14/07/2015
COMO FUNCIONA I
Quando dei aqui a informação de que o PT e o PMDB de Brasília e Florianópolis tramavam as candidaturas de Gaspar juntando os trapos para se salvarem no poder, o PMDB pulou no meu pescoço. O deputado Federal Rogério Peninha Mendonça ? cada vez mais um ator atuante na região - mandou até distribuir um desmentido oficial como se fossem todos uns tolos, principalmente eu. O PT, interessado na trama, ficou providencialmente em silêncio. Afinal, em política, nada é definitivo, nem mesmo no presente.
COMO FUNCIONA II
Mas o tempo é sempre o senhor da razão. Recentemente o ex-presidente do PMDB de Gaspar, Carlos Roberto Pereira, anunciou que vai fazer uma pesquisa em agosto por aqui. Entre outras, é para mostrar a Brasília e Florianópolis que Gaspar possui vida e destinos próprios. Ou seja, quer ter elementos para afastar a interferência que anunciei, negada pelo próprio PMDB que possui um candidato na rua há quase quatro anos, o ex-vereador Kleber Edson Wan Dall, hoje assessor na secretaria de Desenvolvimento Regional de Blumenau ? o cabideiro.
COMO FUNCIONA III
O PMDB finalmente mandou dizer e está publicado, que não importa quem. Ele está aberto a qualquer associação e coligação. Isto, naturalmente inclui o PT. Quer mais. Uma reunião recente ? daquelas entre poucos que se acham donos da cidade ? quis rifar Kleber Edson Wan Dall ? e unir PMDB ? com o empresário Antônio Carlos Schmitt, o Carlos Macuco - e PT ? com o médico Odilon Áscoli ? que já foi PMDB. O caso só não foi adiante ? por enquanto - porque faltou a benção de um dos participantes, o ex-prefeito Osvaldo Schneider, o Paca, a quem tentaram convencê-lo de tal união.
COMO FUNCIONA IV
Quer mais cinco exemplos de que cada vez mais as decisões fogem do passo local? O senador blumenauense Paulo Bauer, PSDB, a princípio identificado com Jaraguá do Sul, por obra partidária estadual diz estar disposto e pronto para disputar a prefeitura de Joinville com a ausência do cacique, o outro blumenauense, Luiz Henrique da Silveira, PMDB. Paulo Bornhausen, agora PSB, mas sempre nos conservadores PFL, DEM e PSD, também nascido em Blumenau e com passagens por Jaraguá e Joinville, mas cuja família sempre foi identificada com Itajaí, se assanha à prefeitura praiana para retomar à ribalta e projeção política estadual.
COMO FUNCIONA V
E os outros dois exemplos? Vem daqui. O candidato do PSD ou a coligação onde o partido estará, passará pelas mãos e arquitetura do presidente, o oestino Gelson Merísio e Jean Jackson Kulhmann, de Blumenau. Jorge Teixeira, de Rio do Sul, coordena o processo. Merisio deveria vir aqui na Festa de São Pedro e aproveitar para dar posse ao novo presidente do diretório local, Marcelo de Souza Brick em substituição a Fernando Neves. Não veio. Quer antes consistência dos planos e estratégias.
COMO FUNCIONA VI
O quarto exemplo aconteceu há duas semana e mostra a influência de Brasília e Florianópolis no PMDB de Ilhota. Na foto com o advogado daqui, Aurélio Marcos de Souza, mas que participou da convenção e assessora o PMDB de lá, os deputados Rogério Peninha Mendonça e Aldo Schneider. A criança é João José de Souza Neto. Então? Quem manda verdadeiramente neste jogo? Os locais cabem apenas dar os votos e caminhar sem alternativas no brete. Acorda, Gaspar!
TRAPICHE
Contagem regressiva. Em julho recomeçam as obras da ponte do Vale (prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, direto de Brasília).
O ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt, sem partido, diz que se recolheu e que estará longe da política pelos próximos cinco anos. Só falta ele dizer quando vai começar este ?recolhimento?. Há duas semanas, entretanto, Adilson vem agindo como se fosse uma peça principal da eleição do ano que vem por aqui.
Lançou a irmã, a professora Viviana Maria Schmitt dos Santos ? que nunca concorreu a nada - a vereadora pelo PSD; jurou que vai ?trabalhar? pela reeleição de Ciro André Quintino, PMDB, e por estas escolhas, sinalizou que estará fora da campanha à reeleição da outra professora e vereadora, a Andreia Symone Zimmermann Nagel, DEM. É que faltará votos para eleger três.
Mais. Em Florianópolis, articulou a visita no gabinete do presidente da Assembleia, Gelson Merísio, para filiação no PSD de Fernando Neves e Marcelo de Souza Brick, do suplente de vereador Charles Petry, PV, do Belchior. E para pedir votos para Petry, colocou no circuito, o ex-vereador do PMDB, líder comunitário Pedro Waldrich, o Dinho, hoje filiado no PPS.
Quer mais? Circulou com desenvoltura na volta da Expo-feira, Festival da Tilápias, tirou fotos com Pedro Celso Zuchi, PT; disse (de brincadeira ou para provocar e ser notícia, só pode ser), que pode ser vice de Mariluci Deschamps Rosa, PT e de quebra, admitiu que a mulher, Jaqueline Susan Sofia Schneider, PPS, filha do ex-prefeito e presidente do PMDB, Osvaldo Schneider, o Paca, pode ser vice de qualquer chapão, inclusive de Kleber Edson Wan Dall, PMDB. Ufa! Haja fôlego.
Na verdade, Adilson, sem partido e sem mandato, faz muita gente comer poeira na política. Afinal, quando começa o exílio dele de cinco anos que ele autoflagelou
Como é a realidade e que se esconde. O PMDB e PT acusam o ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt, sem partido, de estar a serviço da vereadora Andreia Symone Zimmermann Nagel, DEM.
Este é o jogo do medo. O PMDB já tentou anulá-la quando deu os votos da bancadas para romper o acordo que daria a presidência da Câmara à Andreia. O PT queria Andreia submissa, nula.
Primeiro não deu bola, depois a combateu, tentou anulá-la e agora na falta de algo sério para desconstitui-la, tenta associá-la ao nome de Adilson. O PT não se conforma com o policiamento implacável dela à administração de Pedro Celso Zuchi. Por enquanto, a tática não deu certo.
Então. Gaspar vai ter a tocha das Olimpíadas, mas não terá a ponte do Vale, o Anel de Contorno, a urbanização da Marinha, do loteamento das Casinhas de Plástico, a estruturação do da Arena Multiuso, a ponte do Bela Vista, a drenagem do Bela Vista...Circo.
Recentemente, os vereadores de Gaspar ficaram numa saia justa daquelas com o povo que estava lá na Casa das Leis. Ouviram que o horário em que eles se reúnem é impróprio para o povo que trabalha e os paga bem com os pesados impostos. Também querem saber onde foi parar o livro de assinaturas dos presentes. Faltou questionarem as prolongadas remuneradas dos nossos vereadores.
Pois é. Teremos um candidato autista e devotado à cabides?
Edição 1704
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