Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício

19/06/2015

INGRATOS I

O PT de Gaspar tem absoluta certeza que a maioria dos gasparenses é feita de ingratos. Todos deviam estar lambendo os pés da atual administração e sem perguntar o porquê disso. Há dias expressaram isso quando viram uma pesquisa que eles próprios mandaram fazer na cidade com os cidadãos daqui. E na sessão dessa terça-feira da Câmara essa insatisfação ficou oficialmente expressa pelo líder do prefeito Pedro Celso Zuchi, o seu cunhado Antônio Carlos Dalsochio. 

INGRATOS II

É que há dias a prefeitura assinou um papelinho para fotos e propaganda, dizendo que vai construir um posto de saúde lá no loteamento das casinhas de plástico. O povo de lá não apareceu para aplaudir algo que não sabe se vai sair do palavrório, pois a infraestrutura mínima do loteamento esperam da prefeitura há seis anos. Outra. Os que estão desempregados estão procurando empregos, e os que estão empregados não possuem folga que os políticos da prefeitura têm para bater palmas a qualquer hora do dia, e principalmente para as coisas incertas. Para o povo das casinhas de plástico, os ingratos são os políticos de Gaspar. É uma pena que os nossos políticos não entendam isso e ainda joguem a sua própria culpa nos outros. 

PÁTRIA EDUCADORA I

A professora e vereadora Andreia Symone Zimmermann Nagel, DEM, quer que a prefeitura, seja ela de que partido for, assuma as despesas da conta telefônica, serviços de limpeza, controle de pragas e sistema de segurança das escolas e CDIs municipais. Quem paga isso hoje? Os pais. Muitos deles simplesmente não possuem condições: inflação, desemprego, baixos salários... Há constrangimentos. 

PÁTRIA EDUCADORA II

O líder do prefeito, o vereador Antônio Carlos Dalsochio, PT, ao ver a indicação 173, classificou a vereadora como uma dissimulada (e a ata oficial tentou suprimir tal afirmação). Para ele, essa ?caixinha? para pagamento pelo povo de coisa que seria da prefeitura acontece nas escolas do Estado. E a vereadora, ?ligada? ao governo estadual, nada fala. Andreia contestou a posição de Dalsochio. 

PÁTRIA EDUCADORA III

O PT é um poço de incoerências e hipocrisia aqui e em qualquer lugar, basta dar uma simples olhada no noticiário. Se o que o governo do Estado erra, omite-se em algo essencial e num direito inalienável para o cidadão, o PT daqui quer se espelhar num ato torto para justificar o seu erro e a omissão da prefeitura para com as escolas e CDIs municipais. 

PÁTRIA EDUCADORA IV

Quer mais outro exemplo da ausência do governo de Pedro Celso Zuchi, PT, em ações simples, de baixíssimo custo (talvez seja esse o problema), mesmo elas não sendo uma obrigação, mas relevantes nos resultados? Esta semana, à noite, aconteceu o treinamento de primeiros socorros aos educadores do município. Quem foi atrás disso? A vereadora Andreia, uma educadora. A iniciativa não encontrou eco na prefeitura. Não viu importância na iniciativa. 

img20150616wa0001GG.jpgPÁTRIA EDUCADORA V

A Câmara de José Hilário Melato, PP, e o Corpo de Bombeiros se uniram para essa finalidade. O curso de 18 horas tratou de temas como os primeiros procedimentos enquanto se pede socorro especializado para casos de paradas cardiorrespiratórias, convulsões, fraturas e outras situações emergenciais. A vereadora bancou os cartazes. Ela e a sua assessora foram nas escolas e CDIs sensibilizar os educadores. Resultado: Câmara cheia: 105 inscritos. Eles foram atrás de novos conhecimentos para si, as escolas e a comunidade. Acorda, Gaspar! 

TRAPICHE

Contagem regressiva. Em julho recomeçam as obras da ponte do Vale (prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, direto de Brasília). 

Perguntar não ofende. Por onde anda o peemedebista histórico, que virou tucano, mas deixou o ninho para ser candidato a deputado estadual pelo PMDB, Joel Júlio da Costa? Com a palavra, o presidente do PMDB de Gaspar, Kleber Edson Wan Dall. Joel jurou estar aqui na campanha do ano que vem. Mas... 

Possesso. Sabem daquele vídeo que se tornou líder de acessos nas redes sociais e na coluna da internet ? também líder de acessos? Ele mostra a agoniante espera de um paciente no Pronto Atendimento do Hospital de PT de Gaspar. Ele foi mostrado na Câmara pela vereadora Andreia Symone Zimmermann Nagel, DEM.  

Presidente do PT e líder da bancada na Câmara, José Amarildo Rampelotti se transformou. Censurou a atitude da vereadora e a advertiu dela estar incorrendo em crime, por ter a coragem de mostrar o que milhares já viram. Segundo ele, a vereadora estava expondo o doente. Mas a omissão de socorro a uma pessoa que precisa do sistema público de saúde, doente, frágil, vulnerável e amparado por sua jovem esposa não é uma desumanidade e indignidade? E isso não é um crime contra os direitos e a cidadania?  

Ilhota em chamas. Será que desta vez dá? O PMDB acerta para estar junto com o PP no ano que vem. O pré-candidato é o empresário Érico de Oliveira, o Dida. Ele foi vice-prefeito em 2001/04 e duas vezes candidato a prefeito. O PP dará o vice: Nelson Rebelo, o Nelsinho do Cartório. 

O consultor gasparense Élcio de Souza virou alvo predileto do vereador Antônio Carlos Dalsochio, PT, cunhado do prefeito Pedro Celso Zuchi e seu líder na Câmara. Qual o pecado de Élcio? Ter ideias e defendê-las com altivez e clareza. Em Gaspar, pelo jeito, ideias só se for as do PT, dos que se locupletam no poder por interesses e medo, bem como dos que estão empoleirados na prefeitura. 

Élcio não está filiado a nenhum partido. Qual é a verdadeira ira do porta voz Dalsochio e do PT? O medo do PT é de que ele venha se filiar e participar ativamente da próxima campanha por outro partido. O PT gostaria de Élcio calado. Como possui crédito e competência, já começaram preventivamente a constrangê-lo e a diminui-lo. Essa novela é antiga e manjada. 

A saída da ex-secretária de Turismo, Indústria e Comércio (que é sempre o lugar onde são nomeados os que estão de saída, fato estatístico que mostra a importância que o governo petista dá para esses três setores), Patrícia Scheit já era esperada. A ex-secretária de Planejamento, e que deu a cara para ser batida nas bobagens da prefeitura e PT, é servidora efetiva. Noves fora, diante do tempo e dos cargos de confiança que ocupou, o seu salário acumulou e aumentou bastante com as vantagens parecendo-se a de um secretário. Então para que dar a cara se fazendo o básico ganhará para sempre o mesmo até se aposentar?

 

Edição 1697

Comentários

Roberto Carlos da Costa
22/06/2015 22:31
Boa noite Herculano!

Soube a minutos que a cor do Samae vai mudar. Usarão a partir de agora o vermelho em vez do sempre azul .
Motivo? Simples! Estão a cada concurso utilizando maneiras de efetivar no Samae (enganando a oposição burra que não trabalha e só pensa na eleição) a cumpanheirada e aparelhando a empresa. Me confessaram que o Samae tem mais de 20 funcionários em outros setores da prefeitura em desvio da função e se o Ministério Público imaginar e chamar todos vai faltar lugar pra tanta gente. Dizem que lá já tem gente se esbarrando durante o dia e falta baralho pra jogar canastra. Dentre os companheiros em outros setores estão o Gilberto Gueda no planejamento, a secretaria do prefeito, senhora Suzane que é a nova concursada como telefonista do Samae e nunca lá o pisou o pé. Tem também o senhor Otocar que é jardineiro, também tá na prefeitura, mas dizem que é do Samae. Esses dias chamaram a palhaça Leleca que foi candidata a vereadora do PT pra operar máquina retscavadeira que nem tem pois estão tudo quebradas e falta dinheiro pra arrumar e muito menos comprar nova. Agora mesmo não precisando, depois que seu Avosani virou diretor, me garantiram que será chamado quatro ou cinco funcionários para garantir que o Cumpanheiro do OP seja garantido como encanador o tal senhor Mauro Grober, aquele que responde processo por usar o computador da prefeitura para fazer campanha eleitoral. Uma coisa é certa. Não sabe nem o que é um cano de água.

Ainda o passarinho que já teve a coleira vermelha me contou que se bater o pé, falar mau do diretor e não quiser trabalhar é colocado a noite pra ganhar adicional noturno e ficar perito em poker, dominó e novela. Se não gostar colocam ainda em qualquer lugar da prefeitura pra cumprir horário .O lema é o seguinte. Assinar a fixa do PT, fazer concurso no Samae e mesmo ficando na rabeira no concurso não faz mau, vai ganhar um cabide.
Juju do Gasparinho
22/06/2015 19:14
Prezado, Herculano:

Fernando Haddad gosta de dizer que são os ricos que o desaprovam. Na verdade, todo mundo o desaprova, em especial os pobres.

Nas classes A e B, ele é rejeitado por 69% dos paulistanos. Nas classes D e E, esse índice sobe para mais de 74%.

A pesquisa foi feita pelo Instituto Paraná.

Sr. Herculano, na sua pesquisa feita aqui, também há números desfavoráveis em igual porcentagem?
Maria Amélia que não é Lemos
22/06/2015 18:38
Sr Herculano,

Espelho, espelho meu. Haverá frase mais linda que o Ricardo Noblat escreveu?

CHEGA AO FIM O PERÍODO DO PT NO PODER.
João
22/06/2015 14:24
Lavando dinheiro, lulinha?

JBS fechou a compra da Moy Park, unidade de carne de frango e alimentos processados do Marfrig na Europa, por US$ 1,5 bilhão. Pelos termos do acordo, o JBS pagará à vista de US$ 1,19 bilhão ao Marfrig, além de assumir a dívida líquida de aproximadamente US$ 310 milhões (200 milhões de libras) do frigorífico irlandês.

Para o comprador, o negócio dá sequência à estratégia observada nos últimos anos de crescer via aquisições, principalmente no segmento de alimentos processados. Este, aliás, não foi o primeiro deal de peso com o Marfrig, já que em 2013 o JBS comprou a Seara por R$ 5,85 bilhões, posteriormente batizada de JBS Foods - cujo IPO é bastante aguardado no mercado.
Arara Palradora
22/06/2015 13:14
Querido, Blogueiro!

Postado às 08:35hs., se tivesse vergonha na cara e um pingo de pudor
essa trambiqueira, estelionatária, terrorista, ditadora de araque, descarada, cara de pau, cínica, vagabunda, transgressora, marginal, incompetente, já teria renunciado do cargo que assumiu criminosamente.

Voeeeiii...!!!
Herculano
22/06/2015 12:40
ODEBRECHT DESCARTA DELAÇÃ PREMIADA, por Mônica Bergamo par o jornal Folha de S. Paulo

Empreiteira questiona operação que levou presidente da empresa a ser preso com divulgação de texto em jornais Manifesto discute interpretação de fatos que fizeram com que juiz decretasse a prisão de Marcelo Odebrecht

A empreiteira Odebrecht divulga nesta segunda (22) um texto, na forma de anúncio pago em jornais, questionando cada um dos fatos usados pelo juiz Sergio Moro para decretar a prisão preventiva do presidente da empresa, Marcelo Odebrecht.

A cúpula da companhia passou a tarde deste domingo reunida com uma equipe de assessores para fechar o texto do manifesto.

A hipótese de delação premiada está descartada até agora - no sábado, a Folha antecipou que a chance de Marcelo Odebrecht fazer acordo de colaboração com a Justiça, por enquanto, é "zero", de acordo com um dos advogados da equipe que defende o executivo.

A empreiteira prefere fazer o enfrentamento das decisões de Moro na própria Justiça, apontando o que considera fragilidades de sua argumentação.

Um dos exemplos: no texto, a empresa afirma que, no e-mail endereçado à construtora Odebrecht e citado pelo juiz para justificar a prisão, a palavra "sobrepreço" refere-se ao lucro sobre o valor de cada sonda que estava sendo negociada, e não a superfaturamento.

O e-mail estaria informando Marcelo Odebrecht sobre o lucro que poderia ser obtido em um contrato específico e legal.

Além disso, a negociação sobre as sondas estaria sendo feita entre empresas privadas - a Odebrecht e a Sete Brasil -, o que descartaria a hipótese de superfaturamento e desvio de recursos públicos.

A Odebrecht também afirma que houve erro de informação e interpretação do juiz Moro quando ele cita um depósito feito pela empreiteira na conta de um ex-diretor da Petrobras, Pedro Barusco. Na verdade, Barusco comprou bonds (títulos privados) emitidos pela empresa e livremente negociados.

Moro corrigiu o equívoco na semana passada, mas disse que o fato deveria ser melhor investigado.

O presidente da Odebrecht, que foi preso na sexta (19) e transferido para Curitiba, deve prestar depoimento na próxima semana.
Herculano
22/06/2015 08:35
LULA E O FUNDO DO POÇO, por Valdo Cruz

Dilma vai ao fundo do poço nas pesquisas e Lula ajuda a cavar ainda mais o buraco. Agora, admite que os tucanos estavam certos: Dilma mentiu na campanha ao dizer que não faria ajuste e que não mexeria em direitos trabalhistas. Fez e mexeu, disse o petista.

Falta ao criador, porém, uma certa dose de autocrítica. Ele sabia muito bem que sua criatura vendia ilusões na campanha e que, se não tivesse prometido tais miragens, teria colhido pesadelos nas urnas.

O petista sempre se queixou de erros cometidos no primeiro mandato pela presidente, que, sabia e até defendia, teriam de ser corrigidos no segundo. Agora, é fácil tirar o corpo fora e reclamar que Dilma só fala de ajuste e não gera notícia boa.

Até que ela tenta. A última que lançou, seu programa de concessões, foi sufocada por inflação em alta, desemprego crescente, economia esfriando e prisão de donos das empreiteiras, notícias divulgadas de uma só vez na sexta passada.

O fato é que, antes de arrumar os estragos feitos na economia, haja notícia boa para mudar o ânimo dos brasileiros. Com Lula dando sua ajuda por aí, Dilma tem de torcer para que sua aprovação não caia abaixo do limite dos dois dígitos, 10%, registrados pelo Datafolha.

E por falar em Lula, enquanto presidente ele não perdia uma só oportunidade, nos contatos com seus colegas da América Latina e da África, para defender os interesses das grandes empreiteiras brasileiras.

Até aí, tudo bem. Outros presidentes fazem o mesmo. Faz parte do trabalho de promoção de seus países. Depois, fora do governo, ser contratado para ricas palestras por essas empresas é retribuição, mas não pode ser visto como ilegal.

Agora, se ficar provado que as empreiteiras se meteram em corrupção no governo petista e irrigaram o caixa do seu partido, todo trabalho de caixeiro viajante do ex-presidente e suas ricas palestras serão colocados em dúvida. No mínimo.
Herculano
22/06/2015 08:33
FINI!, por Ricardo Noblat, de O Globo

"Dilma está no volume morto. O PT, abaixo do volume morto. Eu estou no volume morto". Lula

Começar por onde? Pelo aumento do desemprego? Ou da rejeição a Dilma, agora na casa dos 65%? Pela decisão do Tribunal de Contas da União de pedir explicações ao governo sobre manobras fiscais? A decisão pode dar vez a um processo de impeachment contra Dilma. Ou começar pelo desabafo de Lula detonando Dilma, o PT e ele próprio? Ou ainda pela prisão surpreendente dos dois maiores empreiteiros do país?

A PRISÃO DOS empreiteiros remete à Queda da Bastilha. Só havia por lá sete presos quando o povo de Paris tomou-a de assalto. Os presos foram libertados. A cabeça do diretor da prisão desfilou pela cidade espetada na ponta de uma lança. A Bastilha era um símbolo do poder absolutista dos reis. Sua queda virou um marco da Revolução de 1789 que mudou a França e repercutiu no mundo todo.

ATÉ QUE A Bastilha fosse destruída, tinha-se como inconcebível que a ralé pegasse em armas para varrer o regime. Os reis eram figuras divinas. Por aqui, parecia inconcebível que Marcelo Odebrecht, herdeiro de um império que faturou R$ 107 bilhões no ano passado, fosse parar na carceragem da Polícia Federal, em Curitiba, obrigado a comer quentinhas. Ele e o presidente da Andrade Gutierrez.

E NÃO SÓ pela fortuna que Marcelo amealhou, capaz de realizar todos os seus desejos de consumo, e também os desejos das próximas gerações dos Odebrechts. Mas, principalmente, pelas conexões políticas e econômicas que Marcelo estabeleceu com políticos e governantes daqui e de uma dezena de países. Lula virou seu empregado. E, junto com Dilma, refém do que Marcelo sabe.

SE O MAIS poderoso empresário brasileiro decidisse colaborar com a Justiça, a República literalmente cairía. Imagine se viessem à luz detalhes de um dos encontros de Marcelo com Dilma no ano passado, quando ele fez um circunstanciado relatório sobre os bastidores dos negócios entre as empreiteiras e a Petrobras? Por essa e outras, ele jamais imaginou que seria preso.

EM NOVEMBRO último, durante encontro com os executivos do Grupo Odebrecht em Costa do Sauípe, na Bahia, Marcelo se sentia tão inatingível que os aconselhou: "Se algum de vocês for preso, conte tudo. Que eu me apresentarei e contarei tudo" Não se animem! O maior patrimônio de Marcelo, a essa altura, não é a Odebrecht. É sua memória. E os documentos que guarda. Não falará.

LULA ESTÁ furioso com a companheira Dilma. Ele a acusa de não ter usado o poder do cargo para impedir que a Operação Lava-Jato, comandada pelo juiz Sérgio Moro, chegasse até onde chegou. Mas como Dilma poderia atender à vontade de Lula se ela se reelegeu com base em mentiras, lidera um governo cada vez mais fraco, e seu desempenho só é aprovado por 10% dos brasileiros?

O FATO É que Lula cobra de Dilma o que ela não pode dar. Ou talvez não queira dar. Poucas coisas boas ficarão do período Dilma. Uma delas, a justa fama de não ter atrapalhado o combate à corrupção. As críticas de Lula a Dilma, compartilhadas com os religiosos que o visitaram no Instituto Lula, deixam nu um político que não entende a real dimensão da crise do PT e da esquerda.

A CRISE DERIVA de erros cometidos por Lula e Dilma. O pai da crise é ele. A mãe, ela. De nada adianta Lula sugerir a Dilma que vá para a rua falar com o povo. Ela não tem o que dizer. O PT, tampouco. Envelheceram o discurso e os métodos do Sr. "Brahma," como Lula foi chamado por alguns empreiteiros. É um ciclo político que se esgotou. Apenas isso, e nada mais.
Herculano
22/06/2015 08:31
NÃO ESTÃO NEM AI. "PEDALADA" COM BANCOS ESTATAIS CONTINUAM

Tesouro ampliou em R$ 2 bi dívida com Caixa e BB devido a represamento de repasse para programas sociais.Tesouro afirma que repasses seguem programação do orçamento, mas não apresenta cronograma. Está é a principal reportagem que faz a chamada de capa do jornal Folha de S. Paulo nesta segunda feira. O texto é de Eduardo Cucolo, da sucursal de Brasília.

Reprovada pelo Tribunal de Contas da União, a prática da "pedalada fiscal" continua em uso pelo governo Dilma Rousseff em 2015.

Uma das manobras consiste em atrasar o repasse do Tesouro, para os bancos públicos, do dinheiro necessário para pagar benefícios sociais ou financiar investimentos com juros mais baixos.

Para manter os desembolsos, os bancos acabam usando seus próprios recursos. O TCU considera que, dessa forma, eles financiaram seu controlador (o governo), o que é proibido pela lei.

O tribunal condenou essa e outras práticas ao analisar as contas de 2014 do governo, e exigiu explicação por escrito de Dilma em 30 dias.

Se não se der por satisfeito, recomendará ao Congresso que rejeite as contas da presidente, algo inédito e que, se confirmado pelo Legislativo, poderá embasar uma ação de impeachment.

A Folha atualizou os mesmos dados usados pelo TCU para embasar a condenação das "pedaladas" de 2014.

O TCU calculou as dívidas com os três bancos e o FGTS em cerca de R$ 40 bilhões na época da auditoria, com números até junho de 2014.

Essa conta já está próxima de R$ 60 bilhões, mais que os R$ 55 bilhões prometidos pelo ministro Joaquim Levy (Fazenda) para reduzir a dívida pública neste ano.

O aumento das dívidas significa que o dinheiro que o governo reservou para ressarcir os bancos não tem sido suficiente nem sequer para pagar as novas despesas registradas em 2015.

DÍVIDA CRESCENTE

Só no primeiro trimestre de 2015, a dívida do governo com a Caixa, pagadora de programas sociais, e o Banco do Brasil, financiador do crédito agrícola, cresceu mais de R$ 2 bilhões e chegou a R$ 19 bilhões no fim de março.

O Tesouro devia ainda, no final de 2014, R$ 26,2 bilhões ao BNDES (banco estatal de fomento) para subsidiar empréstimos. O dado de 2015 ainda não foi divulgado, mas técnicos do governo afirmam que houve alta.

Em 2012, a Fazenda publicou portarias assinadas pelo ex-ministro Guido Mantega e pelo atual ministro do Planejamento, Nelson Barbosa (na época número 2 da Fazenda), permitindo ao governo adiar em ao menos dois anos o pagamento de dívidas com o BNDES.

Durante 24 meses, os valores não seriam contabilizados pelo Tesouro como devidos, embora constem como dívida no balanço do banco, sujeito a normas mais rígidas de contabilidade.

O prazo pode ser prorrogado de acordo com as disponibilidades orçamentárias e financeiras do Tesouro: na prática, permite ao governo pagar a dívida quando quiser.

Para o TCU, a portaria deixara clara que houve uma operação de empréstimos entre BNDES e Tesouro.

No caso do FGTS, o Tesouro reteve cerca de R$ 10 bilhões referente à multa adicional de 10%.

No final de 2014, a Fazenda prometeu fazer uma proposta de pagamento. Outra dívida com o Minha Casa, Minha Vida, à época de cerca de R$ 7 bilhões, não foi negociada na ocasião.
Herculano
22/06/2015 08:26
MESMO CONTRA, LEVY TERÁ DE DEFENDER "PEDALADAS", por Cláudio Humberto na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

O ministro Joaquim Levy (Fazenda) anda constrangido com a ordem que recebeu do Planalto: defender o crime financeiro conhecido por "pedaladas fiscais". Tem dito a amigos que foi chamado para ?consertar o futuro? e não para justificar os erros de outros. O ministro acha a manobra contábil criminosa, mas terá de usar sua credibilidade para ajudar Dilma a se safar de punições da Lei de Responsabilidade Fiscal.

Blindagem
Mediante acordo de "blindagem" no TCU e na Justiça, o ex-secretário do Tesouro Arno Augustin assumiu responsabilidade pelas pedaladas.

Constrangimento
Arno Augustin é investigado no crime das "pedaladas", mas foi só um auxiliar. Pela Lei, a responsabilidade e as contas são da presidente.

É crime
Dez em cada dez auditores do Tribunal de Contas da União e a maioria dos ministros se convenceram da conduta criminosa das "pedaladas".

"O céu é o limite"
Mais um pouco e acabam em CPI as ofertas de emissários do governo para que ministros do TCU alterem posição no caso das "pedaladas".

E-MAIL SUSPEITO NA ODEBRECHET CITA UM CERTO "ANDRÉ"

O chamado mercado e também investigadores da Polícia Federal morrem de curiosidade para saber quem é o André citado no e-mail que é uma das provas que levaram à prisão de Marcelo Odebrecht, presidente da poderosa empreiteira. O e-mail faz referência ao sobrepreço de US$ 25 mil por dia em um contrato de operação de sondas. Na época, já estava em operação a Sete Brasil, do banqueiro André Esteves, fornecedora de sondas à Petrobras.

Chave de cadeia
O e-mail suspeito é de Roberto Prisco Ramos para Marcelo Odebrecht, Fernando Barbosa, Marcio Faria e Roberto Araújo, vários deles presos.

Sobre-preço
O e-mail tem o tom de relatório: "Falei com o André em um sobrepreço no contrato de operação da ordem de $20-25000/dia (por sonda)".

Manipulação
Em outro trecho, o e-mail sugere "envolver" a UTC e OAS, para que não se tornem concorrentes em "afretamento e operação de sondas".

Burras cheias
Preso sexta-feira, Marcelo Odebrecht preside a empreiteira que mais faturou na era Lula e Dilma, de quem é amigo próximo. No total, a Odebrecht faturou 53% dos R$ 71 bilhões gastos com empreiteiras.

Eles voltarão
Os malucos chavistas não perdem por esperar. Só faltou os senadores agradecerem a anta Nicolás Maduro pela repercussão mundial das hostilidades em Caracas. Breve, muito breve, a comissão vai voltar.

Tungados
O impostômetro já bateu a marca de R$ 950 bilhões arrecadados, e o ano nem sequer chegou à metade. E pensar que grande parte dessa tunga aos contribuinte já foi tungada pelos esquemas de corrupção...

PP faz cara feia
O PP se reúne esta semana para discutir e oficializar o desembarque do blocão de partidos aliados do governo na Câmara. Cansou de ser "linha auxiliar" do PMDB, partido para o qual tem perdido cargos.

Tomando mais um
Para azedar ainda mais as relações com o PP, o líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), vai entregar ao vice Michel Temer sua indicação para a direção da CaixaPar. A estatal é feudo do PP.

Demaquilante
Parlamentares duvidam que Dilma consiga convencer o TCU a aprovar as contas do seu governo. Dizem que se nem a romaria de políticos e ministros conseguiu, não será Dilma, "miss simpatia", que o conseguirá.

Conversão carioca
Ex-assessora de FHC, a jornalista Ana Tavares, agora radicada no Rio, rompeu com o Santos, desde a venda de Neymar, para se converter a um novo e também glorioso alvinegro: o Botafogo.

Merecido
Um raro idoso a não ser prejudicado pelo Trio Malvadeza (Carlos Gabas, Nelson Barbosa e Joaquim Levy), o cavalo Galeto recebeu uma bonita homenagem pelos 30 anos de serviço à Polícia Militar do DF.

Caminho das Índias
A Lava-Jato da PF descobriu que o apelido de Lula na OAS, do "amigo sogro", era "Brahma". No caso, "deus" líquido e certo do esquema.
Herculano
22/06/2015 08:14
INTOLERÂNCIA E OMISSÃO, por Aécio Neves, senador mineiro pelo PSDB e ex-candidato derrotado por Dilma Vana Rousseff, PT, à presidência da República ao jornal Folha de S. Paulo.

Na última quinta-feira (18) estive na Venezuela, na companhia de outros sete senadores, em visita de caráter oficial para levar solidariedade aos presos políticos do regime de Nicolás Maduro. Queríamos visitar o líder oposicionista Leopoldo López, no presídio desde fevereiro de 2014, e Antonio Ledezma, prefeito metropolitano de Caracas, mantido em prisão domiciliar.

Não conseguimos ir muito além do aeroporto. A estrada de acesso a Caracas estava bloqueada. Nosso carro foi cercado e impedido de continuar. Hostilizados e sob ameaça de agressão física, apesar de outras tentativas, não conseguimos avançar.

Nossa viagem atendeu ao apelo feito pelas mulheres dos líderes presos e se insere no conjunto de mobilizações e visitas de lideranças de outros países que têm ido à Venezuela levar apoio aos cidadãos perseguidos por discordarem do governo. Não há nada de original nesse esforço. Muitos devem se recordar da importância de gestos de solidariedade internacional como esses, ocorridos em favor de presos políticos brasileiros durante a ditadura implantada em 1964.

O que não nos deixaram ver na Venezuela nos dá uma ideia do que é viver hoje em condições de democracia ameaçada onde não há lugar para vozes dissonantes, para o diálogo e o confronto legítimo de opiniões. Onde a verdade pertence ao governo, como em velhos manuais aposentados pela história.

É inconcebível que ainda haja países onde os princípios invioláveis são permanentemente colocados em risco. Onde há prisões, cassações, pressões de todo tipo para constranger e imobilizar as vozes contrárias. Vozes que têm direito de se expressar e de serem ouvidas.

É incompreensível o apoio da presidente Dilma - em função da própria biografia de ex-presa política - a um governo que tenta silenciar seus opositores pela força.

Quem cala consente. O silêncio do Brasil é constrangedor e imoral. Em pleno século 21, é intolerável a existência de presos políticos. Não se transige com a liberdade. Há valores que, por sua força e significado, estão acima de diferenças partidárias e políticas. Temos o direito de viver com nossas opiniões e crenças. E de não sofrer violência de qualquer espécie por pensar diferente do governo de plantão.

Antes de ser política ou partidária, esta é uma causa humanitária. O tempo do vale-tudo, que justifica qualquer arbitrariedade em nome de um discurso político, precisa ser enterrado. A dignidade do homem deve sempre prevalecer sobre qualquer conveniência política. É isso o que, surpreendentemente, o governo brasileiro ignora, mesmo tendo a presidente Dilma vivido e sentido pessoalmente o que a intolerância é capaz de fazer.
Herculano
22/06/2015 08:10
CHEGA AO FIM O PERÍODO DO PT NO PODER, por Ricardo Noblat para O Globo

Começar por onde? Pelo aumento do desemprego? Ou da rejeição à Dilma, agora na casa dos 65%?

Pela decisão do Tribunal de Contas da União de pedir explicações ao governo sobre manobras fiscais? A decisão pode dar vez a um processo de impeachment contra Dilma.

Ou começar pelo desabafo de Lula detonando Dilma, o PT e ele próprio? Ou ainda pela prisão surpreendente dos dois maiores empreiteiros do país?


A prisão dos empreiteiros remete à Queda da Bastilha. Só havia por lá sete presos quando o povo de Paris tomou-a de assalto. Os presos foram libertados.

A cabeça do diretor da prisão desfilou pela cidade espetada na ponta de uma lança.

A Bastilha era um símbolo do poder absolutista dos reis. Sua queda virou um marco da Revolução de 1789 que mudou a França e repercutiu no mundo todo.

Até que a Bastilha fosse destruída, tinha-se como inconcebível que a ralé pegasse em armas para varrer o regime. Os reis eram figuras divinas.

Por aqui, parecia inconcebível que Marcelo Odebrecht, herdeiro de um império que faturou R$ 107 bilhões no ano passado, fosse parar na carceragem da Polícia Federal, em Curitiba, obrigado a comer quentinhas. Ele e o presidente da Andrade Gutierrez .

E não só pela fortuna que Marcelo amealhou, capaz de realizar todos os seus desejos de consumo, e também os desejos das próximas gerações dos Odebrechts.

Mas principalmente pelas conexões políticas e econômicas que Marcelo estabeleceu com políticos e governantes daqui e de uma dezena de países. Lula virou seu empregado. E, junto com Dilma, refém do que Marcelo sabe.

Se o mais poderoso empresário brasileiro decidisse colaborar com a Justiça, a República literalmente cairia.

Imagine se viessem à luz detalhes de um dos encontros de Marcelo com Dilma no ano passado, quando ele fez um circunstanciado relatório sobre os bastidores dos negócios entre as empreiteiras e a Petrobras? Por essa e outras, ele jamais imaginou que seria preso.

