Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício

09/06/2015

fotopg7herculanoGG.jpgO JOGO I

Nesse rio turvo e traiçoeiro passará muita água. E olhar a maré não será divertido, mas essencial. Esta foto é emblemática do jogo eleitoral do ano que vem aqui em Gaspar. Ela revela o quanto tudo é muito malandramente armado nos bastidores para unicamente unir ou resolver interesses pessoais e de grupos, os quais se escondem para proteger o que tramam. Na foto todos estão sorrindo. Falso. Ela é recente. Foi na eleição que reconduziu Luiz Nagel à presidência do nanico DEM de Gaspar. Lá, convidado, no Tamandaré, estava o PMDB. Uma comitiva que incluiu o presidente e pré-candidato de sempre, Kleber Edson Wan Dall e o ex, Carlos Roberto Pereira.

O JOGO II

Mas, espera aí! Não foi Kleber que se aliou ao PT de Pedro Celso Zuchi, do cunhado Antônio Carlos Dalsochio, Doraci Vans, Mariluci Deschmps Rosa, Lovídio Carlos Bertoldi, do presidente do partido José Amarildo Rampelotti, dos que mandam em Gaspar e não aparecem, que comandaram a traição do acordo da Câmara montado pelo PT (e esse grupo de invisíveis), que alijou o próprio PMDB da mesa diretora nos primeiros dois anos e que valeriam para quatro? Essa traição deu novamente a presidência ao longevo José Hilário Melato, PP, aliado de sempre do PT em Gaspar. A manobra derrotou de Andreia Symone Zimmermann Nagel, DEM, em algo acertado e liderado pelo próprio PT com Melato.

O JOGO III

A traição mostrou que o PT se surpreendeu com o brilho e o caminho solo de Andreia. Quando o PT arquitetou o isolamento do PMDB e de Kleber, o nome de então da vez, e fez o acordo com PSD, PP e DEM, tinha Andréia como uma zé ninguém. E assim queria e a projetou. Como Andreia cresceu por sua própria capacidade, o PT tratou num primeiro instante de desmoralizá-la. Como não deu certo devido à coerência, personalidade, eficiência, insistência e caráter, o PT então tratou de eliminá-la. Aplicou-lhe um corretivo. Andreia, em vez de se calar e se curvar, como queria o PT, virou vítima. De uma novata e obscura representante da Lagoa, tornou-se uma vereadora de coragem e personalidade de Gaspar.

O JOGO IV

Inconformado, o PT comandado por Zuchi, Dalsóchio, Vanz, Mariluci, Bertoldi e Rampelotti, com o aliado Melato, ameaçou cassar o mandato de Andreia. Arrumou um tema: falta de decoro parlamentar devido aos atos e discursos corajosos que fez e faz apontando os erros da administração de Zuchi. O tiro do PT saiu pela culatra. Tentaram e ainda tentam ligá-la ao ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt. Falso. Então, temporariamente o PT desistiu do objetivo de manchar Andreia. Além de não ter base legal, o PT percebeu que Andreia tem luz própria e ficou fora do seu controle no jogo que calar, desmoralizar e criminalizar pessoas e instituições que não lhes são servis. Entretanto, está à espreita de um deslize da vereadora. Se isso não acontecer, vai armar uma sacanagem e lhe colar algum rótulo.

O JOGO V

Mas o que o PMDB e a foto têm a ver com isto? Tudo. Primeiro, depois de levar uma coça do PT na composição da mesa diretora da Câmara, menos de dois anos depois, o PMDB fez o serviço para o PT seu algoz. E não foi de graça ou por ingenuidade. Foi de caso pensado. Sem os quatro votos do PMDB, o PT não teria condições de quebrar o acordo que fez, pois o PSD que fez Marcelo de Souza Brick presidente da Câmara no acordo, não roeu a corda. E por que o PMDB fez isso? Porque o PMDB, como o PT e o próprio PSD, não quer Andreia forte ou qualquer quarta opção fora do PT, PMDB e PSD. Essa sim seria a verdadeira surpresa. No máximo a quer, se ficar comprovado que possui votos e credibilidade, como uma cabo eleitoral para o PMDB chegar e exercer o poder. Então o que revela a foto? Que depois da traição, a comitiva do PMDB foi afagar a traída. É que está chegando a hora da onça beber água. E o PMDB espera que Andreia caia mais uma vez na armadilha manjada que arquitetou. Acorda, Gaspar.

 TRAPICHE

Contagem regressiva. Em julho recomeçam as obras da ponte do Vale (prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, direto de Brasília). 

Um grande e importante Projeto de Lei tramita na Câmara de Gaspar e tira o sono dos vereadores. Ele vai influenciar a vida dos gasparenses: O Dia dos Serventes. Autora é a vereadora Marli Iracema Sontag, PMDB. 

Uma pergunta que não quer calar: e a drenagem que afoga os moradores do Bela Vista a cada enxurrada recomeçou como o prometido? Com a palavra o PT de Pedro Celso Zuchi, Décio Neri e Ana Paula de Lima, bem como os vereadores do bairro: Giovano Borges, PSD e Iracema Marli Sontag, PMDB. Ela já disse que não quer saber de reeleição. Hum!

 Olhando a pauta da sessão de hoje da Câmara fica-se com a impressão que falta assunto e trabalho para os vereadores. E o presidente da Casa, José Hilário Melato, PP, o mais longevo, trama aumentar o número de servidores, assessores e vereadores. Mais dinheiro de todos nós para o ralo. Enquanto isso, a saúde nos postos está exposta, o hospital sem verbas, as estradas mal conservadas... Acorda, Gaspar! 

O ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt, ex-PMDB, PSB, PPS e agora sem partido, tem um estranho palpite. ?Do jeito que vai, o PT vai eleger o próximo prefeito de Gaspar?. Fica o registro.

O ex-secretário de Turismo, Indústria e Comércio, Rodrigo Fontes Schramm, é dogmático. Pensa e pratica a intervenção do estado na vida dos cidadãos. Uma das suas maiores obras, foi quando secretário, acabar com a ExpoGaspar, depois que deu zebra na prestação de contas. 

A Ampe é dominada por Rodrigo. A Acig foi tomada pela Ampe, ficou fraca, sem representação e até o seu presidente é agora de fato. O Hospital está sob intervenção, sempre perseguida, arquitetada e desejada por Rodrigo. Isso sem falar na Fundação de Esportes. Hoje só falta intervir na Banda São Pedro. Porque fiapos para desafiná-la já encontraram. 

Hoje é dia da reunião ordinária do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e Adolescentes. Pauta cheia, represada. Pau puro e manobras para calar gente séria e aparelhar tudo. Ela ocorrerá às 9 horas na sala de audiências da 1ª vara no Fórum de Gaspar. 

A superintendência do Belchior vai se chamar Prefeito Tarcísio Deschamps, que foi da Arena e ligado ao conservadorismo. O contador plenamente identificado com o lado de cá da cidade, nasceu no Belchior. É o PT pensando nos votos, apesar da justa homenagem. 

Edição 1694

Comentários

Juju do Gasparinho
11/06/2015 20:29
Prezado Herculano:

O terceiro incômodo - O Antagonista

"A PF prendeu Allan Toledo, ex-vice-presidente do Banco do Brasil. Ele é acusado de participar de um esquema de lavagem de dinheiro que movimentou 3 bilhões de reais, desbaratado hoje na Operação Porto Victoria.

Você não se lembra, mas em 2010 ele acompanhou Aldemir Bendine e Val Marchiori em seu passeio a Buenos Aires com o jatinho do Banco do Brasil.

Allan Toledo pertence à turma da Previ de Ricardo Berzoini, João Vaccari Neto, Gilberto Carvalho, Rosemary Noronha é, claro, Lula".

Depois os petistas ficam reclamando que são hostilizados e xingados pelo povo, mas olha só o pessoal bandido que tem neste partido ...


Herculano
11/06/2015 17:45
PT TENTARÁ DISFARÇAR A CRISE, editorial do jornal O Estado de S. Paulo

O Partido dos Trabalhadores (PT) abre hoje em Salvador seu 5.º Congresso, mergulhado em conflitos e contradições que são o resultado dos 12 anos em que, a partir de avanços sociais importantes ameaçados agora de se perderem, fingiu reinventar o Brasil, na verdade dedicando-se prioritariamente ao desfrute do poder e ao projeto de nele se perpetuar. Até sábado, haverá muita discussão na tribuna e nos bastidores do encontro, mas, ao final, prevalecerá a vontade do mandachuva Lula, com a aprovação de um documento com o sugestivo título de Carta de Salvador. Essa proclamação deverá sinalizar discretamente uma guinada à esquerda, usando as palavras mais para salvar as aparências - como a de que todo o partido apoia o governo - e tentar manter o PT vivo, do que para apontar caminhos para salvar o País do buraco em que o afundou sob o desastrado comando de Dilma Rousseff. Será mais uma peça de retórica.

Na verdade, embora os petistas não se permitam colocar a questão nesses termos, o grande tema com que este 5.º Congresso terá que se haver é o exaurimento de um projeto de poder fundado no delírio populista de político profissional cujo carisma - agora decadente - só não era maior do que o oportunismo com que alavancou sua ascensão política e social. Lula jamais foi um político de esquerda. Sua "metamorfose ambulante", como ele próprio definiu sua trajetória de sindicalista "autêntico" a cacique de partido, revela um político sagaz, pragmático, sempre pronto a mudar de atitude e de opinião ao sabor das conveniências.

Quando se projetou nacionalmente como líder dos metalúrgicos do ABC paulista, Lula encantou os intelectuais e acadêmicos de esquerda pelo radicalismo com que repudiava a política e os políticos, proclamando lutar exclusivamente pelos direitos trabalhistas dos operários fabris que representava - trabalhadores que, diga-se de passagem, integravam a elite da massa operária no País. Lula se tornou político, mas seu esquema mental permaneceu o mesmo, apenas trocando a ideia de "operários vs. patrões" pela de "povo vs. elite", ou "nós vs. eles". Como todo ilusionismo, o esquema lulopetista foi-se tornando, pela repetição, um truque barato.

Agora, no desespero de ver sua nau fazendo água, os petistas preparam-se novamente - porque não sabem fazer diferente - para empurrar o problema com a barriga com uma proclamação tão conciliadora quanto possível, na esperança de que venham dias melhores. Mas o "centralismo democrático" que impera no comando do partido não parece suficiente para impedir que lideranças mais radicais voltem a aflorar com propostas esquerdizantes ? afinal, para todos os efeitos, o PT é um partido "de esquerda". Além da ideia de uma "nova política de alianças" que conta com as simpatias também de Lula, mas é mais difícil de fazer do que de falar, não poderia faltar no elenco de temas capazes de incendiar as discussões no congresso o da "democratização dos meios de comunicação".

Desde sempre o PT considera os grandes veículos de comunicação - a quintessência das "elites" - os principais culpados por tudo o que não dá certo para ele. A maior parte das lideranças petistas mais radicais não chega a propor abertamente a censura à Imprensa, mas essa intenção transparece claramente numa versão preliminar da Carta de Salvador que trata da questão dos "instrumentos de poder" e será discutida no encontro na capital baiana: "Em contraposição a outras nações latino-americanas sob governos progressistas, o PT e suas administrações deixaram de alterar instituições e instrumentos de poder da velha oligarquia".

Quer dizer: ao contrário dos "governos progressistas" dos quais os petistas morrem de inveja - Cuba, Venezuela, Equador, Bolívia, Argentina -, os governos do PT cometeram o erro imperdoável de não impor restrições de conteúdo - eufemismo para censura - ou de natureza econômica para os veículos de comunicação independentes. Os petistas acham que, além de "alterar instituições e instrumentos de poder", é preciso que o partido invista em veículos de comunicação de massa próprios, como jornais de circulação gratuita, e em uma TV via internet. O capital necessário se arranja - é o que deve imaginar a companheirada.
Joemir Feltrinn
11/06/2015 12:48
Herculano

Deixa o PDF quieto, todos queremos uma Gaspar melhor e moderna.

Suas críticas não ajudam a construir uma Gaspar metropolitana.
sidnei luis reinert
11/06/2015 12:39
DE Ronaldo Caiado:

Diosdado Cabello é investigado nos Estados Unidos por tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Está aqui no Brasil e foi recebido por seu amigo Lula, suspeito de receber R$ 4,5 milhões em propinas do Petrolão e praticar tráfico de influência usando o BNDES como banco particular. Diosdado é presidente da Assembleia Nacional que dá plenos poderes a Maduro na Venezuela, considerado o número 2 do bolivarianismo naquele país. Está no país a convite da JBS/Friboi, principal doadora de campanhas do PT e campeã em financiamentos suspeitos do BNDES. É só ligar os pontos.

http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,lula-recebe-numero-2-do-chavismo-em-sp,1703656
Gasparence descente
11/06/2015 09:24
O que nosso vereador Marcelo foi fazer em Florianópolis ontem, quando faz menção ao cumprimento de diversas agendas? Tratar de assuntos próprios - dele e do PSD.
Fazendo convites para a convenção do partido aqui em Gaspar. Usando do tempo e do nosso dinheiro em beneficio próprio.

Isso é o novo? Isso que queremos de mudança? Desde já tirando vantagem do cargo que não está desempenhando?

As diárias que recebe para passear devem ser "GORDAS"

FOLGADO!!!!!!!
Herculano
11/06/2015 07:55
DECISÃO CONTRA MARÉ MUNDIAL, por Fernando Rodrigues

Se for mantida a decisão de mandatos de 5 anos (e não de 4, como hoje), os congressistas brasileiros estarão assumindo uma posição contrária ao movimento mundial que pede mais participação e interação entre políticos e cidadãos.

Hoje, o Brasil vota regularmente a cada 2 anos (sempre em anos pares). Em 2016 haverá eleição de prefeitos e de vereadores. Em 2018, para todos os outros cargos ?presidente, governadores, deputados estaduais, deputados distritais (em Brasília) e senadores.

A prevalecer a decisão tomada pela Câmara, os brasileiros votariam muito menos: só uma vez a cada 5 anos (para presidente, governador, deputados e senador). Depois, num outro ano, para prefeitos e vereadores. Acaba a sincronia de uma eleição a cada 2 anos, como manda o sistema atual.

Com mandatos de 5 anos anos, a frequência eleitoral será diminuída.

O argumento a favor da proposta é que muitas eleições "atrapalham" a vida do país, pois ?tudo para em anos eleitorais?. Não há fatos concretos que comprovem essa teoria. Os brasileiros não deixam de tocar a vida por causa da eleição. Ao contrário, a festa democrática é útil para os cidadãos refletirem sobre o que está dando certo e o que não está.

Em países com democracias consolidadas, como os Estados Unidos, há eleições todos os anos ?pois muitos mandatos não são coincidentes.

Nos EUA, a Câmara dos Representantes (equivalente à Câmara dos Deputados) tem 435 cadeiras. No Brasil, são 513. Todos os deputados norte-americanos têm mandatos de apenas 2 anos. No Brasil, o período é de 4 anos e agora poderá ir a 5.

Outro detalhe: em mais da metade dos Estados norte-americanos há limite para a reeleição de deputados federais. No Brasil, um deputado pode passar a vida inteira se reelegendo.

Nos EUA, cada Estado elege apenas 2 senadores. No Brasil, são 3 para cada unidade da Federação.

Não há nenhuma proposta com chance de ser aprovada no Congresso que trate da redução do número de deputados e de senadores. Muito menos algo que limite o número de reeleições de congressistas.

Há ainda tempo para os próprios deputados refletirem sobre a decisão que acabam de tomar. Depois, os senadores também podem revisar essa mudança.

Mas tudo indica que o Congresso se esqueceu das jornadas de junho de 2013. Deputados e senadores parecem mesmo estar propensos a construir um muro separando o Poder Legislativo do restante da população.
Herculano
11/06/2015 07:48
NÃO BASTA UMA NOTA FISCAL, por Carlos Alberto Sardenberg para o jornal O Globo

Há uma questão ética com as palestras de Lula: ele não é só o ex-presidente, mas o líder de um partido que permanece no governo

Dia desses, perguntaram ao ex-presidente Lula quanto ele cobrava por palestra. Ao seu estilo, meio de brincadeira, meio bravo, ele disse que era fácil saber: bastava contratá-lo. Contato com a LILS Palestras Eventos e Publicidade.

Pois agora é oficial: por conferência no exterior, Lula cobra R$ 375 mil. Pelo menos foi o que recebeu da Camargo Corrêa.

A informação saiu primeiro em um relatório da Polícia Federal, no âmbito das investigações da Lava-Jato. E foi confirmada pela assessoria do ex-presidente: a empresa LILS recebeu R$ 1,5 milhão da Camargo Corrêa - em três parcelas, de 2011 a 2013 - a título de patrocínio de quatro conferências no exterior.

Considerando-se o mercado internacional de ex-chefes de Estado, pode-se dizer que está muito bem pago. É verdade que Bill Clinton já recebeu até US$ 700 mil por palestra, mas foram casos claramente excepcionais. No mais das vezes, o ex-presidente americano cobra US$ 100 mil - ou cerca de R$ 310 mil ao câmbio de hoje, até menos do que Lula faturou naqueles quatro eventos.

Isso, antes de mais nada, mostra que Lula de fato se tornou uma estrela internacional de primeira grandeza. Seu governo, especialmente no primeiro mandato e início do segundo, teve uma feliz combinação: política econômica ortodoxa, reduzindo inflação e dívida pública, amplos programas sociais e um boom da economia mundial puxado pelos altos preços das comodities. Boa macroeconomia e distribuição de renda - eis a marca que Lula construiu. E que se mostrou um capital valioso no circuito global de palestras. É uma das vantagens do capitalismo, transformar prestígio, experiência política, conhecimento em dinheiro vivo.

No mercado, ganhar dinheiro não é feio. Além disso, ressalte-se, Lula não é investigado na Lava-Jato. Os pagamentos apareceram na investigação sobre a empreiteira, esta sim envolvida na operação.

Portanto, tudo certo com o ex-presidente?

