Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício

10/07/2015

herculanoGG.jpgFALSO DISCURSO I
O presidente do PT de Gaspar, José Amarildo Rampelotti, vereador, campeão de votos, o que encurrala de forma definitiva os divergentes nos discursos que faz pela cidade, líder da bancada petista na Câmara, perdeu-se -  mais uma vez -  na sessão de terça-feira. No plenário estavam alguns servidores, com cartazes (foto), mobilizados e representando o Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público de Gaspar - Sintraspug. Eram (e são) contra o projeto que redistribui os servidores municipais. Legítimo. Expressão de opinião em ambiente público. Um processo dialético permitido pela democracia. Ainda mais na Casa do Povo, com vereadores pagos pelo povo.

FALSO DISCURSO II
A ira e descontrole de Rampelotti foram uma consequência de quem não admite reveses, contraditório, opiniões plurais e diálogo, a não ser que ele esteja em vantagem ou se for para validar o que ele quer e pensa. Como a proposta havia sido retirada de pauta por iniciativa do vereador Ciro André Quintino, PMDB, com os oito votos a dois, Rampelotti resolveu radicalizar como uma criança que perde o brinquedo preferido. Perguntou aos servidores o que eles estavam fazendo no plenário naquele horário, pouco depois das 15 horas na Câmara, ao invés, segundo ele, de estarem trabalhando. Corajosamente e de forma cidadã, estavam lá protegendo direitos de uma classe. Informaram. O vereador ficou possesso. 

FALSO DISCURSO III
Ouviu deles, o óbvio e o que pediu: de que estavam lá naquele horário, porque os vereadores ao invés de se reunirem a noite, preferem o dia, exatamente para não serem importunados. O clima esquentou. A própria vereadora Andreia Symone Zimmermann Nagel, DEM, - a única que enfrenta e desmoraliza o PT e por isso é taxada de mentirosa, ingrata e de estar a serviço de outros para apenas constrange-la na falta de argumentos -  lembrou que o vereador não foi justo com os servidores. O próprio PT, a prefeitura e o secretário de Obras, Lovídio Carlos Bertoldi, protegido pelo discurso de Rampelotti na época, nos seus interesses, liberaram os motoristas e operadores de máquinas no horários de trabalho, exatamente para se mobilizarem e pressionarem ao vivo, no horário de trabalho, os vereadores pela aprovação do projeto que deu salário diferencial para eles. 

FALSO DISCURSO IV
Quando se contrata um servidor, ele faz um concurso para uma função. Mudá-lo sem uma clareza e segurança jurídica é um retrocesso. Quem sofreu isto na pele foi um dos fundadores e o primeiro presidente do Sintraspug (sindicato que fez 26 anos nesta quarta-feira), Odir Barni. Ele -  hoje esquecido pela diretoria -  naquela época foi perseguido, remanejado, colocado na ?geladeira? por muitas vezes pelo ex-prefeito Luiz Fernando Poli, PFL, depois DEM e hoje no PDT. É contra esta insegurança e a pessoalidade que o Sintraspug de hoje se insurge. Afinal, os recentes encanadores do PT aprovados em concurso público, em quais cargos estão mapeados pela liberalidade de tal projeto? Quem é que o PT, às vésperas de uma eleição municipal difícil para o partido por aqui, quer colocar na ?geladeira?, ou constranger no seu modo de ser, ou animar e promover como cabo eleitoral? O assunto volta em Agosto. Acorda, Gaspar! 

TRAPICHE 

Contagem regressiva. Em julho recomeçam as obras da ponte do Vale (prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, direto de Brasília). 

O prefeito de Gaspar ainda não foi neste julho a Brasília.

Só agora. O Tribunal de Contas acaba de aprovar as contas do Fundo Municipal de Saúde de 2007, quando Adilson Luiz Schmitt, sem partido, era prefeito. O relator foi Ardicélio de Morais Ferreira Júnior. As contas de 2005 e 2006, todavia, continuam encrencadas. Foi a época da secretária de Saúde e hoje vereadora, Ivete Mafra Hammes, PMDB.

Para este período, o Tribunal de Contas mandou o atual prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, abrir uma ?tomada de contas?, um tipo de esclarecimento sobre as prestações apresentadas naquela época. O assunto se arrasta apesar dos prazos. Aliás, esta dúvida é a principal distância que se criou do Adilson com o PMDB de Gaspar, partido pelo qual se elegeu prefeito.

O ex-prefeito Bernardo Leonardo Spengler, o Nadinho, PMDB, já falecido, foi o único na história de Gaspar a ser afastado pela Justiça ? assumiu o vice, Andreone Cordeiro dos Santos, PTB ? neto do primeiro prefeito, João dos Santos. Nadinho resolveu bancar um novo jornal para desmoralizar o Cruzeiro do Vale. Deu no que deu: com o ex-prefeito e o jornal A Voz do Vale. Isto é história. Ou também vão querer muda-la?

O Tribunal de Contas acaba de dizer que Luiz Mondini, dono dos Guinchos Galego, não tem razão em querer cobrar da prefeitura o serviço de guarda de veículos no seu pátio, enquanto fazia o serviço esperando a regularidade da permissão pública por edital da prefeitura de Gaspar. O relator foi Wilson Rogério Wan Dall.

A Aquipar ? Associação de Aquicultores de Gaspar e Região ? pediu em 2006 e conseguiu uma verba de R$50 mil da secretaria de Turismo e que tinha como titular o ex-deputado Gilmar Knaesel, PSDB. Era para a participação na Expogaspar de 2007. Não prestou contas do uso dos recursos.

Agora, do total, R$ 16.562,78 foi considerado regular. R$ 28.437,22 o presidente da Aquipar, Paulo Marangoni terá que devolver por irregularidade na prestação de contas da entidade. A eles somam-se R$5.000,00 de despesas de captação. Por fim, Paulo foi multado em R$1.000,00 e foi declarado com a sua Aquipar impedidos de receber qualquer verba pública estadual até a regularização da situação. O relator no Tribunal de Contas foi Ardicélio de Morais Ferreira Júnior.

Ilhota em chamas I - Quando a balsa vai parar outra vez por problemas técnicos? Já existe um bolão com palpites circulando na cidade. Até mesmo o vereador Roberto Prebianca, PSD, o partido do prefeito Daniel Christian Bosi, desancou esta instável e rotineira situação no seu facebook.

Ilhota em chamas II ?O PP diz que já tem candidato para as eleições do ano que vem. É o Roberto da Silva, o Betinho da Contabilidade. Coligação? Segundo o PP, com todos; menos o PMDB.

Do presidente do PT, líder da bancada José Amarildo Rampelotti, os vereadores não devem ceder à pressão dos servidores contra o projeto que permite a redistribuição dos funcionários. Primeiro: não ele nem convenceu seu par de partido Daniel do Reis Fernandes que votou pelo adiamento.

Segundo: Rampelotti não era servidor, sindicalista e fez votos exatamente com discursos a favor dos companheiros e camaradas contra os neoliberais e outros assemelhados? Como agora quer todos fiquem calados e não apareçam na Câmara para fiscalizar seus vereadores?

Fazia tempos que uma sessão da Câmara de Gaspar não fervia. Sem retoques, claro, direto e contundente foi o discurso da cidadã Luciana Aparecida Benaci contra o descaso de dois anos da prefeitura para a promessa de pavimentar as ruas Pedro Schmitt Júnior e Arthur Poffo, no Poço Grande. O PT culpa a burocracia. Devia culpar a inércia, a incompetência e o falso discurso nas entrevistas de rádios e palanques pré-eleitorais.

Perguntar não ofende. A Expofeira de Gaspar voltou parcialmente. E a prestação de contas das anteriores feitas pela administração petista? 


Edição 1703
 

Comentários

Ligado e pilhado
13/07/2015 17:20
HORA EXTRA

Oras essa, se a moda pega logo o ministério público estará por aqui também, tem secretarias e autarquia na cidade que bate o recorde em hora extra e pra não dizer que é mentira é só investigar. é pena que ainda não se tem o portal da transparência como em Blumenau. O caos de tudo é que muitas vezes a hora extra é so para os protegidos. E viva a sociedade alternativa.
Juju do Gasparinho
13/07/2015 13:30
Prezado Herculano:

"Segundo Josias de Souza, UOL, o governo está se borrando de medo de um possível sucesso dos protestos agendados pelos grupos que apoiam o impeachment, programados para o dia 16 de agosto, o mês do desgosto.

PRA CIMA DA CORJA, MENINOS E NÃO ESQUEÇAM DA COVARDIA DA OPOSIÇÃO E DO CONLUIO DOS MERCENÁRIOS."

E do principal: #EuApóioMoro!
Do Blog do Manoel.

É que políticos tem medo das Manifestações que, em última análise,
reflete votos.
Arara Palradora
13/07/2015 13:07
Querido, Blogueiro!

A Rosemari Noronha também é considerada PROSTITUTA DE LUXO?
Às o8:02Hs.

Voeeeiii...!!!
Mariazinha
13/07/2015 12:59
Seu Herculano;

Sabe o sr. que gostei do que Mario J. Silveira escreveu?
Em seu texto não há retoque.
Mas gostei mesmo, foi da última frase:
"...sobra ainda o pau mandado que vive de política."

#TiranoDoméstico
Bye, bye!
Herculano
13/07/2015 10:49
UMA ATITUDE POLÍTICA E ADMINISTRATIVA

Prefeito de Itapema, Rodrigo Bolinha, PSDB, anunciou a redução no próprio salário e também nos de secretários e comissionados. O motivo, assim como em Itajaí e outras cidades, é equilibrar as contas em tempos de crise econômica e queda na arrecadação.

Já em Gaspar na prefeitura do PT....
Mario J. Silveira
13/07/2015 10:17
Ao Luis Carlos Fagundes.
O que você escreveu é o mesmo pensamente que tenho em relação as pessoas de bem que estão se afastando da politica. Virou um negócio ser politico. Uma pessoa de bem que se arriscar em entrar na politica hoje em dia e não entrar na dança do (esquema, negociação, jogo, compra de votos, alianças, etc) não da em nada. Infelizmente todas as pessoas que você citou que poderão concorrer a eleição para prefeito no ano que vem são fracas, uns por não terem bagagem alguma, outros por não considerar de confiança e sobra ainda o pau mandado que vive de politica.
Herculano
13/07/2015 08:22
DINHEIRO E CORRUPÇÃO ALIMENTAM A ESPETACULAR FUGA DO NARCOTRAFICANTE MEXICANO

Em uma fuga com características cinematográficas, o narcotraficante mexicano Joaquín "El Chapo" Guzmán, 58, líder do poderoso cartel de Sinaloa, escapou na noite de sábado (11) de uma penitenciária de segurança máxima a 90 km da capital, onde estava desde fevereiro de 2014.

A fuga - sua segunda em 14 anos -, além de levantar temores sobre o retorno à ativa do homem que já foi apontado como o narcotraficante mais poderoso do mundo, expõe o governo de Enrique Peña Nieto, que havia promovido sua prisão, no ano passado, como símbolo de sucesso na guerra contra os cartéis.

Guzmán fugiu da prisão de Altiplano, na cidade de Almoloya de Juárez, por um túnel de 1,5 km de comprimento, 1,70 m de altura - "El Chapo" tem 1,68 m - e largura que variava entre 60 cm e 80 cm.

Para chegar ao túnel, ele saiu por um buraco de 50 cm por 50 cm na área do chuveiro - que não é vigiada por câmeras- , e desceu por um duto vertical de cerca de 10 m de profundidade, com a ajuda de uma escada, segundo Monte Alejandro Rubido, comissário nacional de Segurança.

Guzmán foi visto pela última vez na cela pouco antes das 21h (23h de Brasília), quando entrou no chuveiro.

No sofisticado túnel, que contava com ventilação e iluminação, as autoridades encontraram uma motocicleta adaptada sobre trilhos que teria servido para transportar as ferramentas necessárias para a escavação, assim como para retirar a terra. Autoridades acreditam que Guzmán possa ter usado a moto na fuga.

O canal, no qual também foram encontrados instrumentos de construção, tanques de oxigênio e recipientes com combustível, desemboca em um imóvel em construção, no bairro de Santa Juanita, ao sudoeste da penitenciária.

Após a descoberta da fuga, teve início uma verdadeira caçada na região da penitenciária, com batidas policiais nas rodovias. Os voos também foram suspensos no aeroporto mais próximo, em Toluca.

Segundo autoridades federais mexicanas, a Interpol emitiu um alerta internacional pela fuga de Guzmán.

Peña Nieto recebeu a notícia da fuga, que considerou "uma afronta ao Estado mexicano", quando viajava para a França para uma visita. O ministro do Interior, Miguel Osorio Chong, retornou imediatamente ao México.

"A sociedade mexicana está indignada e estou profundamente preocupado com a fuga de um dos criminosos mais procurados no México e no mundo", disse o presidente, que prometeu investigar se houve cumplicidade de funcionários da penitenciária. Trinta agentes penitenciários foram convocados para prestar depoimento.

TÚNEIS

O caso chama a atenção especialmente pelo fato de o cartel de Sinaloa ser conhecido por seu know-how na construção de túneis sofisticados para o transporte de drogas, armas e pessoas pela fronteira com os EUA.

Após a segunda prisão de Guzmán, em fevereiro de 2014, os EUA chegaram a tentar sua extradição. Na época, o secretário de Justiça mexicano, Jesús Murillo Karam, disse não haver a possibilidade de uma segunda fuga do traficante no México.

No domingo, a secretária de Justiça americana, Loretta Lynch, ofereceu ajuda para a captura de Guzmán.

Depois da primeira fuga, em 2001, "El Chapo" retornou ao comando de Sinaloa, e em poucos anos levou a organização a dominar o mercado do México com o tráfico de cocaína e o dos EUA, Europa e Ásia, com o de maconha.

Em 2011, ele apareceu na lista das maiores fortunas do mundo feita pela "Forbes", com mais de US$ 11 bilhões.

A guerra entre cartéis é responsável por milhares de mortes no país - só em Ciudad Juárez, na fronteira com o Texas, mais de 10 mil já morreram.
Herculano
13/07/2015 08:09
TRÊS MITOS SOBRE O CAPITALISMO NO DISCURSO DO PAPA, por Leando Narloh, de Veja

O papa Francisco deu um discurso claramente anticapitalista ontem na Bolívia. Defendeu mudanças estruturais contra a "ditadura sutil" das forças do mercado. "Reconhecemos que este sistema impôs a lógica dos lucros a qualquer custo, sem pensar na exclusão social ou na destruição da natureza?", disse ele. Há na fala do papa pelo menos três mitos frequentemente repetidos sobre o capitalismo. Estes aqui:

"O capitalismo destruiu a natureza"

A princípio parece difícil de discordar do papa. Da Revolução Industrial do século 19 até a China dos dias de hoje, o avanço das fábricas cria nuvens negras nas cidades. O que pouco se diz é que só depois de um certo nível de prosperidade (criada pelo capitalismo) surge a preocupação dos cidadãos com o meio ambiente.

Isso fica claro com o seguinte dilema. Imagine o leitor que está à beira de morrer de fome e consegue caçar um pato. Mas tem um problema: trata-se de um animal em extinção, talvez o último sobrevivente daquela espécie rara de pato. Quem preza pela própria vida até lamentaria o fim da espécie, mas comeria o infortunado pato sem pensar demais. Já se o leitor está de barriga cheia, fica mais fácil poupar o animal. Do mesmo modo, só países enriquecidos pelo capitalismo podem se dar ao luxo de se importar com a natureza.

Os economistas chamam esse fenômeno de "curva ambiental de Kuznets". Quando um país atinge a marca de 4 mil dólares de renda per capita, a ecologia entra na agenda pública. Florestas, animais, ar e rios limpos ganham relevância. Mais uma vez é o exemplo da China, que agora, mais rica, luta para despoluir as cidades. Países comunistas (de verdade, não como a China hoje) nunca chegaram a esse nível de renda - não à toa, avançaram sobre a natureza com muito mais força que os capitalistas.

"O capitalismo nos tornou egoístas"

Bem, seria preciso encontrar um modo de medir o egoísmo em diferentes épocas. Parece impossível - ou seja, a opinião do papa é frágil. Também sem provas ou medições, poderíamos supor o contrário. Assim como a prosperidade possibilitou a preocupação com a natureza, facilitou a caridade e a preocupação com o próximo. Aqui também vale um exemplo. Se o leitor tem três sacos de batata em casa, e vai precisar de todos os três nos próximos meses, fica difícil doar um deles. Mas se o estoque conta com vinte sacos de batata, destinar alguns aos pobres se torna barato. O capitalismo de massa, ao possibilitar a abundância, barateou a caridade - e deu força a outras lógicas, além da "lógica do lucro" do discurso do papa. Estão aí os grandes bilionários do mundo, como Bill Gates, que doa mais da metade da sua fortuna, para provar que é mais fácil ser caridoso quando rico. Como diz Deirdre McCloskey, da Universidade de Chicago, "o capitalismo não corrompeu a natureza humana pelo contrário, ele a melhorou".

"O capitalismo exclui os mais pobres"

Antes do capitalismo industrial, quatro em cada dez pessoas morriam ou durante a gestação ou até completar 15 anos. Crises de fome ceifavam 10% a 15% da população pelo menos uma vez por século. Vestidos e casacos, de tão caros, apareciam em testamento como herança. Quase todos os gordos eram ricos, mas só os ricos tinham comida de sobra. Quem ingeria 900 calorias por dia poderia se considerar sortudo - hoje temos que nos esforçar para ingerir menos que 2400 calorias. A altura média dos homens passou de 1,68 metro (em 1700) para 1,77 hoje. Desculpa, caro papa Francisco, mas na Idade Média, quando a Igreja dominava o mundo, a pobreza era um pouquinho maior. Não foi o capitalismo que excluiu os pobres, e sim a falta de capitalismo.
Herculano
13/07/2015 08:02
DINHERO DESVIADO DA PETROBRÁS PAGOU PROSTITUTAS DE LUXO, por Flávio Ferreira, enviado especial do jornal Folha de S. Paulo a Curitiba

Além de financiar a compra de helicópteros, lanchas e carros importados, o dinheiro desviado da Petrobras pelo esquema de corrupção investigado na Operação Lava Jato também foi usado para pagar serviços de prostituição de luxo com "famosas" da TV e de revistas para diretores da estatal e políticos, segundo relatos de delatores às autoridades do caso.

A história foi explicada ao Ministério Público e à Polícia Federal pelo doleiro Alberto Youssef e o emissário dele, Rafael Angulo Lopez, após eles terem sido questionados sobre expressões usadas nas planilhas nas quais registravam o fluxo do dinheiro do esquema de corrupção.

De acordo com os controles dos dois delatores, só em 2012 cerca de R$ 150 mil foram gastos para financiar a contratação das garotas, algumas delas conhecidas pela exposição em programas de TV, capas de revistas e desfiles de escolas de samba.

Colaboradores explicaram que todos os valores associados aos termos "artigo 162" e "Monik" nas planilhas foram destinados ao pagamentos de prostitutas que cobravam até R$ 20 mil por programa.

A expressão "artigo 162" era uma referência ao endereço de uma cafetina conhecida como "Jô", que agenciava programas para os dirigentes da Petrobras e políticos.

Nas planilhas entregues aos investigadores, há vários lançamentos de R$ 5 mil e R$ 10 mil ligados a esses termos. Muitas vezes as prostitutas buscavam os pagamentos em dinheiro no escritório de Youssef, segundo os relatos.

O dinheiro do esquema de corrupção também era usado para bancar festas com as garotas. Só em uma delas, no terraço do hotel Unique, em São Paulo, foram gastos R$ 90 mil principalmente em bebidas, de acordo com os delatores.

Um comprovante de transferência bancária de um exdiretor da Petrobras para uma garota conhecida na mídia, no valor de R$ 6 mil, foi encontrado em uma das buscas autorizadas pela Justiça na Lava Jato, e ficou famoso entre os investigadores do caso.

A força-tarefa da Lava Jato não utilizou esse papel e as explicações dos delatores sobre o emprego de valores desviados para contratação de prostitutas, pois a mera solicitação ou aceitação de propina ou vantagem pessoal já confere o crime de corrupção - não importando, para fins penais, a maneira como o dinheiro sujo foi utilizado.

Embora a prostituição não seja crime, explorar o trabalho de garotas de programa é.
Herculano
13/07/2015 07:59
MITOS DA LAVA JATO PODEM LEVAR À DEPRESSÃO por Gesner Oliveira, Fernando S. Marcato e Pedro Scazufca para o jornal Folha de S. Paulo

A Petrobras tem enorme poder de compra. Não há margem para os fornecedores formarem um cartel e prejudicarem o comprador

A investigação de irregularidades em contratos da Petrobras é fundamental para o aperfeiçoamento de nossas instituições. A apuração dos fatos e a eventual condenação dos responsáveis são necessárias.

Até agora, contudo, o espetáculo na investigação da Operação Lava Jato prevaleceu sobre o conteúdo. E o real objeto de investigação deu lugar a mitos que causam enormes prejuízos ao emprego, à produção e, ao final, retarda o próprio processo de aperfeiçoamento institucional. Há três noções que têm apelo popular e dão boas manchetes, mas que são totalmente equivocadas e geram efeitos devastadores.

A primeira é a proposição de que a Petrobras teria sido vítima de um cartel de empreiteiras. Tal noção é insustentável. Do ponto de vista da defesa da concorrência, não faz sentido discutir qualquer infração sem a compreensão de qual é a estrutura do mercado na qual o suposto ilícito teria ocorrido.

No caso da Lava Jato, a Petrobras tem enorme poder de compra, para não dizer poder absoluto. O termo técnico é pouco conhecido: trata-se de um monopsônio, situação na qual há apenas um comprador, que pode, portanto, orientar e dirigir o mercado. Não há margem para os fornecedores formarem um cartel e prejudicarem o comprador.

Tal fato é ainda mais claro no caso da Petrobras, que detém o comando do processo de contratação mediante regime jurídico que limita o raio de manobra de suas contratadas. A lei nº 9.478/97 (Lei do Petróleo) autorizou a companhia a celebrar contratos por meio de procedimento licitatório simplificado.

Assim, a Petrobras deixou de seguir o modelo tradicional estabelecido na lei nº 8.666/93 (Lei de Licitações) para desenvolver forma própria de contratação de bens e serviços. Portanto a barreira à entrada de novos competidores decorre não de uma ação concertada entre empresas, mas do próprio formato de contratação sob o comando da Petrobras. É a Petrobras quem define os participantes das licitações por intermédio das cartas-convite.

A segunda noção equivocada é a de pretender que as empresas investigadas deixem de participar de novas licitações. Não há base constitucional para impedir que empresas sob investigação, que não tenham sido condenadas em última instância, participem de licitações.

Do ponto de vista econômico, equivale a excluir atores do mercado e diminuir a concorrência. A proposta que pretende defender a concorrência termina por reduzi-la, ampliando os custos para os órgãos públicos contratantes.

O terceiro equívoco é o de que os excessos e a espetacularização da Operação Lava Jato são neutros do ponto de vista econômico. Chega-se a argumentar com um misto de cinismo e ingenuidade que grandes empresas nacionais poderiam ser rapidamente substituídas por outras, inclusive estrangeiras.

Não se deve admitir que o clamor popular execre e destrua o patrimônio e empresariado brasileiro, com impactos nefastos na economia.

Exercício simples utilizando dados do IBGE mostra que o potencial de destruição de renda e emprego de uma Operação Lava Jato mal conduzida pode custar mais de R$ 200 bilhões em termos de PIB e mais de 2 milhões de empregos. É um passo na direção de algo pior que a recessão vivida atualmente: a depressão.

Deve-se aperfeiçoar as relações entre público e privado, cobrando transparência e governança. Não se pode, entretanto, querer saciar uma sanha irracional por vingança aniquilando a experiência e o talento empreendedor nacionais.
Herculano
13/07/2015 07:55
ENROLADOS NA LAVA JATO DÃO CANO NOS ADVOGADOS, por Cláudio Humberto na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Famosos criminalistas brasileiros, contratados a peso de ouro para defender acusados na Operação Lava Jato, estão diante de um dilema: abandonar ou não o trabalho. Alguns já o fizeram. O problema é mais grave nos casos em que o desmantelamento do esquema de corrupção na Petrobras afetou dramaticamente a saúde financeira das empresas. Pedindo para não serem citados, eles falam abertamente no "cano".

Financiamento

"Sem receber pelo trabalho, nós estamos financiando alguns dos caras mais ricos do mundo", diz uma das estrelas da advocacia criminalista.

Internalizar, não dá

Com seus doleiros presos e movimentações financeiras no exterior monitoradas, os empreiteiros não têm como "internalizar" dinheiro.

Empresas debilitadas

OAS, Engevix, Mendes Junior e UTC, que faturavam bilhões, estão entre as empreiteiras que mais dão sinais de debilitação pós-Lava Jato.

Devo, não nego...

Ao ouvir a cobrança do advogado, empreiteiro baiano que tem medo de voltar à cadeia foi sincero: "Você é a última das minhas preocupações".

ODEBRECHT JÁ NÃO AGUENTA MAIS A CARCERAGEM

Presidente da Odebrecht, empreiteira que mais ganhou contratos do governo na era PT, Marcelo Odebrecht não aguenta mais as condições de sua prisão. Segundo fontes próximas à Lava Jato, Marcelo oscila entre "demonstrações de nervosismo e abatimento" na cela na Polícia Federal, em Curitiba. As condições são ruins: nas primeiras noites, ele teve de dormir no corredor da carceragem em razão da superlotação.

Indignação

O pai de Marcelo, Emílio Odebrecht, que já presidiu a empreiteira, não para de fazer ameaças à cúpula do governo e ao ex-presidente Lula.

Ameaça é promessa

Foi Emílio quem declarou, após a prisão do filho, que "vão precisar de mais três celas: uma para mim, uma para o Lula e outra para Dilma".

Preventiva e longa

Marcelo Odebrecht está em prisão preventiva, o que significa que pode permanecer preso por até 180 dias, segundo a lei atual.

É o mesmo

O tucano José Serra (SP) faz sucesso com os caciques do PMDB no Senado, na hora de arredondar e votar projetos. Como sempre, divide e provoca ciumeiras. Só que, agora, com obstruções de senadores... tucanos. Eles não matam, mas se bicam muito.

Crise no PCdoB

A direção do PCdoB está rachada: uma ala, majoritária, liderada pela deputada Jandira Feghalli, defende a permanência na base de apoio do governo Dilma. A outra ala, minoritária, defende a debandada imediata.

Pendurada na brocha

O pessimismo de Dilma quanto ao próprio impeachment faz sentido: os parlamentares "aliados" votam contra a orientação do Planalto para que ela, já desgastada, vete o que eles aprovam quase sem pestanejar.

Mais um

Após ter indicações ignoradas pelo Palácio do Planalto, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), anda muito insatisfeito com Dilma. Funcionários da Casa dizem que o humor do chefe piorou muito.