Em novembro último, durante encontro com os executivos do Grupo Odebrecht em Costa do Sauipe, na Bahia, Marcelo se sentia tão inatingível que os aconselhou: "Se algum de vocês for preso, conte tudo. Que eu me apresentarei e contarei tudo".

Não se animem! O maior patrimônio de Marcelo, a essa altura, não é a Odebrecht. É sua memória. E os documentos que guarda. Não falará.

Lula está furioso com a companheira Dilma. Ele a acusa de não ter usado o poder do cargo para impedir que a Operação Lava-Jato, comandada pelo juiz Sérgio Moro, chegasse até onde chegou.

Mas como Dilma poderia atender à vontade de Lula se ela se reelegeu com base em mentiras, lidera um governo cada vez mais fraco, e seu desempenho só é aprovado por 10% dos brasileiros?

O fato é que Lula cobra de Dilma o que ela não pode dar. Ou talvez não queira dar.

Poucas coisas boas ficarão do período Dilma. Uma delas, a justa fama de não ter atrapalhado o combate à corrupção. Ela quer ser lembrada como a "faxineira ética".

As críticas de Lula a Dilma, compartilhadas com os religiosos que o visitaram no Instituto Lula, deixam nu um político que não entende a real dimensão da crise do PT e da esquerda.

A crise deriva dos erros cometidos por Lula e Dilma. O pai da crise é ele. A mãe, ela.

De nada adianta Lula sugerir a Dilma que vá para a rua falar com o povo. Ela não tem o que dizer. O PT, tampouco.

Envelheceram o discurso e os métodos do Sr. Brahma, como Lula foi chamado por alguns empreiteiros.

É um ciclo político que se esgotou. Apenas isso, e nada mais.
Herculano
22/06/2015 08:07
VAI PIORAR ANTES DE PIORAR, por Vinicius Mota para o jornal Folha de S. Paulo

A recessão vai abater uns 2% do PIB brasileiro neste ano, a inflação rondará 9%, e o desemprego nacional superará 10% da população engajada no trabalho. Para essa vala comum de desânimo caminha o consenso das expectativas dos agentes do mercado.

Há algumas semanas, a degringolada de 2015 era vista por boa parte desses observadores profissionais como uma etapa passageira rumo a alguma recuperação em 2016. Faríamos um sacrifício concentrado agora para colher alguns frutos menos amargos logo ali na frente.

O humor piorou. A fase de sofrimento foi estendida, e a marcha do retrocesso esperado na atividade, em especial no mercado de trabalho, vai até o final do ano que vem, ameaçando invadir o seguinte.

A explosão do dólar, evitada à custa de uma exorbitância de juros oferecidos pelo Banco Central, é o que falta para escancarar o quadro de aguda restrição em que nos metemos. Na prática, o Brasil já perdeu o chamado grau de investimento.

O governo está prestes a admitir que não conseguirá evitar a escalada preocupante do desequilíbrio fiscal. Vai poupar, na melhor das hipóteses, metade de uma meta que em si já se mostrava insuficiente.

A liderança do Executivo evaporou-se na impopularidade abissal de Dilma Rousseff e do PT. O poder resultante migrou para o Congresso e se mostrou tão irresponsável quanto o experimento desenvolvimentista da primeira metade da década.

Produziu uma "reforma da Previdência" que eleva o desembolso obrigatório de um conjunto cadente de trabalhadores com uma fatia crescente de aposentados. Numa tacada, o Legislativo aumentou os juros e minou a capacidade de crescer do país ao longo dos próximos 30 anos.

O "ativismo dos Poderes", como definiu Renan Calheiros, resulta no flerte com um desfecho cataclísmico para tanto acúmulo de irresponsabilidade e populismo.
Juju do Gasparinho
21/06/2015 19:31
Prezado Herculano:

Blog do Tambosi:

"Lula vê marolinha
Dilma vê onda
e o povo vê tsunami".

Segundo Alcir, advogada da Odebrecht a palavra "sobre-preço" (sic), que consta no e-mail encaminhado a Marcelo Odebrecht, é apenas um
"termo-técnico".

Qual seria a melhor definição para esse "termo-técnico"?
O Antagonista responde:
ROUBO, em marciothomasbastês.
sidnei luis reinert
21/06/2015 18:56
Detalhe etílico

Empreiteiros deram a Lula o apelido de Brahma - que em hindu significa "Divindade" - e não por causa da marca fabricada pela Ambev.

Na verdade, a cerveja nacional preferida do chefão é a Kaiser.

Lula sempre exige Kaiser - e todo mundo estranha - nos frigobares dos hotéis ou dos eventos em que dá palestras...

E a cachaça predileta de Lula é a Samanaú, lá de Caicó, no Rio Grande do Norte - no que o companheiro $talinácio e eu concordamos em grau etílico...
João João Filho de João
21/06/2015 18:56
Sr. Herculano:

Os fanáticos lulopetistas declaram guerra aos homens da lei que poderão prender Lula

Postado por Polibio Braga

"O noticiário do final de semana, prevendo o fim do mundo para Lula, ouriçou os fundamentalistas lulopetistas que ainda existem em grande número.

Como se sabe, o fanatismo político pode ou não ter conteúdo ideológico, mas sempre se reveste de características criminosas.

Neste caso do lulopetismo, a cegueira política parece não ter limites, o que quer dizer que os seguidores irão todos juntos para o sacrifício final, que está muito próximo.

Em minoria, como mostraram as pesquisas Datafolha deste final de semana, só lhes resta o esperneio e a reação física desesperada, que entrando em ação só apressará seu próprio fim".

A Rosemary Noronha também está neste movimento?

Alô, Fernando Gabeira.
Tem que humanizar porque ela é vaca.
Mariazinha
21/06/2015 18:38
Seu Herculano,

Na relação do Violeiro de Codó, faltou o time de futebol.
Se todos os cafonas que soltam foguetes aleatóriamente forem petistas, o Zuchi não precisa fazer campanha. O candidato dele estará eleito.
Bye, bye!
Herculano
21/06/2015 17:44
da série: só à esquerda é permitido ter presos políticos e só a ela é exclusivo o ato de protestar contra esta arbitrariedade.

AÉCIO E OS PATETAS FAZEM MOLECAGEM NA VENEZUELA PARA CRIAR CRISE DIPLOMÁTICA, PAUTAR O DEBATE E ATACAR DILMA, por Davis Sena Filho

Parte 1

O inacreditável dessa palhaçada liderada por Aécio Neves é que a imprensa dá uma conotação de crise entre os dois países, quando, na verdade, não existe crise alguma, a não ser o movimento tucano, que cria situações políticas em forma de farsa.

Prólogo: Os patetas da oposição foram "salvar" a Venezuela do Governo Bolivariano. Exatamente o governo do presidente Nicolás Maduro, e, anteriormente, o do revolucionário Hugo Chávez, que livrou o povo da exploração e da roubalheira da oligarquia venezuelana ligada ao petróleo e aos bancos. Mais ridículo e insensato não poderia ser. Os nomes dos trapalhões da direita brasileira golpista e irresponsável, bem como iradamente inconformados com a quarta derrota eleitoral para o PT: Aécio Neves (PSDB-MG), Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), Aloysio Nunes (PSDB-SP), Agripino Maia (DEM-RN), Ronaldo Caiado (DEM-GO), Sérgio Petecão (PSD-AC) e Ricardo Ferraço (PMDB-ES).

O desatino, a arrogância e o despropósito desses políticos foram tão cabotinos e surreais, que ainda voaram para o País bolivariano em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB), com o intuito de efetivarem a molecagem e a irresponsabilidade de confrontar um governo democrático, em solo estrangeiro, além de criarem uma quizumba e pataquada diplomática, que contou ainda com a cumplicidade e o apoio de uma mídia de mercado e partidarizada, que, imediatamente, tratou de repercutir a bazófia demotucana, como se tais senadores realmente representassem os interesses do Brasil, no que concerne à diplomacia com a Venezuela. Durma-se com um barulho desses.

A pergunta, então, é esta: o que esses homens têm em comum, além de serem ideologicamente de direita? Resposta: são reacionários; politicamente conservadores; não têm programas de governo e projeto de País para apresentar aos brasileiros; recusam-se, terminantemente, a pensar o Brasil, e, para finalizar, são títeres ou testas de ferro dos interesses das grandes corporações empresariais nacionais e internacionais, bem como subordinados e subservientes aos governos dos Estados Unidos e de meia dúzia de países da combalida Europa, que há sete anos enfrenta uma crise econômica tão séria, que emprego em certos países daquele continente se tornou um acontecimento comemorativo para quem consegue encontrá-lo, pois raro.

O inacreditável dessa palhaçada liderada por Aécio Neves, o playboy do Leblon, é que a imprensa dos magnatas bilionários dá uma conotação de crise entre os dois países, quando, na verdade, não existe crise alguma, a não ser o movimento tucano, que cria situações políticas em forma de farsa, porque farsantes. A verdade é que a metade ou mais das pessoas que se informam pelas mídias comerciais e privadas dos magnatas bilionários são mal informadas, porque recebem notícias que distorcem os fatos e as realidades, quando não, simplesmente, mentirosas.
Herculano
21/06/2015 17:44
da série: só à esquerda é permitido ter presos políticos e só a ela é exclusivo o ato de protestar contra esta arbitrariedade.

AÉCIO E OS PATETAS FAZEM MOLECAGEM NA VENEZUELA PARA CRIAR CRISE DIPLOMÁTICA, PAUTAR O DEBATE E ATACAR DILMA, por Davis Sena Filho

Parte 2

Duvido que a classe média coxinha brasileira, por exemplo, saiba, de fato, quem é o empresário venezuelano e político Henrique Capriles, bem como saiba, com conhecimento de causa, quem é o extremado à direita, Leopoldo Lopez, que está preso por ter liderado um movimento político e armado violentíssimo, que causou dezenas de mortes de ativistas políticos pró-governo e de oposição, além de dezenas de agentes públicos terem sido também assassinados.

A Venezuela, de Maduro, teve de conviver com a violência e mortes, bem como sofreu prejuízos econômicos e financeiros de altíssimas montas, ao ponto de a economia do País entrar em recessão, além de experimentar a a diminuição da oferta de alimentos nas prateleiras dos mercados e, por conseguinte, ter de o governo lutar, incessantemente, para estancar a inflação.

Para quem não compreende o que ocorre naquela nação, desde que Hugo Chávez chegou ao poder na Venezuela, nos idos da década de 1990, as tentativas de golpes são constantes e violentas, razão pela qual se torna muito difícil governar, assim como tratar de desenvolver o país, apesar dos altos índices de alfabetização, de melhoria na saúde e dos avanços sociais que acontecem em todos os segmentos, porque o dinheiro do petróleo, que era destinado a privilegiar e beneficiar os inquilinos da casa grande venezuelana e os trustes internacionais, agora parte dele é direcionado para promover o desenvolvimento social e econômico de sua população.

Enquanto isto, as famílias midiáticas da Venezuela, do Brasil e, evidentemente, da América Latina e Estados Unidos, continuam a manipular e distorcer as notícias sobre a Venezuela, por intermédio de uma propaganda sistemática e perniciosa, que transforma a mentira em verdade e a desinformação como algo digno de ter crédito, ao ponto de as pessoas tecerem críticas absurdas e encolerizadas contra o governo bolivariano, sem ao menos ouvir o outro lado ou ter pelo menos a sensatez de viajar para Caracas e verificar in loco como se encontra a situação do povo da Venezuela, bem como tentar compreender os embates políticos e armados que por lá acontecem desde que a oligarquia petrolífera foi apeada do poder.

Acreditar apenas nas palavras e nas opiniões de jornalistas, empresários e políticos brasileiros de perfis conservadores, sem se dar o trabalho de ouvir o outro lado para pensar e ponderar é a mesma coisa que dar comida a lobos esfaimados, sem se valer de proteção para quem alimenta as feras não fique sem as mãos. E assim caminha a humanidade, no caso de Aécio Neves e seus gogoboys da política rasteira e espertalhona, que visa apenas bagunçar ainda mais o que já está difícil de administrar em termos governamentais, tanto aqui, no Brasil, quanto na Venezuela.

Leopoldo Lopez, a quem Aécio Neves e seus gogoboys foram "libertar" é líder de grupos que cometeram assassinatos e rasgaram a Constituição para cometer ações de assaltos ao poder. Literalmente. A cara de pau e a desfaçatez dessa gente são inenarráveis, pois o despropósito é incomensurável, porque essa trupe realmente não tem limites. Aécio, o playboy que foi impedido de ganhar seu brinquedo do Papai Noel de 2014, a Presidência da República, afirmou que foi à Venezuela para fazer "aquilo que o governo brasileiro deveria ter feito há muito tempo". Nunca ouvi nada mais tosco e imbecil.

Então o Itamaraty, com a aquiescência da mandatária trabalhista, Dilma Rousseff, deveria se intrometer em assuntos internos de tal país, além de passar um pito no presidente Nicolás Maduro. Talvez enviar tropas brasileiras para ocupar o presídio onde está preso um delinquente perigoso e fascista, como o é Leopoldo Lopez, que tentou derrubar um presidente eleito legalmente e constitucional, além de ser um testa de ferro dos Estados Unidos, inclusive ligado à CIA.
Herculano
21/06/2015 17:43
da série: só à esquerda é permitido ter presos políticos e só a ela é exclusivo o ato de protestar contra esta arbitrariedade.

AÉCIO E OS PATETAS FAZEM MOLECAGEM NA VENEZUELA PARA CRIAR CRISE DIPLOMÁTICA, PAUTAR O DEBATE E ATACAR DILMA, por Davis Sena Filho

Parte 3

Apesar disso, Aécio e seus gogoboys da política rasteira e inconsequente, recebem apoio da imprensa golpista brasileira, que dá à sua movimentação política tão suja como uma pocilga uma conotação legal, mas, sobretudo, equivocada, porque até mesmo um completo débil mental ou analfabeto político sabe, de antemão, que Aécio Neves não iria libertar ninguém, bem como as narrativas de enfrentamento e despreendimento desse grupo que foi fazer uma pantomima irresponsável em Caracas, com a finalidade de produzir fakes para que a imprensa dos Marinho, dos Civita, dos Mesquita e dos Frias e dos Sirotsky tenha mais uma oportunidade de fazer política baixa e tentar, mais uma vez, pressionar o governo e, por sua vez, desconstruir sua imagem.

Essa viagem do mineiro-carioca derrotado por Dilma em 2014 passou de todas as medidas. Uma vergonha e embromação que realmente faz muita gente pensar no que esse playboy seria capaz se tivesse assumido a Presidência da República, a ter como seu ministro da Fazenda outro playboy, que atende pelo nome de Armínio Fraga, o pupilo do megainvestidor George Soros.

Vaiados por populares, os "capriles" e "leopoldos" brasileiros deram, ridiculamente, uma de heróis. Além de "libertar" um assassino golpista da dimensão de Leopoldo Lopez, os valentões da terra brasilis disseram também que iriam resgatar a liberdade de expressão e garantir eleições livres na Venezuela. Demagogia e bazófia pura e aplicada nas veias dessas personas mequetrefes e rastaqueras.

A verdade é que as eleições da Venezuela são realmente diretas e onde viceja a democracia popular e não a representativa, como ocorre no Brasil. O povo venezuelano decide o que quer, inclusive a parte da população que vota contra o governo bolivariano. Referendos e pebliscitos foram realizados aos montes naquele país do norte da América do Sul.

Enquanto no Brasil, quando o governo informou que tinha a intenção de organizar um plebiscito para que o povo desse sua opinião e votasse sobre a questão da reforma política, a imprensa corporativa e seus áulicos da Judiciário, do MP e do Congresso trataram imediatamente de abrir a boca e combater quaisquer chances de o plebiscito ser efetivado. Ponto.

A verdade é a seguinte: a farsa da viagem de Aécio Neves e seus gogoboys teve apenas uma finalidade: fazer da Venezuela um motivo para colocar o Governo Dilma na parede, agora em âmbito internacional, bem como pautar o debate político no Brasil, além de manter a agenda da oposição em pé de guerra. Aécio e seus gogoboys fizeram molecagem na Venezuela e abraçaram a causa golpista e violenta do assassino Leopoldo Lopez. Esta é a alma da direita brasileira.

PS: O Globo, antes mesmo de a comitiva circense de Aécio Neves e seus gogoboys tentarem "libertar" Leopoldo Lopez, informou que tais "heróis" das causas "libertárias", a exemplo de Agripino Maia, Ronaldo Caiado e Cássio Cunha Lima, foram impedidos de entrar na Venezuela pelo seu governo "ditatorial e perverso" ? o que foi facilmente desmentido.

O Globo mentiu, descaradamente, para o público brasileiro e mundial, o que é crime para muitos juristas. Quem editou tal notícia publicada no Globo mentiu, e ninguém é processado. Bem feito! Quem manda o Brasil ainda não ter efetivado o marco regulatório para setor midiático, conforme reza a Constituição.

PS 2: Leopoldo López foi o responsável mais importante pelas "guarimbas", que vem a ser os movimentos de ordem política e paramilitar, que mataram 43 pessoas e feriram outras centenas, muitas dessas vítimas gravemente.

López é um dos envolvidos no golpe de estado de 2002, que sequestrou o presidente Hugo Chávez, com o intuito de derrubá-lo do poder. O golpista truculento é também um dos signatários do decreto do golpe, que tratava, inclusive, de dissolver todas as instituições democráticas da Venezuela. Se algum desavisado e desinformado ou simplesmente reacionário não acredita, que pesquise e leia o decreto de essência ditatorial. É isso aí. Fim.
Herculano
21/06/2015 14:49
EU VI ESTA LENDÁRIA SELEÇÃO JOGAR, ACOMPANHEI O DEBATE POLÍTICO QUE ELA INSPIROU NA REAÇÃO DA DITADRA PROVOCADA PELA POSTURA DE JOÃO SALDANHA. ASSISTI TODOS OS JOGOS DELA PELA TELEVISÃO COMANDADS POR UMA ZAGALO CORAJOSO E CAPAZ DE ADMINISTRAR TALENTOS.

Foi numa tarde de 21 de junho no México. O time montado pelo jornalista, critico e esclarecido João Saldanha e finalmente tocado por Zagallo na competição, conquistava a Copa há exatos 45 anos, com um triunfo inquestionável sobre a Itália na Cidade do México.

A goleada por 4 a 1 no estádio Azteca foi o ápice de uma campanha que transformou um time em lenda. A equipe não era perfeita, mas poderia ser apontada como tal. A seleção brasileira contava com craques como Rivellino, Tostão, Gérson, Clodoaldo, Carlos Alberto e Jairzinho. Pelé, o maior de todos, completava o elenco estrelado.

Conquistamos definitivamente a Taça Jules Rimet, feita de ouro, que a CBF permitiu que a roubassem e derretessem para o enriquecimento de alguém até hoje mal apurado e jamais esclarecido. A vergonha.
Herculano
21/06/2015 14:39
EDUACAÃO E A TEORIA DE GÊNERO, editorial do jornal Gazeta do Povo, Curitiba

Observa-se uma tentativa de impor aos estudantes teorias controversas e carentes de fundamentação científica

Estados e municípios em todo o país estão correndo para aprovar seus planos estaduais e municipais de educação, que devem conter metas e estratégias para o setor até 2024. E, em praticamente todos os casos, a maior polêmica, com grande mobilização na forma de abaixo-assinados e presença maciça da população nas sedes dos Legislativos locais, tem sido a tentativa de inclusão de itens relacionados à teoria de gênero.

Em 2014, quando o Congresso Nacional votou o Plano Nacional de Educação, a presença da teoria de gênero foi refutada pelos congressistas, também após intensos debates e pressão popular. Isso não seria, em si, impeditivo para que o tema também fosse discutido nos âmbitos estadual e municipal - justamente as esferas que estão mais próximas do cidadão. Mas o que tem havido é uma pressão do Ministério da Educação para que os responsáveis pelos planos estaduais e municipais contemplem o que foi rejeitado no Congresso - isso, sim, constitui um desrespeito ao Legislativo federal e uma forma inaceitável de "virada de mesa".

Mas, para entender o motivo de tanta polêmica, é preciso em primeiro lugar entender o que está em jogo. A simples menção de "gênero", para o senso comum, faz pensar em masculino e feminino, e buscar a "igualdade de gênero" em um plano de educação não seria um problema se isso contemplasse apenas o necessário combate ao machismo e a outras formas de discriminação. No entanto, o mundo acadêmico - justamente a "casa" de muitos dos formuladores dos planos de educação - encara as "questões de gênero" por um viés muito diferente daquele da maioria da população.

Como explicou a Gazeta do Povo em reportagem publicada no dia 14 de junho, o principal postulado dos ideólogos da teoria de gênero é o de que masculino e feminino são meras construções sociais e que independem do sexo biológico de cada indivíduo. Sendo assim, cada pessoa poderia inclusive mudar sua opção de "gênero" ao longo da vida. A reportagem traz frases de escritoras feministas que não poderiam ser mais claras a respeito das bases da teoria de gênero: "As diferenças genitais entre os seres humanos já não importariam culturalmente", escreveu Shulamith Firestone em The Dialectic of Sex, de 1970; "O gênero é uma construção cultural; por isso não é nem resultado causal do sexo, nem tão aparentemente fixo como o sexo (...) homem e masculino poderiam significar tanto um corpo feminino como um masculino; mulher e feminino tanto um corpo masculino como um feminino", afirmou Judith Butler em Gender Trouble: Feminism and the Subversion of Identity.

Trata-se, em si mesmo, de um assunto extremamente controverso. Tanto que, mesmo nos países escandinavos, conhecidos, entre outros fatores, por apresentarem um maior grau de liberalidade no que diz respeito a temas sexuais, os governos de Suécia, Noruega, Dinamarca, Islândia e Finlândia cortaram o financiamento, em 2010, do Instituto Nórdico de Gênero após o documentário Hjernevask ("Lavagem cerebral"), que colocava frente a frente as afirmações dos ideólogos de gênero e pesquisas nos campos da neurociência e biologia evolutiva, demonstrando a fraqueza da teoria de gênero (o instituto foi posteriormente reestruturado e reativado).

Além disso, incluir a teoria de gênero nos planos de educação seria trazer para as escolas, de forma indiscriminada, convicções morais e de valores que não necessariamente correspondem às dos pais dos alunos. Nada impede que, assim como há escolas particulares confessionais, haja colégios privados que adotem a teoria de gênero e pautem nela seu dia a dia, dando aos pais que compartilham dessas ideias a opção de lá matricular seus filhos. Mas, quando se trata da escola pública - que, sabemos, para a maioria dos alunos e seus pais não é exatamente uma opção -, a situação é diferente. Correr-se-ia o risco de violar o artigo 12 da Convenção Americana de Direitos Humanos, segundo a qual "Os pais e, quando for o caso, os tutores, têm direito a que seus filhos e pupilos recebam a educação religiosa e moral que esteja de acordo com suas próprias convicções".

Essa tentativa de impor aos estudantes teorias em si controversas e carentes de fundamentação científica levanta dois debates. O primeiro é sobre a teoria de gênero em si, que exige discussão aberta (inclusive sobre os estratagemas daqueles que desejam implantá-la sem dizer com todas as letras o que pretendem). E o segundo, igualmente importante, trata dos limites entre as responsabilidades de família e escola na educação das crianças sobre temas morais e de valores. Um sistema educacional que já amarga os últimos lugares em testes internacionais pode estar perdendo o bonde da inovação e da preparação para um mercado de trabalho cada vez mais exigente por estar priorizando temas que, no fundo, seriam competência não das escolas, mas das famílias.
Herculano
21/06/2015 10:44
RAINHA DA INGATERRA? por Merval Pereira para o jornal O Globo

Quem diria, a mãe do PAC, a gerentona que tudo acompanha, que de tudo sabe, e dá socos na mesa quando desagradada, não passa de uma rainha da Inglaterra, que nada sabe do que acontece em seu redor, de quase nenhum poder de decisão.

Pelo menos, é o que querem que a opinião pública acredite desta vez, quando estão em julgamento atos do primeiro governo Dilma considerados ilegais pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

O mesmo já acontecera na Petrobras, quando ela alegou que, como presidente do Conselho de Administração da estatal, fora induzida ao erro pelo então diretor Nestor Cerveró, que teria apresentado um relatório "técnico e juridicamente falho" para aprovar a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.

A imagem da grande administradora, e ao mesmo tempo "mãe dos pobres", foi criada pelo marqueteiro João Santana especialmente para Lula lançá-la candidata à sua sucessão em 2010.

Ele é defensor da tese de que existe um "espaço imaginário de uma rainha" no inconsciente coletivo brasileiro, "uma imensa cadeira vazia" na nossa mitologia política e sentimental, que chama metaforicamente "de cadeira da rainha", e que poderia ser ocupada por Dilma. Santana dizia na ocasião que nem mesmo a princesa Isabel preenchera esse lugar inteiramente.

São inúmeros os relatos sobre quão centralizadora é a presidente Dilma, e de seus modos, rudes muitas vezes, em reuniões setoriais em que se desagradava de alguma apresentação. Assim como são vários os relatos de ministros e autoridades em geral que teriam saído chorando de seu gabinete depois de destratados por ela.

Há relatos que podem ser exagerados, de palavras de baixo calão ditas no calor de uma discussão, mas são muitos. Enfim, a única coisa que não existia até agora era a descrição de uma presidente que não sabe o que seus assessores mais próximos estão fazendo.

Quando, ainda no primeiro mandato, pensava-se num substituto para o então ministro da Fazenda Guido Mantega, lá vinha a explicação para sua inamovibilidade: a presidente não encontraria nenhum outro que cumprisse fielmente o que queria.

Na verdade, a ministra da Fazenda era a própria Dilma. Pois agora, que as chamadas "pedaladas fiscais" e outras irresponsabilidades com o Orçamento público estão sendo contestadas pelo TCU, que exigiu explicações em 30 dias da própria presidente Dilma, surge a explicação de que toda a responsabilidade tem que ser jogada sobre o ex-secretário de Tesouro Arno Augustin.

Reportagem do jornal "Valor Econômico" revelou a existência de uma nota técnica assinada por Arno em 30 de dezembro de 2014, último dia útil do ano, em que o então secretário diz ser dele a responsabilidade por fazer a liberação e a transferência de recursos pelo Tesouro.

Na nota técnica, redigida pela Coordenação Geral de Programação Financeira (Cofin) e pela Subsecretaria de Política Fiscal ( Supof ), Arno reitera que "cumpre à Supof e à Cofin procederem na operacionalização da liberação/ transferência desses recursos, posteriormente à autorização de liberação pelo secretário do Tesouro Nacional".

Ora parece "inviável", como gosta de afirmar o juiz Sérgio Moro, que a presidente Dilma não soubesse que seu subordinado estava cometendo atos ilegais. Economista, centralizadora, a presidente Dilma não seria digna da fama que tem se deixasse que assessores tomassem decisões que ela teria que assinar. Justamente por isso, como salienta o ministro Augusto Nardes do TCU, não tem a menor importância a justificativa de Arno Augustin, pois a palavra final será sempre da presidente.

Muitas das questões que estão sendo contestadas pelo TCU dizem respeito a programação financeira e contingenciamento, de competência privativa da presidente da República. Portanto, chega a ser ridícula essa tentativa de transformar a rainha imaginada pelo marqueteiro João Santana na rainha da Inglaterra, sem poder de comando no governo.
Herculano
21/06/2015 10:42
ALÔ TERRA, VOCÊS ME ESCUTAM? por Fernando Gabeira, para o jornal O Globo

Os marqueteiros deveriam fazer de Dilma uma máquina trans-humana

Leio nos jornais que os marqueteiros decidiram humanizar Dilma. Se somos todos humanos, o que significa humanizar Dilma? A chamada humanização foi uma trajetória ascendente, na qual vencemos intempéries naturais, construímos ferramentas, resolvemos complexos problemas da vida social.

Como Dilma é considerada uma das mulheres mais poderosas do mundo, a humanização pretendida pelos marqueteiros é uma espécie de saída do Olimpo. Ela vai parecer agora uma pessoa comum, uma filha de Deus na nossa imensa canoa furada que é o Brasil de hoje. Ao vê-la no seu passeio de bicicleta, convenci-me de que era humana. Deuses não usam capacete. Não se importam em se esborrachar no asfalto com seus etéreos cérebros. Dilma, como todos nós, sabe que um choque pode embaralhar os já congestionados circuitos mentais.

O processo de humanização se desdobrou numa entrevista a Jô Soares, na qual, no Dia dos Namorados, Dilma discorreu sobre o ajuste fiscal e suas preferências de leitura. Ela ainda não se humanizou como Obama, que vai aos programas de televisão. Dilma só dá entrevistas no seu habitat, com os tapetes, livros e, possivelmente, um leve cheiro de mofo do palácio.

O trânsito do divino ao humano é sempre muito complicado. Os islamitas moderados sabem disso. O Corão (surata 9, versículo 5) aconselha matar os politeístas onde quer que se encontrem. Os moderados afirmam que isso é um texto do século VII, vale para um contexto da Península Árabica em guerra. Mas a religião disse que o texto foi ditado por Deus, onisciente e eterno, superior a todas as conjunturas históricas. Afirmar que o texto foi escrito por seres humanos, falíveis, sujeitos às limitações de seu tempo, é assumir o risco da heresia. Não creio que os marqueteiros queriam apenas mostrar a descida de Dilma ao mundo dos humanos, que desfilam em suas bicicletas Specialized cercados de seguranças de terno escuro.

Podemos imaginar outro caminho da humanização. Ele não envolve a relação divino-humano, mas sim a relação entre pessoa e máquinas. Humanizar, nesse caso, seria mostrar que Dilma não é a máquina de processar números e tomar decisões. Ela tem as mesmas preocupações que todos nós e, inclusive, leu a Bíblia na cadeia.

Nesse ponto, acho que o caminho dos marqueteiros não me convence. Se Dilma é vista como máquina de decisões, o aparato precisa de conserto, não de traços humanos. Grande parte de suas análises e decisões foi para o buraco: a máquina nos trouxe a uma das maiores crises da História do país.

Se aceitassem minhas ponderações, o problema dos marqueteiros não seria humanizar Dilma, mas trans-humanizá-la, transformando-a em máquina mais eficiente. Em vez da conversa com Jô que, na cadeia, quando não estamos lendo a Bíblia, chamamos de cerca-lourenço, Dilma deveria estar implantando chips em muitas partes do corpo. Seria capaz de acionar o aparato do governo sem tantos ministros, detectar desvios antes que cheguem a R$1 bilhão, emitir ondas sonoras que acalmem o Congresso.

O projeto de trans-humanizar Dilma não significa que não possa ir ao programa de culinária e mostrar como fritar um ovo. Há chips para isso. Mas todos saberíamos que Dilma não é apenas humana. Como ela quase arruinou nosso sistema energético, vamos confiar apenas no Sol para alimentar os seus dispositivos. Cada vez que ela se aproximar do astro, como o robô europeu Philae, saberemos que busca contato conosco:

- Alô Terra, vocês estão me ouvindo?

Nietzsche escreveu "Humano, demasiadamente humano", para analisar a morte de Deus e a solidão humana ao decidir sobre o certo e o errado.