Mais ou menos. Sendo rigoroso, como se deve ser com um líder político dessa envergadura, há perguntas a fazer.

De certo modo, as mesmas que a imprensa americana tem feito a Bill Clinton. Ocorre que ele não é apenas ex-presidente, mas marido de Hillary, que ocupou o cargo de secretária de Estado no governo Obama, e é candidatíssima a presidente dos EUA.

Assim, quem contrata Bill podia e pode estar querendo mais do que ouvir uma boa conversa. Especialmente se o contratante for um governo ou uma empresa com interesses dependentes de ações da Casa Branca. Qual a resposta para isso? Clinton, o marido, respondeu com transparência. Ampla demonstração sobre as palestras - como, quando, onde, para quem - e prometeu não mais trabalhar para quem pudesse ter interesse na campanha de Hillary.

A mesma questão ética e política se aplica a Lula. Não é apenas o ex-presidente, mas o líder de um partido que permanece no governo, sobre o qual ele exerce notória influência. Além disso, o contratante conhecido neste caso, a Camargo Corrêa, tem notórios interesses neste governo e na sua política. E fez doações ao PT e ao Instituto Lula.

É por isso que não bastam os contratos e as notas fiscais dadas pela empresa LILS contra os pagamentos da empreiteira. Ok, foram pagamentos formais e legais, mas: para quem foram as palestras? Onde? Quem mais patrocinou? Governos? Empresas? Quais? Em quais circunstâncias?

E ainda: teria havido também serviços de representação - que muitos chamam de lobby - para a Camargo Corrêa em outros países?

A empresa de José Dirceu, por exemplo, afirma ter feito esse tipo de trabalho para a mesma Camargo Corrêa e outras empreiteiras.

Já houve tempo em que a Justiça brasileira entendia que um documento formal explicava e justificava tudo. Tanto era assim que boa parte das propinas pagas na Lava-Jato foi nessa forma, mediante notas fiscais e contratos de prestação de serviços. O pessoal tomava cuidados legais.

Mas, depois do mensalão e, entre outras coisas, da teoria do domínio do fato, é preciso mais do que uma nota fiscal, mesmo eletrônica.

PAGANDO DOIS PECADOS
Não há dúvida: o ajuste fiscal é o aspecto mais doloroso de uma política econômica ortodoxa, ou de direita, se quiserem.

Também não há dúvida: o forte aumento de impostos é o aspecto mais doloroso de uma política de esquerda baseada no gasto público, conhecida como "taxar e gastar".

Pois acontece que estamos sofrendo as duas dores. O enorme desastre feito nos últimos anos exige um ajuste fiscal conservador. Para "compensar" esse passo à direita, o PT quer compensar com um giro à esquerda, na forma de um monte de novos impostos, a começar pela CPMF.

É o que dá não termos partidos com programas. O eleito quer acertar com todos os lados e acaba atrapalhando todo o país
Herculano
11/06/2015 07:41
A BANCADA DO GÁS DE PIMENTA, por Bernardo Mello Franco para o jornal Folha de S. Paulo

A bancada da bala teve o seu dia de bancada do gás de pimenta. A polícia legislativa usou o spray, que ataca os olhos e as vias respiratórias, para expulsar estudantes da Câmara. Eles protestavam contra a redução da maioridade penal, bandeira do grupo conservador que tem ditado as regras na Casa.

O gás foi disparado em uma sala onde havia gritaria, mas nenhum confronto físico. Seguiram-se cenas de correria e tumulto. Uma jovem desmaiou. A presidente da UNE teve o braço arranhado, e seis manifestantes foram atendidos no serviço médico. "Fiquei até tonto com o spray. Estou aqui há 21 anos e nunca tinha visto uma coisa dessas", reclamou o deputado Darcísio Perondi.

O ataque aos estudantes reproduz a truculência com que a redução da maioridade tramita na Câmara. A comissão dedicada ao tema será encerrada a toque de caixa, sem as 40 sessões previstas. A pressa é patrocinada por Eduardo Cunha, que quer aprovar o texto até o fim do mês.

A proposta cita a Bíblia, mas não menciona dados científicos ao sustentar que a Constituição deve mudar para que infratores de 16 anos sejam presos junto com adultos. Foi apresentada por um ex-deputado ficha-suja, condenado por corrupção e formação de quadrilha.

Após a confusão, Cunha defendeu os policiais e avisou que barrará os estudantes na votação do texto. "Isso é uma bagunça que a gente não pode permitir", disse, sobre o protesto.

Poucas horas depois, ele deixou que a bancada evangélica interrompesse uma votação da reforma política para gritar contra a Parada Gay. O ato terminou com os deputados rezando o pai-nosso, como se o plenário fosse extensão de suas igrejas.

***
Roberto Carlos pode não saber, mas o STF lhe fez um favor ao derrubar a censura prévia às biografias. Em alguns anos, o cantor pode voltar a ser lembrado apenas pela música, e não como o rei do obscurantismo.
Herculano
11/06/2015 07:39
TUMULTO INTERROMPE DEBATE SOBRE MAIORIDADE NA CÂMARA

Conteúdo de Veja. Texto de Gabriel Castro, da sucursal de Brasília. Um protesto truculento de militantes de partidos de esquerda e União Nacional dos Estudantes (UNE) interrompeu a reunião para votação do relatório do deputado Laerte Bessa (PR-DF) sobre a redução da maioridade penal na comissão da Câmara criada para discutir o tema. Após empurra-empurra e a ação de seguranças da Casa, deputados pediram vista do parecer - a sessão será retomada dia 17, com a presença restrita a deputados, assessores e jornalistas.

Os militantes tentaram impedir a discussão do tema. Quando o presidente da Comissão, André Moura (PSC-SE), pediu que a segurança esvaziasse o plenário onde ocorria a reunião, os manifestantes se exaltaram ainda mais. Alguns invadiram a área reservada aos deputados e, com o dedo em riste, ofenderam parlamentares com termos como "fascista" e "salafrário".

Parlamentares contrários à redução, como Maria do Rosário (PT-RS), Darcísio Perondi (PMDB-RS) e Ivan Valente (PSOL-SP) tentaram impedir a retirada dos manifestantes, o que só aumentou a confusão. Houve troca de empurrões e alguns parlamentares - como Laerte Bessa e Darcísio Perondi - quase trocaram sopapos.

Os manifestantes bloquearam as saídas para tentar impedir que a polícia os removessem e foram contidos por spray de pimenta. Em seguida, André Moura transferiu a sessão para um plenário ao lado.
Herculano
11/06/2015 07:29
CRUZADA RELIGIOSA, por Vera Magalhães, para a coluna Painel, para o jornal Folha de S. Paulo

A Câmara de São Paulo retirou do Plano Municipal de Educação todos os termos relacionados a diversidade sexual. O texto do relator, Paulo Fiorillo (PT), foi rechaçado após protestos de lideranças religiosas, que lotaram o plenário durante a votação, nesta quarta-feira. Foi retirada do projeto, por exemplo, a necessidade de reconhecer o nome social de educadores travestis e transgêneros. Havia ainda a proposta de conteúdos pedagógicos sobre diversidade sexual, também derrubada.

Careta
A versão final do projeto, que estabelece metas e diretrizes para o ensino nos próximos dez anos, ficou muito próxima da original, mandada pelo ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD).

Genuflexório
O arcebispo Metropolitano de São Paulo, dom Odilo Scherer, enviou ofício à Câmara dizendo que a arquidiocese via a discussão com "preocupação e perplexidade". Para ele, tratar opção sexual nas escolas teria "consequências graves".
Herculano
11/06/2015 07:24
INSTITUTO VÊ "FACTÓIDE E MÁ FÉ" NA IMPRENSA CONTRA LULA


Conteúdo do 247, um canal de comunicação do PT. Em texto publicado nesta quarta-feira (10), a assessoria do Instituto Lula contesta o noticiário da grande imprensa que tenta criar irregularidades no pagamento das palestras do ex-presidente Lula. Intitulado "Mais factóides, má fé e preconceito de parte da imprensa contra um ex-presidente", o texto esclarece a criação do instituto e da empresa LILS Palestras e Eventos.

"Todos os compromissos públicos do ex-presidente - participação em conferências e congressos, encontros partidários, comícios e atos políticos - são divulgados à imprensa e no site do Instituo Lula, bem como sua intensa agenda internacional, que é sistematicamente ignorada pelos grandes meios de comunicação brasileiros, embora tenha grande destaque nos países por ele visitados. A imprensa também ignora as atividades Instituto em atividades de políticas públicas de combate à fome e pobreza, cooperação com a África e integração da América Latina", afirma a nota.

Mais cedo, através do Facebook, o perfil do ex-presidente postou um texto questionando a grande mídia. "Depois de boicotar e não informar sobre as atividades internacionais do ex-presidente e do Instituto Lula na cooperação de políticas públicas para o combate à fome e à pobreza, parte da imprensa brasileira erra ou mente sobre fatos simples. O Instituto Lula não é uma empresa, é uma entidade sem fins lucrativos ou verbas governamentais. Por que será que o Instituto Lula incomoda tanto parte da imprensa brasileira?", disse.

Abaixo o texto do Instituto Lula na íntegra:

Mais factóides, má fé e preconceito de parte da imprensa contra um ex-presidente

Desde que encerrou seu período na presidência da República, em 1º de janeiro de 2011, o ex-presidente Lula pautou-se pela transparência em suas atividades políticas, profissionais e nos episódios que, embora na esfera particular, eram de interesse público. A tentativa de transformar estas atividades em escândalo, como tem feito parte da imprensa brasileira, é só mais uma demonstração de parcialidade, má-fé e preconceito em relação ao ex-presidente.

A criação do Instituto Lula foi amplamente divulgada, tratando-se de um centro de atividades voltadas para a cooperação com o desenvolvimento dos países africanos e para impulsionar a integração latino-americana. Em reportagem do jornal O Globo, de 3 de abril de 2011, o presidente do Instituto, Paulo Okamotto, informou que estas atividades seriam financiadas por meio de contribuições de empresas, da mesma forma como fazem, no Brasil e no mundo, instituições de ex-chefes de governo.

Para exercer o direito de trabalhar, Lula criou a empresa LILS Palestras e Eventos, que administra a participação do ex-presidente em palestras e conferências contratadas por empresas e entidades privadas - o que também é prática comum entre personalidades de grande destaque público, no Brasil e em todo o mundo. A criação da LILS e os seus objetivos também estão descritos na reportagem de O Globo de 12 de abril de 2011.

Quando teve diagnosticado um câncer na garganta, em outubro de 2011, o ex-presidente deu ampla divulgação, por meio de sua assessoria, tanto em relação ao diagnóstico quanto todas as etapas do tratamento. Desde então, a assessoria do Instituto Lula divulga os resultados dos exames de rotina feitos regularmente por Lula.

Todos os compromissos públicos do ex-presidente - participação em conferências e congressos, encontros partidários, comícios e atos políticos - são divulgados à imprensa e no site do Instituo Lula, bem como sua intensa agenda internacional, que é sistematicamente ignorada pelos grandes meios de comunicação brasileiros, embora tenha grande destaque nos países por ele visitados. A imprensa também ignora as atividades Instituto em atividades de políticas públicas de combate à fome e pobreza, cooperação com a África e integração da América Latina

Não há rigorosamente nenhuma novidade no noticiário referente à contratação de palestras, por meio da LILS, e de contribuições ao Instituto Lula por parte da empresa Camargo Corrêa - que já havia prestado tal informação ao jornal Folha de S. Paulo no dia 22 de março de 2013. O que existe é mais uma tentativa de escandalizar as atividades legais e legítimas do ex-presidente.
Herculano
11/06/2015 06:56
TITULO DE REPORTAGEM DO JORNAL FOLHA DE S.PAULO - QUE NÃO PODE SER CONSIDERADO CONSERVADOR - EM REPORTAGEM SEM DESTAQUE - EM OUTRO CENÁRIO SERIA: EM CRISE, PT DEVERÁ FAZER CONGRESSO ESVAZIADO

A PERGUNTA É: MAS QUEM ESVAZIOU O CONGRESSO DO PT SE NÃO ELE PRÓPRIO COM OS DESVIOS ÉTICOS, A FALTA DE TRANSPARÊNCIA, A HIPOCRISIA, DESGOVERNO E A ROUBALHEIRA QUE PRATICOU, PATROCINOU E ESCONDEU USANDO OS NOSSOS PESADOS IMPOSTOS QUE DEVERIAM IR PRIORITARIAMENTE PARA A SAÚDE PÚBLICA, EDUCAÇÃO, SEGURANÇA, OBRAS DE INFRAESTRTUTURA...?

O texto é de Bela Megale, Cátia Seabra e Marina Dias. No auge daquela que talvez seja a maior crise de sua história - com notável aumento de sua rejeição, o governo mal avaliado e dirigentes acusados de corrupção -, o PT abre nesta quinta (11) seu 5º Congresso, em Salvador, com oito teses inscritas disputando seus rumos, 800 delegados credenciados, mas o risco de ter os debates esvaziados.

Por pressão do governo da presidente Dilma Rousseff ou das alas mais fortes internamente, as deliberações mais relevantes foram adiadas ou tendem a ser amenizadas.

Uma delas é a proposta de formalizar a proibição de doações de empresas a diretórios do PT, o que seria, em tese, um primeiro passo para uma posterior proibição total.

Em abril, quando o então tesoureiro João Vaccari foi preso no âmbito da Operação Lava Jato, a direção nacional do partido decidiu aprovar uma norma interna proibindo as doações aos diretórios petistas, medida a ser referendada no Congresso que começa nesta quinta.

Temerosos de perder competitividade, petistas de várias partes começaram a fazer pressão contra a medida.

A tendência de a Câmara dos Deputados aprovar na reforma política a proibição de doações de empresas só a candidatos (continuariam legais as doações aos partidos) colocou em xeque a decisão da sigla que já vinha sendo bombardeada. Para os candidatos do PT, isso já seria, na prática, a proibição total.

O presidente PT, Rui Falcão, começou a sinalizar que haveria adiamento sobre esse tema já no começo deste mês. Ele defendeu não ter razões para pregar o fim das doações privadas sem uma definição da reforma política que tramita na Câmara.

Nesta quarta (10), um pouco antes de participar de uma reunião com tesoureiros da sigla, ele reforçou essa posição. "Há várias propostas. Eu vou apresentar que a gente mantenha como está no momento [o partido, desde abril, não aceita doações privadas] e combata duramente a aprovação do financiamento empresarial no Congresso".

Outro sintoma de esvaziamento é que a própria conveniência do 5º Congresso passou a ser questionada. Há cerca de dois meses, um integrante do governo procurou Falcão para discutir até a possibilidade de cancelamento do encontro.

Um importante petista ligado ao governo afirma que o evento ocorre "fora de hora" por não haver uma definição de um cenário político e econômico que possibilite à sigla dar uma resposta à sociedade sobre a crise atual.

Esse tipo de reclamação chegou a ser levada ao ex-presidente Lula. Mas ele avaliou que o cancelamento prejudicaria a imagem do partido e defendeu que o evento seria importante para retomar o diálogo com sua base.

Outro aspecto que gera insatisfação foi o movimento, a partir do governo - e este apoiado por Lula - para amenizar as críticas em relação ao pacote fiscal.

Minoritários, grupos mais à esquerda deverão verbalizar insatisfação. Os governistas jogarão na retranca.
Herculano
11/06/2015 06:45
CRIADOR DE PROJETO BILIONÁRIO AGORA JULGA EM SP, por Cláudio Humberto na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

O projeto bilionário de trocar todas as lâmpadas de iluminação pública de São Paulo, com suspeita de favorecimento da empresa americana AES-Eletropaulo, foi elaborado pelo então secretario municipal João Antônio (PT) e quem o relata hoje, no Tribunal de Contas do Município (TCM), é o mesmo João Antônio, atual conselheiro, e acusado de não receber representações contra essa parceria público privada (PPP).

Conveniência
A última foi ação contra a PPP da lâmpada data de 21 de maio, mas o TCM (onde o PT tem 2 dos 4 conselheiros) não se reúne para decidir.

De pai para filho
O prefeito Fernando Haddad (PT) vai pagar R$ 7,3 bilhões pela troca de lâmpadas para led. A vencedora receberá os lucros por 20 anos.

Quem vai ganhar
A americana AES-Eletropaulo é favorecidíssima: a empresa tem os postes, entra com uma tremenda vantagem. Vai ganhar, ponto.

Made in China
Serão gerados na China os empregos para fabricar lâmpadas de led de postes paulistanos. Haddad não se interessou em gerá-los no Brasil.

DF: choque com PDT derruba "governador de fato"

Homem forte de Rodrigo Rollemberg (PSB), o chefe da Casa Civil do governo do DF, Hélio Doyle, considerado o "governador de fato", não resistiu à trombada com o PDT e a Câmara Legislativa e pediu demissão, surpreendendo os meios políticos. Dias atrás, a presidente da Câmara, deputada Celina Leão (PDT), rompeu com Rollemberg protestando contra petistas ligados ao ex-governador Agnelo Queiroz para postos estratégicos do governo. Todos escolhidos por Doyle.

Independência
Decepcionado com Rollemberg, o senador Reguffe propôs ao PDT uma postura de independência no DF. E que, como ele, recuse cargos.

Influência
Hélio Doyle chefiou a campanha de Rollemberg, vitoriosa após o apoio de Reguffe. Mesmo sem cargo, ele continuará muito influente.

Cristovam ajudou
Após criticar a atitude da deputada Celina Leão, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) se associou às críticas a Rollemberg e a Doyle.

Procuradoria sem direito
Liderada pela senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB), a Procuradoria da Mulher do Senado, que tem a missão de "zelar, fiscalizar, controlar e incentivar os direitos da mulher", não tem advogados na equipe.

Câmara também quer
Deputados se articulam para tirar do Senado a exclusividade da CPI da CBF. Eles acusam o presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, de usar a sabatina na Câmara, terça (10), para tentar esvaziar uma CPMI.