MST vs. Meio ambiente

O governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), o chefe da Casa Civil, o secretário de Segurança e a PM discutem hoje, em Curitiba, uma saída para a destruição de dezenas de milhares de árvores em fazenda de reflorestamento da empresa Araupel, ocupada há um ano pelo MST.

Viaja, companheirada

O governo Dilma gastou R$ 1,82 milhão com passagens aéreas compradas no cartão corporativo, entre janeiro e março deste ano. É a única conta de cartão em que o governo detalha todos seus gastos.

Bombeiro

José Guimarães (PT-CE) confessou ao ministro Aloizio Mercadante que hoje quem mais dá trabalho nas votações da Câmara é a bancada do PT. Se até o PT é contra, outros partidos não querem ser "governo".

Desembarque

Os irmãos Ciro e Cid Gomes devem deixar o PROS nesta semana para se filiarem ao PDT, de Carlos Lupi. Os dois irmãos ex-governadores do Ceará esperam levar juntos mais de 60 prefeitos para a nova legenda.

Pensando bem...

... ao assistir à peça shakespeariana Othello, durante viagem à Itália, Dilma teve uma "aula mestre" para as iminentes traições de aliados.
Herculano
13/07/2015 07:44
ALÍVIO PARA OS MERCADOS. ZONA DO EURO, DE FORMA UNÂNIME, FECHA ACORDO COM A DÍVIDA GREGA

Conteúdo da Agência Efe. O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, anunciou nesta segunda-feira que os líderes da zona do euro fecharam "um acordo unânime" para iniciar as negociações para o terceiro resgate em favor da Grécia.

Tusk, disse que o acordo unânime fechado pelos líderes da zona do euro para iniciar as negociações para o terceiro resgate em favor da Grécia permitirá continuar apoiando o país.

"Acertamos em princípio que estamos preparados para começar as negociações para levar um programa ao Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE), o que em outras palavras significa continuar o apoio à Grécia", disse Tusk em entrevista coletiva após reunião do organismo em Bruxelas.

Em mensagem na rede social Twitter, assinalou ainda que "tudo está preparado para levar o MEE para a Grécia, com sérias reformas e apoio financeiro".
Herculano
13/07/2015 07:33
AGENTES DA INSTABILIDADE, por Valdo Cruz para o jornal Folha deS. Paulo

As turbulências na China são uma péssima notícia para o Brasil, mas podem ter até seu lado positivo num momento em que os agentes políticos por aqui passaram a brincar à beira do precipício.

Péssima porque, se a crise na China se agravar, pega o Brasil num momento de extrema fragilidade econômica. Aí, o que já está bem ruim pode ficar muito, mas muito pior.

Boa porque, diante da catástrofe, quem sabe a turma em Brasília acorda para a realidade, artigo que anda bem em falta neste ano não só no Congresso mas também em seus arredores. Até no Palácio do Planalto.

Enquanto no mundo real inflação e desemprego se aproximam dos dois dígitos, governistas e oposição jogam para a plateia e criam bombas fiscais no Congresso.

Alguns com o discurso corporativista, que atende a uma minoria ruidosa nas galerias do Legislativo e prejudica a maioria do país. Outros em busca de sangrar a presidente.

Em posição irresponsável, que não bate com seu passado, a oposição diz que o governo tem votos para derrotá-la. Não o faz porque está fraco e suas medidas também não combinam com sua história.

De fato, a mistura de fraqueza e incoerência está levando a uma situação perigosa. Parlamentares que ganharam cargos estão votando contra o governo, sem coragem de retaliar por temer, hoje, ser abandonado até por seus infiéis aliados.

Angustiada, a equipe econômica rema contra a maré. Lista nada menos que 14 ações para tirar o país do buraco, mas a sensação do momento, de crise política aguda, é que o governo Dilma está paralisado.

Enquanto isto, a presidente parte para a briga com a oposição. O PT aplaude de pé, mas os sensatos do governo não aprovam. Repetem confiar que nada atingirá a chefe no campo moral, mas não têm a mesma certeza sobre sua campanha.

Enfim, Brasília virou um campo de agentes da instabilidade. Tomara que caiam na real antes do pior.
João João Filho de João
12/07/2015 21:23
Sr. Herculano;

O que mais falta para que essa gente asquerosa e ladra saia do governo e vá para a cadeia ?

Postado por Polibio Braga

"Há menos de 30 minutos, no caixa da Farmácia Panvel, Supermercado Zaffari, Porto Alegre:
- Que tal ?: - Como, tudo bem ? O que mais é preciso para que essa gente asquerosa e ladra saia do governo e vá para a cadeia ?
Foi a terceira conversa que o editor manteve com estranhos, hoje, domingo, em pontos diferentes de Porto Alegre, todas no mesmo tom..."

Essa gente asquerosa e ladra que tome tento. Vai acabar sendo escorraçada. Eu adoraria.
Maria Amélia que não é Lemos
12/07/2015 20:56
Sr. Herculano:

Para prefeito o Melato por que a cabeça é boa?
Pode ser, mas as perninhas...
Herculano
12/07/2015 18:58
QUEM DIRIA! HÁ QUEM DIGA QUE O GOVERNO E O PT SE SALVAM SE PEDIR UM ARMISTÍCIO PARA O PSDB. "TEMOS DE SAIR DESTE FLA X FLU" CRITICA O SENADOR CRISTOVAN BUARQUE, PDT, EM ENTREVISTA AO JORNAL CORREIO BRAZILIENSE, DE BRASÍLIA

Parte 1

Senador do PDT afirma que PT e PSDB promovem uma guerra política mesquinha e recomenda à presidente Dilma deixar a arrogância de lado e propor um grande entendimento nacional. Ele dá um conselho a Rodrigo Rollemberg: na falta de dinheiro, use a criatividade, no texto e entrevista com Ana Dubeux e Ana Maria Campos

Todos os dias, ele faz um teste de resistência física e outro, de popularidade. Vence a pé o trajeto de casa, na 215 Norte, até o Senado. Por vezes, o fôlego não aguenta e para na padaria para despachar, lendo mensagens no celular, e avaliar se "está indo bem na fita". Ali, na 202 Norte, como no plenário, Cristovam Buarque percebe que há um sentimento geral de déjà-vu. "É inegável que há um clima de fim de governo Dilma", sentencia. O senador não contemporiza quando o assunto é o temperamento da presidente, que, a seu ver, potencializa o clima de insatisfação geral: "Ela deveria deixar a arrogância de lado, ser humilde e buscar o entendimento", aconselha, depois de comentar que colegas senadores falam abertamente que "nem o Lula aguenta mais a Dilma".

O ex-governador também revela um bastidor. Segundo ele, há setores que acreditam que Lula estaria disposto a buscar uma alternativa que contemple uma saída negociada da presidente. Um impeachment seria traumático, mas, com o aval do ex-presidente, a situação mudaria. Nesta entrevista ao Correio, Cristovam não aponta apenas os erros do PT, seu antigo partido. Alfineta seu correligionário Reguffe, por defender a redução da maioridade penal. Sobre a possibilidade de os irmãos Gomes (Ciro e Cid) migrarem para o PDT, ele é explícito: não os receberá de braços abertos.

O desgaste político atinge todos que estão na vida pública, avalia o senador do DF. Cristovam diz que a classe política está em débito com o país. "Nenhum de nós pode ir a uma manifestação. Estamos todos muitos desgastados. O povo se cansou deste Fla x Flu eleitoreiro entre PT e PSDB". Ele fala ainda sobre excesso de cotas, se mostra contrário à eleição direta para reitor e diz que o governador Rollemberg caiu numa armadilha e precisa começar a se mexer.
Herculano
12/07/2015 18:57
QUEM DIRIA! HÁ QUEM DIGA QUE O GOVERNO E O PT SE SALVAM SE PEDIR UM ARMISTÍCIO PARA O PSDB. "TEMOS DE SAIR DESTE FLA X FLU" CRITICA O SENADOR CRISTOVAN BUARQUE, PDT, EM ENTREVISTA AO JORNAL CORREIO BRAZILIENSE, DE BRASÍLIA

Parte 2

Correio -No Senado, o senhor sente que existe um clima de fim de governo Dilma?
Cristovan - Lamentavelmente, existe. Digo lamentavelmente porque, na democracia, o ideal é que um governo termine quando termina o seu mandato. É inegável que há um clima de fim de governo Dilma que vem crescendo nas últimas três ou quatro semanas.

Correio - O que complicou?
Cristovan - As declarações dela. Dei um adjetivo e um colega do Senado considerou forte. Mas, francamente, achei aquela entrevista dela à Folha de S.Paulo patética. Além de arrogante, ela estava fora de sentido. Não era uma entrevista de presidente da República. Não parecia estar ligada à crise que a gente está vivendo. Não fez e não vem fazendo gestos para todos os brasileiros, inclusive os que não votaram nela, incluindo aí os da oposição. Ela tinha que fazer gestos neste sentido. Tenho conversado muito com os senadores para saber como vai ser o dia seguinte à manifestação do Tribunal de Contas da União e o dia seguinte ao TSE. Vamos supor que o TSE diga que não tem nada disso e arquive o processo do PSDB contra a presidente. Como vai reagir o PSDB e como vai reagir o governo?

Correio - A presidente Dilma deveria mudar a postura?
Cristovan - Ela deveria adotar uma postura humilde e buscar o entendimento. Temos que sair deste Fla x Flu que é o PT x PSDB. Este país não aguenta mais esta disputa. E qual a maneira de encarar isso? Com o entendimento, entre eles, inclusive.
Herculano
12/07/2015 18:57
QUEM DIRIA! HÁ QUEM DIGA QUE O GOVERNO E O PT SE SALVAM SE PEDIR UM ARMISTÍCIO PARA O PSDB. "TEMOS DE SAIR DESTE FLA X FLU" CRITICA O SENADOR CRISTOVAN BUARQUE, PDT, EM ENTREVISTA AO JORNAL CORREIO BRAZILIENSE, DE BRASÍLIA

Parte 3

Correio - A crise política é maior do que a econômica?
Cristovan - PT e PSDB não têm nenhuma discordância ideológica de interesses diversos. A política econômica da Dilma é muito parecida com o que faria o PSDB. O Joaquim Levy poderia ser ministro do Aécio. A disputa está sendo eleitoreira e comportamental. Cada um dizendo que é o outro que rouba. Questão de comportamento. E eleitoreira. Cada um vendo como tira proveito das falhas do outro. Isto tem que ser quebrado. Como se quebra isso? Com o entendimento.

Correio - A presidente tem interesse em fazer esse entendimento?
Cristovan - A minha preocupação hoje é o ânimo da presidente. Ninguém pergunta se as posições políticas permitem. Não é isto que está em discussão. O que está em discussão é a postura da presidente.

Correio - Quando começou o descontentamento com o governo Dilma?
Cristivan - Não sei quando começou. Desde o começo do governo se dizia que ela era uma pessoa muito difícil. Ela brigava muito, era uma pessoa muito dura. Eu não sei porque nunca tive contato direto com ela.

Correio - Nem quando foram ministros juntos?
Cristovan - Tive muito pouco contato com a Dilma. Eu tive uma ou duas reuniões em pé. Ela chamou para um almoço os senadores do PCdoB e do PDT, uma única vez. Tinha uma história interessante: antes de sentarmos à mesa, sentamos num sofá, ela resolveu manifestar interesse com o resultado das Olimpíadas de Matemática porque o Colégio Militar tinha se saído muito bem. Eu disse pra ela: "Presidente, é isso que precisamos para o Brasil, federalizar as escolas. Elas são as melhores". Daí, fui pro meu gabinete e escrevi uma carta de quatro páginas em que proponho como fazer os Cieps da Dilma. Um Cieps por cidade para substituir o sistema carcomido e velho que está ali por outro, com professores federais, escolas com a qualidade federal, com equipamentos da melhor qualidade em horário integral. Entreguei a Gleisi Hoffmann, entreguei ao Gilberto Carvalho, a outros ministros. Nunca recebi uma resposta, nunca me mandaram conversar com o ministro da Educação para saber se aquilo prestava ou não. Foi a única conversa que tive com a Dilma. Para mim, esse é o maior problema do Brasil hoje: falta de diálogo com a presidente da República.

Correio - Na sua avaliação, o ex-presidente Lula está insatisfeito com o rumo das coisas?
Cristovan - Os senadores do PT falam abertamente que o Lula não aguenta mais a Dilma, que ele não suporta mais essa situação, que o Lula está se afastando mais e mais dela.

Correio - Acha que Lula está buscando uma alternativa que contemple uma saída negociada da Dilma?
Cristovan - Tem muita gente que fala que o Lula está querendo que ela renuncie. Nenhum dos senadores do PT me disse isso, mas a gente sabe que dentro do PT muita gente acha que a melhor saída para o próprio partido seria a renúncia dela. Aí, o vice assumiria, que não é inimigo, e o PT construiria o seu caminho dentro ou até fora do governo. O Lula é uma pessoa inteligente. Essa posição poderia até acalmar o Brasil hoje; se tiver o aval do Lula, naturalmente.
Anônimo disse:
12/07/2015 18:29
Herculano, preciso de uma orientação do PROCON.
Mas tenho receio de solicitar ajuda, dizem que depois que a Drª Rosana Cadore saiu, lá virou sala de visita.
João João Filho de João
12/07/2015 18:26
Sr. Herculano:

@blogdocoronel
"O Maranhão repele Dilma.
O Maranhão !!!"

Por isso que o Brahma choramingou que perdeu o nordeste, agora perdeu o norte.

@blogdocoronel
"Sabem por que o PT roubou tanto na história deste país?
Nunca teve as contas de Lula e Dilma analisadas".

Concordo plenamente. Tudo comprado com o dinheiro dos nossos pesados impostos.
#Malditos

Violeiro de Codó
12/07/2015 18:16
Sr. Herculano:

É a vaca com a bile em plena ebulição - 13:02 hs.
Fui!
Herculano
12/07/2015 18:05
O PMDB E O BONDE DA HISTÓRIA

Parte 1

Conteúdo da revista Veja. Texto de Gabriel Castro e Marcela Mattos, da sucursal de Brasília. Nas últimas três décadas, o PMDB exerceu com incomparável habilidade a arte de se manter no governo - e sempre arranjar uma justificativa aparentemente republicana para isso. A tática do adesismo irrestrito costuma funcionar bem: rende votos, influência e cargos privilegiados no primeiro e segundo escalão. Até que se esgote a popularidade do líder do momento e seja necessário pular do barco.

O PMDB está nessa situação. Os níveis baixíssimos de popularidade de Dilma Rousseff e a decadência do PT são sinais muito fortes para serem ignorados por um partido que almeja assumir o Palácio do Planalto em 2018. Ao mesmo tempo em que aumentam as críticas à presidente da República e ao seu partido, nomes de destaque do PMDB têm se aproximado de figuras da oposição. Mas ainda não há clareza a respeito do rumo a tomar. Rompimento imediato? Apoio aberto ao impeachment? Preservação do governo para lucrar com a imagem de fiador da estabilidade?

Em meio às incertezas, os peemedebistas se preparam para lançar no próximo congresso da legenda, previsto para a primeira quinzena de outubro, uma proposta de programa partidário com traga quinze caminhos para a política e a economia. O principal responsável pela elaboração do documento é o senador Romero Jucá (PMDB-RR). A depender das suas últimas declarações sobre as políticas econômicas de Dilma, é esperado que apresente propostas divergentes das adotadas pelo governo petista. Na última semana, o parlamentar disse que "chegou a hora da verdade dos números" e que nos cálculos não devem haver "maquiagens" ou "pedaladas".

Dentre os peemedebistas de destaque, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), é o que menos esconde a disposição de rompimento com o PT - embora não com o governo: "O PMDB, a cada dia que passa, está mais distante do PT e nós esperamos que fique a cada hora mais distante", disse ele na última quinta-feira. E prosseguiu: "Temos a responsabilidade da governabilidade de um governo que em que o PMDB faz parte na chapa, mas isso não quer dizer que temos que mergulhar nas teses equivocadas do PT". Desde que assumiu o comando da Câmara, Cunha tem pautado temas que desagradam o governo. Até agora, venceu mais do que perdeu.

O ex-deputado Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) é um dos personagens que ajudam a explicar a relação do PMDB com o PT. Antigo adversário dos petistas, ele se aproximou do governo ainda na gestão de Lula. No primeiro mandato de Dilma, se tornou vice-presidente da Caixa Econômica Federal. Depois, rompeu novamente com o PT. "Na medida em que a coisa vai se deteriorando, a nossa ideia de afastamento vai ganhando adeptos e se tornando mais real. Vai culminar em outubro no congresso do PMDB", avalia.
Herculano
12/07/2015 18:04
O PMDB E O BONDE DA HISTÓRIA

Parte 2

Já na convenção de 2014, a sigla mostrou-se dividida. O apoio à reeleição de Dilma Rousseff foi aprovado com apenas 54% do total de credenciados para votar. Se a votação ocorresse hoje, o resultado certamente seria amplamente desfavorável ao governo.

A tese do impeachment ainda é minoritária. Para muitos peemedebistas, interessa manter a presidente Dilma Rousseff acuada e impopular. Por dois motivos. O primeiro, porque com uma presidente enfraquecida no poder o partido continua a controlar a agenda pública, como tem feito por meio de Eduardo Cunha e Renan Calheiros. O segundo, porque assim será mais fácil derrotar o PT em uma eventual candidatura avulsa à Presidência em 2018.

Mas a estratégia traz riscos. Se chegar na próxima eleição presidencial ao lado de Dilma, mesmo que apenas simbolicamente na figura de Michel Temer, o PMDB terá muita dificuldade em se apresentar como o porta-voz da mudança.Como negar que o PMDB também é parte dos motivos para a crise? A instabilidade econômica é fruto de políticas irresponsáveis de Dilma Rousseff no seu primeiro mandato e de Luiz Inácio Lula da Silva. Tanto um quanto outro contaram com o apoio providencial do PMDB, que nunca questionou a sério a política econômica petista. Presidente da Fundação Ulysses Guimarães e figura próxima a Temer, o ex-ministro Moreira Franco tenta eximir o partido: "O partido não participou e nem participa da formulação das estratégias econômicas", diz.

No caso do petrolão, outra causa direta da impopularidade do governo, não há dúvida de que a estrutura foi montada por governos petistas, para atender prioritariamente o PT. Mas também é inegável que o PMDB desfrutou do esquema. Eduardo Cunha e Renan Calheiros estão na lista de investigados da operação Lava Jato. É outro tema em que o partido terá de se esforçar muito para passar a imagem de que é diferente do PT.

O PMDB pode, por outro lado, abarcar a tese do impeachment. Nesse caso, o herdeiro da Presidência seria Michel Temer. Mas a história mostra que o partido só faria isso quando o cenário estivesse desenhado contra o governo. Não é do perfil da sigla tomar a dianteira em um processo sem volta como esse.

Enquanto avalia qual rumo tomar em 2018, o PMDB já tem clareza que, nas eleições municipais de 2016, o afastamento do PT é o melhor caminho para obter um bom resultado nas urnas. Se colocado em prática, poderá ser o primeiro passo para o divórcio que o PT tanto teme.
Luis Carlos Fagundes
12/07/2015 14:59
Caro Herculano

Nunca fui muito de acordo com as coisas que você escreve por aqui, porem algumas reconheço que preciso concordar, principalmente em relação aos nomes que se apresentam para comandar nosso município a partir de 2017.
Um jornal semanário da cidade, apresentou alguns nomes que supostamente deverão estar protagonizando nas eleições de 2016.
Pois bem, analisando os nomes fiquei a meditar qual deles teria maior chance de receber o meu voto.
Os mais jovens, Brick e Wandall, para não chama-los de meninos, conforme escrito por aqui, cabe a pergunta; o que administraram até hoje para se apresentarem em condições de comandar um município com mais de 60.000 habitantes, uma maquina com mais de 20000 servidores, seus problemas relacionando a infraestrutura, saúde, obras, etc. Poder pelo poder, apenas crias de outros políticos matreiros e velhos na busca das benesses da maquina publica, currículo? Como ja escrito, repito, se nem conseguiram consolidar-se em sua "profissões" que estudaram para tal? Desnecessário ir mais adiante nos questionamentos, pois muito se tem para não votar em ambos do que apresentar as qualidades que me convença do voto.

Os mais preparados, penso eu; José H. Melato, por mais que pareça ser um homem aproveitador do poder e o é, sabe jogar, entretanto tem currículo de sobra pra assumir nosso município, teria meu voto.

Lovidio Bertoldi, outra piada e invenção da adm.. atual. Não merece comentários, pois afora o cabide de emprego, qual o currículo do referido cidadão?Jamais teria meu voto.

Rodrigo Altoff, altamente personalista, egocentrigo e individualista, embora bastante competente, mas nao tem estrutura partidária, seria um bom prefeito, esse mesmo jovem, ao contrario dos outros dois primeiros citados, tem curriculo e nao cessa de estudar e ocupar espaço de ordem profissional. Tambem teria meu voto.

Mariluce D. Rosa. Candidata do Celso, articulada, boa vice. Os dois mandatos como vice e um como vereadora a credenciaria como candidata, porem é fraca. Nao teria meu voto.

Andre Nagel, Surpreende como vereadora, mesmo sendo a menos votada de todos e inclusive de muitos suplentes, faz excelente mandato. Ha um porem também, não tem estrutura partidária, mas sua carreira como professora da rede municipal da uma certa experiencia na busca do cargo de mandatário maior de nosso município. Poderia votar nela também.

Lú, sem comentários e sem chances de receber meu voto. Bom vereador, mas sem bagagem nenhuma que me convença do voto.

Acredito que dentre os que se apresentam há grande chances de um deles vir a comandar nosso município, pois é o que eu temos para o momento e desnecessário é dizer que as pessoas de bem estão cada dia mais decepcionadas com a politica e desta forma, se afastam do processo cada dia mais.

Essa seria a minha leitura, não sou dono da verdade, apenas escrevi aquilo que penso em relação aos nomes que vem sendo ventilados.

Obrigado pelo espaço.
Maria Amélia que não é Lemos
12/07/2015 14:38
Sr. Herculano:

O Globo - informação da repórter Catarina Alencastro:
"A gente para não cair precisa ser ajudada', diz Dilma, em Milão.

"O ministro Aldo Rabello, pelo menos na Itália, foi o papagaio de pirata mais constante, seguido da ministra da Agricultura, Kátia Rabello, consagrada pelos seus horrorosos vestido rodados. - Presidente diz que seu mandato é firme ao ser perguntada sobre caminhada em rede na Expo Milão."

Sr. Herculano, o insignificante tem que aparecer de alguma maneira ... e alguém duvida que petista e seus assemelhados não são jecas?
E firme, é a roubalheira do seu governo!
Belchior do Meio
12/07/2015 14:18
Sr. Herculano:

Se comparar com o padre sem padrice do Belchior, concordo.
PAPA na Bolívia.
Mariazinha
12/07/2015 14:12
Seu Herculano,

Não acredito que o Lulalarápio está tão bem nas pesquisas (mesmo ficando em 2º lugar), depois de todas as denúncias contra elle e o PT.
LuLa takonada!

Respondo para Josias de Souza: Coisa de bandido.

Bye, bye!
Arara Palradora
12/07/2015 14:04
Querido, Blogueiro!

Postado às 13:02Hs., Marina Dias, é filha de José Américo Dias - Secretário Nacional de Comunicação do PT e afilhada do Ministro Edinho Silva, portanto, um lixo do ParTido Qu@drilh@!

Voeeeiii...!!!
Herculano
12/07/2015 13:16
TUDO É EPÍLOGO DEPOIS QUE A DILMA E O LEWANDOWSKI REUNIRAM-SE EM PORTUGAL, por Josias de Souza

Parte 1

O que aconteceu na última terça-feira, dia 7 de julho, durante a passagem de Dilma Rousseff pelo Hotel Sheraton, na cidade portuguesa do Porto? Pode-se afirmar com 100% de certeza que lá, na elegante hospedaria, a presidente se encontrou com o comandante do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, e com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Pode-se declarar também, sem margem para dúvidas, que os três tentaram manter a reunião em segredo. Por último, é imperioso constatar que essa conversa, por disparatada, jamais deveria ter ocorrido.

Desde que o primeiro delator da Lava Jato começou a soar, a plateia esperava pelo sinal de que o fim, ou pelo menos a encrenca terminal que empurraria a cena para o caos, estivesse próximo. Aguardava-se o fato que justificasse o uso do ponto de exclamação que se escuta quando as pessoas dizem "não é possível!" Pois bem, o sinal foi dado. Esse episódio do encontro que se pretendia clandestino de Dilma com Lewandowski e Cardozo vai ficar, no enredo da tragicomédia nacional, como um marco da derrocada. De agora em diante, tudo é epílogo.

Depois de Paulo Roberto Costa, o Paulinho, já moveram os lábios outros 17 delatores. O mais recente foi Ricardo Pessoa, dono da construtora UTC e coordenador do cartel que roubou pelo menos R$ 19 bilhões dos cofres da Petrobras. Antes dessa delação, Dilma silenciava sobre a Lava Jato. Era problema do PT. Por mal dos pecados, os depoimentos de Pessoa empurraram para dentro da caixa registradora da última campanha da presidente R$ 7,5 milhões roubados na Petrobras. E madame teve de dizer algo: "Não respeito delator".

Dentro de dois dias, a Justiça Eleitoral tomará o depoimento de Ricardo Pessoa. E os R$ 7,5 milhões podem ser enfiados nas páginas de um processo em que o Tribunal Superior Eleitoral perscruta a prestação de contas da campanha de Dilma. O julgamento está previsto para setembro. Em tese, o veredicto pode levar à destituição de Dilma e do vice-presidente Michel Temer. Dessa decisão caberia um recurso para o STF de Lewandowski.

Outro assunto que pode morrer na Suprema Corte é o parecer que o Tribunal de Contas da União emitirá em agosto sobre a contabilidade do governo Dilma referente a 2014. São grandes, muitos grandes, enormes as chances de o TCU rejeitar a escrituração do governo. Algo que, no limite, poderia levar à abertura no Congresso de um processo de afastamento de Dilma pela prática de crime de responsabilidade.

Foi contra esse pano de fundo que Dilma conversou com Lewandowski e Cardozo em Portugal. Descobertos pelo repórter Gerson Camarotti, eles tentam emplacar uma fantasia que não tem nexo. Nessa versão, difundida pelo ministro da Justiça, sua chefe e o presidente do Supremo conversaram sobre o projeto que concedeu aos servidores do Judiciário reajuste salarial médio de 59,5%.

