10/07/2015
FALSO DISCURSO I
O presidente do PT de Gaspar, José Amarildo Rampelotti, vereador, campeão de votos, o que encurrala de forma definitiva os divergentes nos discursos que faz pela cidade, líder da bancada petista na Câmara, perdeu-se - mais uma vez - na sessão de terça-feira. No plenário estavam alguns servidores, com cartazes (foto), mobilizados e representando o Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público de Gaspar - Sintraspug. Eram (e são) contra o projeto que redistribui os servidores municipais. Legítimo. Expressão de opinião em ambiente público. Um processo dialético permitido pela democracia. Ainda mais na Casa do Povo, com vereadores pagos pelo povo.
FALSO DISCURSO II
A ira e descontrole de Rampelotti foram uma consequência de quem não admite reveses, contraditório, opiniões plurais e diálogo, a não ser que ele esteja em vantagem ou se for para validar o que ele quer e pensa. Como a proposta havia sido retirada de pauta por iniciativa do vereador Ciro André Quintino, PMDB, com os oito votos a dois, Rampelotti resolveu radicalizar como uma criança que perde o brinquedo preferido. Perguntou aos servidores o que eles estavam fazendo no plenário naquele horário, pouco depois das 15 horas na Câmara, ao invés, segundo ele, de estarem trabalhando. Corajosamente e de forma cidadã, estavam lá protegendo direitos de uma classe. Informaram. O vereador ficou possesso.
FALSO DISCURSO III
Ouviu deles, o óbvio e o que pediu: de que estavam lá naquele horário, porque os vereadores ao invés de se reunirem a noite, preferem o dia, exatamente para não serem importunados. O clima esquentou. A própria vereadora Andreia Symone Zimmermann Nagel, DEM, - a única que enfrenta e desmoraliza o PT e por isso é taxada de mentirosa, ingrata e de estar a serviço de outros para apenas constrange-la na falta de argumentos - lembrou que o vereador não foi justo com os servidores. O próprio PT, a prefeitura e o secretário de Obras, Lovídio Carlos Bertoldi, protegido pelo discurso de Rampelotti na época, nos seus interesses, liberaram os motoristas e operadores de máquinas no horários de trabalho, exatamente para se mobilizarem e pressionarem ao vivo, no horário de trabalho, os vereadores pela aprovação do projeto que deu salário diferencial para eles.
FALSO DISCURSO IV
Quando se contrata um servidor, ele faz um concurso para uma função. Mudá-lo sem uma clareza e segurança jurídica é um retrocesso. Quem sofreu isto na pele foi um dos fundadores e o primeiro presidente do Sintraspug (sindicato que fez 26 anos nesta quarta-feira), Odir Barni. Ele - hoje esquecido pela diretoria - naquela época foi perseguido, remanejado, colocado na ?geladeira? por muitas vezes pelo ex-prefeito Luiz Fernando Poli, PFL, depois DEM e hoje no PDT. É contra esta insegurança e a pessoalidade que o Sintraspug de hoje se insurge. Afinal, os recentes encanadores do PT aprovados em concurso público, em quais cargos estão mapeados pela liberalidade de tal projeto? Quem é que o PT, às vésperas de uma eleição municipal difícil para o partido por aqui, quer colocar na ?geladeira?, ou constranger no seu modo de ser, ou animar e promover como cabo eleitoral? O assunto volta em Agosto. Acorda, Gaspar!
TRAPICHE
Contagem regressiva. Em julho recomeçam as obras da ponte do Vale (prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, direto de Brasília).
O prefeito de Gaspar ainda não foi neste julho a Brasília.
Só agora. O Tribunal de Contas acaba de aprovar as contas do Fundo Municipal de Saúde de 2007, quando Adilson Luiz Schmitt, sem partido, era prefeito. O relator foi Ardicélio de Morais Ferreira Júnior. As contas de 2005 e 2006, todavia, continuam encrencadas. Foi a época da secretária de Saúde e hoje vereadora, Ivete Mafra Hammes, PMDB.