Simões cozinhando
O Itamaraty pressiona o Senado para votar no dia 25 a indicação de Antônio Simões, o "Simões Bolívar", à embaixada brasileira em Madri. Mas alguns senadores só desejam fazê-lo no segundo semestre.

Gastadores
Prevista para 1º de maio, a TV PT não foi lançada ainda "por falta de dinheiro". A pergunta não quer calar: como eles conseguiram gastar as centenas de milhões de reais surrupiados no petrolão?

Filha barulhenta
Servidores da Câmara garantem: a filha da deputada Maria do Rosário (PT-RS) estava entre os acusados de tumultuar a comissão que discute a redução da maioridade. Questionada, a deputada negou.

Recuo
O Planalto segurou a revisão das desonerações após Michel Temer ser alertado pelo líder do PMDB, Leonardo Picciani, de que o governo sairá derrotado se não saírem as nomeações do segundo e terceiro escalão.

Bolivarianos
Presidente da Assembleia da Venezuela, a Câmara de lá, Diosdado Cabello chegou para "visita oficial ao governo amigo", diz a imprensa local. Mas sua única visita conhecida foi ao ex-presidente Lula.

Barraco
Em confusão ontem na Câmara, durante tensa votação da PEC da maioridade, o deputado Alberto Fraga (DEM-DF) não se conteve e partiu pra cima de um manifestante. No fim, oito foram prestar queixa.

Pergunta no TCU
Haverá limite na propaganda paga do governo federal no jornal e emissoras chapa-branca do PT, cuja criação será proposta em seu congresso?
Herculano
11/06/2015 06:34
CÂMARA APROVA MANDATO DE 5 ANOS PARA TODOS OS CARGOS. AINDA FALTA SER CONFIRMADA EM SEGUNDO TURNO E PODE SOFRER MUDANÇAS NO SENADO E ASSIM VOLTAR PARA A CÂMARA. MAS, É SINALIZADORA PARA AS PRÓXIMAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS. OUTRA. O VOTO OBRIGATÓRIO CONTINUA VALENDO.

O conteúdo é do jornal Folha de S. Paulo. O texto é de Mariana Haubert e Ranier Bragon, de Brasília.

Dando sequência à votação de sua proposta de reforma política, o plenário da Câmara aprovou nesta quarta (10) emenda à Constituição que estabelece o mandato de cinco anos para todos os cargos eletivos a partir de 2020.

A proposta, que cria um confuso esquema de mandatos distintos nos próximos anos, eleva de 8 para 9 anos o mandato dos senadores eleitos em 2018 e reduz de 8 para 5 o mandato dos senadores eleitos em 2022.

A proposta deve sofrer restrições no Senado. O próprio presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), já disse considerar falta de "inteligência política" achar que os senadores irão votar alteração do tamanho de seus mandatos. O texto foi aprovado por 348 votos contra 110. Houve 3 abstenções.

Nas semanas anteriores, a Câmara já havia aprovado o fim da reeleição para aqueles que assumam cargos a partir de 2016.

Ao rejeitar também nesta quarta a unificação das eleições --foram apenas 220 votos a favor, 88 a menos do que o mínimo necessário--, o plenário manteve a divisão na escolha dos cargos eletivos: prefeitos e vereadores separados de presidente, governadores e congressistas.

Tanto a proposta de modificação dos tempos de mandato como a do fim da reeleição têm que passar por uma segunda votação na Câmara e, após isso, seguem para análise do Senado. Caso entre em vigor, haverá eleições em período irregulares: em intervalo de dois ou três anos.

O texto aprovado nesta quarta estabelece que prefeitos e vereadores eleitos em 2016 terão mandato de quatro anos, como é hoje. A partir de 2020, o mandato sobe para cinco anos.

O presidente da República, governadores e deputados eleitos em 2018 também continuarão com mandato de quatro anos. Só a partir de 2022 passam a ser escolhidos para cumprir uma legislatura de cinco anos.

Já os senadores passarão por uma situação peculiar. Hoje, eles têm mandato de oito anos, mas há eleições a cada quatro anos --em uma leva são eleitos dois terços das 81 cadeiras e na outra, um terço. O projeto aprovado pela Câmara estabelece que todos terão mandatos de cinco anos a partir de 2027.

Para que isso ocorra, os senadores eleitos em 2018 cumprirão uma legislatura de nove anos. Os eleitos em 2022 teriam mandato de cinco anos. Com isso, caso a proposta entre em vigor, até 2027 os políticos eleitos pela população terão três tamanhos de mandatos distintos: quatro, cinco e nove anos.

Segundo a avaliação de vários deputados, a tendência é que os senadores rejeitem todo o texto aprovado na Câmara ou aprovem o mandato de dez anos para eles.

Em outra votação, a Câmara rejeitou acabar com o voto obrigatório. Foram apenas 134 votos favoráveis ao voto facultativo, e 311 contrários.

Dessa forma, o voto continua opcional apenas para pessoas com idade entre 16 e 18 anos, analfabetos e maiores de 70 anos. Hoje, apesar de o voto ser obrigatório, a Justiça Eleitoral registra um alto índice de abstenção.

Além do fim da reeleição e da alteração dos mandatos políticos, a Câmara já aprovou no seu pacote da reforma política a introdução na Constituição do financiamento privado das campanhas políticas. A medida teve o objetivo de barrar a inclinação do Supremo Tribunal Federal de proibir as empresas de doarem para os candidatos.

DESONERAÇÕES
Para evitar uma nova derrota na Câmara, o Planalto adiou a votação do projeto que revê a política de desoneração da folha de pagamento.

O texto enviado pelo Executivo elevaria, já neste ano, a alíquota da contribuição previdenciária sobre o faturamento das empresas de 1% para 2,5% para o setor industrial e de 2% para 4,5% para a área de serviços.
Herculano
11/06/2015 06:27
A BRIGA PELA SOBREVIVÊNCIA DOS NÚCLEOS DE PODER DO CONDOMÍNIO DO PMDB CATARINENSE. ISTO AINDA VAI FICAR PIOR DEPOIS DA MORTE DO AGLUTINADOR DOS INTERESSES DISPERSOS, LUIZ HENRIQUE DA SILVEIRA

Quer um exemplo? Esta nota de Cláudio Prisco Paraíso dá a dimensão do jogo pela busca ou preservação de espaços dos antigos. Para os novos e a renovação? Nada.

Deputado Rogério Peninha Mendonça (PMDB), historicamente ligado ao ex-governador Paulo Afonso Vieira (assim como o secretário João Matos), não acredita que o correligionário venha a ser degolado com as mudanças em curso na Eletrosul.

Paulo Afonso é diretor e deve permanecer como tal. Além de Peninha estar pedindo por ele em Brasília, o peemedebista tem o carinho e o reconhecimento do vice-presidente Michel Temer, com quem ele trabalhou diretamente. Ou seja, se um dos dois técnicos que hoje estão na diretoria não for para a guilhotina, quem pode ficar de fora é o ex-deputado Jailson Lima da Silva (PT).

Cláudio Vignatti deve assumir a Diretoria de Operações, que está vaga. Por força do senador Dário Berger (PMDB), o irmão dele, Djalma Berger, vai assumir a presidência da elétrica.
Herculano
10/06/2015 23:07
AO LIBERAR BIOGRAFIAS, STF DÁLIÇÃO AO CONGRESSO, por Josias de Souza

Pela enésima vez, o Supremo Tribunal Federal foi chamado a suprir um direito que o Congresso Nacional se absteve de prover. Ao considerar inconstitucional a censura a biografias não autorizadas, os ministros do STF deram uma nova lição aos congressistas. Ensinaram que não se deve brigar com o óbvio. Vale a pena ouvir um trecho do voto da relatora do processo, a ministra Carmén Lúcia:

- Vida é experiência de riscos. Riscos há sempre, em tudo e para tudo. Mas a vida pede de cada um de nós coragem perante os riscos e solução para o que vier a se concretizar. O direito dita formas de se fazer com que sejam reparados os abusos. A saber, por indenização a ser fixada segundo o que se tenha demonstrado como dano. O mais é censura. E censura é forma de cala boca. Pior: cala a Constituição, amordaça a liberdade, para se viver o faz de conta de se deixar de ver o que ocorreu."

"O Congresso discute há pelo menos nove anos a inadequação dos artigos do Código Civil brasileiro que condicionam a publicação de biografias à autorização prévia dos biografados ou de seus herdeiros. Sob a omissão dos congressistas, proliferaram os casos de censura disfarçada de direito à privacidade.

No caso mais noticiado, o cantor Roberto Carlos obteve na Justiça a proibição de obra sobre sua vida. Familiares do jogador Garrincha e do poeta Vinicius de Moraes também se converteram em estorvo antibiográfico. Até um filme de Glauber Rocha em homenagem a Di Cavalcanti foi barrado pela família do pintor.

Foi contra esse pano de fundo que o Congresso esbarrou no óbvio, tropeçou no óbvio e passou adiante, sem se dar conta de que o óbvio é o óbvio. Foi preciso que o STF proclamasse: "Ali está o óbvio. Ele se chama censura."
João João Filho de João
10/06/2015 19:29
Sr. Herculano:

Como um bronco semi-analfabeto e alcoólatra pode arrecadar um milhão e meio de reais com "conferências"?
Isso é surreal!

Começa amanhã e vai até o dia 14 o 5º Congresso da ORCRIM.

Do blog Coturno Noturno, "Cai mais um estelionato eleitoral da Dilma:
em vez de 3 milhões, PRONATEC só terá 1 milhão de vaga".

Tadinha da elizabeth! Parece que de vaca passou a tatu (às 07:55hs).
É uma evolução interessante, mas continua quadrúpede.
Juju do Gasparinho
10/06/2015 19:17
Prezado Herculano:

Às 08:21 hs - "O PT propõe a volta da CPMF".

Alguém tem que sustentar os vagabundos.
Comunista é malandro desde criancinha.
Basta ler Rodrigo Constantino às 18:44 hs.

Um nojo!
Jessica Amorim da Silva
10/06/2015 19:01
Herculano,

Mais uma vez demonstraste que não tens compromisso com partidos, inclusive com estes de Gaspar, que pensam num grupo de interesses, como sempre foi por aqui, refiro-me ao PMDB PT PP E PSD.

A VEREADORA Andreia é o que temos de novo, de coragem e de independência. Ela que nao seja louca de juntar-se a qualquer destes, pois se isto e forem vitoriosos, vai acontecer o que história do mdb pmdb pfl fizeram fritaram o vice.

Andreia nao entre em conversa fiada destes partidos e politicos profissionais como Beto Pereira, Kleber, este ultimo que é um profissional da pulitica...muito menos com pt, impossível afirmo e espero.

Quanto a pronuncia negativa do Roberto, nota-se que agora alem de profissional da politica é um bruxo e advinho.

Com certeza o Pereira ta certo, o tal de pmdbista roxo deve ser um petista, ou melhor um pmdbista amarelo, e que espera em vao pela teta da barosa.

Andreia é o novo, é a coragem e a verdadeira mudança que Gaspar necessita.

Jessica
sidnei luis reinert
10/06/2015 16:39

De Ronaldo Caiado:

A audiência pública sobre os fundos de pensão deixou uma coisa clara: a CPI para investigar esse setor, junto à do BNDES, é uma obrigação do Senado Federal. O rombo assustador que deixaram no Postalis é caso de polícia. Não há no mercado nada que chegue perto do prejuízo de R$ 5,6 bilhões que deixaram com os funcionários dos Correios. E a Previc, superintendência do Ministério da Previdência responsável por fiscalizar essa tipo de fundo, não fez nada! Por dois anos consecutivos o Plano não gerou recursos suficientes para honrar seus compromissos e nenhuma palha foi mexida. Foram coniventes para operações sem sentido, como compra de papéis de Argentina e Venezuela. Deixou que investissem R$ 127 milhões no grupo EBX de Eike Batista. Que apostassem na Universidade Gama Filho, descredenciada pelo MEC. É claro que tudo isso foi guiado para que beneficiasse alguém. Não é à toa que políticos acostumados às negociatas preferem muitas vezes controlar fundos de pensão a ministérios. É fundamental discutir no Senado uma metodologia diferente para a gestão dos fundos. E isso só vai ser possível após a CPI desbaratar esse modelo de corrupção.
Herculano
10/06/2015 12:41
CODINOME, DILMA, por Dora Kramer para o jornal O Estado de S. Paulo

Quando a presidente Dilma Rousseff disse à jornalista Tânia Monteiro, em entrevista ao Estado, que não se pode fazer do ministro Joaquim Levy um "Judas" a ser alvo de maus humores por causa do ajuste fiscal, na realidade falava de si aos companheiros do PT que temem sucumbir eleitoralmente aos efeitos recessivos das medidas econômicas.

Os petistas, por seu lado, pegam o ministro da Fazenda para "Cristo" - no sentido do sofrimento na expressão usada pelo vice-presidente Michel Temer - porque estão politicamente impedidos de dar nomes aos bois.

Por orientação do ex-presidente Luiz Inácio da Silva, a cúpula do PT vai tentar conter as insatisfações no 5.º Congresso que começa amanhã e fazer de conta que as divergências entre governo e partido estão superadas.

Olhar adiante de um ajuste que ainda nem apresentou resultados é a palavra de ordem. Ou seja, não será dessa vez que haverá autocrítica, reformulação para valer, essas coisas a respeito das quais os petistas teorizam, mas se recusam a praticar.

Ainda assim, algumas correntes não abrem mão de defender suas teses críticas à política econômica tida como regressiva e recessiva. Política esta adotada em decorrência da necessidade de corrigir os desacertos promovidos pela "nova matriz" do primeiro governo Dilma.

Escolhida candidata e depois eleita presidente com o aval de Lula. Como fiador, assegurava que estava apresentando ao partido e ao País o que de melhor havia em termos de administração e produção de resultados. Errou feio, mas o PT não pode agora sair dizendo isso em público, não obstante muitos petistas o digam em particular.

Na hora de corrigir, a opção por um ministro da Fazenda com o perfil de Joaquim Levy foi de Lula. Queria Henrique Meirelles, depois Luiz Trabuco e conseguiu Levy, cujas convicções são conhecidas e imutáveis. Mas o PT tampouco pode sair dizendo que a culpa é de Lula ou que ele está arrependido da indicação porque o remédio adotado foi amargo demais.

Então, o que resta ao PT em seu congresso? Atacar Joaquim Levy na impossibilidade de criticar diretamente Dilma a fim de manter as aparências. Sabendo, contudo, que se trata de um Judas malhado em ferro frio.

Causa perdida. Ninguém no PT discute a sério as eleições municipais de 2016. A qualquer um que se pergunte a resposta é uma só: não há possibilidade de vitória relevante em região alguma do País. Por isso o partido se concentra em 2018.

Sem "parlar". Parlamentar, além de substantivo sinônimo de congressista, é o verbo que define uma das funções do Poder Legislativo junto com a votação de leis e fiscalização do Executivo: o ofício de conversar, debater, negociar para construir acordos e obter consensos sobre determinado tema.

É justamente o que o Congresso Nacional vem fazendo ao dispensar o indispensável debate em prol de uma pauta de votações acelerada, com o objetivo único de produzir um protagonismo artificial perante o Palácio do Planalto.

A aprovação de leis ao ritmo de toque de caixa não assegura o atendimento do interesse público. Rapidez não é sinônimo de qualidade. Quantidade muito menos.

Isso se aplica à pauta em geral, mas particularmente à reforma política que, em sua segunda fase, examinará temas importantes como a duração de mandatos e unificação da data das eleições. Como bem recorda o deputado Miro Teixeira, o decano da Câmara em seu 11.º mandato, "na Constituinte foram meses de debates até se chegar ao modelo atual, que têm suas razões de ser".

Se for para modificá-lo, é no mínimo necessário que se aprofunde o tema. Inclusive porque a quase totalidade dos parlamentares não está familiarizada com as implicações da proposta.
Herculano
10/06/2015 12:38
RETRATO DE UM GOVERNO E CONTRA OS MAIS POBRES PARA QUEM DISCURSA E SE SUSTENTA NOS VOTOS PELA DESINFORMAÇÃO E FRAGILIDADE CIDADÃ. INFLAÇÃO ACELERA EM MAIO

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Bruno Villass Bôas, da sucursal do Rio de Janeiro. Responsáveis por 25% das despesas das famílias brasileiras, os alimentos e bebidas contribuíram, ao lado da energia elétrica, para a aceleração da inflação em maio.

Os preços do grupo cresceram 1,37% no mês, maior alta para o mês desde 2008 (1,95%), informou o IBGE nesta quarta-feira (10).

Alimentos e bebidas responderam, dessa forma, por 0,34 ponto percentual da alta de 0,74% do IPCA no mês, o maior dos nove grupos pesquisados pelo IBGE.

Individualmente, a energia elétrica teve o maior impacto no índice no mês, de 0,11 ponto percentual.

Em 12 meses, os alimentos ficaram 8,80% mais caros, acima da inflação oficial medida pelo IPCA, de 8,47% no período.

No ano, o avanço acumulado do grupo é de 5,94%, também acima do IPCA, de 5,34% no período.

O avanço é explicado por problemas climáticos, que afetam produtos in natura, além da influência do dólar sobre insumos (como do trigo e fertilizantes) e as exportações
Herculano
10/06/2015 12:32
PERGUNTAR NÃO OFENDE, por Eliane Cantanhede, para o jornal O Estado de S. Paulo

As seguintes perguntas estarão, senão na pauta do Congresso do PT, de amanhã a sábado, em Salvador, pelo menos nas mentes das centenas de delegados petistas do Brasil inteiro que estarão lá para lavar roupa suja e tentar vislumbrar uma luz no fim do túnel para o partido, Lula e Dilma. A elas:

Por que Paulo Roberto Costa, então diretor de Abastecimento da Petrobrás, foi ao Planalto se reunir com o presidente Lula dias antes da formalização do histórico mico Pasadena, a tal refinaria nos Estados Unidos?