Veja bem: Dilma e Lewandowski trabalham em prédios vizinhos, um defronte do outro, com a Praça dos Três Poderes de permeio. Poderiam conversar sobre salários de servidores numa audiência oficial, em Brasília. Mas querem convencer a plateia de que, tendo cruzado o Atlântico, alguma razão inadiável levou-os a dialogar sobre a folha do Judiciário num furtivo encontro noturno, no faustoso hotel de Portugal. A esse ponto chegamos: o absurdo adquiriu uma doce, persuasiva, admirável naturalidade.
Herculano
12/07/2015 13:15
TUDO É EPÍLOGO DEPOIS QUE A DILMA E O LEWANDOWSKI REUNIRAM-SE EM PORTUGAL, por Josias de Souza

Parte 2

O brasileiro é um sujeito de poucos espantos. Horroriza-se pouco, é verdade. Mas convém não cutucar a paciência alheia com vara tão curta. Dilma estava a caminho da Rússia. Aterrissou em Portugal a pretexto de reabastecer o jato presidencial. Em vez de Lisboa, preferiu o Porto. Lewandowski e Cardozo estavam na cidade de Coimbra. Participavam de um seminário de nome sugestivo: "O Direito em Tempos de Incertezas."

Na versão oficial, Lewandowski soube por Cardozo que Dilma faria escala em Portugal. E pediu ao ministro da Justiça que intermediasse o encontro com a presidente. Em Brasília, o mandachuva do STF poderia cruzar a praça a pé para chegar à sala de Dilma. Em Portugal, teve que vencer os cerca de 120 quilômetros que separam Coimbra do Porto. E querem que ninguém faça a concessão de uma surpresa. É certo que o brasileiro baniu dos seus hábitos o ponto de exclamação. Mas há limites para o cinismo.

Em agosto de 2007, quando a denúncia da Procuradoria da República sobre o escândalo do mensalão foi convertida pelo STF em ação penal, Lewandowski foi o ministro que mais divergiu do voto do relator Joaquim Barbosa. Foram 12 divergências. Discordou, por exemplo, do acolhimento da denúncia contra José Dirceu e José Genoino por formação de quadrilha.

A despeito das diferenças, o Supremo mandou ao banco dos réus todos os acusados. Terminada a sessão, Lewandowski foi jantar com amigos numa casa de repastos chamada Expand Wine Store. Em dado momento, soou-lhe o celular. Era o irmão, Marcelo Lewandowski.

O ministro levantou-se da mesa e foi para o jardim externo do restaurante. Para azar de Lewandowski, a repórter Vera Magalhães, acomodada em mesa próxima, ouviu algumas de suas frases. Coisas assim: "A imprensa acuou o Supremo. [?] Todo mundo votou com a faca no pescoço." Ou assim: "A tendência era amaciar para o Dirceu".

Lewandowski insinuou que, no seu caso, o amaciamento não traria prejuízos à imagem: "Para mim não ficou tão mal, todo mundo sabe que eu sou independente". Deu a entender que, não fosse pela "faca no pescoço", poderia ter divergido muito mais: "Não tenha dúvida. Eu estava tinindo nos cascos."

Convertidas em manchete, as frases de Lewandowski produziram constrangimento no STF. Presidente do tribunal na época, Ellen Gracie, hoje aposentada, divulgou uma nota. Nela, escreveu:

"O Supremo Tribunal Federal - que não permite nem tolera que pressões externas interfiram em suas decisões - vem reafirmar o que testemunham sua longa história e a opinião pública nacional, que são a dignidade da Corte, a honorabilidade de seus ministros e a absoluta independência e transparência dos seus julgamentos. Os fatos, sobretudo os mais recentes, falam por si e dispensam maiores explicações."

Dos oito ministros indicados por Lula, Lewandowski foi o primeiro cujo nome seguiu para o Diário Oficial depois da explosão do mensalão. O escândalo ganhou o noticiário em maio de 2005, quando Roberto Jefferson jogou o esquema no ventilador numa entrevista à repórter Renata Lo Prete. E Lewandowski chegou ao tribunal em fevereiro de 2006.

Professor com mestrado e doutorado na USP, Lewandowski era desembargador em São Paulo quando Lula o escolheu. Formara-se na Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo, berço sindical e político de Lula. A família Silva não lhe era estranha. A mãe do ministro fora vizinha de Marisa Letícia, a mulher de Lula. No julgamento do mensalão, mostrou-se solidário sempre que topou com petistas graúdos.

Considerando-se o cargo em que está investido no momento, seria recomendável que Lewandowski narrasse aos colegas de toga e ao país, em sessão pública, transmitida pela TV Justiça, o que sucedeu entre as quatro paredes do Sheraton, na cidade do Porto, na noite da última terça-feira, dia 7 de julho. Seu silêncio pode levar as almas mais desconfiadas a supor Lewandowski continua "tinindo nos cascos''.

Quanto ao resto dos brasileiros, entre eles os deputados que ouvirão José Eduardo Cardozo na CPI da Petrobras na próxima quarta-feira, ai dos que ousarem encarar os fatos sem horror. Sobretudo depois que ficou entendido que, a partir de agora, tudo é epílogo. Pode ser um epílogo curto ou longo. Só não pode ser medíocre.
Herculano
12/07/2015 13:02
CRISE FAZ PRESIDENTE DILMA ROUSSEFF DEMONSTRAR IRRITAÇÃO, SOLTAR O VERBO POUCO RECOMENDÁVEL COM SEUS MINISTROS.

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Natuza Nery e Marina Dias, da sucursal de Brasília. Agitada, andando em círculos e gesticulando muito, a presidente Dilma Rousseff olhou para os auxiliares e bradou, indignada: "Não sou eu quem vai pagar por isso. Quem fez que pague".

Ela estava furiosa. "Não devo nada para esse cara, sei da minha campanha", afirmou, referindo-se às suspeitas lançadas pelo empresário Ricardo Pessoa sobre as doações à sua campanha à reeleição.

Batendo com força a palma de uma mão na outra, Dilma insistiu: "Eu não vou pagar pela merda dos outros". Ela não disse a quem se referia, e ninguém achou que era conveniente perguntar.

A explosão de fúria da presidente ocorreu na noite da última sexta-feira de junho, dia 26, na biblioteca do Palácio da Alvorada, durante uma reunião convocada às pressas por Dilma para discutir as revelações de Ricardo Pessoa.

Dono da empreiteira UTC, ele aceitou colaborar com as investigações da Operação Lava Jato em troca de uma pena menor. O empresário diz que pagou propina e fez doações eleitorais para facilitar seus negócios com a Petrobras.

Pessoa deu R$ 7,5 milhões para a campanha de Dilma no ano passado. Foi tudo declarado à Justiça Eleitoral, mas ele disse que só fez a contribuição porque tinha medo de perder seus contratos na estatal se não ajudasse o PT.

O empreiteiro afirmou que tratou da doação com o então tesoureiro da campanha de Dilma, o petista Edinho Silva, hoje ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social do Palácio do Planalto.

Pessoa também lançou suspeitas sobre uma doação eleitoral feita em 2010 a outro ministro de Dilma, Aloizio Mercadante, chefe da Casa Civil, que naquele ano concorreu pelo PT ao governo do Estado de São Paulo.

Edinho confirma que se encontrou com Pessoa para tratar de doações na campanha, mas nega ter feito qualquer ameaça ao empreiteiro. Mercadante diz que todas as doações que recebeu de Pessoa foram declaradas à Justiça.

CULPA

Na noite de 26 de junho, a presidente reuniu-se no Alvorada com Mercadante, Edinho, o assessor especial Giles Azevedo e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, o auxiliar sobre quem recaiu quase toda a culpa na reunião.

As revelações de Pessoa contribuíram para aprofundar a crise política enfrentada por Dilma. Nesta semana, ele deve depor ao Tribunal Superior Eleitoral, que conduz uma investigação sobre a campanha da reeleição.

Os relatos da conversa que a presidente teve com seus auxiliares em 26 de junho foram colhidos pela reportagem com testemunhas do encontro e petistas que souberam depois o que aconteceu.

Dilma cobrou Cardozo por não ter impedido que as revelações de Pessoa viessem a público dias antes de sua visita oficial aos Estados Unidos, num momento em que a presidente buscava notícias positivas para reagir à crise.

"Você não poderia ter pedido ao Teori [Zavascki] para aguardar quatro ou cinco dias para homologar a delação?", perguntou, referindo-se ao ministro que conduz os processos da Lava Jato no STF (Supremo Tribunal Federal).

"Isso é uma agenda nacional, Cardozo, e você fodeu a minha viagem", acrescentou a presidente. Dilma embarcou no dia seguinte para os Estados Unidos, onde passou cinco dias e se encontrou com o presidente Barack Obama.

Cardozo tem sido cobrado por petistas por não controlar a Polícia Federal, que atua na Lava Jato e é subordinada ao Ministério da Justiça, mas tem autonomia operacional.

'VAZAMENTO SELETIVO'

Na reunião com Dilma no Alvorada, um dos ministros reclamou que ninguém, nem a PF, nem o Ministério Público, parecia ter questionado Ricardo Pessoa sobre suas doações eleitorais ao PSDB.

Surgiu daí uma orientação para levantar nos registros da Justiça Eleitoral os valores das doações recebidas pelos tucanos, além da palavra de ordem adotada pelos petistas nos dias seguintes: "Vazamento seletivo".

A presidente voltou a exibir irritação em outros momentos desde então. Nos Estados Unidos, ela comparou os delatores da Lava Jato a presos políticos que traíram os companheiros após sofrer tortura na ditadura militar.

Na última segunda-feira (6), em entrevista à Folha, Dilma insistiu na comparação, desafiou os adversários a tentar impedi-la de concluir seu mandato e foi enfática: "Eu não vou cair".
Herculano
12/07/2015 10:43
NA CORDA BAMBA, por Merval Pereira para o jornal O Globo

A presidente Dilma ontem saiu da sua soberba para admitir que, para não cair, as pessoas precisam de ajuda, sempre. A tirada, inusualmente irônica diante da situação - a presidente caminhava em uma rede , como se estivesse numa corda bamba, - e do que indiretamente comentava, a fala do vice Michel Temer que havia dito na véspera que ninguém precisava ajudar Dilma, pois ela não cairia, mostra que a presidente começou a entender o tamanho de sua encrenca e está disposta a abrir novos caminhos de entendimento para manter-se no poder minimamente operante.

Ao mesmo tempo em que se discute o impeachment da presidente Dilma, com a ajuda da própria, como um ingrediente inegável do cenário político atual, chega às livrarias o trabalho do sociólogo Brasilio Sallun Jr "O impeachment de Fernando Collor - sociologia de uma crise", da editora 34, com um texto analítico do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

"A hora é mais do que oportuna para revermos as condições nas quais foi possível prosperar uma operação política tão delicada e de consequências tão imprevisíveis como a destituição de um presidente eleito pelo voto popular", diz Fernando Henrique logo na abertura de seu texto, fazendo ligação direta entre os acontecimentos que o livro narra e a situação em que nos encontramos.

E é nessa comparação que temos a oportunidade de constatar as semelhanças, e também as diferenças, entre os dois casos. Uma semelhança é imediata: Collor, ao confiscar a poupança depois de acusar seu adversário de ter essa intenção, e Dilma, com o estelionato eleitoral da última campanha, têm raízes semelhantes na rejeição do cidadão comum.

A tese do livro, na visão de Fernando Henrique, é que a destituição de Collor faz parte de um processo de consolidação de uma nova forma de relação política entre o Executivo e o Legislativo, uma operação política que visava obrigar o Executivo a respeitar as demandas do Legislativo.

A redução das desigualdades era uma dessas demandas mais evidentes naquela ocasião, levadas à frente por partidos como PT, PSDB e PMDB, saídos da Constituinte cidadã na oposição ao governo Collor. Esta é uma diferença crucial entre aquela época e hoje, pois o Congresso atual está marcado devido às relações promíscuas entre Executivo e Legislativo exacerbada nos governos petistas, pela mancha da corrupção.

Fernando Henrique diz que o livro descreve com minúcias "o intrincado processo que envolveu movimentos populares, a mídia, organizações da sociedade civil, lideranças parlamentares, Forças Armadas". Sobretudo, mostra que por trás da efervescência política, "havia atores políticos organizados com visão de futuro".
O processo só deslanchou quando os partidos chegaram a um acordo sobre o que poderiam ganhar com a destituição do presidente. Hoje, essas negociações ainda estão em processo. Mais uma vez aqui temos diferenças e semelhanças. As negociações de bastidores acontecem em Brasília, os movimentos populares já se manifestaram e preparam nova investida para agosto, mas a presidente Dilma mal ou bem tem um amparo político de partidos e movimentos sociais que Collor não tinha, embora estejam enfraquecidos diante das denúncias de corrupção e desvios cada vez mais evidentes.

O livro mostra também, salienta Fernando Henrique, que agentes da sociedade civil como OAB, UNE, ABI, CUT conduziram o cerco popular, formado majoritariamente pela classe média. Também hoje temos a classe média mobilizada contra o governo Dilma, mas essas associações da sociedade civil já não mobilizam mais, em franca decadência, na sua maioria capturadas pelo governo com favores políticos e financeiros.

Collor é descrito como "um presidente que interpretava seus poderes constitucionais à moda de um presidencialismo plebiscitário, a ser exercido com voluntarismo". O voluntarismo da presidente Dilma já é sobejamente conhecido dos brasileiros, e o aumento das contas de energia é a mais exemplar consequência dele.

O ex-presidente chama a atenção para o fato de que naquele momento havia uma preocupação de dar um caráter moral à ação política, e o Movimento pela Ética na Política foi fundamental.
Hoje, essa mesma valorização de aspectos éticos da política vai contra o Governo, e é reduzido a um moralismo udenista pelos mesmos movimentos e partidos que outrora estiveram envolvidos na sua exaltação. Não é por outra razão que a presidente Dilma ressalta a todo momento que não tomou para si nenhum recurso desviado.
No impeachment de Collor, a acusação era direta a ele, que teria se beneficiado em termos pessoais. Hoje, estamos diante de desvios e ilegalidades manipulados por um partido a favor de sua permanência no poder. São questões mais complexas, que exigem um amadurecimento democrático que não há certeza se já atingimos.
Sidnei Luis Reinert
12/07/2015 10:10
Uai, não era o "imperialismo ianque" que ia dominar a Amazônia?
De José Octavio Dettman:

Petroleira russa controlará concessões na Amazônia

A OAO Rosneft, maior produtora de petróleo da Rússia, assumiu o controle de um empreendimento de exploração na Amazônia brasileira, disse o CEO Igor Sechin.

A Rosneft terá 100 por cento de duas concessões de exploração de petróleo e gás natural onshore na Bacia do Solimões, na Amazônia, após comprar uma participação da PetroRio, segundo duas fontes com conhecimento direto do negócio que pediram anonimato porque o acordo não é público.

O negócio está avaliado em US$ 55 milhões e será anunciado ainda nesta segunda-feira, disse uma das fontes.

?É um bom negócio?, disse Sechin, no sábado, em entrevista em Sóchi, na Rússia. Ele preferiu não discutir os detalhes do acordo.

A PetroRio, que tem sede no Rio de Janeiro, preferiu não comentar.

http://exame.abril.com.br/negocios/noticias/petroleira-russa-controlara-concessoes-na-amazonia
Herculano
12/07/2015 07:43
AGOSTO, DE NOVO, por Bernardo Mello Franco, para o jornal Folha de S.Paulo

No poema de T. S. Eliot, abril é descrito como o mais cruel dos meses. Na história brasileira, o título pertence a agosto. O mês assistiu ao suicídio de Getúlio, à renúncia de Jânio e à morte de JK. Em 2015, será decisivo para apontar o desfecho, ainda incerto, da crise que engoliu o governo Dilma.

Em 16 de agosto de 1992, a classe média foi às ruas de preto para pedir o impeachment de Collor. A oposição escolheu a mesma data para as novas manifestações contra a petista. A esquerda também prepara atos "contra o golpismo" para o dia 20, com a participação de sem-terras, sem-tetos, petroleiros e sindicalistas.

As marchas ameaçam elevar a temperatura da crise até o ponto de ebulição. Nos dois lados, começam a surgir temores de que o Brasil siga o caminho da Venezuela, com a radicalização de posições e a possibilidade de confrontos nas ruas.

Se a tensão resultar em violência, será um retrocesso. Após longas décadas de instabilidade, o país finalmente aprendeu a resolver suas diferenças nas urnas, de forma pacífica e respeitando as instituições e o calendário eleitoral.

Agosto também será decisivo para o futuro da Lava Jato. No dia 5, o Ministério Público elege a lista tríplice para a sucessão do procurador-geral da República. A permanência de Rodrigo Janot dependerá do aval de Dilma e de votação secreta no Senado, que já tem 15 integrantes sob investigação no STF.

O procurador guarda duas cartas na manga: as denúncias contra os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha, e do Senado, Renan Calheiros. Além de liderar a oposição informal à presidente, ambos estão na linha sucessória caso ela seja impedida.

A bancada do PMDB na Câmara dobra a aposta no naufrágio de Dilma. "O governo acabou, já estamos assistindo ao velório. A dúvida agora é a data do enterro", diz o deputado baiano Lúcio Vieira Lima.
Herculano
12/07/2015 07:41
O LÍDER SEM CULPA, por Ferreira Gullar, escritor

Lula atribuiu o desastre ao partido e à teimosia de Dilma, sua invenção. E ele não tem culpa nenhuma?

Se tenho com frequência comentado aqui, nesta coluna, os problemas que envolvem Lula, Dilma e o PT, é porque esse problemas, por envolverem o governo e a situação do maior partido político do país, dizem respeito a nosso presente e ao nosso futuro.

Não se trata, portanto, de meramente criticar os atuais detentores do poder político do país. A verdade é que algo de muito importante está acontecendo, e que sem dúvida alguma preocupa Lula, como o líder desse partido e responsável por seu futuro.

Essa é razão por que, em recentes ocasiões, ele falou da necessidade de renovação dos quadros dirigentes do PT e da pregação de novas utopias que - segundo ele - caracterizaram o surgimento e o crescimento do Partido dos Trabalhadores.

Não resta dúvida de que o PT, ao ser fundado em 1980, prometia uma mudança radical na vida política brasileira, que ainda estava submetida à ditadura militar. Mas não só isso; no seu manifesto de fundação, soavam alusões ao manifesto comunista de 1848, o que indicava a visão ideológica dos seus fundadores, a maioria deles admiradora da revolução cubana.

Aconteceu que, não muito depois, o sistema soviético desabou, tornando praticamente insensato acreditar numa cubanização do Brasil.

De fato, o fim da utopia marxista levou à desativação de quase todos os partidos comunistas no mundo inteiro. O PT, a exemplo de outros partidos latino-americanos, tomou o caminho do populismo, como já observei nesta coluna. Não por acaso, Lula mudou seu discurso, abandonou a postura de feroz agitador para tornar-se o Lulinha, paz e amor. De suposto líder da revolução operária, passou a ser o defensor dos pobres contra os ricos, enfim, o presidente do Bolsa Família.

Como se não bastasse, passou a comprar deputados de sua base parlamentar, a fim de assegurar-se de seu apoio sem ter de ceder-lhes ministérios e cargos importantes das estatais. Isso é o que se soube com o escândalo do mensalão, mas o pior estava por vir e se revelou graças à Operação Lava Jato: o assalto aos cofres da Petrobras.

Por outro lado, tendo de deixar a presidência ao fim do segundo mandato, inventou para suceder-lhe a figura de Dilma Rousseff, que nunca havia sido eleita nem vereadora, e a elegeu presidente da República, certo de que, ao fim de quatro anos, seria eleito para o cargo.

Só que Dilma, que ama o poder acima de tudo, não lhe deu essa chance: candidatou-se de novo e foi reeleita. Para consegui-lo, gastou tanto dinheiro durante seu primeiro mandato que, ao chegar ao fim dele, o país estava à beira da falência.

Era o que diziam os candidatos de oposição, enquanto ela os acusava de serem mentirosos, garantindo que a economia do país ia às mil maravilhas. Mas, após assumir o novo mandato, teve que reconhecer a verdade do que diziam seus adversários.

E estamos assim, agora, cortando as verbas de todos os ministérios, aumentando o custo de vida e nas mãos de uma inflação crescente. Quase 70% dos eleitores a avaliam como ruim ou péssima. É vaiada aonde chega. E a perspectiva é o agravamento da crise econômica.

Essa é a razão por que Lula agora diz verdades que sempre negou.

E mais, que ele, Dilma e o PT perderam o prestígio na opinião pública. Para as eleições de 2018, o PT só tem a ele como possível candidato à presidência, mas, na última pesquisa, perdia para Aécio Neves.

E a crise ainda não chegou a seu ápice. Novos escândalos se anunciam e o próprio Lula, depois da prisão dos chefões das empreiteiras, teme a chegada da sua vez. É ele quem o diz.

E aí se entende por que apela para que o PT se recupere e alardeie novas utopias. Mas quais? Voltar ao PT ideológico de 1980? Como, se foi o Lula mesmo que trocou a utopia pelo Bolsa Família? Talvez seja a utopia do Instituto Lula, que diz lutar contra a fome - não só no Brasil, mas no mundo! Como? Fazendo palestra em troca de muitos milhares de dólares.

Nos seus últimos pronunciamentos, atribuiu a culpa do desastre petista à inoperância do partido e à teimosia de Dilma, que não ouve o que ele diz. E ele, Lula, tem alguma culpa nesse desastre? Não, não tem culpa nenhuma, embora Dilma tenha sido um invenção sua.
Herculano
12/07/2015 07:39
O HUMOR DE JOSÉ SIMÃO

E atenção! Sorte do dia: "Você não é a Dilma". UFA! Graças a Deus! Já é um alento!

E a célebre frase da Granda Chefa Toura Sentada na Folha: "Eu não vou cair". Da bicicleta! Rarará!

E já saíram novas versões: "Eu não vou cair da bicicleta". "Eu não vou cair mais que eu já caí". Ëu não vou cair pra série B". "Eu não vou cair em si". Rarará.

E se a Dilma cair, é pênalti pro Corinthians! Mas há controvérsias: impeachment ou golpeachment?

E outra versão: pra que impichar a Dilma se quem governa é o PMDBOMBA! É a mesma coisa que pedir impeachment da Rainha Elisabeth.

E uma leitora mandou avisar a Dilma que a melhor lua pra plantar mandioca é a lua de mel. Rarara.

Mandiocracia!
Herculano
12/07/2015 07:31
PAPA NA BOLÍVIA

Este papa é o melhor de todos os que apareceram, desde São Pedro. Chegará um momento em que ele revelará que a essência do cristianismo é o socialismo.
Herculano
12/07/2015 07:28
UM TESTE PARA O SEU DNA GOLPISTA, por Elio Gaspari para os jornais Folha de S. Paulo e O Globo

Desde o banimento do imperador, a ordem legal foi quebrada pelo menos dez vezes. Quais foram golpes?

Golpe, a praga que envenenou a República, voltou ao cotidiano. Há genes golpistas nas almas mais puras. Milton Campos (1900-1972), um liberal exemplar, serviu como ministro da Justiça à ditadura envergonhada do marechal Castello Branco. O golpismo afeta cabeças à direita ou à esquerda. Como ninguém gosta de ser chamado de golpista, derrubado o governo que se detesta, inventa-se outra palavra e saúda-se a nova ordem.

Sempre é bom lembrar que o governo mais estável da história nacional, o de D. Pedro 2º, durou 49 anos e nasceu com o golpe parlamentar que proclamou sua maioridade aos 14 anos.

Aqui vai um teste com dez episódios para que cada um possa examinar seu DNA. Indo em direção ao passado, marque a situação em que ocorreu um golpe. Ele pode ter sido parlamentar, vindo do Congresso, militar, trazido pelos tanques, ou misto.

1969: O presidente da República, marechal Costa e Silva, teve uma isquemia cerebral e estava incapacitado. Os três ministros militares chamaram o vice Pedro Aleixo, disseram que não assumiria e formaram uma Junta Militar. Seriam chamados de "os três patetas". Foi golpe?

1968: O marechal Costa e Silva baixou o Ato Institucional nº 5, fechou o Congresso e suspendeu liberdades públicas. Golpe?

1964: Depois de uma revolta militar, o presidente do Congresso declarou vaga a presidência da República e extinguiu o mandato de João Goulart. Os vitoriosos chamaram o movimento de "Revolução". Durante a ditadura, falar em golpe podia trazer problemas. Hoje, falar em "Revolução" é politicamente incorreto.

1961: Depois da renúncia de Jânio Quadros, os ministros militares recusaram-se a empossar o vice-presidente João Goulart. Com o país à beira de uma guerra civil, em poucos dias o Congresso votou uma emenda parlamentarista, mutilando os poderes de Jango, que só então assumiu. Até agora o teste havia sido fácil. Foi golpe?

1955: O presidente Café Filho teve um infarto e assumiu o deputado Carlos Luz. Ele demitiu o ministro da Guerra, Henrique Lott, e em poucas horas foi deposto pela tropa. O Congresso votou o impedimento de Luz e empossou o presidente do Senado, Nereu Ramos. Café tentou reassumir, a tropa voltou a se mover e o Congresso votou seu impeachment. Foi golpe?

1945: A tropa depôs o ditador Getúlio Vargas, que convocara eleições para eleger seu sucessor. Elas deveriam ser realizadas no dia 2 de dezembro, mas Getúlio foi deposto em outubro e tomou posse o presidente do Supremo Tribunal Federal. O general Eurico Dutra foi eleito e em 1946 instalou-se uma Assembleia Constituinte. Foi golpe?

1937: Com o apoio da tropa, Getúlio Vargas fechou o Congresso, suspendeu a eleição presidencial que marcara e criou o Estado Novo. Fácil.

1930: Candidato derrotado na eleição presidencial, Getúlio Vargas liderou uma revolta e a guarnição do Rio de Janeiro depôs o presidente Washington Luiz. Foi golpe ou foi a "Revolução de 1930"?

1891: O marechal Deodoro da Fonseca renunciou ao cargo e assumiu o vice, Floriano Peixoto. A Constituição mandava que fossem realizadas novas eleições. Floriano botou pra quebrar e governou até 1894. Chamaram-no "Marechal de Ferro". Deu golpe?

1889: No 49º ano de seu reinado, D. Pedro 2º foi deposto pela guarnição do Rio de Janeiro e banido do país com toda sua família. Proclamou-se a República. Golpe?

Quem marcou que houve golpe em todos os dez casos tem algo de Joaquim Nabuco ou Sobral Pinto no seu DNA. Fernando Henrique Cardoso marcou nove casos, excluindo o episódio da emenda parlamentarista de 1961. Quem não viu golpe em 1889, 1930 e 1945 tem uma inclinação para apoiar "golpes para o bem". Quem aceitou as intervenções de 1937, 1964, 1968 e 1969 é um golpista de plantão.

