comunidade.
Parabéns ao professor Airton Correa o único que mostrou alguma coisa de bom em ilhota neste governo desastrado.
Bernardete
30/07/2015 11:15
Ontem participei da abertura da II Jornada Regional de Educação de Ilhota. Fui apenas à abertura para posteriormente participar da palestra que aconteceu ontem, com o Sr. Luiz Carlos Prates. Por sinal excelente, imperdível para os dias atuais.
O que me deparei? Com um evento grande, muito bem organizado, digno de elogios e reconhecimento. Serão quatro dias de palestras, oficinas, Workshop, enfim... Parabéns aos organizadores.
Podem dizer o que for de Ilhota e da atual administração, mas a parte da Educação está funcionando muito bem. Pessoas competentes e comprometidas tanto com os profissionais da área, quanto com a integração, dos pais, alunos e comunidade.
O projeto Ilhotas de leitura, será realizado na praça da cidade em determinados sábados, não "custará" nada. Somente a boa vontade de levar os filhos para uma roda de leitura.
Outro projeto é a divulgação de frases de incentivo a leitura criada pelos próprios alunos das escolas municipais, que será anexada as sacola das lojas que vendem moda intima e moda praia no município, em forma de "marca texto" e também, frases adesivas para os carros, valorizando as crianças e incentivando a cultura e a educação.
Qual a lição de ontem? Um pouco de imaginação, boa vontade, incentivo, capacidade, e principalmente competência faz crescer. Pode ter quase tudo errado no governo de Ilhota, mas a Educação está funcionando.
Estão à frente de vários municípios. Parabéns e continuem assim. Porque o mais importante está sendo feito, melhorar a qualidade da educação, a qualificação e valorização dos professores. E quem sai ganhando com isso, são os alunos.

Já aqui em GAXPAR.....

Herculano
30/07/2015 09:29
EM PALESTRA, MORO DIZ QUE JUSTIÇA SEM PARTICIPAÇÃO POPULAR "É LIMITADA".

Conteúdo do Uol (Folha de S. Paulo). Texto de Carlos Ohara, de Curitiba PR. Em palestra realizada na noite desta quarta-feira (29) no Sesc da Esquina, na região central de Curitiba, o juiz Sergio Moro, que atua na Operação Lava Jato, afirmou que "sem a participação popular, a ação da Justiça é limitada".

A frase foi dita dentro de um contexto de agradecimento, feito por Moro ao público presente na palestra, que atraiu cerca de 400 pessoas, lotando dois auditórios, um deles com capacidade de 300 lugares e outro com 120 cadeiras.

Na sala principal, Moro falou direto com o público presente durante uma hora. No outro auditório, a palestra foi transmitida ao vivo em telão. Em ambos locais, o público aplaudiu de pé o juiz da Lava Jato durante o início e o fim de sua explanação sobre o tema "Lavagem de Dinheiro".

No decorrer da palestra, o juiz evitou qualquer comentário sobre a Lava Jato. Ele fez apenas uma ressalva, agradecendo o apoio que as instituições que atuam na operação estão recebendo da sociedade civil organizada.

Durante quase uma hora, Moro falou sobre a Operação Mãos Limpas, desenvolvida na década de 80 na Itália, alertou para a necessidade de "seguir o rastro do dinheiro" em operações que envolvem corrupção e defendeu a aprovação do anteprojeto de lei 402/2015, que tramita no Senado.

O texto prevê alterações no Código de Processo Penal, possibilitando maior eficácia e agilidade à condenação criminal sentenciadas por Tribunais de Apelação ou do Júri, ainda que que caibam a recursos, permitindo, como regra, a prisão em condenações de crimes graves, após condenação em segunda instância ou pelo júri.

Semelhança entre Brasil e Itália

O juiz, que é um estudioso da Operação Mãos Limpas, fez comparações entre a Justiça brasileira e a italiana. Lembrou que 40% dos condenados na Operação Mãos Limpas não cumpriram penas devido a prescrição de crimes ou alterações na lei.

Ele afirmou que o rito processual no Brasil é semelhante ao da Itália, e demonstrou preocupação com o fato. Para Moro, a contrarrevolução do mundo político no caso italiano, apesar do impacto da operação, impediu que houvessem mudanças significativas no combate aos crimes.

O juiz tem dúvidas se a situação será a mesma no Brasil ou se "vamos aproveitar esses momentos para melhorar nossas instituições para que esses casos não se tornem excepcionais no futuro". Moro acredita que ações contra casos de corrupção identificados deveriam ser rotina nos julgamentos da Justiça brasileira.

Lotação esgotada

Anunciada no perfil do Facebook do Instituto dos Advogados do Paraná, a palestra com Moro teve as inscrições extrapoladas em algumas horas. A ideia inicial de uma palestra para 100 pessoas no auditório da entidade teve que ser alterada para um local maior. Mesmo assim, segundo o presidente do Instituto, José Lúcio Glomb, mais de 1.200 pessoas se cadastraram para uma lista de espera, no caso de alguma desistência, o que não acabou ocorrendo.

A pedido de Moro -que não queria o evento transformado em "show business", segundo Glomb -, o número foi ampliado para 300 pessoas. Com o comparecimento previsto de outras pessoas, o Sesc liberou mais um auditório no prédio anexo, para que o público assistisse à palestra no telão.

Policiais militares se posicionaram do lado de fora do prédio e policiais federais se infiltraram entre os presentes para garantir a segurança do juiz federal, mesmo sem ele ter solicitado. Moro chegou e saiu do evento dirigindo seu veículo, levando a mulher ao lado. Ele cumprimentou jornalistas, mas não deu qualquer declaração
Herculano
30/07/2015 09:24
NÃO TEM JEITO. A MESMA JUSTIÇA QUE OS POLÍTICOS CONDENAM POR JULGÁ-LOS PERANTEA LEI QUE É IGUAL PRA TODOS É A QUE RECORREM PARA CALAR QUEM OUSE DIVULGAR O QUE SE APURA NOS INQUÉRITOS. LULA MOVE AÇÃO CONTRA JORNALISTAS DA "VEJA" POR DANOS MORAIS

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrou nesta quarta-feira (29) na Justiça do Distrito Federal com uma ação contra jornalistas da revista "Veja" em que pede reparação por danos morais.

O petista questiona reportagem publicada pela revista nesta semana que o associou ao escândalo de corrupção na Petrobras.

Segundo o semanário, o ex-presidente da OAS José Aldemário Pinheiro Filho, o Leo Pinheiro, está negociando um acordo de delação premiada no âmbito da Operação Lava Jato e ofereceu aos investigadores informações sobre como Lula teria se beneficiado do esquema de desvios na estatal.

Após a publicação da reportagem, a defesa do executivo, que está em prisão domiciliar e é próximo de Lula, emitiu nota na qual nega as supostas tratativas em torno de um acordo de delação.

A Editora Abril, que edita a "Veja", ainda não se pronunciou sobre o caso.

Os advogados de Lula acionaram judicialmente os jornalistas Robson Bonin, Adriano Ceolin e Daniel Pereira, que assinaram a reportagem, e o diretor de Redação da revista, Eurípedes Alcântara.

"O texto é repugnante, pela forma como foi escrito e pela absoluta ausência de elementos que possam lhe dar suporte", afirmam os advogados do ex-presidente na ação.

A defesa de Lula argumenta ainda que, de acordo com jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, "a liberdade de comunicação e de imprensa pressupõe a necessidade de o jornalista e/ou o veículo pautar-se pela verdade".

"A reportagem repete práticas comuns à 'Veja': mente, faz acusações infundadas e sem provas, apresenta ilações como se fossem fatos, atribui falas e atos, não tem fontes e busca atacar, de todas as formas, a honra e a imagem do ex-presidente Lula", afirmou o Instituto Lula em nota.

NEGOCIAÇÃO

De acordo com a "Veja", a negociação entre Leo Pinheiro e os investigadores da Lava Jato envolveria também o detalhamento de despesas pessoais da família de Lula pagas pela OAS e, ainda, a entrega de uma lista dos políticos que teriam recebido propina da empreiteira.

Leo Pinheiro foi preso em novembro do ano passado sob suspeita de lavagem de dinheiro, corrupção ativa e associação criminosa. O executivo, em prisão domiciliar desde abril, nega as acusações.
Herculano
30/07/2015 09:17
DILMA COGITOU PÔR ALMIRANTE PRESO NA CASA CIVIL, por Cláudio Humberto na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Responsável pela escolha do almirante Othon Pereira da Silva para presidir a Eletronuclear, em 2005, quando era ministra de Minas e Energia do governo Lula, a presidente Dilma cogitou fortemente nomeá-lo para o cargo de ministro-chefe da Casa Civil quando a titular, Gleisi Hoffmann, pediu demissão para se candidatar ao governo do Paraná. Na último momento, ela trocou Othon por Aloizio Mercadante.

Dupla difícil

Dilma e o almirante Othon se admiram. Têm em comum a forma rude de tratar subordinados. Essa característica os aproximou ainda mais.

Usina de dinheiro

Othon foi preso terça (28) na 16ª fase da Lava Jato, por receber R$ 4,5 milhões em propina de empreiteiras das obras da usina de Angra 3.

Sinal de alerta

A Lava Jato avança definitivamente na corrupção da área de energia elétrica do governo, a favorita de Dilma, daí a alta a tensão no Planalto.

Admirador ilustre

O almirante Othon tinha outro admirador: o ex-presidente Itamar Franco o condecorou com a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico.

EM SALVADOR, APOIO DE LULA E DILMA TIRAM VOTOS

Levantamento em Salvador, realizado entre 22 e 26 julho pelo Instituto Paraná Pesquisas a pedido do portal Diário do Poder, mostra que os candidatos à prefeitura soteropolitana vão fugir do apoio de Dilma e de Lula, do PT, como o diabo foge da cruz. Dilma, a campeã de rejeição, tira 75% dos votos com seu apoio a qualquer candidato. O apoio de Lula faria 53,9% do eleitorado desistir de votar em seu escolhido.

Vade retro

O apoio do ex-governador e ministro Jaques Wagner (Defesa) é menos ruim: garantirá o afastamento de 46,2% dos eleitores de um candidato.

A queridinha

O apoio mais ambicionado em Salvador é o de Marina Silva (Rede). Ela acrescenta 40,1% de votos para o candidato que recomende.

Mais ou menos

O tucano Aécio Neves está bem melhor que Lula, em Salvador: apenas 24,3% dos eleitores rejeitariam o apoio dele a um candidato.

DELATOR FAZ TREMER PT E PMDB

O acordo de delação premiada de Mário Góes tirou o sono de gente graúda no PT e no PMDB. Ele operava junto ao ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, o homem da cúpula do PT no afano geral da petroleira, e operava com o lobista Fernando Baiano, do PMDB.

Cuidado com ele

Quem conhece o "operador" Mário Góes avisa que, inteligentíssimo, ele só dirá o que quer, e que seu acordo de delação pode ser uma maneira de "salvar os anéis" e preservar a grande herança do filho, Lucélio.

Ensurdecedor

É gritante o silêncio da caserna sobre prisão do almirante Othon Pereira da Silva, presidente da Eletronuclear. Ele era mais admirado fora da Marinha, por sua notória especialização em energia nuclear.

Oportunismo rasteiro

A polêmica do Uber serve de holofote para governantes oportunistas e secretários inexpressivos, que perseguem motoristas trabalhadores para fazer demagogia com taxistas, em vez de regulamentar de uma vez o aplicativo. Pesquisas mostram que a população apoia o Uber.

O filho é teu

O governador do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), descartou ajudar Dilma em eventual apoio sobre as pedaladas fiscais. O tucano lembra que isso é um problema entre TCU e União.

Procura-se um relator

Os partidos que fogem da relatoria de comissões parlamentares de inquérito citam a figura quase decorativa de Luiz Sérgio (PT-RJ), relator da CPI da Petrobras. Ele é motivo de piada nas audiências da CPI.

Pode esquecer

O primeiro troco de Eduardo Cunha no governo deve vir no projeto de repatriação de recursos do exterior. Cunha não vai mover uma palha para ajudar a aprovar a medida que turbinaria os cofres da União.

#VemPraRua

O PSDB vai produzir programas chamando a população para os protestos contra o governo, marcados para 16 de agosto. As inserções serão exibidas na TV a partir da próxima semana.

Lavada e enxaguada

A observação é de Juca Carvalho, dirigente do PPS: "Com tantos escândalos do governo Dilma, a política foi lavada".
Herculano
30/07/2015 09:05
NAS REDES SOCIAIS

Lula tirou milhões da pobreza. Depositou tudo na conta dele.

Herculano
30/07/2015 09:04
MÁQUINA DE CORRUPÇÃO, por Janio de Freitas

Voracidade de políticos e partidos que oprime governos tem origem nas grandes empreiteiras

Nem tanto pela prisão de alguém eminente como o almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, posto sob suspeita de corrupção como presidente da Eletronuclear, mas pela abertura de nova frente de investigações, a Lava Jato dá um passo para a demonstração de que a máquina corruptora movida pelas empreiteiras não tem limites.

Hidrelétricas, estradas, pontes, infraestrutura de comunicações, metrôs, edificações - onde quer que as grandes empreiteiras estiveram ou estejam, é área minada por corrupção. Seja no nível federal, seja no estadual e no municipal. Licitações e contratos corretos por certo houve e há, mas como fatos fora do sistema. Assim é pelo menos desde a abertura da Transamazônica no período do general Médici - ocasião em que foram estabelecidas as fórmulas, hoje uma norma, de compartilhamento da obra e de entendimento entre as empreiteiras para divisão das oportunidades.

Faço eco do já escrito aqui muitas vezes: atacar a corrupção manobrada pelas grandes empreiteiras, para obras públicas e para seus negócios de concessões e privatizações, seria mudar toda a prática política no Brasil. A voracidade de parlamentares e partidos que oprime governos, para entrega de ministérios, secretarias e empresas a políticos e a indicados seus, origina-se nas grandes empreiteiras e seus interesses tentaculares, lançados sobre a administração pública.

Não há um só propósito legítimo para que partidos e seus políticos rebaixem-se até a condição de chantagistas para obter diretorias em estatais, autarquias e ministérios. Manietar as empreiteiras e, portanto, fechar aqueles guichês de corrupção seria, além do mais, dar a tais seções do serviço público a possibilidade de se tornarem mais eficientes. E a custos menores. Um Brasil que o Brasil não conhece.

Petrobras, Eletronuclear - vamos em frente?

ATÔMICA

A Folha não se lembrou, mas "O Globo", por intermédio de José Casado, não esqueceu: "A 'Delta IV' (...) foi revelada pela repórter Tânia Malheiros. Estava em nome do capitão-de-fragata Marcos Honaiser e do seu chefe, Othon. Funcionava como caixa para pagamentos das compras feitas no submundo do comércio de materiais nucleares".

A revelação de Tânia Malheiros foi feita na Folha. Espetacular. Acompanhei-a de perto: trabalho cercado de perigos, inclusive ou sobretudo de morte, mas feito com persistência e perfeição técnica de apuração, até revelar o sistema de "Contas Delta" e prová-las. Fortunas que escorriam em segredo, por contas bancárias mascaradas e manipuladas por militares e uns poucos civis, sem controle algum e sem registro de seus destinos. Era a ditadura em ação para desenvolver a propulsão e a bomba nucleares.

O Othon citado por Casado é o almirante preso agora pela Lava Jato, suspeito de corrupção como presidente na Eletronuclear. O livro que Tânia escreveu a partir de suas reportagens foi editado aqui e no exterior. Na Alemanha, tem várias edições.

A imprensa é um território de pequenas e grandes injustiças, não só para fora. Meses depois do seu trabalho, e não por causa dele, Tânia não pôde continuar no jornal. Decidiu abandonar o jornalismo. Hoje é cantora, e vai abrindo um caminho de reconhecimento, crescente.

NA MOITA

O sucinto noticiário da palestra de Eduardo Cunha para empresários paulistas, anteontem, inovou. Não fez a costumeira citação de notáveis presentes, não colheu as obviedades de praxe. Nem as imagens da plateia permitiam identificações.

Eduardo Cunha é atilado. Percebeu. Xiiiiii.
Herculano
30/07/2015 08:35
INDIGNAÇÃO SELETIVA, por Bernardo Mello Franco para o jornal Folha de S. Paulo

Nesta quarta, a executiva Carla Zambelli, 35, passou em um cartório da rua Augusta antes de seguir para o trabalho. Foi autenticar sua assinatura em um pedido de impeachment de Dilma Rousseff.

Carla lidera o movimento Nas Ruas, que tem 25 mil seguidores no Facebook. Ela se diz indignada com a corrupção e defende a derrubada da presidente, que foi reeleita há nove meses com 54.501.118 votos.

Depois de uma rápida troca de e-mails, liguei para saber por que ela não quer esperar a eleição de 2018. "Vejo o governo como uma empresa. Se o gestor vai bem, continua. Se vai mal, tem que ser demitido", disse.

Argumentei que a Constituição brasileira não prevê o "recall", que permitiria tirar políticos do poder a qualquer momento, e que o mandato presidencial tem duração fixa de quatro anos. Carla não se convenceu. "A confiança na Dilma tá cada vez menor. Então tudo tem que começar pelo impeachment, entendeu?".