Seres humanos andam de bicicleta e aparecem no programa do Jô, pessoal. Mas os marqueteiros de Dilma deveriam considerar aberto o debate sobre sua humanização. Afinal, ela apenas desceria do Olimpo, apenas se distanciaria da máquina?

O Deus bíblico é capaz de fazer perguntas, de ter curiosidade, ao criar os bichos, sobre o nome que Adão daria a eles. Aparentemente, a curiosidade é um dado contraditório num Deus que sabe tudo. Contradição e curiosidade são dados humanos. Se até o Deus bíblico é curioso, por que Dilma não faz perguntas aos seres humanos: o que achamos dela, do seu governo e de seu próprio projeto de humanização. Mesmo uma eficaz máquina trans-humana está arriscada a dizer "Olá Terra, vocês me escutam?", e ser respondida com um ensurdecedor panelaço.

O que os marqueteiros fariam ainda com Dilma para que pareça humana? Pedalar não vale mais, porque ela está sendo questionada no TCU exatamente por pedalar. Não precisamente na bicicleta, mas nas contas do governo.

A história recente já produziu outro gesto de humanização: o general Garrastazu Médici fazendo embaixadas num campo de futebol. Aprendemos com o marketing político que os seres humanos praticam o futebol e o ciclismo. Chega de humanizar, vamos trans-humanizar, encher os políticos de chips e antenas. Prefiro encontrar Dilma e, ao invés de "bom dia, presidente", saudá-la com um lugar-comum nos encontros de terceiro grau: "Por favor, leve-me ao seu líder".
Herculano
21/06/2015 10:39
ESTADO, NÃO SE META! por Percival Puggina para o jornal Zero Hora, da RBS Porto Alegre

Está em curso, no Ocidente, um enorme projeto de reengenharia da sexualidade humana. É a Ideologia de Gênero, ou da ausência de sexo. O igualitarismo é seu objetivo e a diferença o inimigo a ser atacado mediante desconstrução. Para tanto - pasme leitor! - sem nenhuma evidência científica, contra o que a observação da natureza revela, seus difusores sustentam que ninguém nasce homem ou mulher, macho ou fêmea. Afirmam que a sexualidade é uma construção social, sujeita a mudanças, definida e redefinida de inúmeros meios e modos, desde quando o bebê é vestido de tal ou qual cor. Assim, o sexo deixa de ter significado para a definição do masculino e do feminino.

Livre pensar é só pensar, ensinava insistentemente Millôr Fernandes. É livre o direito de teorizar, de ideologizar, de expor teses. O problema é quando se transforma um disparate qualquer em objeto de ação do Estado. Foi o que aconteceu há alguns anos com a produção de material didático sobre sexualidade infantil para distribuição nas escolas. O conteúdo era tão abusivo e tão absurdo que foi rejeitado pela própria presidente Dilma. Pois aquilo já era produto da Ideologia de Gênero, que pretendeu, posteriormente, se tornar conteúdo obrigatório no Plano Nacional de Educação, o PNE. Quando o projeto do governo foi submetido ao Congresso Nacional, as duas Casas suprimiram todos os dispositivos relativos a esse assunto, mantendo uma regra simples e correta: "erradicação de todas as formas de discriminação".

No entanto, como costumam fazer quando contrariados, os promotores da desconstrução das diferenças buscaram outros caminhos para chegar onde pretendiam. Optaram pelo mais comum. Reuniram-se consigo mesmos noutro fórum e decidiram segundo queriam. Foi o que aconteceu na Conferência Nacional de Educação, quando os mesmos conteúdos suprimidos da lei federal retornaram oficialmente como orientação para os programas estaduais e municipais.

Agora, deputados estaduais e vereadores em todo o país deliberam sobre o tema nos respectivos planos, desatentos à lei federal e em obediência à ideologia hegemônica da burocracia educacional. O Estado, os governos, seus funcionários, jamais receberam da sociedade, e tampouco das famílias, poderes para orientar a sexualidade e o comportamento sexual das crianças e adolescentes. Esse é um papel da natureza e dos pais. O Estado não é nem pode ser educador sexual. Além de ensinar os conteúdos curriculares, nos quais falha clamorosamente, que ensine a não discriminação, o respeito mútuo e a responsabilidade. E, no mais, que não se meta!
Herculano
21/06/2015 10:37
NA MIRA DO CHEFE, por ora Kramer, para o jornal O Estado de S. Paulo

Degrau a degrau, a Operação Lava Jato chegou ao topo da cadeia alimentar dos negócios das empreiteiras dentro da Petrobrás ao determinar as prisões dos presidentes das construtoras Odebrecht e Andrade Gutierrez, sob a justificativa de que ambos tinham pleno conhecimento de todo o esquema de pagamento de propinas na estatal.

Conclusão semelhante à que chegou por maioria o Supremo Tribunal Federal, durante o julgamento do mensalão, ao recorrer à teoria do domínio do fato para estabelecer que o ministro-chefe da Casa Civil do governo Luiz Inácio da Silva, José Dirceu, tinha pleno conhecimento do sistema montado com agencias de publicidade, bancos e empresas públicas para comprar apoio político ao governo.

O STF sofreu críticas e acusações de arbitrariedade. Agora, como se vê, se algum pecado houve naquele processo, não foi por excesso de rigor. Antes, talvez, por omissão de "dominadores" e beneficiários dos fatos.

Mas as investigações prosseguem, avançam e já desmontam ao menos uma tese: a de que as empreiteiras foram vítimas dos políticos. Por essa teoria, a exigência do pagamento de propinas seria uma imposição resultante da "parceria" entre governantes e parlamentares e a única maneira de as construtoras (não só elas, diga-se) fazerem negócios com o Estado.

Embora seja verdade, é apenas meia verdade. Não há vítimas nem algozes nessa história. Apenas cúmplices. Para que as empreiteiras façam os negócios que estão sendo revelados, é preciso que os detentores do controle da máquina do Estado abram espaço a elas e permitam que a clientela amiga sirva-se à vontade.

Por isso mesmo há em Brasília a mais plena certeza de que os políticos não escapam. A hora deles chegará. No Supremo, para os que têm o chamado foro privilegiado ou para os que já não podem contar com ele e que porventura tenham aparecido nas delações premiadas sob a jurisdição do juiz Sérgio Moro.

Do mesmo modo que os chefes das grandes empreiteiras obviamente sabiam de tudo o que se passava, a chefia, ou as chefias, do núcleo político - vale dizer, o governo e seus aliados no Parlamento - detinham o perfeito domínio sobre todos os fatos.

A maneira como as investigações vêm sendo conduzidas indicam que o desmonte é só uma questão de tempo. E as excelências todas já se deram conta disso. De onde está havendo em Brasília um movimento de retorno ao interesse pela ação política em detrimento dos negócios. Puro instinto de sobrevivência.

O ativismo legislativo é um sinal. Deputados e senadores que sempre deram mais importância às vontades do Planalto - por décadas - de súbito tornaram-se adeptos da independência. Ora, ora, uma explicação deve haver para tal mudança. Certamente não é a de que baixou o santo do espírito público de uma hora para outra.

Baixou, isto sim, a certeza de que nada será como antes. Políticos têm faro apurado. Daí tanta valentia, tanto enfrentamento como nunca se viu do Legislativo em relação ao Executivo. Políticos têm faro apurado, sabem para onde sopram os ventos.

E nesse momento procuram se reposicionar diante da opinião pública. Se formos examinar, o fenômeno atinge todas as instituições que, finalmente, procuram - umas mais, outras menos - falar à sociedade.

Entre outros, exemplo típico é o TCU no caso das contas do primeiro governo Dilma Rousseff, que cometeu ilegalidades confiando na leniência com infrações anteriores sem levar em consideração o velho dito segundo o qual é impossível enganar a todos o tempo todo.
Herculano
21/06/2015 10:31
NEM QUE A VCA TUSSA, por Ferreira Gullar, escritor, para o jornal Folha de S. Paulo

Por incrível que pareça, a presidente Dilma Rousseff anunciou, na semana passada, um programa de concessões no valor de cerca de R$ 190 bilhões para investir em rodovias, ferrovias, portos, aeroportos e telecomunicações.

Digo que parece incrível porque toda a história do PT - e particularmente de Lula e Dilma? sempre foi a de considerar a privatização um ato de traição nacional.

Lembram-se do aranzel que o PT armou em todo o país para protestar contra a privatização da Telebrás, pelo governo Fernando Henrique Cardoso?

No Rio, em São Paulo, em Belo Horizonte, no Recife, em Porto Alegre, enfim, em todas as grandes e pequenas cidades do país, os militantes petistas denunciavam a ignomínia que era entregar os serviços telefônicos do país a empresas privadas.

Naquela época, em que possuir um telefone era um privilégio, comprei um pelo equivalente a quase R$ 5.000 hoje.

Telefone era um bem tão raro e precioso que se punha na declaração do imposto de renda. Pois bem, a privatização foi feita e hoje todo o mundo tem telefone, do porteiro do meu prédio ao faxineiro que limpa a rua aqui da frente. O PT nunca mais tocou nesse assunto.

Mas continuou antiprivatista para mostrar que se mantém um partido de esquerda, mesmo quando o regime comunista já desabou no mundo inteiro. É o que eu chamo de "populismo de esquerda", que já não opõe o operariado à burguesia e, sim, o pobre contra o que Lula chama de "elite branca".

Tudo de araque, porque, enquanto enganava o povão com os programas assistencialistas, emprestava o dinheiro público a empresas capitalistas, com juros abaixo do mercado. Arvorava-se como defensor da Petrobras como empresa estatal e, de fato, a privatizou extorquindo propinas das empreiteiras.

Algumas dessas falcatruas vieram à tona agora, mas, apesar disso, Lula e Dilma continuam a posar de esquerdistas, inimigos do capitalismo e, logicamente, de contrários à privatização. Sucede que, se é fácil enganar o povão desinformado, é impossível enganar a realidade.

A situação crítica de nossos aeroportos, por exemplo, levou o governo petista a apelar para o capital privado. Como não podia usar a palavra privatização, usou concessão e, para não ser acusado de favorecer aos capitalistas, impôs tais condições às concessões que ninguém aceitou investir nos aeroportos.

Os anos se passaram, e a situação não apenas dos aeroportos, como dos portos e ferrovias, agravou-se a cada dia, sem que nenhum investimento fosse feito para resolver o problema.

Isso aumentava o custo de nossas exportações, contribuindo para o agravamento da situação econômica do país. Enquanto isso, o governo continuava investindo em programa eleitoreiros, que lhe garantiu o poder por 14 anos já.

Mas, como a realidade não se engana, a verdadeira situação econômica se impôs e obrigou a presidente Dilma a fazer o contrário de tudo o que dissera durante a última campanha eleitoral.

De fato, essa necessidade de fingir que é de esquerda foi um dos fatores decisivos ?além da corrupção, é claro? para o desastre econômico a que o petismo conduziu o país. Dentro dessa mesma atitude ambígua, Lula deixou deliberadamente que se deteriorasse o intercâmbio comercial com os Estados Unidos, que sempre foram nosso maior parceiro comercial.

O desastre só não foi maior porque, mal assumiu o governo, a China se tornou o grande comprador de cereais e minérios brasileiros, enquanto nossa produção industrial perdia mercado. Nossos principais parceiros comerciais deixaram de ser as nações desenvolvidas, substituídas por Venezuela, Bolívia e Cuba, aos quais o governo petista (de esquerda) decidiu ajudar.

O resumo da ópera é que, neste ano de 2015, não dá mais para posar de inimigo do capitalismo, muito menos para insistir nas medidas populistas, porque o resultado delas foi onerar os cofres públicos e as empresas estatais.

Dilma agora teve de aumentar os preços do diesel, da gasolina, da energia elétrica e, com o ajuste fiscal, onerar a classe trabalhadora.

Mas isso ainda não basta para tapar o buraco em que o país afundou. Há que recorrer à mal afamada privatização.
Herculano
21/06/2015 10:28
ERGA OMMES, por Eliane Cantanhede para o jornal O Estado de S. Paulo

O PT tem razão: o cerco está se fechando sobre Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva, ao mesmo tempo e cada vez mais perigosamente. O TCU deu a Dilma 30 dias para tentar escapar de um processo por crime de responsabilidade, que, em tese, pode lhe custar o mandato. E a PF prendeu, na fase Erga Omnes da Lava Jato, o presidente da maior empreiteira do País, Marcelo Odebrecht, que pode empurrar Lula para o olho do furacão.

Mesmo sem o processo contra Dilma e mesmo se a Odebrecht não chegar objetivamente a Lula, o desgaste político de ambos e do PT é gigantesco. Já teria enorme dramaticidade se a presidente tivesse índices pelo menos razoáveis nas pesquisas, as relações entre Executivo e Legislativo corressem dentro da normalidade, a economia fosse de vento em popa e a opinião pública estivesse acomodada. Ao contrário, o tranco ocorre quando a popularidade de Dilma é de dar dó e o ambiente é justamente o oposto.

Quanto mais frágeis a presidente e seu fiador, mais o País depende da liderança e da responsabilidade do seu Congresso e dos seus partidos políticos. Pois os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha, e do Senado, Renan Calheiros, estão ambos sob investigação do Supremo Tribunal Federal, aliás, pela mesma Lava Jato que envolve Lula numa névoa de desconfiança.

Quanto mais Dilma e Lula perdem credibilidade e aura, mais desesperadamente precisam que a economia demonstre fôlego, mas, a cada dado, a recuperação parece ainda mais distante. A nova previsão de crescimento e os últimos indicadores de inflação e de emprego são de nocautear até os otimistas mais aguerridos. Recuamos 20 anos - sem falar de Petrobrás e do setor elétrico.

Por fim, quanto mais Dilma e Lula diminuem, mais aumenta o grau de participação da sociedade. Congressos, seminários e debates se multiplicam freneticamente pelo País, com as manifestações ainda fresquinhas na memória e a internet inundando a discussão de radicalização com viés anárquico - contra tudo, contra todos.

Além da irritação, o clima é de grande perplexidade mesmo em Brasília, onde habitam os mais experientes e frios observadores da cena nacional, sempre tão agitada, geralmente imprevisível, às vezes chocante. A diferença, desta vez, é que não há previsões, não se vê luz no fim do túnel, não se trabalha a convergência para uma saída segura.

As perguntas já pululavam quando Dilma queimou a largada do segundo mandato, mas agora elas pairam como fantasmas e se concentram, naturalmente, sobre quem está no poder: Lula escapa? Dilma tem condições de concluir o mandato? O que acontece se ela cair? E o que acontece se ela ficar? Como serão os próximos meses? E os próximos anos?

Assim com há as "dores do crescimento", há a agonia dos estertores. A sensação, neste momento, é de que o País se sente num fim de ciclo, sufocado, sem entender direito o que se passa e sem ter a mínima ideia do que o espera ali na frente, a curto prazo, ou lá no horizonte, a longo prazo.

É como se o governo estivesse à deriva, ao sabor de ventos e marés nem sempre amistosos, às vezes cruéis, e sem líderes e partidos que possam assumir o leme. Há, assim, uma imobilidade perturbadora: a falta de liderança gera a falta de perspectiva, e a falta de perspectiva abala ainda mais as já anêmicas lideranças.

Dilma encerra o ciclo e o mundo político, em vez de buscar respostas e criar mutirões para a emergência, só pensa, come, dorme e sonha com 2018. Mas, como já lembrou machadianamente o petista José Guimarães, líder do governo na Câmara, "antes de 2018, tem 2015, 2016, 2017...". Vale para o PT, mas que a oposição não se engane: vale também para todo o resto. Erga Omnes
Herculano
21/06/2015 09:15
NO SUDESTE, APROVAÇÃO DE DILMA JÁ PERDE ATÉ DA TAXA DE INFLAÇÃO, por Fernando Rodrigues

Popularidade da petista é de 7% contra inflação de 8,47%

Eis uma triste realidade para a presidente Dilma Rousseff: sua taxa de aprovação no Sudeste (7%) já está perdendo até para a inflação acumulada nos últimos 12 meses, que em maio atingiu 8,47%, segundo o IBGE.

A aprovação total da presidente da República está em 10%, segundo pesquisa realizada pelo Datafolha em 17-18.jun.2015. Lei os dados no final deste post.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também falou sobre o assunto nesta semana, ao dizer que o PT fez uma pesquisa na região do ABC paulista:

"Acabamos de fazer uma pesquisa em Santo André e São Bernardo, e a nossa rejeição chega a 75%. Entreguei a pesquisa para Dilma, em que nós só temos 7% de bom e ótimo".

Vários presidentes da República já estiveram perto desse fundo do poço no atual período democrático. José Sarney (5% de ótimo ou bom em setembro de 1989). Fernando Collor (9% em setembro de 1992). Fernando Henrique Cardoso (13% em setembro de 1999). Lula foi o único que passou os seus 2 mandatos no Planalto sempre com uma popularidade com um patamar mínimo de 28%.

A pergunta a ser feita no momento é: Dilma Rousseff conseguirá sair do atual atoleiro e se recuperar nos próximos 3 anos e meio de mandato que lhe restam?

Essa pergunta é difícil de ser respondida, pois há uma infinidade de fatores que são intangíveis.

O ruim para Dilma é que o único elemento de análise favorável a ela é o fato de ninguém - nenhuma força política relevante - trabalhar de maneira intensiva para que ela saia do cargo.

Fora isso, todos os indicadores mostram que é mínima (quase zero) a chance de melhorar a popularidade da presidente no curto ou no médio prazo.

A crise na economia parece que entra agora na sua fase mais dramática. É fácil entender a razão. Os meses de agosto e setembro são os piores para o comércio - não têm nenhuma data especial e quase sempre são os mais parados ano. Não é à toa, como mostrado acima neste post, que Sarney, Collor e FHC tiveram suas piores taxas de aprovação sempre em um mês de setembro.

Como os efeitos do ajuste fiscal não serão sentidos no curto prazo, parece óbvio que a economia estará numa fase péssima nos próximos meses. E Dilma pode ter seu setembro a la Sarney-Collor-FHC. Ou seja, o fundo poço para ela pode ser mais embaixo do que mostra a pesquisa Datafolha.

Na política, nada indica melhora também para a presidente. A capacidade de articulação é mínima. Nem a fisiologia deslavada com distribuição de cargos e emendas do Orçamento para deputados e senadores está resolvendo.

A prisão de todos os principais empreiteiros do país adicionará gasolina à já instável incapacidade de articulação do Planalto. Em tempos normais, chama-se quem financia campanhas e os empresários pressionam deputados e senadores para que se alinhem ao governo. Agora, essa estratégia ficou trancada em celas da carceragem da Polícia Federal de Curitiba, por causa da Operação Lava Jato.

A reprovação das contas de 2014 do governo federal será o próximo capítulo na péssima relação do Planalto com o Congresso.

Seria então o caso de prever que o governo está numa espiral inevitável de insustentabilidade? E que há risco de a presidente não terminar o mandato, sem credibilidade para exercer o cargo? É temerário adotar tais vaticínios como verdadeiros. Sobretudo porque inexiste no momento uma força organizada trabalhando de maneira robusta por tal desfecho.

O certo a dizer é que tudo dependerá da capacidade de Dilma Rousseff de se articular politicamente - o que deixa muita gente em dúvida. Como a economia está em frangalhos, restará à presidente encontrar saídas políticas, ganhar oxigênio e torcer para que as medidas econômicas de 2015 surtam algum efeito em 2016 - ou, pelo menos, em 2017.

Fazer política não significa, é claro, obrigar empresários amigos a fazer discursos patéticos e escrever artigos em jornal dizendo que "as condições da economia brasileira" vão melhorar "significativamente a partir do terceiro e quarto trimestres".

O autoengano é o último estágio de um político que se descolou da realidade. Dilma exorbitou nesse tipo de equívoco nos últimos meses. Tenta vender apenas um discurso otimista, quase panglossiano, sem relação com o cotidiano dos brasileiros.

A presidente, resumindo, tem de refazer sua análise de conjuntura, assumir os erros cometidos e se preparar para ter um desempenho muito melhor na política. É muito difícil que a petista consiga fazer isso?
Herculano
21/06/2015 09:12
GOVERNO DILMA CONCORDOU COM "HOSTILIDADES", por Cláudio Humberto na coluna que publicou neste domingo nos jornais brasileiros

O governo Dilma soube com antecedência dos planos do governo venezuelano de destacar um grupo de militares à paisana, passando por manifestantes, para hostilizar os senadores que foram a Caracas visitar presos políticos. Também a embaixada brasileira demonstrou saber da operação de intimidação: diplomatas tinham ordem para não acompanhar os senadores na van que seria alvo dos milicianos.

TUDO COMBINADO

O embaixador brasileiro Ruy Pereira entrou no avião dos senadores antes que desembarcassem, cumprimentou-os e "vazou".

TUDO ARMADO

Os pilotos da FAB que conduziram os senadores foram avisados pelas autoridades venezuelanas para preparar o voo de volta imediatamente.

TOCANDO PARA FORA

Após o desembarque dos senadores em Caracas, os pilotos da FAB foram de novo abordados e aconselhados a "nem almoçar" na cidade.

MISSION FAIL

O grupo de senadores de oposição foi a Caracas visitar presos políticos venezuelanos, mas mal conseguiu sair do aeroporto.

ACORDOS E INVESTIGAÇÕES ESVAZIAM CPI DO HSBC

A CPI do HSBC foi abalroada por uma série de fatos, em menos de um mês, que a ameaçam de esvaziamento. Acordo entre o banco e a Suíça para encerrar pendengas jurídicas envolvendo o Swissleaks, cooperação entre governos suíço e brasileiro para obtenção de dados bancários, início das investigações pela Receita com dados oficiais e, por fim, o anúncio da venda das atividades da instituição no País.

TRÊS TONS DE CPI

O triunvirato da CPI é bem distinto: o autor, Randolfe Rodrigues (Psol-AP), quer quebrar o sigilo de todos os brasileiros na lista do HSBC.

LEGADO IMPORTANTE

O relator da CPI, Ricardo Ferraço (PMDB-ES) quer apurar a fundo sem ferir direitos. Trabalha por marco legal para dificultar crimes financeiros.

ENFADO

O presidente da CPI do HSBC, Paulo Rocha (PT-PA), que exerce um papel moderador, parece doido para mudar de assunto.

LONGA GESTAÇÃO

A Odebrecht se tornou alvo, como esta coluna noticiou há 14 meses, após o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa confessar que recebeu da empreiteira, na Suíça, uma propina de R$ 60 milhões para não atrapalhar um contrato de R$ 1,5 bilhão na refinaria Abreu e Lima.

REBORDOSA

Até parecia que a Odebrecht já escapava de rebordosa da Lava Jato quando, em novembro, a Polícia Federal vasculhou sua sede e as casas de três executivos, suspeitos de envolvimento na gatunagem.

MÉRITO OU SORTEIO?

A defesa do indefensável tem feito mal à reputação de Sibá Machado (AC). O senador conterrâneo Sergio Petecao (PDT) contou que já lhe perguntaram no Acre se a escolha do líder do PT era "por sorteio".

SERRA NO PMDB

Peemedebistas fazem cara feia quando ouvem a sugestão de José Serra (PSDB-SP) como candidato do partido à Presidência, em 2018. Acreditam mais na chance de Eduardo Cunha, presidente da Câmara.

DEPUTADO NA ASSESSORIA

Quem procurou sexta um Marco Júlio Alencastro (ou algo parecido), assessor que fala pelo ministro da Previdência, ouviu ainda cedo que ele havia viajado. Os colegas acham que ele tem jornada de deputado.

TORNIQUETE

No PT, há quem defenda a antecipação da terceira fase do Minha Casa Minha Vida, que sai até o fim do ano, mas petistas querem estancar o quanto antes a sangria da popularidade de Dilma.

RELAÇÕES GOVERNAMENTAIS

A Associação Brasileira de Relações Governamentais (Abrig) comemora: já são onze o número de cursos para formar profissionais da área no País, incluindo instituições como Ibmec, Insper e FGV.

CLICAR É DE GRAÇA

Para alcançar a cota para patrocinadores oferecerem mamografias de graça em troca de publicidade, o site do Instituto do Câncer de Mama (www.cancerdemama.com.br) precisa aumentar os acessos. É só clicar no ícone cor-de-rosa da "Campanha da Mamografia Digital Gratuita".

PENSANDO BEM...

...o juiz Sergio Moro deveria contar onde passou suas breves férias. Fez muito bem a ele e à Justiça. Voltou retemperado.
Herculano
21/06/2015 09:06
DILMA É PESADELO DO QUAL LULA NÃO PODE ACORDAR, por Josias de Souza

O governo Dilma Rousseff tornou-se uma espécie de latifúndio improdutivo que ninguém quer dividir. Num instante em que o Datafolha informa que apenas 10% dos eleitores aprovam a atuação da presidente, até Lula se afasta do alambrado. O criador refere-se à criatura como um conto do vigário em que ele também caiu.

Munido de pesquisas próprias, Lula teve um surto de óbvio. Em conversa com religiosos, disse que o prestígio da ex-supergerente "está no volume morto". Mas Lula não enxerga um culpado no espelho. Ele se vê no rol das vítimas que Dilma puxa para o fundo. "O PT está abaixo do volume morto. Eu estou no volume morto."

A taxa de reprovação de Dilma bateu em 65%, informa o Datafolha. Lula lava as mãos: "Gilberto [Cavalho] sabe do sacrifício que é a gente pedir para a companheira Dilma viajar e falar. Porque na hora que a gente abraça, pega na mão, é outra coisa. Política é isso, o olhar no olho, o passar a mão na cabeça, o beijo."

A aversão a Dilma alastra-se inclusive pela base da pirâmide, de onde o PT costuma extrair mais votos. Entre os eleitores que ganham até dois salários mínimos, apenas 11% aprovam a presidente, enquanto 62% a rejeitam. Lula enxágua as mãos:

Tem uma frase da companheira Dilma [na campanha presidencial] que é sagrada: 'Eu não mexo no direito dos trabalhadores nem que a vaca tussa'. E mexeu. Tem outra frase que é marcante, que é a frase que diz o seguinte: 'Eu não vou fazer ajuste, ajuste é coisa de tucano'. E fez. E os tucanos sabiamente colocaram Dilma falando isso [no programa de TV] e dizendo que ela mente. Era uma coisa muito forte. E fiquei muito preocupado."

A ruína de Dilma, ilusão suprema, dá a Lula a sensação de que sua preocupação é útil.

Para 63% dos entrevistados do Datafolha, o ajuste fiscal de Dilma afeta sobretudo os mais pobres. E Lula, limpando o seu discurso de orador inocente: "Falar é uma arma sagrada. Estamos há seis meses discutindo ajuste. Ajuste não é programa de governo. Em vez de falar de ajuste? Depois de ajuste vem o quê?"

Deterioram-se também as expectativas dos eleitores. Para 73%, informa o Datafolha, o desemprego irá aumentar no próximo período. Em fevereiro, pensavam assim 62% dos pesquisados. Para Lula, falta gogó à gestão Dilma. "Os ministros têm de falar. Parece um governo de mudos." Irrita-se especialmente com o mutismo da Casa Civil. Eu disse "pelo amor de Deus, Aloizio [Mercadante], você é um tremendo orador. É certo que é pouco simpático?"

Todos são culpados pela crise, menos o criador do mito da gerentona infalível. A crise faz Lula insinuar que seu retorno seria algo restaurador em 2018. Mas um detalhe escapa ao sábio da tribo petista: assim como um ovo é algo que não pode ser desfritado pelo cozinheiro, Dilma é um pesadelo do qual Lula não tem como acordar.
Herculano
21/06/2015 08:37
reeditado das 7.59

QUEM TEM MEDO DE PESQUISA?

Em Gaspar, o PT (que fez a sua e a esconde até dos seus - ou os engana). O PMDB e o PSD que não possuem coragem de fazê-la e para isso, alegam falta de patrocinadores (?), quando ela deveria ser uma ferramenta para planos, negociações e ações.

Pois é. Eu já tenho a minha. Exclusiva, com metodologia própria de quem conhece este assunto há muitas décadas e nunca se deixou levar por emoções. Instituto livre de qualquer suspeita. E é com ela que estou olhando a maré e me livrando das pressões dos mentirosos e interesseiros de sempre. E isto tem deixado muita gente incomodada.

E para adiantar e aplacar a curiosidade que este assunto em poucos minutos já despertou. A pesquisa essencialmente trabalhou temas e prioridades da administração pública. Nela se pode perceber as frustações dos eleitores e eleitoras sobre o que se prometeu e não se fez, ou a inversões de valores. Isto é sim um sinalizador de longo prazo, entendo. Cria discursos, fundamenta planos, sinaliza agendas.

E os nomes? Primeiro é um segredo (e meu, afinal fui eu quem a bancou e o objetivo foi dar segurança naquilo que penso e escrevo - para não comer na mão de outros e não me enveredar nas emoções próprias deste assunto por aqui). Segundo, esta nominata é secundária e irrelevante neste momento. Ela pode se modificar muito diante de fatos que podem acontecer em até um ano, e principalmente como se montar as composições de forças aqui, mas no plano estadual. A eleição em Gaspar, infelizmente e a princípio passa por forças fora de Gaspar.

Por fim, não devamos esquecer, que cada vez mais, aqui e em outros cenários, as eleições tem sido decididas nos últimos 15 dias de campanha. Então para que se martirizar e se queimar por antecipação? Acorda, Gaspar!
Herculano
21/06/2015 08:13
A LAVA JATO NO TOPO DO ANDAR DE CIMA, por Elio Gasperi para os jornais Folha de S. Paulo e O Globo

É possível que um pivete da Avenida Chile seja o J. Pinto Fernandes das traficâncias da Petrobras

Em outubro passado, quando o "amigo Paulinho" (expressão carinhosa atribuída a Lula) jogou a Odebrecht na frigideira da Lava Jato, o presidente da empresa, Marcelo Odebrecht, soltou uma nota oficial dizendo o seguinte:

"Neste cenário nada democrático, fala-se o que se quer, sem as devidas comprovações, e alguns veículos da mídia acabam por apoiar o vazamento de informação protegida por lei, tratando como verdadeira a eventual denúncia vazia de um criminoso confesso que é 'premiado' por denunciar a maior quantidade possível de empresas e pessoas".

Passados oito meses, o doutor, bem como Otávio Azevedo, presidente da empreiteira Andrade Gutierrez, estão na carceragem de Curitiba. Ao expedir a ordem de prisão contra eles, o juiz Sergio Moro deu uma demonstração parcial da quantidade de provas acumuladas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público.

A Odebrecht e a Andrade Gutierrez não são acusadas só pelo "amigo Paulinho", mas também por três dirigentes de empreiteiras, que descreveram o funcionamento do cartel de roedores da Petrobras. Rastreamentos internacionais de depósitos bancários, anotações e mensagens eletrônicas documentaram a ordem de prisão expedida pelo juiz Moro. Diante de tanto material, a nota de outubro parece ter sido produto de um destempero de Odebrecht.

Na lista de presos da Lava Jato entrou João Antonio Bernardi, que trabalhou na empreiteira e também na Camargo Corrêa. Durante algum tempo ele esteve na empresa Hayley, que mimou o diretor da Petrobras Renato Duque com R$ 500 mil em obras de arte. Talvez Bernardi tenha algo a contar. A Polícia e os procuradores certamente têm o que perguntar.