Em todos os dez episódios listados houve um ingrediente que felizmente saiu do baralho em 1985, com a eleição de Tancredo Neves: a anarquia militar. Salvo no golpe de 1969, nunca houve intervenção militar sem que houvesse civis pedindo-a. Em quase todos os casos haviam perdido eleições ou temiam perdê-las.
Herculano
12/07/2015 07:28
VOLTA AO PASSADO, por Elio Gasperi, para os jornais Folha de S.Paulo e O Globo

De um psicanalista de botequim:
"A frequência com que Dilma Rousseff tem se referido aos seus dias de cadeia e tortura nos anos 70 pode indicar a força de sua personalidade, mas também pode ser uma regressão a um tempo em que ela se sentia só e vulnerável."

VOZES D'ÁFRICA
Representantes do Ministério Público têm viajado para países africanos onde as empreiteiras metidas na Lava Jato conseguiram negócios bilionários.

BLINDAGEM
Um dos mais talentosos criminalistas de São Paulo, advogado de empreiteiras, reconheceu há algumas semanas que até agora o trabalho do juiz Sergio Moro não deixou brechas para a anulação de suas sentenças nas instâncias superiores.

DOCUMENTOS DOS EUA
Pérola colhida num dos documentos do tempo da ditadura liberados pelo governo americano:

No final de 1968 e no início de 1969, os superiores do capitão Carlos Lamarca receberam três avisos de que ele e um sargento estavam aliciando soldados.

Um par de denúncias veio de um cabo e de sua mulher. A outra, de um soldado. Resolveu-se manter o assunto fora do conhecimento do comando do Exército. Lamarca saqueou o arsenal do quartel e desertou no final de janeiro.

Ficou tudo no nível das conversas. Se não fosse um telegrama da Defense Intelligence Agency, o frango ficaria esquecido.

A CRISE
Um movimentado restaurante da avenida Atlântica tinha 35 funcionários em dezembro do ano passado. Hoje está com 19 e seu faturamento caiu à metade.

O GRUPO DE CUNHA
Um deputado jura ter ouvido do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que por ter votado contra ele num projeto, estaria excluído do "nosso grupo".

Resta saber o que vem a ser "nosso grupo".

JUSTIÇA EFICAZ
O Judiciário funciona e é rápido nos Estados Unidos. Por iniciativa do Departamento de Justiça americano, um tribunal federal bloqueou a propriedade da "Esmeralda da Bahia" até que o Judiciário brasileiro confirme que ela foi extraída, exportada e transportada ilegalmente para os Estados Unidos.

Trata-se da maior pedra com formação de esmeraldas já encontrada no mundo. Um dos seus nove cilindros tem cerca de um metro de altura. Vale milhões de dólares como peça de museu.

Sua história é a narrativa de um Estado que funciona e de outro, gigante pela própria natureza, que dorme eternamente em berço esplêndido. A pedra foi extraída em 2001 num garimpo ilegal da Bahia. Em 2005, foi exportada para os Estados Unidos como se fosse material asfáltico. Em 2011, o gigante adormecido foi avisado pelo governo americano de que essa pedra aparecera por lá numa briga de comerciantes que se diziam seus donos.

Três anos depois, o governo brasileiro resolveu disputar a propriedade da pedra e contratou o advogado americano John Nadolenco. A fatura foi liquidada em questão de meses. Enquanto a Justiça da Califórnia decidia qual dono americano poderia ficar com a pedra, ele pediu a um tribunal de Washington que mantivesse a posse da esmeralda sob custódia da polícia de Los Angeles até que ela pudesse ser devolvida ao Brasil. Ganhou.

A "Esmeralda da Bahia" só voltará ao Brasil quando terminar o processo que a Viúva move contra os brasileiros que a extraíram e mutretaram sua exportação fraudulenta. Ele só foi iniciado em 2014 e tramita na Justiça Federal de Campinas.
Herculano
12/07/2015 07:16
PALAVRAS O VENTO LEVA, por Carlos Brickmann

Em política, palavra não tem lá muito valor: fala-se o que dá voto, raramente o que se pensa. Mas a linguagem dos sinais é precisa. Diz que a crise é brava.

1 - A senadora Gleisi Hoffmann, do PT paranaense, ex-ministra de Dilma (e esposa de ex- ministro), estava no Senado no dia 8, na hora da votação que elevou o reajuste dos aposentados. Dilma precisava derrotar o reajuste. Gleisi sumiu, não votou. Também não votaram governistas radicais que estavam lá, como Angela Portela, PT de Roraima, e Vanessa Grazziotin, PCdoB do Amazonas. Sandra Braga, do PMDB do Amazonas, é governista e mulher do ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga; cadê? Eunício Oliveira é líder do PMDB, maior partido da base aliada. Não votou. Peemedebistas bem atendidos pelo Governo, como Dario Berger, José Maranhão, Simone Tebet e Waldemir Moka, estavam no Senado, mas não na votação. Do PMDB, 11 senadores votaram, sete contra Dilma. Dois petistas, o gaúcho Paulo Paim e o baiano Walter Pinheiro, votaram contra o Governo. Zezé Perrela, governista do PDT mineiro, também.

2 - A CPI da Petrobras convocou para depor o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. A lista das convocações é de autoria do relator, Luiz Sérgio, PT.

Traduzindo a linguagem dos sinais: o apoio político a Dilma se esvaiu. Petista votando contra o PT? Ou fugindo da raia na hora de votar para não se comprometer? Peemedebista bem atendido mordendo a mão que o alimenta? Como diria o padre Quevedo, "esso non ekziste".

Ou só existe quando a crise é terminal.

O ESCUDO DO GUERRIERO

José Dirceu deixou o Governo, onde era "o capitão do time", segundo o presidente Lula, para defender-se sem comprometer seu partido e os demais dirigentes. Foi julgado, condenado, preso, jamais falou contra Lula, ou algo que pudesse comprometê-lo. Houve um zum-zum de que se considerava abandonado, mas ninguém assumiu a responsabilidade pela divulgação do rumor. Pois bem: agora, no pedido de habeas-corpus preventivo ao TRF-4 - Tribunal Regional Federal, em Porto Alegre, os advogados de Dirceu atribuem a Lula o medo de virar vítima.

Textual: "Tamanho o receio que as pessoas se encontram, haja vista os métodos investigatórios ultimamente empregados pela Operação Lava Jato, que até mesmo o sr. ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, disse estar temeroso de que será, também, provavelmente, o próximo alvo da referida operação, não obstante sequer seja um dos investigados nos procedimentos. "

José Dirceu revelando um temor de Lula e usando-o em seu favor? Esso também non ekziste. Ou só existe quando a crise é muito, muito grave.

DELAÇÃO...

Luiz Sérgio, o relator da CPI da Petrobras, que convocou o ministro José Eduardo Cardozo a depor, criando problemas para o Governo, foi duas vezes ministro de Dilma: primeiro, na Secretaria das Relações Institucionais; depois, na Secretaria da Pesca. Nos dois casos, é mais lembrado por sua aparência, uma espécie de Aloízio Mercadante ainda com cabelo, e pelo apelido: Garçom. Só transmitia as reivindicações dos parlamentares e as enviava a quem de direito, sem poder para atendê-las. Mas é tão dilmista que o PT o tornou relator da CPI.

Fora convocar o ministro, Luiz Sérgio convocou também a advogada Beatriz Catta Preta, que se especializou em acordos de delação premiada. Pois não é que Luiz Sérgio teve quase metade dos custos de sua campanha bancados por doações de empresas envolvidas na Operação Lava Jato? E um delator premiado disse que boa parte das doações a partidos vinha de dinheiro de propina?

... SÓ CONTRA OS OUTROS

Tradução: é preciso botar um freio nas delações premiadas, atingindo a profissional que mais acordos alcançou na Lava Jato. Beatriz Catta Preta irá depor sobre "a origem dos recursos com que seus clientes têm custeado os respectivos honorários". A tese: se soubessem que os recursos são ilícitos, os advogados estariam envolvidos em lavagem de dinheiro. Na prática, claro, é diferente: primeiro, porque os contatos entre clientes e advogados são sigilosos por lei; segundo, porque não cabe a profissionais terceirizados investigar se o dinheiro de seus honorários foi obtido licitamente ou não pelo cliente, como não cabe ao tintureiro investigar de onde foi tirado o dinheiro para pagar seus serviços. O objetivo é claro: tentar desmoralizar as delações atingindo os advogados.

É briga difícil, envolve a OAB, cria inimigos - e só se explica quando a crise é explosiva.

ACREDITE SE QUISER

Um dia, a presidente da República, indo para a Rússia, resolve dar uma paradinha em Portugal. Lá, por coincidência, está o presidente do Supremo Tribunal Federal. E os dois se encontram, veja só! Como disse o ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, foi "um encontro casual". E que seria desconhecido se não fosse o repórter Gérson Camarotti ter descoberto e publicado a notícia.

Os dois, enfim, se encontraram por acaso e aproveitaram para conversar sobre o aumento dos servidores do Judiciário. Há uma possibilidade de que o Supremo de Lewandowski tenha de julgar um pedido de impeachment contra Dilma, mas ninguém falou nisso. Reuniram-se em segredo, noutro país, por acaso.

Então, tá.
Herculano
12/07/2015 06:59
OS IMBECIS ESTÃO GANHANDO ?, por Sérgio Dávila para o jornal Folha de S. Paulo

SÃO PAULO - Em seu livro mais recente, "Número Zero" (Record, 2015), Umberto Eco trata do editor de uma publicação que nunca vê a luz do dia --apenas monta dossiês apócrifos, como os que a cada dois anos reaparecem nas eleições brasileiras, e com eles faz chantagem em busca de dinheiro.

Aos 83 anos, o autor de "O Nome da Rosa" está preocupado com o predomínio do que chama de "máquina de lama" no jornalismo profissional. Acredita que a função da imprensa séria será cada vez mais ajudar seus leitores a discernir o trigo do joio, que se encontra amplificado e tratado como verdade na internet.

O escritor italiano não tem boas palavras para as redes sociais. Há um mês, ao receber o título de doutor honoris causa na Universidade de Turim, disse que "a mídia social dá voz a uma legião de imbecis, que antes falava apenas no bar depois de beber uma taça de vinho, sem prejudicar a coletividade".

"Hoje eles têm o mesmo direito de palavra de um Prêmio Nobel. É a invasão dos imbecis", afirmou, no discurso de agradecimento. "O drama da internet é que ela promoveu o idiota da aldeia a portador da verdade."

As palavras soam duras e reducionistas. O saldo da popularização da internet e da facilidade de divulgação de opiniões que dela advém é mais positivo que negativo. Hoje, qualquer pessoa com uma conexão ou um celular diz em poucos segundos o que pensa sobre qualquer tema e, em países como a Itália ou o Brasil, sem censura.

O problema é que, assim como nos bares, no Facebook, no Twitter e no Instagram os imbecis fazem mais barulho que os sensatos.

E - como mostram episódios recentes de intolerância e racismo envolvendo os jornalistas Zeca Camargo e Maju Coutinho, a deputada federal Mara Gabrilli, o apresentador Jô Soares e a presidente Dilma Rousseff, em sua passagem há duas semanas pela Universidade Stanford - parecem ter mais admiradores.
Herculano
12/07/2015 06:55
LOBÃO FAZ VERSÃO ANTI-PT DE SUCESSOS ANTIGOS E CANTA "DILMA BANDIDA" EM SHOW EM SÃO PAULO

Conteúdo do Uol (Folha de S. Paulo).Texto de Rodrigo Bertolotto. O cantor Lobão não conseguiu nem a metade da ocupação do teatro em que tocou na noite deste sábado (11) em São Paulo. Mas cantou para um público fiel, que vibrou com versões anti-PT de dois de seus maiores sucessos "Vida Bandida" e "Blá Blá Blá... Eu te Amo (Rádio Blá)".

O público, que antes gritava em coro "Dilma, vai tomar no c...", se empolgou com a versão do êxito de 1987 convertido em "Dilma Bandida". Ao final da versão, o cantor ainda fez uma convocação para o próximo protesto contra o governo de Dilma Rousseff, marcado para o dia 16 de agosto. Durante o show, ele chamou o Partido dos Trabalhadores de "cafona", "engano", "mentira", "bunda mole" e "paumolenga".

Lobão mostrou canções novas, sendo duas delas de protesto contra os últimos governos do PT. Tocando uma viola caipira, ele interpretou "A Marcha dos Infames", música que escreveu após saber que estaria em uma suposta "lista negra do PT".

"Tanto martírio em vão/Estupro da nação/Até quando esse sonho ruim/Esse pesadelo sem fim?" é um dos versos da faixa que deve integrar o álbum "O Rigor e a Misericórdia", a ser lançado no final do ano. Para abrir a apresentação , tocou "Os Vulneráveis", que fala de "rebanhos" e "donos do poder".

Petista confesso durante boa parte de sua carreira, Lobão se converteu em um dos principais rostos da oposição nos últimos tempos, participando de manifestações, escrevendo artigos e dando entrevista contrárias às gestões de Lula e Dilma.

No bis, o cantor carioca se empolgou ainda mais nos ataques. "Nós precisamos tirar o PT do poder. Nós precisamos colocar o Lula na cadeia. E a Dilma tem que cair", discursou para o aplauso dos presentes.

O show realizado no Teatro Bradesco (zona oeste de São Paulo) faz parte da turnê "Lobão Sem Filtro", que passa nos próximos meses por cidades do Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste.
Herculano
12/07/2015 06:50
DILMA DIZ ESTAR NAS MÃOS DE CUNHA. ESTÁ MESMO, por Cláudio Humberto na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Enrolada nas pedaladas fiscais, Dilma Rousseff reclama com aliados que está nas mãos do presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Ela tem razão em se preocupar. Cunha vive às turras com o PT, que o hostiliza, e será ele quem analisará a admissibilidade de eventual pedido de impeachment. E quem o conhece sabe que se ele colocar o caso em votação, no plenário, dificilmente Dilma escapará. É o que a apavora.

Governabilidade

Na admissibilidade, Eduardo Cunha pode levar em conta provas de corrupção ou condições efetivas de Dilma continuar governando o País.

Tá feia a coisa

Políticos de proa como o senador Romero Jucá (PMDB-RR) temem que o pretexto para impeachment pode ser a falta de governabilidade.

Três motivos

Há três ameaças contra Dilma: a rejeição das contas no TCU, denúncia por crime financeiro e dinheiro roubado da Petrobras em sua campanha

Voto aberto

Como a votação de cassação de mandato é aberta, os deputados da aliados consideram que seria impossível apoiar Dilma ao vivo, pela TV.

CUBA JÁ LEVOU R$ 4,3 BILHÕES PELO MAIS MÉDICOS

A Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) já recebeu, por meio do Mais Médicos, mais de R$ 4,3 bilhões do governo federal. Alvo de graves denúncias de uso do programa como fachada para financiar a ditadura cubana, a Opas repassava aos médicos apenas 10% dos R$ 11 mil pagos por cada profissional, levando quase cinquenta cubanos a desertarem e fugirem do Brasil para não correrem risco de deportação.

Escândalo

Vídeo da TV Band mostrou negociações entre representantes do Ministério da Saúde e da Opas discutindo como acobertar o esquema.

Melhorou, mas...

Depois das denúncias, a Opas começou a pagar R$ 3 mil aos médicos cubanos, quatro vezes menos do que recebem os de outros países.

No hay crise

A Opas já levou mais de R$ 1 bilhão em 2015, demonstrando que o acordo com os irmãos Castro não sofre com o arrocho do governo.

Cerco sobre Temer

O PMDB se reuniu na noite de sexta (10), no Rio, sob a desculpa de discutir com o prefeito Eduardo Paes "os próximos passos" do partido. Na verdade peemedebistas tentaram convencer o vice Michel Temer a deixar a articulação política do governo, para afundar Dilma de vez.

Data marcada

Deputados aliados ao governo andam tão pessimistas quanto Dilma, em relação ao tempo que lhes resta de governo. No ritmo atual, eles acham que Dilma não vai "emplacar" nenhum candidato em 2016.

O Brasil encolheu

Ao descontar a inflação, o PIB de R$ 5,5 trilhões em 2014 equivale a menos que os R$ 4,3 trilhões registrados em 2011, quando Dilma assumiu a Presidência, mesmo com a nova metodologia de cálculo.

?
ERA UMA FESTA

Em Paris, certa vez, o ator Omar Sharif, falecido sexta-feira (10), fez parte do grupo de "brazucas" que agitava a boate Regine?s, de Regine Choukrum. Ela, depois, chegou até a abrir filial no Rio de Janeiro.

Dedetização no Planalto

O Planalto abriu licitação de R$ 86,6 mil para dar cabo a insetos e outros bichos que circulam no palácios oficiais. Mais da metade, R$ 51,1 mil, é para dedetização dos locais de trabalho e moradia de Dilma.

Com medo do contágio

Com a popularidade em um dígito (9% no Ibope mais recente), a presidente Dilma já percebe uma crescente fuga de apoio no Congresso. Poucos ainda topam se associar à imagem dela.

Solitários

No PMDB, principal aliado do governo Dilma, só há dois "caciques" que ainda defendem a presidente Dilma: o vice-presidente Michel Temer, articulador-geral, e o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE).

Sapato velho

Nem os petistas apostam no governo Dilma. Questionada se achava o governo bom, a deputada Érika Kokay (DF) insistiu na cantilena de que faltam reformas política e econômica. Justamente as que o PT não fez.

Contrabando

O Movimento em Defesa do Mercado Legal Brasileiro lança nesta segunda (13) campanha contra o contrabando. Brasília será inundada por faixas, cartazes e outdoors.
Herculano
12/07/2015 06:41
DILMA, LULA E AÉCIO DISCUTEM SOBRE JULGAMENTO DAS PEDALADAS NO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

Conteúdo do jornal Correio Braziliense. Texto de Paulo de Tarso Lyra. Pelo quarto dia consecutivo, a presidente Dilma Rousseff e o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), protagonizaram um bate-boca político e público. Até o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aderiu ao confronto. Da Rússia, Dilma criticou o tucano, que a acusara de querer passar por cima das instituições, numa alusão ao julgamento dos gastos do governo que será feito no Tribunal de Contas da União (TCU). "Quem coloca como já tendo havido uma decisão provoca um desserviço para o TCU e para o TSE, porque não há nenhuma garantia que qualquer senador de República, muito menos o senador Aécio Neves, possa prejulgar quem quer que seja ou definir o que uma instituição vai fazer ou não", disse a presidente.

Dilma foi ainda mais incisiva, recorrendo ao debate sobre golpe, tão em voga nos embates atuais entre governo e oposição. "A gente não fica discutindo quem é ou quem não é golpista. Quem é golpista mostra na prática as tentativas, que começam por isso: prejulgar uma instituição", atacou a presidente.

No Senado, Aécio resolveu dar o troco. O senador desafiou a presidente a demonstrar quando ele teve alguma atitude golpista ao defender as investigações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do TCU que podem, em caso de condenação, retirá-la do cargo. "Desafio a presidente da República a demonstrar em que instante, eu, como presidente do PSDB, dei qualquer declaração de desrespeito à Constituição e à soberania das instituições", cobrou Aécio.

Para o tucano, a petista cria um factoide de algo que não é real. "É absolutamente inacreditável a desconexão da presidente Dilma com a realidade", afirmou ele. "Não permitiremos é que instituições de Estado sejam constrangidas por ação do governo", reforçou ele, lembrando que o PSDB jamais adiantou o resultado do julgamento do TCU. Ele disse que o governo terá a oportunidade de se defender tanto no TSE quanto no TCU, mas ressaltou que ninguém, nem a presidente da República, está acima das instituições.

"Dilma deveria falar que errou, fracassou e falhou na condução de uma série de questões, como o controle da inflação e do desemprego. Isso não é obra da oposição, a oposição não é golpista", rebateu. "Quero repelir, de forma mais veemente, as insinuações da presidente da República." E aconselhou: "Economize as suas energias com a oposição. Concentre suas forças e energias para se defender sobre as inúmeras denúncias que recaem sobre Vossa Excelência e seu partido", sugeriu.

Parecer
Na última terça-feira, logo após entrevista de Dilma à Folha de S.Paulo, Aécio disse que a presidente queria passar por cima das instituições ao afirmar que as chamadas "pedaladas fiscais" em julgamento no TCU aconteceram sempre, nos governos anteriores. "Em momento algum da minha entrevista eu passei por cima das instituições. Nem o TCU ainda deu um parecer definitivo sobre minhas contas. Eles abriram a oportunidade de nos explicarmos, e vamos explicar bem explicado e a mesma coisa ao TSE (que analisará as denúncias de financiamento ilegal na campanha de 2014)", declarou a presidente.

O ex-presidente Lula também resolveu entrar na disputa. "O tempo do golpismo passou para nunca mais", declarou o petista, lembrando que o país vive o período de maior solidez democrática desde a Proclamação da República. "O acúmulo das lutas do povo brasileiro forjou as bases de um país mais rico, menos desigual e consciente de seu potencial. Por isso, não há espaço para retrocesso", concluiu o ex-presidente.

A postura mais incisiva de Dilma tem dividido opiniões. "Deveríamos parar de bater boca com a oposição, isso só dá holofotes para eles. Deixa o Lula falar o que ele quiser. A presidente já deu o seu recado na entrevista e deveria aproveitar para virar a página dessa história", disse um interlocutor governista.
Herculano
12/07/2015 06:29
A LENDA DA CLASSE MÉDIA, por Clóvis Rossi para o jornal Folha de S. Paulo

Estudo global mostra que a maioria dos brasileiros (50,9% exatamente) ou é pobre ou tem renda baixa

O Brasil tornou-se um país de classe média, certo? Certo se você acredita na propaganda oficial e em algumas medições privadas que corroboram essa visão.

Errado, no entanto, segundo trabalho comparativo sobre a classe média mundial divulgado na quarta-feira (8) pelo Pew Research Center, referência global.

O estudo traz uma ótima notícia, em termos mundiais: 700 milhões de pessoas saíram da pobreza entre 2001 e 2011 (último ano para o qual há dados comparáveis).

Equivale a três "brasis" e meio deixando a pobreza (definida, como é da praxe internacional, como renda de até US$ 2 por dia ou R$ 6,44).

No Brasil também houve notável progresso, mas a maioria da população ainda é ou pobre ou de baixa renda (US$ 2 a US$ 10).

São 50,9% nesse patamar triste, divididos entre 7,3% de pobres e 43,6% de baixa renda.

Na classe média (US$ 10 a US$ 20), estavam, em 2011, apenas 27,8% dos brasileiros, de todo modo um auspicioso crescimento de 10,3 pontos percentuais em relação a 2001.

Como os anos mais recentes, não cobertos pelo estudo, foram de crescimento econômico relativamente reduzido ou quase zero, como em 2014, parece razoável deduzir que a classe média não deve ter engrossado muito desde 2011.

Houve, sim, alentador avanço, já que, na primeira década do novo século, caiu o número de pobres (8,7 pontos percentuais) e o de pessoas de baixa renda (8,5 pontos).

Mas são números que podem confortar apenas os governantes de turno, sejam quais forem, e seus áulicos.

Para quem quer mais, comparar os números do Brasil com o de outros países só traz tristeza.

Primeira comparação: com a Espanha, país desenvolvido que talvez seja mais compatível com o Brasil, seja pela história recente (longa ditadura seguida de democracia estável), seja pelo tamanho da economia.

Na Espanha, há quase tantas pessoas de renda média alta (49,5%) quanto os pobres e de baixa renda no Brasil somados (50,9%).

No Brasil, os de renda média alta (US$ 20 a US$ 50) são apenas 15,9% e os efetivamente ricos (mais de US$ 50) não passam de 5,4%.

Na Espanha, os ricos são 27,3%, cinco vezes mais que no Brasil.

Mesmo na comparação com a hoje depreciada Grécia, o Brasil faz feio: os pobres e de renda baixa na Grécia não passam, somados, de 5% (atenção, os dados são de 2011, quando apenas começava o "austericídio" que devastou o país).

No Brasil, repito, dez vezes mais.

Se se quiser comparar com a vizinhança, escolha-se o Chile, bem menor e menos dotado de recursos naturais.

Não obstante, sua classe média (33,8% da população) supera em cinco pontos percentuais a do Brasil. A soma de renda média e média alta dá 55,8%, bem mais que os 43,7% do Brasil.

Todos os cálculos levam em conta a paridade do poder de compra, ou seja, a adaptação do dólar ao que ele pode comprar em cada país.

Tudo somado, tem-se que a crise brasileira não vai incidir em um país de classe média, portanto com certa gordura para queimar, mas em um país pobre, muito pobre.
Rafael - GSP Grande
11/07/2015 23:20
Estive na feijoada do PMDB hoje na São Cristóvão e pude perceber a falta de adesão da comunidade nela. Nem o próprio pessoal aqui da nossa região, que já foi um forte reduto do partido, compareceu.
Isso só mostra o quanto o partido está perdendo respeito entre a gente e está enfraquecendo cada vez mais. Se vendem lá na esfera federal e acham que o povo vai engolir que eles são diferentes aqui em Gaspar.
Pude presenciar inclusive pessoas fazendo cara feia na hora que o vereador Jaime e a Deputada Estadual (que nem sei o nome) foram tentar enaltecer o Kleber e falar da eleição municipal do ano que vem. E minutos depois disso um pai recusando a camisa (amigos do 15) que o seu filho o oferecia após recebe-la de "cortesia" após informar seus dados cadastrais para a equipe do partido.
É, ficou evidente que esta tentativa de mostrar força foi um tiro no pé do partido, que deixou evidente que sozinhos jamais conseguirão derrotar o PT. Que por mais ruim que seja para a cidade, pelo menos tem o voto fechado entre seus eleitores. E não pula de galho em galho feito o PMDB em todas as esferas do nosso país, esquecendo sua própria identidade.
Juliano Silva
11/07/2015 21:29
FEIJOADA PMDB

Qm foi percebeu que foi um sucesso, muita organização e a feijoada estava ótima! Mais de 400 pessoas compareceram no evento, além das centenas que buscaram!

O PMDB mostra que está forte e unido para o ano que vem!

Herculano
11/07/2015 20:23
A PALAVRA DO PRESIDENTE DA SULCATARINENSE, JOSÉ CARLOS PORTELLA NUNES, QUE DUPLICA A 470 EM GASPAR E QUE DESARMOU O CANTEIRO CENOGRÁFICO QUE ILUDIU A IMPRENSA VÁRIAS VEZES, REVELA QUE A COISA ESTÁ MUITO RUIM MESMO

Está no informativo 97, de junho deste ano.

"O DNIT está pagando com 150 dias de atraso e algumas prefeituras nem sequer pagam. Num quadro desses, somos obrigados a diminuir a Sulcatarinense como um todo para nos mantermos vivos, aguardando tempos melhores que só deverão no segundo semestre de 2016 ou 2017".
Juju do Gasparinho
11/07/2015 20:16
Prezado Herculano:

O lucro cubano

"O governo brasileiro já repassou 2,85 bilhões de reais para pagar os 11 400 médicos cubanos que atuam no país. Como a Opas, que intermedia o acordo, embolsa 5% dos valores, Cuba recebeu 2,7 bilhões de reais desde agosto de 2013.