Para este período, o Tribunal de Contas mandou o atual prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, abrir uma ?tomada de contas?, um tipo de esclarecimento sobre as prestações apresentadas naquela época. O assunto se arrasta apesar dos prazos. Aliás, esta dúvida é a principal distância que se criou do Adilson com o PMDB de Gaspar, partido pelo qual se elegeu prefeito.
O ex-prefeito Bernardo Leonardo Spengler, o Nadinho, PMDB, já falecido, foi o único na história de Gaspar a ser afastado pela Justiça ? assumiu o vice, Andreone Cordeiro dos Santos, PTB ? neto do primeiro prefeito, João dos Santos. Nadinho resolveu bancar um novo jornal para desmoralizar o Cruzeiro do Vale. Deu no que deu: com o ex-prefeito e o jornal A Voz do Vale. Isto é história. Ou também vão querer muda-la?
O Tribunal de Contas acaba de dizer que Luiz Mondini, dono dos Guinchos Galego, não tem razão em querer cobrar da prefeitura o serviço de guarda de veículos no seu pátio, enquanto fazia o serviço esperando a regularidade da permissão pública por edital da prefeitura de Gaspar. O relator foi Wilson Rogério Wan Dall.
A Aquipar ? Associação de Aquicultores de Gaspar e Região ? pediu em 2006 e conseguiu uma verba de R$50 mil da secretaria de Turismo e que tinha como titular o ex-deputado Gilmar Knaesel, PSDB. Era para a participação na Expogaspar de 2007. Não prestou contas do uso dos recursos.
Agora, do total, R$ 16.562,78 foi considerado regular. R$ 28.437,22 o presidente da Aquipar, Paulo Marangoni terá que devolver por irregularidade na prestação de contas da entidade. A eles somam-se R$5.000,00 de despesas de captação. Por fim, Paulo foi multado em R$1.000,00 e foi declarado com a sua Aquipar impedidos de receber qualquer verba pública estadual até a regularização da situação. O relator no Tribunal de Contas foi Ardicélio de Morais Ferreira Júnior.
Ilhota em chamas I - Quando a balsa vai parar outra vez por problemas técnicos? Já existe um bolão com palpites circulando na cidade. Até mesmo o vereador Roberto Prebianca, PSD, o partido do prefeito Daniel Christian Bosi, desancou esta instável e rotineira situação no seu facebook.
Ilhota em chamas II ?O PP diz que já tem candidato para as eleições do ano que vem. É o Roberto da Silva, o Betinho da Contabilidade. Coligação? Segundo o PP, com todos; menos o PMDB.
Do presidente do PT, líder da bancada José Amarildo Rampelotti, os vereadores não devem ceder à pressão dos servidores contra o projeto que permite a redistribuição dos funcionários. Primeiro: não ele nem convenceu seu par de partido Daniel do Reis Fernandes que votou pelo adiamento.
Segundo: Rampelotti não era servidor, sindicalista e fez votos exatamente com discursos a favor dos companheiros e camaradas contra os neoliberais e outros assemelhados? Como agora quer todos fiquem calados e não apareçam na Câmara para fiscalizar seus vereadores?
Fazia tempos que uma sessão da Câmara de Gaspar não fervia. Sem retoques, claro, direto e contundente foi o discurso da cidadã Luciana Aparecida Benaci contra o descaso de dois anos da prefeitura para a promessa de pavimentar as ruas Pedro Schmitt Júnior e Arthur Poffo, no Poço Grande. O PT culpa a burocracia. Devia culpar a inércia, a incompetência e o falso discurso nas entrevistas de rádios e palanques pré-eleitorais.
Perguntar não ofende. A Expofeira de Gaspar voltou parcialmente. E a prestação de contas das anteriores feitas pela administração petista?
Edição 1703
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