A petição do Nas Ruas é uma das 11 que tramitam na Câmara com o mesmo teor. Todas estavam arquivadas. O deputado Eduardo Cunha decidiu tirá-las da gaveta há duas semanas, após ser acusado de embolsar US$ 5 milhões no petrolão.

Carla aproveitou para mudar de estratégia. Há três meses, ela pedia o impeachment por causa da Lava Jato. Agora seu argumento é outro: a pedalada fiscal. "Talvez não fique provado que ela tinha responsabilidade na Petrobras. Então a gente adicionou mais fatos", justificou.

A ativista se disse ansiosa pelas manifestações do dia 16. Perguntei se ela também vai protestar contra Cunha. "Não vou", respondeu. "O impeachment está na mão dele. Então eu prefiro protestar contra a Dilma."

Depois dessa, perguntei se ela não temia ser acusada de indignação seletiva com a corrupção. "Eu não vejo isso como hipocrisia", disse, sem que eu mencionasse a palavra. "O Cunha é contra o governo. Se eu fosse ele, votava logo o impeachment para mostrar que estou do lado certo."
Roberto Sombrio
30/07/2015 00:06
Oi, Herculano.

Falta um dia para terminar julho e nada de recomeçar a obra da Ponte do Vale. Vale é adivinhar quando recomeça.

Passei lá e vi uma tábua no chão e achei que estavam trazendo o material para remontar o canteiro de obras. Na volta, a tábua continuava sozinha e logo imaginei que tinha caido da parte desdentada da ponte, com o vento.

Kassab quando esteve aqui nem sabia da verba para a conclusão da ponte. Quem mandou inventar que Gaspar tinha verba (R$ 20 milhões), para arcar com 50% da obra? Só mesmo o prefeito e sua turma de incompetentes, com o aval do vereador Antonio Carlos Dalsochio que na época alardeou pra todo o mundo a fôrça da prefeitura.
Que fôrça? Fazem tudo pela metade e falta verba até para pequenas obras.

É! Lula falou a verdade e tem quem acredita... os 7% que apóiam Dilma. A areia movediça está aumentando. Vão todos para o ralo.
Roberto Sombrio
29/07/2015 23:41
Oi, Herculano.

O Lula é tão burro que está sempre falando a verdade.

Disse Lula durante a cerimônia de posse da nova diretoria do Sindicato dos Bancários do ABC: "Quem apostar no fracasso do Brasil vai quebrar a cara".

E é verdade. Quem apostou no PT que é omaior fracasso deste país está realmente quebrando a cara.

Valeu Lula. Continue burro. Logo você estará na jaula com os que acreditaram em ti e te apoiaram.
Herculano
29/07/2015 21:33
MAIS UMA BALELA E IRRESPONSABILIDADE FEITA PARA ENGANAR OS DESINFORMADOS SE DESMANCHA. JUROS SOBEM PELA 7ª VEZ SEGUIDA E SELIC CHEGA A 14,25%, O MAIOR NÍVEL EM NOVE ANOS

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo.O Banco Central elevou nesta quarta-feira (29) a taxa básica de juros (Selic) em 0,50 ponto percentual, para 14,25% ao ano. Foi a sétima alta seguida do juro básico e o maior nível em nove anos, desde agosto de 2006, quando a taxa também estava em 14,25%.

O aumento de 0,50 ponto percentual da taxa, que serve de referência para o custo do dinheiro na economia brasileira, era previsto por 50 dos 58 economistas consultados em pesquisa da agência internacional Bloomberg. Os outros oito viam alta mais moderada da Selic, de 0,25 ponto percentual.

Em comunicado, o Banco Central afirma que "o comitê entende que a manutenção desse patamar da taxa básica de juros [Selic], por período suficientemente prolongado, é necessária para convergência da inflação para meta no fim de 2016."

Os juros estão agora no mesmo nível de outubro de 2006. Na época, no entanto, o BC dava continuidade a um processo de redução da taxa básica, diante de um cenário de inflação contida- o IPCA foi de 3,14% em 2006.

A decisão foi anunciada em um momento em que o dólar e o reajuste de tarifas pressionam a inflação e a atividade econômica aprofunda a recessão - o PIB recuará 1,76%, segundo analistas.

A elevação da Selic tem sido a arma escolhida pelo BC para tentar conter o avanço dos preços. Com o aumento dos juros, a autoridade monetária busca inibir consumo e investimento -que ficam mais caros-, a economia se desacelera e evita-se que os preços subam, ou seja, que haja inflação.

Mas as elevações estão demorando para surtir efeito. A prévia oficial da inflação atingiu, em julho, o maior patamar no acumulado em 12 meses desde dezembro de 2003.
Sidnei Luis Reinert
29/07/2015 20:33
Vem aí o ?Imposto da Internet?. É sério.

Joaquim Levy, Ministro da Fazenda, informa que o governo estuda maneiras de tributar a web.


Sim, é isso mesmo. E a informação é de Rachel Gamarski, no Estadão. Trecho a seguir:

?Com a queda da arrecadação e com as dificuldades de elevar as receitas, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou nesta terça-feira, 28, que tem conversado sobre a tributação da internet. Segundo Levy, ?esse é um dos temas globais?. Levy explicou que alguns provedores estão fora das fronteiras e que está sendo discutida uma forma de tributação para o setor. ?Cada vez que a economia vai para uma direção, temos que discutir uma maneira correta de tributar essa direção.??

A tributação de um produto ou serviço tem um resultado imediato: os custos desse produto ou serviço ficam maiores e quem pagará a mais são os consumidores. Resumindo, portanto, nós pagaremos mais. Obrigado, Dilma Rousseff!

http://www.implicante.org/noticias/vem-ai-o-imposto-da-internet-e-serio/
Anônimo disse:
29/07/2015 20:01
Herculano, artigo de Percival Puggina:

"A Grécia está mostrando ao mundo o que acontece com os Estados perdulários que gastam riqueza não produzida e buscam manter seu padrão de vida usando a poupança alheia. Por esse caminho, formam-se dívidas dotadas de uma extraordinária capacidade de multiplicação. Um dos fatores determinantes dessa multiplicação leva o nome antipático de taxa de juros. Outro consiste em tomar dinheiro novo para pagar dívida velha. Outro ainda é a irresponsabilidade fisca".

Tudo o que o PT está fazendo com o Brasil.
Nós somos a Grécia amanhã.
A PaTeta que nos (des)governa, a economista, deve ter estudado pelo sistema de cotas numa escolinha cubana.
Herculano
29/07/2015 19:55
OS POLÍTICOS CONTINUAM LIVRES E APARENTEMENTE IMUNES. EXECUTIVOS DA ANDRADE GUTIERREZ VIRAM RÉUS POR SUSPEITA DE CORRUPÇÃO

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Estelita Hass Carazzai, de Curitiba. O juiz federal Sergio Moro aceitou, na tarde desta quarta-feira (29), a denúncia contra executivos da Andrade Gutierrez, que agora passam a responder sob acusação de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

A denúncia foi feita pela força-tarefa da Operação Lava Jato, que investiga o pagamento de propina em obras públicas, contra o presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo, e outras 12 pessoas, incluindo ex-funcionários da empreiteira.

Azevedo está preso preventivamente em Curitiba, sede das investigações, desde junho, junto com o diretor da Andrade Elton Negrão de Azevedo Júnior - também denunciado nesta ação.

De acordo com a decisão do juiz Sergio Moro, há "provas documentais do fluxo financeiro" entre a Andrade Gutierrez e operadores de propina, paga em dez contratos da empresa com a Petrobras.

O Ministério Público Federal acusa a empreiteira de ter promovido o pagamento de R$ 243 milhões em vantagens indevidas nesses contratos. Foram detectadas movimentações de pelo menos R$ 10 milhões, aproximadamente, em operações de lavagem de dinheiro, feitas com o auxílio dos operadores Alberto Youssef, Fernando Soares (o Baiano), Armando Furlan Júnior, Mario Goes e Lucélio Goes.

A empresa nega todas as acusações.

NOVA DELAÇÃO

Na decisão, Moro releva que Mario Goes, preso desde fevereiro, fechou um acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal.

Ele admitiu que movimentou pelo menos R$ 3,4 milhões e outros US$ 6 milhões, no Brasil e no exterior, para o pagamento de propinas a Pedro Barusco, ex-gerente da área de Serviços da Petrobras.

E-mails trocados entre empreiteiras com indícios de acertos para licitações também foram destacados por Moro como provas da participação da Andrade Gutierrez no esquema.

"Além do depoimento dos colaboradores, a documentação que indica a existência do cartel e dos ajustes de licitação e a prova documental do fluxo financeiro entre a Andrade Gutierrez e os operadores conferem sustentação à denúncia", escreveu o juiz.

No total, são 13 os réus da ação: além dos dois atuais executivos da Andrade Gutierrez, respondem ao processo os ex-funcionários da empreiteira Antônio Pedro Campelo de Souza, Flávio Gomes Machado Filho e Paulo Roberto Dalmazzo; os ex-diretores da Petrobras Paulo Roberto Costa e Renato Duque; o ex-gerente da estatal Pedro Barusco Filho e os operadores Alberto Youssef, Armando Furlan Júnior, Fernando Soares, Lucélio Goes e Mario Goes.

BAIANO

Na decisão, Moro também decretou nova prisão preventiva contra Baiano. É a terceira ordem restritiva de liberdade contra ele, acusado de ser um dos principais operadores do esquema de propina na Petrobras.

O juiz argumentou que documentos do Ministério Público da Suíça, recebidos na semana passada pelos investigadores da Lava Jato, mostram que Baiano detinha pelo menos uma conta secreta na Suíça - e há indicativos de possuir outras duas. Uma delas, inclusive, está em nome de Falcon Equity Limited, que seria uma referência ao um de seus sobrenomes, Falcão.

Para Moro, as provas mostram que Baiano "dedica-se profissional e habitualmente" a operações de lavagem de dinheiro e corrupção. As novas contas, segundo o magistrado, também podem ser usadas para dificultar a repatriação de valores com origem ilícita.

OUTRO LADO

Em nota, a defesa da Andrade Gutierrez informou que a resposta às acusações será dada "nos autos da ação penal, fórum adequado para tratar o assunto, e não discutirá o tema pela mídia".

Quando a denúncia foi oferecida, na semana passada, a empresa disse que a acusação "parece não trazer elementos novos além dos temas já discutidos anteriormente, e que já foram esclarecidos no inquérito".

A nota ainda dizia que, "infelizmente", os esclarecimentos trazidos pela empreiteira não foram levados em consideração.
Sidnei Luis Reinert
29/07/2015 18:08
Petrolão evolui para Eletrolão e Sérgio Moro avalia que investigações no STF chegarão a chefes dos esquemas


Edição do Alerta Total ? www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

O Petrolão começa a avançar para o Eletrolão - com capítulos que prometem ser eletrizantes e chocantes... Nos meios políticos e empresariais, o que mais se pergunta é como a Presidenta Dilma Roussef conseguirá se sustentar diante da explosão de tantos escândalos. Afinal, ela foi Ministra das Minas e Energia de Lula, presidiu o Conselho de Administração da Petrobras e nomeou o ministro da área em seu governo. Como Dilma terá condições de jurar que "nunca soube de nada"?

Até onde a Lava Jato pode chegar em suas infindáveis operações que desnudam mais escândalos e corruptos? A pista para uma resposta mais próxima da realidade foi dada pelo juiz Sérgio Fernando Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba. O magistrado odiado por grandes bancas de advocacia e temido pela petelândia & seus comparsas advertiu que ainda existem possíveis pagamentos de vantagens indevidas a autoridades com foro privilegiado. Tudo isso será ainda investigado no âmbito do Supremo Tribunal Federal.

Sérgio Moro frisou que surgirão novas revelações contra a poderosa turma do chamado "andar de cima", que conta com o absurdo privilégio de contar com o STF (onde magistrados são indicados politicamente) para o julgamento dos crimes que cometem enquanto ocupam o poder. Moro destacou que não foram incluídos na denúncia de agora. No entanto, ressalvou que há provas documentais contra eles. E deixou claro que as denúncias não se sustentam apenas na declaração de criminosos colaboradores - como tentam minimizar os advogados que, na surdina, trabalham para anular as "delações premiadas".

Foi nessa balada que Sérgio Moro autorizou a 16ª operação da Lava Jato - que foi batizada de Radioatividade, porque prendeu ninguém menos que um oficial general do mais alto posto da Marinha do Brasil e que participou do programa nuclear tocado pelos brasileiros desde a década de 70. Moro mandou bloquear até R$ 60 milhões nas contas do Almirante Othon Luiz Pinheiro Silva, até abril presidente da Eletronuclear, e de Flávio David Barra, executivo da Andrade Gutierrez. O bloqueio também valeu para a empresa do militar - a Aratec Engenharia Consultoria e Representações Ltda. A firma teria recebido R$ 9,8 milhões só em propinas - segundo denúncia do Ministério Público Federal.

O bicho vai pegar ainda mais... Othon e Flávio foram delatados por Dalton Avancini, ex-presidente da Camargo Corrêa, que também participou do cartel montado para obter as obras de Angra 3. No despacho da autorização de prisão, Sérgio Moro lembrou: ?O mesmo Dalton Avancini também revelou acordos de pagamentos de propina envolvendo a Camargo Corrêa, a Andrade Gutierrez e a Odebrecht nos contratos de construção da Hidrelétrica de Belo Monte?. A previsão, nos bastidores, é que este seja o próximo grande escândalo a estourar. Concorre com a construção dos submarinos brasileiros - a cargo da Odebrecht...

Em outra canetada importante de ontem, Sérgio Moro transformou em réu o poderoso Marcelo Bahia Odebrecht e mais 12 pessoas. Os 13 responderão por lavagem de dinheiro, organização criminosa e corrupção. Moro considerou que o presidente da Odebrecht estaria envolvido diretamente na prática dos crimes, orientando a atuação dos demais, o que estaria evidenciado principalmente por mensagens dirigidas a eles e anotações pessoais. Moro destacou que o maior prejuízo causado à Petrobras foi com o contrato de fornecimento de nafta para a Braskem (uma sociedade de propósito específico da petrolífera). No acordo, foi cobrado preço inferior ao do mercado internacional e paga propina de US$ 5 milhões por ano para Paulo Roberto Costa. O negócio gerou um prejuízo de R$ 6 bilhões para a estatal.

Moro escreveu em seu despacho que o Grupo Odebrecht recorreu a depósitos no exterior, entre dezembro de 2006 a junho de 2014, para pagamentos de propina por meio de contas em nome de offshores, controladas pelo próprio grupo, por intermediários ou pelos beneficiários. No total, teriam sido efetuados depósitos de US$ 9,495 milhões para Paulo Roberto Costa, US$ 2,709 milhões para Renato Duque e de US$ 2,181.369,34 para Pedro Barusco. Costa recebeu ainda 1,925 milhão em francos suíços.

O caso pode feder ainda mais se um importante elemento do esquema resolver se entregar à Justiça. Para pressioná-lo, Moro deu prazo de cinco dias para a defesa de Bernardo Shiller Freiburghaus informar se ele pretende voltar ou não ao Brasil para responder à denúncia. Cidadão suíço, o dono da Diagonal é acusado de ter sido o operador das contas que gerenciavam as propinas da Odebrecht lá fora tem tudo para se ferrar, mais ainda, no próprio país - de onde também estaria foragido. Autoridades da Suíça também investigam como ele teria fraudado o sistema financeiro de lá. Freiburghaus seria o mais perigoso dos "delatores" premiados - caso de disponha a abrir o bico...

O que parece ruim para os controladores dos esquemas da Lava Jato pode ficar ainda pior. Sérgio Moro ainda analisa a denúncia contra os envolvidos em fraudes da construtora Andrade Gutierrez. Por coincidência azarenta com o número do PT, também houve 13 denunciados pelo MPF. Destaque para Otávio Marques Azevedo, presidente da holding Andrade Gutierrez, que pode ter o mesmo destino do colega Marcelo Odebrecht. Nova denúncia é esperada para breve...

E como o Petrolão evolui para o Eletrolão, o risco de curto circuito fica ainda maior... Basta ver o que escreveu Sérgio Moro no despacho da operação "radioatividade": ?Há, portanto, vários elementos probatórios que apontam para um quadro de corrupção sistêmica, nos quais ajustes fraudulentos para obtenção de contratos públicos e o pagamento de propinas a agentes públicos, bem como o recebimento delas por estes, passaram a ser pagas como rotina e encaradas pelos participantes como a regra do jogo, algo natural e não anormal?.

Eis o retrato bem desenhado da governança do crime institucionalizado no Brasil que será passado a limpo porque precisa, a sociedade deseja e o mundo inteiro exige...
Herculano
29/07/2015 13:02
A META DO BRASIL COM CÉREBRO É LIVRA-SE DA GOVERNANTA QUE DUPLICA METAS INEXISTENTES, por Augusto Nunes, e Veja

Um discurso de Dilma Rousseff só não é pior que o próximo, aqui se constatou no fim de junho, durante a passagem da comitiva presidencial por Nova York. Alguns leitores duvidaram: como poderia superar-se a campeã que conseguira, num único palavrório, enxergar no Petrolão a reedição da Inconfidência Mineira, promover-se a Tiradentes, comparar a Operação Lava Jato a uma gigantesca sessão de tortura e rebaixar a inimigos da pátria os réus que optaram por um acordo com o Ministério Público Federal?