O projeto foi planejado para custar 511 milhões de reais, mas o Ministério da Saúde já prepara o sétimo aditivo do contrato."
A informação é da Veja.

O que me impressiona nesse tipo de informação é a variedade de meios que a máfia petista instalou no país para surrupiar dinheiro.
Via Petrobras, via gráficas, via empresas fantasmas, médicos cubanos, enfim, esquemas mil.
Essa América Latrina está entupida, fede e é o maior criadouro de ratazanas da história.
Herculano
11/07/2015 19:33
GOLPISMO?

Esse pessoal é mesmo do barulho. Pois é. Acabou de sair uma pesquisa (nota abaixo) sobre uma eventual eleições nos dias de hoje. E segundo o Ibope, até mesmo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, PT, perderia para Aécio Neves, PSDB.

Os blogs sujos já associaram esta pesquisa, com valor jornalístico e atual, como uma encomenda tramada para o golpe.

Se houvesse a inversão, ou Lula, ou alguém da situação, que tanto rouba de todos nós, estivessem bem na pesquisa, haveria comemoração.

O que ninguém consegue entender a razão pela qual o poder instalado não consegue entender as vozes da razão, da ética, das ruas, dos eleitores e dos cidadãos. Todos nós estamos cansados de pagar esta conta e se submeter à uma organização criminosa. Wake up, Brazil!
Herculano
11/07/2015 19:26
ADMIRÁVEL GADO NOVO, por Zé Ramalho, 1980

Vocês que fazem parte dessa massa,
Que passa nos projetos, do futuro
É duro tanto ter que caminhar
E dar muito mais, do que receber.
E ter que demonstrar, sua coragem
A margem do que possa aparecer.
E ver que toda essa, engrenagem
Já sente a ferrugem, lhe comer.

Eh, ôô, vida de gado
Povo marcado, ê
Povo feliz
Eh, ôô, vida de gado
Povo marcado, ê
Povo feliz

Lá fora faz um tempo confortável
A vigilância cuida do normal
Os automóveis ouvem a notícia
Os homens a publicam no jornal
E correm através da madrugada
A única velhice que chegou
Demoram-se na beira da estrada
E passam a contar o que sobrou.

Eh, ôô, vida de gado
Povo marcado, ê
Povo feliz
Eh, ôô, vida de gado
Povo marcado, ê
Povo feliz

O povo, foge da ignorância
Apesar de viver tão perto dela
E sonham com melhores, tempos idos
Contemplam essa vida, numa cela
Esperam nova possibilidade
De verem esse mundo, se acabar
A arca de Noé, o dirigível
Não voam, nem se pode flutuar,
Não voam nem se pode flutuar,
Não voam nem se pode flutuar.

Eh, ôô, vida de gado
Povo marcado e,
Povo feliz
Eh, ôô, vida de gado
Povo marcado e,
Povo feliz
Herculano
11/07/2015 19:19
COMEMORANDO CRISES, por Merval Pereira

A confusão é tamanha entre os petistas e seus aliados que eles deram agora para comemorar crises internacionais como se elas confirmassem o que a presidente Dilma mais gosta de dizer, que os problemas brasileiros são causados pela má situação econômica e financeira do mundo.

Assim, a crise das bolsas da China, que vai repercutir em toda a economia global e principalmente nos países periféricos como o Brasil, está sendo quase que comemorada pelos estrategistas petistas, esquecendo-se de que se estamos nessa situação econômica delicada sem que os motivos externos fossem os verdadeiros culpados, agora que existem realmente esses problemas, a situação só tende a piorar.
Durou pouco também a comemoração dos que viram no "Não" do plebiscito grego uma rejeição ao programa de ajuste das contas públicas exigido pela União Européia.

O Primeiro-Ministro grego Alexis Tsipras deu um golpe político nos radicais de seu próprio partido ( e nos torcedores de outros cantos do mundo, inclusive brasileiros) e, vencedor do plebiscito, mas sabedor que a vitória não lhe dava um mandato para sair da zona do euro, apresentou proposta muito semelhante aos termos que a Grécia rejeitara, e em alguns pontos mais dura ainda, na tentativa de conseguir um socorro financeiro de ? 53,5 bilhões durante três anos e uma promessa de reestruturação da dívida.

Os petistas e quejandos comemoraram o resultado do plebiscito grego como se ele pudesse indicar que aqui também o povo deveria dizer não ao programa de ajuste fiscal da presidente Dilma, que o ministro da Fazenda Joaquim Levy tenta levar a bom termo. Lá como cá, no entanto, quem tem a responsabilidade de governar sabe que não pode brincar com o desequilíbrio fiscal, embora possa vencer eleições prometendo coisas que não serão cumpridas.

Aqui, Dilma venceu em 2014 vendendo um país que já não existia desde seu primeiro mandato, mas que o governo petista sustentou às custas de "pedaladas" fiscais e emissão de moeda que deu no que deu: inflação já na casa de 2 dígitos em algumas regiões, crescimento negativo, juros na estratosfera.

Na Grécia, o Syriza, partido vencedor das eleições, chegou ao poder depois de defender durante anos a rejeição ao programa de ajuste. Muitos nefelibatas políticos, ou simples populistas na Grécia e em diversas partes do mundo, inclusive no Brasil, viram a vitória do "Não" como uma virada de mesa contra a União Européia, o que absolutamente não acontecerá.

O ajuste proposto pelo governo grego prevê corte de ? 13 bilhões nos gastos públicos através de elevação de impostos, fim de benefícios tarifários para as ilhas gregas, reformas previdenciárias e privatizações, quando o plano anterior previa cortes de até ? 8 bilhões. O superávit primário que tanta ojeriza causa aos nefelibatas petistas está lá presente no plano grego: 1% este ano; 2% em 2016; 3% em 2017 e, finalmente, 3,5% em 2018.

A China, cujos índices de ações recuaram mais de 30% nas últimas semanas, está conseguindo controlar sua crise às custas da força bruta que lhe confere o capitalismo de Estado. O impacto foi tão forte que autoridades chinesas proibiram a venda de ações por grandes investidores, como bancos e fundos de pensão, os mesmos que haviam recebido incentivos governamentais para gerar o que acabou sendo uma bolha.

Os que aqui no Brasil quase chegaram a comemorar a crise chinesa que vem ao encontro de uma tese antiga da presidente Dilma, esquecem que ela desborda para a economia real e nos atinge diretamente, e também aos BRICS, reduzindo os preços de commodities como o petróleo, desvalorizando nossas reservas, e prejudicando as exportações da Russia, e o minério de ferro, maior produto do comércio exterior do Brasil para a China, derrubando nossa balança comercial.

A situação é tão ridícula que, depois do "Não" grego, esses estrategistas que vivem em outra dimensão chegaram a pensar que a Grécia poderia se livrar da pressão de Ângela Merkel e da União Européia para ser ajudada pelos BRICS, cujo novo Banco de Desenvolvimento poderia dar o apoio que a Grécia não receberia dos organismos europeus e do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Agora, vamos ter que lidar com uma crise verdadeira.
Herculano
11/07/2015 19:09
AUSÊNCIAS

Na feijoada do PMDB hoje em Gaspar duas ausências: o deputado Federal Rogério Peninha Mendonça, acidentado nesta madrugada na BR 470, próximo a entrada de Luiz Alves, e o deputado estadual Aldo Schneider, com o seu cicerone por aqui, Ciro André Quintino.

Quem veio e ocupou o espaço foi a deputada Dirce Heiderscheidt, ciceroneada por Ivete Mafra Hammes. foi firme e foi a única a animar e falar sobre a campanha do ano que vem, nos discursos feitos durante o encontro.
Herculano
11/07/2015 19:01
LEI? PRÁ QUE? SÓ SE FOR PARA OS ADVERSÁRIOS. GILMAR MENDES PEDIU A POLÍCIA FEDERAL APURAÇÃO EM CONTAS DE CAMPANHA DE DILMA. MINISTRO QUER APURAR SUPOSTAS IRREGULARIDADES NAS CONTAS DA CAMPANHA QUE REELEGEU A PRESIDENTE

Conteúdo do jornal O Estado de S. Paulo e da revista Isto É. O ministro do Superior Tribunal Eleitoral Gilmar Mendes enviou ofício à Polícia Federal no dia 29 de junho pedindo apuração de irregularidades nas contas da campanha de Dilma Rousseff à reeleição, revela a edição deste fim de semana da revista IstoÉ.

No documento, ao qual a revista teve acesso, o ministro chamou atenção para a Focal Comunicação Visual e a VTPB, que receberam juntas R$ 47 milhões da campanha de reeleição da presidente. A Focal já esteve envolvida no caso do mensalão.

Mendes anexou ao ofício relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) apontando indícios de lavagem de dinheiro na movimentação da VTPB. De acordo com a revista, as duas empresas teriam recebido dinheiro desviado da Petrobras para a empreiteira UTC.

No dia 27 de agosto do ano passado, a UTC doou R$ 2,5 milhões à campanha da petista, que teriam sido usados pelo então tesoureiro e hoje ministro Edinho Silva para pagar a VTPB (R$ 1 7 milhão) e a Focal Comunicação (R$ 672 mil).

Segundo a revista, o documento enviado por Gilmar Mendes à PF também menciona indícios de emissão de notas frias e ocultação de despesas pelas duas empresas contratadas pela campanha da petista em 2014.

As empresas, suspeitas de servir de fachada, garantem que prestaram os serviços pelos quais foram contratadas. A campanha de Dilma afirma que as doações foram legais e nega ter recebido dinheiro ilícito.
Herculano
11/07/2015 18:24
FORA DO EIXO, por Mônica Bergamo para o jornal Folha de S. Paulo

O grupo Onda Azul, que reúne, em sua maioria, jovens profissionais liberais de 19 Estados brasileiros, anuncia nos próximos dias que seus integrantes não vão mais ingressar no PSDB. Fundado em 2014, o movimento pretendia fazer uma filiação em massa na legenda - desde que os tucanos assumissem alguns compromissos, o que não ocorreu.

SORRIA
O grupo chegou a ser recebido por Fernando Henrique Cardoso e Aécio Neves. Depois de fotos e sorrisos, no entanto, "não obtivemos resposta alguma", diz o consultor Humberto Laudares, ex-aluno e professor da FGV e também formado em ciências sociais pela USP. Uma das condições do grupo era a de que o PSDB incrementasse a democracia interna, realizando prévias para a escolha de candidatos.

SANGUE VELHO
"Os partidos brasileiros estão entupidos. Só respondem a projetos políticos pessoais [de dirigentes]", diz Laudares. "Eles não entenderam que as pessoas hoje em dia não querem mais ser claque, querem participar."

CLAQUE DO CUNHA
O consultor diz também que o PSDB tem ameaçado um dos pilares que permitem ao eleitor confiar em partidos: a perenidade de princípios. "Quando deputados tucanos votam contra a reeleição e o fator previdenciário e apoiam a redução da maioridade penal", negam o que a legenda sempre defendeu. "Não dá para agirem como o novo velho PFL", diz. E finaliza: "Como pode um partido que quer dirigir o país ficar a reboque do Eduardo Cunha [presidente da Câmara]?".

VIRAL
O Vem pra Rua, um dos grupos que organizam as manifestações anti-Dilma marcadas para 16 de agosto em todo o país, diz observar uma adesão maior à convocação. Até ontem, 41 mil pessoas, de um total de 403 mil convidados, haviam confirmado presença no evento no Facebook criado pelo grupo, que defende o impeachment. "O ritmo está superior ao dos protestos anteriores", diz, sem mencionar números, Rogério Chequer, porta-voz do movimento.
Herculano
11/07/2015 18:15
SEGUNDO IBOPE, AÉCIO VENCERIA LULA SE ELEIÇÃO FOSSE HOJE

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) venceria o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em um segundo turno caso as eleições presidenciais fossem realizadas hoje.

A conclusão é da última edição da pesquisa Ibope, divulgada neste sábado (11) pelo jornal "O Estado de S. Paulo" e realizada na segunda quinzena do mês passado.

No cenário em que enfrentaria o tucano, o petista teria 33% das intenções de voto contra 48% do senador.

Se levados em consideração os votos válidos, sem computar os brancos e nulos, Aécio teria 59% e Lula pontuaria 41%.

Caso o candidato do PSDB fosse o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, a pesquisa mostra um empate técnico no segundo turno: o tucano teria 40% e o petista atingiria 39%.

O jornal não divulgou os resultados de uma disputa no primeiro turno.

A margem de erro da pesquisa é de dois pontos, para cima ou para baixo. O Ibope ouviu ao todo 2.002 eleitores em diferentes cidades do país.

Em junho, o Datafolha realizou simulação da eleição presidencial que mostrou também vantagem de Aécio sobre Lula caso o pleito nacional fosse realizado na época.

Em um primeiro turno, o senador mineiro alcançou 35% das intenções de voto, contra 25% do petista.

A margem de erro era também de dois pontos, para cima ou para baixo.
Herculano
11/07/2015 18:06
UM PASSO EM FALSO. OS POLÍTICOS PENSAM EM CORTAR A CARNE DOS OUTROS E ACHACAR O POVO COM MAIS IMPOSTOS, MAS DELES, NADA DE EXEMPLOS PARA TER MORAL E PEDIR SACRIFÍCIO AOS OUTROS. PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA E CANDIDATO A GOVERNADOR, GELSON MERÍSIO, PSD, DESISTE E RETIRA EMENDA QUE CONGELAVA REPASSES AOS PODERES.

Veja a nota oficial. Nas últimas semanas, a Assembleia Legislativa de Santa Catarina tem incentivado um amplo debate sobre os repasses feitos aos poderes - o chamado duodécimo - com o único propósito de promover melhorias nos serviços públicos oferecidos à sociedade catarinense.

Um dos alicerces desse debate é o compromisso mútuo, existente entre todos os poderes e órgãos do Estado, em conjugar seus esforços para vencer, da melhor forma possível, a fase de instabilidade da economia.

No entanto, esse mesmo Estado só prestará um bom serviço se todas as partes estiverem em pleno funcionamento. Toda e qualquer mudança que sugerir o enfraquecimento de um poder republicano deve ser revista e aprimorada.

Por conta disso, estamos retirando a proposta de votação, trazendo a questão para que seja discutida, ampliada e aprofundada em um novo momento.

O debate e o diálogo estabelecidos até aqui, reforçam a relação de respeito, harmonia e independência entre as instituições, o que só fortalece a nossa democracia.

Gelson Merisio, presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina. Autor da emenda à LDO.
Herculano
11/07/2015 17:53
MINISTRO DO STF NEGA PEDIDO PARA SUSPENDER VOTAÇÃO DA REDUÇÃO MAIORIDADE PENAL

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. De Márcio Falcão, da sucursal de Brasília. O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Celso de Mello negou pedido de um grupo de 102 deputados para suspender a tramitação na Câmara e impedir a votação, em segundo turno, de uma proposta de mudança na Constituição que reduz a maioridade penal de 18 para 16 anos em casos de crimes hediondos, homicídio doloso e lesão corporal seguida de morte.

Em sua decisão, publicada neste sábado (11), o ministro afirma que não identificou os elementos jurídicos necessários que justificassem a concessão de uma liminar (decisão provisória) para travar o andamento da proposta.

Isso porque uma nova votação da proposta pelo plenário da Câmara está prevista para ocorrer apenas em agosto. Portanto não haveria urgência nem a possibilidade de lesão irreparável ao direito dos parlamentares que motivasse o bloqueio da votação neste momento.

O ministro do Supremo afirmou ainda que não há impedimentos para que uma nova liminar seja solicitada pelos congressistas contrários à redução da maioridade penal "quando restar configurada, efetiva e realmente, situação caracterizadora de difícil reparação".

Na quinta (9), deputados de 14 partidos recorreram ao STF para travar a tramitação da proposta. Aprovado em primeiro turno, o texto terá que passar por nova análise na Câmara e ainda ser discutida pelo Senado, onde enfrenta resistência.

Uma outra demanda do grupo de parlamentares para anular a sessão da primeira votação só deve ser discutida pelo plenário do STF. O julgamento não tem data prevista.

A proposta prevê baixar a idade penal em casos de crimes hediondos (como estupro e sequestro), homicídio doloso (com intenção de matar) e lesão corporal seguida de morte.

A votação questionada no Supremo ocorreu após uma manobra do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para reverter a derrota no dia anterior de uma de proposta similar e que acabou rejeitada porque incluía tráfico e roubo qualificado (com armas de fogo, por exemplo).

Responsável pelo Supremo nesta semana devido ao recesso do Judiciário, quando são analisados apenas casos urgentes, Celso de Mello não chegou a fazer considerações sobre a manobra.

Deputados contrários à redução da maioridade dizem, entre outros argumentos, que a opção regimental de Cunha fere a lei, pois a Constituição estabelece que, rejeitada ou declarada prejudicada certa matéria, a reapresentação só pode ocorrer no ano seguinte.

O comando da Câmara argumenta que o primeiro texto era um substitutivo ao projeto original. Segundo a Mesa Diretora, o regimento estabelece que o substitutivo é uma parte da matéria em análise e, como foi rejeitado, o plenário deve analisar os outros textos que faziam parte do projeto.

O presidente da Câmara negou ao Supremo que tenha ocorrido irregularidades na votação.

"É absolutamente impróprio taxar de inconstitucional esse expediente [manobra] amplamente reconhecido pela prática legislativa e pelo direito parlamentar. Tal alegação serve apenas para satisfazer interesses políticos conjunturais (derrotados pela maioria do plenário) colocando em suspeição um procedimento que tem se mostrado crucial na produção legislativa das últimas duas décadas e meia", disse.
Herculano
11/07/2015 17:24
DEPOIS DO MENSALÃO E DO PETROLÃO VEM AI O ELETROLÃO QUE ROUBOU BILHÕES DOS NOSSOS PESADOS IMPOSTOS E NOS FAZ PAGAR MAIS CARO PELA ENERGIA RARA. MANCHETE DA REVISTA VEJA DESTE FINAL DE SEMANA: "HOMEM DE DILMA" NA ELETROBRÁS COBROU PROPINA PARA A CAMPANHA DE 1014, DIZ DONO DA UTC

O texto é de Daniel Pereira e Robson Pereira com Adriano Ceolin e Mariana Barros. Segundo a delação premiada do empreiteiro Ricardo Pessoa, negociação do contrato de construção da Usina de Angra 3 serviu para que Valter Luiz Cardeal, diretor da Eletrobrás que tem livre acesso ao gabinete da presidente, cobrasse do consórcio de construtoras "doação" à campanha petista do ano passado

Quando era presidente, Fer­nan­do Henrique Cardoso cultivou a fama de exterminador de crises, que, dizia-­se, sempre saíam do Palácio do Planalto menores do que entravam. De Dilma Rousseff, fala-se exatamente o oposto. Centralizadora e avessa a negociações, a presidente semeou um quadro de recessão econômica e de derrotas no Congresso. Rejeitada por nove em cada dez brasileiros, ela também perde apoiadores no grupo de políticos e empresários que ditam o rumo do país. Até o ex-presidente Lula, seu mentor, lhe faz críticas cada vez mais contundentes. Com apenas seis meses de segundo mandato, Dilma está só, não exerce o poder na plenitude nem consegue mobilizar a tropa governista. De quebra, é acossada por investigações que podem destituí-la do cargo - entre elas, a Operação Lava-Jato, que esquadrinha o maior esquema de corrupção da história do país. Diante de uma conjuntura assim, a maioria dos governantes optaria por mais diálogo, sensatez e pés no chão. Dilma não. Ela reage à crise com argumentações destrambelhadas, otimismo exagerado e erros primários de avaliação. Pior: como de costume, alimenta a agenda negativa.

Na semana passada, a presidente, contrariando o mais elementar dos manuais de política, fisgou a isca dos adversários e abordou novamente em público a possibilidade de enfrentar um processo de impeachment. "Eu não vou cair, isso é moleza", desafiou em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, na qual chamou setores da oposição de golpistas. A resposta foi imediata: "Tudo o que contraria o PT é golpe", ironizou o senador Aécio Neves (PSDB). Nos regimes democráticos, a destituição de um mandatário depende de provas, do aval das instituições e do apoio da opinião pública.

Em sua defesa, Dilma alega que jamais se locupletou de dinheiro sujo. Falta a essa versão o respaldo inequívoco dos fatos. VEJA teve acesso a mais um testemunho de que propina cobrada em troca de contratos - desta vez, no setor elétrico, a menina dos olhos de Dilma - abasteceu os cofres do PT em pleno ano eleitoral. Os operadores da transação criminosa foram o onipresente João Vaccari Neto, então tesoureiro do partido, e Valter Luiz Cardeal, diretor da Eletrobras, o "homem da Dilma" na estatal e um dos poucos quadros da administração com livre acesso ao gabinete presidencial.

O relato desse novo caso de desvio de verba pública para financiar o projeto de poder petista consta do acordo de delação premiada firmado entre o engenheiro Ricardo Pessoa, dono da construtora UTC, e o Ministério Público Federal. Num de seus depoimentos, Pessoa contou que em setembro do ano passado o consórcio Una 3 - formado por Andrade Gutierrez, Odebrecht, Camargo Corrêa e UTC Engenharia - fechou um contrato para tocar parte das obras da Usina de Angra 3. A assinatura do contrato, estimado em 2,9 bilhões de reais, foi precedida de uma intensa negociação. A Eletrobras pediu um desconto de 10% no valor cobrado pelo consórcio, que aceitou um abatimento de 6%. A diferença não resultou em economia para os cofres públicos. Pelo contrário, aguçou o apetite dos petistas. Tão logo formalizado o desconto de 6%, Cardeal chamou executivos do consórcio Una 3 para uma conversa que fugiu aos esperados padrões técnicos do setor elétrico. Faltava pouco para o primeiro turno da sucessão presidencial. O "homem da Dilma" foi curto e grosso: as empresas deveriam doar ao PT a diferença entre o desconto pedido pela Eletrobras e o desconto aceito por elas. A máquina pública era mais uma vez usada para bancar o partido em mais um engenhoso ardil para esconder a fraude.

A conversa de Cardeal foi com Walmir Pinheiro, diretor financeiro da empresa, escalado para tratar dos detalhes da operação. Depois dela, Vaccari telefonou para o próprio Ricardo Pessoa e cobrou o "pixuleco". "Quando soube que a UTC havia assinado Angra 3, João Vaccari imediatamente procurou para questionar a parte que seria destinada ao PT - o que foi feito pela empresa", relatou o empreiteiro. Aos investigadores, Pessoa fez questão de ressaltar que, segundo seu executivo, foi Cardeal quem alertou Vaccari sobre a diferença de 4 pontos percentuais entre o desconto pedido pela Eletrobras e o concedido pelas construtoras. Perguntado sobre o que sabia a respeito de Cardeal, Pessoa afirmou: "É pessoa próxima da senhora presidenta da República, Dilma Rousseff".
Herculano
11/07/2015 10:39
OS PRÓXIMOS CAPITULOS por Igor Gielow para o jornal Folha de S. Paulo

Após algumas das semanas mais críticas da crônica de horrores que o acompanha desde outubro de 2014, o governo considera que a pressão foi algo aliviada após a caudalosa entrevista da presidente à Folha e seu sumiço internacional subsequente.

Auxiliares presidenciais pontuam o "algo" do alívio, apesar da retórica de Dilma "Eu Não Caio" Rousseff, de resto reprovada pelos próprios, cientes da fragilidade da chefe.

A prudência se dá pelo óbvio. O governo tem muito pouco a oferecer e está basicamente na mão do PMDB. Será o partido no comando do Congresso e da vice que, considerando improvável a cassação do diploma de Dilma pelo TSE, definirá o ritmo do esticamento de uma corda que para muitos já parece arrebentada.

Por ora, o que o Planalto pode ofertar é fisiologia comezinha, já que o dinheiro acabou. Precisa empacotar melhor os planos que tira do chapéu: a MP flexibilizando salários e jornadas foi um exemplo acabado de como não apresentar uma medida importante à sociedade.

E tem de rezar para a melhora econômica, central para a sobrevivência ou não do governo. Para tanto, a medida "tipo tipo" deixada no ar pelo dilmês empregado na entrevista será uma última tentativa de convencer o mercado de que o ajuste fiscal é sério; o governo sabe que a recessão com inflação está envenenada pela deterioração de expectativas.

Além de buscar mais arrecadação, o que está sendo elaborado agora é algum tipo de corte mais qualificado nos gastos do governo. O "tipo tipo" é tesourada, das bravas.

A questão é que o tempo da economia não é o mesmo da política. A Lava Jato segue implacável, e há o temor de que as ruas voltem a rugir no protesto de 16 de agosto.

Para tentar auscultar o movimento, o Planalto já montou uma central de monitoramento de rede sociais. A essa altura, contudo, é praticamente tudo o que pode fazer.
Herculano
11/07/2015 10:34
POR QUE ESTA COLUNA É LÍDER DE ACESSOS E CREDIBILIDADE. PORQUE NÃO ESCONDE AS MAZELAS DA CIDADE. ESTE RELATO NÃO É MEU. MAS SE ESCONDE NA MÍDIA.

LEIAM TUDO POIS É REVOLTANTE TER QUE ATURAR ISSO DE NOSSO GOVERNO GASPARENSE, por Marco Aurélio Cruz Souza, professor de Dança em Gaspar na sua conta de facebook

Vi este post no face e fui obrigado a colocar em minha página logo depois do que aconteceu esta manhã com uma amiga minha, a professora Giovana Hostert e que influencia diretamente o nosso trabalho em GASPAR....