Costa não é aquele que transformou a própria família numa quadrilha e que assumiu, entre outras coisas, ter embolsado US$ 1,5 milhão em propina justamente para não atrapalhar o negócio de Pasadena?

Conforme informaram os repórteres Fábio Fabrini e Fausto Macedo, a "reunião (de Costa) com o presidente Lula" foi registrada exatamente assim num relatório oficial da própria Petrobrás, com um título bastante específico: "Viagens Pasadena". Na outra ponta, a agenda de Lula no Planalto confirma que ele teve uma "reunião Petrobrás" exatamente no mesmo dia. Se a versão oficial é de que não falaram de Pasadena, então, falaram de quê?

A presidente Dilma Rousseff, à época, era ou não era ministra da Casa Civil e presidente do Conselho de Administração da Petrobrás, que aprovou a compra mais desastrada da gestão já tão desastrada da maior empresa brasileira?

Apesar de seu gabinete ser ao lado do de Lula, de presidir o conselho e de aprovar a compra de Pasadena dias depois, Dilma não participou da reunião entre Lula e Costa?!!! Se não, por que não?

Qual a pior versão para Dilma e Lula? Ela não apitava nada e foi atropelada por Lula e Costa? Ou o presidente e o diretor de Abastecimento discutiram coisas do arco da velha que não convinha dividir com a chefe da Casa Civil e presidente do conselho? Ou Costa enrolou os dois?

E o presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli, estava ou não presente na reunião de 31 de janeiro de 2006 entre Lula e Costa, no Planalto? Se a agenda registrava "reunião Petrobrás", o presidente da empresa não teria que, obrigatoriamente, participar? Ou será que Lula discutia a maior, mais importante e mais simbólica estatal brasileira com o diretor de Abastecimento, do segundo escalão?

Se Lula não se lembra do que foi discutido na reunião - compreensivelmente, já que foi mais de nove anos atrás -, por que diz ter tanta certeza de que o tema tratado não foi Pasadena, como reage categoricamente sua assessoria?

Preso de março a maio e de junho a setembro do ano passado, Costa conseguiu trocar as grades por uma tornozeleira depois de decidir abrir o bico, socorrendo-se com o instrumento da delação premiada. Mas os benefícios da delação premiada viram pó se ele não falar a verdade e não contar tudo, certo?

O que ainda falta para Costa fechar sua história e se livrar do pior? Será que ele vai explicar, tintim por tintim, o que foi fazer no gabinete presidencial naquele janeiro de 2006? Será que vai contar quem esteve presente? E o que foi falado, replicado, acertado?

Ah! Se não nos falhe a memória, não foi justamente em 2006 que começou o inquérito do mensalão que atingiu o coração do PT, com os ícones José Dirceu e José Genoino indo parar na cadeia?

E o que há de comum entre mensalão e petrolão? Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa? Lula também não soube, não viu, não teve nada a ver com um, assim como não teve com o outro?

Agendas são só agendas e não se pode concluir nada a partir de uma mera reunião entre Lula e Costa, mas, de toda forma, são excelentes questões para o 5.º Congresso do PT - além da crise na economia, do "Cristo ou Judas" Joaquim Levy, do aumento de 60% da conta de luz, da marcha ré até no Pronatec, da crise entre o Planalto e o Congresso e dos horizontes (nebulosos) para 2018. Um congresso e tanto.
Herculano
10/06/2015 12:29
E POR QUE NÃO EU? por Roberto Damatta para o jornal O Globo

Isso mesmo: o antropologista e cronista lido com afeto e desdém é candidato ao cargo deixado vago pelo infausto e malogrado Joseph 'Sepp' Blatter

Eis uma pergunta que todo mundo faz. De minha parte, digo apenas, com humildade, como manda a boa norma do colunismo impresso, que ela serve para ironizar esses tempos paradoxais de brutal enriquecimento fácil, ilícito e legitimo.

Afora isso, a pergunta pode ser usada para expressar profunda ambição ou quixotesca fantasia. Por que não sou rei, Sinatra ou Karl Marx? Não comi Brigitte Bardot ou fui escolhido para presidir uma estatal?

No meu caso, informo, sem deblaterar, que sou candidato a presidente da Fifa.

Isso mesmo: o antropologista e cronista lido com afeto e desdém é candidato ao cargo deixado vago pelo infausto e malogrado Joseph "Sepp" Blatter.

Minhas qualificações? São extraordinárias.

Ei-las:

1. Entendo de futebol desde 1947, quando, em Juiz de Fora e São João Nepomuceno, terra do melancólico supercraque Heleno de Freitas, de quem namorei uma sobrinha, descobri o campeonato local e o carioca. E comecei a ler as revistas esportivas que recebia pela rede ferroviária, da Leopoldina.

Desse conjunto de leituras e de discussões acaloradas, memorizei times inteiros e listas de campeões nacionais e sul-americanos. Em paralelo, fiz, como todo entendido, pesquisas densas sobre a vida de jogadores. Sabia onde tinham nascido, em que clube jogaram e, eis um dado básico para qualquer pedagogia do futebol, sabia de suas magicas e intangíveis habilidades. Quem chutava com os dois pés? Em que posição melhor atuavam? Quem engolia frango ou perdia pênaltis? Quem era temperamental ou frio como foi o caso de Danilo e Didi. Não se falava em dinheiro porque o futebol, embora profissionalizado, permanecia com uma forte dose de amor e amadorismo. Como o problema da Fifa, mas também o da arte, da ciência, da religião e, sobretudo, da economia e do populismo político é a grana, minha candidatura chega para conter o descalabro e erradicar bandalheiras. É isso que, dentro do padrão Fifa, prometo ofecerer.

2. Qualquer presidente tem que saber perder e ganhar e ninguém melhor do que "um Fluminense", como eu, sabe fazê-lo. O futebol, o cinturão do meu pai e a escova de cabelo de mamãe, bem como o seu piano, ensinaram-me que o futebol é uma mistura de certeza e incerteza ao lado de transparência e técnica, o que quase sempre conduz a resultados contrários à vontade do torcedor. Por isso, ele é uma escola de democracia e um exercício permanente de frustração. Então, pergunto: haverá maior aprendizado para a presidência da Fifa do que essa convivência com a frustração ao longo de sofridos e gostosos 68 anos de amor pelo que chamávamos, com ares de suprema intelectualidade, de "esporte bretão"?

2. Ademais, fui jogador! Vi jogando a malfadada seleção de 1950, tal como privei com Heleno de Freitas em São João Nepomuceno quando lhe passei um taco na sinuca do Cida e com ele vivi um baile de carnaval no Clube Democráticos. Amarrava minhas chuteiras imitando no estilo do Heleno e aprendi o seu uso dentro e fora do campo, quando as usávamos em casa, na escola e na igreja, despertando protestos no paciente padre Geraldo, que jogava segurando a sua inseparável e sagrada batina. Canhoto, fui ponta-esquerda do reputadíssimo time do Ginásio de São João Nepumuceno e imbatível do juvenil do Sport Club Juiz de Fora e, muito embora jamais tivesse feito um mísero gol, sei bem as agruras dos atacantes quando eles encontram um defensor disposto a quebrar-lhes a perna como quem toma um sorvete.

3. No quesito experiência administrativa, tenho altas credenciais. Organizei, ao lado do Mario Roberto Zagari, o campeonato são-joanense de futebol de botão e, em seguida, um imaginário torneio internacional. Em ambos, o Carlyle, meu center-foward - jogador fabricado de um botão do sobretudo de papai -, foi o artilheiro. Sagrou-se como o melhor goal-keeper o Oderban do Mario Roberto. Feito de chumbo e caixa de fósforo pintada de verde, ele foi um craque capaz de rebater incólume nossos terríveis chutes com pelotas de miolo de pão. Escalamos, no final do torneio, um selecionado brasileiro imbatível. Incapaz de tomar de 7 (pelo amor de Deus...) dos germânicos.

4. No plano ético, sou um pleiteante sem máculas, apesar de alguns ruídos que o espírito da má-fé tem circulado a meu respeito. Dou, então, meu honesto testemunho: neste campeonato maior, cobramos ingresso mas não houve propina. Apenas achamos justo "tirar" uns trocados a mais no último jogo. A maior parte da arrecadação, porém, permitiu comprar as lâmpadas do nosso estádio: a sala de jantar lá de casa.

Enfim e sem maiores "deblatrações", sou candidato a substituir o Blatter. Mais: se for eleito, prometo instituir o recall - esse instrumento que o nosso sistema político mais necessita e que sequer foi cogitado pelos nossos impecáveis líderes do Parlamento.
Barnabé
10/06/2015 08:48
Com o anúncio da privatização da BR 470, o Prefeito Celso não precisa mais se preocupar com o término da Ponte do Vale.
Afinal de contas: Quem vai querer atravessar a Ponte para pagar pedágio do outro lado??
Renato Cordeiro
10/06/2015 08:39
PARABÉNS AO DR. ROBERTO PEREIRA

Por falar a verdade e esclarecer os fatos! É de pessoas assom que precisamos na política!

Outra oponião, Andreia e Kleber não briguem entre si, o adversário é o PT!

Herculano
10/06/2015 08:21
OS POLÍTICOS E OS PARTIDOS NO PODER SÓ PENSAM EM ESFOLAR CADA VEZ MAIS OS JÁ PAGADORES DOS PESADOS IMPOSTOS DESVIADOS PARA PARA A FARRA, INCOMPETÊNCIA E MALVERSAÇÃO A INVÉS DESTA DINHERAMA IR PARA A SÁUDE, EDUCAÇÃO, SEGURANÇA E OBRAS.

MANCHETE DO JORNAL FOLHA DE S. PAULO: MAIOR ALA DO PT DEFENDE VOLTA DA CPMF

Texto que será apresentado pela corrente majoritária no congresso do partido dilui as críticas ao ajuste fiscal. Dilma irritou a cúpula do PT ao cancelar sua participação na abertura do evento, nesta quinta, dia 11, escreveram Marina Dias, da sucursal de Brasília e Cátia Seabra, de São Paulo

Às vésperas do congresso nacional do PT, documento apresentado pela maior força do partido nesta terça-feira (9) dilui as críticas à política econômica e ao ajuste fiscal implementados pelo governo Dilma Rousseff e que vem sendo alvo de ataques nos últimos meses.

O tom brando do texto é produto de um esforço do ex-presidente Lula, somado a um apelo público da própria presidente. Em entrevista ao jornal "O Estado de S. Paulo", ela pediu que seu ministro da Fazenda, Joaquim Levy, não fosse tratado como 'Judas'.

No texto, um dos que balizarão a discussão do partido no congresso a partir de quinta-feira (11), a corrente "Partido que Muda o Brasil" propõe ainda a volta da CPMF, imposto que incide sobre movimentação financeira.

O documento será submetido aos 800 delegados petistas, durante congresso nacional do partido, em Salvador. A PMB detém 53,6% dos votos desses congressistas.

"Somos favoráveis à retomada da contribuição sobre movimentação financeira, um imposto limpo, transparente e não cumulativo, como uma nova fonte de financiamento da saúde pública", diz o documento, elaborado pelo presidente do PT, Rui Falcão, e integrantes da Executiva Nacional do partido.

O texto pede ainda a reversão da política de juros altos e a instituição do imposto sobre grandes fortunas. A corrente majoritária do partido também propõe mudanças ao modelo de alianças praticado pelo governo federal, mas contemporiza, dizendo que elas permitiram "a construção de maiorias parlamentares táticas".

ABERTURA
Apesar do esforço do comando do partido para evitar constrangimento, Dilma irritou a cúpula do PT ao cancelar sua participação na abertura do congresso do partido nesta quinta-feira.

Segundo a Folha apurou, dirigentes petistas avaliam que a ausência da petista no congresso poderá inflamar ainda mais os setores mais críticos ao governo.

O PT esperava que, ao ir à abertura do congresso, Dilma "testemunhasse" e "chancelasse" bandeiras que possam reaproximar o partido e o governo de suas bases históricas. Dilma, no entanto, resiste à proposta de taxação de grandes fortunas, defendida arduamente pelo PT.

Dilma viajou para a Bélgica na manhã de terça e a previsão era que voltasse ao Brasil para a abertura do congresso ao lado de Lula. O retorno, porém, foi marcado para a madrugada de sexta (12).

O Planalto insiste que Dilma participe ao menos do encerramento do congresso, no sábado (13).
Herculano
10/06/2015 08:16
A EXAUSTÃO DO PT, por Elio Gaspari para os jornais O Globo e Folha de S. Paulo

O maior partido do país tem o poder em Brasília e 1,7 milhão de filiados, mas não sabe o que fazer com eles

Começa amanhã e vai até dia 14 o 5º Congresso do Partido dos Trabalhadores. Ele junta um cacique, uma dúzia de tendências e três grandes grupos: a turma dos eventos, que poderão ser apreciados no show da cerimônia de instalação do encontro; a turma que se aninhou no aparelho do Estado e pessoas que procuram pensar o que esse partido é ou o que poderá ser. O que foi, ou quis ser, esqueça-se. As três turmas se superpõem, pois todos gostam de eventos, poucos se expressam sem blá-blá-blá e dezenas de milhares aninharam-se. (Um petista que foi levado para a administração da Prefeitura de São Paulo em 1989 e pulou de cargo em cargo já completou 26 anos de carteira assinada.)

O presidente do partido, Rui Falcão, garante que não há crise e mostra um número: o PT tem 1,7 milhão de filiados, só neste ano abrigou 171 mil novos inscritos e há 47 mil pessoas na fila. O significado desses números é indiscutível. A qualidade das adesões é bem outra coisa. Outra estatística informa o seguinte: dois presidentes do partido e dois dos seus tesoureiros foram para a cadeia.

A maior crise do PT está na sua exaustão intelectual e a prova disso é o reerguimento da sua bandeira pela criação de um imposto sobre grandes fortunas. Deixe-se de lado a questão técnica. Pode ser uma boa ideia, até porque a imensa maioria dos milionários brasileiros é mão de vaca. O PT defende esse imposto desde sua criação, está no poder desde 2003 e fez rigorosamente nada. Pelo contrário.

Lula corre o mundo em jatinhos de milionários, a consultoria de José Dirceu assessorou a empresa de três bilionários (em dólares) da lista da revista "Forbes". Já a firma do ex-ministro Antonio Palocci assessorou outro. O PT pode não ter descoberto a maneira de arrecadar impostos dos afortunados, mas mostrou-lhes como mimar petistas. A consequência perversa desse contubérnio já foi vista nos episódios em que ex-ministros foram vaiados em restaurantes aonde raramente iam antes da vitória eleitoral de 2002. Depois veio o prazer do poder e mudaram costumes e gostos. O casal Lula achou razoável fazer um canteiro de flores vermelhas com forma de estrela nos jardins do Palácio da Alvorada.

Quando o PT estava na oposição e levantava a bandeira do imposto sobre grandes fortunas, isso poderia ser um projeto, ou mesmo demagogia. Hoje, é simples hipocrisia política de um partido que governa com a receita econômica defendida pelo candidato Aécio Neves. Petista gritando "fora Levy" faria melhor se murmurasse "fora eu".

A rendição petista ao programa de Levy é um reflexo da exaustão intelectual do partido. Fernando Henrique Cardoso fez um arrocho para consertar estragos de governos anteriores. Roberto Campos 30 anos antes, também. Levy tenta consertar estragos do mandarinato petista, potencializados no primeiro mandato da doutora Dilma. Ela pedalava as contas públicas, agora pedala uma bicicleta americana.

Numa das suas recentes propagandas de televisão, o PT informou: "Vamos para as ruas defender nossas bandeiras e nossas ideias". Noves fora a bandeira vermelha, não se sabe de outras. Ideias novas e boas, nenhuma.
Herculano
10/06/2015 08:14
DILMA MOSTRA DE NOVO SUAS UNHAS - DESTA VEZ CONTRA LULA, por Ricardo Noblat para O Globo

Alguma coisa acontece no coração da presidente Dilma Rousseff. Antes sempre tão reverencial com tudo que tinha a ver com Lula, seu criador, agora não se cansa de dizer publicamente coisas que certamente o atingem, o irritam e o deixam mal.

De outubro último para cá, pelo menos três vezes, Dilma cutucou Lula ao lembrar o fim da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) como a maior derrota sofrida por um governo no Congresso. Criada no primeiro governo Fernando Henrique, a CPMF acabou no segundo governo Lula.

Era conhecida como "o imposto do cheque". E de fato era. Sobre movimentações financeiras incidia uma alíquota e o dinheiro arrecadado era destinado à Saúde. Quando o Congresso acabou com a CPMF em 2007, o governo perdeu de uma vez algo como 80 bilhões de reais. O PT sonha com a volta da CPMF.

Ontem, no Palácio do Planalto, durante o lançamento da nova rodada do programa de concessões, ficou demonstrado que Dilma não se furtará mais a defender seu governo mesmo que para isso precise desagradar Lula. Ela comparou realizações do seu governo com realizações dos governos Lula. E deixou Lula mal na foto.

Dilma disse, por exemplo, que investiu mais em infraestrutura em um só mandato do que todos os governos passados, incluindo os dois de Lula. Foi direta:

- Se o meu governo não teve um programa de investimento em infraestrutura de 2011 a 2014, não houve nenhum programa de investimento anterior a nós, porque o nosso número em termos de quilômetros concedidos foi o maior da história recente do Brasil.

E repetiu:

- Fizemos, em um único mandato - eu quero reafirmar isso - mais do que todos os governos que nos antecederam. Estou falando, inclusive, de mim mesma, porque eu era responsável pela condução do programa de infraestrutura no governo do presidente Lula.

Até a campanha presidencial do ano passado, o discurso oficial do governo Dilma comparava o que fora feito nos anos do PSDB no poder com o que se fez nos 12 anos do PT no poder. Ao falar de investimentos em ferrovias e rodovias, Nelson Barbosa, ministro do Planejamento, separou-os por períodos presidenciais.

Então ficou assim:

- Nos últimos quatro anos, foram construídos mais de 1 mil quilômetros de ferrovias, mais do que nos oito anos anteriores ? destacou Nelson.