Por mera curiosidade, ele poderá esclarecer um episódio. Há algum tempo, carregando uma maleta na avenida Chile, a caminho da Petrobras, teria sido assaltado. O pivete levou a maleta e ele teria apresentado queixa à polícia. O que carregava, não se sabe.

No meio de tanta gente boa metida nas petrorroubalheiras, o ladrão da maleta pode ter sido a único que, como o J. Pinto Fernandes do poema "Quadrilha", de Carlos Drummond, "não tinha entrado na história".
Herculano
21/06/2015 08:13
PEDALADAS, por Elio Gasperi para os jornais Folha de S. Paulo e O Globo

Quando o Planalto resolveu jogar bancos oficiais na frigideira das pedaladas, foi expressamente advertido da possível ilegalidade do truque.

O comissariado justificou-se reconhecendo que as pedaladas seriam o único recurso para evitar que o governo fosse apanhado descumprindo a Lei da Responsabilidade Fiscal.

EREMILDO, O IDIOTA

Eremildo é um idiota e acha que estão satanizando os empréstimos que o BNDES faz aos maganos do empresariado nacional. Deu toda razão ao presidente do banco, Luciano Coutinho, quando ele disse que há "desonestidade intelectual" na críticas. Já o doutor Marcelo Odebrecht, contratador de R$ 24 bilhões em empréstimos, confessou-se "frustrado e irritado" diante das reclamações em torno de atos lisos e legais.

O idiota acha que ambos são perseguidos, mas fez uma conta. O dinheiro dele, arrecadado compulsoriamente, vai para o Fundo de Amparo ao Trabalhador e é remunerado a algo como 6% ao ano. Admitindo que desde 2007, quando o doutor Coutinho foi para o BNDES, tenham capturado a cada ano R$ 40 mil de dez trabalhadores para ampará-los, eles hoje têm um pecúlio de R$ 424,4 mil.

Se durante esses mesmo período os doutores Coutinho e Odebrecht colocaram R$ 40 mil anuais de suas poupanças em papéis remunerados à taxa Selic do Banco Central, conseguiram R$ 538,7 mil.

Coutinho empresta a juros camaradas e Odebrecht está entre os que recebem. O idiota sabe que eles querem criar empregos e propõe que ambos transfiram suas carteiras de investimentos para a taxa do FAT. Criarão empregos com o dinheiro deles.

PLANOS DE SAÚDE

As operadoras de planos de saúde são incansáveis. Há alguns meses, tentaram criar uma nova forma de cobrança para as multas por falta de cumprimento dos contratos. Enfiaram numa Medida Provisória um gato pelo qual quanto mais a operadora delinquisse, menor seria o valor unitário da multa. Felizmente, a doutora Dilma vetou a gracinha.

Agora conseguiram tirar do ar o ranking no qual a Agência Nacional de Saúde Suplementar listava os planos que acumulavam mais queixas.

Esse ranking existia desde 2002. Segundo a ANS, ele saiu do ar porque a metodologia será mudada. Tudo bem, mas nada impedia que continuasse sendo divulgado, até que o novo sistema ficasse pronto.

Faz pouco tempo, poderosos empreiteiros acreditavam ser onipotentes porque o comissariado usava seus aviões ou contratava suas empresas de consultoria. Deu no que deu.

TSE

O ex-procurador-geral Aristides Junqueira poderá até vir a ser indicado para uma vaga do Tribunal Superior Eleitoral. Como acumulará o cargo com a atividade de advogado do governador Tião Viana (AC), ficará numa posição dificil, até porque a defesa de seu cliente dará um trabalho danado. Tião Viana caiu na rede da Lava Jato e responde a um processo no Superior Tribunal de Justiça.

A doutora Dilma tem uma encrenca marcada no TSE. Lá correm dois processos contra seu mandato. Um deles pode ir para a pauta antes de setembro. Se não for, no próximo ano a corte será presidida pelo ministro Gilmar Mendes, do STF.
Herculano
21/06/2015 08:06
ELEIÇÕES 2018: TRÊS FATOS QUE APONM AS TENDÊNCIAS PARA A DISPUA ELEITORAL EM SANTA CATARINA, por Cláudio Prisco Paraíso para o jornal A Notícia, da RBS Joinville.

Três fatos registrados esta semana emitiram sinais às eleições majoritárias de 2018, a partir de cenários de coligações em 2016.

O primeiro foi a eleição do deputado estadual Marcos Vieira para a presidência do diretório estadual do PSDB, derrotando o senador Paulo Bauer. Um resultado que aproxima os tucanos do governo e do PSD, colocando fermento em alianças municipais em 2016. O segundo foi o encontro do presidente do PSD, Gelson Merisio, com a ex-prefeita Ângela Amin (PP). Ambos azeitaram as relações entre os dois partidos para 2016 e 2018, dando seguimento a entendimentos entre Merisio e Esperidião Amin. O terceiro foi a presença do presidente estadual do PT, Cláudio Vignatti, na prestigiada posse do deputado Gean Loureiro na presidência do PMDB de Florianópolis.

Se a política catarinense tem lógica, o cenário vai começando a ficar claro com duas tendências. De um lado o PSD se unindo a PP, PSDB e PSB; do outro o PMDB namorando e quase noivando com o PT.

Até nominatas já são cogitadas: Merisio (PSD) ao governo e Angela Amin (PP) de vice, com Colombo (PSD) e Paulo Bauer ou Pavan (PSDB) ao senado. Ou Bauer ao governo, Merisio de vice, Colombo e Amin ao Senado. No outro lado, Dário Berger (PMDB) ao governo e Vignatti (PT) de vice, com Eduardo Moreira(PMDB) e Décio Lima (PT) ao Senado.

Os líderes que saírem fortalecidos nas eleições municipais ganham gás. E, lá na frente, quem estiver liderando as pesquisas, dita as cartas.
Herculano
21/06/2015 08:03
INTOLERÂNCIA NÃO TEM GRAÇA, por Bernardo de Mello Franco para o jornal Folha de S. Paulo

Na comédia "Em Busca do Cálice Sagrado", de 1975, o grupo britânico Monty Python faz piada com o fundamentalismo cristão na Idade Média. Em uma cena famosa, a população de um vilarejo veste uma mulher com trajes de bruxa, prende em seu rosto um nariz de bruxa e exige que ela seja queimada na fogueira. Afinal, trata-se de uma bruxa, grita a multidão enfurecida.

O noticiário da última semana lembra o filme, mas não tem graça nenhuma. No Brasil de 2015, a intolerância religiosa está mostrando sua face em ataques a terreiros, cemitérios e até a crianças.

Em poucos dias, fanáticos apedrejaram uma menina de 11 anos que voltava de um culto de candomblé, danificaram o túmulo do médium Chico Xavier e atacaram um templo carioca de umbanda, destruindo a imagem de uma santa.

Os episódios ocorreram na mesma semana em que a Câmara começou a discutir um projeto que transforma o "ultraje a culto" em crime hediondo. No texto, o deputado evangélico Rogério Rosso ataca a Parada Gay e afirma que o país vive uma onda de "cristofobia".

Os fatos sugerem que há sim uma ofensiva de intolerância, mas os principais alvos são outros: homossexuais e praticantes de cultos de matriz africana. O clima de ódio é alimentado por pregadores radicais, que tratam a orientação sexual alheia como afronta, bradam contra "demônios" e chamam religiões afro de "feitiçaria" e "macumba".

Alguns líderes evangélicos já deram o bom exemplo ao repudiar os atos de violência, mas também é preciso barrar iniciativas que visam mudar as leis com base em interpretações literais da Bíblia.

Em outra comédia do Monty Python, "A Vida de Brian" (1979), o protagonista é confundido com Jesus e termina cantando do alto de uma cruz. A depender de parte dos nossos legisladores, o filme seria proibido no Brasil, e os humoristas estariam na cadeia.
Herculano
21/06/2015 07:54
FRUSTAÇÃO CONTÁBIL, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Dificuldades para atingir as metas de economia serão maiores do que se supunha, e projeções para o próximo ano já não são favoráveis

O incidente com os senadores brasileiros na Venezuela tomou as atenções do Congresso na quinta-feira (18) e levou a Câmara dos Deputados a adiar a votação da última medida do ajuste das contas públicas proposto pelo governo Dilma Rousseff (PT): a redução da desoneração da folha de pagamentos.

Considerada uma das principais iniciativas do Ministério da Fazenda, o projeto de lei poderia resultar numa economia de até R$ 12,5 bilhões ao ano para o Tesouro. Com o atraso, porém, talvez a desoneração nem chegue a ser aprovada ainda neste semestre - para frustração das expectativas governistas.

Mesmo antes desse episódio, entretanto, já se notava que as dificuldades para atingir as metas de superavit seriam bem maiores do que se supunha inicialmente.

A recessão se aprofunda, derrubando a arrecadação. Dados preliminares - produção industrial, vendas no varejo e queda do emprego - apontam para uma retração de até 2% no PIB no segundo trimestre, com poucas chances de retomada no restante do ano.

O impacto na coleta de impostos é direto. O governo contava com alta de 5% (já descontada a inflação) nas receitas, mas o resultado até agora indica queda significativa.

O Congresso, além de diminuir a força do ajuste, começa a propugnar por uma meta de superavit primário mais modesta. Atualmente, o saldo das receitas e despesas antes do pagamento de juros deve corresponder a 1,1% do PIB em 2015 e a 2% em 2016.

O senador Romero Jucá (PMDB-RR), por exemplo, quer reduzir a meta deste ano para 0,6% do PIB, chegando aos 2% só em 2018.

O problema de fundo não é tanto o provável fracasso contábil deste ano. A persistir a combinação de crescimento baixo com juros altos (para controlar a inflação), a conta simplesmente não fecha com as atuais fontes de receita.

Corrigir essa equação implica elevar os já escorchantes impostos --caminho de duvidosa viabilidade política. Não por acaso volta a crescer o temor de rebaixamento da nota de crédito do Brasil, o que faria o país deixar de ser classificado como um investimento seguro.

Há uma saída, felizmente, mas ela depende de haver perspectiva de retomada do crescimento, algo que parece cada vez mais distante. As projeções para 2016 têm caído e já se aproximam de zero.

Os melhores candidatos para trazer algum alento são as concessões de infraestrutura e avanços em itens como a simplificação de tributos. Quanto à indústria, o câmbio mais desvalorizado ajuda, embora não o suficiente sem uma efetiva integração comercial com o restante do mundo.

Verdade que a equipe econômica já atua nessas frentes. A questão é saber se conseguirá apresentar resultados concretos no mesmo compasso das necessidades nacionais.
Herculano
21/06/2015 07:53
DATAFOLHA. DESDE COLLOR, NINGUÉM FAZIA O MILAGRE DE UNIR O BRASIL. O GOVERNO DO PT CONSEGUIU: TODOS SÃO CONTRA - DE TODAS AS CLASSES, ESCOLARIDADES, REGIÕES E IDADES. PARABÉNS COMPANHEIROS! O FUTURO DO BRASIL AGRADECE!, por Reinaldo Azevedo, de Veja.

Sim, voltarei ao assunto com mais vagar. Dou uma palinha agora. Não vou dizer que os números da pesquisa Datafolha são devastadores para o governo Dilma porque é o contrário: o governo Dilma é que é devastador para o Brasil, e isso se reflete nas pesquisas, não é? Afinal, não é o Datafolha que faz o governo ser ruim, como podem pensar os petistas; é o governo ruim que faz o Datafolha ser o que é.

Consideram o governo ruim ou péssimo nada menos de 65% dos que responderam à pesquisa. Apenas 10% dizem ser ótimo ou bom, e 24%, regular. Dilma está mal em todas as classes. Acham-na ruim ou péssima 62% dos que ganham até dois mínimos; 69% dos que ganham de 2 a 5; 65%, entre 5 e 10, e 66% acima de 10. Não, PT! Não é coisa de rico.

Por região, a coisa não é melhor: o Nordeste é o mais generoso, com ?apenas? 58% de ruim ou péssimo, e a coisa evolui assim na rejeição: 63% nas regiões Norte e Sul; 69% no Sudeste e 70% no Centro-Oeste.

Por idade, os jovens têm um pouco mais de paciência com Dilma: ?só? 59% consideram seu governo ruim ou péssimo entre 16 e 24 anos. E o índice negativo avança assim: 62% entre os que tem 60 ou mais; 64% entre os de 45 a 59; 68% entre os de 35 a 44, e nada menos de 70% entre os de 25 a 34.

Dilma também uniu as diferentes escolaridades: avaliam o seu governo como ruim ou péssimo 64% dos que têm ensino fundamental; 66% dos com ensino médio, e 65% com ensino superior.

Temos aí muitos elementos para reflexão. E nós a faremos. Mas, de saída, noto: desde Fernando Collor ninguém unia o Brasil como o governo do PT: UNIÃO CONTRA!
Herculano
21/06/2015 07:41
A PRESTIGIADA EX-MISS QUE NÃO FICA SEM EMPREGO GRAÇAS À GENEROSIDADE DO MINISTRO DO ESPORTES, por Lauro Jadim

Há dois meses, descobriu-se que a modelo Cibele Mazzo, uma obscura ex-miss, foi nomeada por George Hilton para ocupar uma assessoria na Secretaria Nacional de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor.

Assim que o fato tornou-se público, Dilma mandou que o ministro dos Esportes demitisse sua pupila - e assim foi feito. Mas a moça tem prestígio.

Hilton arranjou um jeito de empregá-la na Autoridade Pública Olímpica.
Herculano
21/06/2015 07:30
A ÁGUA QUE ESSA ONÇA BEBE, por Carlos Brickmann

Operação Erga Omnes - a expressão latina usada pela Polícia Federal significa "Contra Todos", ou "A Todos Atinge". E já atingiu boa parte do todo: os grupos Odebrecht e Andrade Gutierrez. Um dos detidos é Alexandrino Alencar. De acordo com publicação oficial da Odebrecht,(anúncio em O Globo de 13 de abril de 2014), Alencar é seu diretor de Relações Institucionais e foi quem contratou o ex-presidente Lula para participações remuneradas em eventos no Exterior; e, "neste tipo de ação, de estímulo à exportação de bens e serviços, é comum que fornecedores e subcontratistas participem dos esforços e arquem com alguns custos" (OK: quando uma empresa contrata alguém, paga suas despesas, além da remuneração. A Odebrecht contratou também Fernando Henrique e o ex-primeiro-ministro espanhol Felipe González. Mas três delatores premiados da Operação Lava-Jato citaram Alexandrino Alencar como pagador de propinas no Exterior já na época dos Governos petistas. A Odebrecht é a empreiteira que obteve mais empréstimos do BNDES lulista para obras no Exterior. A segunda é a Andrade Gutierrez.

Empreiteiras sempre tiveram boas relações com todos os Governos. Mas a Andrade Gutiérrez, atingida agora, tem relações ainda melhores com Lula. Foi em Paris, na casa de Marília Andrade, da família controladora da Andrade Gutiérrez, que a filha de Lula, duramente exposta na campanha eleitoral que elegeu Collor, passou quase um ano; o então marido de Marília, Luís Favre, trotsquista, se ligou a Lula, e levou boa parte dos trotsquistas brasileiros para o PT.

ONDE MORA O PERIGO

Marcelo Odebrecht está preso, à disposição do juiz Sérgio Moro, que já obteve várias delações premiadas. Mas a questão é outra: o pai de Marcelo, Emílio Odebrecht, presidente do Conselho da empresa, não tem paciência com tergiversações.

Se achar que as coisas passaram dos limites, haverá problemas.

ERGA OMMES

E que ninguém se iluda: tanto a Odebrecht quanto a Andrade, se têm excelentes relações com o PT, têm também ótimo relacionamento com os demais partidos. Fernando Henrique, como Lula, fez palestras e viagens remuneradas pela Odebrecht. E as duas empresas, embora tenham ganho grande impulso nos Governos petistas, não entraram nos negócios só em 2003, quando Lula assumiu seu primeiro mandato.

Se quiserem falar, têm o que contar e sobre quem contar.

MADURO, QUASE PODRE

Há coisas espantosas na violência praticada por hordas fascistas na Venezuela contra senadores brasileiros que foram visitar presos políticos. A primeira é a rapidez com que bolivarianos brasileiros, ávidos em demonstrar fidelidade ao presidente venezuelano, tentaram ridicularizar a visita, minimizar as agressões e fingir acreditar na fábula do congestionamento de trânsito que ocorria por acaso bem na hora do desembarque. O sumiço do embaixador brasileiro no momento do cerco foi muito conveniente. E a servil nota oficial do Governo Dilma, pedindo por favor à Venezuela que preste "os devidos esclarecimentos" é coroada por um ato falho: diz que o embaixador brasileiro, chamado ao aeroporto pelos senadores, retornou ao aeroporto e "os despediu".

A vontade de governar sem Congresso é tanta que acham que um diplomata pode demitir parlamentares.

O LADO RUIM

Viajar é bom, é de graça, rende diárias, dá notícia. E outro grupo de senadores decidiu ir a Caracas "com isenção e imparcialidade". Quem são os isentos e imparciais? Roberto Requião, fã declarado de Maduro, Lindbergh Farias (o antigo cara-pintada), Vanessa Grazziotin, do PCdoB e Randolfe Rodrigues, do PSOL (o de Luciana Genro).

Bolivarianamente imparciais e isentos e doidos para viajar.

O LADO BOM

Mas a ação hostil em Caracas tem aspectos positivos: tira a máscara do Governo venezuelano, acaba com aquela frase de Lula, de que na Venezuela há democracia até demais, mostra quem são os brasileiros que, por motivos ideológicos, se subordinam a um Governo estrangeiro. E pode causar danos ao Mercosul - uma boa ideia que se esclerosou, se ideologizou e isolou o Brasil dos principais movimentos do comércio internacional, que tanto beneficiam o Chile e o Peru.

UM ERRO, UMA VIDA

O deputado cearense Paes de Andrade fez uma bela e corajosa carreira. Na fase mais difícil da ditadura, foi um dos líderes do Grupo Autêntico do MDB, que se opôs com decisão aos militares (e teve muitos integrantes cassados por isso). Formou afinada dupla com Ulysses Guimarães, o Senhor Diretas, líder da resistência pacífica ao autoritarismo - tanto que, quando Ulysses deixou a Presidência da Câmara, apoiou Paes de Andrade para substituí-lo.

Paes de Andrade estava no cargo quando o presidente Sarney viajou para o Exterior e coube-lhe substituí-lo. Cedeu então ao provincianismo: voou no avião presidencial para sua cidade, Mombaça, Ceará, para ser aclamado e lembrado como primeiro presidente a visitá-la. Caiu no ridículo. Foi apelidado de Mombaça.

E ao morrer, dia 17, o fato mais lembrado em sua biografia foi a desnecessária viagem presidencial.
Herculano
21/06/2015 07:22
O INVERNO QUENTE

Começa hoje no início da tarde o inverno no hemisfério sul. Na nossa região ele promete quente na política, apesar do frio e da chuva intensa na previsão meteorológica. Aliás, a chuva vai no trazer alguns testes nas promessas feias e nas ações não realizadas pelos nossos gestores públicos relapsos por anos seguidos com a Indefesa Civil
Herculano
21/06/2015 07:17
AÉCIO LIDERA CORIDA COM 35%, MOSTRA DATA FLHA

Simulação de eleição mostra senador tucano dez pontos à frente de Lula. Num cenário com Alckmin candidato pelo PSDB, o petista e a ex-senadora Marina Silva aparecem na liderança, no conteúdo do jorna Folha de São Paulo deste domingo e que já ganha as manchetes dos principais portais e assusta o PT e PMDB. Este, esperto, olha a maré e já se inclina a um novo parceiro. Tudo lhe garanta a sombra do poder para mais um ciclo mínimo de oito anos e as dezenas de milhares de empregos públicos feitos com os nossos pesados impostos.

O texto é de Ricardo Mendonça, editor adjunto de "Poder". Numa simulação de eleição para presidente da República feita pelo Datafolha, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) alcançou 35% das intenções de voto, o que lhe garante a liderança da corrida com dez pontos de vantagem sobre o ex-presidente Lula (PT).

Em terceiro lugar, com 18% das intenções de voto, aparece a ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva (PSB). Luciana Genro (PSOL), o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), e Eduardo Jorge (PV) alcançaram 2% cada um.

Aécio, Marina, Luciana Genro e Eduardo Jorge concorreram à Presidência no ano passado. Mas foram derrotados pela presidente Dilma Rousseff, reeleita no segundo turno contra o senador tucano.

No levantamento do Datafolha, 11% disseram que votariam em branco, nulo ou em nenhum dos nomes apresentados. Outros 5% afirmaram não saber em quem votar.

O instituto também fez uma simulação de disputa presidencial com o nome do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), no lugar de Aécio.

Neste caso, Lula e Marina empatariam tecnicamente em primeiro lugar com 26% e 25%, respectivamente --a margem de erro do levantamento é de dois pontos para mais ou para menos.

Alckmin ficaria em terceiro lugar com 20%. Paes e Luciana Genro alcançariam 3% cada um. Eduardo Jorge ficaria com 2%. Brancos, nulos e nenhum somam 14%. Indecisos, 7%.

A eleição, nesse caso, ficaria mais parecida com a de 2006. Naquele ano, o principal adversário de Lula, que disputava a reeleição, foi Alckmin. No segundo turno, o petista venceu o tucano.

O Datafolha fez 2.840 entrevistas na quarta-feira (17) e na quinta (18)
Herculano
20/06/2015 21:01
QUANDO A JUSTIÇA E O PUNIÇÃO PELA LEI, É SUBSTITUÍDA PELA BARBÁRIE.

Esta a notícia, mostra o quanto estamos regredindo, como sociedade cidadã e democrática. É a ausência do estado e distância da Justiça para nos proteger, inclusive das injustiças e barbáries.

Um homem foi linchado por volta de 9h30min neste sábado num bar que fica na Rua Alfredo Eike Junior, no Bairro Imaruí, em Itajaí. Segundo a Polícia Militar ele foi agredido até a morte com pedaços de madeira e ferro por várias pessoas, ainda não identificadas. Também foram disparados tiros no local, mas caberá ao Instituto Médico Legal (IML) confirmar se o homem chegou a ser atingido.

Isto aconteceu porque ele é suspeito, repito, suspeito, de incendiar casas (de gente humilde). Suspeito? Eu e você podemos também ser suspeitos... E ai? Podemos ser penalizados mesmo sem a condição mínima de defesa...
Herculano
20/06/2015 20:51
SÓ O GOVERNO, O PT, PMDB E A PRESIDENTE ESTÃO DISTANTES DESTA REALIDADE E DO QUE A SOCIEDADE PENSA E EXIGE DELES. CHAMADA DE CAPA DO JORNAL FOLHA DE S. PAULO DESTE DOMINGO: REPROVAÇÃO DE DILMA SÓ NÃO É PIOR QUE A DE COLLOR NOS DIAS QUE ANTECEDERAM O SEU IMPEACHMENT

O texto é de Ricardo Mendonça, editor-assistente de "Poder". A presidente Dilma Rousseff chega ao final do primeiro semestre avaliada como ruim ou péssima por 65% do eleitorado, um novo recorde na série do Datafolha desde janeiro de 2011, início de seu primeiro mandato.

No histórico de pesquisas nacionais de avaliação presidencial do instituto, essa taxa de reprovação só não é pior que os 68% de ruim e péssimo alcançados pelo ex-presidente Fernando Collor de Mello em setembro de 1992, poucos dias antes de seu impeachment.

Considerando a margem de erro de dois pontos para mais ou para menos, trata-se praticamente de um empate.

No levantamento realizado na quarta (17) e na quinta (18), o Datafolha apurou que apenas 10% dos brasileiros classificam o governo da petista como bom ou ótimo.

Essa taxa - só comparável às dos momentos mais críticos de Collor, Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso - equivale a um terço da pior marca de Dilma em seu primeiro mandato, os 30% pós-junho de 2013, quando uma onda de grandes protestos espalhou-se pelo país.

Em relação à pesquisa de abril, a reprovação de Dilma subiu cinco pontos; a aprovação oscilou três para baixo.

A atual taxa de aprovação da presidente é baixa, e em patamares muito parecidos, entre eleitores de diferentes níveis de renda. No grupo dos mais pobres, os que têm renda familiar mensal de até dois salários mínimos, 11% a aprovam, 62% a reprovam. No segmento dos mais ricos (acima de 10 salários), 12% a aprovam, 66% a reprovam.

Tendências parecidas ocorrem nos recortes por sexo, idade e escolaridade.

Algum contraste pode ser observado na aprovação por região. No Sudeste, a área mais populosa, só 7% aprovam a presidente. No Nordeste, 14%. Já a reprovação nos nove Estados nordestinos, área onde Dilma obteve enorme vantagem de votos na eleição de 2014, é de 58%.

AGENDA
Os resultados ocorrem em meio à uma série de eventos negativos para a imagem da presidente, como o risco de rejeição das contas do governo em 2014 pelo Tribunal de Contas da União e o aprofundamento da Operação Lava Jato, que apura um esquema de corrupção na Petrobras.

O ajuste fiscal que tem sido defendido e promovido pelo governo tampouco parece ajudar. Para 63%, as medidas afetam principalmente os mais pobres. Outros 29% acham que afetam igualmente pobres e ricos.

A pesquisa foi feita antes da prisão de executivos da Odebrecht e da Andrade Gutierrez, as duas maiores empreiteiras do Brasil.

Mas sob forte efeito da queda do emprego, cujo resultado estatístico mais chamativo foi anunciado na sexta (19) pelo Ministério do Trabalho.

Conforme a pasta, 115 mil vagas de trabalho com carteira assinada foram encerradas em maio, o pior resultado para o mês desde 1992. Foi, conforme os dados do Caged (Cadastro-Geral de Empregados e Desempregados), o quarto mês de queda no emprego neste ano, que já acumula um saldo negativo de quase 244 mil vagas formais.

No Datafolha, o tema aparece no capítulo que investiga as expectativas econômicas da população. E também como recorde. Para 73%, o desemprego irá aumentar no próximo período ante 70% que pensavam assim três meses atrás e 62% em fevereiro.

Outro sinal detectado pela pesquisa nessa área é que o desemprego passou a ser visto como o principal problema do país por 11% do eleitorado. Em fevereiro, eram 6% os que pensavam dessa forma.

Com isso, essa questão trabalhista subiu para o terceiro lugar no ranking de preocupações, atrás da saúde (o principal problema para 22%) e da corrupção (21%).

Embora o indicador de expectativa com a economia como um todo aponte para uma tendência de melhoria, o resultado final não pode ser considerado positivo. O pessimismo, neste caso, caiu de 60% para 53% desde abril. Está um pouco menos pior.

O Datafolha ouviu 2.840 pessoas em 174 municípios
sidnei luis reinert
20/06/2015 18:21
De Ronaldo Caiado

Lula está irritado. Sabe que a Polícia Federal está bem próxima dele. Não é à toa que Lula ganhou dos empreiteiros o apelido de "Brahma", o número 1. E agora joga a culpa toda para cima de sua cria Dilma. Tenta se desvencilhar, não sabe o que fazer. A próxima etapa da Operação Lava Jato deve chegar no "cabeça" do esquema organizado por Lula.

http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/06/1645509-lula-diz-a-aliados-que-sera-proximo-alvo-do-juiz-moro.shtml
Herculano
20/06/2015 16:33
PEDÁGIO DA APAE DE GASPAR ARRECADA QUASE R$ 20 MIL NESTE SÁBADO

Nem o frio, nem a garoa que caiu em algum tempo foi o suficiente para retirar a solidariedade da população no tradicional pedágio da Apae, em vários cruzamentos e semáforos de Gaspar.

O evento apurou R$19.666,65, além da doação de Flávio Scheit, Padaria Coração do Vale e Transportes Edvaldo Rocha para os lanches dos voluntários. Nos dez postos, o que mais arrecadou foi o da Margem Esquerda (R$3.830,00), seguido do Sete de Setembro (R$2.974,00) e do que ficou no semáforo da Coloninha (R$2.796,40)
Herculano
20/06/2015 16:08
LULA RECONHECE QUE DILMA MENTIU NA CAMPANHA DE 2014, por Fernando Rodrigues

Ex-presidente: eu e Dilma estamos no "volume morto"

Petista faz relato sombrio sobre situação política

Para Lula, é "um sacrifício" convencer Dilma a viajar pelo país

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez na última quinta-feira (18.jun.2015) um relato sombrio e muito duro sobre a atual situação política do governo de Dilma Rousseff.

Num dos trechos de sua fala, reconheceu que a atual presidente mentiu durante a campanha eleitoral de 2014:

"Tem uma frase da companheira Dilma que é sagrada: 'Eu não mexo no direito dos trabalhadores nem que a vaca tussa'. E mexeu. Tem outra frase, Gilberto [Carvalho], que é marcante, que é a frase que diz o seguinte: 'Eu não vou fazer ajuste, ajuste é coisa de tucano'. E fez. E os tucanos sabiamente colocaram Dilma falando isso [no programa de TV do partido] e dizendo que ela mente. Era uma coisa muito forte. E fiquei muito preocupado".

O PSDB fez programas duros contra o PT e Dilma. Em 10 de maio de 2015, mostrou comerciais curtos nos quais brasileiros aparecem em situação de desalento. Em 19 de maio, foram veiculadas as falas de Dilma na campanha de 2014, nas quais a petista promete não arrochar salários nem produzir desemprego.

O encontro de anteontem (18.jun.2015) foi com padres e dirigentes de entidades religiosas no auditório do Instituto Lula, segundo detalhadíssimo relato das repórteres Tatiana Farah e Julianna Granjeia, do "O Globo''. Ao descrever a conjuntura atual, o ex-presidente fez um desabafo:

"Dilma está no volume morto, o PT está abaixo do volume morto, e eu estou no volume morto. Todos estão numa situação muito ruim. E olha que o PT ainda é o melhor partido. Estamos perdendo para nós mesmos".

A expressão "volume morto" se refere à crise de abastecimento de água no Estado de São Paulo. Para manter o fornecimento, o governo paulista recorreu a uma reserva das represas conhecido como "volume morto".

Como o encontro foi antes da prisões de sexta-feira (19.jun.2015) de empreiteiros por causa da Operação Lava Jato, Lula não fez menções a esse assunto.

Na conversa com religiosos, Lula deu um exemplo de como a situação está delicada para o governo federal e para o PT. Mencionou uma pesquisa interna do partido:

"Acabamos de fazer uma pesquisa em Santo André e São Bernardo, e a nossa rejeição chega a 75%. Entreguei a pesquisa para Dilma, em que nós só temos 7% de bom e ótimo".

Segundo Lula, ele teria dito a Dilma que o resultado da pesquisa não deveria desanimá-la. "Isso é para você saber que a gente tem de mudar, que a gente pode se recuperar. E entre o PT, entre eu e você, quem tem mais capacidade de se recuperar é o governo, porque tem iniciativa, tem recurso, tem uma máquina poderosa para poder falar, executar, inaugurar".

Lula falou por cerca de 50 minutos, segundo o relato de "O Globo''. Reclamou que o PT e o governo estão fazendo pouca política num momento de dificuldades econômicas para o país.

"Na falta de dinheiro, tem de entrar a política. Nesses últimos 5 anos, fizemos muito menos atividade política com o povo do que fizemos no outro período".