Parece ser surreal mas é a mesma coisa que o governo de nossa cidade fez com os profissionais das artes:

- primeiro, após 12 anos de projeto de dança em munícipio, os professores sempre foram contratados como ACT, todos sabemos que um projeto tem inicio e fim marcado, veja mais um erro ai; ENFIM, neste ano resolveram abrir concurso para efetivar os professores, OPA ERREI, o professor pois só abriram uma vaga, imagina vocês, um professor para atender todas escolas e CDI;

- segundo, mais um detalhe a se deixar claro, esta vaga não é para professor, pois o PT sendo o partido dos trabalhadores, optou em tirar este direito do pessoal da DANÇA e de outras areas artísticas também, que estudaram licenciatura pois não querem gastar;

- terceiro, com esta situação NENHUM dos atuais professores de dança, somos em mais de 10, se candidatou no concurso, somente tivemos duas candidatas de outras cidades, que não sabem o que lhes espera;

- quarto, o nosso projeto da Associação Amigos da Dança de Gaspar, que foi criada em parceria com Departamento de Cultura para auxiliar nos eventos e no grupo de Dança da prefeitura foi aprovado e logo após protesto que os professores fizeram no aniversário de Gaspar, voltaram atrás e reprovaram;

- quinto, esta parceria vinha funcionando, e este ano a Associação Amigos Da Dança pagou R$10000,00 nos figurinos das crianças que dançam no grupo da prefeitura, pagou todo cenário das coreografias, todo uniforme de aula como colãn, sapatilha e meia calça do primeiro semestre para os 50 alunos;

- sexto, estamos indo para o Festival de Dança de Joinville representar a nossa cidade, e a prefeitura não pagará a alimentação das crianças, sendo que metade teremos que nos virar com ajuda dos pais e sociedade, e isso ultrapassa a R$4000,00;

- sétimo, DE HOJE EM DIANTE ESTA PARCERIA ENTRE ASSOCIAÇÃO AMIGOS DA DANÇA DE GASPAR E PREFEITURA MUNICIPAL DE GASPAR SE ENCERRA, POIS O DIRETOR DE CULTURA NOS AVISOU QUE NÃO RENOVARÃO O CONTRATO DE ALUGUEL ONDE ESTAMOS INSTALADOS HOJE, COM ESTRUTURA APROPRIADA PARA A PRÁTICA DA DANÇA, COM ESPELHOS, BARRAS, SALAS COM AR CONDICIONADO, E ESPELHOS, E QUE VÃO NOS MANDAR PARA OUTRO LOCAL CONSTRUIDO PARA OS IDOSOS E QUE NO MOMENTO É ELEFENTE BRANCO,, PORÉM SEM ESTRUTURA PARA NOS ATENDER, LONGE DO CENTRO, E QUE DIFICULTARÁ A IDA DOS ALUNOS. O mesmo diretor disse que as coisas não acontecem como nós queremos e sim como eles querem, pois são eles que mandam; VIVA a DEMOCRACIA, vamos lá;

- oitavo, não participaremos do FED- Festival Escolar de Dança de Gaspar, e nem da organização do Festival de Dança Dança Catarina que veio para Gaspar com duas etapas por causa da amizade que a FESPORTE e seus representantes tem comigo e Giovana; Desculpe Mapi Cravo;

- e por último, gostaria de antecipar QUE SERÁ O ÚLTIMO ANO QUE TRABALHAREI PARA ESTE GOVERNO QUE NÃO VALORIZA A EDUCAÇÃO E A CULTURA, QUE ACHA QUE PAGAR SALÁRIO DE PROFESSOR É INVESTIR, ISSO É OBRIGAÇÃO MEUS AMIGOS. Não quero mais envolvimento com este tipo de gente, que mente e que tenta tirar proveito de tudo e todos. NOJO e vergonha disso tudo, ainda bem que ano que vem teremos novas eleições e que certamente mudaremos este Panorama e voltaremos a crescer, POIS GASPAR tem muitos talentos em todas as áreas, e não pode ser feito desta forma.

Lamentável essa situação, mas as coisas não acontecem por acaso, e a DANÇA vai sobreviver sem precisar conviver com isso.
Herculano
11/07/2015 08:05
LEVY EM TRANSE, OU PIOR, por Ana Estela De Sousa Pinto para o jornal Folha de S. Paulo

Baixou um Guido Mantega em Joaquim Levy nesta semana. Possuído, o atual ministro da Fazenda não pôde impedir que um morto-vivo se levantasse do primeiro mandato de Dilma Rousseff.

Não há, pelo menos, sinal de parentesco entre as premissas que Levy vinha defendendo e as deste zumbi apelidado de PPE (Programa de Proteção ao Emprego). São elas:

1) Não vale para todos. Em vez de uma reforma trabalhista "tipo tipo" - que desse agilidade ao mercado de trabalho inteiro--, ressurgem os remendos das ajudas setoriais.

2) Alimenta grupos de interesse.

O sistema alemão, supostamente a inspiração do PPE, vale para quaisquer sindicatos e empresas que negociem um contrato. A Justiça pune os desvios. No arremedo nacional, será preciso barganhar a boa vontade federal: uma comissão de çábios (salve, Elio Gaspari) vai definir quem merece a misericórdia pública.

3) As contas são opacas. Afinal, a misericórdia seletiva com dinheiro público piora as contas do governo? Ou traz economia, já que mantém a arrecadação e evita gastos com seguro-desemprego? E, se traz alívio ao caixa, por que precisa ser limitada?

4) É paternalista. O governo anuncia socorro às empresas que foram prejudicadas "pela crise", coitadas, e não por "má gestão" --como se não fosse parte da gestão prever a crise e agir para sobreviver a ela. Honda e Toyota estão aí para mostrar que decisões estratégicas permitem, sim, crescer num dos setores mais combalidos deste pobre ano brasileiro.

Levy, que já enfrentou com sucesso uma gripe forte e uma embolia pulmonar, talvez veja no PPE apenas um monstrengo bobo como os das séries dos anos 1960, que mal chegavam para assustar os Três Patetas.

É a hipótese mais otimista.

A pessimista é que os princípios econômicos de Dilma-1 - e seus defensores -, mal sepultados, possam voltar a assombrar o país.
Herculano
11/07/2015 08:04
TURBULÊNCIA PROGRAMADA, por André Singer, ex-assessor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, PT, para o jornal Folha de S.Paulo

Pela segunda vez neste ano, passamos por zona de turbulência. Entre fevereiro e abril a aeronave balançou ao som das ruas. Aos poucos, ficou claro que não estava em marcha movimento popular pelo impeachment. As fortes demonstrações de rua, sobretudo as de 15 de março, desejavam demonstrar repúdio à presidente, o que é diferente de tentar derrubá-la. O governo respirou.

No final de junho, a fonte de instabilidade passou a ser o Parlamento, o que dá sabor de golpismo institucional à agitação. As avenidas estão em paz, mas desde os gabinetes legislativos volta-se a falar na queda da presidente. Poderemos ir assim até 2018, a depender da economia, o que agradaria sobremaneira à oposição. Daí ser urgente estancar a recessão e voltar a crescer.

A base para a especulação atual é, de um lado, o requerimento que o TCU (Tribunal de Contas de União) expediu ao Executivo e, de outro, as referências do empresário Ricardo Pessoa a doações na última eleição presidencial. Sobre a primeira iniciativa, reitero o que escrevi em 20/6: padece de evidente artificialidade, dado o caráter político do órgão que a tomou. A respeito da segunda, cabe análise mais detida.

A delação premiada de Pessoa, dono da construtora UTC, toca em um fio desencapado do circuito político. Ao misturar contribuições para a campanha de 2014 com o escândalo da Petrobras, lança suspeição sobre o entorno da presidente. Embora nenhuma suspeita atinja a mandatária em si, cria-se névoa desconfortável ao seu redor.

Pelas dimensões alcançadas, não se deve minimizar a Operação Lava Jato. O PT precisa abordar o problema de frente e fornecer respostas convincentes a respeito. Se for preciso assumir erros e reparar culpas, melhor fazê-lo do que esconder a cabeça na areia. O partido é importante demais na democracia brasileira para deixar-se cobrir pela imagem de conivente com a corrupção.

Mas, isto posto, é preciso assinalar que há, também, uso distorcido do material levantado pelas investigações. Os repetidos vazamentos de trechos selecionados para criar dificuldades ao governo jogam a sombra da dúvida sobre a intenção dos investigadores. As longas prisões preventivas, com o objetivo de obter colaboração na forma de denúncias recompensadas, são recurso que obriga ao escrutínio cuidadoso dos relatos resultantes.

Na semana que vem, Pessoa deverá depor perante o Tribunal Superior Eleitoral. Vamos ver se confirma o que foi vazado e, caso o faça, que provas apresenta. Seja como for, haverá um longo processo, com direito a defesa, contraditório e recursos, como é esperado no Estado de Direito. Aguardemos.
Herculano
11/07/2015 07:59
FEIJOADA

Este sábado? é dia de feijoada do PMDB. Será no Centro Comunitário São Cristóvão no bairro Gaspar Grande. O deputado Peninha, uma das atrações, acidentado, já disse que não virá.
Herculano
11/07/2015 07:56
WAGNER PODE SUBSTITUIR MERCADANTE NA CASA CIVIL, por Cláudio Humberto na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

O ministro Jaques Wagner (Defesa) é fortemente considerado pela presidente Dilma Rousseff para substituir Aloizio Mercadante na chefia da Casa Civil da Presidência da República. A mudança poderá ocorrer ainda este mês. Pressionada pelo ex-presidente Lula e pelos fatos, porque afinal a Operação Lava Jato chegou à sua antessala, Dilma se convenceu da necessidade de se livrar do amigo que virou um estorvo.

Sintoma claro

A presença de Wagner e a ausência de Mercadante na visita de Dilma aos EUA e à Rússia, são um sintoma claro da mudança em curso.

Acertando ponteiros

Durante a viagem, Dilma teve longas conversas com Jaques Wagner, o que apenas confirmou a impressão positiva que ela tem do ministro.

Gregos e troianos

Dilma sabe que precisa do traquejo político de Jaques Wagner e que sua escolha agradaria a Lula e também ao próprio Congresso.

Não dá mais

Citado na Lava Jato como destinatário de dinheiro sujo, Mercadante é acusado de sabotar a articulação política do vice Michel Temer.

PT APOSTA NAS ESCUTAS PARA TENTAR ANULAR LAVA JATO

A convocação para depor na CPI da Petrobras não causou qualquer embaraço ao ministro José Eduardo Cardozo (Justiça), muito pelo contrário: faz parte do trato. A estratégia do PT é dar visibilidade à denúncia de suposta "ilegalidade" da escuta descoberta na cela do doleiro Alberto Youssef, na carceragem da Polícia Federal em Curitiba. O PT pretende usar o caso para tentar anular toda a Lava Jato.

Entusiasmo

A estratégia do PT explica o entusiasmo do envergonhado relator da CPI, deputado Luiz Sergio (PT-RJ) sobre a convocação de Cardozo.

Jogo combinado

Até parece que Cardozo adorou a convocação: disse ontem que "será um prazer" voltar ao Congresso para defender o indefensável.

O precedente

A estratégia do PT é citar o precedente da Operação Satiagraha, anulada pela Justiça por utilizar meios ilegais de obtenção de provas.

Parceiro na jogatina

Omar Shariff, consagrado ator de Doutor Jivago falecido nesta sexta, figurou entre os notáveis da corte do general João Figueiredo, último presidente militar. Parceiro de jogos da primeira dama Dona Dulce, marcou presença constante nas viagens internacionais do general.

Tiro no pé

A MP que autoriza reduzir salários gerou revolta entre centrais sindicais que ainda apoiam Dilma. Concluíram que a MP pode comprometer o FAT (Fundo de Amparo do Trabalhador) e subsidiar lucro de empresas.

Em alta

A Bovespa operava em alta até o meio da tarde desta sexta. E dólar caía. A derrota do governo na questão da aposentadoria não influiu. Pesaram a recomposição chinesa e o provável novo acordo grego.

Em baixa

Pesquisas, autorizadas ou não, fecharam a semana em sintonia quanto ao resultado das eleições em Buenos Aires: deverá vencer o prefeito de Maurício Macri, principal candidato da posição a Cristina Kirchner.

Nada muda

Governo Dilma fez mais uma das suas ao vetar a lei que melhorava a questão do uso de terrenos de Marinha, problema do tempo do Império, que construía fortes para se defender. A República não mudou nada.

Cristo socialista

Evo Morales se aproveitou da situação, mas o crucifixo/foice/martelo dado ao Papa é criação do padre jesuíta Luis Espinal, assassinado em 1980 na ditadura de Luis Garcia Meza Tejada. Espinal viveu com operários e camponeses, pregando diálogo entre cristãos e marxistas.

A coisa tá feia

Pesquisa da Grant Thornton mostrou que os empresários brasileiros estão entre os mais pessimistas do mundo, em relação ao futuro. Só gregos e estonianos são mais descrentes. Obra do governo Dilma.

Negócios

Grupo de empresários brasilienses organiza viagem para Cuba, de olho em eventuais bons negócios na onda de abertura na ilha de Fidel, apesar do mercado modesto. Deles interessam os puros habanos.

Pensando bem?

A "d.Crise" viajou, mas o "sr.Crise" continua na ativa.
Herculano
11/07/2015 07:54
O PAI DOS POBRES. A RESERVA MORAL E ÉTICA CONTRA OS PARTIDOS LADRÕES DO POVO. O REI QUE DEPOIS INSTALADO NO TRONO CULPA A IMPRENSA QUE USOU PARA A COROAÇÃO. O IMPERADOR QUE PODE TUDO PARA OS AMIGOS E CONTRA OS ADVERSÁRIOS E ESCLARECIDOS. CERIMONIAL DE LULA PEDIU HELICÓPTERO PARA CONVIDADOS

Para o presidente da Comissão de Ética se houve a cessão do helicóptero ela ocorreu após o processo de licitação, portanto, a empreiteira não buscava favorecimento. O conteúdo é do jornal O Estado de S.Paulo.

Parte 1,

Relatório de análise de mídia apreendida pela Operação Lava-Jato na sede da construtora Camargo Corrêa destaca e-mail de um executivo que cita suposto pedido do chefe do cerimonial do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva para providenciar helicóptero a um grupo de seis convidados do petista para uma visita à Usina Hidrelétrica Jirau, no Rio Madeira, em Rondônia.

A correspondência, de 9 de março de 2009, foi enviada às 22h53 por Antonio Carlos Portugal a outros seis executivos da Camargo Corrêa, que está sob suspeita de ter integrado cartel de empreiteiras no esquema de corrupção na Petrobras.

No início de junho, a Polícia Federal juntou aos autos da investigação laudo pericial que indica pagamento da empreiteira no valor de R$ 3 milhões para o Instituto Lula e mais R$ 1,5 milhão para a LILS Palestras Eventos e Publicidade, de Luiz Inácio Lula da Silva, entre os anos de 2011 e 2013.

Foram três pagamentos de R$ 1 milhão cada registrados como "Contribuições e Doações" e "Bônus Eleitoral" para o Instituto, aberto por Lula após ele deixar a Presidência da República, em 2011.

O e-mail agora juntado pela PF aos autos da investigação foi interceptado na Camargo Corrêa em novembro, quando deflagrada a Operação Juízo Final, sétima fase da Lava-Jato. Nele, o executivo Antonio Carlos Portugal diz a seus interlocutores que o então chefe do cerimonial de Lula o procurou para que resolvesse 'um problema' com os convidados do petista.

A lista dos convidados de Lula consta da mensagem, entre eles três senadores, um assessor especial 'da ministra Dilma Rousseff' (ela ocupava o Ministério de Minas e Energia), o então presidente do Sesi e o diretor-geral do Senai.

A mensagem foi encaminhada a outros seis altos executivos da empreiteira: Kalil Cury Filho, Luiz Roberto Ortiz Nascimento, Vitor Hallack, Antônio Miguel Marques, João Ricardo Auler e Francisco de Assis Oliveira Azevedo.

O 'problema', segundo Portugal, é que a capacidade do helicóptero oficial da Presidência estava completa. O chefe do cerimonial de Lula, segundo Portugal, solicitou que um helicóptero da empreiteira fosse colocado à disposição do Palácio do Planalto e que deveria estar no aeroporto de Porto Velho (RO) na chegada do avião presidencial para acompanhar o comboio oficial.

Ainda segundo o executivo, o ministro pediu à empreiteira que ajudasse a 'conduzir os seis convidados nos trajetos Porto Velho - Jirau e Jirau - Santo Antônio" ." Por outro lado deveria ser contactado o oficial da Aeronáutica que está no Escalão Avançado da Presidência para acertar os detalhes de pouso e decolagem desse aparelho para incorporar-se ao comboio aéreo oficial."

No pé do e-mail, Portugal escreveu: "Relação dos convidados do Pres. Lula: - Senador Valdir Raupp (PMDB/RO), Senadora Fátima Cleide (PT/RO), Senador Expedito Júnior (PR/RO), Sr. Anderson Dornelles, Assessor Especial da Ministra Dilma Rousseff; Sr. Jair Meneghelli, Presidente do SESI, Sr. José Manuel Martins, Diretor-Geral do SENAI." - Fátima Cleide (PT) e Expedito Júnior (PSDB) não exercem mais mandato no Senado.
Herculano
11/07/2015 07:53
O PAI DOS POBRES. A RESERVA MORAL E ÉTICA CONTRA OS PARTIDOS LADRÕES DO POVO. O REI QUE DEPOIS INSTALADO NO TRONO CULPA A IMPRENSA QUE USOU PARA A COROAÇÃO. O IMPERADOR QUE PODE TUDO PARA OS AMIGOS E CONTRA OS ADVERSÁRIOS E ESCLARECIDOS. CERIMONIAL DE LULA PEDIU HELICÓPTERO PARA CONVIDADOS

Para o presidente da Comissão de Ética se houve a cessão do helicóptero ela ocorreu após o processo de licitação, portanto, a empreiteira não buscava favorecimento. O conteúdo é do jornal O Estado de S.Paulo.

Parte 2

O setor de energia é a próxima área de interesse das investigações da Lava-Jato, fora dos contratos da Petrobras, que até aqui revelaram desvios de até R$ 19 bilhões, segundo a Polícia Federal. Dois executivos da Camargo Corrêa, Dalton Avancini e Eduardo Leite, confessaram em delação que a empreiteira pagou propina na obra da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, ainda em construção.

A Camargo Corrêa integrou o Consórcio Energia Sustentável do Brasil, vencedor do leilão de Jirau, em 2008. A um custo de R$ 10 bilhões, a usina localizada no Rio Madeira entrou em operação em 2013, mas as obras seguiram. O grupo acabou deixando o consórcio, posteriormente.

A visita de Lula a Jirau ocorreu, de fato, três dias depois. Em discurso, o então presidente citou os nomes de pelo menos três políticos de Rondônia incluídos na lista mencionada pelo executivo da Camargo Corrêa. "Deixa eu dizer duas coisas para vocês: eu dizia ao Governador, dizia ao Prefeito, e vinha discutindo no avião com o senador Expedito, com a Fátima Cleide e com o Raupp. Ou seja, eu vinha discutindo o seguinte: Eu quero ver como é que estará o Estado de Rondônia daqui a 15 anos."

Lula disse que o investimento na usina alcançou R$ 10 bilhões e citou outro nome da lista de seus supostos convidados, Jair Meneguelli. "É uma coisa extraordinária, que eu nem sabia, que aconteceu aqui, agora, que eu quero valorizar muito: o acordo feito pelo Sebrae e pelas empresas para formar aqui 100 microempresários, prepará-los para que eles possam ajudar a dinamizar os investimentos e os empreendimentos aqui no estado de Rondônia. E, sobretudo, o acordo feito pelo Meneguelli, em nome do Sesi, com os empresários também, para a formação de 10 mil trabalhadores aqui, no estado de Rondônia."

"A então ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, acompanhou o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em visita oficial aos canteiros de obras de Santo Antônio e Jirau. Integraram a comitiva Marcos Raposo, servidor de carreira do Itamaraty, atualmente embaixador do Brasil em Lima, e o servidor Anderson Dornelles, hoje assessor especial da Presidenta da República, que não fez uso do helicóptero da companhia. Nenhuma norma legal foi infringida pelos referidos servidores, conforme o Código de Conduta da Administração Federal."
Herculano
11/07/2015 07:53
O PAI DOS POBRES. A RESERVA MORAL E ÉTICA CONTRA OS PARTIDOS LADRÕES DO POVO. O REI QUE DEPOIS INSTALADO NO TRONO CULPA A IMPRENSA QUE USOU PARA A COROAÇÃO. O IMPERADOR QUE PODE TUDO PARA OS AMIGOS E CONTRA OS ADVERSÁRIOS E ESCLARECIDOS. CERIMONIAL DE LULA PEDIU HELICÓPTERO PARA CONVIDADOS

Para o presidente da Comissão de Ética se houve a cessão do helicóptero ela ocorreu após o processo de licitação, portanto, a empreiteira não buscava favorecimento. O conteúdo é do jornal O Estado de S.Paulo.

Parte 3

O presidente da Comissão de Ética Pública da Presidência, Américo Lacombe, informou que na próxima segunda-feira (13/7) irá analisar se houve alguma irregularidade no episódio. "Vamos analisar diante dos fatos concretos que forem fornecidos. Depende dos fatos. Julgamos fatos, não julgamos hipóteses."

Preliminarmente, Lacombe avalia que não houve irregularidade se, de fato, foi usado um helicóptero da Camargo Corrêa para levar convidados do então presidente Lula. "Ao que parece a licitação (das obras de Jirau) já tinha ocorrido, a empresa já havia ganho a concorrência."

Para o presidente da Comissão de Ética se houve a cessão do helicóptero ela ocorreu após o processo de licitação, portanto, a empreiteira não buscava favorecimento.

"Irregularidade ocorreria se fosse uma visita antes da licitação a uma área no helicóptero de um dos concorrentes", anotou Américo Lacombe. "Mas vamos verificar esse episódio na semana que vem, reitero, com base em fatos, não em hipóteses."

O Instituto Lula informou que o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi transportado no helicóptero da Presidência e fez um sobrevoo das obras (de Jirau). A atividade constou da agenda oficial, foi acompanhada pela imprensa e divulgada.

A viagem, destacou o Instituto, foi para o lançamento da pedra fundamental da construção da usina de Jirau.

O Instituto informou que desconhece tanto o pedido quanto se o helicóptero foi disponibilizado.

Sobre indagação se é normal o fato de o então chefe do cerimonial de Lula ter solicitado um meio de transporte para seis pessoas que teriam sido convidadas do presidente, o Instituto Lula sugeriu que a pergunta fosse encaminhada ao próprio chefe do cerimonial na época.

Em junho, quando a Polícia Federal juntou aos autos da Lava-Jato um laudo que apontava repasses da Camargo Corrêa, o Instituto Lula, por meio de sua assessoria de imprensa, observou que os valores registrados na contabilidade da empreiteira foram doados legalmente e não existe relação entre a entidade e questões eleitorais.

Segundo a assessoria, "os valores citados foram doados para o Instituto Lula para a manutenção e desenvolvimentos de atividades institucionais, conforme objeto social do seu estatuto, que estabelece, entre outras finalidades, o estudo e compartilhamento de políticas públicas dedicadas à erradicação da pobreza e da fome no mundo".

Quanto aos valores para a empresa de eventos de Lula a assessoria informou que "os três pagamentos para a LILS são referentes a quatro palestras feitas pelo ex-presidente, todas elas eventos públicos e com seus respectivos contratos".

"Essas doações e pagamentos foram devidamente contabilizados, declarados e recolhidos os impostos devidos."

A nota informa ainda que "as doações ao Instituto Lula e as palestras do ex-presidente não têm nenhuma relação com contratos da Petrobras".

Ainda nessa ocasião, a Construtora Camargo Corrêa esclareceu que 'as contribuições ao Instituto Lula referem-se a apoio institucional e ao patrocínio de palestras do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no exterior'.

Por sua Assessoria de Imprensa, a Construtora Camargo Corrêa declarou: "Quanto a solicitação, a Construtora Camargo Corrêa não teve prazo para confirmar a operação, mas esclarece que prestar o apoio necessário é comum para deslocamentos em região de difícil acesso."

O senador Valdir Raupp (RO),vice presidente nacional do PMDB, disse que não se recorda de ter viajado em helicóptero da Camargo Corrêa. "Como é que vou saber que cor é a vaca que eu tomo o leite?", questionou. "Eu me lembro que uma vez viajei em uma empresa de táxi aéreo, posei na pista de Jirau, mas em helicóptero eu não lembro.

Os ex-senadores Fátima Cleide (PT/RO) e Expedito Júnior (PSDB/RO), ambos de Rondônia, não foram localizados. A reportagem também não conseguiu contato com Jair Meneghelli e José Manuel Martins.
Herculano
11/07/2015 07:32
MINISTRO DO TRABALHO OFENDE A INTELIGÊNCIA ALHEIA, por Josias de Souza

Uma coisa é preciso admitir: o ministro Manoel Dias faz na pasta do Trabalho o pior o melhor que pode. Nos primeiros cinco meses de 2015, fecharam-se no Brasil 244 mil postos de trabalho. Um recorde. O pior resultado desde 2002.

Instado a dizer algo, o companheiro Manoel Dias saiu-se com essa: "Nós geramos 23 milhões de empregos [desde 2003]. Não são 200 mil, 300 mil [vagas eliminadas] que significam que estamos vivendo um desastre."

Aplicado no universo das pesquisas de opinião, o raciocínio do ministro resultaria numa conclusão assim: "Em setembro de 2011, o Ibope informou que a taxa de aprovação de Dilma Rousseff era de 71%. Superou Lula (69%) e FHC (57%). Não é o índice de 9% que ela ostenta hoje que significa que seu governo virou um desastre."

Agora, experimente imaginar a seguinte situação hipotética: João das Couves trabalhava como auxiliar de serviços gerais num edifício de São Paulo. Ganhava salário mínimo. Casado, pai de uma menina de 2 anos, levava uma vida dura. Sabrava-lhe mês no fim do salário.

A crise apertou. O que era ruim tornou-se muito pior. O síndico do prédio mandou João das Couves para o olho da rua. Seus afazeres foram absorvidos pelo porteiro do prédio, que, receoso de perder o emprego, executa sem chiar as novas tarefas.

Desempregado há dois meses, João das Couves passou a viver de bicos. Há dias em que não consegue levantar nem o do leite da criança. Se tivesse de comentar sua tragédia, o ministro Manoel Dias diria: "O que é uma reles vaga de auxiliar de serviços gerais perto de 23 milhões de empregos criados entre 2003 e 2014?"

Quem ouve o ministro do Trabalho se convence de que a crise real do Brasil é de semântica, não de escassez de empregos. Antes de discutir se a estagnação da economia está levando a vaca para o brejo será necessário combinar o que é brejo. Ao final do processo, talvez se confirme a tese segundo a qual o grande erro da humanidade é a insensatez não doer. Sobretudo quando ofende a inteligência alheia.
Herculano
11/07/2015 07:20
FORA DE COMBATE

O deputado Rogério Peninha Mendonça , PMDB, sofreu um acidente na BR-470 - a rodovia da morte, próximo ao acesso à cidade de Luís Alves, na madrugada deste sábado, quando retornava da abertura da Festa da Polenta em Rio do Oeste.

O carro, um Jetta preto, ficou destruído. Peninha foi socorrido e levado para sua casa, em Porto Belo. Tanto o deputado como o motorista, Amilton dos Santos, passam bem. Os dois sofreram escoriações e não precisaram ser internados.


O parlamentar sente dores por todo o corpo e suspendeu sua agenda durante o final de semana. Estava prevista a participação dele no encontro do PMDB em Gaspar e na Festa da Ovelha, domingo, em Ibirama.
Herculano
11/07/2015 07:08
SOB PRESSÃO

Confirmado. O conselho administrativo da Eletrosul já está convocado para o dia 15 de julho, data na qual vai ser selada a escolha de Djalma Berger, PMDB, para a presidência da maior estatal federal do Sul do país. Cláudio Vignatti, PT, assumirá a Diretoria Financeira. Encurralada e temendo o impeachment, Dilma Rousseff resolveu fazer o jogo político tradicional: cargos em troca de votos no Congresso.