O ceticismo foi destroçado pela saudação à mandioca, que precedeu a comunhão com o milho, à qual sobreveio a descoberta da mulher sapiens. Mais alguns dias e outro delírio em dilmês castiço ensinou que pouquíssimos "processos tecnológicos" foram tão relevantes para a Humanidade quanto a conquista do fogo e a cooperação. Não era pouca coisa para um julho só. Mas não era tudo, demonstrou nesta terça-feira a proeza consumada na festinha de batizado do Programa Pronatec Jovem Aprendiz na Micro e Pequena Empresa.

Dilma descobriu uma fórmula que permite duplicar o nada. "E nós num vamos colocar uma meta, nós vamos deixar uma meta aberta", decola a oradora. Se é assim, não há meta a alcançar, certo? Errado, corrige a continuação da maluquice: "Quando a gente atingir a meta, nós dobramos a meta". Animada com a salva de palmas, caprichou no bis: "Quando a gente atingir a meta, nós dobramos a meta". Mais aplausos. (É uma pena que sabujice não dê cadeia. Mas isto é assunto para outro post).

A presidente que multiplica por dois metas inexistentes quer ficar no emprego mais três anos e meio. A meta do Brasil com cérebro é ver legalmente dissolvido - e o quanto antes - um governo que deixou de existir sem ter começado.
Herculano
29/07/2015 12:18
COINVIDÊNCIA? por Paulo Alceu


Exatamente na posse da nova diretoria da Eletrosul o governador Raimundo Colombo viajou para São Paulo para participar de uma feira de agropecuária. Conflitos de agenda, deve ser...
Lélo
29/07/2015 10:08
Ontem fui até a capela Santa Terezinha, para ver as obras entregues no bairro santa Terezinha e prestação de contas do governo.Desculpe Sr. Celso, mas Piada.Lá estavamos em 5 moradores do Bairro que foram pra ver e questionar,entre eles Sr. Nelson ex-Vereador, mais umas 30 pessoas que entre elas comissionados,vereadores do Pt e mais um ou outro morador que participa firmemente da militância do Pt. Fora isto, somente a vereadora Andréia..

Prefeito apresentou arrecadação,gastos com folhas e etc...
-Ai começou a apresentação das ruas calçadas ou asfaltadas(muitas delas não conhecia), Rua Fernando Krauss que não foi feita a linguiçinha para inaugurar ,como bem disse ele para outras ruas, não constou nos slides, cada rua que até Deus dúvida.Umas parecem que foi passado o asfalto com colher de pedreiro.....
Falou que falta 12 ruas para fazer, se fosse 13 ja tinha feito(ironico com a população).. Citou que por pouco não perdeu a eleição por causa da ponte,só em gaspar para isto acontecer..

É infelizmente ano que vem vou fazer de tudo para você perder,Gaspar está na mão de quem não esta nem ai....


-No final fiz algumas perguntas,fez cara feia por sinal... Por que a obra da Fernando Krauss não apareceu? respondeu que este final de semana , vai ser feita a linguicinha...

-Outra pergunta até quando vai esperar, para colocar uns tachões ou mais sinalizações no trevo da parolli, para que visitantes da cidade e até mesmo moradores,não sofrer mais acidentes? Falou em educação do transito.. Concordo,entre partes.... Pois nem os azulinhos, tem elas, principalmente nas blitz,ridículas que fazem...

-Ultimo questionamento foi a vergonha do calçamento da barão do rio branco, que devia estar nas 13 ruas que faltam.. Porque não cobrou da empreiteira que fez a obra, por sinal a Pacopedra, não deu o nome dela,e mas feio colocou a culpa nos calceteiros.... Uma vergonha.....

-Tinha N perguntas,sobre educação,saude e etc... Mas ali terminaram a reunião...

É de 2009 a 2014 , não fizeram nada, e dizem estar com mais 25 obras...

É ta dificil, e o povo quietinho,deixando acontecer estas chacotas...

Triste para quem paga um cardume de impostos
Herculano
29/07/2015 08:49
NÃO TEM JEITO. É UMA MARCA DE GOVERNO. SEMPRE JUNTOS A PROPAGANDA ENGANOSA, A INCOMPETÊNCIA ADMINISTRATIVA, A IRRESPONSABILIDADE FISCAL E OS PESADOS SACRIFÍCIOS CONTRA OS PAGADORES DE INÚMEROS TRIBUTOS QUE NUNCA SACIAM OS ENGANADORES

Esta é a manchete secundária do jornal Folha de S. Paulo. Deficit triplica, e o prefeito de S. Paulo, Fernando Haddad, PT, o poste de Luiz Inácio Lula da ilva, tem novo rombo nas contas. Diferença entre receitas e despesas foi de R$ 1,8 bilhão em 2014, diz Tribunal de Contas. O prefeito diz que, apesar de perdas, caixa ainda está positivo, mas graças a reservas acumuladas em anos anteriores e que não eram petistas
Herculano
29/07/2015 08:39
A LEVÍADA, por Alexandre Schwartsman, economista e ex-diretor do Banco Central, que o governo do PT ameaçou processar pelos artigos técnicos e opinião que escreveu apontando equívocos na política econômica

Pranteia, ó Musa, a derrota inglória do severo Ministro, Que da tesoura fez sua afiada arma na demanda

Canta, ó Musa, a luta inglória do severo Ministro/Que da tesoura fez sua afiada arma na demanda/Pela estabilidade da nativa economia e da dívida/Do governo, condenadas pela tibieza do Genovês/E pelo desmedido orgulho da Rainha do Poste, Persuadida pelos áulicos da Princesa d'Oeste.

Dos mestres em Chicago sabia o feroz Tesoureiro/Que imperioso era o primário superavit/Na batalha contra a crescente dívida, sem o que/Perder-se-ia o valioso grau de investimento/Por tantos prezado (e tão poucos defendido!)/1,1% de PIB mirou e as tesouras em moção pôs.

No entanto, ó sorte aziaga, não percebe o herói/Que a Rainha, pela fortuna e prudência abandonada/Não mais sua horda comanda, nem mais as bênçãos recebe/Daquele que a ungiu, cedendo-lhe cetro, coroa e trono/Mas, titereiro astuto, às cordas lhe prende impiedoso, E à cabeça da ala esquerda marcha, sem rumo.

Não vê também que a maldição do ouro negro e o saque/Indiscriminado da Petrobras, à Rainha opuseram as tropas/Que lealdade haviam jurado, em troca, porém, de butim/A quem não lhes cabia. E, lançado à frente de batalha, Logo entende a solidão em meio às hostes aliadas, Tesouras partidas, as lâminas no pó caídas, em fuga o escudeiro.

Não se rende o Ministro e aos seus brada pelo apoio, Mas, cercado e solitário, aos poucos retrocede, escudo à frente/E 0,15% do PIB (não riam!) aceita, em troca, acredita, De promessa de, mais adiante, aos 2% do PIB chegar. Forma-se o tumulto. Cresce a dívida apesar da jura, Subjugada pela implacável e inexorável aritmética.

Sobe com ela o dólar, movido pelo alarmante pavor/Da fraqueza do herói, seu isolamento, as navalhas embotadas. O escudo, outrora invulnerável, já não afasta os golpes/Do destino cruel, nem das tropas que, rebeladas, não mais/Aceitam segui-lo na árdua peleja do ajuste fiscal/E se acerca a perda do grau de investimento.

A inflação, besta novamente desperta, rompe os grilhões. Resta apenas ao Bardo a penosa lide de novas setas contra ela lançar. Mais 0,50 ponto, sacrifício pago no altar da irresponsabilidade, Em troca de outro juramento de convergência, novas correntes/A atar aquilo que jamais deveria ser liberto (mas foi!), Arrasando o que se imaginava sadio daquele tormento.

De pouco valem as novas flechas, porém, sem o apoio do primário. Fortalecida a fera pelo gasto público, e por mais que o futuro trará, Ela prospera, selvagem e bestial, a carcomer valores e morais. Fortalecido pelos anos de liberdade, o veneno lento, poderoso, Mais uma vez se alastra, inebriante, corrosivo, mortal, Dominando corações e mentes de uma terra desiludida.

Exausto, o guerreiro recua, esperançoso ainda de persuadir/A fiel audiência que derrota não houve/no máximo um estorvo. Aperta, contudo, o cerco à Rainha, abandonada pelas hostes. Alas direita e esquerda partidas, em formação de batalha íntima, Sob o olhar estupefato das colunas adversárias, alheias ao combate, E prenhas de dúvidas: consciência ou oportunidade/ luta ou neutralidade.

Entende, por fim, a futilidade: sem o trono não há vitória possível. A Rainha omissa condena o reino e a bravura é inútil. As lâminas, desprovidas de rumo, de nada servem. Pranteia, ó Musa, a derrota inglória do severo Ministro, Que, sob o disfarce de realismo, escancarou a debilidade da pátria/E os destroços de tantos anos de descuido
Herculano
29/07/2015 08:32
DE J.FIGUEIREDO@COM PARA DILMA@GO, por Elio Gaspari para os jornais O Globo e Folha de S. Paulo

A senhora ria da minha desgraça, mas peço-lhe que pense na sua, procurando evitar os meus erros

Prezada presidente,

Já lhe escrevi várias vezes, sem qualquer resultado. Pedi-lhe que parasse de distribuir mau humor porque sei que riem de nós. Quando as coisas iam mal, eu me deixava fotografar montando um dos meus cavalos, a senhora monta sua bicicleta. Presidentes fazendo coisas desse tipo rendem imagens, mas sabemos que isso é apenas teatro. Quem lhe disser que a senhora se parece comigo está frito. Lastimo dizer-lhe: somos parecidos. Eu não tinha como mudar. A senhora tem. Como? Não sei, nem poderia lhe dizer.

Eu governei o Brasil de 1979 a 1985. Depois veio o Sarney (a quem não passei a faixa). Juntos, levamos o país para o que hoje se chama de "Década Perdida". Ela teria acabado em 1993, quando aquele caipira do Itamar Franco botou o Fernando Henrique Cardoso no ministério da Fazenda. O SNI achava que ele era comunista. Hoje me dou bem com o Itamar e gosto de conversar com o Tancredo Neves. Ele promete me reaproximar do general Ernesto Geisel, mas não está fácil. Se a tal "Década Perdida" tivesse acabado em 1994, teria começado em 1984. Não creio. Ela começou antes, no meu governo.

A ruína de nosso país começou em 1982, quando fomos colocados diante de uma situação econômica adversa e resolvemos pedalar. Eu fazia uma coisa, desfazia, tentava outra, sempre anunciando que a crise era transitória e sairíamos das dificuldades. Vieram o Sarney e o Itamar e tocaram o mesmo realejo.

Escrevo-lhe para pedir-lhe que pense na coisa mais elementar: o buraco está muito mais embaixo. A crise econômica do país é mais grave do que a senhora diz, mas está no início. Talvez esse moço que a senhora pôs na Fazenda tenha acreditado que resolveria com saltos triplos. Aprendeu que não dá e o pior que pode acontecer à senhora é ter um ministro vendendo otimismo e produzindo descrédito. Para desgraça geral, eu, o Sarney e o Itamar jogamos esse jogo.

Toda vez que eu fazia uma besteira a senhora ficava feliz. Hoje, daqui, não me alegro com suas bobagens. Essa história de crise transitória levando ao crescimento depois da próxima esquina é ridícula. Aliás, essa imagem veio do presidente americano Herbert Hoover em 1930, um sujeito pernóstico que conversa muito com o Roberto Campos. O Franklin Roosevelt, que governou depois dele, não o cumprimenta.

Crise é crise e a senhora está no meio de uma. Reconheça-a. Assuma-a. Se o PT fizer cara feia, encare-o. O que arruinou a nossa economia foi a minha incapacidade, a do Sarney e a do Itamar até 1993 de reconhecer o tamanho do buraco e de enfrentar questões difíceis que pareciam insuperáveis. Sarney e o Itamar foram mais hábeis que eu, costurando uma base política. A minha, contudo, costurei-a abrindo espaço para Tancredo, livrando o país de um governo presidido por Paulo Maluf.

Outro dia a senhora disse que a Lava Jato influenciou na redução da atividade econômica em 1%. Eu sei quanto nos custam observações coloquiais. Tem gente que acredita que eu preferia o cheiro de cavalo ao do povo. Nossas derrapadas saem da alma, mas a senhora sabe que a Lava Jato não influenciou a atividade econômica. Foram as roubalheiras que provocaram a Lava Jato. Na dúvida, fique calada. Eu não conseguia.

Despeço-me porque os meu cavalos estão pedindo comida.

Atenciosamente,

João Baptista Figueiredo
Denis Eduardo Estevão
29/07/2015 08:20
Curioso é ver que o discurso não muda.

Primeiro agradecer ao Herculano pelo espaço cedido.

Falta de verdade é conteúdo em seu discurso ou debate curioso, talvez a sua preocupação em diminuir o evento seja maior que causa a ele compete. Em relação ao comentário interior, tenho algo muito importante a lhe dizer, o que você pensa de si mesmo é muito mais importante do que o que os outros pensam de você, e, para ter inimigos,não precisa declarar guerras,apenas diga o que pensa. Infelizmente a vida está sujeita a ter pessoas com um achismo e um egocentrismo muito altíssimo, sua prepotência em referencia ao passado não me aflige e nem diminui. Esse vocabulário de mamador, que saiu daqui para mamar em Blumenau, lamento dizer mais é ultrapassado. Mas os meus afazeres, pensamentos e preocupações não estão aqui com quem se esconde, talvez a sua fala faz sentido em relação a se esconder, provável de estar disseminando os demais por conta de esperar voltar, estar mamando ou vai mamar, alias como dito que seu ganha pão é outro, mas não quero fazer uso das suas atribuições e nem seu vocabulário. Fico feliz em lembrar da agremiação, fizemos um ótimo serviço na escola, podendo passar na instituição e ser lembrado como bons exemplos que toda a equipe foi, realizadora de uma transformação. E de certa forma fosse muito feliz em sua fala em dizer que Gaspar está cansado deste lero-lero, e como suas informações são de extrema confirmação e veracidade, PSD não tem nenhum cargo na administração do PT, teve, como dito já pedi a conta a muito tempo, isso por não concordar com a maneira que conduz o município. Não adianta eu ficar aqui sempre á falar a mesma coisa a uma porta que somente continuará abrindo e fechando. Mas meu amigo, tenho fé que tudo irá mudar com o tempo, e que o trabalho continua, esse seu discurso é muito idêntico aquilo que você prega ser contra. Em resumo, acreditar em poder fazer diferente é instigante até você começar a fazer diferente, comesse pelo simples fato: meu nome é Denis Eduardo Estevão, tive um passagem pelo PT que no qual não tinha nem titulo eleitor na época da filiação com a Deputada, fiz o meu titulo depois do momento da assinatura de filiação, e me filiei no novo vendo que no PT a cartilha não era aquilo que procurava, me filiei ao PSD, sou muito feliz onde estou, já fiz parte da administração municipal, mas a mais de um ano não faço parte, sigo a minha vida sem prestar conta a ninguém, livre de escolhas e sempre responsável pelos meus atos, não me escondo. Mas gostaria de agradecer muito a oportunidade que foi dada para me justificar, explicar o que de fato aconteceu e acontece. Agora estranho o comercializante não estava em sua loja ou sei lá oque você tem de comercio, e, estava na câmara de vereadores, para eu você não é comercializante e sim assessor de vereador, ou um vereador. Quem gosta disto é o nosso colunista, que percebe que seu publico realmente o lê. Novamente agradeço a oportunidade concebida.
Herculano
29/07/2015 08:18
O PETROLÃO ERA SÓ O COMEÇO, por Bernardo Mello Franco para o jornal Folha de S. Paulo

A prisão do presidente da Eletronuclear mostra que a Lava Jato ultrapassou as fronteiras da Petrobras. A investigação chegou com força ao setor elétrico, que concentra alguns dos maiores investimentos do governo federal. Ao que tudo indica, o petrolão era só o começo.

O enredo da nova série, já chamada de eletrolão, parece reprise da anterior. O governo repartia as estatais entre os partidos aliados. As estatais repartiam os contratos entre as empreiteiras. As empreiteiras repartiam a propina entre os dirigentes das estatais e seus padrinhos em Brasília.

O último elo da partilha são os políticos, que ainda não apareceram na história. "É possível que no avanço das investigações a gente chegue a isso", disse o delegado Igor Romário de Paula. Para bons entendedores, o recado não poderia ser mais claro.

No início do governo Lula, o setor elétrico era propriedade do PT. Dilma Rousseff, ainda pouco conhecida, comandava o Ministério de Minas e Energia. Depois do mensalão, a pasta passou ao controle do PMDB. Foi chefiada por figuras como Silas Rondeau e Edison Lobão, ambos aliados do ex-presidente José Sarney.

Rondeau caiu ao ser citado na Operação Navalha. Lobão, que voltou ao Senado, é investigado na Lava Jato. Estava no ministério quando a Eletronuclear licitou as obras de Angra 3, novo foco da investigação.