Entre 1995 e 2002, quando o Brasil foi governado por Fernando Henrique, foram construídos 512 quilômetros de trilhos, segundo o ministro. De 2003 a 2010, na era Lula, 909 quilômetros. E de 2011 a 2014, no 1.º mandato de Dilma, 1.088 quilômetros.

No capítulo rodovias, o desempenho do governo Dilma também foi melhor. Seis rodovias foram concedidas nos oito anos de Fernando Henrique, abrangendo 1.316 quilômetros. Nos oito anos de Lula, oito rodovias foram concedidas, alcançando um total de 3.305 quilômetros.

Nos primeiros quatro anos de Dilma, foram sete as rodovias concedidas. E elas somaram 5.350 quilômetros.

Dilma emagreceu, está mais simpática, mas não perdeu o gosto por brigar.
Herculano
10/06/2015 08:10
PT PODE PERDER SUA BASE SOCIAL, ALERTA PAUL SINGER

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto e entrevista de Eleonora Lucena. Fundador do PT, o economista Paul Singer teme que o partido perca o apoio de sua base social em razão do ajuste fiscal promovido pelo governo, que classifica como violento e desnecessário.

"De um governo do PT não se espera isso. O ajuste poderia ser feito ao longo de anos, e não ao longo de meses, e aumentando impostos para a elite", diz Singer, 83. Para ele, Dilma enfrenta uma "greve de investidores" e reage fazendo "concessão aos adversários".

Líder da histórica greve dos metalúrgicos em 1953, que parou a indústria paulistana por mais de um mês, Singer afirma que o setor sindical, a Igreja Católica e o MST manterão pressão para uma guinada à esquerda do governo.

Nascido na Áustria em 1932, Singer é hoje responsável pela Secretaria Nacional de Economia Solidária, do Ministério do Trabalho. -

Folha - O que ocorre no Brasil hoje?
Paul Singer - O que acontece é luta de classes. Trabalhadores assalariados e patrões capitalistas têm interesses opostos. Quando há relativamente pleno emprego, a vantagem é dos trabalhadores. Estou há 75 anos neste país e isso é absolutamente regular. Quando, ao contrário, se tem desemprego crescente, a inflação costuma ir para trás e as greves diminuem.

Folha - O país migra da primeira para a segunda situação?
Singer - Sim. Foi uma opção do governo. Não gostei, não era necessário. Não vejo nenhum motivo de fazer esse ajuste a toque de caixa. É muito violento. O enorme aumento do desemprego é de assustar. Não creio que isso tenha sido imprevisto. Inclusive porque o governo cortou pagamentos. De um governo do PT não se espera isso.

O ajuste poderia ser feito ao longo de anos; não de meses. Faria uma coisa gradativa, cortando algumas coisas e aumentando impostos para elite, para os que podem pagar mais do que estão pagando. Outros países fazem isso.

Folha - Por que o governo optou pelo ajuste drástico?
Singer - É uma política de redução do antagonismo entre governo e classe dominante, os capitalistas. Ainda com Lula, mas sobretudo com Dilma, o que ocorreu foi uma greve de investidores. O investimento praticamente caiu a zero. A explicação dos próprios capitalistas é de que eles não confiam. Uma desculpa, mas não é totalmente mentira.

Os anos anteriores foram positivos. Houve inflação, o que não é uma desgraça, mas um sintoma de que o país está avançando. O que se precisa fazer é defender os mais pobres da inflação. É Bolsa Família, salário mínimo reajustado. A classe rica não precisa: sobra dinheiro. O ajuste deveria prejudicar menos os trabalhadores.

Dilma fez o Brasil Sem Miséria. Ela não é contra os pobres, muito pelo contrário. Eu não teria entregue o cargo mais importante, depois da Presidência, ao Joaquim Levy. Ele é de direita. Podia fazer com gente do próprio PT.

Folha - Isso pode erodir a base política do PT?
Singer - É meio inevitável, mas isso se acerta ao longo do tempo. O que me preocupa mais é que pode mudar a base social do PT. Que os setores mais prejudicados por essa política possam se afastar do PT. Que o PT acabe recorrendo a setores sociais que aceitam essa política, mas que não têm nada a ver com os propósitos originais do PT. No PT que eu conheço não tem quase ninguém que está gostando. Salvo se entender-se que essa não é uma política definitiva, mas para brecar uma ofensiva muito forte contra o governo, atribuindo ao PT todos os problemas do país. Uma concessão aos rivais.

Folha - Pode perder a base social?
Singer - Pode. Há muitos partidos de esquerda no Brasil. O PSOL está aí e não aceita o que está sendo feito. O PT está convocando um congresso [11 a 14 de junho, em Salvador] e espero que isso seja discutido. Lula é o grande inspirador dessa política para Dilma --de aumentar juros, cortar crescimento, criar desemprego e reduzir inflação. Pode dar certo, como uma vez deu.

Folha -Partidos tradicionais de centro-esquerda na Europa têm sofrido revezes.
Singer - A diferença entre o PT e os grandes partidos políticos europeus é que nós temos mais democracia interna. É isso que salva o PT. Pode salvar, não garanto. Tem uma boa chance de que faça a diferença. Os jovens certamente não aceitam essa mudança. Quem vai tentar empurrar o PT para uma outra via é a Igreja Católica, que é uma das mais progressistas que há no mundo. Mas haverá outros.

Não estou sozinho no PT no sentido de estar meio infeliz. Pelo que conheço do PT, a grande massa dos petistas não acompanha isso [ajuste].

Folha - O que o senhor espera do congresso petista?
Singer - O congresso é muito oportuno. Um momento em que os militantes podem dizer o que pensam ao governo com franqueza. E podem ameaçar a retirada do apoio do PT ao governo, se ele não mudar. Isso não é chantagem. É uma discussão aberta. Não sei o que vai acontecer. Sei que há muita insatisfação no PT.
Herculano
10/06/2015 08:05
PIROTECNIA DAS CONCESSÕES GERA DESCONFIANÇA, por Claúdio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

O pacote de "investimentos" anunciado pela presidente Dilma foi recebido com desconfiança por empresários porque parece seguir o modelo chinês: promete investimentos bilionários, ganha manchetes, mas não realiza. Pirotecnia é especialidade da China: em maio, o primeiro-ministro Li Keqiang prometeu investir US$ 53 bilhões no Brasil. Entre 2007 e 2012, seu antecessor havia prometido US$ 68,5 bilhões.

Deveres esquecidos
A relutância de promover reformas trabalhista, tributária, política, etc compromete a credibilidade do Brasil e afasta investidores.

Números superfaturados
Os números da promessa estão nas entrelinhas do anúncio: o governo Dilma só "garante" R$ 69,2 bi dos R$ 198,4 bilhões prometidos.

Chapéu alheio
Dois terços (R$ 129,2 bilhões) dos investimentos anunciados por Dilma só saem a partir de 2019, quando o governo já terá outro presidente.

Causa e efeito
Assim como ficou no México apostando nas 11 grandes reformas que o país realiza, o HSBC sai do Brasil reclamando da falta de reformas.

PP DA CÂMARA MARCA REUNIÃO PARA DEIXAR BLOCÃO
O PP da Câmara marcou para a próxima terça-feira (16) reunião de bancada que deve referendar o desembarque do partido do blocão, agrupamento composto por PMDB, PP, PTB, PSC, PHS, PEN e liderado pelo deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ) . A cúpula do PP considera que o partido deve caminhar com as próprias pernas e buscar "independência" em relação aos projetos do governo federal.

Sem voz
O PP reclama que nunca é consultado pelo líder do bloco, Leonardo Picciani, e cansou do papel de referendar as decisões do PMDB.

Dores de cabeça
O Palácio do Planalto não quer problemas com o PMDB, mas também os evita com o PP, que tem a quarta maior bancada: 40 deputados.

Histórico
O PP deu sinais de independência já na MP 664, derrotou o governo na alteração do prazo de pagamento pela Previdência em auxílio-doença.

Senador lembrado
O recém-falecido senador Luíz Henrique (PMDB-SC) foi lembrado pela presidente do Conselho da Federação da Rússia, Valentina Matvienko, durante conversa com o presidente do Senado, Renan Calheiros, em Moscou. Luiz Henrique presidia o Grupo de Amizade Brasil-Rússia.

E o arrocho?
A conta do programa Bolsa Família até maio ultrapassou os R$ 9,3 bilhões distribuídos apenas este ano. Se o ritmo de gastança continuar, o governo pode bater o recorde de R$ 27 bilhões distribuídos em 2014.

Por falar em medalhas...
A dez dias do final do prazo para explicar ao Ministério Público Federal por que não cassa medalhas dos mensaleiros que roubaram o País, Jaques Wagner (Defesa) condecora hoje o deputado Eduardo Cunha e os ministros Ricardo Lewandowski (STF) e Nancy Andrighi (STJ).

Campeão
O campeão de gastos na Câmara Legislativa do DF é o deputado distrital Christiano Araújo (PTB). Seu gabinete pediu ressarcimento de despesas no valor de R$ 90,5 mil, entre janeiro a abril deste ano.

Ministro dos banqueiros
Deputados lulistas que se referem a Joaquim Levy (Fazenda) como "ministro dos banqueiros", não foram tão explícitos quando o então presidente Lula nomeou Henrique Meirelles para o Banco Central.

Correios sitiados
A sede dos Correios em Natal, onde há agência do Banco Postal, teve o segundo assalto em 40 dias, e com reféns. O Banco Postal virou alvo de assaltantes, Brasil afora. Afinal, tem pinta e nome de banco e paga e recebe como banco, mas não tem esquema de segurança de banco.

BC, 50 years
O Banco Central irritou o PT ao promover nesta quarta (10) um evento no Rio, com título em inglês ("Central Banking - The Next 50 Years"), para celebrar os 50 anos. E ainda convidou celebridades internacionais da área, como Claude Trichet, Axel Weber e Jacob Frenkel.

Ninguém merece
A "cumpanherada" do PT preferia que o Banco Central tivesse convidado para seus 50 anos gente do tipo Guido Mantega, Aloysio Mercadante e Luciano Coutinho, que meteram o País na atual crise.

Pergunta no Planalto
Haverá interessados em investir no País onde autoridades e funcionários corruptos roubaram R$ 6,1 bilhões da sua maior estatal?
Herculano
10/06/2015 07:57
O VICE NA FRIGIDEIRA, por Bernardo Mello Franco para o jornal Folha de S. Paulo

Está cada vez mais quente o clima entre o grupo de Michel Temer e o PT. Os peemedebistas já diziam sentir um forte cheiro de óleo no Planalto. Nesta terça, decidiram protestar abertamente contra a fritura do vice-presidente.

O ex-ministro Moreira Franco afirma que Temer virou alvo de um "movimento de hostilidade" no governo. Ele se irritou com o petista Tarso Genro, que disse a esta coluna que o arranjo político com o partido do vice "não serve mais".

"Isso nos causou muita surpresa e indignação", diz Moreira. "Não sei qual é o objetivo desse pessoal. Temer foi convidado para assumir a coordenação política do governo. Em vez de celebrar os resultados que ele já conseguiu, estão tentando hostilizá-lo e diminuir o seu papel."

Presidente da fundação de estudos do PMDB, Moreira se diz revoltado com outra declaração de Tarso: a de que seu partido "tem zero de unidade ideológica e programática para comandar uma coalizão".

"O PMDB sempre foi coerente. Apoiamos todas as medidas de equilíbrio fiscal nos últimos anos, do Plano Real à criação do fator previdenciário. Quem mudou e rasgou suas posições do passado não fomos nós", reage o peemedebista.

Apesar das críticas a Tarso, os peemedebistas consideram que o verdadeiro rival de Temer é o ministro Aloizio Mercadante. Desde que o vice ganhou superpoderes, o chefe da Casa Civil se sente esvaziado no palácio. A disputa vai continuar. Como a presidente Dilma lembrou nesta terça, "o governo não é de quatro meses, é de quatro anos".

Sem pudor de defender a CBF, a bancada da bola tentou transformar a ida de Marco Polo Del Nero à Câmara em uma grande jogada ensaiada.

"Vejo que o senhor tem feito um trabalho diferenciado", elogiou Marcelo Aro (PHS-MG), dublê de deputado e diretor da confederação.
Herculano
10/06/2015 07:55
DILMA AINDA ESTÁ NO POÇO, MAS PAROU DE CAVAR, por Josias de Souza

"Investimentos" foi a palavra que Dilma Rousseff mais pronunciou no discurso de lançamento do seu plano de concessões (pode me chamar de privatizações). Soou 30 vezes. Somando-se todas as variações - ''investindo'', ?investe'', ?investir'' e ?investidores'' - chega-se a 37 repetições. Os verbo "crescer" e o substantivo "desenvolvimento" mereceram cinco menções cada.

No discurso de Dilma, os termos de conotação otimista prevaleceram com sobras sobre os vocábulos que que exalam pessimismo. A oradora falou sete vezes em "dificuldades". Citou "ajustes" duas vezes. E referiu-se à "crise" uma mísera vez. Ela estava decidida a demarcar o início de "uma progressiva virada de página, gradual e realista."

Virada de página? Só se for para trás. Os desdobramentos da Operação Lava Jato e a estagflação que conspurca 2015 avisam que Dilma é, por ora, apenas um passado lamentável para fazer você desconfiar do presente e desacreditar do futuro. Porém?

Já é possível afirmar que o segundo mandato de Dilma vive um momento diferente. A presidente continua no fundo do poço. Mas ela já parou de cavar. No plano de concessões à iniciativa privada, por exemplo, Dilma escondeu a pá ao ressuscitar o modelo adotado sob FHC, que sempre refugara.

Dilma depende de um grande, de um enorme, de um extraordinário esforço conjunto para alcançar a beirada do poço. Porém, a conjuntura já não rosna para o seu governo com a mesma intensidade.

As panelas silenciaram momentaneamente. As ruas não saíram mais de casa. E a oposição mudou de assunto. Não fala mais em impeachment. Reunida nesta terça-feira, em Brasília, a cúpula do PSDB preferiu tratar da estratégia a ser adotada na votação da proposta de redução da maioridade penal.

Os aliados da onça Renan Calheiros e Eduardo Cunha também demonstraram que, nas matérias que realmente importam no Congresso, Dilma não perde por esperar. Ganha. À custa de muita distribuição de cargos, o Planalto prevaleceu nas votações relacionadas ao ajuste fiscal.

Os presidentes do Senado e da Câmara ainda poderiam criar problemas com o projeto que reduz as desonerações da folha de 56 setores da economia, pendente de votação. Mas Cunha parece ter enxergado na proposta uma oportunidade a ser aproveitada. E Renan mostrou que dispõe mais de gogó do que de infantaria.

Auxiliares de Dilma constatam que a dieta, os passeios de bicicleta e a queda do pedestal a transformaram num ser mais amistoso. Ela trata o articulador político Michel Temer e o ministro Joaquim Levy com rara deferência. Procede assim a despeito do nariz torcido do petista Aloizio Mercadante para ambos. No mais, há tempos que Dilma não passa carraspanas em seus interlocutores mais frágeis. Nas palavras de um observador, "as dificuldades humanizaram a presidente."

Ironicamente, a principal ameaça ao bom humor de Dilma é o partido dela. Mas Lula e os dirigentes do grupo majoritário do PT agem para colocar num cercadinho os radicais do Congresso Nacional do partido, que começa nesta quinta-feira (11), em Salvador.

De resto, os petistas com alguma capacidade de reflexão já se deram conta de que não haverá Lula em 2018 sem Dilma. E ela, por enquanto, não é senão uma presidência por fazer. A popularidade é miúda. Os problemas, graúdos. A inflação faz sobrar mês no fim do Bolsa Família. O PIB em frangalhos mastiga o emprego. E os serviços públicos nunca estiveram tão próximos de se tornar algo inteiramente novo. Caos não falta.
Herculano
10/06/2015 07:51
O PT CONTRA PT, por Hélio Schwartsman para o jornal Folha de S. Paulo

O bonito da política é que ela revela sem disfarces os percalços da alma humana. Teremos um belo exemplo disso nos próximos dias, quando o PT fará seu 5º Congresso em Salvador. Ao que tudo indica, setores do partido dispararão fogo amigo contra o ministro Joaquim Levy, incumbido pela presidente de proceder ao ajuste fiscal.

É difícil varrer o paradoxo para baixo do tapete. A principal legenda da base de apoio ao governo deverá fazer críticas severas à principal política adotada pelo governo. Como explicar esse PT contra PT?

Das muitas dicotomias que rasgam a psicologia, destaca-se a querela entre autores que privilegiam causas disposicionais, como genes e personalidade, para explicar comportamentos, e os que dão mais ênfase a elementos situacionais, isto é, ao contexto em que ocorreram. Obviamente, no mundo real, as duas modalidades importam, mas a tendência de nove entre dez pessoas é valorizar os fatores disposicionais, sempre que se trata de analisar condutas de terceiros e não as próprias. Se minha mulher tropeça numa bola, vou dizer que isso ocorreu porque ela é desatenta. Se o mesmo acontece comigo, a culpa é das crianças que largaram o maldito brinquedo no meio da sala. O nome desse viés é Erro Fundamental de Atribuição, ou EFA.

Para petistas não envolvidos diretamente na administração, o EFA atua a pleno vapor. Para eles, Levy personifica o quisto direitista (leia-se o mal) que se apossou do governo. Cabe à esquerda autêntica extirpá-lo. Já para quem precisa pagar contas e assegurar que as finanças públicas não ruirão, o EFA quase desaparece, permitindo que os fatores situacionais adquiram uma dimensão mais realista. Levy deixa de ser Judas para converter-se no próprio Cristo.