Quando coisas sérias são alvo de disputas e trocas entre políticos, que nada entendem do que vão dirigir, quem paga o alto preço é o povo com os seus impostos, preços e tarifas altos. O que Djalma Berger e Claudio Vignatti entendem de luz, energia, linhas de transmissão? Nada.

Se duvidar nem a luz deles pagam, por isso, não tem a noção de quanto isto afeta hoje o cidadão e as famílias brasileiras, principalmente as desempregadas pelo plano econômico do PT-PMDB e a falta de infraestrutura para suportar a demanda de energia no presente, e principalmente no futuro, se a economia voltar a funcionar como deveria. Wake up, Brazil!
Herculano
11/07/2015 07:00
ELES NÃO TÊM JEITO. FAZEM DISCURSO PREGANDO A MORALIDADE E CONDENANDO A GASTANÇA DOS OUTROS, MAS QUANDO SÃO A VEZ DELES DAREM EXEMPLO NUM PAÍS EM CRISE ECONÔMICA, FAZEM ESCÁRNIO DA SITUAÇÃO E DOS SOS SACRIFÍCIOS PARA PAGAR OS NOSSOS PESADOS IMPOSTOS PARA A FARRA DELES.

MANCHETE DESTA SEXTA E SÁBADO APURADA PELO JORNAL O ESTADO DE S. PAULO. VIAGEM DE EDUCARDO CUNHA, PMDB, E 13 DEPUTADOS A ISRAEL E RÚSSIA CUSTOU R$ 395 MIL. A CÂMARA NEGA QUE O FATO DE OS DEPUTADOS ESTAREM ACOMPANHADOS PELAS MULHERES ENCAREÇA A MISSÃO

A viagem de nove dias do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e outros 13 deputados por Israel, pelo território palestino e pela Rússia, em junho deste ano, custou cerca de R$ 395 mil aos cofres públicos. As despesas foram com passagens aéreas, taxas de embarque e diárias para hospedagem e alimentação. Alguns deputados utilizaram o dinheiro da cota parlamentar destinada a despesas com passagens aéreas e, por isso, a Câmara calcula que os custos da missão são de R$ 347 mil.

A Câmara informou não ter pagado as despesas das sete mulheres dos parlamentares, inclusive a de Cunha, e de amigos deles que acompanharam a missão. A Casa disse ainda que a parte turística da viagem foi paga pelos anfitriões.

Além de Cunha, levaram suas mulheres os deputados Átila Lins (PSD-AM), Beto Mansur (PRB-SP), Bruno Araújo (PSDB-PE) e Rubens Bueno (PPS-PR). Os líderes Leonardo Picciani (PMDB-RJ), Maurício Quintella (PR-AL), Jovair Arantes (PTB-GO) e Mendonça Filho (DEM-PE), Gilberto Nascimento (PSC-SP), segundo-suplente da Mesa Diretora, foram desacompanhados. Os líderes André Figueiredo (PDT-CE) e Arthur Oliveira Maia (Solidariedade - BA) integraram a comitiva com suas mulheres apenas na Rússia. Também participaram da viagem os deputados André Moura (PSC-SE) e Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Também participaram da viagem um assessor de imprensa, um agente de segurança e o primeiro-secretário da Assessoria Especial de Assuntos Federativos e Parlamentares do Ministério das Relações Exteriores, Renato Pinheiro do Amaral Gurgel.

Na época da viagem, a Câmara informou que faziam parte da "delegação acompanhante" o Pastor Everaldo (PSC), ex-candidato à Presidência da República e amigo de Cunha. Gustavo Carvalho dos Santos e Arnon Velmovitsky são, segundo o presidente da Câmara, membros da comunidade judaica no Brasil e arcaram com as próprias despesas.

De acordo com a Câmara, o valor de R$ 394.836,13 refere-se à soma dos valores totais de passagens (R$ 271.577,88), diárias (R$ 113.462,85) e adicional de embarque e desembarque (R$ 9.795 40), o que totalizou R$ 394.836,14. No entanto, ainda de acordo com a Câmara, cinco deputados - Leonardo Picciani, Maurício Quintella, Jovair Arantes, Arthur Oliveira Maia e Rodrigo Maia - utilizaram recursos da cota parlamentar para pagar parte de suas passagens. A Câmara informou que, com isso, R$ 346.763,49. Eduardo Cunha disse ter dispensado as diárias, mas gastou R$ 32.996,50 com passagens na classe executiva.

Turismo

Além de reuniões oficiais com políticos israelenses palestinos, o roteiro da viagem incluiu visita ao Museu do Holocausto, a Jerusalém Oriental e Belém e passeio de um dia inteiro na região norte de Israel (Mar da Galileia, Lago Tiberíades, Nazaré).

Na Rússia, a delegação mesclou a agenda do encontro de parlamentos do Brics, bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, com programação turística, que incluiu visita ao Kremlin, à Galeria Tretiakov, sessão do Balé Lago dos Cisnes, no teatro Bolshoi, e passeio de barco pelo rio Moscou. A presidência da Câmara informou que as atividades culturais foram realizadas no final de semana e a convite dos anfitriões, que montaram a agenda.

Em Israel, o grupo ficou hospedado no hotel Waldorf Astoria de Jerusalém, cujas diárias variavam entre US$ 530 a US$ 1.450 - algo em torno de R$ 1.650 e R$ 4.500 à época. Na Rússia, a hospedagem foi no Hotel Marriott-Aurora, onde as diárias variavam ao equivalente, naquele momento, entre R$ 645 e R$ 7.770.

Outro lado

De acordo com a Câmara, o que ultrapassou o valor da diária (algo entre US$ 428 e US$ 500) foi pago pelo próprio parlamentar. A Câmara nega que o fato de os deputados estarem acompanhados pelas mulheres encareça a missão. "Não há gastos indiretos. O valor da diária não muda se o parlamentar estiver acompanhado. Ele terá que arcar com os custos de acompanhantes", informou a Casa em nota.

"Sobre custos, ressaltamos que a Câmara dos Deputados, neste ano apresenta o menor gasto acumulado comparado com anos anteriores. Nesta linha, duas missões foram conciliadas numa única viagem para maior economicidade", disse o comunicado da Câmara.

Ainda de acordo com a Casa, a missão oficial marcou dois importantes momentos da diplomacia parlamentar, pois, além dos encontros com líderes internacionais, houve assinatura de documentos como a 1ª Declaração do Brics no âmbito do Legislativo, através da qual os parlamentos dos cinco países se comprometeram a defender a reforma de mecanismos globais de segurança. Também foi anunciada a criação de uma comissão mista no Brasil para acompanhar assuntos relacionados ao bloco econômico.
Herculano
11/07/2015 06:52
COORDENADAS DO IMPEACHMENT, por Demétrio Magnoli, geógrafo e sociólogo, para o jornal Folha de S. Paulo

Saída pode ser a menos desastrosa para Lula. Ele espernearia em público, mas festejaria à luz de velas

A determinação da posição geográfica solicita duas coordenadas. A decisão do impeachment, três: a vontade popular, o fato jurídico e um consenso da elite política. A primeira existe desde as manifestações de 15 de março. A segunda esboçou-se mais tarde, com a impugnação das "pedaladas fiscais" e, sob outra forma, com a delação premiada de Ricardo Pessoa. A terceira desenha-se aos poucos, como fruto do colapso do ajuste fiscal.

Dilma Rousseff pendurou o destino de seu governo no varal do sucesso de Joaquim Levy. O varal caiu. De uma promessa de superávit de 1,2% do PIB, não se fará mais que metade. A marcha batida do desemprego e da erosão dos salários pulverizou a legitimidade social da presidente. O empresariado queima as pontes com o Planalto. O PMDB ensaia saltar da nau que faz água. O fracasso de Levy é um dobre de finados. Todas as forças políticas reposicionam-se a partir desse diagnóstico, a começar do próprio governo.

Nos EUA, pela primeira vez, Dilma bombardeou a Lava Jato, sugerindo que os juízes, os procuradores e os delegados violam as leis da democracia, torturando os acusados para obter delações. É um giro retórico tão marcante quanto a reviravolta na política econômica. A presidente, que se gabava de patrocinar o combate à corrupção, incorporou as fórmulas discursivas dos porta-vozes informais de Lula na imprensa legítima e na "imprensa" chapa-branca financiada com dinheiro público.

A tática, filha do desespero, obedece a uma lógica. Diante do surgimento de fatos jurídicos que propiciam o impeachment, Dilma dá um passo à frente e apresenta-se como aliada de todos os que temem as investigações, especialmente Lula, Renan Calheiros e Eduardo Cunha. Contudo, como o Brasil não é a Venezuela, ninguém acredita que uma presidente desmoralizada tenha meios para cortar as pernas da Procuradoria e do Judiciário. Nessas circunstâncias, o expediente volta-se contra Dilma, expondo-a como parceira das máfias políticas que colonizaram a República.

Paralelamente, Tarso Genro articula com os "movimentos sociais" e setores do PSOL a formação de uma Frente de Esquerda. A iniciativa é uma resposta à crise do lulopetismo e à anunciada ruptura da aliança entre PT e PMDB. No cenário pós-Dilma, pretende funcionar como núcleo de reagrupamento político e oferecer uma plataforma eleitoral ao ex-presidente. Desde já, porém, ao reativar a campanha do "Fora, Levy!", a Frente de Esquerda tende a descosturar a teia frágil que ainda interliga o Planalto ao PT.

Lula, que ainda é um fator, perdeu o prumo e o rumo. Como biruta de aeroporto, depois de apostar no ajuste fiscal, ameaçou chamar o fantasmagórico "exército de Stedile", mas extinguiu a chama da revolta no Congresso do PT e, na sequência, estimulou o movimento da Frente de Esquerda, mas ensaiou uma reaproximação com o PMDB. Agora, conclama Dilma a entrar em guerra aberta com a Lava Jato e "encostar a cabeça no ombro do povo", senha óbvia para, sacrificando Levy, empreender um novo giro de política econômica. Se a presidente der ouvidos ao antigo mestre, engajando-se na aventura, precipitará o desenlace que tenta evitar.

O impeachment não está sendo feito pelos partidos de oposição, mas pela progressiva desconstrução da coalizão governista. O PSDB opera no compasso da prudência, oscilando entre os horizontes de um governo transitório de Michel Temer e do chamado a eleições presidenciais antecipadas. Paradoxalmente, a interrupção do mandato de Dilma pode revelar-se a saída menos desastrosa para Lula. Nessa hipótese, o ex-presidente e seus áulicos esperneariam em público, difundindo a lenda do "golpe das elites", mas festejariam à luz de velas. Sem as lições dos três anos de apodrecimento derradeiro, a história ficaria suficientemente inconclusa para oferecer uma chance de restauração ao lulopetismo.
Herculano
11/07/2015 06:48
DOAÇÃO OU PROPINA, editorial do jornal Folha de S.Paulo

Alegação de que contribuição eleitoral se deu de modo legal não impede que sua origem seja ilícita; investigação precisa avançar nessa frente

Confrontados com questionamentos decorrentes da Operação Lava Jato, políticos suspeitos de receber propina costumam ter na ponta da língua o mesmo tipo de resposta, ainda que pertençam a partidos distintos e sejam representados por advogados diferentes.

As quantias que receberam nada tinham de irregular; não passavam de doações feitas a alguma candidatura eleitoral, de resto devidamente declaradas à Justiça, que se encarregou de aprovar a prestação de contas. Tudo dentro da lei.

Guardadas variações no tom, resumem-se nesses termos as alegações de figuras como os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil), que em 2010 disputou o governo de São Paulo pelo PT, e Edinho Silva (Comunicação Social), tesoureiro da campanha da presidente Dilma Rousseff (PT) em 2014, o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), o ex-senador Gim Argello (PTB-DF) e o deputado federal Arthur Lira (PP-AL).

Seus nomes, ao lado de mais de uma dezena de políticos, foram listados pelo empreiteiro Ricardo Pessoa, dono da UTC, entre os que, de uma forma ou de outra, teriam se beneficiado do esquema de desvio de recursos da Petrobras.

Incluídas no acordo de delação premiada que Pessoa fez com a Procuradoria-Geral da República em troca de vantagens penais, as afirmações do empresário, por força da lei, não bastam para embasar uma sentença condenatória. Servem, no entanto, para auxiliar o andamento das investigações.

As declarações de Pessoa ainda precisam ser comprovadas, mas salta aos olhos o quanto elas fazem sentido do ponto de vista lógico. O fato de uma contribuição ter sido feita de forma legal não anula a possibilidade de que o dinheiro tenha sido obtido pelo doador a partir de esquemas ilícitos.

Tampouco impede que o financiamento eleitoral seja a forma mais discreta encontrada pelas partes para ocultar o que, no fundo, é simples pagamento de propina.

Em relatórios enviados ao Supremo Tribunal Federal, a Polícia Federal diz que, em alguns casos, dispõe de "elementos iniciais" a indicar que a doação eleitoral foi utilizada como forma de corrupção.

A expressão consta de inquéritos nos quais se apura o envolvimento dos senadores Lindbergh Farias (PT-RJ), Humberto Costa (PT-PE) e Valdir Raupp (PMDB-RO). Todos negam irregularidades, e a própria PF ressalta a necessidade de aprofundar as análises.

Que o faça depressa - inclusive para afastar a sensação de que as investigações sobre os políticos caminham muito devagar.
Roberto Sombrio
10/07/2015 22:59
Oi, Herculano.

A presidente Dilma Roussef está rodando o mundo, USA, Rússia, Itália (não sei se é para passear como os dois vereadores daqui), mas diz ela e esse governo falido, que é para buscar verbas para infraestrutura.

Quem é maluco para investir aqui? Ou seria uma nova forma de angariar propina (em dolares), já que aqui a fonte está secando com a prisão dos empreiteiros?
Falando em empreiteiros, estamos no dia 10 de julho e ainda não vi a Artepa Martins remontando o canteiro de obras.
Era mesmo enrolação. Na verdade a prefeitura do PT com mania de grandeza inventou que tinha cacife para garantir metade das obras e concluir a ponte. O dinheiro do planalto acabou, só sobrou para a curriola superior e como Zuchi é um dos esquecidos e cuja finalidade é apenas juntar a miuçalha para eleger o cacique em Brasília, vai ficar chupando o dedo.
O prefeito Zuchi diz que: "o mais difícil é pensar a obra". Devia ter pensado na grana quando teve um leve lampejo da obra (meia boca), já que não tem alças de acesso e uma minguada rotatória no acesso da margem direita. Isso era de se esperar. Ninguém com visão e pensamentos limitados poderia conceber e concluir uma ponte a altura do que seria próprio para atender a região.
Percebe-se a diferênça quando passamos pelo complexo da ponte do Badenfurt.
O PT sempre pensou pequeno. Lula nunca pensou grande. Suas idéias nunca foram futuristas, sempre foram idéias remendadas e seus seguidores o copiaram sem contestar, com o intúito de obter ou manter um cargo.
A Ponte do Vale vai criar limo, mas se for inaugurada, será com remendos nas duas pontas assim como a Ponte do Tamarindo, cujo projeto original foi abandonado pelo embate de partidos da miserável e fracassada política brasileira.
Pernilongo Irritante
10/07/2015 22:10
Ouvi uma notícia hoje na mídia falando sobre uma baleia parada no Rio de Janeiro.

Pensei... a Dilma está viajando então deve ser mesmo o mamífero aquático. É que estava presa em uma rede dos pescadores.

Porque, baleia e parada, só a Dilma.

Herculano
10/07/2015 21:33
GOVERNO BLOQUEIA BOLSA FAMÍLIA DE 17.000 FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS.SUSPEITA É DE QUE BENEFICIÁRIOS RECEBAM DINHEIRO DO PROGRAMA DE FORMA IRREGULAR

Conteúdo da Veja. O Ministério Desenvolvimento Social bloqueou o pagamento do Bolsa Família a mais de 17.000 servidores públicos responsáveis pela gestão do programa. A suspeita é de que 16.915 funcionários e 183 gestores estejam recebendo o dinheiro de forma irregular. O governo federal determinou aos municípios que investiguem os casos.

Funcionários públicos podem ser beneficiários do programa, desde que se encaixem nos requisitos: a família precisa ter renda mensal inferior a 154 reais por pessoa. Em nota, o MDS informou que os pagamentos foram bloqueados na folha de junho por "precaução", depois que os processos de controle identificaram a presença dos funcionários públicos entre os beneficiários. Atualmente, 13,7 milhões de famílias no país recebem Bolsa Família.
flavio silva
10/07/2015 21:33
É espantoso, e indignado saber que tem etas ( estações de tratamento de água) do samae (belchior alto e bateias) sendo deixadas por horas sozinhas a DEUS dará sem ninguém lá presente , uma dessas já registrando uma tentativa de assassinato contra um funcionário e recentemente uma morte por afogamento (eta bateias) o que acontece e redução de custos, mas horas e o custo de deslocamento? funcionários dirigindo sem ter feito concurso para tal função, e o mais grave, a falta de alguém presente para assegurar a qualidade da agua pois sem ninguém nas etas quem garante que algum individuo adentre nas etas e possa por alguma subistancia nociva já q não tem ninguém por certos períodos nas etas referidas sem contar o patrimônio publico abandonado , etas que trabalhao com aguas de cachoeiras sujeitas a variações brutas inclusive nos períodos sem nenhum profissional presente quedas de energia etc fatores que põem em risco o sistema, e GRAVE mas a poulaçao na sabe do que aconteçe na autarquia.....
Belchior do Meio
10/07/2015 20:41
Sr. Herculano:

Segundo comentários, Brick e Kleber estão trabalhando duro.
Já fizeram calos nas mãos?
Convido os dois a trabalharem aqui em casa - roçar, rastelar, capinar,
plantar, adubar... para verem o que é TRABALHO DURO.
Só não desafio os dois velhotes da câmara - Melato e Kichna - por que não se garantem das pernas.
Mariazinha
10/07/2015 20:34
Seu Herculano;

Que Miguel José Teixeira tenha um ótimo retorno!

Bye, bye!
Anônimo disse:
10/07/2015 20:32
Herculano, é que os dois bocós queriam conhecer Brasília.
E sobre "Dilma vem inaugurar a ponte", dei boas risadas.
Herculano
10/07/2015 20:12
ESPERTEZA OU CONSCIÊNCIA. O PT SE ESVAZIA

O senador Walter Pinheiro, que em 2006 (era deputado federal) disse sentir "vergonha" do PT por causa do chamado 'mensalão', volta a demonstrar que não prestigia mais sua legenda.

Em entrevista à rádio Metrópole nesta sexta-feira (10), questionado por um ouvinte sobre esperar ou não 'o Titanic afundar', ele não falou explicitamente que vai deixar o PT, mas para bom entendedor... "Não vou ficar esperando o violino tocar ali em cima para afundar com o Titanic", disse o senador.

Mais um dos sinais sólidos de sua relação nada amistosa com seus correligionários foi sua ausência ao Congresso do PT em Salvador em junho passado, que teve presença da presidente Dilma Rousseff, do ex-presidente Lula e de praticamente todos os caciques da legenda. Pinheiro não compareceu em nenhum dos três dias de evento.

Mas ele nega que haja problemas. "No último congresso do PT, eu estava fora discutindo um projeto importante para a Bahia. Acho que no congresso faltou tema para discutir, tanto que a minha ausência foi importante. Meu foco hoje é o debate de quando a gente encontrará saídas para o Brasil, não de saída do partido".

Sobre suas críticas ao PT, Walter Pinheiro se comparou a Lula e mais uma vez negou intenção de trocar de legenda. "Eu tenho brincado com as pessoas. Eu não estava batendo em ninguém, estava fazendo critica ao governo e mostrando as propostas. Eu estava fazendo a mesma crítica que Lula estava fazendo ao governo. Se ele está saindo, estou saindo também. Fiz a mesma critica de falta de projeto".

Nos bastidores, já é dada como certa a saída do senador do PT, e as especulações apontam que ele deve ir para o PSB.
Herculano
10/07/2015 20:08
DILMA DEVE IMPLEMENTAR "PLANO LEVY" EM TRÊS MESES. IDEIA É REGULARIZAR RECURSOS DE BRASILEIROS NO EXTERIOR COM ANISTIA E MULTA, por Kennedy Alencar

A presidente Dilma Rousseff decidiu bancar a proposta do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, de regularizar os recursos de brasileiros que estão no exterior e que não foram declarados à Receita Federal. Se der certo o "Plano Levy", como tem sido chamado no Palácio do Planalto, o governo avalia que conseguirá implementá-lo em três meses, aprovando medidas no Congresso.

Não será necessária a repatriação do dinheiro, o que significaria que os recursos deveriam ser remetidos para instituições financeiras no Brasil. O dinheiro poderá ser enviado ao Brasil ou mantido no exterior, mas precisará ser declarado à Receita Federal.

O governo considera que será vantajoso porque hoje, diante dos mecanismos de controle mundial, valeria a pena tirar o carimbo de dinheiro sujo desses depósitos externos. O Tesouro americano e a OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) fiscalizam com lupa os paraísos fiscais.

Haverá, portanto, uma anistia brasileira para os crimes de evasão e sonegação fiscal. Também a lavagem de dinheiro será perdoada, se for precedida de evasão ou sonegação. Crimes de outra natureza não serão anistiados.

A proposta do governo prevê a cobrança de 17,5% de imposto mais 17,5 % de multa. Portanto, de cada 100 dólares no exterior, o portador terá de pagar 35 para regularizar a situação perante o fisco brasileiro.

Para angariar apoio político, parte da arrecadação com essa regularização será usada para lastrear um fundo de compensação a fim de que os Estados aceitem encerrar ou minimizar a guerra fiscal. Ou seja, será necessário um entendimento sobre as alíquotas de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias), tributo estadual mais importante do país.

Uma parcela menor dos recursos seria destinada a um fundo de infraestrutura.

Na avaliação da Fazenda, essa regularização ajudaria a resolver três problemas: contribuiria significativamente para fechar as contas públicas em 2015, daria maior uniformidade à competição entre os Estados por investimentos e reforçaria as obras de infraestrutura do país.
Herculano
10/07/2015 19:57
O CABIDE

Tem vereador de Gaspar que ao que parece está se especializando no assunto.
Herculano
10/07/2015 19:56
BRASÍLIA RENDE MAIS DIÁRIAS DO QUE FLORIANÓPOLIS

O presidente da Câmara de Gaspar, José Hilário Melato, o mais longevo, e o vereador Luiz Carlos Spengler Filho, ambos PP, foram a Brasília. Estão orgulhosos e espalham isto na mídia como uma conquista.

Mas, o que eles foram fazer em Brasília? Entregar papelinhos pedindo verbas em tempos de crise e tirar fotos para publicar por aqui para se justificar e ter discursos.

E para quem entregaram os papelinhos? Para Esperidião Amim Helou Filho e Jorge Boeira. Esperidião é facilmente encontrável Florianópolis. Então para que ir a Brasília se o mesmo encontro e foto poderiam ter sido feitas por aqui mesmo? Acorda, Gaspar!
Herculano
10/07/2015 19:44
NEGADO O RECURSO DE DIRCEU PARA NÃO SER PRESO, por Josias de Souza

Com a alma tomada de assalto por uma irrefreável 'morofobia', o grão-petista José Dirceu amargou um segundo indeferimento do seu pedido de habeas corpus preventivo para não ser preso pelo juiz da Lava Jato, Sérgio Moro.

Por meio do advogado Roberto Podval, Dirceu pediu ao juiz federal Nivaldo Brunoni, que dá expediente no TRF-4, que reconsiderasse o primeiro indeferimento. Mas o doutor manteve sua decisão.

O magistrado concordou, porém, em levar o caso à apreciação da 8ª Turma do TRF4. Integram essa turma três desembargadores. Eles devem julgar o habeas corpus de Dirceu na quarta-feira (15) da semana que vem.

Até lá, trancado nos rancores de sua prisão domiciliar, derradeiro resquício da sentença do mensalão, Dirceu viverá a síndrome do que ainda está por vir no petrolão.
Herculano
10/07/2015 19:28
DILMA VEM INAUGURAR A PONTE

Esta é a manchete, mas nada a ver com a ponte do Vale de Gaspar que a presidente Dilma Vana Rousseff e o PT continuam devendo e prometendo.

Dilma vem para inaugurar a ponte Anita Garibaldi, em Laguna e ver o túnel do Formigão, em Tubarão. A ponte está atrasada a quase cinco anos. Isto pode ser consolo para os gasparenses. Feitas as contas, vamos esperar mais quatro.
Querendo saber
10/07/2015 12:46
O que nos deixa enojados é saber que nossos dois pretensões candidatos as próximas eleições sequer conseguiram vencer na carreira profissional a para a qual estudaram. Tando Kleber quando o Brick conquistaram seus diplomas em Direito e nunca conseguiram se tornar advogados com carteirinha.
E como dar o nosso município a estes duas pessoas derrotadas pela vida.