Segundo o delator Dalton Avancini, a partilha beneficiou sete empreiteiras. "Já havia um acerto entre os consórcios com a prévia definição de quem ganharia cada pacote", contou. Depois, as empresa pagariam propina a dirigentes da estatal e ao PMDB.

Apesar do enredo repetido, o caso da Eletronuclear traz uma novidade. O presidente da estatal, Othon Luiz Pinheiro da Silva, é vice-almirante reformado. Sua prisão, sob suspeita de embolsar R$ 4,5 milhões, serve de alerta a quem pensa que uma "intervenção militar" salvaria o país da corrupção. Em tempo: na ditadura, nunca haveria espaço para uma operação como a Lava Jato.
Herculano
29/07/2015 08:07
MÁRCIO ZIMMERMANN, A LEALDADE E O ABATIMENTO, por Cláudio Prisco Paraíso

Técnico renomado no setor elétrico nacional, o catarinense Márcio Zimmermann serviu a Dilma Rousseff com lealdade e zelo desde 2003 (mas os dois se conheciam desde os anos 1990), quando a ex-mãe do PAC ainda nemsonhava que poderia chegar à presidência da República. A bordo de diversos cargos, Zimmermann acompanhou a trajetória da petista, aumentando seu prestígio e respeito no contexto nacional em função da competência e seriedade. Atuou na Eletrobrás e no CEPEL (Centro de Pesquisas de Energia Elétrica). Por muitos anos, foi o número 2 do Ministério das Minas e Energia, cargo estratégico.

Márcio Zimermann férias
Chegou a ser ministro para um período-tampão em 2005, quando o hoje novamente ministro Edison Lobão deixou o cargo em função da disputa eleitoral. Em abril de 2015, Márcio Zimmermann foi ?premiado? com a presidência da Eletrosul. Voltou para casa, depois de anos e anos em Brasília. Mas a estadia durou pouco. A crise econômica e política aprofundou-se de tal maneira, que cargos estratégicos voltaram ao velho e tradicional balcão de negócios. Guilhotinado e substituído por Djalma Berger (PMBD), irmão do senador Dário, que vota fielmente com o Planalto, Zimmermann agora sai de férias após 80 dias na presidência da elétrica. Mas seu abatimento, segundo constataram funcionários da Eletrosul, era visível na solenidade que marcou a posse, terça-feira, 28, do peemedebista no comando da maior estatal federal do Sul.
Herculano
29/07/2015 08:04
CPI DA PETROBRÁS QUER CONVOCAR PRESIDENTE DO TCU

A CPI da Petrobras deve apreciar nos próximos dias o requerimento do deputado Izalci Lucas (PSDB-DF) de convocação do presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Aroldo Cedraz, para explicar as denúncias de tráfico de influência envolvendo seu filho, advogado Tiago Cedraz. Izalci cita acusações do empreiteiro Ricardo Pessoa à Procuradoria-Geral da República, em acordo de delação premiada.

DEPOIS, PIOROU

Datado de maio, o requerimento do deputado Izalci convocando Aroldo Cedraz é anterior às revelações ainda mais contundentes da Lava Jato.

Rica mesada

Ricardo Pessoa garante que pagava mesada de R$ 50 mil ao filho do presidente do TCU para obter informações privilegiadas sobre a corte.

Relevância

Izalci considera relevante o presidente do TCU, órgão auxiliar do Poder Legislativo, explicando na CPI suspeitas que pesam contra ele e o filho.

Vexame inédito

Se a CPI da Petrobras aprovar a convocação de Aroldo Cedraz, será a primeira vez que um presidente do TCU passa por vexame idêntico.

ALMIRANTE PRESO NA LAVA JATO TEM ESTILO "TRATOR"

Preso por receber propinas de R$4,5 milhões de empreiteiras, o almirante Othon Pereira da Silva, presidente da Eletronuclear, é conhecido por sua inteligência e o estilo "trator", que atropela regras básicas. Virou alvo de investigação, certa vez, quando usou a "verba secreta" da Marinha para comprar um carro oficial novo em lugar do outro, acidentado. E ainda registrou o veículo em nome do motorista.

Imexível

Grande especialista em energia nuclear do País, Othon Pereira da Silva sempre se manteve na direção Eletronuclear.

Propinoduto

O almirante Othon Pereira da Silva recebeu R$ 4,5 milhões de propina por meio de operações triangulares, segundo afirma a força-tarefa.

Radioatividade

A 16ª fase da Lava-Jato gerou inquietações no Ministério do Turismo, onde Henrique Alves, aliado de Eduardo Cunha, já arruma as gavetas.

O tamanho certo

A reunião de segunda (27) com Dilma deixou claro, até para ela, que importantes mesmo são os 12 ministros convocados. Parte da crise estaria resolvida com a demissão dos demais, os ministros de segunda.

Indignação

O deputado JHC (AL), do partido Solidariedade, ficou indignadíssimo com uma nota do deputado Paulinho da Força apoiando Tiago Cedraz, um dos implicados na Lava Jato. JHC vai reagir de forma contundente.

DEM no comando de CPI

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, articula com o líder do DEM, deputado Mendonça Filho (PE), a presidência da CPI dos fundos de pensão. Desde o início do ano, Mendonça pede o comando dessa CPI.

Nunca antes na História

O senador e ex-ministro Edison Lobão (PMDB-MA) viu as mais graves crises da História, de Getúlio a Fernando Collor, de Jânio ao golpe de 1964, mas nada como a atual crise política e econômica. Porém, está otimista: ele acredita em solução negociada que pacifique o País.

Unanimidade

O governador do DF, Rodrigo Rollemberg (PSB), desagrada políticos de todos os partidos, de oposição à base. O PSD, do vice Renato Santana, critica a falta de autonomia das regiões administrativas.

Mau agouro

De ruim para péssima é a expectativa de economistas e analistas, em relação à reunião do Copom: todos apostam no aumento da taxa de juros, entre 0,25% ou 0,50%. Quem aposta no mais erra menos, dizem.

Diferente

O deputado estadual Edilson Silva, do PSOL paulista, defende corajosamente o Uber e, de quebra, bate nos taxistas e no transporte coletivo da prefeitura paulistana, que é do PT.

Memória

Ao tomar o poder, o jovem Fidel classificou taxistas de Havana como o grupo mais reacionário dos operários da época. Donos do próprio meio de produção, inviabilizavam qualquer projeto coletivo ou comunista.

Pensando bem...

...com perspectiva de perder selo de bom pagador, Brasil se tornou seguro só no mundo imaginário de Dilma.
Herculano
29/07/2015 07:53
DILMA, MARINA E TUBARÕES, por Ana Estela de Sousa Pinto para o jornal Folha de S. Paulo

Dilma Rousseff, quem diria, acabou no pior pesadelo de Marina Silva, projetado em setembro passado, na corrida eleitoral.

Com as duas em empate técnico, economistas-chefes traçavam cenários para orientar seus clientes.

Sobre Dilma, a incógnita era econômica: dobraria ela a aposta ou aceitaria um ajuste? Apesar da propalada inabilidade política da presidente, era consenso que o governo asseguraria apoio no Congresso. Na pior das hipóteses, a teimosia em manter as contas públicas sem controle traria uma crise econômica ?mas apenas em 2016.

Já com Marina, o risco era político. Analistas temiam que ela se visse "impotente para barrar a aprovação de medidas populistas, que elevariam os gastos e arruinariam os planos de equilibrar as contas públicas". Dívida, dólar e inflação disparariam, a economia afundaria.

De lá para cá, a bolha de Marina murchou, Dilma venceu e propôs o ajuste que, na visão de praticamente todos os economistas, colocaria o país na rota da recuperação. Mas a realidade do Congresso veio pior que o pior dos cenários previstos para uma vitória marinista.

A oposição rasgou "princípios", e a base aliada partiu para a oposição. Como tubarões presos na cordinha da prancha do surfista, oportunistas e populistas passaram a se debater e distribuir mordidas a esmo.

Tubarões, cogitam os cientistas, são míopes. Só enxergam 3 metros à frente do seu nariz. Adiante haverá pobreza maior e por mais anos - eles não veem. Uma geração inteira continuará prejudicada por educação de má qualidade, mas isso está muito longe. O futuro ficará mais no futuro. O que importa, para quem mede o tempo de 4 em 4 anos?

Quando até o ex-presidente da Câmara Severino Cavalcanti (que renunciou em 2005 acusado de receber propina) diz que a imagem do Legislativo "está muito ruim, virou piada", algo piorou de verdade.
Herculano
29/07/2015 07:49
UM BURACO ATRÁS DO OUTRO

Os vereadores de Gaspar estão de férias. Há os que inventam discursos daqui estão trabalhando nos seus gabinetes (parlamentar só decide na sessão quando há formalidades para o voto) e há os que saem para fiscalizar e os tais "contatos com a base"( O que é isso, afinal?).

Marcelo de Souza Brick, PSD, saiu para fiscalizar a "operação tapa buraco" do governo de Raimundo Colombo, seu correligionário no PSD, nas estradas estaduais que cercam Gaspar, sua base eleitoral. Fez pose naquele serviço e caca e colocou no seu facebook. Reconheceu que não era o melhor serviço e a melhor solução. Ainda, bem, pois os qu leram, em as maioria caíram de pau.

1. Este é o retrato de um governo amorfo onde o PMDB possui ponderável parte de culpa, pois manda e desmanda no governo do Estado
2. Esta é aprova do abandono do governo de Raimundo Colombo com Gaspar. Somam deputados do PSD como Jean Jackson Kuhlmann e Ismael dos Santos, além da tal secretaria de Desenvolvimento Regional, de Cassio Quadros que nem papel higiênico consegue comprar para as escolas estaduais daqui.
3. Esta é uma amostra de como o vereador Marcelo de Souza Brick está mal assessorado, afinal o que ele deveria estar fiscalizando era o governo de Pedro Celso Zuchi, PT, onde espera uma oportunidade de composição para se viabilizar como alternativa nos votos úteis se a chapa petista não vingar.
Herculano
29/07/2015 07:34
A VOZ ROUCA DAS RUAS, por Carlos Brickmann

Como não diz a Bíblia, há tempo de negociar e tempo de calar e esperar a tempestade. Agora, a menos que ocorram surpresas, é hora de ouvir os trovões.

Dilma e Lula vão amanhã à TV, em programa que interrompe o Jornal Nacional. Eles falam pelo Governo, o ribombar dos panelaços fala pela oposição. É desigual: o Governo tem 7% de aprovação. A inflação medida nas feiras em um ano atingiu 25%. Há muito mais panelas vazias dispostas a se fazer ouvir.

O Congresso volta a funcionar na primeira segunda-feira de agosto, dia 3 - ou, vá lá, na primeira quarta, dia 5. Há doze propostas de impeachment na fila, e um presidente da Câmara prontinho para colocá-las em discussão e votação. Para aprovar o impeachment é necessário o voto de 342 deputados. De acordo com os cálculos de aliados do presidente Eduardo Cunha, 255 já apoiam o impeachment.

Nem tudo se resolve no grito das ruas: há também o julgamento (se não houver alguma manobra estranha para adiá-lo), pelo Tribunal de Contas da União, das contas do Governo Federal. O TCU não tem poder de decisão, é órgão auxiliar do Congresso. Mas um parecer pela rejeição influencia o plenário (em especial os parlamentares que não se decidiram pelo impeachment ou pelo voto no Governo). E, fator decisivo, há no dia 16 de agosto as marchas Fora Dilma. Se tiverem êxito, será muito difícil evitar que a presidente seja afastada do cargo.

Movimentos ligados ao PT anunciaram suas marchas para dia 15, e ainda não as confirmaram, talvez temendo o efeito-comparação. Mas as ruas são decisivas.

REVENDO O VOTO

A fraqueza política do Governo pode ter um efeito adicional importante: estimular os aliados a, digamos, rever sua posição. No impeachment de Collor houve um caso interessante. Um deputado da tropa de choque do Governo, dos mais fiéis, desculpou-se com o presidente por não poder comparecer à votação: tinha porque tinha de viajar para seu Estado. E viajou - num voo com escala em São Paulo. Do aeroporto, telefonou para Brasília e soube que a derrota de Collor era certa. Voltou imediatamente a Brasília e foi à Câmara para votar. Em favor do impeachment, claro.

A propósito, os deputados estão voltando dos Estados, onde tiveram contato direto com os eleitores. Devem estar bem mais bravos.

LULA NA MIRA

Veja deu na capa que Leo Pinheiro, ex-presidente da OAS, autorizou seus advogados a negociar com o Ministério Público uma delação premiada, com revelações sobre o relacionamento da empresa com Lula e seu filho Fábio Lula da Silva. O jornal Valor perguntou a Leo Pinheiro se a notícia era verdadeira. Ele a desmentiu: disse que jamais pensou em delação premiada. Seus advogados também a desmentiram. As redes sociais petistas acusaram Veja de inventar notícias.

MIRA EM LULA

Entretanto, vale a pena lembrar uma piada. Alguém precisava trocar a pilha do relógio e viu uma loja com um relógio pendurado na porta. Entrou, entregou o relógio e pediu para trocar a pilha. O lojista o interrompeu: "Não conserto relógios. Faço circuncisão". O cliente estranhou: "Mas há um relógio pendurado na porta!" O lojista perguntou: "E que é que o senhor queria que eu pendurasse?"

Alguém acha que Pinheiro iria confirmar a possibilidade de delação premiada, mesmo que verdadeira? Também pode ser que ele tenha passado um recado: está negociando, e, como ainda não negociou, há tempo para alguém tentar salvá-lo.

O GRANDE MOLES

Quer conhecer algo do rádio paulista, o humor, a música? Sábado, a partir das 14h, na Livraria Cultura da avenida Paulista, SP, Celso de Campos Jr. lança o livro Recado de uma garoa usada, de Osvaldo Moles, um astro da comunicação. Moles foi autor de rádio, redator, cronista (este é um livro de crônicas), parceiro do monumental Adoniran Barbosa. Celso de Campos Jr. ficou fascinado por ele quando fazia a biografia de Adoniran, e preparou o livro. O conjunto João Rubinato (nome real de Adoniran) toca músicas inéditas do sambista de São Paulo.

O MUNDO GIRA

Ah, a falta de memória! José Maria Marin, ex-presidente da CBF, preso na Suíça a pedido dos EUA, é, desde 5 de março de 2008, nas palavras do procurador José de Arruda Silveira Filho, "membro honorário do Ministério Público do Estado de São Paulo". O discurso do procurador foi proferido quando Marin recebeu o Colar do Mérito Institucional do Ministério Público de São Paulo, em noite de gala, assim descrita pela Assessoria de Comunicações do MP-SP: "A cerimônia foi conduzida pelo procurador-geral de Justiça Rodrigo César Rebello Pinho. Pelo Órgão Especial do Colégio dos Procuradores, discursou o procurador de Justiça José de Arruda Silveira Filho. Representando o governador do Estado, fez uso da palavra o secretário da Justiça e Defesa da Cidadania Luiz Antonio Guimarães Marrey.

Também fizeram uso da palavra os deputados estaduais Fernando Capez e Campos Machado, o ex-governador do Estado Luiz Antonio Fleury Filho e o homenageado José Maria Marin, que, emocionado, agradeceu a todos os companheiros de política, do esporte, amigos pessoais, familiares e integrantes do Ministério Público que lotaram o auditório."
Herculano
29/07/2015 07:23
A VIOLÊNCIA AUMENTA

O Site de notícias G1 divulgou os dados de um levantamento feito a partir do cruzamento de informações dos 26 estados e do Distrito Federal, traçando um mapa da violência no Brasil.

Curiosamente, enquanto os governos seguem divulgando a cantilena de que investem em segurança pública, o número de homicídios dolosos aumenta ano a ano. Em 2014, mais de 143 pessoas foram assassinadas no país a cada dia.

Ano passado, houve 52.336 assassinatos contra 50.413 em 2013, crescimento de 3,8%. Estes números indicam que houve, em média, 25,81 homicídios dolosos por 100 mil habitantes no país. Analisando-se o índice da Organização das Nações Unidas m(ONU), segundo o qual taxas maiores do que 10 mortes violentas por 100 mil pessoas significam "nível de epidemia", fica claro que o sistema de segurança pública nacional faliu há muito tempo.

Até mesmo Santa Catarina, ainda considerado o Estado "mais seguro" do país, ostenta 11,3 assassinatos a cada 100 mil moradores. A epidemia só será contida com investimentos sérios e maciços em educação e geração de empregos. O resto é marketing.
Herculano
29/07/2015 07:06
O LADO BOM DO AJUSTE FISCAL, por Paulo Alceu

De repente as prefeituras começaram a enxugar a máquina, pressionadas pela crise econômica.

Não deixa de ser um dado positivo, embora fique visível que a abundância de recursos acabava atendendo muito mais questões eleitoreiras do que ações coletivas direcionadas a sociedade.

Enxugar por pressão de uma crise não pode ser considerado mérito, mas não deixa de ser uma medida saneadora. E na verdade é a prova visível de que as administrações públicas estão superdimensionadas sugando recursos distante das reais necessidades.