O ex-presidente citou algumas vezes o ex-ministro Gilberto Carvalho, interlocutor frequente do PT com movimentos religiosos. Carvalho, presente ao evento de anteontem, participou do primeiro mandato de Dilma Rousseff, mas viu seu papel dentro da administração federal ser desidratado. No momento, está fora do governo.

"Gilberto sabe do sacrifício que é a gente pedir para a companheira Dilma viajar e falar. Porque na hora que a gente abraça, pega na mão, é outra coisa. Política é isso, o olhar no olho, o passar a mão na cabeça, o beijo".

Lula falou mal do ambiente dentro do Palácio do Planalto: "Aquele gabinete [presidencial] é uma desgraça. Não entra ninguém para dar notícia boa. Os caras só entram para pedir alguma coisa. E como a maioria que vai lá é gente grã-fina? Só entrou hanseniano porque eu tava [sic] no governo, só entrou catador de papel porque eu tava [sic] no governo".

Para o ex-presidente, Dilma precisa "ir para a rua, viajar por esse país, botar o pé na estrada".

Sobrou também uma reprovação para os ministros petistas: "Os ministros têm de falar. Parece um governo de mudos. Os ministros que viajam são os que não são do PT. [Gilberto] Kassab [Cidades] já visitou 23 Estados". Kassab, ex-prefeito de São Paulo, é presidente nacional do PSD.

Para o titular da Casa Civil, Aloizio Mercadante, uma observação direta: "Pelo amor de Deus, Aloizio, você é um tremendo orador. É certo que é pouco simpático".

"Falar é uma arma sagrada. Estamos há 6 meses discutindo ajuste. Ajuste não é programa de governo. Em vez de falar de ajuste? Depois de ajuste vem o quê?". Para o ex-presidente, é necessário "fazer as pessoas acreditarem que o que vem pela frente é muito bom".
Violeiro de Codó
20/06/2015 14:32
Sr. Herculano:

Hoje, às 9:30 horas, ouvi um foguetório.
Pôxa! como os gasparenses gostam de foguete.
É no aniversário do sogro.
É no batizado do filho.
É na comunhão da filha.
É na festa da padroeira.
É na inauguração.
É traficante avisando que chegou drogas ... e muito desses pais, o filho nem um lápis decente para as tarefas de escola tem.
Depois nós, os nordestinos é que somos ignorantes, desdentados que votamos no PT.
Fui!
Sidnei Luis Reinert
20/06/2015 12:36
Pagamento de viagens, palestras e patrocínio a Instituto deixam Lula vulnerável em investigações da Lava Jato


Edição do Alerta Total ? www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Como o Instituto Lula vai conseguir custear sua despesa média mensal elevadíssima sem a ajuda dos grandes doadores - agora presos e cada vez mais enrolados nos processos da Lava Jato? Este é maior dilema de Luiz Inácio Lula da Silva e seu gestor Paulo Okamoto - que terá de enfrentar a fúria da "oposição" na CPI da Petrobras. Lula teme, concretamente, os previsíveis dissabores gerados pela prisão da cúpula da Odebrecht. Antes de ser preso, Marcelo Odebrecht teria feito uma ligação e dito: "É pra resolver essa lambança ou não haverá República na segunda-feira"...

Por enquanto, $talinácio cultiva a mesma crença-tese do amigo Marcelo Odebrecht (derrubada ontem): "Não tem homem com coragem para mandar prendê-lo, porque as consequências políticas serão gravíssimas". No entanto, Lula já até admite que é "o próximo alvo" do juiz Sérgio Moro. Para piorar, ainda reclama da "demora do governo em agir". O que Marcelo Odebrecht teria dito a ele antes de ser preso? Eis o mistério intrigante...

Nos bastidores do poder em Brasília só se faz um comentário altamente preocupante. Na visão dos petistas no Palácio do Planalto, mirando em Lula, a Lava Jato torna ainda mais insustentável o governo Dilma. O temor concreto é que o gelado cárcere em Curitiba quebre a firmeza psicológica, com ares de arrogância, até agora mantida por Marcelo Odebrecht. A previsão é de longa temporada na cadeia, já que ex-presidente da Camargo Corrêa, Dalton Avancini, que assinou delação premiada na Operação Lava-Jato, apresentou provas que ajudam a incriminar executivos da Odrebrecht e da Andrade Gutierrez.

O juiz Sérgio Fernando Moro, da 13a Vara Federal, foi bem claro na justificativa as prisões preventivas: "Pelas provas até o momento colhidas, a Odebrecht pagaria propina de maneira geral de forma mais sofisticada do que as demais empreiteiras, especialmente mediante depósitos em contas secretas no exterior". E Moro foi além: "Não só há prova oral da existência do cartel e da fixação prévia das licitações entre as empreiteiras, com a participação da Odebrecht e da Andrade Gutierrez, mas igualmente prova documental consistente nessas tabelas, regulamentos e mensagens eletrônicas".

O medo maior de Lula é que uma prolongada temporada na cadeia possa levar ao desespero parceiros que sempre cultivaram silêncio sobre tudo, fortalecendo a costumeira tese do "não sabia de nada", que as delações premiadas da Lava Jato enfraquecem a cada dia. Lula se complica, diretamente, por causa das viagens e palestras bancadas pela Odebrecht - inclusive com a presença no jatinho de um dirigente da empreiteira preso na operação "Erga Omnes". Pior que isto para Lula só se algo judicial acontecer, nos próximos 15 dias, com seus companheiros Antônio Palocci e José Dirceu (com quem estaria brigado seriamente).

Lula arranjou ontem um advogado de primeira para defendê-lo previamente. O maçom inglês Michel Temer, vice-Presidente doido para sentar na cadeira da Dilma, ponderou que as prisões da cúpula de empreiteiros não trarão problemas para o ex-Presidente Lula, apesar do lobby explícito que o ilustríssimo palestrante praticou para a Odebrecht em suas viagens ao exterior. Temer foi direto: "Em relação ao Presidente Lula não vejo nada. Nem saberia dizer quais as razões da prisão".

Temer não acha, mas as investigações sobre como a Odebrecht bancava favores ou serviços a Lula podem causar dissabores ao ex-Presidente. Em janeiro de 2013, Lula viajou a um evento da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) sobre o clima, visitou o presidente da República Dominicana e falou no congresso de trabalhadores da indústria nos EUA. Quem bancou o passeio foi a DAG Construtora, da Bahia, que faz subempreitedas para a Odebrecht. Com Lula, viajou o diretor de Relações Internacionais da Odebecht, Alexandrino Alencar, um dos presos ontem pela Lava Jato. Também estavam no jatinho da Líder Táxi Aéreo, que classificou a viagem como ?voo completamente sigiloso?, funcionários do Instituto Lula, o biógrafo Fernando Morais e o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques.

Alexandrino Alencar foi um dos principais interlocutores de Lula para viabilizar a construção do estádio Itaquerão. A revelação está no livro de memórias do ex-presidente do Corinthians, o hoje deputado federal Andrés Sanchez, que também foi dirigente da CBF e que teme sofrer rebarbas do escândalo da Fifa, investigado pelo FBI dos EUA. Tocada pela Odebrecht, a obra do estádio do Corinthians corre risco de se transformar em alvo de investigações da Lava Jato.

O mesmo Alexandrino Alencar já havia sido convidado por Lula para acompanhá-lo em comitiva do governo brasileiro à África, em 2011, quando Lula já não era mais presidente. Naquele ano, o pedido causou constrangimento ao Itamaraty, porque o diretor não trabalhava no governo nem tinha relação direta com atividades do ex-presidente. Na África, a Odebrecht tem parcerias em grandes negócios de exploração de diamantes em Angola, além de grandes obras em Moçambique.

Sobre a viagem de janeiro de 2013, a Odebrecht informou ao jornal O Globo, em 12 de abril deste ano, que Alencar teria acompanhado o ex-presidente apenas no trecho que incluiu a República Dominicana e Cuba, onde a empresa construiu o Porto de Mariel. A Odebrecht fez questão de frisar que seu dirigente não teria acompanhado o ex-presidente na viagem ao Estados Unidos, apesar do trecho também ter sido pago pela construtora. A Odebrecht também alegou que usou sua parceira comercial DAG para pagar a viagem ?por uma questão de logística?.

Resumindo: Lula nunca esteve tão ferrado quanto agora...
Herculano
20/06/2015 09:41
DEPOIS DE TER CRIADO DILMA, LULA A DESTRÓI, por Ricardo Noblat, de O Globo

A oposição foi incapaz de produzir um diagnóstico tão devastador do governo da presidente Dilma e da situação do PT. Todo o mérito cabe a Lula, segundo reportagem de Tatiana Farah e Julianna Granjeia publicada, hoje, em O Globo. Durante encontro com religiosos, Lula não poupou sequer ele mesmo.

Sua frase ?Dilma e eu estamos no volume morto. O PT está abaixo do volume morto?, entrará certamente para a História da política recente do país como a mais emblemática do período de 12 anos e seis meses do PT no poder. Como Lula é um bom frasista, não se descarte a possibilidade de ele cometer ainda uma frase melhor.

A reunião de Lula com religiosos aconteceu anteontem, no Instituto Lula, em São Paulo. Contou com a presença de Gilberto Carvalho, ex-secretário da presidência da República no primeiro governo Dilma. Ligado aos chamados movimentos sociais, foi Gilberto que levou os religiosos para conversar com o ex-presidente.

Por sinal, a essa altura, depois da prisão dos presidentes das empreiteiras Odebrecht e Andrade Gutierrez, as duas maiores do país, e de novas revelações trazidas pelas edições de fim de semana das revistas VEJA e ÉPOCA, é possível que Lula viesse a admitir que não somente o PT está abaixo do "volume morto", mas ele também.

O desabafo de Lula deve ter sido gravado. O que sugere isso é a citação de tantas frases com começo, meio e fim, além do colorido da fala costumeira de Lula. Ficará difícil para ele desmentir o que lhe foi atribuído. Quanto a Dilma... Só lhe restará o silêncio. E a indignação com o que disse seu criador.

Um dos momentos mais constrangedores para Dilma no desabafo de Lula é este, quase ao final do encontro do ex-presidente com os religiosos:

- Tem uma frase da companheira Dilma que é sagrada: "Eu não mexo no direito dos trabalhadores nem que a vaca tussa". E mexeu. Tem outra frase, Gilberto, que é marcante, que é a frase que diz o seguinte: "Eu não vou fazer ajuste, ajuste é coisa de tucano". E fez. E os tucanos sabiamente colocaram Dilma falando isso (no programa de TV do partido) e dizendo que ela mente. Era uma coisa muito forte. E fiquei muito preocupado.

Ou seja: Lula endossou a crítica mais frequente feita pela oposição à Dilma. Reconheceu que ela mexeu no direito dos trabalhadores. E que mentiu ao dizer que não faria ajuste fiscal. De resto, batizou o governo Dilma de "governo de mudos". E censurou "a companheira" por não viajar para defender seu governo. Injustiça! Dilma tem viajado muito.

Para ilustrar as dificuldades enfrentadas pelo PT e por ele, Lula citou uma pesquisa de opinião pública aplicada em parte do ABC paulista, justamente onde o PT nasceu.

- Acabamos de fazer uma pesquisa em Santo André e São Bernardo, e a nossa rejeição chega a 75%. Entreguei a pesquisa para Dilma, em que nós só temos 7% de bom e ótimo - comentou Lula.

Lula relembrou uma recente conversa que teve com Dilma - e ao fazê-lo diante de pouco mais de 30 pessoas, foi, no mínimo, desleal com Dilma. Não se revela conversa com presidente.

- Eu fiz essa pergunta para Dilma: "Companheira, você lembra qual foi a última notícia boa que demos ao Brasil?". E ela não lembrava. Como nenhum ministro lembrava. Como eu tinha estado com seis senadores, e eles não lembravam. Como eu tinha estado com 16 deputados federais, e eles não lembravam. Como eu estive com a CUT, e ninguém lembrava.

Lula deu um tiro de bazuca no governo de sua companheira. Ele a criou. Ele a destrói.
Herculano
20/06/2015 08:28
QUE PAÍS É ESTE? por Merval Pereira para o jornal Globo

Para se ter uma ideia do que representa a prisão de Marcelo Odebrecht, basta saber que ele mandava ir para sua casa todo diretor da empreiteira que fosse alvo de boatos de prisão. Queria, com isso, dar garantias ao funcionário de que ninguém o molestaria. Ver policiais em sua casa ontem pela manhã em São Paulo deve ter irritado muito o dirigente da maior empresa brasileira.

Momentos como esse marcam a reviravolta de um país. "Quando vão pegar a Odebrecht?" era a pergunta que não calava, como se dependesse da resposta a credibilidade de toda a Operação Lava-Jato.

O fato de ter demorado tanto demonstra bem os perigos que corriam os procuradores do Ministério Público, a Polícia Federal e o próprio juiz Sérgio Moro para dar esse passo decisivo. Não foi à toa que investigaram por quase um ano as duas maiores empreiteiras do país, Odebrecht e Andrade Gutierrez, antes de prender seus principais dirigentes.

A prisão dos dois prova que o país está mudando. É sintomático de um novo momento que o Brasil vive, tentando controlar a corrupção, completamente disseminada. A prisão icônica de Marcelo Odebrecht, com base numa investigação extensa, é um indício de provas da atuação dele nos desvios da Petrobras e em outras estatais também.

Se tivesse havido a delação premiada na ação penal do mensalão, o resultado teria sido bem mais aprofundado. O publicitário Marcos Valério só está preso, condenado a mais de 40 anos, porque até o último momento acreditava que seus cúmplices no PT, especialmente Lula, tivessem força política para evitar o julgamento.

Bem que o ex-presidente tentou, mas já ali não tinha mais a capacidade de interferir, embora tenha sido poupado da denúncia pelo receio do procurador-geral da República à época de que, incluindo-o entre os denunciados, o processo não andasse. Sobrou para o seu ex-ministro da Casa Civil e notório homem forte José Dirceu a carga de ser o comandante da trama.

Assim como o juiz Sérgio Moro diz hoje que "é inviável" que os presidentes das empreiteiras não soubessem do que acontecia, devido ao tamanho da operação criminosa, já não é um bicho de sete cabeças dizer que as relações de Lula com as empreiteiras eram tão próximas que é "inviável" que o ex-presidente nada soubesse do que andavam tramando os políticos e empreiteiros na Petrobras e em outras estatais pelo país afora.

Além do mais, o PT é um dos partidos mais beneficiados pelos desvios das estatais. É uma questão de tempo as investigações chegarem ao Instituto Lula e a sua empresa de palestras, juntando dois mais dois. A relação do ex-presidente com as empreiteiras, notadamente a Odebrecht, é do conhecimento público, e o que há de menos grave nelas é o conflito de interesses.

Lula não é um ex-presidente qualquer que passou a fazer parte do circuito internacional de palestras, o que é muito natural. Ele continua sendo a eminência parda dos governos petistas, influindo decisivamente nos rumos do país, para o bem e para o mal.

Por isso, não poderia ter esse relacionamento comercial com empresas que prestam serviços ao governo que comanda dos bastidores. Se nos áureos tempos do mensalão Dirceu já disse que "um telefonema meu é um telefonema", imaginem um telefonema de Lula.

Se o ex-presidente Lula tiver algum tipo de participação nos desvios, certamente a informação vai aparecer. É preciso investigar a ligação entre as palestras e as viagens internacionais do ex-presidente, financiadas pela Odebrecht, e a interferência dele para beneficiar a empresa.

Para chegar até aqui, tivemos que passar pelo mensalão. O que está sendo desvendado nesses dez anos é simplesmente uma maneira de fazer negócios (e política) que predomina no país não é de agora, mas que o PT exacerbou ao máximo, provavelmente escudado na popularidade de Lula.

"Que país é este?", perguntou, genuinamente surpreso, o ex-diretor da Petrobras Renato Duque, indicado pelo PT, ao ser preso em sua casa. É o que veremos ao fim da Operação Lava-Jato.
Herculano
20/06/2015 08:02
BRASÍLIA VIVE PSICOSE DO PERÍODO "PÓS-ODEBRECHT", por Josias de Souza

Retido em Brasília por um compromisso na Esplanada, um senador governista ficou impressionado com a tensão exibida pelo ministro que o recebeu nesta sexta-feira (19). Resolvida a demanda paroquial que levara o parlamentar a pedir a audiência, a conversa enveredou por um tema incontornável: as novas prisões da Lava Jato. O ministro utilizou a expressão "Pós-Odebrecht" como sinônimo de deterioração. Como em: "A situação vai de mal a Pós-Odebrecht!"

Os riscos envolvidos na prisão de Marcelo Odebrecht seriam tão grandes que todo o estrago que a Operação Lava Jato já fez no Legislativo, no Executivo e no mercado da construção pesada virou prefácio. A política experimenta um sentimento inédito de vulnerabilidade. A oposição está preocupada. E o governo está em pânico. Quem consegue dormir bem enquanto todos perdem o sono à sua volta provavelmente está mal informado.

Em notícia veiculada em sua última edição, a revista Época relata que o presidente da Odebrecht descontrolou-se quando os policiais federais chegaram em sua casa com um mandado de prisão. Antes de ser levado, Marcelo Odebrecht teria feito três ligações. Numa delas, alcançou um amigo com credenciais para contactar Lula e Dilma Rousseff. "É para resolver essa lambança", teria mandado dizer. "Ou não haverá República na segunda-feira."

Os destinatários do recado podem até considerar adequado dialogar com o novo hóspede da carceragem da PF em Curitiba. Mas os únicos interlocutores que o mandachuva da Odebrecht terá nos próximos dias, além dos seus advogados, serão os membros da força-tarefa da Lava Jato. E já está entendido que, para esses personagens, Marcelo Odebrecht precisa de interrogatório, não de diálogo.

Emílio Odebrecht, patriarca da família que controla a maior construtora da América Latina, também teve acessos de raiva nos últimos dias, informa a notícia de Época. Seu pavio diminuía na proporção direta do crescimento dos rumores sobre a perspectiva de detenção do filho. Conforme o relato de amigos, Emílio deu para repetir uma ameaça: "Se prenderem o Marcelo, terão de arrumar mais três celas. Uma para mim, outra para o Lula e outra para a Dilma."

Ainda não sabe para onde a Lava Jato vai levar o Brasil. Mas a operação já surte efeitos extraordinários. Intima o país à reflexão. O caos já começou ou ainda não chegamos ao fundo do Pós-Odebrecht?, eis a pergunta que o brasileiro faz a si mesmo enquanto caminha para o insondável. Se a família Odebrecht cumprisse as ameaças de romper o silêncio, o país talvez eliminasse a fase do caos, caindo direto no pântano. Que é o melhor lugar para começar uma nação inteiramente nova.
Herculano
20/06/2015 07:56
ALTA TENSÃO, por Igor Gielow para o jornal Folha de S. Paulo

Um dos mais argutos políticos em atividade definiu a nova fase da Lava Jato como ponto de inflexão. Repassando os rumores de que a apuração sobre a Odebrecht levaria à campanha de Dilma em 2014, ele vê pela primeira vez desde a eclosão do caso risco real de o governo ser fulminado.

Não se sabe ainda se é para tanto, mas Planalto e PT estão preocupados. No mínimo, considerando que os rumores sejam apenas isso, porque a operação atingiu a Odebrecht.

Não se trata só da maior empreiteira brasileira, o que em si enseja preocupações legítimas para uma economia já em depressão e com desemprego em alta, mas também de uma das empresas mais próximas não só do governo, mas também de Lula.

Virtual candidato em 2018, o petista vê o corredor estreitar-se a cada uma das estações da cruz da Lava Jato. As relações do instituto que leva seu nome com empreiteiras já estavam na mira; agora o pesadelo atende pelo nome de delação premiada.

Não só governistas têm com que se preocupar, como o "Para Todos" que dá nome à etapa indica. O chefão da Andrade ora alojado na PF de Curitiba é unha e carne com o tucanato.

Palacianos bateram bumbo sobre o fato, talvez porque miséria goste de companhia. Mas são eles que têm mais a perder, ainda mais com impopularidade de Dilma e a ameaça de uma rejeição de contas virar mote de processo de impeachment.

Com esse cenário carregado, os olhos se voltam para o trabalho da investigação. Um deslize agora pode significar o fim da Lava Jato, já que todas as acusadas estão no mesmo balaio e procurando agulhas envenenadas no palheiro da apuração. A carta do risco sistêmico de contágio a bancos credores reaparecerá.

Um objetivo central da Lava Jato sempre foi chegar aos donos do dinheiro. Apenas uma apuração rápida, objetiva e serena garantirá que seu zênite neste particular não seja também a véspera do epílogo.
Herculano
20/06/2015 07:46
da série, o jornalismo dos dois lados desagrada o poder, os políticos com suas verdades, os jornalistas que não sabem perguntar, os preguiçosos, os mal formados e os que recebem do poder de plantão, e principalmente os petistas.

A BABA DOS RESSENTIDOS E DOS IDIOTAS FINANCIADOS PELO DINHEIRO PÚBLICO, por Reinaldo Azevedo, de Veja.

Ancoro o programa "Os Pingos nos Is", na Jovem Pan AM E FM, hoje a maior audiência do rádio brasileiro, felizmente, de segunda a sexta, entre 18h e 19h. O programa está no ar desde abril do ano passado, e a audiência não para de crescer - como sabem também as outras emissoras. Trata-se apenas de um fato.

É claro que os idiotas procuram as teorias as mais exóticas para explicar o "fenômeno". Tendo a achar que assim é porque o programa é bom - e não, eu não acho que tudo o que dá audiência é bom nem que tudo o que é bom dá audiência. Mas também não estou entre aqueles que acreditam que a qualidade de um programa jornalístico é inversamente proporcional a seu público. Há muita gente que não é ouvida - ou vista ou lida - por quase ninguém porque é chata, incompetente, primária.

Quem ouve o programa sabe qual é a nossa praia. Talvez seja a atração da radiodifusão brasileira que mais recomende livros, filmes, músicas etc. E ela trata, afinal, basicamente, de política e economia. Não havia uma fórmula para começar. A coisa foi acontecendo assim. Trata-se de um programa essencialmente opinativo. Mas só se pode opinar sobre um fato, e este tem de ser inconteste, ou a opinião não será boa nem má, mas apenas errada. Sim, existem opiniões erradas. Basta que lide, por exemplo, com números falsos.

Se você é favor da legalização do aborto porque lhe contaram que morrem por ano 200 mil mulheres em razão desse procedimento, como se repetia por aí, a sua opinião está errada porque o número é falso. Morrem pouco mais de mil. É muito? É. Mas não são 200 mil. Se você é contra a redução da maioridade penal porque os adolescentes cometeriam menos de 1% dos delitos graves, a sua opinião é igualmente errada. Esse número não existe. Eu sou contra a mudança da lei do aborto e a favor da mudança do texto constitucional sobre a maioridade. Convivo com gente que pensa o contrário. Desde que esteja com os números certos, é claro!

O programa não lidera com tanta folga porque tem este ou aquele viés ideológico. Até porque aposto que boa parte dos ouvintes não concorda comigo. E eu não sou o tipo de sociopata que aposta que um dia todos descobrirão "a verdade": a minha. Por que essa longa consideração?

Nesta quinta, entrevistamos a senadora Marta Suplicy, sem partido no momento, possível candidata à Prefeitura de São Paulo. É claro que já discordei de Marta muitas vezes - aliás, aconteceu durante a entrevista. Dado o tempo, foram feitas as perguntas possíveis, com a dureza necessária. E, por razões óbvias, dado que ela saiu do PT e que o partido foi à Justiça para tomar o seu mandato, a senadora criticou o petismo e suas respectivas gestões na capital paulista e no país.

Foi o que bastou para a Al Qaeda eletrônica cair de pau na senadora. Oh, como ela ousa conceder uma entrevista a alguém como eu, um notório crítico do PT? É claro que eles não escreveram "notório crítico do PT", né? As prostitutas do financiamento estatal, disfarçadas de jornalistas, são mais bocudas do que isso.

Ora, e por que a senadora não falaria ao programa de rádio mais ouvido do país? Só porque ela discorda de mim? Só porque eu discordo dela? Venham cá: agora que ela está rompida com o PT, esses veículos financiados pelo leite de pata do dinheiro público vão continuar a elogiá-la, como faziam antes, ou ela virou uma "inimiga"? Eu entrevistei Marta sem concordar com ela - manifestando, inclusive, essa discordância. A gritaria é puro alarido de ressentidos, de idiotas, de incompetentes.

Ademais, a repercussão do programa, refiro-me à positiva, foi realmente espantosa. Por "positiva", quero dizer o seguinte: gente que reconhece que foi jornalisticamente relevante. Parece que os vermelhinhos que gostam das verdinhas oficiais ficaram furiosos porque cutuquei Marta, perguntando-lhe a razão de jamais falar mal de Lula - e ela acabou falando. Entendi: eles, porque se dizem "progressistas", jamais fariam uma entrevista com a senadora; e eu, porque sou "conservador", jamais deveria entrevistá-la. No mundo dourado desses cretinos, quando alguém abandona tem de ser banido da vida.

Eu entrevisto quem se disponha a responder as perguntas que tenho a fazer. Quanto aos ressentidos, fazer o quê? Vão lá entrar na fila do guichê para pegar mais um capilé oficial. Ou vão curtir a sua irrelevância de maneira um pouco mais digna
Herculano
20/06/2015 07:35
O PT E A MASSA DE MANOBRA, por Lauro Jardim, de Veja

Instalou-se um tremendo mal-estar no congresso do PT da semana passada, quando Benedita da Silva e Patrus Ananias debatiam se o partido deve ou não mudar a forma como elege a direção da legenda.

Patrus defende a mudança, Benedita é contra.

Defendeu Benedita, veemente, crente que estava abafando:

- O PT deve ser um partido de massa.

Patrus aproveitou a deixa e retrucou:

- Mas não de massa de manobra. Hoje o PT é isso.

Benedita ficou sem graça, mas sua tese acabou vencendo.
Herculano
20/06/2015 07:27
MORRE AOS 79 ANOS O CRIADOR DA BRASÍLIA E DO SP-2, DA VOLKSWAGEN

Criador da Brasília, um dos carros mais famosos dos anos 1970 e 1980, Marcio Lima Piancastelli morreu na tarde de quinta (18), aos 79 anos.

Piancastelli demonstrava aptidão para projetos automotivos desde cedo. Prova disso é que, em 1962, aos 26, tirou o segundo lugar no Prêmio Lúcio Meira - concurso de design automotivo instituído naquela década - com a apresentação do projeto do cupê Itapuan.

A colocação lhe renderia bolsa para o curso de design de automóveis no renomado estúdio Ghia, em Turim, Itália.

Retornando ao Brasil, não mais abandonou a área de projetos automobilísticos. Trabalhou na Willys-Overland, na Ford e na Volkswagen, onde se consagrou como projetista.

Antes de seu projeto de maior sucesso, Piancastelli trabalhara na criação da versão brasileira do VW TL (1970). De sua autoria também foram o SP-1 e o SP-2.

Contudo, o melhor estava por vir. Em 1973, a Brasília coroaria a trajetória de sucesso desse mineiro que, segundo a própria Volks, integrou o grupo de projetistas que nos anos 1970 demonstrou a capacidade de inovação dos brasileiros ao criar os primeiros carros genuinamente nacionais da marca.
Herculano
20/06/2015 07:22
O INTOCÁVEL E O QUE DESAFIAVA, FINALMENTE TREMEU. DEZ, ONZE AFIRMAM QUE ELE SABIA DE TUDO, AVALISAVA E COMANDAVA DISFARÇADAMENTE POR SEUS OPERADORES MOSTRANDO O SEU PODER, INCLUSIVE DE ARTICULAÇÃO. UMA PARTE JÁ FOI OU ESTÁ SENDO PEGA.

LULA DIZ A ALIADOS QUE SERÁ O PRÓXIMO ALVO DO JUIZ SÉRGIO MORO

O conteúdo é do jornal Folha de S.Paulo. O texto de Cátia Seabra, Bela Megale, Valdo Cruz, Andreia Sadi, Natuza Nery e Flávia Forque. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse a aliados que a prisão dos presidentes da Odebrecht e da Andrade Gutierrez é uma demonstração de que ele será o próximo alvo da Operação Lava Jato. Lula também reclamou nesta sexta-feira (19) do que chamou de inércia da presidente Dilma Rousseff para conter os danos causados pela investigação.

Ainda segundo seus interlocutores, Lula se queixa da atuação do ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, que teria convencido Dilma a minimizar o impacto político da Lava Jato.

Nas conversas, ele se mostra preocupado pelo fato de não ter foro privilegiado, podendo ser chamado a depor a qualquer momento.

Para petistas, os desdobramentos das investigações podem afetar o caixa do partido e por em xeque a prestação de contas da campanha da presidente.

Nesta sexta, Lula manteve sua agenda: um almoço com o ministro da Educação, Renato Janine, e o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, além do secretário municipal de Educação, Gabriel Chalita. Segundo participantes, ele exibia bom humor.

PROXIMIDADE
A conhecida proximidade dos executivos da Odebrecht com Lula preocupa o PT. A empresa patrocinou viagens do ex-presidente ao exterior com a justificativa de tentar fomentar negócios na África e América Latina.

Em viagem à Guiné Equatorial em 2011, como representante do governo Dilma, o ex-presidente colocou entre os integrantes de sua delegação oficial o executivo Alexandrino Alencar, diretor de relações institucionais da Odebrecht, também preso nesta sexta-feira.

Lula e Alexandrino são conhecidos de longa data: no livro "Mais Louco do Bando", Andrés Sanchez, ex-presidente do Corinthians, relata uma viagem em 2009 que Alexandrino fez a Brasília com Emílio Odebrecht, presidente do conselho de administração da empresa. Na época, Lula pediu ajuda à Odebrecht para o Corinthians construir seu estádio.

A tensão no mundo político também se explica por uma informação que circula desde o fim de 2014 no meio empresarial. Marcelo Odebrecht, segundo aliados, afirmou que não "cairia sozinho" caso fosse preso. A empresa sempre negou ameaças.

DEFESA
Petistas e integrantes do governo também reagiram contra a oposição e afirmaram que, dada a influência das duas empreiteiras e o amplo leque de relações dos executivos presos, a investigação atingirá as demais siglas, incluindo o PSDB.

Durante a campanha presidencial de 2014, segundo estes interlocutores do governo, os presidentes das duas empreiteiras fizeram chegar reservadamente ao Planalto a sua intenção de votar na oposição.
Herculano
20/06/2015 07:13
AFRONTA EM CARACAS, editorial do jornal Folha de S.Paulo

Não causa nenhuma surpresa o ocorrido na quinta-feira (18), em Caracas, com a comitiva de senadores brasileiros que intentava visitar opositores presos pelo governo da Venezuela.

Num episódio que mais uma vez confirma a deterioração das instituições daquele país, atos de hostilidade se organizaram contra a visita, barrando o percurso do micro-ônibus que levava os congressistas.

O mínimo a esperar, em tais situações, seria que se oferecessem garantias de segurança para o deslocamento dos parlamentares. Uma turba de militantes cercou, porém, o veículo da comitiva.

A intimidação foi facilitada pela múltipla operação de tráfego coincidentemente organizada naquele mesmo dia - envolvendo o traslado de um prisioneiro recém-extraditado, a limpeza de túneis, um derramamento de carga e não se sabe mais que outros expedientes.