Como que numa comprovação laboratorial do EFA, são justamente as tendências do PT mais distantes da cozinha do Planalto as que mais esbravejam contra o ministro e o ajuste.
Herculano
10/06/2015 07:48
O PAÍS DO ESCONDE-ESCONDE, por Carlos Brickmann

1 - A nova lei, dizem os parlamentares, torna muito mais difícil a transferência para novos partidos - que não podem fundir-se aos antigos, nem têm direito às abundantes verbas do Fundo Partidário. Mas ligue os pontos: um parlamentar de qualquer partido pode se transferir para o PL, de Gilberto Kassab, sem risco de perder o mandato (pois estará indo para um partido novo). E, do PL, pode se transferir para o PSD, de Gilberto Kassab, que já tem direito às verbas. E não será o Kassab do PL que irá pedir o mandato de quem for para o PSD do Kassab. Como não dizia a grande marchinha de J. Sandoval e Carvalhinho, Kassab sabe.

2 - Dilma diz que só não vai à abertura do Congresso do PT, em Salvador, onde seu Governo será criticado, porque no mesmo dia tem de viajar a Bruxelas, onde há reunião da União Europeia (à qual o Brasil, claro, não pertence). Mas promete aparecer no encerramento, no dia 13, Santo Antônio, quando o Congresso do PT estará vazio. Ao contrário do ubíquo santo, ela estará, mas sem estar.

3 - Por lei, o teto salarial do servidor público é o de ministro do Supremo: R$ 33.700,00. Os desembargadores do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul estão dentro do limite: ganham R$ 30.471,11 por mês. Mas têm também, livres de impostos, auxílio-moradia de R$ 4.377,73 e auxílio-refeição de R$ 799,00 mensais. Só? Não! O auxílio-refeição de junho de 2011 até hoje será pago de uma só vez, conforme decisão do último dia 5. Só? Não: quem trabalha na Justiça Eleitoral ganha entre R$ 3.360,91 e R$ 7.313,04 mensais a mais. E cumpriu-se a lei.

SEM REGATEIO
O ótimo portal jurídico Espaço Vital (www.espacovital.com.br), que fez os cálculos, traz mais duas informações sobre o esconde-esconde de limites e ganhos: primeiro, o Ministério Público estadual gaúcho e o Tribunal de Contas devem seguir a mesma regra dos desembargadores. Segundo, não há como impedir judicialmente esses pagamentos. Judiciário e Ministério Público são autônomos.

E A FESTA CONTINUA
O Superior Tribunal Militar está comprando 17 carros automáticos Ford Fusion, com estofamento de couro, a R$ 116.320,00 cada um (no total, perto de R$ 2 milhões - mas quem seria cruel o suficiente para querer que os 15 ministros sacrifiquem seu conforto?)

Epa: se são 15 ministros, por que 17 carros? O edital de concorrência, divulgado pela ONG Contas Abertas, explica: dois carros ficam na reserva. Ministro é gente importante, não pode se sujeitar a ficar sem carro.

O TIME DA POBREZA
Nos Estados Unidos, o candidato que se elege deputado federal se muda para Washington por sua conta. Não tem direito a carro oficial. Mora onde quiser, em mansão ou quitinete, em bairro caro ou barato, desde que pague a conta. Coisa de pobre. Aqui, no país do futuro, que já deu destino aos lucros do petróleo do pré-sal antes de cumprir a formalidade de extraí-lo, é diferente. Excelências têm bons imóveis pagos pelo Tesouro. E agora a Câmara autorizou gastos de R$ 1,6 milhão para comprar novas salas de jantar, onde os deputados possam receber condignamente seus pares.

A esse jogo de esconde-esconde, de fingir que cumpre a lei enquanto as autoridades encarregadas da fiscalização daquilo que a lei determina fingem que não percebem, se chama "cortar despesas".

AOS PÉS DA SANTA CRUZ
E, por falar em cortar despesas, Dilma defendeu seu ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e disse que ele é tratado - e por seus aliados! - como um Judas. O vice Michel Temer completou: Levy deveria ser tratado como Jesus Cristo.

Ambos estão certos, ambos estão errados. Errados porque não há Judas dentro do Governo e ninguém trataria ministro algum como Judas. Desde os idos tempos do Mensalão, sabe-se que qualquer oferta de trinta dinheiros será sumariamente rejeitada. Levy também não pode ser tratado como Jesus Cristo: dificilmente seria este o perfil de um diretor de banco.

Mas ambos, Dilma e Temer, também estão certos: Dilma porque o ministro da Fazenda, depois de tanta paulada, talvez se convença de que, ao trocar o confortável lugar no banco por um Ministério onde seus aliados confundem Levy com Geny, seguiu o caminho errado. E Temer porque, afinal, Jesus Cristo foi ao sacrifício cercado de ladrões.

O QATAR...
Este colunista não tem qualquer informação a respeito do caso Fifa que não esteja nos jornais. Mas tem algumas pretensões de saber algo a respeito de como funciona o mundo real. Então, seguem lá três palpites:

1 - Deve ser comprovado de que tanto a escolha da Rússia como a do Qatar como sedes da Copa foram influenciadas por recursos não contabilizados.

2 - O Qatar cai: como explicarão os cartolas, um escândalo como este não pode ser aceito pela comunidade futebolística mundial, cônscia de seus deveres.

3 - A Rússia continua. Como explicarão os cartolas, estamos em cima da hora para a Copa da Rússia e não haveria tempo hábil para transferi-la.

...E A RÚSSIA
E, claro, a Rússia tem tradição no futebol, organizou uma Olimpíada belíssima, está com tudo pronto. E, ao contrário do Qatar, é uma grande potência.
Herculano
10/06/2015 07:43
INSTITUTO LULA RECEBEU R$ 3 MILHÕES DE EMPREITEIRA DA LAVA JATO

Conteúdo do jornal O Estado de S. Paulo. Texto de Ricardo Brandt, Fausto Macedo e Julia Affonso. A Camargo Corrêa pagou R$ 3 milhões para o Instituto Lula e mais R$ 1,5 milhão para a LILS Palestras Eventos e Publicidade, de Luiz Inácio Lula da Silva, entre os anos de 2011 e 2013. É a primeira vez que os negócios do ex-presidente aparecem nas investigações da Operação Lava Jato, que apura um esquema de cartel e corrupção na Petrobrás com prejuízo de R$ 6 bilhões já reconhecidos pela estatal.

São três pagamentos de R$ 1 milhão cada registrados como "Contribuições e Doações" e "Bônus Eleitoral" para o Instituto, aberto por Lula após ele deixar a Presidência da República, em 2011. A revelação sobre o elo da empreiteira - uma das líderes do cartel alvo da Lava Jato - com Lula consta do laudo 1047/2015, da Polícia Federal, anexado nesta terça-feira, 9, nos autos da investigação.

O laudo tem 66 páginas e é subscrito pelo perito criminal federal Ivan Roberto Ferreira Pinto. A perícia foi realizada na contabilidade da Camargo Corrêa de 2008 a 2013, período em que a empreiteira recebeu R$ 2 bilhões da Petrobrás. O documento mostra que a construtora repassou R$ 183 milhões em "doações de cunho político" - destinadas a candidaturas e partidos da situação e da oposição.

No caso dos pagamentos ao Instituto Lula e à LILS eles foram feitos nos mesmos anos: 2011, 2012 e 2013 - em meses distintos. Para o Instituto, dos três pagamentos, dois são registrados como "Doações e Contribuições": 2 de dezembro de 2011 e 11 de dezembro de 2013. O que chamou a atenção dos investigadores foi o lançamento de 2 de julho de 2012, sob a rubrica "Bônus Eleitoral".

Para o LILS, cujo endereço declarado é na própria residência de Lula, em São Bernardo do Campos, a empreiteira depositou em conta corrente: R$ 337,5 mil, em 26 setembro de 2011, R$ 815 mil em 17 de dezembro de 2012 e R$ 375,4 mil em 26 de julho de 2013.

Dois executivos da empreiteira, Dalton dos Santos Avancini e Eduardo Hermelino Leite, confessaram em acordo de delação premiada que foram feitas doações eleitorais ao PT após pedido do ex-tesoureiro do partido João Vaccari Neto - preso, em Curitiba, pela Lava Jato.

O doleiro Alberto Youssef - peça central da Lava Jato - também citou o nome de Lula ao afirmar em delação à Procuradoria, no dia 4 de outubro de 2014, que "tinham conhecimento" do esquema de corrupção na estatal "o Palácio do Planalto" e "a presidência da Petrobrás". Em seguida ele citou nominalmente o ex-presidente.

Lula não é alvo de investigação da Lava Jato. Recentemente, o ex-presidente atacou publicamente o que chamou de "insinuações" envolvendo seu nome na operação. "Eu não ia dizer isso aqui, mas estou notando todo santo dia insinuações. 'Lá na Lava Jato vão citar o nome do Lula'. 'Querem que empresários citem meu nome'. 'O objetivo é pegar o Lula'.", desabafou no ato de 1º de Maio, em São Paulo.

Na ocasião, ele disse que "é bom de briga".

Dirceu. No mesmo documento pericial, constam os pagamentos da Camargo Corrêa para a JD Assessoria e Consultoria, empresa do ex-ministro José Dirceu (Casa Civil), do governo Lula. Ele é investigado por suposto uso das consultorias para empresas do cartel como forma de ocultar propina para o PT.

O laudo pericial aponta que foram lançados como pagamentos entre 2010 e 2011 o valor total de R$ 900 mil, por meio de 10 depósitos bancários.

COM A PALAVRA, O INSTITUTO LULA.

O Instituto Lula informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que os valores registrados na contabilidade da Camargo Corrêa foram doados legalmente e que não existe relação entre a entidade e questões eleitorais.

"O Instituto Lula não prestou nenhum serviço eleitoral, tampouco emite bônus eleitorais, o que é uma prerrogativa de partidos políticos, portanto deve ser algum equívoco."

Segundo a assessoria do Instituto, "os valores citados no seu contato foram doados para o Instituto Lula para a manutenção e desenvolvimentos de atividades institucionais, conforme objeto social do seu estatuto, que estabelece, entre outras finalidades, o estudo e compartilhamento de políticas públicas dedicadas à erradicação da pobreza e da fome no mundo".

Quanto aos valores para a empresa do ex-presidente a assessoria informou que "os três pagamentos para a LILS são referentes a quatro palestras feitas pelo ex-presidente, todas elas eventos públicos e com seus respectivos contratos".

"Essas doações e pagamentos foram devidamente contabilizados, declarados e recolhidos os impostos devidos."

A nota informa ainda que "as doações ao Instituto Lula e as palestras do ex-presidente não tem nenhuma relação com contratos da Petrobrás".

COM A PALAVRA, A CAMARGO CORRÊA.

"A Construtora Camargo Corrêa esclarece que as contribuições ao Instituto Lula referem-se a apoio institucional e ao patrocínio de palestras do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no exterior."
Herculano
10/06/2015 07:32
ROBERTO PEREIRA RESPONDE

Em e.mail privado, o ex-presidente do PMDB de Gaspar, o advogado Carlos Roberto Pereira, se posiciona sobre o e.mail do que se identificou peemedebista roxo.

"Quanto a sua resposta que segue abaixo, vc acha mesmo q é alguém do PMDB q escreveu isso?

Qto ao meu cargo na regional, estou curioso, qual seria? Para mim é novidade!".
Herculano
10/06/2015 07:26
DJALMA BERGER, PMDB, NA ELETROSUL, por Cláudio Prisco Paraíso

Ontem a noite. Reunião no gabinete do ministro das Minas e Energia, Eduardo Braga, onde compareceu um seleto grupo catarinense: o senador Dário Berger (PMDB), o irmão dele, ex-prefeito de São José, Djalma Berger (PMDB), os deputados federais Décio Lima (PT), Pedro Uczai (PT) e Mauro Mariani (PMDB); o presidente do PT estadual, Cláudio Vignatti e o ex-deputado estadual Jailson Lima da Silva (PT).

Ficou definido que o trio dos sem-mandato, Djalma, Vignatti e Jailson será nomeado na diretoria da Eletrosul, maior estatal federal do Sul. Djalma, até pela força do irmão senador, será o novo presidente, muito embora os cargos não tenham sido definidos no encontro de hoje.
João José de Araújo
09/06/2015 22:50
Herculano!

Esse PMDB de Gaspar não toma jeito mesmo, já está gastando por conta.
Isso é crime eleitoral. É de morrer de rir, pagaram a reforma do forro e quem inaugurou foi a vereadora Andréia, comemorando seu aniversário no último domingo, kkkkkkkkkk...Estão gastando antes para recuperar depois, só que o tiro pode sair pela culatra, ou não.
Herculano
09/06/2015 22:08
DEPOIS DO PARTO DO PLANO DE OBRAS E CINISMO, DILMA DRIBLA O PT E TRANSFORMA A UNIÃO EUROPEIA EM ESCONDERIJO, por Augusto Nunes, de Veja.

Exatos 19 dias depois de guilhotinar R$ 25 bilhões do orçamento anual do Programa de Aceleração do Crescimento, Dilma Rousseff anunciou nesta terça-feira que descobriu como encontrar quase R$ 200 bilhões de reais para o Programa de Investimento em Logística. Há um mês, faltou dinheiro para livrar o PAC da morte. Agora sobra dinheiro para financiar o parto do PIL. Mesmo para os padrões do Brasil lulopetista, é muito cinismo.

A vinda ao mundo da fantasia forjada com duas consoantes e uma vogal mostrou que os atores ensaiaram a farsa com muita aplicação. Sem ficar ruborizada, a chefe de governo avisou que o PIL representa uma "virada gradual e realista de página". Sem quaisquer vestígios de constrangimento, os ministros que escoltavam a presidente se juntaram a 14 governadores para endossar o embuste com uma salva de palmas multipartidária.

Poupado de vaias e panelaços, o neurônio solitário deu por inaugurada a segunda fase do PIL - sem revelar que fim levou a primeira. Mais aplausos da plateia amestrada. "Não é apenas em tempo de bonança que se constrói o futuro", recomeçou o desfile de platitudes. "Um povo é unido e forte quando é capaz de superar dificuldades. Será assim é que nosso querido Brasil vai sustentar essa luta e superar dificuldades conjunturais, duras, mas conjunturais".

Deslumbrados com o mundaréu de ferrovias, portos, rodovias e aeroportos imaginários, nem os governadores filiados a partidos supostamente oposicionistas se lembraram de cobrar o paradeiro de um formidável defunto: o trem-bala. O colosso sobre trilhos consumiu milhões de dólares anos a fio sem dar as caras em alguma curva do Brasil até ser renegado pela mãe.

Abandonado também pelo pai, esquecido pelo PAC e ignorado pelo PIL, o trem-bala jaz na cova rasa em que descansam monumentos à safadeza, à incompetência, à vigarice e à corrupção. Logo estarão por lá as águas transpostas do Rio São Francisco.
Herculano
09/06/2015 22:01
FHC DESMENTE QUE TENHA CASA DO EXTERIOR

Texto do 247, o canal de comunicação do PT. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso negou na manhã desta terça-feira 9, em sua página no Facebook, ser dono de um apartamento em Paris. A notícia começou a ser veiculada, conforme lembra o próprio tucano, em 2003, e recentemente voltou a ser espalhada nas redes sociais. FHC sugere que o assunto vem sendo disseminado pelo PT, em um momento de denúncias contra o ex-presidente Lula.

"É mentira que detenho um apartamento em Paris. Nem lá nem em qualquer outro lugar fora do Brasil (...). Estranho que agora o assunto reapareça. Justamente num momento que Lula e sua turma mergulham na corrupção que promoveram no país", escreveu. Há 12 anos, o jornalista Janio de Freitas escreveu em sua coluna na Folha de S. Paulo que FHC teria um imóvel na luxuosa Avenue Foch, na capital francesa.

"Sinto que a cada manifestação política minha, defendendo os ideais democráticos e a ética republicana, mais os blogs pagos pelo lulopetismo inventam mentiras para me atacar. Quanto mais espalharem bobagens na rede, mais me motivarei para mudar o rumo da política no Brasil", acrescentou o tucano.
Herculano
09/06/2015 21:57
Sobre o peemedebista roxo

1. Teta? Eu? Estão brincando. Estão comparando os outros por si próprios. Quem entende de teta é o PMDB. Pergunte ao seu presidente. Pergunte ao ex-presidente que quer outra vaga na SDR.

2. Qual é mesmo a diferença entre o PT e o PMDB. Se merecem. Iguaizinhos, inclusive na ameaça para calar e comprar.

3. Não me digam que estão com medo do novo? Pior que o novo pode nem ser a Andreia. Ai sim, vai ser um lição e tanto. Isto lembra a campanha de 1999.

4. Não fiquem nervosos. Sexta-feira tem mais.
PMDBISTA ROXO
09/06/2015 21:06
Sr. Herculano,

A cada dia fica mais difícil do senhor ser um de nossos ministros, o senhor sabe que vai ter que nos engolir, mas se continuar assim, vai ficar sem a desejada teta, há tanto tempo.

Vai brincando, vai!
O Adilson, foi bonzinho contigo, fez aquele arranjo la no Santa Teresinha, na rua São Bento, mas nós vamos ser pior que o pt, para ti, se o pt, não desapropriar nós vamos.

Você merece um corretivo assim, mente, malha, inventa, coisas que não existem. Mas nada que um dia após o outro.

Ah te pergunto, por que Adilson te deu um agrado? Para compensar o que você o defende, assim como defende a Vereadora Andrea?

Tristeza, Gaspar, não merece, escapa do PT e poderá cair na armadilha do novo, do diferente, do moderno, e é isto que tu queres, Andreia e você primeiro ministro.

Gaspar não merece gente assim, vai achar o que fazer, deixa de inventar mentiras.

O povo não vai se iludir em eleger alguém do PT, mas deve se cuidar com noviça Andreia.

Tu não deves ter espelho na sua casa.

Mario Pera
09/06/2015 21:03
Sobre a divida brasileira deve estar faltando ....tres zeros..seriam 3 trilhoes....não?
3.132.000.000.000,00
sidnei luis reinert
09/06/2015 19:48
DE ALEXANDRE GARCIA:DÍVIDA BRUTA DO BRASIL:3.132.000.000,00.

MAS A DÍVIDA NÃO ESTAVA PAGA??