O ideal é que essas ações fossem realizadas sem a obrigação de proteger o combalido cofre municipal. Tomara que não fique como uma necessidade pontual, se tornando a partir daí uma regra absoluta evitando inchaço da máquina que somente encarece e pouco oferece.

Volto. Paulo Alceu não conhece a administração petista de Gaspar. Ela não conhece ou reconhece a crise que o próprio PT criou e a jogou sobre nós. Não será ela que pagará esta conta.
Curioso de Gaspar
28/07/2015 21:16
Denis Eduardo Estevão

Curioso é saber que alguém que escreve como você foi presidente de um Grêmio Estudantil... Bem, um ótimo reflexo do estado da educação do PT. Mas o foco não é esse, vou prosseguir.

Quer dizer então que um mamador do dinheiro público como você, ex-filiado do PT, agora PSD, comissionado da administração pública de Gaspar. Junto com uma ex-assessora de um Vereador do PMDB que acaba de sair do seu gabinete e ir mamar na Prefeitura de Blumenau, filiada no PSDB e pré-candidata a vereadora. Dentro do gabinete de um vereador do PSD que nunca soube ser oposição ao PT de Gaspar, que assim como 90% da câmara é avalista de tudo que o PT está fazendo na cidade... Querem se misturar a um movimento genuíno e apartidário como este de Blumenau e dizer que são "contra a velha e suja política"? Tenha santa paciência né meu jovem!

Vão contar essa historinha pra boi dormir em outras bandas, a quem vocês querem enganar? Por que não começam a dizer NÃO a esta velha política renunciando aos seus cargos comissionados pagos com o meu dinheiro e de toda a população? Ou fazendo o vereador de vocês ser uma oposição de verdade ao prefeito?

Querem fazer demagogia, boa sorte. Agora o povo de Gaspar acreditar nisso já é outra história meu amigo. O nosso povo está cansado deste lero-lero, este sim é um exemplo da mais velha e suja política, aonde só mudam os rostinhos que agora são mais jovens, porém a mando dos mesmos lobos de sempre. Pra ter certeza, é só ver de onde vem a renda mensal de cada marionete... #AcordaDenis, por que Gaspar já acordou.

Ah, sobre o meu nome fictício, como não sou sugador como você do dinheiro suado do cidadão, tenho que manter meu comércio na cidade e uso este apelido por sofrer represálias. Situação chata né? Pois é, ambiente político sujo que você faz parte e ajuda a disseminar. O pior é que quem paga a conta de todos eles (vocês) no final ainda sou eu...
Herculano
28/07/2015 21:11
ARROGANTE E DEFIADOR. NÃO ADIANTOU A POSE DE INTOCÁVEL E AMIGO DO PODER PODRE E QUE ROUBA DE TODOS NÓS. MARCELO ODEBRECHT DE INVESTIGADO VIROU RÉU NA LAVA JATO. VAI PAGAR O PATO POR ACREDITAR QUE A ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA QUE SE DISFARÇA DE PARTIDO POLÍTICO, ESTAVA IMUME À LEI. JUSTIÇA ACEITOU A DENÚNCIA

Conteúdo da revista Veja. Texto de Laryssa Borges e Gabriel Castro, da sucursal de Brasília. O juiz Sergio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato em Curitiba, aceitou nesta terça-feira denúncia contra o presidente do grupo Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e outras doze pessoas. A partir de agora, todos respondem oficialmente a uma ação penal no petrolão pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A denúncia envolve irregularidades e pagamento de propina em seis contratos de obras e serviços da Petrobras: no consórcio Conpar (Odebrecht, UTC Engenharia e OAS) que atuou em obras da Carteira de Coque da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), no consórcio RNEST-Conest (Odebrecht e OAS) na refinaria Abreu e Lima (PE), no consórcio Pipe Rack no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), no consórcio TUC Construções (Odebrecht, UTC PPI - Projeto de Plantas Industriais Ltda.) para obras das Unidades de Geração de Vapor e Energia no Comperj, no consórcio OCCH (Odebrecht, Camargo Correa e Hochtief do Brasil) para construção do prédio sede da Petrobras em Vitória e no contrato de fornecimento de nafta da Petrobras para a Braskem, empresa controlada pela Odebrecht.

Na última semana, o Ministério Público Federal havia acusado os executivos da Odebrecht e da concorrente Andrade Gutierrez na mais importante denúncia da Lava Jato desde o início da operação, em março de 2014. Por meio de acordos de cooperação internacional, em especial com autoridades da Suíça, os investigadores da força-tarefa que apuram os tentáculos do propinoduto na Petrobras conseguiram mapear a atuação direta da Odebrecht em 56 atos de corrupção e 136 lavagens de dinheiro.

De acordo com os investigadores, a empreiteira atuou na movimentação de 389 milhões de reais em corrupção e de 1,063 bilhão de reais com a lavagem de dinheiro. Em um esquema mais sofisticado do que a simples atuação em cartel, a empreiteira distribuía propina a partir de repasses a contas de empresas offshore e, dessas, enviava novamente o dinheiro sujo para contas bancárias secretas de agentes que ocupavam cargos-chaves na Petrobras, como os ex-diretores Paulo Roberto Costa, Nestor Cerveró e Renato Duque e o ex-gerente Pedro Barusco.

Além de Marcelo Odebrecht, passam a ser réus o doleiro Alberto Youssef; o ex-executivo da Odebrecht Alexandrino de Salles Ramos de Alencar; o operador da empreiteira no exterior, Bernardo Shiller Freiburghaus; Celso Araripe D'Oliveira, gerente da obra da nova sede da Petrobras em Vitória (ES); Cesar Ramos Rocha, executivo da Odebrecht; Eduardo de Oliveira Freitas Filho, sócio da empreiteira Freitas Filho Construções Ltda; Márcio Faria da Silva, também executivo da construtora Odebrecht; o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa; Paulo Sérgio Boghossian, ex-diretor da Odebrecht; o ex-gerente de Serviços da Petrobras Pedro Barusco; o ex-diretor de Serviços da petroleira, Renato de Souza Duque; e o executivo da Odebrecht Plantas Industriais Rogério Santos de Araújo.

Engrenagem
"A documentação vinda da Suíça, com, em cognição sumária, a prova material do fluxo de contas controladas pela Odebrecht a dirigentes da Petrobras, é um elemento probatório muito significativo, sem prejuízo da discussão pelas partes e apreciação final pelo Juízo", afirma o juiz Sérgio Moro no despacho em que aceitou a denúncia.

Os investigadores identificaram depósitos da Odebrecht no valor de 9,5 milhões de dólares e 1,9 milhões de francos suíços para Paulo Roberto Costa, 2,7 milhões de dólares para Renato Duque e 2,2 milhões de dólares para Pedro Barusco.

Marcelo Odebrecht está preso desde 19 de junho porque, segundo o Ministério Público, ordenou a destruição de provas que poderiam confirmar o pagamento de propina pela construtora.
Juju do Gasparinho
28/07/2015 19:47
Prezado Herculano:

"Dona Anta Rousseff age como se nada pudesse acontecer com ela.
Sua agenda para o segundo semestre está repleta de viagens internacionais.
Nova Iorque, Turquia, Japão, Paris, uma verdadeira festa com o Cartão Corporativo.
Se vai, volta desempregada".
Blog do Manoel

Pra quem não manda nada, desempregada não faz diferença.
Vaza, devassa!
João João Filho de João
28/07/2015 19:14
Sr. Herculano:

Eletrolão pode ser o Canto do Cisne de Dilma Roussef

Postado por Polibio Braga:

"O Eletrolão pode ser o canto do cisne de Dilma Roussef. O 'Canto do cisne' é uma referência a uma antiga crença de que o cisne-branco (Cygnus olor) é completamente mudo durante toda a sua vida, mas pode cantar uma bela e triste canção imediatamente antes de morrer."

Prefiro que o PT acabe logo, se possível pra ontem.
Herculano
28/07/2015 18:21
O PROIBIDÃO DO PORTO, por Guilherme Fiuza para a revista Época (O Globo)

O GIGANTE SE CONTORCE TODO PARA NÃO VER QUE O PETROLÃO É PARTE DE UM PROCESSO DE PILHAGEM

O gigante está sambando. Num ataque crônico de sonambulismo, ele vem requebrando freneticamente -em formidáveis acrobacias para manter Dilma Rousseff no Planalto. A cada novo petardo da Lava Jato expondo a indústria de corrupção montada pelo PT no topo da República, o gigante mostra seu poder de esquiva, No melhor estilo Ronaldinho Gaúcho, ele olha sempre para o lado em que a bola do petrolão não está. E acaba de contrair um doloroso torcicolo, em sua guinada para não ver a literatura explosiva dos bilhetes de Marcelo Odebrecht na cadeia.

O Brasil já mostrara toda a sua ginga ao virar a cara, numa pirueta radical, para o encontro secreto de Dilma com Lewandowski em Portugal. A presidente da República e o presidente do Supremo Tribunal Federal, irmãos de credo, reúem-se às escondidas fora da capital portuguesa, no momento em que o maior escândalo de corrupção da história do país (envolvendo o governo dela) tem seu destino nas mãos da instância judiciária máxima (presidida por ele). Normal. No que o encontro vazou, a dupla explicou tudo: a reunião foi para discutir o reajuste dos servidores da Justiça.

Perfeitamente compreensível. Não há outra forma de discutir salário de funcionários públicos a não ser cruzando o Oceano Atlântico para um cafezinho clandestino. No Brasil, é mais fácil uma aberração dessas virar rap - o Proibidão do Porto - do que acordar a platéia para os riscos que rondam a Operação Lava Jato. Como os brasileiros se cansaram de ver no mensalão - ou pelo visto não se cansaram -, esse gato se esconde com o rabo de fora.

A inabalável posição de Lewandowski pró-mensaleiros, em harmonia com a inabalável lealdade de Dilma aos companheiros apanhados em situação de roubo, é a sinfonia que se repete no petrolão. Entre as cenas que se seguiram ao Proibidão do Porto está o cerco ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha - personagem venenoso que fustiga o governo. Surgiram oportunamente indícios, embalados por declarações providenciais do procurador Janot - um homem providencial - empurrando Cunha para o STF de Lewandowski. O presidente da Câmara respondeu que não vé problema em ser investigado no Supremo, desde que Dilma seja também.

É esse tipo de comentário que faz o gigante rebolar. Como assim, investigar Dilma? Por que investigar a presidenta mulher, mãe, avó e que até tem um cachorro? Que foi perseguida pela ditadura? (Embora hoje não se saiba ao certo quem persegue quem.) De sua cela, Marcelo Odebrecht mandou a resposta: porque ela recebeu dinheiro sujo do petrolão diretamente de uma conta na Suíça para sua campanha presidencial. Que tal? Essa informação foi captada pela Polícia Federal de um celular do empreiteiro preso, em forma cifrada, mas bastante clara. Como já vinha se desenhando com clareza nas delações premiadas, praticamente todas apontando para financiamento de Dilma e do PT com propinas do petrolão, através do ex-tesoureiro Vaccari.

Por uma enorme coincidência, a empreiteira é a mesma em favor da qual Lula é suspeito de fazer tráfico internacional de influência, conforme investigação em curso no Ministério Público. O instituto Lula diz que vários ex-presidentes viajam para defender interesses das empresas de seus países. Resta saber se algum deles recebe cachês estratosféricos das empresas que defendem ou se viaja com uma bolsa BNDES a tiracolo para fazer brotar instantaneamente qualquer obra em qualquer lugar.

O gigante se contorce inteiro para não ver que o petrolão, como o mensalão, é parte de um processo de pilhagem - aí incluídas outras táticas parasitárias como as pedaladas fiscais, tudo a serviço da transfusão de dinheiro público para um grupo político bonzinho se eternizar no poder. O Brasil está comendo o pão que o diabo amassou, mergulhando numa recessão que não segue o panorama mundial, nem continental - e ouve numa boa o companheiro Ricardo Lewandowski declarar, após o Proibidão do Porto, que a derrocada econômica nacional é decorrente da crise de 2008 nos Estados Unidos...

Claro que ninguém perguntou nada ao presidente do STF sobre a conjuntura econômica. Mas não precisa, porque eles estão ensaiadinhos e são desinibidos. A ópera-bufa não tem hora para acabar, enquanto a platéia estiver dormindo.
Herculano
28/07/2015 18:18
CASADINHOS

A informação é de Upiara Boschi, para o jornal Diário Catarinense, da RBS Florianópolis.
Morastoni cedido pelo governo à Assembleia
27 de julho de 20150

Foi oficializada durante a semana passada a cessão do servidor público estadual Volnei Morastoni [PT, ex-deputado, ex-prefeito de Itajaí], analista técnico em gestão e promoção de saúde, para a Assembleia Legislativa, onde ocupa desde o início do ano o cargo de coordenador de saúde e assistência. Os salários ficam por conta o Legislativo.

Morastoni não se reelegeu deputado estadual em outubro do ano passado. Ainda está filiado ao PT, mas tem convite do PMDB para concorrer à Prefeitura de Itajaí - que ocupou entre 2005 e 2008.
Herculano
28/07/2015 17:06
FALTA DE COMPOSTURA, editorial do jornal O Estado de S. Paulo

Maior responsável pela grave crise política, econômica, social e moral em que o País está mergulhado depois de mais de 12 anos de domínio petista, Luiz Inácio Lula da Silva tenta reagir à queda do pedestal em que se entronizou graças à conjugação de circunstâncias históricas alheias à sua vontade, com a habilidade e a falta de escrúpulos com que manejou um populismo irresponsável. Diante da revelação, da forma mais dolorosa possível para os brasileiros, de seu legado maldito e apavorado com a perspectiva cada vez mais próxima de ter de prestar contas à Justiça de seu envolvimento em acontecimentos que o beneficiaram e a toda sua família, Lula entrega-se ao destempero retórico.

Perdeu completamente a compostura.

Na sexta-feira passada, em discurso na posse da diretoria do Sindicato dos Bancários do ABC, em Santo André, Lula não teve o menor constrangimento em se colocar no papel de vítima de "nazistas" e de uma "elite perversa" que não aceita conquistas sociais. Numa tentativa canhestra de explicar a decepção em que se transformou o poste que escolheu para substituí-lo na Presidência, atribuiu o desastre ao machismo da elite: "Nunca tinha visto na vida pessoas que se diziam democráticas (sic) e não aceitaram uma eleição que elegeu uma mulher presidente da República".

Com a popularidade em baixa, não seria agora que Lula se exporia diante do "povo". Só fala a plateias selecionadas que não representem ameaça à sua megalomania. Diante de tal público, sente-se à vontade para derramar todo seu repertório de demagogo sacramentado. Parece não lhe ocorrer, no entanto, que o que ele imagina ser uma deferência especial sua a uma plateia selecionada significa, na verdade, um insulto aos cidadãos que, salvo a hipótese de se tratar de fanáticos irredimíveis, só estão ali porque Lula lhes atrai a curiosidade. E nada mais. Quanto aos áulicos, estes estão dispostos a aceitar e aplaudir qualquer barbaridade que profira, como essa de que a culpa pelo desastrado governo de Dilma é dos machistas que não aceitam o fato de ela ser presidente.

No cenário armado em Santo André, Lula lembrou seus dias de líder que fazia oposição a "tudo isso que está aí": "Quero dizer para vocês que estou cansado de mentiras e safadezas; estou cansado de agressões à primeira mulher que hoje governa esse país; estou cansado com o tipo de perseguição e criminalização que tentam fazer à esquerda desse país. Parece os nazistas criminalizando o povo judeu e romanos criminalizando os cristãos". Pois é. O homem, logo quem, está cansado de "mentiras e safadezas". E ainda finge ser de esquerda, o que, definitivamente, é um dos poucos equívocos que não lhe podem ser imputados. A única coisa autêntica nessa arenga foram os erros de português.

Embora seja hoje um rico e ativo membro do jet set internacional, Lula mantém a humildade: "Eles não suportam que um metalúrgico quase analfabeto tenha colocado mais gente na faculdade do que eles, não suportam que a gente não deixou privatizar o Banco do Brasil". Defendeu as realizações sociais e econômicas que efetivamente promoveu em seu governo enquanto navegou nas águas de uma conjuntura internacional favorável e de uma política econômica interna pautada pelos princípios "liberais? herdados dos governos tucanos. Mas ignorou, é claro, que todas aquelas conquistas estão hoje comprometidas pela teimosia do governo Dilma em impor ao País uma "nova matriz econômica" estatista. E lamentou: "Eu, sinceramente, ando de saco cheio. Profundamente irritado. Pobre ir de avião começa a incomodar; fazer faculdade começa incomodar; tudo que é conquista social incomoda uma elite perversa".

Para concluir, a manipulação desavergonhada dos números: "A inflação está 9%, com perspectiva de cair. Quando eu peguei esse país, a inflação estava a 12%, o desemprego a 12%". Só esqueceu de mencionar que antes do Plano Real, em junho de 1994, a hiperinflação era de mais de 47% e que a meta do atual governo, de 4,5%, sempre esteve longe de ser cumprida.