É comum nos governos habituados ao abuso da força o recurso a subterfúgios e disfarces inconvincentes antes da explicitação, de uma vez por todas, de seu caráter ditatorial. Milícias supostamente autônomas fizeram em muitos países a obra preparatória da violência e da desordem antes de se efetuar o golpe final do totalitarismo.

Também não escapa ao figurino fascista a nota do deboche - tal como expressa pelo vice-presidente Jorge Arreaza, que enviou mensagem à mulher de um dos políticos encarcerados pelo regime. Se os senadores tentavam visitar os opositores presos, disse a autoridade venezuelana, era porque não tinham "muito trabalho por lá [no Brasil]".

Por improvisada que possa ter sido a iniciativa dos brasileiros (e por mais que lhes tenha resultado em ganho político), não há como aceitar tal expressão de desrespeito.

Se a plena vigência da democracia é condição para que um país pertença ao Mercosul, não se pode negar legitimidade à missão dos senadores, querendo avaliar "in loco" uma situação política que o Executivo brasileiro já deu mostras de tratar com complacência.

Neste caso, ao menos, o Itamaraty reagiu com prontidão. Repudiou o incidente, como seria de esperar. Enquanto espessas sombras continuam a pesar sobre o horizonte político venezuelano, continuam pouco nítidas, todavia, as reais disposições do petismo perante seus companheiros do norte
Herculano
20/06/2015 07:10
DO EX-PRESIDENTE FERNANDO HENRIQUE CARDOSO, PSDB, SOBRE O EX-SECRETÁRIO DO TESOURO, ARNO AUGUSTIN, ASSUMIR COMO LARANJA NAS PEDALADAS FISCAIS PARA SALVAR A RESPONSABILIDADE E O MANDATO DE DILMA VANA ROUSSEFF, PT

"É mais grave ainda. Ele pode reconhecer o que quiser, a responsabilidade não é dele. Ninguém toma essa decisão em nível do secretário".
Herculano
20/06/2015 07:05
ENTRARAM NO CONTO DO VIGÁRIO. TEM GENTE ESPERTA QUE QUIS ENGANAR O LEÃO POR AQUI PARA EXIBIR RIQUEZA E REFORÇAR O CAIXA QUE NÃO ESTÁ DORMINDO

A Receita Federal identificou um golpe de um grupo que se dizia especialista em reestruturação e negociação fiscal. Segundo se apurou até agora, ele já soma R$ 30 milhões de prejuízo no Vale do Itajaí. Segundo estimativa do delegado da Receita em Blumenau, o esquema pode ultrapassar os R$ 100 milhões. E era fácil. Uma obrigação de por 40% ou menos do que se devia à Receita, e uma parte de sucesso ao "profissionais". Agora, os empresários espertos, vão pagar o que deviam em dobro, além de perder a taxa de sucesso aos intermediários. O leão não dá sossego a quem não é diligente com os seus deveres.
Herculano
20/06/2015 06:58
ESTADO DE ESPÍRITO, por Mônica Bergamo para o jornal Folha de S. Paulo

A pergunta recorrente ontem entre advogados e políticos era: qual a chance de Marcelo Odebrecht fazer delação premiada? "Zero", diz um dos advogados da equipe do empreiteiro.

ÁGUA BENTA
Pouco antes de ser preso, Marcelo Odebrecht não escondia sua contrariedade com Dilma Rousseff. Ele afirmou a mais de um interlocutor que a presidente, acreditando que ao juiz Sergio Moro só interessaria punir as empreiteiras, poupando o governo, teria, digamos, se desinteressado do caso.

A VÍTIMA
Na visão de Odebrecht, Moro evita aprofundar o envolvimento de políticos para que o caso não saia de suas mãos - quando alguma pessoa com cargo público é citada, a investigação tem que ser encaminhada ao STF (Supremo Tribunal Federal). Ao juiz restaria condenar as empreiteiras por cartel, em que o governo é vítima.

FORA DE CONTROLE
Neste raciocínio, só um fio estaria até então "desencapado": o do empreiteiro Ricardo Pessoa, da UTC, que fez acordo de delação premiada em Brasília. Ele, sim, poderia envolver políticos do mais alto escalão do governo no escândalo da Lava-Jato.

VERSÃO DA VERSÃO
A tensão no governo Dilma, por sinal, já vinha aumentando nos últimos dias justamente por causa da delação premiada de Pessoa. De acordo com versões que circulam no alto escalão do governo, ele teria citado ministros da cota pessoal da presidente. A informação não é confirmada.

VERSÃO DA VERSÃO 2
No STJ (Superior Tribunal de Justiça) circulava também a informação de que Pessoa teria envolvido novos governadores e ex-governadores na Lava-Jato.
Herculano
20/06/2015 06:53
VEREADOR DE BLUMENAU QUE JÁ FOI PROMOTOR PÚBLICO E ÍCONE NA DEFESA DA CIDADANIA É DENUNCIADO PELO PT DE LÁ POR CONTRATAR DOIS ASSESSORES FANTASMAS

O vereador Cézar Cim, hoje no PP, mas que se destacou no PDT, foi denunciado por contratar dois assessores - que deveriam trabalhar na Câmara - mas que batem ponto em seu escritório particular de advocacia em Blumenau. De acordo com a denúncia feita pelo vereador petista Jefferson Forest que é genro do casal Décio Neri e Ana Paula de Lima, que mandam no PT daqui, o prejuízo aos cofres públicos podem ultrapassar R$ 70 mil entre os anos de 2014 e 2015. O petista encaminhará cópia da denúncia ao Ministério Público e solicitará que o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Casa investigue a situação.

Num texto assinado por Osires Reis, do Jornal de Santa Catarina, da RBS de Blumenau. "Cim teria contratado uma assessora com um salário de R$ 4.365,45 para atuar na Câmara por um ano a partir de maio de 2014. Para embasar a denúncia, Forest usou prints - cópias das postagens nas redes sociais - em que a funcionária declarava que os chefes eram os filhos de Cézar João Cim, em seu escritório de advocacia. Forest também cita momentos em que a assessora fazia check-in - publicava sua localização exata nas redes sociais no escritório, no momento em que deveria estar cumprindo expediente na Câmara.

- É triste revelar uma situação desta natureza. É a função dos vereadores fiscalizar o recurso público e nós fizemos o nosso trabalho. Esse tipo de situação prejudica a imagem do parlamento, que poderia estar em uma pauta mais positiva - constata Forest.

Volto. O vereador petista de Blumenau fez o certo. Nada a reparar. Mas, em Gaspar o mesmo PT de Forest combate, constrange e anula que possui a mesma capacidade para combater os desvios da administração petista de Pedro Celso Zuchi, Antônio Carlos Dalsóchio, Doraci Vans, Mariluci Deschamps Rosa, José Amarildo Rampelotti... Acorda, Gaspar!
Herculano
19/06/2015 21:51
TUCANOS PROVOCAM CARACAS E DOBRAM BRASÍLIA, por Breno Altman

Não pode ser vista como operação isolada a ida à Venezuela da delegação de senadores liderada pelo tucano Aécio Neves.

O Senado, há muito tempo, abriga o principal bunker contra a política externa brasileira, jamais combatido com o rigor e persistência necessários.

A Comissão de Relações Internacionais, hoje presidida por Aloysio Nunes (PSDB-SP), sucedendo ao peemedebista Ricardo Ferraço (ES), ambos integrantes da comitiva que foi a Caracas, é espaço privilegiado de articulação dos opositores à orientação diplomática traçada por Lula, Celso Amorim e Marco Aurélio Garcia.

Quem não se lembra, por exemplo, da internação ilegal, em território brasileiro, do ex-senador boliviano Roger Pinto, inimigo do governo Evo Morales e acusado por diversos crimes em seu país?

Este foi apenas um dos casos envolvendo a instituição senatorial, que também coordenou os esforços para impedir, o quanto pode, a aceitação da Venezuela no Mercosul.

Seus integrantes, além do mais, mantêm estreitos vínculos com o Departamento de Estado norte-americano. Não seria de estranhar que a viagem à terra de Chávez tenha feito parte de uma articulação mais ampla.

A intenção primária da turnê parlamentar estava evidente: alimentar as forças conservadoras venezuelanas, especialmente suas frações mais reacionárias, buscando isolar internacionalmente o governo de Nicolás Maduro, principal alvo da Casa Branca na América Latina.

O outro objetivo tampouco esteve oculto: criar embaraços nas relações entre Brasil e Venezuela, gerando factoides que pudessem forçar o governo Dilma a colidir com um de seus aliados mais próximos.

Os senadores foram ajudados pelo acaso para avançar com sua operação. Bloqueada a via expressa que liga o aeroporto de Maiquetía a Caracas, em função do transporte de um preso extraditado da Colômbia, os parlamentares se recusaram a buscar outra forma de acesso e começaram a disseminar falsidades sobre sabotagem contra sua visita ao país.

O deputado João Daniel (PT-SE) desmascarou a inventiva. Viajando em um avião da Copa Airlines, pousado no mesmo horário que os representantes do Senado, seguiu caminho por uma rota secundária e chegou à capital venezuelana algumas horas depois.

Tucanos e agregados não fizeram o mesmo porque preferiram forjar denúncias contra o presidente Nicolás Maduro, ao mesmo tempo em que jogavam a imprensa brasileira no pescoço do Itamaraty.

Também se depararam com protestos legítimos e pacíficos de apoiadores do governo venezuelano. A van que os transportava, sempre protegida pela polícia, foi cercada por gente que democraticamente bradava contra a ingerência externa e o apoio a golpistas do naipe de Leopoldo Lopez e Antonio Ledezma, os dois prisioneiros acusados de incitação à violência a quem os senadores brasileiros pretendiam visitar.

Através das redes sociais, os parlamentares mentiram descaradamente, noticiando hostilidades e agressões sobre as quais não há qualquer prova.

Notícias fabricadas logo começaram a ser repercutidas pela mídia tradicional e atingiram o coração da república, levando a um dos dias mais vergonhosos na história da esquerda tupiniquim.

A Câmara dos Deputados, por unanimidade das lideranças partidárias, aprovou uma moção de repúdio "ao tratamento que a comitiva de senadores brasileiros em missão à Venezuela está recebendo", considerando que os personagens encontravam-se "covardemente agredidos".

A nota foi proposta pelo deputado Nilson Leitão, líder do PSDB, e pode ser lida na íntegra.

O líder do governo na casa, deputado José Guimarães (PT-CE), orientou o voto a favor. As bancadas do PT, PC do B e até do PSOL acompanharam a posição.

Somente o medo em relação ao massacre midiático e altas dosagens de cretinismo parlamentar podem explicar atitude de tamanha pusilanimidade, abaixando a cabeça para a palhaçada golpista armada pelo PSDB.

O governo federal não ficou atrás.

O ministro da Defesa, Jacques Wagner, já tinha oferecido um avião militar para transportar os senadores, sem qualquer obrigação legal ou protocolar de fazê-lo.

Na prática, em pleno ajuste fiscal, o gabinete chefiado pela presidente Dilma Rousseff aceitou financiar, com dinheiro público, a viagem de parlamentares empenhados em uma operação que feria a autodeterminação de um país amigo e poderia afetar as relações cordiais com essa nação.

Pressionado pela mídia e o parlamento, coube ao Itamaraty mais um ato de rendição à chanchada tucana: através de texto oficial, embora evitando condenações ao governo de Nicolás Maduro, classificou as manifestações de protesto contra a comitiva como "atos hostis".

O documento pode ser lido aqui.

O que seria correto? Que o governo venezuelano reprimisse os manifestantes contra a ingerência tucana, para evitar a suposta "hostilidade"? Que fosse abolido o direito dos venezuelanos se manifestarem contra delegações estrangeiras notoriamente a serviço da desestabilização do país?

O fato é que, se os tucanos e seus sócios desempenharam a função sórdida que haviam anunciado, em pastelão contra a democracia e o direito internacional, o governo brasileiro e as principais forças de esquerda se dobraram à infâmia.

Já passou a hora de compreender que não é possível lutar contra o golpismo e o retrocesso, aqui ou lá fora, através da genuflexão diante das ameaças que rondam a democracia.
Herculano
19/06/2015 21:46
A ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA, O PODER E O ROUBO DO NOSSO DINHEIRO FEITO DOS PESADOS IMPOSTOS QUE PAGAMOS PARA O GOVERNO E QUE SE DESVIA NA CORRUPÇÃO DOS POLÍTICOS E PARTICULARES. ODEBRECHT E ANDRADE DERAM R$106 MIL DE PROPINA, INDICAM DELATORES

Conteúdo do jornal Folha de S.Paulo. Texto de Graciliano Rocha. No despacho que determinou a prisão dos executivos da Odebrecht e da Andrade Gutierrez, o valor atribuído por delatores à propina paga pelas duas empreiteiras a dirigentes da Petrobras e operadores de partidos políticos alcança R$ 106 milhões aproximadamente. O valor foi extraído dos relatos de delatores sobre depósitos em contas secretas no exterior e até entregas de malas cheias de dinheiro no país.

Deste montante, os investigadores da Operação Lava Jato somente conseguiram provas documentais de R$ 14,1 milhões ligados a uma offshore controlada supostamente pela Odebrecht e outros R$ 3,1 milhões atribuídos a uma série de operações financeiras que começaram em uma subsidiária da Andrade Gutierrez em Angola e terminaram em uma conta do ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco na Suíça.

Dois maiores conglomerados de engenharia do país, a Odebrecht e a Andrade Gutierrez acumularam contratos de R$ 29 bilhões com a Petrobras entre 2004 e 2014 - dos quais R$ 26 bilhões estão sob investigação da Polícia Federal. Na manhã desta sexta-feira (19), um dos delegados estimou que a propina paga pelas duas empreiteiras poderia chegar a R$ 720 milhões.

O cálculo é uma conta apressada que atribui a todos os contratos o pagamento de uma propina padrão de 3% pelo cartel que agia na Petrobras, mas que não deve ser levada ao pé da letra, de acordo com as versões de quem recebeu propina. Muitos delatores afirmam que o percentual nem sempre era atingida em todos os contratos.

Pedro Barusco, que admitiu ter recebido US$ 97 milhões de todas as empresas do cartel, reclamava que a Odebrecht "era jogo duro" pois não concordava com o pagamento de propinas em determinados contratos.

O percentual de 3% foi o atribuído para determinar o prejuízo de R$ 6,2 bilhões no último balanço da Petrobras. No auge da crise da estatal, entre setembro do ano passado e fevereiro deste ano, sucessivas reuniões do conselho de administração da Petrobras debateram, sem chegar a uma conclusão, sobre o tamanho exato da sangria causada pela corrupção.

No final, o percentual de 3% foi determinado como o pior cenário possível para tentar acalmar o mercado. Ao escolher o cenário mais pessimista para os desvios, a companhia agiu para contornar a tensão instalada com os auditores da PricewaterhouseCoopers, que ameaçavam rejeitar ou aprovar com ressalvas o balanço ?o que poderia gerar uma corrida de credores da Petrobras e nocautear o preço das ações da companhia.
Almir ILHOTA
19/06/2015 20:59
Quem são estes em falar de roubalheiras, justamente os paladinos da justiça, pessoas sem caráter, sem moral, pois não mencionei gestões anteriores, mas se querem fazer retrospectiva não tenho problema nenhum em fazê lo, mas acho aconselhável não entrar nesse mérito, só exerci meu direito de me manifestar contra um governo que ao meu ver, e ao ver de muitos é medíocre, pifeo e inóquio, porem respeito os que pensam contra. Agora se quiserem entrar na esfera jurídica acho bom se prepararem, porque os números não os ajudam. E olhem bem pois o betinho e o ademar governaram por oito anos, e estes que aí estão só dois anos e meio.
Juju do Gasparinho
19/06/2015 19:16
Prezado Herculano:

Do blog Gente Decente:

"Os Odebrechts moram numa ilha particular.
Hoje, seu principal executivo - Marcelo Odebrecht - começará a dormir em um colchonete graciosamente oferecido pelo dinheiro dos nossos
impostos, que fica sob os cuidados da Polícia Federal de Curitiba".

Logo chegará a vez de Lulla, o ladrão do povo brasileiro.

Ás 14:40 hs: "Brasil fecha 115 mil vagas em maio, pior resultado desde
1992".

Obrigada Dª Dilma, pela sua incompetência.

Herculano
19/06/2015 19:09
LAVA JATO TESTA VONTADE DO BRASIL DE VIRAR SÉRIO, por Josias de Souza

Se a história do Brasil ensina alguma coisa é que, acima de um certo nível de poder e de renda, ninguém é culpado pelo que fez ou deixou de fazer. Episódios como o impeachment de Collor e as condenações do mensalão seriam meros pontos fora da curva. A reiteração dos escândalos cuidou de restabelecer o respeito à tradição. Nesse contexto, a operação Lava Jato representa um teste.

A prisão dos presidentes da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e da Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo, apenas elevou o grau de complexidade do teste. Até ontem, a dupla era interlocutora de presidentes da República e frequentadora de cerimônias de premiações de empresários do ano. Hoje, ambos serão apresentados aos colchonetes da carceragem da Polícia Federal em Curitiba.

Todo mundo sabe que as empreiteiras têm sido parte do poder de fato no Brasil. Ninguém ignora que a mistura de eleições e dinheiro produziu um meio-ambiente apodrecido.

O que há de diferente agora é que a força-tarefa da Lava Jato diz ter provas que permitem dissecar as relações do dinheiro com o poder como nunca antes na história desse país. São evidências documentais e testemunhais da tácita aliança da promiscuidade empresarial com o amoralismo político. Uma coligação que deu em coisas como a pilhagem da Petrobras.

No Brasil tradicional, os crimes cometidos acima de um certo patamar social são como cachorros que correm atrás dos carros. Eles perseguem quem os cometeu por algum tempo, dão a impressão de que vão estraçalhá-los, mas logo desistem.

A Lava Jato tornou um mais difícil a tarefa de deixar tudo pra lá, de fingir que nada está acontecendo. Mas, como sucedeu com outras investigações, essa operação é apenas mais um teste. Testa-se até onde vai a vontade do Brasil de se tornar um país sério. Ou menos esculhambado.
Herculano
19/06/2015 19:06
COMO A COISA APERTOU, O PT JÁ ARRUMOU UM LARANJA PARA LIVRAR A CARA DA IRRESPONSABILIDADE FISCAL DE DILMA VANA ROUSSEF. EM NOTA ARNO AUGUSTIN ASSUME RESPONSABILIDADE POR LIBERAR RECURSOS DO ORÇAMENTO

Conteúdo do jornal O Estado de São Paulo. Arno Augustin, secretário do Tesouro até o fim do ano passado, assinou nota técnica para reforçar a avaliação de que a autorização final para liberação de recursos do Orçamento é de responsabilidade do secretário do Tesouro Nacional. Assinada com data preenchida a caneta de 30 de dezembro de 2014, véspera de sua saída do governo Dilma Rousseff, a nota destaca que cabe ao secretário do Tesouro decidir o montante a ser liberado "em cada item" da programação financeira.

Na íntegra da nota, à qual o Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, teve acesso, Augustin não faz referência aos atrasos de pagamento de despesas e dos repasses aos bancos públicos para o pagamento de programas sociais e de crédito - conhecidos como "pedaladas fiscais". Esses atrasos foram considerados irregulares pelo TCU (Tribunal de Contas da União). Para o TCU, as "pedaladas" feriram a LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal).

Augustin é uma das 17 autoridades que estão sendo investigadas pelo Tribunal. As defesas dessas autoridades já foram encaminhadas ao relator do processo, ministro José Múcio Monteiro. Cabe ao ministro apontar os responsáveis pelas "pedaladas".

Com a nota técnica, Augustin busca eximir de responsabilidades seus auxiliares diretos, também citados no processo do TCU. Isso fica claro no trecho da nota em que Augustin declara tomar a decisão com base nas informações encaminhadas pelo subsecretário de Política Fiscal e diretor de Programas.

Augustin cita o regimento interno, de 2012, que trata das atribuições do secretário do Tesouro. Entre essas atribuições está a obrigação de apresentar as demonstrações contábeis e relatórios destinados a compor a prestação das contas anuais do Presidente da República. A nota técnica confirma, e em alguns pontos detalha, esses procedimentos para liberação de recursos já previstos no regimento interno.

Pelo regulamento, são atribuições do titular do Tesouro, entre outras, "apresentar as demonstrações contábeis e relatórios destinados a compor a Prestação de Contas Anual do Presidente da República; submeter à aprovação do Ministro de Estado da Fazenda as propostas de programação financeira mensal e anual do Tesouro Nacional; aprovar o Plano de Contas Único da União; determinar a indisponibilidade de recursos dos órgãos ou entidades inadimplentes nos compromissos por eles assumidos e pagos pelo Tesouro Nacional, bem como condicionar a entrega dos recursos do Fundo de Participação dos Estados e do Fundo de Participação dos Municípios à regularização dos débitos dos beneficiários junto à União, inclusive suas autarquias; e coordenar a integração das operações de ativos e passivos no Tesouro Nacional, de modo a aperfeiçoar, continuamente, a metodologia de gerenciamento de risco".
Mariaázinha
19/06/2015 17:19
Todo mundo (eu e meus apelidos) agradecemos ao "PARA TODOS" que acredita que somos uma única pessoa.

Assim, a partir de hoje não vamos mais falar mal do PSD (e seus figurantes)!!! Acabaram-se as criticas desleais, desnecessárias, improcedentes para esse nobre, sublime, superior partido político. Que se julga digno do único titulo da mudança, da resolução, da responsabilidade e da ética em Gaspar.

Tem pessoas que são iguais a São Tomé, tem que ver pra crê.

Mas não vai faltar oportunidade de comprovar que não somos uma única pessoa. Senão seria fácil demais derrotar o PT, o PMDB, o DEM e outros possíveis adversários nas próximas eleições.

Aliás, se fossemos um único SER não estariam tão preocupados tentando achar um culpado pelas lambanças que fazem.

E se chegarem lá, já que hoje foi descoberto todos os adversários e problemas do PSD, voltarei e serei uma crítica fervorosa.

Assinado:
Mariaázinha lucas violeiro de condo, ridiculo, etc......

Herculano
19/06/2015 16:53
POR ORDEM DO ITAMARATY, EMBAIXADOR NÃO ACOMPANHOU OS SENADORES EM CARACAS, por Josias de Souza

parte 1

Embaixador do Brasil em Caracas, Ruy Pereira se absteve de acompanhar a comitiva de oito senadores que foi hostilizada na Venezuela nesta quinta-feira (18). Após recepcionar os visitantes no aeroporto, o diplomata se despediu. Alegou que tinha outros compromissos. Agiu assim por ordem do Itamaraty.

O governo brasileiro avaliou que a participação direta do embaixador numa comitiva cujo principal objetivo era visitar na prisão o líder oposicionista venezuelano Leopoldo Lópes causaria problemas diplomáticos com o governo pós-chavista de Nicolás Maduro. Algo que Dilma Rousseff não quer que ocorra.

"O embaixador nos virou as costas", disse o líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), após desembarcar na Base Aérea de Brasília na madrugada desta sexta-feira (19). Vinha de uma missão paradoxal, que teve sucesso porque fracassou.

Destratados por manifestantes leais a Maduro e retidos nos arredores do aeroporto por um bloqueio das vias públicas, os senadores retornaram a Brasília sem cumprir a agenda que haviam programado. A frustração virou êxito porque o governo de Caracas revelou-se capaz de tudo, menos de exibir seus pendores democráticos.

"Entre a cumplicidade com o regime ditatorial de Maduro e a assistência a cidadãos brasileiros em apuros, a nossa diplomacia preferiu o papel de cúmplice", queixou-se o tucano Cunha Lima. "O que aconteceu ficou acima das piores expectativas", ecoou o também tucano Aécio Neves (MG). "Uma missão oficial do Senado foi duramente agredida e o governo brasileiro nada fez para nos defender."

Horas antes do desembarque dos senadores na Base Aérea de Brasília, ainda na noite de quinta-feira (18), um grupo de deputados estivera no Itamaraty para conversar com o ministro Mauro Vieira (Relações Exteriores). Enquanto aguardavam pelo início da audiência, o deputado Raul Jungmann (PPS-PE) acionou o viva-voz do celular para que os colegas ouvissem um relato direto de Caracas.

Do outro lado da linha, o senador Ricardo Ferraço contou o que sucedera. E realçou a ausência de Ruy Pereira, o embaixador brasileiro em Caracas. Assim, armados de informações recebidas do front, os deputados entraram no gabinete do chanceler Mauro Vieira dispostos a crivá-lo de perguntas incômodas.

O deputado Antonio Imbassahy (PSDB-BA) indagou: por que o embaixador recebeu a comitiva de senadores no aeroporto e foi embora? O ministro alegou que o diplomata não poderia acompanhar os visitantes numa incursão ao presídio onde se encontra o oposicionista Leopoldo Lópes. Sob pena de provocar um incidente diplomático.
Herculano
19/06/2015 16:52
POR ORDEM DO ITAMARATY, EMBAIXADOR NÃO ACOMPANHOU OS SENADORES EM CARACAS, por Josias de Souza

parte 2

Raul Jungmann foi ao ponto: de quem partiu a ordem? O chanceler informou que o embaixador seguiu orientação do Itamaraty. Jungmann insistiu: então, ministro, o senhor está declarando que o governo brasileiro deu a ordem para que o embaixador se ausentasse? O ministro respondeu afirmativamente.

Pouco depois desse encontro, o Itamaraty soltaria uma nota oficial sobre o fuzuê de Caracas. Em telefonema para Dilma, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), cobrara uma manifestação formal de repúdio do Executivo. O texto anota que "o governo brasileiro lamenta os incidentes que afetaram a visita à Venezuela da Comissão Externa do Senado e prejudicaram o cumprimento da programação prevista naquele país."

Não há na nota nada que se pareça com uma crítica ao governo de Nicolás Maduro. "São inaceitáveis atos hostis de manifestantes contra parlamentares brasileiros'', escreveu o Itamaraty, como se desse crédito à versão segundo a qual os militantes que cercaram a van que transportava os senadores brasileiros brotaram na hora e no local exatos sem nenhuma interferência do governo venezuelano.

Como que farejando a repercussão negativa da ausência do embaixador na hora da encrenca, o Itamaraty enumerou os serviços prestados pela embaixada brasileira em Caracas. "Solicitou e recebeu do governo venezuelano a garantia de custódia policial para a delegação durante sua estada no país, o que foi feito'', diz a nota. "Os policiais, embora armados, assemelhavam-se a agentes de trânsito do Brasil", comparou o tucano Cunha Lima. "Nada fizeram para conter as hostilidades. Se a coisa descambasse, não creio que impediriam o pior."

"O embaixador do Brasil na Venezuela recebeu a comissão na sua chegada ao aeroporto", acrescentou o Itamaraty em sua nota. E Cunha Lima: "Sim, recebeu, mas virou as costas e foi embora".

"Os senadores e demais integrantes da delegação embarcaram em veículo proporcionado pela Embaixada, enquanto o embaixador seguiu em seu próprio automóvel de retorno à embaixada. Ambos os veículos ficaram retidos no caminho devido a um grande congestionamento". Se o embaixador ficou retido, ninguém soube. Impedidos de prosseguir, os senadores viram-se compelidos a retornar para o aeroporto. O diplomata Ruy Pereira não deu as caras.

O texto do Itamaraty compra como verdadeira uma informação contestada pela venezuelana María Corina Machado, deputada cassada por divergir de Maduro. O bloqueio foi "ocasionado pela transferência a Caracas, no mesmo momento, de cidadão venezuelano extraditado pelo governo colombiano", sustentou o documento da chancelaria brasileira.

E María Corina, no Twitter: "Está totalmente trancada a autopista porque 'estão limpando os túneis" e por 'protestos'. Se o regime acreditava que trancando as vias impediria que os senadores constatassem a situação de direitos humanos na Venezuela, conseguiu o contrário. Em menos de três horas, os senadores brasileiros descobriram o que é viver na ditadura hoje na Venezuela.''

"O incidente foi seguido pelo Itamaraty por intermédio do embaixador do Brasil, que todo o tempo se manteve em contato telefônico com os senadores", acrescentou a nota oficial. "O embaixador ficou nos tapeando pelo telefone", contestou Cunha Lima. Recebeu orientação do Itamaraty para fazer isso."

Ainda de acordo com a nota do Itamaraty, o embaixador Ruy Pereira "retornou ao aeroporto e os despediu [sic] na partida de Caracas.'' Na versão de Cunha Lima, o retorno do diplomata serviu apenas para reforçar a pantomima. "Ele dizia que estava muito distante. Quando decidimos partir, apareceu em menos de cinco minutos. Eu me recusei a cumprimentá-lo. O senador Ricardo Ferraço também não o cumprimentou.

"À luz das tradicionais relações de amizade entre os dois países, o governo brasileiro solicitará ao governo venezuelano, pelos canais diplomáticos, os devidos esclarecimentos sobre o ocorrido", encerrou a nota do Itamaraty. Para os congressistas, quem deve explicações no momento é o governo brasileiro.

O deputado Raul Jungmann formalizará na Câmara pedido de convocação do chanceler Mauro Vieira e do embaixador Ruy Pereira para prestar esclarecimentos no plenário da Câmara. Cunha Lima requisitará a presença da dupla na Comissão de Relações Exteriores do Senado. De resto, os parlamentares se reunirão nesta sexta-feria, na liderança do PSDB no Senado, para decidir as providências que serão adotadas em reação aos episódios de Caracas. Uma delas é cobrar do governo Dilma que coloque em prática a cláusula democrática prevista no tratado do Mercosul.
Herculano
19/06/2015 15:31
OS DEBOCHADOS! OU: ELES NÃO TÊM CURA! OU: PETISTAS E ESQUERDISTAS, CERTAMENTE HÁ OUTROS MODOS DE GANHAR A VIDA TANTO HONESTA COMO DESONESTAMENTE!, por Reinaldo Azevedo, de Veja

Acreditem! Enquanto senadores brasileiros eram vítimas de hordas de brucutus a mando da ditadura de Nicolás Maduro; enquanto o governo cercava Caracas para impedir que os parlamentares conseguissem chegar à prisão em que está Leopoldo López; enquanto representantes do Congresso Nacional corriam o risco de ser linchados, sem que lhes fosse oferecida a devida segurança, segundo acordo firmado pelo governo da Venezuela com o do Brasil, parlamentares chapas-vermelhas, aqui no país, encaminhavam a Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado, um pedido para uma outra viagem à Venezuela. A ideia, desta feita, é reunir apenas esquerdistas amigos de Maduro.

A aeronave dos insensatos, se aprovada, será composta por Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Lídice da Mata (PSB-BA), Roberto Requião (PMDB-PR), Lindbergh Farias (PT-RJ) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP). Segundo Randolfe, o objetivo é "acompanhar de perto os acontecimentos que estão ocorrendo lá". Embora tenha dito que nada justifica a violência contra os parlamentares, o senador lembrou que a comitiva agredida tem uma posição "mais próxima da oposição venezuelana". Logo, deve-se entender que esse outro grupo está mais próximo do tirano Nicolás Maduro. E aprova seus métodos.

É impressionante! Ora, é claro que essa outra turma será recebida com tapete vermelho, não é mesmo? No país em que só podem ir ao ar TVs a favor do governo, em que só é permitida manifestação pública a favor do governo, é coerente que só possam transitar em segurança políticos estrangeiros? a favor do governo! Pergunto: esse novo grupo vai querer falar com os oposicionistas presos? Vai defender a marcação de uma data para as eleições legislativas? Vai se posicionar em favor da liberdade de expressão?