LULA E PT QUEBRAM O BRASIL- PRA CHINESES COMPRAR EMPRESAS FALIDAS POR PREÇO DE BANANA .

https://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=3VgRNm9XIMk
Herculano
09/06/2015 18:51
DILMA: GOVERNO NÃO É DE 4 MESES, É DE 4 ANOS, por Josias de Souza

Ao lançar o novo plano de concessões, Dilma disse estar "iniciando uma progressiva virada de página. Virada gradual e realista.'' Preocupou-se em declarar que sua administração está no começo, não na linha de chegada. O governo, disse ela, "não é de quatro meses, mas de quatro anos.'' Equívoco. Em verdade, o governo de madame é de oito anos. E os quatro primeiros resultaram na ruína que Dilma legou a si mesma. A retomada dos investimentos em infraestrutura depende de algo mais além de discursos. Joaquim Levy, o ministro da Tesoura, disse que dinheiro não vai faltar. A ver.
Herculano
09/06/2015 18:49
KASSAB SE AUTOEXCLUI DE PROGRAMA DO PSD NA TV, por Fernando Rodrigues

O programa partidário do PSD, que vai ao ar nesta 3ª feira (9.jun.2015), às 20h30 em rede nacional de TV, não mostra o presidente da legenda, o ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab ?que é ministro das Cidades no governo da presidente Dilma Rousseff.

Também não aparece na propaganda partidária da legenda o outro ministro do PSD, Guilherme Afif Domingos, titular da Secretaria da Micro e Pequena Empresa.

Kassab disse que tomou a decisão de não aparecer no programa porque não é um momento favorável aos políticos e à política tradicional. "O partido precisa mostrar os seus líderes regionais, os que foram eleitos. E a decisão foi de mostrar os eleitos para cargos majoritários na última eleição".

Dessa forma, o PSD mostra na tela da TV apenas os seus 2 governadores - Raimundo Colombo (Santa Catarina) e Robinson Faria (Rio Grande do Norte) - e 2 senadores da sigla - Omar Aziz (Amazonas) e Otto Alencar (Bahia).

Os 4 políticos surgem no trecho em que o PSD apresenta sua força política, com seus mais de 4.600 vereadores, 494 prefeitos, 76 deputados estaduais, 36 deputados federais, 4 senadores e 2 governadores.

OTIMISMO
O formato do programa do PSD evoca uma conversa entre 3 jovens apresentadores contratados (duas mulheres e um homem). As imagens são claras. Nota-se um esforço para que o filme não se pareça com propagandas partidárias tradicionais, nas quais é comum aparecerem na tela vários políticos falando.

Mesmo os 4 políticos citados nominalmente não fazem discursos. Imagens são mostradas dentro de uma moldura do mapa do Brasil.

O tom geral da propaganda do PSD está em linha com a tendência de muitos programas partidários recentes, com mais pessoas comuns e menos políticos.

No conteúdo, o PSD começa falando que o país enfrenta um momento difícil, mas que vai superá-lo. O otimismo transborda em várias declarações dos locutores, num alinhamento ao discurso oficial do governo de Dilma Rousseff: "A gente já viveu muitas crises", "enfrentamos e sempre demos a volta por cima", "esse é o espírito do brasileiro", "o Brasil vai vencer mais uma vez os obstáculos que aí estão".

Como o tema segurança pública tem muito apelo popular, o PSD apresenta sua proposta de endurecer as penas para quem pratica crimes com armas de fogo.

Não é citado o atual debate a respeito da redução da maioridade penal de 18 anos para 16 anos. Essa é uma proposta defendida pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Kassab e Cunha têm uma relação política conflituosa.

Mas o PSD é um partido de propostas liberais na economia e com viés conservador na área de costumes. Na TV, a sigla defende ampliar para todas as empresas do país o projeto Menor Aprendiz, para crianças a partir de 14 anos terem autorização para trabalhar por algumas horas.
Herculano
09/06/2015 18:44
CONVERSA COM UMA ESQUERDISTA, por Rodrigo Constantino para o jornal O Globo

O Brasil gasta em ensino público o mesmo que os países ricos em termos proporcionais. No entanto, veja nosso ranking nos testes internacionais, uma vergonha!

- Manu, soube que você defende o aborto em qualquer mês de gravidez. Qual o seu argumento?

- Liberdade de escolha. O corpo é da mulher e ela faz com ele o que bem entender.

- Mas e o feto, não teria direito algum, mesmo em estágio avançado de desenvolvimento?

- Não, pois o corpo é da mulher, sua propriedade.

- Mas você não andou aplaudindo medidas de confisco dos mais ricos pelo governo, em nome da igualdade? Como fica a questão da propriedade nesse caso?

- Precisamos combater a ganância materialista e pregar a igualdade de todos.

- E você pretende combater o materialismo focando somente na conta bancária da pessoa? Não acha que há mais do que dinheiro no mundo?

- Luto pela justiça social, e quero socializar as riquezas.

- Você fala como se riqueza fosse algo fixo, um bolo que precisa ser apenas melhor dividido, e não criado. Se é assim, por que não começa distribuindo a sua própria riqueza, já que você é parte da elite?

- Aceita uma dose de Blue Label?

- Não, obrigado. Quer dizer que você acha mesmo Cuba um bom exemplo a ser seguido? Mas por que prefere sempre ir para Paris ou Nova York nas férias?

- Cuba seria um paraíso se não fosse o embargo americano...

- Então você acha que se os cubanos fossem "explorados" pelos consumistas ianques, segundo sua própria lógica, eles teriam uma vida melhor?

- Mais lagosta?

- Manu, você é contra a redução da maioridade penal mesmo? Não está cansada da impunidade, dessa criminalidade toda?

- O pobre mata por desespero, ele é uma vítima da sociedade. Somos todos culpados.

- Mas eu não matei ninguém. E conheço muito pobre honesto e trabalhador. E há criminosos nas classes média e até alta também. Vide Brasília.

- Esse crepe de caviar está uma delícia! É daquela chef renomada, você precisa experimentar.

- Obrigado. Voltemos ao assunto da maioridade. Então qual solução você propõe?

- Mais educação!

- Esse modelo falido que serve apenas de doutrinação ideológica marxista? Acho que não está funcionando muito bem...

- Falta verba pro Estado.

- Mas o Brasil gasta em ensino público o mesmo que os países ricos em termos proporcionais. No entanto, veja nosso ranking nos testes internacionais, uma vergonha! Nossos alunos acham que o capitalismo não presta e amam o socialismo, mas não sabem ler direito e nem fazer contas.

- Paulo Freire sempre nos disse que precisamos educar para a vida de forma crítica, e não aceitar esse regime opressor da elite que produz apenas trabalhadores para o mercado.

- Creio que o tiro saiu pela culatra. Mas diga, o galalau que enfia a faca num inocente por uma bicicleta, ele é mesmo uma criança indefesa que precisa apenas de mais "educação paulofreireana"?

- Ele é uma pobre criatura que precisa de uma nova chance para recomeçar. Estamos falando de crianças de apenas 16 ou 17 anos!

- Mas você não defende o direito ao voto dessa faixa etária? Quer dizer que são pobres crianças na hora que matam, mas jovens responsáveis para escolher o governante?

- Mais champanhe? É de boa safra.

- Vem cá, o que está achando do estelionato eleitoral da Dilma? Disse que não ia fazer nada do que está fazendo. Subiu juros, aumentou preços, impostos...

- Culpa do neoliberalismo. Aumento de juros, por exemplo, é pura pressão do capital financeiro.

- Mas a inflação está acima de 8%! O que fazer?

- Quer um cigarro de maconha?

- Não. Você defende a legalização das drogas, né?

- Claro. Liberdade de escolha.

- Mas não defendeu outro dia medidas cada vez mais restritas ao cigarro e até ao sal?

- O Estado tem que cuidar da saúde das pessoas como um pai cuida do filho.

- Não sou filho de Dilma, e acho que há uma clara incoerência aí...

- Você é sempre muito racional. O importante é "sentir", sacou?

- Saquei. Mas eu "sinto" que você defende coisas muito contraditórias. Diz pra mim um só país socialista que deu certo!

- Vale a Suécia?

- Não. A Suécia faria uma esquerdista como você pular da cadeira e sair gritando revoltada contra o capitalismo. Não há nem salário-mínimo, e existe uma ampla abertura comercial e império das leis. O Estado de bem-estar social, que aqui é pregado pelo PSDB que você chama de "neoliberal", jogou o país em crise, e reformas liberais foram necessárias para evitar o pior. Tenta outro.

- O importante é não abandonar as utopias, os sonhos...

- Mesmo um "sonho" que virou o pesadelo de milhões de pessoas, como o socialismo, trazendo apenas miséria, escravidão e morte?

- Você é muito radical.

- Eu? Não Fidel Castro ou Maduro, ou então o PT, mas eu que sou o radical?

- Só não te ofereço uma coxinha porque não gosto de comida de pobre...
Maria Amélia que não é Lemos
09/06/2015 18:40
Sr. Herculano:

G1 - "Em maio, aumento da cesta básica massacra o nordestino".

É pouco!!!
Quem votou na bicha tem que sangrar junto com ela.

O Anônimo me fez lembrar de um comentário que ouvi de um simpático sr. da rua Lagoa Vermelha.

O vereador Melato é PP, mas seu coração é PT porque o PT aboliu o
Dia das Mães.
João João Filho de João
09/06/2015 18:32
Sr. Herculano:

Será que vem chumbo grosso por aí?

O Antagonista está revelando, com exclusividade, investigações feitas pelo BRIO, grupo formado por 17 profissionais ligados à imprensa que decidiu, após negativas de fornecimento de dados pelo governo, investigar, de fora para dentro, as falcatruas de LuLLa em parceria com Coutinho, BNDES.

"A definição de um homem é a definição de sua alma" - ARISTÓTELES

Então, cadeia para o vagabundo que é o chefe da quadrilha.

Herculano
09/06/2015 17:51
EURICO TOMOU CONTA, por Lauro Jardim

Eurico Miranda roubou a cena ontem na reunião da CBF que reuniu Marco Polo Del Nero e presidentes de clubes.

Del Nero abriu o encontro dizendo que já havia enviado ao Ministério Público todos os contratos da CBF. Perguntou duas vezes se alguém tinha perguntas a fazer, ninguém se ofereceu. Eis que Eurico, acompanhado do seu inseparável charuto, desandou a falar.

Pregou a união de todos os clubes pela CBF e disse que não poderiam deixar o governo Dilma aproveitar o momento de fraqueza da entidade para passar no Congresso a MP do futebol do jeito que está.
Herculano
09/06/2015 17:30
O PMDB DE GASPAR ESCLARECE E ENSINA

Providencial a presença do dr. Carlos Roberto Pereira, ex-presidente do PMDB de Gaspar, neste espaço. Foi ele quem articulou o isolamento do PT na Câmara. Não teve sorte, diria. Também não vou polemizar de algo morto. Teve a oportunidade, mas lhe faltou a competência.

Mas, por que não teve sorte? Parte o leitor que se identificou como Aroldo, já esclareceu.

Se o PMDB tivesse ficado mesmo com a maioria será qual deles seria o líder e verdade do bloco: Jaime Kirchner? Marli Iracema Sontag? Sobraria para Ivete Mafra Hammes. Nem Ciro André Quintino iria segurar esta barra.

Na época, em conversa com os envolvidos neste acordo, todos tinham uma sensação unânime: o PMDB de Gaspar não era afeito, e talvez mude, a cumprir acordos. Preferiram o PT. Outro resquício foi a campanha onde usou terceiros para impedir a publicação de pesquisa em jornal e calar uma rádio de boa audiência. Ou seja, não se importou com os meios, desde que se cumpra as finalidades.

Se tivesse, por competência e unidade no próprio partido, quem sabe teria mudado a história de Gaspar. O PT de Pedro Celso Zuchi, Mariluci Deschamps Rosa, Doraci Vanz, Lovídio Carlos Bertoldi, Antnio Carlos Dalsochio, José Amarildo Rampelotti entre outros, estariam livres do quadro que os crucificam hoje. Seriam vítimas e lançariam a culpa na tal oposição unida e liberada pelo PMDB que não os deixou trabalhar.

Numa Câmara de 13 vereadores, onde a bancada petista só possui quatro e mesmo assim faz barba, cabelo e bigode, os quatro votos do PMDB no projeto de traição do PT para consagrar José Hilário Melato é algo revelador, ou continuado. Acorda, Gaspar!
Cristina Zorhert
09/06/2015 16:57
Sr Herculano,

Esta tal de Roberto é uma grande piada.
Explica mas nao justifica.
João Amado
09/06/2015 16:56
O PT teve sua oportunidade, fez, desfez e não fez. Agora, o PMDB, esse nunca fez, desfez, e desta vez, vai arrombar a Barrosa! Depois que eu soube que o Dr. Roberto Pereira realmente tentou uma coligação entre PT e PMDB. Pergunte ao vereador Ciro Quintino, eu voto, trabalho de graça pra Andreia, Marcelo Brick e Lu.
Herculano
09/06/2015 16:54
TEMER PARECE ESPERAR MILAGRE DO "CRISTO" LEVY, por Josias de Souza

Joaquim Levy deveria se benzer. Num único dia, foi defendido por Dilma Rousseff e Michel Temer. A presidente disse considerar injusto que o ministro da Fazenda seja tratado como um "Judas". Mais generoso, o vice-presidente foi além: Levy "tem que ser tratado como Cristo."

Heimmm? Assim como o Cristo, disse Temer, Levy "sofreu muito, foi crucificado, mas teve uma vitória extraordinária, na medida em que deixou um exemplo magnífico, extraordinário para todo o mundo.''

Hã? "O ajuste fiscal que o Levy está levando adiante vai representar exatamente isso: num primeiro momento, parece uma coisa difícil, complicada, mas que vai dar os melhores resultados. Muito menos Judas e muito mais Cristo'', Temer insistiu.

Levy ainda não andou sobre as águas do Lago Paranoá. Mas Temer parece mesmo convencido de que o ministro será capaz de operar o milagre de restaurar a economia que Dilma arruinou.
Gasparence descente
09/06/2015 16:40
Aroldo estou com você! Porque querem enquadrar um diferente no mundo dos iguais? A única coisa que todos deveriam fazer era oposição ao PT em contrapartida tentam negligênciar o trabalho dos poucos que fazem. Gastar energia tentando esconder o óbvio e no mínimo subestimar a inteligência dos eleitores.
Servente valorizado
09/06/2015 16:18
A HIPOCRISIA É ALGO QUE ACHO MELHOR NÃO COMENTAR!

" Vc já imaginou se não tivesse essas pessoas para prestar o serviço de servente ou a coleta de lixo"!

Não poderia ter outra denominação, serventes já não se usa mais, mas vamos aprova-la, pois tudo o que o Sr. Herculano é contra é bom para a Cidade!

Então Sr. Herculano só foi aprovado pq o Sr é contra!

Ai o VEREADOR pede para sair pois ele tem outro compromisso o qual não é com a cidade pois ele é pago para estar ali naquele momento.
Aroldo
09/06/2015 15:09
O que o ex-presidente do PMDB de Gaspar, sr. Roberto Pereira e patrocinador da campanha de Kleber, esclarece?

"Adiante, quanto a eleição da mesa diretora do ano de 2013, à vereadora Ivete procurou à vereadora Andreia do DEM, propondo que ela votasse em um vereador do PMDB para ser vice na mesa diretora do ano de 2013 e que o PMDB ficasse como presidente da Comissão de Gestão Pública, em contra partida o PMDB votaria em Andreia para presidente da Câmara em 2014. E qual foi a resposta? Um sonoro NÃO".

E pergunto. O que o PMDB foi propor à Andreia? Traição. Sim. Traição a um acordo que o partido dela, o DEM, fez com o PT, PSD e PP de Melato. E mesmo humilhada por políticos profissionais, ela resolveu não desonrá-lo.

E por que a vereadora deu um sonoro não? Porque pelo acordo, o vice de Andreia seria Giovânio Borges, PSD. Então ela não poderia trair o acordo e nem o Giovânio, por mais divergência dela com o PT ou eventualmente poderiam ter. Acordo, acordo, e o PMDB do dr. Roberto não entende enão sabe o que é isto. Uma pena.

Aproveito, sr. Herculano, para agradecer, em nome dos gasparenses decentes, por nos esclarecer nestas dúvidas. O PMDB está com Melato. Esta é a diferença: Andreia ainda honra os acordos. Por isso, muitos homens não usam mais bigodes.
Anônimo disse:
09/06/2015 13:45
Herculano, o pt junto com o Melato quiseram colocar um rótulo na Andréia?
É que eles já tem cada qual o seu:
PT - partido quadrilha, partido dos bandidos, ladrões ...
Melato - penduricalho do pt, mau filho ...

Ah! falando em longevo, ele comprou um carro hidramático.
Segundo as más línguas é que a perninha não obedece mais a cabecinha ... coisas de velho!
Despetralhado
09/06/2015 13:37
Sr. Herculano:

A vice - prefeita pode perfeitamente pular o carnaval em Pernambuco.
É só se meter no meio daquele bloco de bonecos de Olinda que ela já está fantasiada. Com "quatro olho" é uma perfeita boneca!
Belchior do Meio
09/06/2015 13:28
Sr. Herculano:

O petê (com letra minúscula mesmo), usa o termo CONCESSÃO - postado às 10:53 HS., porque odeia o termo PRIVATIZAÇÃO que tanto condenou no governo FHC.
É a quadrilha de bandidos mais uma vez fazendo PanTomima.
sidnei luis reinert
09/06/2015 13:13

De Ronaldo Caiado:

Dilma vai lançar um pacote de investimentos em infraestrutura com um orçamento insuficiente até mesmo para manter a atual estrutura no país! É o menor investimento em 12 anos! Parece piada, mas é o que traz essa reportagem do jornal O Globo com o estudo de uma consultoria. O plano a ser anunciado hoje por Dilma aponta que o volume a ser repassado compara-se ao de 2003, e o governo ainda chama isso de estratégia para retomar o crescimento. O mercado ainda olha com desconfiança esse pacotinho de concessões, que está cheio de promessas recicladas.

http://oglobo.globo.com/economia/infraestrutura/mesmo-com-novo-pacote-de-concessoes-recursos-para-infraestrutura-devem-recuar-ao-nivel-de-2003-16386748
Mariazinha
09/06/2015 13:06
Seu Herculano:

Faço das palavras da Rosi, as minhas palavras.
A Andréia tem luz própria.