Cada vez menos, Lula consegue reunir plateias dóceis para deitar falação. Muito pouca gente se engana com ele. Para a grande maioria dos brasileiros, Lula e tudo o que ele representa foram uma ilusão passageira.
Denis Eduardo Estevão
28/07/2015 16:10
Rafaela *

Não falei em união, quis contra dizer aquilo que o curioso quis dizer, que os PSD estava ali, eu disse que estava ele, e mais bandeiras, não falei em união. Não existe nenhuma união, o que foram fazer juntos é da suporte ao grupo que esta organizando, e o grupo não está vendo nenhum cor partidária.
Herculano
28/07/2015 16:01
ELA BATEU EM RETIRADA

Conteúdo da revista Veja. Texto de Mariana Barros e Laryssa Borges.
Mudar-se para Miami sempre esteve nos planos da advogada Beatriz Catta Preta. Há um ano ela abriu um escritório de consultoria na cidade americana, para onde viaja frequentemente com o marido e o casal de filhos - queria, inclusive, que o menino frequentasse uma escola bilíngue em São Paulo para se preparar para a mudança. Mas a ideia era ir para lá em "dois ou três anos", como chegou a dizer a um conhecido, e não bater em retirada como ela fez na semana passada. Há duas semanas, a advogada que negociou a delação premiada de nove dos dezoito réus confessos da Lava-Jato fechou o seu escritório em São Paulo, dispensou recepcionista e secretárias e parou de atender o celular. Na segunda-feira 20, enviou um e-mail a todos os seus clientes anunciando que não mais faria a defesa deles, Ato contínuo, deixou o Brasil.

Nada indicava que isso ocorreria. Catta Preta, como é conhecida, estava com a carteira de clientes abarrotada. Mesmo aos mais antigos, não tinha dado nenhuma pista de que pretendia mudar de país. "Só soube quando recebi o e-mail, nem imaginava", disse o operador financeiro Lúcio Bolonha Funaro, que está com ela desde 2003. Algo de muito grave fez com que Catta Preta decidisse sair de cena - e há indícios de que ela estava apavorada quando o fez. Em maio, por razões desconhecidas, deixou de mandar o filho à escola e pediu à direção o trancamento da matrícula. Em junho, foi a vez de tirar também a menina mais nova da escolinha que frequentava. Um advogado próximo de Catta Preta afirmou a VEJA que ouviu de um amigo comum aos dois que ela vinha recebendo ameaças e que, por isso, teria saído "fugida" do país.

No último dia 9 de julho, a advogada havia recebido uma ordem de convocação para depor na CPI da Petrobras com o objetivo de "explicar a origem dos recursos dos pagamentos de seus clientes". O requerimento de convocação foi assinado pelo deputado Celso Pansera, integrante do PMDB fluminense e acusado pelo doleiro Alberto Youssef de tê-lo ameaçado por ordem do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, de quem seria "pau-mandado".

Uma semana depois da convocação de Catta Preta, um de seus clientes, o ex-executivo da Toyo Setal Julio Camargo, afirmou em depoimento ao juiz Sergio Moro que Cunha tinha pedido 5 milhões de dólares de propina. Camargo não havia citado o nome de Cunha em seu depoimento anterior. A coincidência das datas suscitou especulações de que a convocação da advogada à CPI pudesse ser uma retaliação de Cunha pela inclusão de seu nome - que, ele já saberia, estava por vir - no depoimento de Camargo. O ex-diretor da Toyo Setal também foi convocado à CPI pelo mesmo deputado Pansera.

A súbita decisão de Catta Preta de abandonar seus clientes, a Lava-Jato e o Brasil adicionou mais um toque de mistério a uma carreira construída à margem do território habitado pelos grandes criminalistas brasileiros. Descrita por colegas como reservada e de poucas palavras, ela se formou na Unip e fundou a própria banca em 2002, quando deixou o escritório do ex-procurador da República e desembargador federal Pedro Rotta, morto em 2011. Foi ele quem lhe abriu as portas para o mundo de clientes endinheirados: doleiros, empresários e banqueiros. Em 2006, já em carreira-solo, ela fechou seu primeiro caso de delação de grande repercussão. Os clientes eram dois doleiros pegos na Operação Farol da Colina, da Polícia Federal, os sócios Richard A. de Mol Van Otterloo e Raul Henrique Srour. Desde então, firmou outros acordos importantes, mas o estrelato veio no ano passado, quando negociou a primeira de todas as delações premiadas da Lava-Jato, e até então a mais bombástica de todas, a do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. Em outubro, quando ele foi para casa de tornozeleira eletrônica, ela deixou o caso.

Na ascensão da advogada, um personagem desempenhou papel fundamental: Carlos Eduardo Catta Preta Júnior, o marido, de quem herdou o sobrenome, é que trata das negociações com os clientes, estabelece o valor dos honorários e cuida das cobranças do escritório. Amigos dizem que ele tem grande influência sobre a mulher. Embora se declare oficialmente comerciante, Carlos Eduardo é conhecido como "doutor Carlos". O casal se conheceu em 2001, quando ele foi preso em Alphaville, na Grande São Paulo, com 50 000 dólares em notas falsas presas na cintura, dentro de um saco plástico. Em sua casa, agentes do Denarc, o departamento de combate ao tráfico de drogas, encontraram mais 350000 dólares falsos guardados no banheiro. Aos policiais, Carlos Eduardo contou que estava tentando vender as notas para se livrar do prejuízo que havia tomado ao vender a um indiano 17 quilos de esmeraldas retiradas de uma mina de pedras preciosas que arrendara na Bahia. Um amigo indicou-lhe o escritório de Pedro Rotta, onde trabalhava Beatriz Lessa da Fonseca, este o nome de solteira de Catta Preta. Ela o defendeu, conseguiu que respondesse ao processo em liberdade e tornou-se sua namorada. Em 2003, Carlos Eduardo foi condenado a três anos de prestação de serviços comunitários por crime de moeda falsa. Os dois se casaram, tiveram dois filhos e passaram a viajar com frequência para Miami. De acordo com amigos, é lá que estão agora. Sem previsão de retorno. O que teme Catta Preta?
Rafaela
28/07/2015 15:58
Entao o Sr. Herculano quer dizer que vao se juntar todos. Só falta dizer que até o Adilson pode estar junto daqui um pokinho.

Herculano
28/07/2015 15:53
da série como a esquerda e a comprometida com o governo que rouba e deixa roubar, só vêm galhofam nos outros e autoridade dos jornalões contra os seus adversários, os mesmos veículos que acusam de pertencer a tal mídia golpista. O seu próprio defeito, só é percebido e ampliado quando nos outros.

CUNHA ENFRENTA DENÚNCIAS COM GALHOFARIA DOS IRRESPONSÁVEIS, por Eduardo Guimarães

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), está para ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República. Todavia, descarta possibilidade de se afastar do cargo mesmo se for encaminhado à Justiça por envolvimento na Operação Lava Jato.

"A eventual denúncia, se ocorrer, terá de ser apreciada pelo plenário do STF. Não cogito qualquer afastamento", disse Cunha em entrevista ao jornal Folha de São Paulo.

No primeiro dia útil desta semana, o presidente da Câmara foi alvo de protesto em frente a um hotel da capital paulista, onde participava de evento com empresários do país.

Os manifestantes portavam uma faixa com a inscrição "Fora Cunha", pedindo o afastamento do deputado federal da presidência daquela Casa Legislativa.

Cunha tem apanhado de todo lado. Grandes jornais, uma miríade de blogs políticos, centenas de milhares de pessoas nas redes sociais e até os próprios pares do deputado atropelam-se para ver quem bate mais em uma figura que representa como poucos a esperteza, os conchavos e a impunidade de setores da classe política.

Contra o deputado pesa uma tonelada de ações judiciais acumuladas ao longo de sua vida política, mas, nos últimos dias, surgiram denúncias de delatores da operação Lava Jato no sentido de que o presidente da Câmara pediu/exigiu e recebeu ao menos 5 milhões de dólares de propina.

Cunha está preocupado? Não parece. No dia em que a denúncia dos 5 milhões ganhou destaque ele apareceu na televisão e no rádio, em rede nacional, falando dos feitos de sua gestão espantosamente reacionária e irresponsável, que brinca com as contas públicas no exato momento em que o país precisa ajustá-las a qualquer preço.

Na semana passada, apesar de a Casa Legislativa que preside estar em recesso, estava lá fazendo sua lição de casa política.

Presente quase todos os dias na Câmara dos Deputados, o peemedebista está aproveitando os dias de calmaria na Casa para testar sua popularidade. Entre uma saída e outra de seu gabinete vem sendo abordado por turistas e atendendo a todos os pedidos para tirar fotos.

Ao mesmo tempo, Cunha apresentou reclamação ao Supremo Tribunal Federal contra o juiz Sérgio Moro, responsável pela investigação do esquema de corrupção da Petrobras, na qual é suspeito, e levou: o STF proibiu Moro de julgar Cunha antes de aquela Corte deliberar sobre seu caso.

E, como excelente comunicador que é, Cunha decidiu, simplesmente, não falar mais sobre a denúncia de que recebeu US$ 5 milhões de propinas em negócios da Petrobras: "Não falo mais sobre [operação] Lava Jato por orientação do procurador Antonio Fernando de Souza [seu advogado]. Ele acha que eu falo demais".

Panelaço contra seu pronunciamento na TV, Cunha tira de letra: "Vai ser um aplausaço".

Apesar de sua aparente autossuficiência, a situação não anda boa para o presidente da Câmara. Segundo a Revista Época, a Procuradoria da República já tem uma "bala de prata" contra ele.

Quando os Investigadores da Lava Jato afirmam ter encontrado a "bala de prata", aludem a apelido dado a conjunto de provas capaz de sustentar solidamente uma denúncia.

O que mais agrada à Procuradoria é o depoimento do ex-diretor de informática da Câmara Luís Eira. Ele foi ao Ministério Público informar que requerimentos supostamente usados para pressionar uma empresa a manter o pagamento de propina ao PMDB saíram do computador de Cunha.

A versão de Eira corrobora informações do doleiro Alberto Youssef.

Como se não bastasse, antipetistas históricos como o deputado do PMDB pernambucano, Jarbas Vasconcelos, provavelmente um dos maiores antipetistas de Pernambuco, e também peemedebista Pedro Simon, que nunca perdeu uma onda antipetista, unem-se inclusive a tucanos para reprovar o presidente da Câmara.

E, no caso dos peemedebistas, o que se pede é que deixe o cargo.

Enquanto isso, Cunha atua em todas as frentes com desembaraço, confiança e até grandes doses de fanfarronadas. Faz piada. Diz que se a Polícia Federal quiser revistar sua casa terá que chegar após uma hora previamente estipulada de forma a não acordá-lo.

Alguns dirão que oxalá os petistas tivessem a coragem de Cunha, sua cara-de-pau, sua verborragia, sua audácia. Em vez disso, apanham calados, esquivam-se da imprensa, encolhem-se.

O drama é que, além de sua postura pessoal - que se pode ignorar com uma expressão de asco -, Cunha usa a pauta da Câmara dos Deputados para torpedear o governo. Com as contas públicas enfrentando problemas, propõe simplesmente mais aposentadorias para todo mundo. Um verdadeiro liberou geral.

As pautas-bomba de Cunha prometem dificultar ainda mais a governabilidade do país e, de quebra, a vida de cada um de nós, entre os quais a quem ache o máximo sabotar o governo petista, como se cada brasileiro não tomasse na cabeça quando se usa o Estado para guerrilhas políticas.

Enfim, por mais que, politicamente, seja eficaz a forma como Cunha enfrenta seus acusadores devido à sua espantosa capacidade de chegar à galhofa diante dos questionamentos - inclusive recusando-se a fazer o que é obrigação de todo homem público, que é explicar-se - que lhe são feitos, todos sabemos que homens públicos como ele são uma ameaça à sociedade.

As pessoas que se constrangem e até se calam diante de acusações graves até podem ser culpadas - assim como podem ser inocentes, pois não existe culpa prévia -, mas ao menos demonstram compostura.

Cunha adota uma postura profissionalmente marqueteira diante de acusações graves que deveria tratar de explicar com sobriedade. O profissionalismo dele é comum àqueles que sabem muito bem o que querem e estão se lixando para o interesse público.

A postura galhofeira do presidente da Câmara dos Deputados é uma afronta ao país e um desrespeito ao Judiciário, ao Ministério Público e a todos aqueles que o questionam enquanto o investigam. Se ele não quer se dar ao respeito, que ao menos nos respeite.
Denis Eduardo Estevão
28/07/2015 13:31
Curioso é ver que tem gente que não muda nunca.

Vão querer falar que eu trabalhei com a turma do PT, vão querer falar que eu e o Marcelo tivemos acordo, já deu com essas historias, vamos evoluir no debate. Ao curioso de Gaspar, ontem tínhamos reservado a sala de reuniões da câmara, por outros motivos não a conseguimos, e o vereador disponibilizou o seu espaço, não teve somente pessoas do PSD, inclusive sou PSD, mas tivemos pessoas do PSDB, PP, PMDB, a finalidade não é oportunismo, muito pelo ao contrario, a finalidade é não a está velha politica que corroí o nosso pais, a mais a você vai indagar que somos PSD, que tem o PMDB que fazem base aliada ao governo federal, certo fazem, o nós da cidade de Gaspar, não apoiamos de nenhuma foram esta aliança, e antes de que volte a falar do emprego, meu amigo eu pedi a conta. Eu estive lá ontem na reunião e me coloquei a disposição para ajudar. E pelo oque eu entendi eu seu comentário, você estava na câmara de vereadores ontem, certo? Faz diferente o sujo falando do mau lavado, se mostre, não se esconda. Como já vi tantos ai se escondendo, é porque não tem opinião formada ou é mandado por alguém, das duas ou uma, você não tem crédito para comentar. E lhe faço um convite, diz 16/08, as 14 horas na praça em frente a prefeitura estaremos lhe esperando, de braços aberto, venha vista-se com as cores da bandeira. Obrigado Herculano pelo espaço.
Despetralhado
28/07/2015 13:20
Sr. Herculano - GASPAR ACORDADA. Por favor, hora e local.
Quero participar.

Fora trombolho.
LuLLa: O chefão da ORCRIM.
Elle sabia e comandava tudo!
Cadeia neLLe!
Herculano
28/07/2015 13:20
PT PRMETE "GUERRA" A OPOSIÇÃO EM REAÇÃO A OFENSIVA CONTRA LULA, por coluna Painel, no jornal Folha de S. Paulo

À prova de bala O PT promete "guerra" à oposição no Congresso, na volta do recesso, em reação ao que considera ofensiva orquestrada para atingir Lula. Senadores e deputados vão responder a ataques nas tribunas e "partir para cima" de caciques tucanos como Aécio Neves (MG) e Cássio Cunha Lima (PB), ambos ex-governadores. A estratégia será cobrar que a Lava Jato aprofunde investigações sobre a relação das empreiteiras com governos do PSDB em Estados como São Paulo e Minas Gerais.

Limites
De um senador petista que esteve com o ex-presidente na semana passada, ao explicar a reação da sigla: "Mexer com a Dilma tudo bem, mas com o Lula não!".

Rua Dirigentes de partidos da oposição já apontavam na semana passada que o agravamento da situação de Lula é um dos poucos fatores que podem reagrupar forças de esquerda, hoje dispersas e críticas ao governo Dilma.
Arara Palradora
28/07/2015 13:17
Querido, Blogueiro!

Quando li - postado às 08:11Hs - "Dilma acorda cedo diariamente e sai para passear de bibicleta... Vai do nada à coisa alguma".

Me lembrei da ponte do prefeito Pedro Celso Zuchi.
Também vai do nada à coisa alguma.

Voeeeiii...!!!
Herculano
28/07/2015 13:13
ESTÁ TUDO DOMINADO, MANO! E QUEM ESTÁ PRESO E INCOMUNICÁVEL É MARCOLA. ELE É UM PÉ DE CHINELO PERTO DESTA GENTE DE COLARINHO BRANCO E FILIADOS A PARTIDO QUE SE DIZEM ÉTICO E ACIMA DE QUALQUER SUSPEITA

Em coletiva de imprensa sobre a nova fase da operação, chamada de Radioatividade, o procurador federal Athayde Ribeiro Costa disse que a investigação mostra que a corrupção não está restrita à Petrobras, mas se espalha por outros órgãos da administração pública.

A nova fase não "mira" pessoas ligadas a partidos políticos, e sim Othon Luiz Pinheiro, presidente licenciado da Eletronuclear, que foi preso hoje e teria recebido R$ 4,5 milhões em propina.

A investigação apura formação de cartel e o prévio ajustamento de licitações nas obras da usina nuclear Angra 3 e confirmou informações dadas pelo delator Dalton Avancini, ex-presidente da Camargo Corrêa.

"Mesmo com a Lava Jato, a corrupção no Brasil ainda não foi estancada. A corrupção no Brasil é endêmica e está em processo de metástase", disse Ribeiro Costa, defendendo mudanças no sistema de combate ao crime no País
Herculano
28/07/2015 13:02
LAVA-JATO: MÉTODO PECULIAR DE INVESTIGAÇÃO, por Lauro Jardim, de Veja

Os advogados da Odebrecht, na petição que enviaram ontem ao juiz Sergio Moro, sugerem que a PF tenta adivinhar o significado das siglas que constam nas centenas de mensagens que constam dos oito celulares de Marcelo Odebrecht, como se isso fosse um absurdo.