Sidnei Luis Reinert
10/07/2015 12:41
Isto, sim, é golpe! Dillma e Lewandowski discutem Lava Jato e impeachment, em reunião secreta em Portugal
Em Ufá, na Rússia, DilmANTA Sapiens afirmou: ?Quem é golpista mostra na prática as suas tentativas?.
Na escala técnica que fez na cidade do Porto, em Portugal, antes de seguir para a Rússia, Dillma mostrou na prática a sua tentativa, tendo um encontro reservado com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, fora da agenda oficial.
Segundo o blog do Camarotti, políticos da base aliada foram informados de que a conversa foi ampla e que incluiu entre os temas a Operação Lava Jato, que investiga a roubalheira na Petrobras.
Mas o ministro da Justiça (do Foro de São Paulo) e especialista em reuniões secretas, José Eduardo Cardozo, negou que a Lava Jato tenha sido tema da conversa e alegou que se tratou apenas de ?um encontro casual? solicitado por Lewandowski, que estava na cidade de Coimbra com ele e outros ministros do STF para participar de um evento jurídico.
?Estávamos em Coimbra e, como iriámos para um almoço no Porto, marquei essa conversa?, disse Cardozo, que também participou. ?O assunto do encontro foi o reajuste do Judiciário. Ele levou números para a presidente Dillma?.
Aham.
Ricardo Noblat desmente o ministro:
?Dillma, Lewandowski e Cardozo discutiram, sim, a Operação Lava Jato. O empresário Ricardo Pessoa, dono da empreiteira UTC, confessou ter dado dinheiro sujo para a campanha de Dillma à reeleição. Dilma nega, mas está preocupada com o que possa acontecer se isso acabar provado.
Da Operação Lava Jato, os três passaram a avaliar as chances de um pedido de impeachment de Dilma. Por falhas, o Tribunal de Contas da União poderá rejeitar as contas do governo de 2014. E o Tribunal Superior Eleitoral concluir que houve abuso de poder econômico na campanha de Dillma.
Os jornalistas brasileiros destacados para cobrir a viagem de Dillma à Rússia não foram informados sobre o encontro dela no Porto com Lewandowski. Muito menos os que ficaram aqui.? E os dois ?apostaram que ninguém ficaria sabendo do encontro?.
Repito: o maior programa do governo do PT é o Transparência Zero.
O encontro às escondidas de dois chefes de poderes no exterior para examinar a delicada situação política de um deles é o enésimo exemplo disso.
Pior: Lewandowski foi indicado ao STF por Lulla, é amigo da família do ex-presidente corruPTo, próximo aos lixopetistas e fez de tudo para salvar os mensaleiros que acabaram condenados pelo STF, a corte que agora poderá vir a decidir se procede ou não um eventual pedido de impeachment de DimANTA.
Nesta semana, Dillma já havia emporcalhado o cargo que ocupa ao atacar os delatores e os procedimentos da Lava Jato, em interferência indevida do Executivo no Judiciário.
Agora emporcalha mais ainda em encontro indevido com o presidente do Supremo para salvar sua pele.
Não é só na hora da eleição que ela faz o ?diabo?, não. Para não cair, ela ?casualmente? apunhala as instituições e os brasileiros pelas costas.
?Quem é golpista mostra na prática as suas tentativas?.

http://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil/2015/07/10/isto-sim-e-golpe-dilma-e-lewandowski-discutem-lava-jato-e-impeachment-em-reuniao-secreta-em-portugal/
Sidnei Luis Reinert
10/07/2015 12:37
De Ronaldo Caiado:

Quando fui contundente contra o ex-presidente Lula, foi em cima de uma declaração em que ele ameaça, instiga e fomenta o exército de João Pedro Stédile e do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) a tomar as ruas. Isso não é conduta de presidente. É conduta de bandido. É minha prerrogativa proteger a sociedade das mentes doentes que podem ameaçar o povo com um exército paralelo.

http://oglobo.globo.com/brasil/senador-ronaldo-caiado-diz-nao-temer-queixa-crime-de-lula-16720722
Miguel José Teixeira
10/07/2015 10:50
Senhores,

Os comPeTentes vermelhóides esquerdopatas conseguiram realizar seu grande sonho: retrocesso à era pré-FHC.

A derrocada do emprego

(Visão do Correio Braziliense, hoje)

Que a crise da economia, provocada pela sequência de erros na condução da política econômica durante o primeiro mandato de Dilma Rousseff, chegaria ao emprego todo mundo sabia. Mas todos torciam para que fosse brando o efeito nefasto da recessão a que o país foi lançado. Pura ilusão. Assim como se descobre, a cada dia, que os estragos do ?novo marco macroeconômico? brasileiro foram muito maiores do que acusavam os termômetros tradicionais ? sujeitos a espertezas e manobras evasivas ? o desemprego vem desenganando até mesmo os mais pessimistas.

A derrocada do emprego noticiada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela pelo menos duas realidades dramáticas. A primeira é que o mal não tem nada de brando. A segunda é a velocidade com que vem avançando o desemprego, o que torna difícil calcular até onde vai a onda de dispensas, ou seja, quantas famílias vão ter membros desempregados e em que proporção.
Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, que colhe dados em cerca de 3,5 mil municípios em todas as regiões do país, havia 8,157 milhões de pessoas de 14 anos ou mais desempregadas no trimestre móvel encerrado em maio. Com isso, a taxa de desemprego chegou a 8,1%, a maior da série histórica iniciada em 2012.

O contingente de desocupados em um ano subiu 18,4%, o que também é recorde em toda a série da pesquisa. Técnicos do IBGE explicam que as taxas de desemprego foram fortemente influenciadas pelo aumento do número de pessoas que procuraram emprego no trimestre e não encontraram. Aí estão os que perderam emprego e os que não estavam empregados e resolveram buscar colocação, geralmente por causa da perda de renda da família.

A redução dos quadros de pessoal já vinha ocorrendo nos últimos meses de 2014. A taxa de desemprego da Pnad Contínua no trimestre encerrado em dezembro era de 7,4%. Mas os cortes estão aumentando muito rapidamente este ano. O que as pesquisas estão mostrando é que passou a fase em que os índices de desemprego permaneciam na contramão da perda de dinamismo da economia. Embora o Produto Interno Bruto (PIB) registrasse crescimento pífio, os empregos, especialmente os mais qualificados, resistiam.

Estavam certos os analistas que justificavam a aparente contradição com a expectativa da maioria dos empresários de que a qualquer momento a economia retomaria o crescimento. Ninguém queria ser surpreendido sem equipes para ocupar mercado. A atual marcha batida das dispensas em praticamente todos os setores, principalmente na indústria, mostra, então, a substituição dessa expectativa pela constatação de que o país levará mais tempo e terá de purgar mais ajustes para voltar a confiança e, com ela, os investimentos.

O que cresce é a compreensão do setor produtivo de que, por mais estreita e penosa que seja a ponte do ajuste das contas públicas, não há como chegar à outra margem sem passar por ela. Ou seja, a volta do crescimento e dos empregos depende do governo e de sua base política reconhecer e corrigir os próprios equívocos.
Justiceiro Ilhotense
10/07/2015 10:00
Caro Herculano, às vezes queremos tanto atrapalhar que nos atrapalhamos. Uma leve correção: O nobre vereador Roberto Prebianca é do Partido Progressista (PP) e não do PSD como informado por vossa senhoria.
"Os jornalistas são profissionais interessantes: são como bactérias que criticam o sistema, mas dependem dele para sobreviver?
Herculano
10/07/2015 09:50
OUTRO DISCURSO FALSO. O PT SEMPRE SE ORGULHAR DE CUIDAR DOS PEQUENOS E MICRO EMPREENDIMENTOS. MANCHETE DO DIA: MCROEMPRESA DESLIGA "MOTOR DO EMPREGO"

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Bruno Villas Boas, da sucursal do Rio de Janeiro. Vincenzo Barrella desceu do céu ao inferno em um ano. Sua fábrica Speciallità vendeu até 4 milhões de vidros de esmaltes mensais em 2014 impulsionada por um mercado aquecido e campanha com a atriz global Giovanna Antonelli. Mas aí veio a crise.

No início deste ano, o preço da água e da energia subiram, as vendas caíram para menos de 500 mil vidrinhos mensais, a produção encolheu. No fim, a metade dos 60 funcionários da fábrica de São Paulo foi demitida.

"A crise chegou a produtos considerados supérfluos", disse Barrella, 50, que se esforça para não demitir mais.

Motor da geração de empregos formais no país desde 2012, as micro e pequenas empresas brasileiras tiveram em maio mais vagas formais fechadas do que abertas, pela primeira vez desde 2009.

Segundo dados do Sebrae, com base no Caged (cadastro do Ministério do Trabalho), o estoque de carteiras assinadas nas micro e pequenas encolheu em 456 vagas.

O número pode parecer modesto, mas em maio do ano passado o saldo positivo havia sido de 104 mil vagas. No pico, em 2010, foi de 1,6 milhão de empregos.

Os 9 milhões de micro e pequenas empresas são 99% das empresas do país, concentram 52% dos empregos formais e 25% do PIB.

Luciano Nakabashi, professor da USP Ribeirão Preto, diz que a tendência é de piora do emprego pela frente.

Ele lembra que a maior parte das micro e pequenas empresas (49% do total) atua no comércio, que começou a sentir mais fortemente a crise no início deste ano.

Considerando apenas esse segmento, foram fechados 6.007 postos de emprego formais em maio, segundo o Sebrae. A construção civil cortou 7.692 vagas no mês.

INFORMALIDADE

Para Marcel Caparoz, economista da RC Consultores, uma parcela das pequenas empresas também pode estar retornando para a informalidade por causa da crise.

A formalização do emprego no Brasil, diz ele, se deu nas micro e pequenas empresas. Hoje, esse processo parece paralisado.

O setor mais afetado, contudo, é o da pequena indústria de transformação, com o fechamento de 19 mil vagas em maio. Na pequena fabricante de parafusos Tec Stam, de São Paulo, um dos termômetros para avaliar a demanda do mercado é o número de ligações com pedidos de cotação. Mas há dias o telefone do escritório não toca.

Com a menor demanda da construção civil e de montadoras, a produção encolheu 35% desde setembro. Humberto Gonçalves, proprietário da empresa, teve que cortar de 38 para 36 o número de funcionários em maio.

"Após 22 anos de mercado, pela primeira vez, não somos capazes de enxergar quando as coisas vão melhorar", diz Gonçalves.

De acordo com o levantamento do Sebrae, apenas dois segmentos tiveram saldo positivo: agropecuária, com a geração de 16.910 postos, e serviços, com geração líquida de 14.963 vagas.
Herculano
10/07/2015 09:43
MANCHETE DO COTIDIANO

Homem é rendido por bandidos no Centro de Blumenau e abandonado em Gaspar. Bandidos revistaram o carro da vítima em busca de um malote com dinheiro
Falso Discurso V
10/07/2015 08:35
Sr. Herculano,

Sou servidor licenciado, só para lembrar, nas vésperas da eleição municipal de 2012, o prefeito e a vice, ex berçarista, juntamente com ex secretário de educação Neivaldo, fizeram uma reunião no auditório da Ditran com merendeiras, zeladores, serviços gerais entre outros servidores. Nessa reunião, eles apresentaram uma plano de aumento ao salario desses servidores, de maneira que se igualou ao salário vigente do cargo de pedreiro. Após essa reunião, todos foram convidados a lotarem o plenário da câmara municipal, daí pode né? Hoje, os pedreiros da prefeitura ganham salario igual ao dos serviços gerais. Não sou contra a reajuste, mas a administração deveria conceder o mesmo aumento proporcional aos demais servidores. Hoje não estou mais no serviço público devido a isso, salário defasado demais, sem falar nas perseguições que sofremos por manifestar pensamento contraditório aos deles. Mas quando ingressei na prefeitura, o salário de pedreiro e serviços tinham uma diferença em mais de 30%. Hoje estão equiparados, e ainda é muito pouco.
Herculano
10/07/2015 08:21
E REAÇÃO A AÉCIO, DILMA VOLTA A ACUAR OPOSIÇÃO DE GOLPIMO

Conteúdo do jornal Folha d São Paulo. Texto do enviado a Ufá, na Rússia, Leandro Colon, em colaboração com Gabriela Guerreiro, Flávia Forreque e João Pedro Pitombo. A presidente Dilma Rousseff voltou a usar o termo "golpista" em crítica à oposição. Ela rebateu nesta quinta-feira (9) a acusação de adversários de que, em entrevista à Folha, tentou inibir os tribunais que investigam contas do seu governo e de sua campanha à reeleição.

"Em momento algum da minha entrevista eu passei por cima de nenhuma instituição. Nem o TCU [Tribunal de Contas da União] ainda deu um parecer definitivo sobre minhas contas. Eles abriram a oportunidade de nos explicar e vamos nos explicar bem explicado, e a mesma coisa o TSE [Tribunal Superior Eleitoral]", afirmou.

Ela deu a declaração após participar da cúpula dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), na cidade russa de Ufá.

Na terça, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) disse que o PT tinha o discurso por não "reconhecer os instrumentos de fiscalização", no caso, os tribunais.

Na Rússia, Dilma mencionou o tucano, afirmando que os adversários adotaram discurso de que TCU e TSE, que julgam processos que põem em xeque o mandato presidencial, já teriam decidido.

"A gente não fica discutindo quem é quem e não é golpista. Quem é golpista mostra na prática as tentativas, que começa, por isso: prejulgar uma instituição", afirmou a presidente.

Nesta quinta, o ex-presidente Lula também recorreu à expressão em um texto publicado no Facebook: "Não há espaço para retrocesso: o tempo do golpismo passou para nunca mais".

Em resposta, o senador Aécio Neves disse que a oposição não é golpista e desafiou Dilma a provar que ele tenha dado declarações contrárias à Constituição.

O tucano afirmou que só defendeu as instituições do país e o respeito à Constituição pelo governo, o que comprova que a presidente está "acuada" e "desconectada com a realidade".

"Não fazemos aqui prejulgamentos. Mas ninguém, absolutamente ninguém neste país, inclusive a presidente da República, está acima das instituições", disse Aécio.

O senador afirmou que Dilma, mesmo fora do Brasil, está perseguida pela "incerteza em relação ao futuro".

Sem falar em impeachment, o tucano disse que seria uma "saída mais tranquila e adequada para o Brasil" que Dilma cumprisse o mandato até o fim, mas que quem vai definir seu futuro não é a oposição, e sim ela própria e o povo brasileiro.

VICE

O presidente interino, Michel Temer (PMDB), afirmou durante entrevista nesta quinta-feira em Dourados (MS) que seu partido está "na mesma canoa" da gestão Dilma Rousseff.

A declaração foi dada em resposta a pergunta sobre se o PMDB iria "abandonar o barco" do governo.

De acordo com Temer, seu partido "é aliado" de Dilma e seguirá colaborando "com a presidente e com o país".

Perguntado se o PMDB conseguirá manter a presidente em sua cadeira, o vice afirmou: "Ninguém precisa segurar. Ela vai continuar até o final com muita tranquilidade".
Herculano
10/07/2015 08:03
QUANDO O AZAR É POUCO... por Bernardo Mello Franco, para o jornal Folha de S. Paulo

É dura a vida dos deputados que ousam desafiar a onipotência de Eduardo Cunha. Além de terem o microfone cortado quando contestam seus desmandos em plenário, eles sabem que as vitórias são raras e duram pouco. Se perde uma votação à tarde, o peemedebista passa a noite em negociações para virar a mesa no dia seguinte.

Nesta quinta-feira, os independentes da Câmara mostraram que também andam sem sorte. Eles recorreram ao Supremo Tribunal Federal para anular a manobra que aprovou a redução da maioridade penal. Entre os 11 integrantes da corte, o sorteado para relatar o caso foi o ministro Gilmar Mendes.

"Vou comprar um pacote de sal grosso para espalhar no gabinete", murmurou um deputado petista. O mandado de segurança contra a manobra de Cunha foi assinado por 102 parlamentares de 14 partidos, incluindo dissidentes do PMDB.

Ex-assessor de Collor e FHC, Mendes tem exibido sintonia fina com o presidente da Câmara. Em fevereiro, foi o único ministro do Supremo a participar do jantar que selou a aprovação da PEC da Bengala, na residência oficial de Cunha. Há um ano e três meses, impede o julgamento que poderia proibir o financiamento empresarial das campanhas.

Mendes travou o processo com um pedido de vista, quando a maioria dos colegas já havia votado a favor da proibição das doações privadas. Ele antecipou que é contrário à ação, mas se recusa a devolvê-la, em desrespeito às normas do STF. Enquanto segura a causa, Cunha ganha tempo para incluir as contribuições empresariais na Constituição.

Pressionado, o ministro disse que entregaria seu voto até o fim de junho. O mês terminou, e a corte entrou em férias sem que ele cumprisse a palavra. Em entrevista recente, Mendes afirmou que "não houve combinação" com Cunha para retardar o julgamento. A declaração parece tão verdadeira quanto a sua promessa de devolver o processo.
Herculano
10/07/2015 07:56
APEGO A TOFFOLI, por Lauro Jardim

Petistas têm repetido a todo o tempo uma frase em tom de promessa de José Dias Toffoli ao diplomar Dilma Rousseff em dezembro.

Horas antes, o PSDB havia protocolado o pedido de cassação do registro de candidatura de Dilma e de Temer - este que agora vem assustando os petistas.

Disse Toffoli:

- As eleições de 2014, para o Poder Judiciário, são uma página virada. Não haverá terceiro turno na Justiça Eleitoral. Que especuladores se calem. Já conversei com a Corte, e esta é a posição inclusive do nosso corregedor-geral eleitoral, com quem conversei, e de toda a composição. Não há espaço para, repito, terceiro turno que possa cassar o voto destes 54 501 118 eleitores.
Herculano
10/07/2015 07:49
RENUNCIE, MULHER SAPIENS SAPIENS!, por Reinaldo Azevedo, para o jornal Folha de S. Paulo

Aquela Dilma que concedeu entrevista a esta Folha bebeu muito fermentado de mandioca

No dia 23 de janeiro de 2013, a presidente Dilma Rousseff anunciou, em rede nacional de rádio e televisão: "Acabo de assinar o ato que coloca em vigor, a partir de amanhã, uma forte redução na conta de luz de todos os brasileiros. (...) A partir de agora, a conta de luz das famílias brasileiras vai ficar 18% mais barata".

A redução da tarifa vinha casada com uma lambança no setor elétrico que custou, até agora, mais de R$ 100 bilhões ao Tesouro. É crime de responsabilidade. A intervenção feita na área pela governanta, em setembro de 2012, incide nos artigos 4º e 11 da lei 1.079. As pedaladas fiscais e o assalto à Petrobras são pinto perto disso. É uma pena que não se possa impichá-la três vezes só para ser didático.

No anúncio, ela não se esqueceu de seus críticos. Disse: "Neste novo Brasil, aqueles que são sempre do contra estão ficando para trás [...]. Estamos vendo como erraram os que diziam que não iríamos conseguir baixar os juros nem o custo da energia e que tentavam amedrontar nosso povo com a queda do emprego e a perda do poder de compra do salário. Os juros caíram como nunca, o emprego aumentou".

Nunca bastou ao PT fazer bobagem. Sempre foi preciso humilhar e tratar como lixo os que divergiam. Segundo o Datafolha, naquele tempo, 62% consideravam o governo ótimo ou bom; 30%, regular, e apenas 7%, ruim ou péssimo. Quem precisava de críticos?

O "malaise" de agora com o petismo não tem origem apenas nos maus resultados e no estelionato eleitoral. Há também um sentimento que Tarantino transformaria, assim, num "Django" ou num "Bastardos Inglórios" tropicais --trocando o sangue pela chanchada, claro!

Como os petistas abusaram da nossa paciência, não é!? Naquele janeiro, eles ainda contavam vencer a eleição de 2014 no primeiro turno; fazer a maior bancada da história; impor a reforma política que bem entendessem; quebrar as pernas do PMDB --já que davam o PSDB por liquidado-- e impor o controle social da mídia.

De tal sorte estavam convencidos de seu poder hegemônico que, um ano antes, em janeiro de 2012, Gilberto Carvalho anunciara no Fórum Social de Porto Alegre a disposição do PT de disputar público com os... evangélicos. Foi além: propôs a criação de uma mídia estatal só para a classe C. O PT queria ser uma religião de Estado! Posso entender por que dói tanto um Eduardo Cunha no meio do caminho.

Conhecemos, além dos desastres na área econômica, parte dos crimes que os companheiros cometeram contra os cofres públicos e contra a contabilidade. À diferença do que sugerem até aqui as turmas de Rodrigo Janot e de Sergio Moro, não se tratou da associação entre empresários cúpidos, organizados num cartel (que nunca existiu!), meia dúzia de servidores corruptos da Petrobras e alguns parlamentares de segunda linha. Conversa para trouxas! Fomos vítimas de uma máquina azeitada para assaltar o Estado de Direito.

E são os petistas e seus servidores na imprensa que gritam "golpe" quando se fala da possibilidade de Dilma perder o mandato? Desde quando leis democraticamente pactuadas se confundem com tanques? Aquela Dilma que concedeu entrevista a esta Folha bebeu muito fermentado de mandioca.

A presidente concluiu assim o discurso de janeiro de 2013: "Somente construiremos um Brasil com a grandeza dos nossos sonhos quando colocarmos a nossa fé no país acima dos nossos interesses políticos ou pessoais".

Certo! Que Dilma confira verdade ao menos a uma parte daquela fala e renuncie! Aí ela se tornaria, finalmente, uma Mulher sapiens sapiens
Herculano
10/07/2015 07:47
ERA PT USOU CARTÃO PARA TORRAR R$ 615 MILHÕES, por Cláudio Humberto na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Nos governos petistas de Lula e Dilma, de 2003 a 2015, os gastos com cartões corporativos somaram R$ 615 milhões. Cerca de 95% dessas despesas são "secretas", por decisão do então presidente Lula, que alegou "segurança do Estado", após o escândalo de ministros usando essa forma de pagamento em gastos extravagantes. Em 2002, o último ano do governo FHC, a conta dos cartões foi de R$ 3 milhões.

Lambuzaram-se

Ministros de Lula foram flagrados usando cartão corporativo para pagar tapiocas, resorts de luxo, jantares, cabelereira, aluguel de carro, etc.

Sinuca por nossa conta

A anarquia chegou ao ponto de um alto funcionário do Ministério das Comunicações comprar duas mesas de sinuca usando o cartão.

Liberou geral

Em São Bernardo, seguranças da família do então presidente Lula pagaram equipamentos de musculação com cartão corporativo.

Meteram a mão

No governo Lula, seguranças de sua filha Lurian pagaram com cartão corporativo R$ 55 mil em material de construção, ferragens etc.

PSD É DILMA, MAS NÕ DIFICULTARÁ IMPEACHMENT

O ministro Gilberto Kassab (Cidades) sempre faz sua melhor pose de lealdade, mas evita declarações enfáticas em defesa da presidente Dilma, assim como o seu PSD em geral segue a orientação do Palácio do Planalto. Porém, a bancada na Câmara já avisou: prosperando a tese do impeachment, a tendência é pular para o barco da oposição. "O partido é jovem demais para se associar à corrupção", avalia um líder.

Pires na mão

O PSD tem a terceira maior bancada, mas seus deputados, como todos os demais aliados, reclamam do tratamento do governo.

Abraço do afogado, não

Maltratados, deputados do PSD alegam que se desgastariam, caso saíssem em defesa de Dilma, que tem a mais alta rejeição da História.

Troca sem proveito

Políticos do PSD trocaram seus partidos originais pela base governista no Congresso. Mas dizem que nunca foram tratados como aliados.

Fidalguia não faz mal

Líderes governistas, incluindo petistas, adoram reuniões com o vice Michel Temer, como a que mantiveram ontem. Não que algo de concreto tenha sido decidido, mas todos destacam a fidalguia de Temer no trato pessoal. Preferem ele à imutável rispidez de Dilma, de longe.

Tempo de apertar o cinto

O deputado Eduardo Cunha suspendeu concursos públicos para a Câmara, apesar das promessas do antecessor Henrique Alves. É que há ainda muitos aprovados em concursos à espera de nomeação.

Muita calma

Cuidado ao prescrever contágio do soluço da bolsa chinesa com os negócios do Brasil. Não temos essa bola toda. A bolsa de lá, que vinha de 150% de ganhos até junho, fechou em alta nesta quinta.

Polícia & bandido

Em defesa de traficante condenado à morte, só faltou Dilma estapear o embaixador da Indonésia. Mas foi incapaz de uma palavra de conforto para a família de Carlos Eugênio Silva, policial civil do DF que morreu representando o Brasil nos Jogos Mundiais de Policiais, nos EUA.

Torniquete

É da natureza tucana não propor nem procurar confrontos, daí a resistência de Aécio Neves à proposta de impeachment. A ordem é não matar, não tentar derrubar. E deixar que "as instituições funcionem".

A próxima vítima

O aspone Marco Aurélio Top-Top pressiona senadores a aprovar Antonio Simões, o "Simões Bolívar", como embaixador em Madri. Acha que Simões vai ajudar a consolidar o "bolivarianismo" na Espanha por meio do partido "Podemos", financiado com petrodólares da Venezuela.

Por aqui

Com D. Crise na Rússia e feriado em São Paulo, é preciso esperar o fim de semana. Com Nova York em alta, ações da Vale e Petrobras subiram 2%. Investidor e especulador conhecem com quem lavram.

Mistura, não

Errou feio ou apostou no desentendimento quem pôs na mesma mesa de negociações sindicato de servidores e associação dos diplomatas do Itamaraty. Não se bicam nem nutrem qualquer afeto um pelo outro.

Sabedoria

Diante do aumento de 142,8% no preço da cebola no ano, Eulina dos Santos, pesquisadora do IBGE, desabafou: "Como dizem por aí, é de chorar..."
Herculano
10/07/2015 07:38
UM IMPEACHMENT FORTALECE A DEMOCRACIA E É TÃO LEGÍTIMO PARA ELA QUANTO UMA ELEIÇÃO DEMOCRÁTICA, por Valentina de Botas

O sotaque que fala ao meu coração, o zelo natural e eficaz com o idioma, a honestidade dos propósitos e dos meios, com tudo isso, para mim que sou presa quase indefesa da forma, Carlos Ayres Britto rendeu um dos mais agradáveis Roda Viva. Mas "quase" também é mais um detalhe, e o sentido estranho de algumas falas importantes se impõe à forma agradável. Tenho juízo e não pretendo ensinar a quem sabe tão mais do que eu, mas, definitivamente, ao contrário do que o jurista afirmou, a maioridade penal aos 18 anos não é uma cláusula pétrea da Constituição.

Que o afável Ayres Britto defenda à vontade que ela se dê só aos 18, mas sem a ficção como argumento. Talvez a paixão confessa dele pela Constituição explique o deslocamento que faz da maioridade penal tratada no artigo 228 para o das matérias pétreas encerradas em outro artigo, no 60. Quanto ao regimento da Câmara, não houve pedalada legislativa coisa nenhuma: o texto rejeitado na primeira votação foi o chamado substitutivo, e não o texto original, circunstância que obriga à votação deste subsequentemente, segundo a letra explícita do regimento da Câmara.

Eduardo Cunha, na verdade, procedeu justamente ao que o regimento o obriga, se não o fizesse é que o presidente da Câmara seria um "déspota esclarecido ou sem esclarecimento" como se confundiu um dos entrevistadores. Claro que leis e direito não são matérias exatas, ou bastaria registrar argumentos contrários e favoráveis a determinada causa num computador e ele calcularia o veredito. Nuances e matizes são férteis desordens inescapáveis e mesmo positivas para os seres humanos, esses seres inexatos, e tal, mas, sem querer parecer aquele "idiota da objetividade" do mestre Nelson Rodrigues, há que se preservar um núcleo objetivo em meio à inerente subjetividade.

Agora, a fala do simpático jurista que mais me incomodou, também porque engrossa um coro estúpido, com toda a vênia do ilustríssimo e sereníssimo entrevistado, é, para rechaçar a tese do impeachment, aludir ao fato de a presidente ter sido eleita democraticamente. Ora, um impeachment fortalece a democracia e é tão legítimo para ela quanto uma eleição democrática. Além disso, ele só pode ser aplicado mesmo a um governante eleito democraticamente uma vez que só as democracias o preveem, pois ditadores têm a mania de se presumirem eternos e de vetar qualquer dispositivo legal que os afaste do poder.

O resto é conversa sonsa, ainda que embalada por gente de bem. Essas discordâncias não diluam meu respeito ao entrevistado. Ao contrário, é por meio delas que respiram almas democratas, como é a de Ayres Britto que, na melhor fala em conteúdo e forma, liquidou a falsa controvérsia sobre a delação premiada: "é um instituto que saúdo, muito mais do que saúdo a mandioca, se você me permite". A democracia permite.

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