Esses cinco senadores querem ir à Venezuela coonestar uma ditadura assassina. Sendo quem são e pensando o que pensam, não estou surpreso.

Manifestações delinquentes
Há mais. Enquanto senadores brasileiros corriam risco de vida na Venezuela - e se tratava disso, sim, senhores! -, Sibá Machado (AC), líder do PT na Câmara, que de idiota só tem o ar, ou não estaria lá, tripudiava, no Twitter, de seus parceiros de Congresso. Escreveu coisas assim:
"Encontro: Golpistas do Brasil tentam se encontrar com golpistas da Venezuela";
"Próxima visita de Aécio: Guantánamo";
"Venezuela: Senadores usaram avião da FAB para fazer política; se eles podem, eu também quero".

Delinquência de Sibá

E retuitou uma série de outras ofensas à oposição. Eis aí Sibá Machado em estado puro. Nada o define melhor do que o último tuíte que transcrevi. Pelo visto, ela acha que é mamata ceder um avião da FAB para uma missão oficial de senadores. É claro que não é. Mas ela pensa que sim. E aí emenda: "Também quero". É um petista típico: se é mamata, ele quer.

O também deputado federal Zeca Dirceu (PT-PR), filho de José Dirceu, evidencia que quem sai aos seus não degenera - ou dá sequência à degeneração, sei lá. Mandou brasa no Twitter: "Senadores brasileiros da oposição vão à Venezuela passear e fazer onda com dinheiro da população e se dão mal".

Zeca Dirceu delinquência

O filho de Dirceu, quem diria?, é mesmo um moralista com políticos que usam o dinheiro da população! A gente nota. Ah, sim: os brasileiros foram à Venezuela para falar com prisioneiros políticos, que estão trancafiados por delito de opinião, porque discordam do governo. O pai de Zeca foi preso no Brasil, depois de condenado em devido processo legal, por corrupção ativa. O filhote, no entanto, chamava o corrupto de "preso político".

Essa gente toda não tem cura. É mais do que ideologia. É mais do que a defesa de seus próprios interesses. Trata-se de uma doença anímica que os faz não ter vergonha nenhuma de defender uma ditadura sanguinária. Ainda que seja ou fosse por dinheiro, vamos convir que há certamente outros modos de ganhar a vida tanto honesta como desonestamente. Não é preciso sapatear sobre cadáveres.
Herculano
19/06/2015 14:40
E AGORA? ERA UMA MAROLINHA? IRRESPONSABILIDADE, INCOMPETÊNCIA OU PROPAGANDA ENGANOSA? BRASIL FECHA 115 MIL VAGAS EM MAIO, PIOR RESULTADO DESDE 1992


Conteúdo da Revista Veja com Agência Reuters. O Brasil fechou 115.599 vagas formais de trabalho em maio, mostrou o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado pelo Ministério do Trabalho nesta sexta-feira. Trata-se do pior resultado para o mês desde o início da série histórica do indicador, em 1992. Além disso, é primeira vez em que há corte de vagas no quinto mês do ano. A mediana das expectativas de analistas consultados pela Reuters apontava para o fechamento de 38 mil postos no mês. Em abril, foram fechadas 97.827 vagas no país, segundo dados não ajustados.

Entre janeiro e maio, foram fechados 243.948 postos com carteira assinada, o pior resultado para este período da série histórica disponibilizada pelo Ministério do Trabalho, que começa, para o período acumulado do ano, em 2002. Em 12 meses, o país já fechou 452.835 vagas formais.

O resultado do último mês foi fundamentalmente impactado pelo fechamento de 60.989 postos na indústria de transformação. Também pesaram o desempenho da construção civil (-29.795), serviços (-32.602) e comércio (-19.351), sendo que dos oito segmentos levantados, apenas a agricultura mostrou saldo positivo (+28.362).

A pior no mercado de trabalho reflete o aumento da procura por emprego em uma ponta e a criação de menos postos em outra, engrossando a fila dos que seguem buscando ocupação.

Os dados foram apresentados em Mato Grosso do Sul pelo ministro do Trabalho, Manoel Dias, que justificou a escolha informando que o Estado foi o que mais gerou emprego no mês. Na avaliação de Dias, mesmo com o enfraquecimento em maio, o Brasil tem motivos para esperar uma melhora no quadro de geração de novas vagas a partir do segundo semestre

"Nos últimos 12 anos foram criados 21 milhões de postos de trabalho, porém é preciso ajustar a economia para que possamos continuar gerando vagas formais. Somente o FGTS vai aportar esse ano cerca de 70 bilhões de reais, que vai beneficiar, principalmente, o setor da construção civil", informou, em nota.
sidnei luis reinert
19/06/2015 14:33
De Ronaldo Caiado:

De volta ao Brasil depois das agressões sofridas na Venezuela, anunciei que vou apresentar uma PEC para permitir que o Congresso possa rever acordos internacionais como o que regula o Mercosul. O poder Legislativo precisa ter essa prerrogativa diante de um país, uma ditadura que massacra opositores, censura imprensa e assinou um acordo que tem como regra a cláusula democrática. Um país comandado por um tiranete como Maduro em que foram assassinadas 43 pessoas e outras 878 ficaram feridas está bem longe da democracia. Esses dados não são da oposição, nem do senador Caiado, são da Anistia Internacional que comprovou a situação trágica em que as pessoas ali vivem. Também vamos questionar no STF, por meio de uma Ação de Descumprimento de Preceitos Fundamentais (ADPF), a presença da Venezuela no Mercosul. Interessante que a presidente Dilma invocou a cláusula democrática para expulsar o Paraguai do bloco, mas a lei só vale conforme o viés ideológico do PT. E já protocolei a convocação do chanceler Mauro Vieira que confirmou que o governo brasileiro deu ordem ao embaixador na Venezuela para nos abandonar em Caracas, quando o compromisso era termos um diplomata conosco o tempo todo. Dilma trocou senadores brasileiros em missão humanitária por um tiranete que manda prender e torturar quem o contraria.

http://www.ronaldocaiado.com.br/caiado-anuncia-pec-que-permitira-rever-acordos-internacionais-como-o-que-regula-o-mercosul/
Mario Pera
19/06/2015 14:18
Sobre o vídeo com paciente aguardando atendimento no hospital em Gaspar, esta é uma das situações que há alguns anos se assistia no noticiário noutros lugares e que foram superados no Brasil, a partir do início dos anos 1990, com Plano Real...

Ai passamos quase uma década de recuperação...alcançando até a metade da década passada...2005..2006, onde começou de novo a decadência.

Tudo isso coincide com chegada deste governo no Poder. Sáo quase 13 anos (número sugestivo), andando de novo pra trás.

Cenas destas de Gaspar eram comuns em estados como Maranhão por exemplo e muito forte no governo Sarney (1985 -1989).

Maranhão continua o mesmo, sendo o pior Estado em questão de desenvolvimento social do país, só que a praga se espalhou pelo resto do Brasil.

Sarney passou a ser referência e conselheiro do alto escalão do PT, ai incluídos Luis Inácio e Dilma...por certo um dos conselhos possa ter sido de que não investisse em saúde, hospitais...

Seguindo o atraso do Maranhão, agora começam a faltar recursos para área da Educação. Logo esta que é o caminho pro cidadão tbém ter saúde. Afinal, quem se instrui tem mais condições de se proteger e usar meios preventivos. Então quanto mais atrasado o povo, melhor..pra estes do poder.

Não se pode estranhar o abandono da saúde em Gaspar..Em Brasilia, residência oficial de Dilma os hospitais, menos de dois km do Alvorada estão na mesma situação...

É ou não é uma questão ideológica. Negar condições básicas à população para tornar dependente e pendente. Aí vem a esmola pra acalmá-los. Está assim dissimilado por toda América Boliviariana...
Para todos
19/06/2015 14:10
Mariazinha
Mariaazinha
Padre apócrifo
Lucas
Violeiro de codo
Ridículo
Aroldo
Aquarela
Parecem ser o casal 20 que caiu no DEM, que se acham, que se vende como o novo, uma nova ideia, mas quando criticados nas suas baixarias tentam colar a imagem da baixaria no psd. A Mariaazinha faz comentário a favor do Marcelo Brick como diz o padre, mas depois aparece vestida com o discurso da prof. Andreia quando perdeu a votação para presidência da câmara. Está comecando aparecer a verdadeira face. E tudo a mesma pessoa tentando confundir a todos e criar holofotes. DA nojo desse tipo de politico. Querem enganar a quem? Isso é bem o jeito de insonso (pra ser educada) do presidente do dem.
Herculano
19/06/2015 12:38
da série, presos políticos só há quando for da esquerda. Os demais são bandidos.

GOLPISMO TIPO EXPORTAÇÃO PAGA MICO EM CARACAS, por Lula Miranda

A certos políticos brasileiros não basta perpetrar aqui os seus vexames e "caipirices". Afinal, tal qual um Odorico empertigado, eles "se acham" e querem "fazer bonito" lá fora

Tem político brasileiro que acha que pode fazer em outros países as "cacas" que faz aqui no Brasil.

Já disse aqui nesse espaço, em outros textos, que, desgraçadamente, certos políticos não medem as consequências dos seus atos. Ou seja, são inconsequentes.

Fazem-nos lembrar de Odorico Paraguaçu, imortal, caricato e impagável personagem criado pelo inesquecível Dias Gomes. Também ele um "esquerdista". Bolivariano?

Sabemos: existem políticos e "políticos".

Existem "políticos" de "oposição" que, desnudos, revelam-se criaturas risíveis, pois grotescas: verdadeiros "Odoricos".

São "políticos" com o estigma que marcava outro grande personagem da nossa literatura, o também imortal Macunaíma, o nosso "herói" sem nenhum caráter. E advirto aos navegantes e aos intolerantes: que seja encarada (e respeitada) como natural a homossexualidade de Mário de Andrade! Os conservadores da política, tal qual "Odoricos" redivivos, querem até "curar" os gays. Talvez devessem eles buscar a cura para suas (im)próprias mazelas.

São "políticos" que desejam/pretendem derrubar uma presidente legitimamente eleita pela via do voto. Pretendem apeá-la do cargo pela via da torpeza e da judicialização da política. Ou seja: querem ganhar o poder na base do "tapetão", do grito. Nem que para isso tenham que ter a cara de pau de inventar a sua peculiar democracia: a democracia do golpismo e dos políticos sem caráter.

Todo poder aos canalhas! Parece ser o lema dessa gente.

No besteirol da política tupiniquim vale tudo. Vale dedo no olho; chute nos "países baixos"; cusparada na cara. Vale até "patetada".

Vale até "pagar mico".

Mas a certos políticos brasileiros não basta perpetrar aqui os seus vexames e "caipirices". Afinal, tal qual um Odorico empertigado, eles "se acham" e querem "fazer bonito" lá fora.

Impelidos pela sua incontrolável e incontornável natureza e autoritarismo "jeca", políticos brasileiros de oposição, como se sabe, cometeram o despropósito de viajar à Venezuela para tentar difundir por lá o golpismo que pregam aqui com inacreditável desassombro ou despudor.

Foram barrados na alfândega por descaminho golpista? Não.

Foram impedidos por um "exército bolivariano"? Não.

Foram atravancados por um engarrafamento, normal nos acessos a aeroportos de muitos países - em São Paulo então, nem se fala. É bem provável.

O que nos resta?

O constrangimento?

A galhofa?

A gargalhada?

Talvez só nos reste mesmo deplorar.

E escolher melhor os nossos políticos eleitos nas próximas eleições.
Herculano
19/06/2015 12:29
A MÃO DIREITA DO PT, por Rogério Furquim Werneck para o jornal O Globo

Transferência de renda a donos de "grandes fortunas" confere privilégios a produtores de bens de capital

O PT quer elevar a carga tributária. Acalenta a restauração da velha e primitiva Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), extinta pelo Congresso em 2007. E defende que os detentores de "grandes fortunas" sejam submetidos a tratamento fiscal mais severo.

A volta da CPMF é uma fixação de Lula. O ex-presidente jamais se conformou com a derrota que sofreu no Senado, no seu segundo mandato, quando tentou prorrogar por mais alguns anos a cobrança da contribuição provisória. Sempre que pode, se queixa amargamente de ter sido privado de receita tão farta e fácil como a que provinha da CPMF.

Já o tratamento fiscal mais severo a "grandes fortunas" tem sido tratado no PT mais como uma bandeira, que ajuda a mobilizar a militância, do que como questão que já mereça proposta detalhada, respaldada pelo partido. A cúpula do PT parece nutrir certo desalento com a possibilidade de que a questão encontre a ressonância requerida no Congresso.

Por realista que seja, tal desalento não deveria impedir que o PT exerça pressão sobre o governo para assegurar, por outras vias, tratamento mais severo a detentores de "grandes fortunas". Se quiser de fato levar a sério tal objetivo, o governo dispõe de amplo leque de iniciativas possíveis, fáceis de implementar. Duas delas merecem destaque.

O governo poderia começar por desmantelar a grotesca concessão de subsídios bilionários a detentores de "grandes fortunas" que, há anos, vem sendo alegremente patrocinada pelo BNDES, com recursos do Tesouro provenientes da emissão de dívida pública. Os desdobramentos desse despropósito vêm se tornando a cada dia mais nítidos. E o próprio governo já não consegue disfarçar o seu desconforto.

Outra lamentável política de farta transferência de renda a detentores de "grandes fortunas" é a que vem conferindo privilégios injustificáveis a produtores nacionais de bens de capital, ao exigir percentuais absurdamente altos de conteúdo local em equipamentos utilizados na exploração do pré-sal. Por encarecer de forma indefensável os custos dos investimentos requeridos no pré-sal, tal política implicará redução substancial da parcela do excedente da exploração que, afinal, estará disponível para financiamento da educação e da saúde no país.

Não bastasse tudo isso, a política de conteúdo local vem engrossando o caldo de cultura em que prolifera a corrupção. É só ler os jornais. Caso emblemático foi reportado pelo "Estadão", em 5 de junho. O dono de uma grande empreiteira reconheceu ter pago US$ 120 milhões de propina para obtenção de um contrato de US$ 3,4 bilhões, para construção de cascos de plataformas em estaleiro gaúcho, adquirido pela empresa com oportuno financiamento de um fundo de pensão de funcionários de uma instituição financeira federal. Um circo de horrores.

Tanto no caso do BNDES como no da política de conteúdo local, os grandes agraciados tentam agora brandir os empregos que teriam sido criados graças às generosas benesses que receberam. É preciso lançar luz sobre as duas políticas e fazer as contas cabíveis, na linha do que alguns analistas já vêm fazendo. Tendo em vista a magnitude da geração de emprego associável a tais políticas, será difícil justificar custos sociais tão altos e redistribuição tão perversa de renda patrocinada pelo próprio governo. Há formas bem mais baratas e menos iníquas de gerar empregos.

Já é hora de o PT reconhecer um fato que salta aos olhos. Se, de um lado, os governos petistas levaram adiante programas inegavelmente exitosos de redistribuição de renda, como o Bolsa Família, de outro, se permitiram adotar, com apoio entusiástico do partido, políticas escancaradamente concentradoras, que implicaram transferências colossais de renda e riqueza a detentores de ?grandes fortunas?. Enquanto tentavam minorar a concentração de renda com a mão esquerda, a agravavam com a direita.

É preciso, agora, sustar com urgência a concentração de renda e riqueza que vem sendo imposta pela mão direita do PT.
Herculano
19/06/2015 12:26
ELES SABIAM E TINHAM O DOMÍNIO DE TUDO

O conteúdo é do jornal Folha de S.Paulo. O texto de Estelita Hass Carazzai, de Curitiba, de Flávio Ferreira, enviado especial a Curitiba e Mário César de Carvalho. Os investigadores da Operação Lava Jato afirmam que os presidentes da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e da Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo, tinham "domínio de tudo o que acontecia" no esquema de pagamento de propinas na Petrobras.

Os dois presidentes foram presos nesta sexta-feira (19) em uma nova fase da operação que investiga o escândalo de corrupção na estatal.

Os presidentes das duas empreiteiras tinham "domínio de tudo o que acontecia", afirma o delegado federal Igor Romário de Paula. "Apareceram indícios concretos, não só depoimentos, mas documentos comprovando que em algum momento eles participaram de negociações que levaram à formação de cartel e ao direcionamento de licitações", afirmou, em entrevista coletiva à imprensa.

Para o procurador Carlos Fernando Lima, não há dúvida de que as empreiteiras "capitaneavam o esquema de cartel" dentro da Petrobras.

A PF destacou que as duas empreiteiras estão entre as maiores do país e, por isso, tinham "papel de destaque" no cartel. "Estamos falando da maior empreiteira do Brasil", disse o delegado Paula, em referência à Odebrecht.

Segundo a força-tarefa da Lava Jato, foram identificados pagamentos de propina feitos no exterior tanto pela Odebrecht quanto pela Andrade Gutierrez. Informações colhidas na Suíça, Panamá e Mônaco deram fundamentos às prisões.

Com a ajuda de colaboradores, foram identificadas empresas no exterior que eram usadas para fazer os pagamentos, além de notas. "Era um esquema com um nível de sofisticação maior", disse o procurador.

A investigação também encontrou indícios de fraude à licitação, cartel e corrupção em obras públicas fora da Petrobras, como a usina nuclear Angra 3. Os pedidos de prisão, porém, se baseiam apenas nos fatos apurados nas obras da estatal petrolífera.

Os valores dos contratos investigados com a Petrobras somam R$ 26 bilhões - sendo R$ 17 bilhões da Odebrecht e R$ 9 bilhões da Andrade Gutierrez. A PF ainda não fez uma estimativa de quanto teria sido desviado, mas, considerando o percentual de 3% que era normalmente destinado a propinas, segundo as investigações, esse valor chegaria a R$ 780 milhões.
Herculano
19/06/2015 12:18
TRANSPARÊNCIA, ABRA AS ASAS SOBRE NÓS, por Fernando Gabeira, para o jornal O Estado de S. Paulo

Num dos fronts mais intensos no Brasil de hoje se trava uma luta entre a transparência e o segredo. No petrolão, na CBF e, sobretudo, no BNDES e algumas outras escaramuças.

Lula é um general do segredo e o PT, seu exército fiel. Só assim se pode interpretar a alegria coletiva que ele e o partido demonstraram, em Salvador, com a demissão de 400 jornalistas.

Na história da esquerda no Brasil, mesmo antes do PT, os jornalistas sempre foram considerados trabalhadores intelectuais. Não estavam no mesmo patamar mítico do trabalhador de macacão, e eram respeitados. Um Partido dos Trabalhadores celebrando a demissão de trabalhadores é algo que jamais imaginei na trajetória da esquerda.

Lula afirma que os jornais mentem, e parecia feliz com o impacto da crise, criada pelo governo petista, num momento da história da imprensa em que a revolução digital leva à necessidade de múltiplas plataformas. O argumento de que os jornais mentem não justifica, num universo de esquerda, festejar demissões de jornalistas. Por acaso Prestes achava que a imprensa dizia a verdade? Não creio que Prestes e o Partido Comunista fossem capazes de festejar demissões de jornalistas. O mais provável é que se solidarizassem com eles, independentemente de seu perfil político.

Gastando fortunas em hotéis de luxo, viajando em jatinhos de empreiteiras e ganhando fábulas por uma simples palestra, Lula perdeu o contato com a realidade. E a platéia do PT tende a concordar e rir com suas tiradas. Deixaram o mundo onde somos trabalhadores e mergulharam do mundo do nós contra eles, um espaço onde é preciso mentir e guardar segredos diante que algo arrasador: a transparência.

A batalha teve outro front surpreendente, desta vez no Itamaraty. O ministro diretor do Departamento de Comunicações e Documentação (DCD), João Pedro Corrêa Costa, tentou dar um drible na Lei de Acesso à Informação e proteger por mais alguns anos os documentos sobre BNDES, Lula e Odebrecht. Felizmente, o ministro fracassou. Mas no seu gesto revelou um viés partidário, até uma contradição com a lei.

Nos 16 anos de Parlamento, passei 15 e meio na oposição. O Itamaraty sempre me tratou de forma imparcial e gentil, independentemente da intensidade momentânea dos embates políticos. Agia como um órgão de Estado, e não de governo. Como as Forças Armadas, a julgar pela experiência que tive com elas.

O Itamaraty é produto de uma longa história se olharmos bem para trás, como fez Richard Sennett. Observando um quadro pintado em 1553, Sennett descreve como o surgimento da profissão de diplomata foi um avanço na História. Ele observa que com o surgimento da diplomacia se impõem novas formas de sociabilidade, fundadas não mais em código de honra ou vingança. No seu lugar entra uma espécie de sabedoria relacionai baseada nos códigos de cortesia política.

No Congresso do PT em Salvador e no Itamaraty as forças do segredo travavam batalhas distantes no espaço, mas próximas no objetivo: esconder as relações de Lula com as empreiteiras e o BNDES. Não estão unidos apenas no objetivo, mas na negação dos seus princípios. Um diplomata tentando contornar a lei para proteger

Hoje eles festejam nossas demissões e nós vamos celebrar no dia em que forem varridos do poder um grupo político, um Partido dos Trabalhadores festejando demissões em massa, tudo isso é sinal de uma época chocante, mas também reveladora.

A batalha da transparência contra o segredo estendeu-se à cultura. Venceu a transparência com a decisão do Supremo de liberar as biografias. E venceu num placar de fazer inveja à seleção alemã: 9 a 0.

Não canso de dizer como admiro alguns artistas que defenderam o segredo. Mas embarcaram numa canoa furada. E não foi somente a transparência que ganhou. A cultura ganhou novas possibilidades. Com a liberação de livros e documentários sobre brasileiros, uma nova onda produtiva pode enriquecer o debate.

Se examinamos o comportamento do BNDES e da própria Odebrecht, constatamos que têm argumentos para defender suas operações. Por que resistir tanto à transparência, como o governo resistiu até agora? E, sobretudo, por que ainda manter alguns documentos em sigilo?

Há muita coisa estranha acontecendo no Brasil. Todos se chocaram quando se constatou o tamanho do assalto à Petrobrás. Os corruptos da Venezuela, roubando dinheiro da PDVSA, a empresa de petróleo de lá, estavam lavando dinheiro no Brasil. A julgar pelo volume de dinheiro, o assalto por lá foi tão grande quanto o daqui.

O ministro do Itamaraty que quis ocultar documentos será esquecido logo. Lula, no entanto, já passa algumas dificuldades para explicar sua relação com as empreiteiras. E quanto mais se complica, mais estimula as centenas de pesquisadores, acadêmicos, escritores e cineastas que querem mostrar a História recente do País.

A batalha pela transparência nunca será ganha de uma só vez. De qualquer forma, a lei de acesso e a liberdade para as biografias são dois instrumentos.

Mesmo as pessoas mais indiferentes à roubalheira gostam de saber o que se está passando no País. Existe nelas, como em quase todos, aquela necessidade de mostrar que, apesar de sua calma, não são ingênuas.

Lula e o PT comemoram demissões nos jornais como se fossem as únicas plataformas críticas. A internet dá aos petistas, por meio dos robôs e compartilhamento entre militantes, uma falsa sensação de alívio. Na verdade, o avanço tecnológico apenas ampliou o alcance dos jornais. E encurtou o espaço da mentira. Como dizia um personagem de Beckctt, não se passa um dia sem que algo seja acrescido ao nosso saber. E acrescenta: desde que suportemos as dores.

As dores da transparência são mais suportáveis que os males do segredo, tramas de gabinete, truques contábeis, roubalheira no escuro, conchavos nos corredores. Com a mesma alegria com que hoje festejam nossas demissões, celebraremos o dia em que forem varridos do poder.
Herculano
19/06/2015 12:15
COMO PERDER TEMPO E DINHEIRO, por Nelson Motta, para o jornal O Globo

No poder, os ignorantes vocacionais e os que desfrutaram de bons mestres desprezam os que lhes ensinaram as primeiras letras e números

Qual o sentido de um aluno reprovado em Matemática, ou em Português, ser obrigado a repetir a série, inclusive todas as outras matérias em que foi aprovado? Imenso prejuízo para o Estado, que paga de novo pelo mesmo aluno, ou dos pobres pais pagando escolas particulares. Uma irreparável perda de tempo e dinheiro. Não seria mais razoável o reprovado ser obrigado a fazer durante o ano aulas suplementares somente da matéria em que não conseguiu passar? Não no Brasil.

Aqui a opção é uma populista "aprovação automática" em que o aluno não repete a série de jeito nenhum, sabendo ou não, supondo que não consiga acompanhar a turma por problemas socioeconômicos e levando o aprendizado para o campo da "justiça social", sem resolver o problema educacional e nem o social. O resultado é que milhões de crianças concluem o ensino fundamental e, depois de quatro anos, são analfabetos funcionais totalmente despreparados para um mundo altamente competitivo. Só a merenda, embora já seja um avanço, é pouco.

Claro, há sempre muitos alunos que não querem aprender, e muitos professores que não sabem ensinar, justamente num período da vida em que as crianças estabelecem as bases do seu aprendizado. Incrivelmente, os salários desses profissionais fundamentais na formação dos cidadãos estão sempre entre as não-prioridades orçamentárias dos governos, mesmo com uma base sindical forte e poder de greve. No poder, os ignorantes vocacionais e os que desfrutaram de bons mestres desprezam os que lhes ensinaram as primeiras letras e números na hora de pagar pelo serviço.

Entendo de repetir ano. Por duas vezes, na sexta série e na primeira do secundário, fui reprovado, inclusive nas provas de "segunda época", em que se estudava nas férias para fazer uma prova em fevereiro e ganhar os pontos que faltavam. Paradoxalmente, para quem vive de escrever, minhas duas reprovações foram em Português, e tive que ouvir de novo as insuportáveis aulas de dona Ligia, e de Ciências, Geografia, História, Inglês, Francês, Matemática, que, bem ou mal, eu já tinha ouvido.

Quanto tempo perdido, quanto dinheiro jogado fora.
Herculano
19/06/2015 12:09
COM A PRISÃO DO PRESIDENTE DA ODEBRECHT NA LAVA JATO, OS FATOS CADA VEZ MAIS CHEGAM PERTO DO EX-PRESIDENTE LULA. E A MÚSICA "SE A CASA CAIR", DE TEODORO E SAMPAIO, AO GOSTO DO EX-PRESIDENTE, VAI LHE CAIR AINDA MELHOR

Se a casa cair
Deixa que caia
Hoje eu vou amanhecer na gandaia

Trabalho duro pra dá tudo o que ela quer
Mas ela nunca dá valor no que eu faço
Carro de luxo, jóias caras, dei pra ela
Foge de mim quando eu quero um abraço
Fazer amor, ela não quer nem saber,
Já não agüento essa falta de carinho
Hoje eu quero uma mulher pra me amar
Custe o preço que custar
Eu não vou dormir sozinho
Se lá em casa estou sendo mal amado
Sou obrigado a buscar amor lá fora
Se a mulher que eu amo não me quer
Eu vou aonde tem muitas que me adoram
Por uma noite ela vai ficar sozinha
Volto pra casa quando amanhecer o dia
E no instante que ela me perguntar
A verdade eu vou contar
Eu dormi na putaria
Ilhota
19/06/2015 11:58
Ao que se manifestou defendendo a atual administração de Ilhota, queria que aponta-se pelo menos uma obra feita por eles. O problema é que todos jogam a culpa nas administrações anteriores e não assumem a responsabilidade dos erros cometidos. A vergonha esta aí, gastaram ano passado uma fortuna para fazer a festa de aniversário e este ano sequer um bolo irão conseguir fazer. Queria saber onde estão as ruas pavimentadas do centro, a área de lazer onde destruíram o campo. Tem que ter muita cara de pau de defender a atual administração.
CUIDO DO ALEGRETE
19/06/2015 11:54
EITA ILHOTA.... E TEMPO PASSA E A BARDA FICA......
PEGOU A PREFEITURA TÃO RUIM ASSIM?.... DA UMA OLHADINHA COMO ELA FOI ENTREGUE AO MANDATO BETINHO...KKKK ENTÃO EVOLUÇÃO HOUVE.. AO CONTRÁRIO DE AGORA.....REGRESSÃO TOTAL... É MUITO "MIMIMI".. ONDE ESTÃO OS 8 KM DE ASFALTO POR ANO? ACHARAM QUE IAM FAZER ISSO COM RECURSOS PRÓPRIOS DO MUNICÍPIO... NÃO DEU?? ONDE FICOU A FALADA "COMPETÊNCIA" NÃO CONSEGUIRAM BUSCAR RECURSOS SUFICIENTES... E FICAM DE "MIMIMI" FRACASSO TOTAL..
O QUE VÃO FAZER ALEM DE GASTAR A COTA DO "FUNDAM" QUE NÃO É MERITO DESSE GOVERNO AI, PQ TODOS OS MUNICÍPIOS GANHARAM UMA COTA PARA INVESTIR... OU SEJA.. 55,25,15,11... SEJA O NUMERO QUE FOSSE QUE ESTIVE A FRENTE DESSA PREFEITURA RECEBERIA ESSA COTA... COM A DIFERENÇA DE QUE COM COMPETÊNCIA JÁ PODERIA ESTAR APLICANDO...

ESTÁ NA HORA DE UMA MUDANÇA DE VERDADE...

ESSE PREFEITO, COMPARA-SE AQUELE FILME DO ARNOLDO SCHWARZENEGGER....... O VERDADEIRO "ESTERMINADOR DO FUTURO"
Daniel
19/06/2015 11:07
Incrível!
Mais uma fase da Lava Jato e nada de aparecer o nome do sapo barbado.
Nunca vi uma "empresa" ser acusada de corrupção e não aparecer o nome do patriarca da maracutaia.
Só no Brasil mesmo.
Lamentável.
Herculano
19/06/2015 10:36
AO DESENHISTA

Você escreve: "Mariaázinha, Com muita certeza irá se manifestar". Pode ser, mas como você se esconde, que irá se manifestar serei eu.

Você escreve " Pelo oque percebi e já falei também, cada artista tem sua obra, Vereadora Andréia, não foi traída, ela traio o acordo que ele diz não ter feito para ser presidente da casa de leis. Atacou como nunca a prefeitura, enfim está no seu direito de fiscalizar, é direito dela, mas ela perde a moral em dizer que foi traída, que não deram a ela a oportunidade de ser presidente da casa de leis, lembramos que ela atacava, ao invés de se lembrar do acordo".

Pelo que você relata, ela não foi traída, e sim deliberadamente enganada pelo PT. Normal.

Fizeram a promessa dela ser presidente, mesmo o partido dela, o DEM, por meio do seu presidente, Luiz Nagel, pontuando na frente do prefeito Pedro Celso Zuchi, Lovidio Carlos Bertoldi, José Amarildo Rampelotti e Doraci Vanz, de que o acordo não envolveria apoio ao governo. E fizeram isto de caso pensado, para esperando que ela mudasse o seu comportamento, como não mudou, não apenas traíram, mas deram uma lição, e que você agora justifica como correta.