O que a PF deveria fazer, de acordo com a defesa, era ter ouvido Marcelo para desvendar os muitos mistérios que rondam as mensagens.

Taí um método de investigação peculiar: em vez de tirar conclusões próprias, a polícia pede ajuda aos acusados para entender o que quiseram dizer.

Imagine-se o que teria sido a investigação em curso na Lava-Jato se, em vez de tirar suas conclusões com base no que leu e ouviu, a PF pedisse o auxílio de pessoas como os advogados de defesa para interpretar o que os acusados queriam dizer.
Herculano
28/07/2015 12:13
MAIS UMA DA ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA QUE SE DISFARÇA DE PARTIDO POLÍTICO E GOVERNO, CONTRA O POVO QUE SUSTENTA ESTA GENTE COM SEUS PESADOS IMPOSTOS E PARTE DELA PAGA COM PRÓPRIA MORTE NAS FILAS DE ATENDIMENTO DO SUS OU DO DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO E CÂNCER.

A TRANSFERÊNCIA DE PRESOS DA CARGERAGEM DA POLÍCIA FEDERAL EM CURITIBA PARA PRESÍDIOS PARANAENSES FOI A SENHA DE QUE MAIS GENTE IRIA PARAR LÁ. E NÃO DEU OUTRA. NOTÍCIA DESTA TERA-FEIRA: PRESO, PRESIDENTE DA ELETRONUCLEAR QE RECEBEU R$4,5 MILHÕES EM PROPINAS

Conteúo da vista Veja. Texto de Carolina Farina. Preso nesta terça-feira durante a 16ª fase da Operação Lava Jato, o presidente licenciado da Eletronuclear, subsidiária da Eletrobrás, Othon Luiz Pinheiro da Silva recebeu pelo menos 4,5 milhões de reais em propina, de acordo com o Ministério Público. Os pagamentos foram feitos entre 2009 e 2014 pela Andrade Gutierrez e Engevix, duas das empreiteiras que integravam o chamado clube do bilhão. Já Flavio David Barra, presidente da Andrade Gutierrez Energia também preso nesta terça, foi apontado como o responsável por negociar propina em contratos da usina de Angra 3.

De acordo com a Procuradoria, a propina era repassada ao presidente licenciado da Eletronuclear por meio de empresas de fachada - as investigações mostraram que as firmas não tinham pessoal para executar os serviços apontados ou que o dinheiro apenas 'pingava' na conta delas, sendo imediatamente transferido para a de Pinheiro da Silva. Ele recebia a propina por meio de outra empresa, a Aratec.

O avanço da Lava Jato para o setor elétrico mostra, nas palavras do procurador-federal Athayde Ribeiro Costa, que as irregularidades não estão restritas à Petrobras, mas "espalhadas em contratos da administração pública". Costa classificou a corrupção no país como "endêmica" e afirmou que ela se espalha como uma "metástase". "Hoje a corrupção no Brasil é um crime que compensa, porque os envolvidos saem impunes", afirmou Costa.

Além das prisões, foram conduzidos coercitivamente para prestar esclarecimentos os executivos Renato Ribeiro Abreu, da MPE Participações, Fabio Andreani Gandolfo, da Odebrecht, Petrônio Braz Júnior, da Queiroz Galvão, Ricardo Ouriques Marques e Clovis Renato Lima Peixoto, executivo aposentado da Andrade Gutierrez. Houve buscas nos escritórios dos investigados - os agentes apreenderam também cópias de e-mails funcionais.

As investigações se deram a partir de informações prestadas pelo executivo Dalton Avancini, da Camargo Corrêa, após acordo de delação premiada. Ele afirmou que o cartel de empreiteiras formado na Petrobras continuava a se reunir para discutir o pagamento de propinas a dirigentes da Eletrobras e da Eletronuclear, mesmo depois do estouro das investigações sobre o petrolão. De acordo com o MP, as investigações detectaram notas fiscais emitidas pela Aratec em dezembro de 2014, quando a Lava Jato já havia colocado na cadeia executivos de algumas das maiores empreiteiras do país.

Em relação a Angra 3, Avancini disse que o processo licitatório das obras da usina incluíam um acordo com a Eletronuclear para que a disputa fosse fraudada e direcionada em benefício de empresas como a Camargo Corrêa, UTC, Odebrecht, Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão, Technit e EBE - todas elas reunidas em dois consórcios. "Já havia um acerto entre os consórcios com a prévia definição de quem ganharia cada pacote", disse o delator, que também afirmou que propina deveria ser paga a funcionários da Eletronuclear, entre eles o presidente afastado da entidade Othon Luiz Pinheiro da Silva. Em agosto de 2014, em uma reunião convocada pela UTC Engenharia, o delator afirmou que foi discutido o pagamento de propina de 1% ao PMDB e a dirigentes da Eletronuclear.
Luiz Orlando Poli - sociólogo
28/07/2015 11:42
Um país potencialmente rico em marcha ré . Um país que tinha sido preparado para pisar o pé o acelerador com a estabilização da economia , via plano real. Um dos poucos países que consegue produzir três safra/ano. Um país que não ? acometido por grandes crises climáticas (terremotos, tsunamis ) enfim um país que reúne todas as condições para dar certo .O que falta a esse país ?

Curioso de Gaspar
28/07/2015 11:00
O cenário político de Gaspar virou uma canibalismo tremendo, é rato comendo rato. Eles acham mesmo que o povo não se toca?

Ontem na Câmara dos Vereadores de Gaspar eu pude ver pessoas do PSD se reunindo com representantes do Movimento Anti Dilma de Blumenau, que organizou os outros protestos da cidade. Parece que na falta de militantes, o partido está querendo pegar uma receita pronta de como ser oposição com a garotada blumenauense, que sozinha e sem partido faz mais que eles em quase 3 anos na Câmara.

Do outro lado o PT, que tem o prefeito e a presidente, como não tem o que alegar em defesa de tantas críticas que vem levando pela cidade, critica o governador e o ministro das cidades, que são do PSD. A ponte e a falta de segurança na cidade nunca esteve tão em alta nos bate papos petistas das redes socias.

É sujo falando de mal lavado... #AcordaGaspar
Ricardo
28/07/2015 08:36
BELCHIOR
Herculano, por isso que as coisas na politica não funcionam. Horas, a segurança é responsabilidade do Estado, este que não tem mais teta disponível de tanta gente mamando. O prefeito que foi eleito pelo povo e deve ser o primeiro a brigar pela nossa segurança, usa frases de autoproteção para se esquivar de um problema que de fato é seu também, ou o Belchior não faz parte de Gaspar?? Na hora de inaugurar alguma coisa todo mundo ajudou, todo mundo pediu, reivindicou, etc..quando surge um problema, poucos se habilitam a buscar solução. Parabéns as pessoas que saíram de suas casas para mostrar o descaso da segurança no Belchior. Começa a bater uma saudade de alguns ex-prefeitos como Francisco Hostins. Era mais ação, seriedade, e menos articulação e jogo politico de interesse próprio.
Herculano
28/07/2015 08:11
DILMA ACHOU A QUEM CULPAR PELA CRISE ECONÔMICA: O OMBATE À CORRUPÇÃO, por Ricardo Noblat para o jornal O Globo

Primeiro foi a crise internacional, que já não mais existe. Dilma culpou-a pelos maus resultados do seu primeiro governo. Como se ela nada tivesse a ver com eles.

Ontem, em reunião com 12 ministros no Palácio do Planalto, Dilma culpou a Operação Lava Jato pela queda do PIB - Produto Interno Bruto, a soma de todas as riquezas produzidas no país.

Por acaso ela quis dizer que o melhor teria sido que não houvesse a Lava Jato, operação destinada a apurar a bandalheira na Petrobras?

Dilma precisava de uma desculpa para explicar o desastre da economia sob o seu comando. Sobrou então para o juiz Sérgio Moro e a Polícia Federal.

Nunca se esqueça de que a Petrobras foi assaltada por diretores nomeados por Lula e empreiteiras a que hoje ele serve como palestrante e lobista internacional.

A culpa, portanto, é de Lula. E também de Dilma que fingiu desconhecer o que se passava por lá. Quando parou de fingir já era tarde.

Este é um governo desorientado. Ninguém dentro dele sabe para onde irá. E, muito menos, como deveria ir.

Dilma é uma presidente fraca que se cercou de ministros e de auxiliares igualmente fracos.

Ela sabe que seu governo só sairá do buraco se a economia voltar a esquentar. Mas não parece saber como fazer isso.

Ou melhor: pode até saber. Mas não parece convencida de que o caminho escolhido deverá ser mantido.

O ministro Joaquim Levy, da Fazenda, está perto do limite de sua paciência. Dá sinais de que talvez não suporte por muito mais tempo o esforço do PT em sabotá-lo.

Nelson Barbosa, ministro do Planejamento, está pronto para substituir Levy caso seja necessário.

O ajuste fiscal não saiu como Levy imaginava. Tampouco sairá o ajuste do ajuste.

Dilma acorda cedo diariamente e sai para passear de bicicleta pelos arredores do Palácio da Alvora.

Vai do nada à coisa alguma.
Herculano
28/07/2015 08:04
GOVERNADORES ADORARIAM FUGIR, MAS DILMA QUER DAR "UM ABRAÇAÇO" NELS, COMO DIRIA CAETANO... por Reinaldo Azevedo, de Veja

Ai, ai?

Há coisas, como costumo escrever aqui, que nem erradas são. Apenas não existem. A "política de governadores", que Dilma pretende ressuscitar, foi enterrada junto com a República Velha. E todas as tentativas de retomá-la, desde aquele tempo, deram em nada. Como dará de novo agora.

A presidente pretende reunir os 27 chefes de Executivos estaduais na quinta-feira para que eles conversem com as respectivas bancadas federais de seus Estados, tentando impedir a aprovação da chamada "pauta-bomba" - medidas que provocariam um rombo no caixa, a exemplo do tal aumento de 56%, em média, concedido ao Judiciário, que ela teve de vetar.

Qual é a justificativa para o encontro, tecnicamente procedente, mas politicamente inócua? Reajustes concedidos a funcionários federais e gastos impostos à União acabam, invariavelmente, impactando nos Estados. É verdade. A questão é saber qual é o real poder de fogo dos governadores nas bancadas federais. Os alinhamentos que se dão no Parlamento são de outra natureza. Nem mesmo o Senado está sujeito a uma influência muito forte dos governadores. A orientação partidária e as afinidades por setor da economia ou por convicção acabam tendo mais influência.

De resto, a tal pauta-bomba é mero pretexto. Dilma está querendo é dar uma demonstração de força política num momento em que se considera que cresceu a possibilidade de ter sequência uma denúncia contra ela na Câmara, já que, por enquanto aos menos, o governo avalia que é altíssimo o risco de o TCU recomendar a rejeição das contas. Também esse tema ficará fora da pauta, mas, como se sabe, presente.

Os governadores estão numa saia-justa. É provável que compareçam. Por outro lado, prefeririam ficar longe desse cálice. Nenhum chefe de Executivo estadual é hoje tão impopular como Dilma. O receio óbvio é que a impopularidade dela os acabe contaminando e que, vistos todos juntos, sejam considerados corresponsáveis pelo momento notavelmente ruim por que passa a economia.

A presidente pretende fazer a reunião na quinta, dia 30, quase antevéspera de ir ao ar o programa político do PT, no qual ela vai falar. O panelaço, apitaço, buzinaço e outros superlativos do descontentamento pátrio já estão convocados. Dez dias depois, há o protesto, que já se aposta gigante, do dia 16 de agosto. Ninguém estava disposto a posar agora ao lado de Dilma, mas sabem como é? No federalismo à moda brasileira, em que presidente da República é quase imperador absolutista, fica difícil recusar.

Já dá pra antever o desânimo. Os governadores adorariam fugir, mas Dilma faz questão de dar "um abraçaço" neles, como diria Caetano?
Herculano
28/07/2015 07:54
O PROCURADOR NA IGREJA, por Bernardo Mello Franco para o jornal Folha de S. Paulo

Aos 35 anos, o procurador Deltan Dallagnol é um dos principais personagens da Operação Lava Jato em Curitiba. Nesta segunda, ele falou sobre o petrolão em um espaço diferente: uma igreja batista na Tijuca, zona norte do Rio.

Cerca de 200 pessoas foram ouvi-lo, entre fiéis e pastores evangélicos. Antes de falar, o procurador, que tem mestrado em Harvard, foi apresentado como "servo" e "irmão". De terno e gravata, discursou do púlpito, citou a Bíblia e disse acreditar que Deus colabora com a Lava Jato.

"Dentro da minha cosmovisão cristã, eu acredito que existe uma janela de oportunidade que Deus está dando para mudanças", afirmou.

"Amém", respondeu a plateia.

"É isso aí. Deus está respondendo", devolveu Dallagnol.

O procurador pediu assinaturas para uma campanha do Ministério Público Federal que tenta endurecer leis contra a corrupção. Em tom pastoral, ele comparou a tarefa dos investigadores à de Neemias, personagem do Antigo Testamento que reconstrói os muros de sua cidade.

"Neemias agiu. Se nós queremos mudar o sistema, precisamos orar, agir e apoiar medidas contra a corrupção", disse. "O cristão é aquele que acredita em mudanças quando ninguém mais acredita. Nós acreditamos porque vivemos na expectativa do poder de Deus", prosseguiu.

Antes de participar de uma oração coletiva, Dallagnol pediu que os fiéis sigam a página do movimento "Mude - Chega de corrupção" em uma rede social. A página é mantida pelo pastor Marcos Paulo Ferreira, da igreja que ele frequenta em Curitiba.

Animado, o pastor anunciou uma série de mobilizações em agosto. A lista inclui uma "pregação contra a corrupção" no dia 16, data escolhida para as manifestações contra a presidente Dilma Rousseff e o PT.

Questionado pela coluna, Dallagnol não quis opinar sobre os protestos de rua. "Não somos contra nem a favor do impeachment. A gente não se manifesta sobre isso", afirmou.
Herculano
28/07/2015 07:48
A CRISE ESTÁ F... FOGO, por Lauro Jardim, de Veja

Oscar Maroni, dono do Bahamas Hotel Club, a mais famosa casa de ?entretenimento adulto? de São Paulo, como reza o eufemismo para o que acontece no local, tem procurado agências de publicidade para criar uma campanha para o seu negócio.

Maroni quer fugir da crise. Aos mais próximos, tem dito que de uma média de 150 clientes por noite no ano passado, caiu agora para quinze neste mês de julho.
Herculano
28/07/2015 07:40
NA LÓGICA DE DILMA, LAVA JATO É CULPA DE ÍNDIOS, por Josias de Souza

A hipocrisia é uma característica muito comum dos governos em apuros. Mas Dilma Rousseff exagera. Quando declarou, a portas fechadas, que a Lava Jato derrubou um ponto percentual do PIB, a presidente deixou de mencionar que a operação é uma reação da PF e da Procuradoria à roubalheira que viscejou na estatal durante os 13 anos de governos petistas.

Quando Lula governou o país, não hesitou em levar a Petrobras ao balcão. Decerto pensou que, sob o patrocínio de PT, PMDB e PP, as diretorias e subsidiárias da estatal seriam geridas sob critérios tecnicamente impecáveis. Mas o que se poderia esperar de prepostos de Renans e Collors senão gestões indignas?

Pelo menos R$ 7,5 milhões em verbas sujas extraídas da Petrobras foram parar na caixa registradora da campanha presidencial de Dilma. A presidente diz que seu oponente Aécio Neves bebeu da mesma fonte. E se declara chocada com a suposição de que o dinheiro possa não ser legal.

Considerando-se o pensamento cartesiano de Dilma, ela deve achar que a Lava Jato é culpa dos índios, que não puseram os portugueses para correr naquele fatídico 22 de abril. Num Brasil habitado exclusivamente por índios haveria vantagens e desvantagens. A desvantagem é que você, caro leitor, não existiria. Em compensação, também não existiriam a Dilma e seus raciocínios tortos.
Herculano
28/07/2015 07:37
"NÃO VAMOS PAGAR A CONTA DO PT". PSDB FARÁ CONVOCAÇÃO NA TV PARA PROTESTO CONTRA DILMA. É A PRIMEIRA VEZ QUE A SIGLA SE ENVOLVERÁ DE MAISRA MAIS CLARA COM OS ATOS. AÉCIO NEVES DIZ QUE PARTIDO NÃOQUER SER PROTAGONISTA DA MANIFESTAÇÃO (?)

Conteúdo do jorna Folha de S. Paulo. Texto de Mariana Haubert, da sucursal de Brasília. O PSDB decidiu usar inserções de rádio e TV para convocar a população a participar da manifestação contra o governo marcada para 16 de agosto onde grupos pretendem, entre outras reivindicações, pedir o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

É a primeira vez que o partido se envolverá de maneira mais clara a favor dos protestos de rua contra o governo. Em manifestações anteriores, lideranças tucanas deram seu apoio individualmente, sem a chancela oficial da legenda.

Três dos principais movimentos de rua críticos ao governo ?Vem Pra Rua, Movimento Brasil Livre (MBL) e Revoltados Online? chamaram uma manifestação para agosto com o mote "Não vamos pagar a conta do PT".

Além de pedir a saída da presidente, o protesto irá se concentrar nas críticas ao ajuste fiscal e no ritmo fraco de crescimento da economia.

O senador e presidente do PSDB, Aécio Neves (MG), afirmou que as inserções de 30 segundos irão estimular a participação das pessoas nas manifestações. Elas serão veiculadas a partir da próxima semana.

"Aqueles que estiverem indignados ou até mesmo arrependidos mas, principalmente, cansados, devem se movimentar, ir às ruas", disse.

Apesar do envolvimento direto do PSDB nos atos, Aécio diz que a sigla não quer ser protagonista, mas vai atender a um pedido dos eleitores que pedem maior aproximação do partido com os atos. "Se simplesmente desconsiderarmos que elas [as manifestações] existem, acho que estamos fugindo da realidade. A cobrança dos nossos eleitores é enorme."

PRESENÇA

Criticado por não ter participado de outras manifestações contra o governo, Aécio afirmou que ainda não decidiu se estará na próxima, mas avalia sua ida "com mais possibilidade".

"Meu cuidado maior é que, a partir do momento em que eu disser que eu vou, isso dá uma impressão de que é um movimento de partido. Não é. Se eu decidir ir, vou como cidadão", afirmou.

A diferença, segundo ele, com as primeiras manifestações, é que agora há uma convergência entre a sociedade e os políticos.

"O PSDB deve participar como uma parcela da sociedade, jamais como protagonista dessas manifestações. Até porque, quanto mais da sociedade elas forem, mais legítimas e representativas elas serão", disse.

Outros partidos da oposição, como o DEM, PPS e Solidariedade também deverão fazer convocações por meio de suas redes sociais. "Vamos manter nossa posição. Quem participa, convoca", afirmou o presidente do DEM, o senador José Agripino (RN).

LIDERANÇAS

A primeiras inserções, que não tratarão dos movimentos de rua, trarão falas das principais lideranças tucanas, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o senador José Serra (SP).

"Nosso esforço nessa relargada será mostrar uma grande sintonia entre as principais lideranças do PSDB. Temos que estar sintonizados com as ruas e com a população cada vez mais indignada com o que está acontecendo", disse o tucano.

"Somos hoje porta-vozes do sentimento de indignação, do sentimento de frustração da sociedade brasileira e até de decepção de eleitores do próprio PT. Nossa aliança tem que ser com a sociedade", completou.

Aécio afirmou ainda que o governo passa por uma "grave crise de confiança" e que Dilma precisa admitir que mentiu durante a campanha eleitoral de 2014, ao negar ajuste fiscal, e que errou na condução da política macroeconômica do país para reconquistar a credibilidade do seu governo.
Herculano
28/07/2015 07:32
GOVERNO TENTA SE REAPROXIMAR DE EDUARDO CUNHA, por Cláudio Humberto na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

O Palácio do Planalto tenta desesperadamente restabelecer ?diálogo? com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), que anunciou publicamente o seu rompimento com o governo Dilma e o PT. O problema é que Cunha lidera de fato a Câmara e a conduz para as decisões que considera acertadas, inclusive em votações que podem custar o mandato de Dilma, como rejeição das contas e impeachment.

Jogando a toalha

Destacado para a missão, o vice-presidente Michel Temer já jogou a toalha. Até ensaiou conversa, mas Eduardo Cunha o desestimulou.

Lenha na fogueira

Dilma quer Renan Calheiros como "bombeiro" junto a Eduardo Cunha, mas o presidente do Senado é mais inclinado a jogar lenha na fogueira.

Preço da inexperiência

Eduardo Cunha não aceita intermediários e Dilma não percebeu isso. Se ela quer restabelecer pontes, terá de reconstruí-las pessoalmente.

Carta na manga

Dilma considera recorrer a uma amiga, jornalista Cláudia Cruz, para tentar se reaproximar de Eduardo Cunha, o apaixonado marido dela.

DEPUTADOS DO PSDB VETARAM O PAPO COM LULA

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ouviu a bancada tucana na Câmara dos Deputados para recusar encontro com Lula. Deputados não estão dispostos a amenizar o combate ao governo Dilma. Pelo contrário, o pedido de Lula, recebido com sinal de fraqueza, será usado para estimular a população a comparecer às manifestações de 16 de agosto. FHC já avisou que o momento não é para aproximações.

Calma lá

Os tucanos avaliaram que um encontro das cúpulas partidárias soaria como "conspiração" contra a repulsa da população a Dilma e ao PT.

Pedido tardio

"Um aproximação deveria ter vindo em momento de crise económica e não política", avalia o líder do PSDB em exercício, Nilson Leitão (MT).

Lide com Rollemberg

O Grupo Lide, de empresários, liderado no DF pelo ex-senador Paulo Octavio, almoça hoje (28) com o governador Rodrigo Rollemberg.

Flerte explosivo

O Planalto monitora, apavorado, os pedidos de reunião de Eduardo Cunha com o governador paulista Geraldo Alckmin e outros líderes tucanos. Avaliam que nada de bom pode sair desses conchavos.

Panelaço

Boa parte do PT não aceitou muito bem a ideia de Dilma aparecer no programa da sigla que vai ao ar dias antes dos protestos de agosto. O temor é que a aparição provoque panelaço e estimule os protestos.

#vemprarua

Cresce o apoio ao protesto nacional contra o governo Dilma, marcado para 16 de agosto. No fim de semana, adeptos do movimento desfilavam em Brasília com um caixão representando a morte do PT.

Saída é regulamentar

Para não se indispor com taxistas e nem com a população, que exige o exercício do direito de escolher o Uber, grandes cidades mundo afora regulamentam o serviço eventual de motorista particular. Na Cidade do México, o pessoal do Uber paga ao município 1,5% sobre cada corrida.

Faltou o "matador"

Craque em campo e senador muito atuante, Romário (PSB-RJ) não conseguiu driblar a denúncia de suposta conta não-declarada de R$ 7,5 milhões na Suíça. Reclamou da notícia, mas não foi matador.

Apareceu

O presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, que anda evitando viagens internacionais, passou o fim de semana na companhia de uma paniquete no condomínio Saint Tropez, no Rio de Janeiro.

Mão aberta

O secretário de Saúde do DF, Fábio Gondim, não distingue brotoeja de catapora, mas se valoriza: diz que trocou uma suplência de deputado federal pelo cargo. Não é nada, não é nada, não é nada mesmo.

Pátria Educadora?

No país da Pátria Educadora, o município de Itaitinga (CE) realiza concurso para professores de Educação Básica, com salário distante do piso nacional (R$ 974,80) e para pedreiros (R$ 1.019,14 mensais).

Pergunta na Papuda

Vaca de R$2,2 milhões declarada em mensagens cifradas de Marcelo Odebrecht também tem direito a tossir ou só a mugir mesmo?
Herculano
28/07/2015 07:13
PADRÃO JABUTICABA, por Ricardo Balthazar para o jornal Folha deS. Paulo

Com siglas obscuras e elipses desconcertantes, muitas anotações encontradas nos telefones celulares do empresário Marcelo Odebrecht são indecifráveis como este trecho: "Minha cta Tau? Perguntas CPI. Delação RA? Arquivo Feira, V, etc. Volley ok? Panama?".

Outras passagens são mais esclarecedoras. Elas mostram que, antes de ser preso, o empresário estava muito preocupado com os riscos criados pela Operação Lava Jato para a sobrevivência dos seus negócios.

Um dos arquivos encontrados pela polícia sugere que ele estava empenhado em tranquilizar instituições multilaterais como o Banco Mundial, que ajudam a financiar obras da Odebrecht na América Latina e na África.

Outra anotação indica que Marcelo Odebrecht tinha interesse em conhecer melhor a experiência de multinacionais como a alemã Siemens, que conduziram investigações internas, reconheceram seus crimes e pagaram multas bilionárias após entrar em acordo com as autoridades.

O empresário cogitava contratar advogados que ajudassem a lidar com o problema nos Estados Unidos, mas às vezes hesitava. "Pode realmente valer a pena contratar adv US", anotou um dia. Em seguida, escreveu: "Padrao jabuticaba ou US?"

A opção pelo jeito brasileiro pode ter custado caro. Alguns dias após a prisão de Marcelo Odebrecht, executivos do grupo visitaram bancos no Brasil e nos EUA para acalmá-los e receberam garantias de que tudo continuaria como antes. Um banqueiro disse até que gostaria de visitar o empresário em sua cela em Curitiba, para expressar solidariedade.

Na semana passada, quando os procuradores da Lava Jato apontaram empresas controladas pela Odebrecht como a origem de milhões de dólares depositados em contas de ex-diretores da Petrobras na Suíça, ficou claro que os problemas da empresa estão só começando. Alvo de investigações no Brasil e na Suíça, ela agora deverá entrar na mira de outros países onde tem negócios.
Herculano
28/07/2015 07:06
GASPAR VAI PARA A RUA

Timidamente, mas começa a se organizar a manifestação do dia 16 de agosto por estas bandas. É a Gaspar acordada.
Herculano
28/07/2015 07:02
MANCHETE JORNAL NOTÍCIAS DO DIA DA RIC RECORD DE FLORIANÓPOLIS: IRMÃO DO SENADOR DÁRIO BERGER E DO PRESIDENTE DA ELETROSUL, DJAMA BERGER, AMBOS DO PMDB, SE BENEFICIOU DO PROGRAMA PRÓ CIDADÃO, EM FLORIANÓPOLIS. 12 FORAM PRESOS.

Ao Diário Catarinenense, da RBS Florianópolis, Delegado da Deic explica as suspeitas das fraudes contra a Prefeitura em Florianópolis. O texto e a entrevista é de Diogo Varas. Responsável pela Operação Trojan, que prendeu 12 pessoas nesta segunda-feira em Florianópolis, o delegado da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic) Walter Watanabe revela nesta entrevista ao DC as principais suspeitas em torno das fraudes no sistema tributário e no Pró-Cidadão da Prefeitura da Capital.

Watanabe afirmou que a investigação ainda está em segredo de Justiça e por isso não citou nomes nem detalhou a participação de cada um dos suspeitos.

Em nota, prefeitura de Florianópolis afirma que também investiga esquema

Diário - Há servidores da Prefeitura e advogados entre os presos?
Delegado - Sim, existem servidores, mas não posso citar quais são (segredo de Justiça). Existem servidores e particulares também. Tem alguns com prerrogativa de advogados, que não necessariamente exercem a advocacia.

Diário - O que ficou demonstrado no inquérito até agora? Existia mesmo uma fraude?
Delegado - Sim. Realmente ficou (comprovado). Lógico que existem ainda alguns detalhes para a gente poder finalizar esse inquérito. Essa operação serviu justamente para a gente finalizar a nossa investigação ou até identificar outros autores e outras provas. A gente vai fazer a análise dos objetos apreendidos para poder identificar se realmente se limitou a esse rol de investigados ou se ainda existem outros a serem apurados.

Diário - Em que consistia exatamente a fraude?
Delegado - A fraude consistia na alteração e na inserção indevida de dados junto ao sistema para poder beneficiar terceiros, como baixa de débitos e alterações de cadastro imobiliário para auxiliar os estelionatários também fora da Prefeitura.

Diário - Havia fraude no IPTU?
Delegado - A fraude no IPTU é uma das coisas que a gente também está investigando.

Diário - A fraude é de R$ 12 milhões estimada?
Delegado - Sim. É uma estimativa realizada com base na arrecadação em que se apurou um déficit de R$ 12 milhões aos cofres públicos de todos os anos, 2012, 2011...

Diário - Qual o período em que ocorreu a fraude?
Delegado - A gente percebeu que vem desde 2010, 2011, 2012. Mas pode ser que as fraudes tenham iniciado antes mesmo dessa data.

Diário - A fraude parou?
Delegado - A gente não tem como identificar se realmente as fraudes cessaram. Até porque o sistema ainda continua ativo. Mas a gente tem conhecimento de que vários sistemas de segurança da Prefeitura foram instalados para evitar que ligação de senhas de terceiros sejam utilizadas indevidamente.

As pessoas interessadas em tirar dívidas pegavam os servidores que tinham as senhas e esses servidores o faziam levando benefícios?
Exatamente. A questão de receber essa propina a gente não tem comprovado, até porque é algo difícil de comprovar. Muitas vezes o dinheiro é sacado, ninguém faz transferência bancária para ninguém. Mas que realmente ficou constatado essa baixa de débito realmente ficou configurado.

Diário - A polícia já conseguiu mapear os beneficiados com essa fraude?
Delegado - Nem todos. Porque na verdade R$ 12 milhões realmente é muita gente e isso só com uma auditoria do Tribunal de Contas para a gente realmente identificar quem são os beneficiados com essas fraudes.

Diário - A polícia já conseguiu mapear os cabeças, os chefes desse esquema?
Delgado - Na verdade são várias células e a gente conseguiu identificar alguns servidores, alguns particulares, que realmente tem bastante incidência. Então é em cima desses que a investigação se focou. Se tem outros o decorrer da investigação vai dizer.
Herculano
28/07/2015 06:46
AS BASES DE CUNHA, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Em seis meses, renovadas acusações de corrupção fazem diminuir de forma expressiva o apoio que o presidente da Câmara recebe

Hoje a atitude talvez não se repetisse. Àquela altura, porém, comandando a Câmara dos Deputados havia pouco mais de um mês, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) se mostrava tão à vontade que, mesmo sem ter sido convocado, decidiu comparecer à CPI da Petrobras para prestar esclarecimentos sobre as suspeitas que se lançavam contra ele.

Tudo não passava de opção política, sustentou o presidente da Câmara; seu nome fora incluído na lista de investigados no Supremo Tribunal Federal para "transferir a crise do outro lado da rua [Palácio do Planalto] para cá [Congresso]".

O doleiro Alberto Youssef apontara Cunha como beneficiário de propina no esquema de corrupção da estatal, mas poucos integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito julgaram oportuno dirigir ao peemedebista perguntas relacionadas com o escândalo.

Em vez disso, congressistas encarregados de questionar o deputado fluminense aplaudiram o chefe ao final de sua defesa e se revezaram no microfone no intuito de parabenizá-lo ?gesto compartilhado por membros tanto da oposição como da base aliada.

Passados quase seis meses de sua eleição para a presidência da Câmara, Eduardo Cunha já não ostenta tantos asseclas dispostos a defendê-lo. Mais que isso, mesmo entre seus correligionários começa a ganhar corpo uma ideia que pareceria impensável semanas atrás: seu afastamento do cargo.

Tendo obtido 267 votos (52% do total) na disputa interna e derrotado com folga Arlindo Chinaglia (PT-SP), o peemedebista logo foi visto como alguém capaz de incomodar o governo da presidente Dilma Rousseff (PT) e de fazer do Legislativo um Poder mais autônomo.

Se dirigiu votações com mão pesada, se impôs sua vontade e sua pauta ao conjunto dos deputados, se trabalhou contra o ajuste de que o país precisa, se dobrou o regimento da Casa perante seus interesses, nada disso incomodou os oposicionistas e os descontentes ?desde que, naturalmente, o Executivo sentisse duros golpes.

Apesar de não ter perdido sua capacidade de fustigar o Planalto, o presidente da Câmara viu diminuir de forma significativa o apoio que recebe dos colegas em suas investidas. Quando anunciou que estava rompendo com o governo Dilma, por exemplo, ficou quase isolado.

A mudança de clima coincide com a notícia de que o lobista Julio Camargo acusa Eduardo Cunha de ter recebido US$ 5 milhões em propina. Há, além disso, rumores de que a Procuradoria-Geral da República em breve apresentará denúncia contra o peemedebista. Dados esses fatos, seus aliados entraram em compasso de espera.

Ainda que seja por puro instinto de autopreservação diante da opinião pública - e não pela adesão a princípios éticos e morais?, parecem ter percebido que o eventual recebimento de acusação formal por parte do STF, mesmo sem pressupor culpa, não pode passar sem consequências políticas.
Herculano
28/07/2015 06:44
DEU NO BRITÂNICO "GUARDIAN": RECESSÃO BRASILEIRA CRA APERTO NA CAPITAL DA LINGERIE. PENSOU EM ILHOTA? NÃO É. MAS O QUADRO NÃO DEVE SER DIFERENTE.

Texto de Daniel Buarque. A capital brasileira da roupa íntima já sofre com os impactos da pior recessão no país em mais de duas décadas, segundo o jornal britânico "The Guardian".

Uma reportagem publicada no domingo no veículo estrangeiro mostra a realidade da cidade de Nova Friburgo, onde 1.300 pessoas trabalham com produção e comércio de lingerie e lidam com as dificuldades da economia nacional.

"Segundo o Sindvest, o sindicato local da indústria de lingerie, cerca de um quarto dos 200 mil moradores de Nova Friburgo dependem do setor têxtil. A cidade é responsável por 25% de toda a produção de alguns tipos de roupa íntima'', diz.

Com a crise econômica, entretanto, as lojas da cidade sofrem com a queda nas vendas, o que afeta toda a economia da cidade, com dificuldades ainda maiores para os menores empreendedores, ainda que o setor seja um dos menos atingidos nacionalmente.

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