Você escreve, achando que aqui todos são desinformados, principalmente eu: "Enfim, é o resultado da matemática que ela estava fazendo, a arte dos números, provavelmente ela errou nos seus cálculos, e acabou errando no resultado, obviamente acabou ganhando carisma ao lado de fora, que de fato é o que interessa, mas seu carisma aumentou pelo teatro dramático encenado que fez ao ver que não seria presidente, mentiu, manipulou, não foi diferente daqueles que o povo gasparense conhece e ainda continua sendo manipulados".

Explicado: tudo o que o PT não quer é o surgimento de lideranças, de gente que aponte os seus mínimos erros. Quem ousar, tem que pagar, inclusive com o escárnio público.

Você escreve sob o anonimato: "A unica vitima aqui é o cidadão gasparense!. Eu estava desenhando uma resenha, um rascunho, que previa este acontecimento. Não são mitos, são fatos que realmente aconteceu, e quem quebrou o acordo, não foi o PT juntamente com o PP e o PMDB que entrou de gaiado no meio da mesa diretora, quem quebrou o acordo que não existia, que nunca teve foi a própria vereadora que nega cegamente que não o fez, e fez".

O acordo é público, todos sabem, e foi para, segundo o DEM e o PSD, para a mesa da Câmara e não para o apoio ao governo do PT. O PT fez este acordo, para isolar a força do PMDB que quase ganhou a eleição com Kleber Edson Wan Dall. Hoje se sabe que se tratou de um corretivo e vingança, e que o DEM e o PSD foram usados pelo PT.

Finalmente, você escreve e revela: "E a proposito, Marcelo Brick, se credencia hoje a ser pré candidato, e assumir com toda certeza e responsabilidade, comprometimento, a prefeitura de Gaspar, Kleber hoje tem varias coisas que difere de Marcelo e demais candidatos, que é cabide de emprego na SDR, gentil com as pessoas ( na eleição dava oi para todos, depois dela nem isso mais o fez), sua turma não é a das melhores. Vou começar a desenhar numa cartolina talvez todas as ponderações cabem nela. Talvez".

Então se conclui, sem qualquer meia palavra, que o Marcelo fez o acordo com o PT para ser presidente da Câmara, se comprometeu, foi obediente, bonzinho com o PT de Pedro Celso Zuchi, José Amarildo Rampelotti, Antônio Carlos Dalsochio, não o traiu, ganhou o prêmio e se o PT for mal, ele será a opção dois do PT. É a língua é o chicote do dono. E não precisa ser muito inteligente a leitura do que se diz desenhista.
CAIU NA REDE É BAGRE
19/06/2015 10:16
Esse Almir de Ilhota é uma piada. Ilhota regredir? O Daniel recebeu a prefeitura sem contador, sem departamento de compras, sem procuradoria, sem engenheiro... Os vereadores são só picuinha e perseguição. O Daniel acabou com a roubalheira e sacanagem... Agora, tirar a prefeitura do buraco que o PMDB enfiou, leva muito tempo. Lembra da doação de madeira que Ilhota recebeu em 2008 e foi desviada? Lembra das roupas recebidas em 2008 e foram vendidas? Das dispensas de políticos da época cheia de produtos que vieram para os atingidos? Das casas entregues a amigos? e os que perderam tudo inclusive familiares totalmente desamparados... Claro que os que saquearam a mimosa a vida inteira estão muito insatisfeitos com o Bosi. A sacanagem acabou! Quem entende um pouquinho, sabe que pra tirar da lama uma estrutura que foi usurpada leva tempo. Deixo claro que não tenho nada contra o Dida, um grande empresário que como prefeito também faria a diferença... Só não sei se a corja ia deixar.
Desenhista
19/06/2015 09:27
Mariaázinha, Com muita certeza irá se manifestar.

Pelo oque percebi e já falei também, cada artista tem sua obra, Vereadora Andréia, não foi traída, ela traio o acordo que ele diz não ter feito para ser presidente da casa de leis. Atacou como nunca a prefeitura, enfim está no seu direito de fiscalizar, é direito dela, mas ela perde a moral em dizer que foi traída, que não deram a ela a oportunidade de ser presidente da casa de leis, lembramos que ela atacava, ao invés de se lembrar do acordo. Enfim, é o resultado da matemática que ela estava fazendo, a arte dos números, provavelmente ela errou nos seus cálculos, e acabou errando no resultado, obviamente acabou ganhando carisma ao lado de fora, que de fato é o que interessa, mas seu carisma aumentou pelo teatro dramático encenado que fez ao ver que não seria presidente, mentiu, manipulou, não foi diferente daqueles que o povo gasparense conhece e ainda continua sendo manipulados. A unica vitima aqui é o cidadão gasparense!. Eu estava desenhando uma resenha, um rascunho, que previa este acontecimento. Não são mitos, são fatos que realmente aconteceu, e quem quebrou o acordo, não foi o PT juntamente com o PP e o PMDB que entrou de gaiado no meio da mesa diretora, quem quebrou o acordo que não existia, que nunca teve foi a própria vereadora que nega cegamente que não o fez, e fez. E a proposito, Marcelo Brick, se credencia hoje a ser pré candidato, e assumir com toda certeza e responsabilidade, comprometimento, a prefeitura de Gaspar, Kleber hoje tem varias coisas que difere de Marcelo e demais candidatos, que é cabide de emprego na SDR, gentil com as pessoas ( na eleição dava oi para todos, depois dela nem isso mais o fez), sua turma não é a das melhores. Vou começar a desenhar numa cartolina talvez todas as ponderações cabem nela. Talvez.
Herculano
19/06/2015 09:09
EQUILÍBRIO FISCAL NÃO É DE DIREITA NEM DE ESQUERDA, editorial do jornal O Globo

Se os "desenvolvimentistas" estivesse certos, a gastança teria gerado bom crescimento no ano passado. Deu errado, e Dilma ainda está em apuros no TCU

O julgamento pelo TCU da prestação de contas da gestão de 2014 da presidente Dilma tem algum ineditismo. Em vez de burocraticamente aprová-la "com ressalvas", como costumava fazer, o tribunal, órgão auxiliar do Congresso, resolveu analisar de fato como o governo executou o Orçamento. Deu um mês de prazo para a presidente justificar 13 irregularidades e, se as contas forem rejeitadas na instância final, no Legislativo, será absoluta novidade na história recente do país.

As maquiagens feitas na contabilidade pública, porém, eram bastante conhecidas por analistas do mercado, e pelo próprio corpo técnico do TCU, já há algum tempo.

A prática deriva de uma visão ideológica entre "desenvolvimentistas" de que austeridade fiscal - cuidados com o gasto público - é uma invenção conservadora, portanto, de direita. Por este entendimento tosco, usar o Tesouro, inclusive por meio de isenções tributárias, para estimular o consumo, inundar o mercado de crédito para investimentos, conceder reajustes do salário mínimo acima da evolução da produtividade da economia etc. são medidas "do bem", logo, de esquerda.

Tudo é tão equivocado quanto "sonhático". A necessidade de haver uma atenção especial com os gastos é um imperativo de qualquer sistema econômico. Trata-se de regra pétrea, assim como outras. Estão acima das ideologias e dos voluntarismos.

Pode-se até proibir o cálculo da inflação e de indicadores da
evolução das contas públicas, mas os efeitos dos desequilíbrios surgirão na vida real, na forma do desaparecimento de mercadorias do comércio, no florescimento de mercados clandestinos, problemas desse tipo. É o que acontece há tempos em Cuba, ocorre no momento na Venezuela e se viu em tabelamentos de preços na Argentina. E mesmo no Brasil, na debacle do Plano Cruzado.

O fracasso do tal "novo marco macroeconômico", a política "desenvolvimentista" aplicada pelo governo Dilma, e defendida por ela desde que era ministra-chefe da Casa Civil de Lula, está escancarada em alguns poucos números.

Mesmo que a gastança tenha gerado um inédito déficit nominal de 6,7% do PIB - gastos primários mais as despesas com juros da dívida -, a economia perdeu ritmo e estagnou no ano passado (0,1% de crescimento). E a inflação disparou para o patamar de 8% anuais, bem acima do limite superior da meta (6,5%). O efeito foi o oposto do desejado. Não cuidar do lado fiscal da economia não passa, portanto, de algo pouco inteligente.
Herculano
19/06/2015 09:04
E SE? Eliane Cantanhede para o jornal O Estado de S. Paulo

A presidente Dilma Rousseff parecia superar seu pior momento, mas nesta semana enfrenta um triplo ataque. Com seus míseros 13% de aprovação, Dilma é uma presidente fraca - em mais de um sentido, aliás. Logo, é alvo fácil de tiroteios e balas perdidas.

O Congresso deixou a presidente vulnerável, cara a cara com as centrais sindicais, à esquerda, e com as classes patronais, à direita. Comandado pelo PMDB, aprovou de surpresa o novo cálculo do fator previdenciário que Dilma foi obrigada a vetar. Ao mesmo tempo, o Legislativo demora meses para revisar as desonerações fiscais das empresas. Ou seja: além de reduzir recursos, evita que Dilma aumente a arrecadação. Como fazer o ajuste fiscal com um barulho desses? O arrocho é em cima do trabalho, enquanto o capital vai mantendo a mamata das desonerações.

Mas as delicadas questões do fator previdenciário e das desonerações são pinto perto do estrago político causado pelo Tribunal de Contas da União ? não sem excelentes motivos, registre-se. Os dois projetos exigem exasperantes negociações com os líderes da base aliada, mas o TCU exige mais: exige que Dilma prove o que, talvez, ela não tenha como provar.

Em todas as votações do ajuste, como no novo fator previdenciário e nas desonerações, Dilma e seus articuladores políticos, inclusive o vice Michel Temer, partem do velho princípio do "vão-se os anéis, ficam os dedos". A cada rodada de negociação, lá se vão alguns bilhões da previsão de economia. Tudo para preservar o próprio ajuste.

Já no caso do TCU, o que está em jogo não são dedos nem anéis, mas sim a própria cabeça de Dilma. Pela lei e pelo parecer do jurista Miguel Reale Junior, por encomenda do PSDB, ela pode ser julgada por ter recorrido às tais "pedaladas fiscais" para fechar artificialmente suas contas. Apesar da dinâmica diferente, uma ação por crime de responsabilidade tem o mesmo objetivo de um impeachment: a destituição do, ou da, presidente.

É, evidentemente, uma questão da mais alta gravidade e o TCU, por mais que esteja "apanhando" dos dois lados e de boa parte da opinião pública, agiu adequadamente ao dar à presidente da República um prazo de 30 dias para explicar, se puder, 13 pontos suspeitos do último ano do primeiro mandato.

A quem critica o TCU por não ter reprovado as contas de Dilma, pura e simplesmente: veja bem, o tribunal não as reprovou ainda, mas igualmente não as aprovou nem recorreu ao velho jeitinho de "aprovar com ressalvas". E, ao dar a Dilma chance de defesa, a corte garante mais legitimidade para seu veredicto final, seja qual for.

A quem, ao contrário, acusa o tribunal de agir como oposição por não aprovar as contas e pronto: exigir explicações da presidente e admitir a possibilidade de condenação é um risco menor para a democracia e para as instituições do que desrespeitar as leis e fazer vistas grossas para crimes de quem quer que seja.

A semana acaba, mas continua um deus nos acuda e um acuda-se Dilma. A troca do fator previdenciário está uma lambança. A desoneração virou uma novela. O TCU é um problemaço. Durante um mês, Dilma terá que quebrar a cabeça (dela, do ex-ministro Guido Mantega e da sua atual assessoria) para explicar, tintim por tintim, as contas, as pedaladas e as previsões erradas. E responder se, como diz o Ministério Público de Contas, atropelou a Lei de Responsabilidade Fiscal, a Lei de Diretrizes Orçamentárias e a própria Constituição. E se?

Desrespeito. Depois que a Bolívia jogou cães farejadores num avião da FAB que transportava o próprio ministro da Defesa do Brasil, tudo é possível, ainda mais na Venezuela de Nicolás Maduro. O Planalto e o Itamaraty não podem miar.
Herculano
19/06/2015 08:42
PIOROU. POLÍCIA FEDERAL PRENDE PRESIDENTE DA ODEBRECHET EM NOVA FASE DA OPERAÇÃO LAVA JATO

Conteúdo da revista Veja. Texto de Rodrigo Rangel e Laryssa Borges, da sucursal de Brasília. A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira a 14ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Erga Omnes (do latim, Contra Todos), e mira agora as construtoras Norberto Odebrecht e Andrade Gutierrez. Cerca de 220 agentes cumprem doze mandados de prisão e 38 de busca e apreensão em quatro estados (São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul). Alvo de um mandado de prisão preventiva, o diretor-presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, já está preso.

Também foram expedidos mandados de prisão preventiva contra o diretor de Relações Institucionais da Odebrecht, Alexandrino Alencar, apontado por delatores do petrolão como operador de propina na empreiteira, o diretor Rogério Araújo, da Odebrecht Plantas Industriais e Participações, e o executivo Márcio Faria, citado por delatores como o contato da construtora no Clube do Bilhão. Entre 2008 e 2012, Alencar encontrou-se diversas vezes com Rafael Angulo Lopez, auxiliar do doleiro Alberto Youssef que, além de distribuir a propina do petrolão para políticos, também fazia depósitos em contas no exterior para beneficiários do esquema criminoso. O executivo chegou a viajar com o ex-presidente Lula para o exterior em uma "missão oficial" do petista para Guiné Equatorial. Já Araújo foi apontado pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa como a pessoa que sugeriu a ele que abrisse uma conta no exterior para receber propina da empresa.

Embora citadas por delatores do petrolão as duas gigantes da contrução hoje na mira da PF passavam ilesas até aqui: ao contrário das concorrentes OAS, Camargo Corrêa e UTC, por exemplo, ainda não tinha executivos presos.

Na nova fase da Lava Jato são cumpridos 59 mandados judiciais - além dos 38 de busca e apreensão, nove de condução coercitiva, oito de prisão preventiva e quatro de prisão temporária. No cerco contra agentes que atuaram nas fraudes a contratos com a Petrobras, os mandados estão sendo cumpridos em São Paulo, Jundiaí, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre. Os presos serão levados para a superintendência da Polícia Federal em Curitiba.
Roberto Basei
19/06/2015 08:37
Política Internacional X Política Nacional

Uma relação entre Países, chama se Geopolítica! E política não é só eleição e gerenciamento da coisa pública é uma constante negociação e quem posta aqui não é virgem no assunto!
Herculano
19/06/2015 08:35
A VOLTA DO TROCA-TROCA, por Bernardo Mello Franco para o jornal Folha de S. Paulo

A reforma política da Câmara vai terminar como começou: alheia aos eleitores e ligadíssima nos desejos dos deputados. Na noite de quarta, eles aprovaram a chamada janela da infidelidade. Por 30 dias, será oficialmente reaberta a farra do troca-troca partidário.

Se confirmada pelo Senado, a decisão significará um retrocesso histórico. Em 2007, o Tribunal Superior Eleitoral determinou que os mandatos pertencem aos partidos, não aos candidatos. Oito anos depois, os deputados mudarão a Constituição para reativar o balcão de negócios.

Em vez de limitar os repasses de dinheiro público e o tempo de TV das legendas de aluguel, a Câmara deu um impulso para que elas voltem a cooptar quem se elegeu por outras siglas. Nas próximas semanas, alguns deputados devem receber milhões de motivos para trocar de partido.

"Essa janela de 30 dias é um oportunismo", protestou Samuel Moreira, do PSDB. "Faz seis meses que nós estamos num mandato e já estamos abrindo uma janela de 30 dias para os políticos mudarem de partidos."

"Mais uma vez, a reforma política vira uma farra eleitoral", reclamou Sandro Alex, do PPS. O líder do PSOL, Chico Alencar, definiu a aprovação da janela como a volta do "Quem dá mais?". "Isso é espúrio", disse. "Isso coroa, de forma apodrecida, essa pseudorreforma política."

Os argumentos não convenceram a maioria do plenário. Jovair Arantes, do PTB, resumiu a bandeira do sindicato dos deputados.

"O STF decidiu que senador pode, que governador pode, que prefeito pode. Nós, que fazemos a lei, não podemos?", perguntou, referindo-se à troca de partido. Os deputados decidiram que também podem.

Uma "tremenda bobagem". Em conversas informais, é assim que o presidente do TSE, ministro Dias Toffoli, classifica outra invenção da reforma: a impressão de um recibo em papel após o voto na urna eletrônica.
Herculano
19/06/2015 08:32
NOVAS REGRAS NÃO PREJUDICAM O "TRIO MALVADEZA", por Cláudio Humberto na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

O "Trio Malvadeza" de ministros, que anunciou nesta quinta alterações nas regras de aposentadoria, tem algo em comum além da insensibilidade em relação aos velhinhos: nenhum deles será afetado pelas novas medidas. Servidor do INSS desde 1986, Carlos Gabas (Previdência), por exemplo, aposentando-se agora, teria pelo resto da vida proventos que hoje somam R$ 31 mil por mês.

Meu pirão primeiro
Carlos Gabas se beneficiará da aposentadoria integral de servidores, que não fala em alterar. E ainda tem previdência privada: Prevdata.

Ele sabe o que faz
Piloto de motos de luxo nas ruas de Brasília, Carlos Gabas não parece interessado em se aposentar pela previdência social que administra.

Sem problemas
Nelson Barbosa (Planejamento), do "Trio Malvadeza", acrescenta aos R$ 31 mil do salário de ministro R$ 4,1 mil como professor da UFRJ.

Que se explodam
Joaquim Levy (Fazenda), adepto de previdência privada, não parece ter problemas de consciência ao alterar para pior a vida dos velhinhos.

HOSTILIDADE COLOCA O CONGRESSO CONTRA MADURO
Toda truculência é burra, por isso a atitude do regime do venezuelano Nicolás Maduro de hostilizar senadores, ontem, em Caracas, acabou por colocar o parlamento brasileiro contra o regime chavista. E pronto para votar retaliações à semi-ditadura. É considerado muito grave que Maduro não tenha garantido a segurança dos senadores e acesso aos presos políticos. Renan Calheiros chamou a hostilidade de "medieval".

Há compostura?
Se lhe restar um mínimo de compostura, o governo deveria chamar de volta, para consultas, o embaixador do Brasil em Caracas, Ruy Pereira.

A milícia de Maduro
Os "manifestantes" contra senadores em Caracas eram todos homens, com idade e jeitão de militares a paisana. É milícia privada de Maduro.

Cumplicidade
O ex-presidente Lula recomendou ao Planalto "distância" da hostilidade aos senadores na Venezuela, para não "levantar a bola da oposição.

Atitude vergonhosa
Tão vergonhosa quanto a hostilidade na Venezuela a oito senadores brasileiros, quase 10% do Senado, foi a reação ou o silêncio do governo Dilma Rousseff.

Pedala, Dilma
O preso político venezuelano Leopoldo López está em greve de fome há quase um mês. É marido de Lilian Tintori, que, como as demais, não receberam a solidariedade da ex-presa política Dilma Rousseff.

O preferido
O sonho de dez em cada dez caciques peemedebistas é, oficializado fim da união com o PT, correr atrás do senador José Serra (PSDB-SP) para montar uma chapa para 2018. E querem Serra no partido.

Quebra de decoro
Membros da CCJ ainda cogitam representação contra Maria do Rosário (PT-RS) no Conselho de Ética por quebra de decoro. Teria incitado a filha a tumultuar a análise da redução da maioridade penal.

Como lepra
Deputados candidatos a prefeito em 2016 dizem não saber como escapar da "lepra governista", tamanha a rejeição das medidas de Dilma. Preveem crescimento da oposição e encolhimento do PT.

Impeachment
O PSDB ainda pisa em ovos quando o assunto é o impeachment de Dilma, mesmo após sinal do TCU que poderá rejeitar as contas do governo. Ensaiam o protagonismo o DEM e o Solidariedade.

Retífica CH
O bolivariano José Marcondes de Carvalho, adorador do aspone "Top-Top" Garcia, já não é embaixador em Caracas, como informamos. É Ruy Pereira, que mal recebeu senadores no aeroporto de Caracas, ontem, segundo Ronaldo Caiado (DEM-GO), tomou chá de sumiço.

Azar
A oposição se divertira com decisão do TCU de pedir explicações sobre 13 irregularidades nas contas do governo Dilma de 2014. "Treze é mesmo um número que dá azar", dizem, em alusão ao número do PT.

Pensando bem...
... a violência contra senadores brasileiros na Venezuela foi uma espécie de sequestro relâmpago internacional.
Herculano
19/06/2015 08:18
PARA DILMA, OPOSIÇÃO CRIOU CONSTRANGIMENTO AO BRASIL. UÉ! MAS, NÃO FORAM GESTOS CORAJOSOS E SIMBÓLICOS COMO OS FEITOS ONTEM PELOS SENADORES BRASILEIROS QUE NOS LIVROU DA DITATUDA MILITAR E DEVOLVEU A CIDADANIA E LIBERDADE À PRÓPRIA DILMA?

O texto é do 247, o canal de comunicação do PT. Em nome do governo, o Ministério das Relações Exteriores divulgou uma nota lamentando os incidentes que afetaram a visita à Venezuela da Comissão Externa do Senado e exigindo esclarecimentos ao governo de Nicolas Maduro sobre o ocorrido.

Por outro lado, a presidente Dilma Rousseff demonstrou grande irritação com a iniciativa da oposição, liderada pelo tucano Aécio Neves (PSDB-MG). Segundo ela, os parlamentares colocaram o governo em uma "armadilha", criando um "constrangimento" para o Brasil. O governo considera que a viagem foi uma intromissão em assuntos internos da Venezuela.

A comitiva decidiu ir à Caracas para visitar representantes da oposição venezuelana, presos por suspeitas de incitar o uso da violência nos protestos de 2014 contra o presidente Nicolás Maduro.

Antes mesmo do embarque, os senadores tucanos chegaram a acusar o governo da Venezuela de vetar a entrada do avião da FAB que os levaria ao país. A informação foi negada pelo Ministério da Defesa.
Herculano
19/06/2015 07:57
ITAMARATY DIZ QUE ATOS CONTRA SENADORES NA VENEZUELA SÃO "INACEITÁVEIS", por Fernando Rodrigues

Brasil viu "atos hostis'' e vai requerer "devidos esclarecimentos'' por parte da Venezuela

O Itamaraty soltou uma nota oficial na noite desta quinta-feira (18.jun.2015) classificando como ?inaceitáveis'' os ?atos hostis'' contra senadores brasileiros na Venezuela no dia de hoje.

O texto foi aprovado pelo Palácio do Planalto, depois que a presidente Dilma Rousseff conversou com o ministro Mauro Vieira (Relações Exteriores).

Na nota, o Itamaraty diz que "à luz das tradicionais relações de amizade'' do Brasil com a Venezuela, o "governo brasileiro solicitará ao governo venezuelano, pelos canais diplomáticos, os devidos esclarecimentos sobre o ocorrido''.

Embora bem ponderada, a nota da diplomacia brasileira foi construída num tom que é raro nas relações recentes do país com a Venezuela. Em certa medida, a declaração oficial do Itamaraty confere uma certa vitória política à visita dos senadores brasileiros a Caracas nesta quinta-feira.

O que poderia ter se dado de maneira quase imperceptível acabou se transformando num evento de enorme repercussão midiática. Esses pedidos de esclarecimentos entre países, via diplomacia, quase nunca resultam em algo concreto.

Mas o objetivo dos senadores liderados pelos tucanos Aloysio Nunes Ferreira e Aécio Neves visava a chamar a atenção para a situação política da Venezuela. Essa meta foi plenamente atingida - e a nota do Itamaraty colaborou.

Eis a nota oficial do Ministério das Relações Exteriores do Brasil a respeito da viagem de senadores brasileiros à Venezuela:

NOTA À IMPRENSA
"O Governo brasileiro lamenta os incidentes que afetaram a visita à Venezuela da Comissão Externa do Senado e prejudicaram o cumprimento da programação prevista naquele país. São inaceitáveis atos hostis de manifestantes contra parlamentares brasileiros''.

"O Governo brasileiro cedeu aeronave da FAB para o transporte dos Senadores e prestou apoio à missão precursora do Senado enviada na véspera a Caracas.

Por intermédio da Embaixada do Brasil, o Governo brasileiro solicitou e recebeu do Governo venezuelano a garantia de custódia policial para a delegação durante sua estada no país, o que foi feito''.

"O Embaixador do Brasil na Venezuela recebeu a Comissão na sua chegada ao aeroporto de Maiquetía, onde os Senadores e demais integrantes da delegação embarcaram em veículo proporcionado pela Embaixada, enquanto o Embaixador seguiu em seu próprio automóvel de retorno à Embaixada''.

?Ambos os veículos ficaram retidos no caminho devido a um grande congestionamento, segundo informações ocasionado pela transferência a Caracas, no mesmo momento, de cidadão venezuelano extraditado pelo Governo colombiano.

"O incidente foi seguido pelo Itamaraty por intermédio do Embaixador do Brasil, que todo o tempo se manteve em contato telefônico com os Senadores, retornou ao aeroporto e os despediu na partida de Caracas''.

"À luz das tradicionais relações de amizade entre os dois países, o Governo brasileiro solicitará ao Governo venezuelano, pelos canais diplomáticos, os devidos esclarecimentos sobre o ocorrido".
Herculano
19/06/2015 07:52
VICE VENEZUELANO DEBOCHA DE MISSÃO BRASILEIRA, por Clovis Rossi para o jornal Folha de S. Paulo

Jorge Arreaza, vice-presidente da Venezuela, enviou para o celular de Lilian Tintori, mulher do líder oposicionista Leopoldo López, uma debochada mensagem sobre os senadores brasileiros em missão oficial na Venezuela:

"Se os senadores estão aqui é porque não têm muito trabalho por lá [no Brasil]. Assim, umas horas a mais ou a menos, dá no mesmo", diz o texto enviado a Tintori, cujo marido seria o primeiro que a comitiva tentaria visitar.

O texto dá a entender que o bloqueio da estrada que leva do aeroporto à capital venezuelana foi, como suspeitam os senadores, iniciativa do governo.

Na volta ao Brasil, os senadores pretendem cobrar do governo brasileiro que "faça valer a cláusula democrática que consta dos acordos do Mercosul, da Organização dos Estados Americanos e da Unasul (União de Nações Sul-Americanas)", disse à Folha o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado e integrante do grupo de senadores.

Segundo Aloysio, o chanceler Mauro Vieira telefonou para ele e se comprometeu a fazer gestões junto à chancelaria venezuelana, o que foi também tentado, inutilmente, pelo embaixador Ruy Pereira, que recebeu os senadores em Caracas.
Herculano
19/06/2015 07:29
O ENTERRO DE TUA ÚLTIMA QUMERA, por Reinaldo Azevedo para o jornal Folha de S. Paulo

Estamos diante da falência de um modo de fazer política que caracteriza e explica o petismo

Lula, a quem chamo "Babalorixá de Banânia", numa homenagem duvidosa a Kakânia, de Musil (pesquise a respeito se for o caso), resolveu me atacar na sexta-feira, dia 12, na abertura do 5º Congresso do PT. No lugar dele, eu jamais pagaria esse pau a um crítico, a menos que a crítica me incomodasse bastante. Parece ser o caso. O chefão petista confundiu uma coluna que escrevi aqui no dia 24 de abril do ano passado (folha.com/no1445129) com um post do meu blog, no site da "Veja", e me chamou de "blogueiro falastrão". Por que a braveza? Afirmei então: "O PT começou a morrer. Que bom!".

Uma leitura um tantinho atenta daquele texto - e não espero muito de quem já confessou ficar com sono lendo até Chico Buarque; a minha sintaxe, afinal, vai um pouco além do dó-ré-mi - evidencia que não antevi a iminente desaparição do partido, ainda que pudesse ser do meu gosto. E é. O PT tinha começado a morrer, asseverei, como organização vocacionada a ser o imperativo categórico. É teoria política, não o varejão em que Lula se especializou.

Seis meses antes das eleições, a legenda sonhava com a maior bancada da história para impor a reforma política dos sonhos, na base de plebiscitos.

Não iria acontecer, percebi. E não eram os protestos contra a Copa que me alertavam para o começo da morte do PT, até porque eles ainda estavam vincados pela linguagem e pelas palavras de ordem das esquerdas, o que não implica que os manifestantes soubessem disso. É que havia algo de fatalmente regressivo naquele papo de cobrar isso e aquilo "padrão Fifa". Pedia-se, na prática, mais Estado na veia. E eu notava as palpitações, ainda incipientes, dos que já não mais aguentavam o Estado em sua jugular.

Eu me permito citar um trecho: "Os blogs sujos viraram caricatura. A cultura antipetista está em expansão. E isso, obviamente, é bom. (...) Não sei se Dilma será ou não reeleita (...). Ainda que o partido venha a ter o melhor desempenho de sua história, terá começado a morrer mesmo assim. Refiro-me (...) a uma 'agitação das mentalidades' que costuma anunciar as mudanças realmente relevantes".

Tivesse lido com cuidado o que escrevi, Lula teria cometido menos erros - e eu me congratulo com sua desatenção. Não quero que acorde de seu delírio.

Depois de ver aprovado seu pacote de ajuste recessivo da economia, depois de ter feito acordo para voltar atrás na desoneração da folha de pagamentos, depois de ter feito o contrário do que anunciou em campanha, Dilma se viu obrigada a vetar a fórmula 85/95 para a aposentadoria, no que fez bem, propondo, no lugar, a 90/100, que também inviabiliza o sistema, mas com mais vagar.

Quando se põem nessa equação as manobras fiscais para fechar as contas de 2014 - não sei se notaram, mas o relatório do representante do Ministério Público no TCU acusa a presidente de infringir os artigos 10 e 11 da Lei 1.079, que define crime de responsabilidade -, estamos diante da falência de um modelo de gestão e de um modo de fazer política que caracterizam e explicam o petismo.

Pouco me importa se o PT vencerá ou não as eleições presidenciais de 2018. Nunca fiz previsões eleitorais e não começarei agora. Há pouco mais de um ano, escrevi que o partido havia começado a morrer. Agora, assino seu atestado de óbito. Está morto. E notem que nem escrevi a palavra "corrupção".
luiz
19/06/2015 07:10
Ridícula esta comissão de senadores que foram Á Venezuela, para prestar solidariedade aos presos políticos de lá, como se aqui estivesse tudo a mil maravilhas.
Isso é problema deles e que resolvam entre eles.
Bem feito, foram meter o nariz a onde não deviam e foram esculachados, levaram o carrerão daqueles e voltaram com a cola entre as pernas.
Agora tão todos bicudinhos com o debochado comentário do Vice de lá. Tá certo ele.
Que vexame.
Almir ILHOTA
19/06/2015 06:17
Caro bloqueio e leitores, neste domingo nossa cidade completa 57 anos de emancipação política e administrativa, infelizmente sem muito o que comemorar pois nem festa teremos, esse governo que aí está que veio com a promessa de mudar, de fazer a diferença em nada nos orgulha, pois nossa ILHOTA regrediu em dois anos e meio, mais de dez, não vimos nenhuma obra, nenhuma mudança para melhor, faz somente o feijão com arroz de sempre, não extinguiu nem criou nenhuma secretaria, as que ai estão se encontram piores do que quando assumiram, e o pior é que não temos nenhuma perspectiva de melhora, a solução é esperar findar este mandado e aguardar que o dida e o Nelsinho do cartório possam fazer melhor, como você muito bem colocou.

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