Bye, bye!
sidnei luis reinert
09/06/2015 12:33
Estranha captação, propina até nisso??

Leitor Paulo Elpídio relata um fato muito estranho:

"A Petrobrás arranjou, no exterior, US$ 2 bi, a 8,5% a.a. Pedi a um amigo que se inteirasse, no Bankinter, em Barcelona, onde tem conta, a que taxa anual lhe emprestariam 50 mil euros. Resposta após alguns minutos: 3,72% a.a. Empresa estatal paga mais juros para captar financiamento do que uma simples correntista".

É mais uma reclamação para os minoritários da Petrobras fazerem ao governo, com grandes chances de ficarem, como sempre, sem resposta ou explicação factível...
Roberto Pereira
09/06/2015 11:21
Prezado Herculano e demais leitores,

Já que o meu nome e a minha foto aparecem em sua coluna, gostaria de esclarecer alguns fatos sobre a eleição da mesa diretora, principalmente daqueles que participei!

Essa história é um pouco mais antiga e ela começa lá em 2012, logo após as eleições municipais, fizemos uma reunião em meu escritório para decidir a eleição da mesa diretora, com a presença dos vereadores do PMDB, PSD, DEM e o vereador Lu do PP. Ainda, participaram da reunião os presidentes desses partidos.

Então, foi feito um acordo sobre a eleição da mesa diretora, primeiro ano Vereador LU, segundo ano PSD, terceiro Andreia, quarto PMDB. Acordo fechado, aperto de mãos, tudo certo!
Ainda, naquele oportunidade sugeri formamos um bloco de oposição!

Depois, para nossa surpresa, ficamos sabendo pela mídia q à Vereadora Andreia, Marcelo Brick e Giovano estiveram no gabinete do Zuchi e fecharam outro acordo, q contava inclusive com a nomeação de cargos no executivo, como de fato aconteceu!

Percebam, nem ao menos fomos avisados, olha o acorda não está mais de pé, ficamos sabendo pela imprensa.

Como vc bem disso, o PT em uma clara estratégia de nos isolar! Será pq? Porque somos os mais fracos?

O que fizemos? Ao invés de nos fazermos de vítimas, cumprimos o acordo e votamos no vereador LU!

Adiante, quanto a eleição da mesa diretora do ano de 2013, à vereadora Ivete procurou à vereadora Andreia do DEM, propondo que ela votasse em um vereador do PMDB para ser vice na mesa diretora do ano de 2013 e que o PMDB ficasse como presidente da Comissão de Gestão Pública, em contra partida o PMDB votaria em Andreia para presidente da Câmara em 2014. E qual foi a resposta? Um sonoro NÃO.

Pois bem, já em relação a eleição da mesa diretora desse ano, foi procurado o presidente do DEM, Luiz Nagel qto a votação, a resposta foi q os votos do PMDB não fariam diferença, já q tinham os votos do PT e q se o PMDB votasse em Andreia isso não importaria em um compromisso para as eleições para prefeito do ano q vem!

Já com o partido PP, a conversa foi melhor!

Então senhores, fizemos um acordo com o partido PP e não com o PT!

Por óbvio, sabemos q isso incomoda muita gente, q não querem a união do PMDB e PP para 2016! Sabem q essa união é forte!

Quanto à vereadora Andreia, temos carinho e respeito por ela e seu esposo! Esperamos q juntos e com os demais partidos possamos construir um projeto alternativo para Gaspar, diferente do que aí está!

Espero q eu tenha ajudado a esclarecer os fatos!

Abraço,

Roberto Pereira
Ex-presidente PMDB
Marcela
09/06/2015 11:08


Tem gente de memória ruim...kkkk a vereadora sempre falou do acordo. Alias o voto era aberto, e todos viram.
Pior quem acha que é coerente e cola nas ideias dos outros.... kkkkkkk

Aa inveja mata kkkkkkkkkkkkkkkkkk

Cuidado vereadora, esses aí vão dá um jeito de te atropelar. A senhora tem que cuidar hahahahahahhahaha

Que bonitinho, uma simples professora "causando em Gaspar"

Um bando de barbados, fortões, Políticos e Politiqueiros "inteligentes" com medo de uma "MULHER" que nem do RAMO era????

E ainda se acham SUPERIORES???? KAKAKAKAKA




Herculano
09/06/2015 10:53
UÉ! MAS ISTO NÃO É O QUE O PT CONDENOU NO GOVERNO FERNANDO HENRIQUE CARDOSO? GOVERNO DO PT ANUNCIA NOVO PACOTE DE PRIVATIZAÇÕES PARA TENTAR REVERTER A CRISE. A BANOTÍCIA: NÃO TERÁ DINHEIRO DO BNDES - O QUE ESCONDIA AS SACANAGENS COM DINHERO BARATO E FEITO DE PESADOS IMPOSTOS DE TODOS NÓS

O conteúdo é da sucursal de Brasília do portal G1. O texto é de Fábio mato e Felipe Matoso. O governo federal anuncia nesta terça-feira (9) um novo pacote de concessões envolvendo rodovias, ferrovias, portos e aeroportos. Além de mais uma tentativa de modernizar parte da infraestrutura do país, essa versão do Plano de Investimento em Logística (PIL) é uma reação da presidente Dilma Rousseff à queda de sua popularidade provocada pela desaceleração da economia ? que já gera aumento do desemprego - e as denúncias de corrupção na Petrobras.

A previsão é que as obras, se realmente sairem do papel, gerem investimentos de R$ 130 bilhões a R$ 190 bilhões no país nos próximos anos. Os últimos detalhes do pacote foram definidos pela presidente na segunda e no domingo, quando Dilma se reuniu com ministros e assessores no Palácio da Alvorada, em Brasília, por quase 5 horas. Entre os anúncios devem estar os leilões dos aeroportos de Salvador, Fortaleza, Porto Alegre e Florianópolis.

No primeiro mandato da presidente, foram entregues à iniciativa privada os aeroportos de Guarulhos, Campinas (SP), Brasília (DF), Confins (MG) e Santos Dumont (RJ). Para administrá-los, os consórcios vencedores se uniram à estatal Infraero, que ficou com 49% de participação no negócio.

O governo deve continuar exigindo a presença da Infraero, mas deve reduzir a participação da estatal para 15% nos novos leilões. Além de uma demanda antiga dos investidores, a mudança se explica pelo ajuste fiscal promovido por Dilma, que reduziu a capacidade de investimento do governo. Com uma fatia menor nas concessões, também cai a necessidade de aportes do Tesouro.

Rodovias
A nova fase do PIL também vai buscar retomar os investimentos em rodovias, hoje o principal canal escoamento da produção nacional, em especial aquela destinada aos portos, para a exportação.

Entre os trechos que podem estar no pacote está o que liga a cidade de Lapa, no Paraná, a Chapecó, em Santa Catarina, envolvendo as BR-476/153/282/480, num total de 460,4 quilômetros.

Outro trecho que pode ser levado a leilão pelo governo envolve as BR-364/060, entre Rondonópolis (MT) e Goiânia (GO), e tem cerca de 700 quilômetros.

No primeiro Plano de Investimento em Logística, anunciado em agosto de 2012, a previsão governo era leiloar 7,5 mil quilômetros de rodovias, divididos em 9 trechos. Desses, apenas 6 foram entregues à iniciativa privada. Depois disso, o programa acabou suspenso por falta de interesse dos investidores nos trechos restantes.

Ferrovias e hidrovias
Após meses de negociações, os ministros que compuseram o grupo que definiu os projetos do pacote decidiram retirar as hidrovias do plano. Porém, nas reuniões que ocorreram nos últimos dias, esse mesmo grupo decidiu incluir as ferrovias.

A expectativa do governo é que o setor receba investimentos, principalmente de empresários chineses. Entre as ferrovias que estarão no pacote estão a Transoceânica, que ligará o litoral sudeste do Brasil ao Peru, e a Norte-Sul, com o objetivo de escoar a produção do Centro-Oeste pelos portos das regiões Norte e Nordeste, desafogando o porto de Santos-SP.

Internamente, conselheiros da presidente avaliaram que se as ferrovias ficassem de fora o plano perderia "substância". Ao G1, ministros defenderam a inclusão do setor como forma de garantir "mais robustez" ao pacote, que apresentará concessões em portos, aeroportos e rodovias.

No PIL de 2012, a previsão do governo era construir 10 mil quilômetros de novas ferrovias no país. Porém, nenhum dos trechos foi leiloado.

Portos
Também não deslanchou o primeiro plano do governo para o setor portuário. Apesar de ter autorizado a construção de portos privados, os chamados TUPs, não houve avanço nas licitações de terminais em portos públicos.

A publicação do edital do primeiro leilão desse tipo só foi liberada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) no último dia 6 de maio, após um ano e meio de tramitação - e quase dois anos e meio depois do lançamento, pelo governo, do programa de investimento no setor portuário.

O arrendamento de 29 áreas nos portos de Santos e do Pará, liberados pelo TCU, deve estar entre os anunciados pela presidente Dilma nesta terça.
Rosi
09/06/2015 10:42
Andréia era candidata pela coligação com o Adilson. Fez um acordo com o PT e nunca escondeu. Foi traída por eles, como seria pelo PMDB.

Eu votei nela, já conheço ela da educação. Conheço seu trabalho e principalmente sua índole.

Andréia, não venda sua alma para essa gente. Acordo na política é normal, porém não se alinhe com quem quer te minguar. Quem não gosta do seu trabalho e nem acredita nos seus ideais. Aliás já deu inúmeras provas que está fazendo um trabalho sério, de oposição, de novas ideias.

Não seja vice de partido traiçoeiro. Faça e continue fazendo seu trabalho por Gaspar.

Não tenha pressa! Não seja insana ao ponto de se alinhar com trapaceiros e interesseiros.
Herculano
09/06/2015 10:39
EM CRISE, PT TEME PERDER PREFEITOS NOS ESTADOS DO NORDESTE

Conteúdo do jornal Folha de São Paulo. Texto de Andréia Sadi e Natuza Nery, da sucursal de Brasília. Afetado por uma forte crise de imagem, o PT vê ameaçada a eleição em cidades do Nordeste em 2016. Foram os eleitores dos nove Estados da região, principal base de apoio do governo Dilma Rousseff, que garantiram sua reeleição em 2014.

Assessores do Palácio do Planalto esperam a eleição mais "dura da história" em São Paulo, onde o PT viu sua rejeição disparar. Mas o Nordeste passou a preocupar após uma pesquisa interna do PT mostrar que a taxa de aprovação do governo Dilma é de cerca de 10% no Brasil.

Os números foram discutidos durante o último encontro de Dilma e o ex-presidente Lula, em Brasília, há cerca de duas semanas.

Aliados relatam o temor de reflexo da crise entre os chamados "convertidos", eleitores fieis ao PT.

A pesquisa foi usada como argumento para reforçar a necessidade de construir uma agenda positiva para Dilma.

Entre os nordestinos, Dilma teve quase 72% dos votos válidos, desempenho um pouco abaixo do de Lula em 2006, quando foi reeleito com 77%. Em 2014, o PT elegeu Rui Costa (Bahia), Camilo Santana (Ceará) e Wellington Dias (Piauí) governadores. Em 2012, elegeu 187 prefeitos no Nordeste, 52 a mais que em 2008, mas perdeu capitais importantes, como Recife (PE) e Fortaleza (CE).

DEBANDADA
Petistas têm recebido reclamações de prefeitos candidatos à reeleição insatisfeitos com a posição do partido de não aceitar doações empresariais. Eles se queixam de que, sem isso, terão as campanhas inviabilizadas. Alguns ameaçam deixar o partido antes de outubro.

Para evitar a debandada, o PT deve atenuar a decisão de não aceitar doações.

Inicialmente, o congresso do partido, no próximo fim de semana, na Bahia, ratificaria o compromisso do PT de proibir doações empresariais. Mas, após a Câmara aprovar repasses exclusivamente para os partidos, houve um recuo. Se a regra prevalecer e o PT aprovar o veto às doações privadas, as campanhas de 2016 vão depender só de financiamento público. Segundo um dirigente petista, "os prefeitos não aceitam" essa situação e teriam repassado a queixa para Lula.

Uma alternativa seria adiar a decisão sobre doações, sob alegação de que falta concluir as votações sobre reforma política no Congresso. Na prática, afirmam petistas, o tema deve ser esquecido.

No interior de São Paulo, auxiliares de Dilma já esperam que prefeitos e vereadores do PT migrem para a base do governador Geraldo Alckmin (PSDB).

O principal motivo da debandada é o aumento da rejeição ao PT entre os eleitores paulistas. A preocupação de prefeitos e vereadores é a repetição, em 2016, do fraco desempenho da sigla em 2014.
Paulo Souza
09/06/2015 10:15
Interessante, só vejo o senhor Wandall em convenções de partidos, no dia a dia da cidade, nunca vi!! Tá na hora do Gasparense se tocar em quem está trabalhando SEMPRE por nossa cidade!

Engraçado, agora falam tanto em quebra de acordo do PT com a Andreia, mas gostaria de saber porque ela disse que nunca fez acordo com o PT?? A senhora deveria ter coerência vereadora!!
Mariaázinha
09/06/2015 10:13
Sabe onde o PMDB quer chegar???? Na barrosa a vaca de muitas tetas kkkk Onde vai mamar o Kleber, o Roberto e outros como já sempre fizeram com o Nadinho e Adilson e querem fazer agora de novo
Onde mesmo o Kleber ta mamando agora? Na SDR? Hummmmm
Só a teta, o cabide, o encosto... projeto que é bom eles só tem os de interesse próprio. Já deu pro Kleber e para o PMDB. Só querem o de sempre a tetinha da vaquinha... XÔ CAMBADA DE URUBÚS
Claudete Pereira
09/06/2015 10:12
Tudo armado conforme a foto. Tudo armado também sem a foto: O homem do lixo, que está a mando do Secretário Careca, que está ligado a mulher Rainha da Sucata, que tem irmã como assessora da novata vereadora. TUDO ARMADO!!
Herculano
09/06/2015 09:54
A POLÍTICA DA INCÚRIA, por José Casado para o jornal O Globo

Enquanto Dilma preside o duelo entre PMDB e PP pelo domínio de órgãos-chave na política nordestina, procuradores pedem intervenção no caótico sistema de saúde do Ceará.

Sob o olhar obsequioso de Dilma Rousseff, eles lutam pelo controle dos postos-chave de organismos estatais responsáveis pela água que vaza nas cidades e goteja no sertão, a terra para plantio e o crédito barato no banco regional.

Disputam o domínio de instrumentos clássicos do Estado para a política no Nordeste - o segundo maior colégio eleitoral, com 38,2 milhões de votos.

No caixa de três desses órgãos federais prevê-se R$ 10 bilhões fluindo para gastos e investimentos durante a temporada de eleições municipais do ano que vem.

Nas últimas semanas, caciques regionais do PMDB e do PP se revezaram em reuniões com quatro negociadores de Dilma: o vice-presidente Michel Temer e os ministros Eliseu Padilha (Aviação), Ricardo Berzoini (Comunicações) e Aloizio Mercadante (Casa Civil).

No centro da mesa de negociações da Presidência estavam o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e o Banco do Nordeste.

O senador cearense Eunício de Oliveira liderava o PMDB nordestino no embate com o PP regional, chefiado pelo senador piauiense Ciro Nogueira. Esgrimiam com ameaças veladas ao governo em futuras votações no Congresso, caso não recebessem o que pretendiam.

Houve um momento em que a situação podia ser assim resumida, conforme as coloridas anotações de um dos negociadores presidenciais: como o PP de Ciro Nogueira recebeu o Ministério da Integração e a Codevasf, o PMDB de Eunício de Oliveira achou-se no "direito" de ficar com o Banco do Nordeste e o Dnocs.

O governo propôs, então, a partilha cruzada dos cargos: se o comando do banco nordestino está com o PMDB, o escalão inferior pode ser dividido com o PP. E vice-versa.

Eunício vetou. Acabara de conquistar o controle, depois de quatro meses de batalha. Recebera um banco estatal cujo balanço de 2014 exibiu o melhor resultado financeiro desde a criação, há 63 anos: lucro de R$ 747 milhões, o dobro do ano anterior. O senador cearense, líder do PMDB, aparentemente possui um projeto próprio para o Banco do Nordeste: "Não é para dar lucro, é para fazer desenvolvimento", disse à repórter Beatriz Cavalcante.

O loteamento do governo avança, assentado em critérios patrimonialistas, sem distinção entre o público e o privado. A partilha de capitanias estatais no condomínio político-empresarial liderado pelo PMDB, PP e PT, com a complacência de Lula e Dilma, resultou no mensalão e agora em múltiplas investigações - dentro e fora do país - sobre a corrupção na Petrobras.

Na sexta-feira, enquanto caciques nordestinos digladiavam no Palácio do Planalto, procuradores pediram à Justiça a declaração de estado de emergência no sistema público de saúde do Ceará. Ontem em Fortaleza, no entorno do Banco do Nordeste, do Dnocs e da Codevasf, contavam-se 364 pessoas "internadas" nos corredores das unidades de saúde - segundo o "Corredômetro das Emergências" divulgado diariamente pelo Sindicato dos Médicos. Deitadas no chão, aguardavam leitos em hospitais públicos, superlotados e sem medicamentos. É a política da incúria.
Herculano
09/06/2015 09:50
ESTATAIS SOB CONTROLE, por Aécio Neves, senador por Minas Gerais, ex-candidato a presidente da República e presidente do PSDB, no jornal Folha de S. Paulo.

Até um passado recente, marcas como Petrobras e Correios eram sinônimo de excelência em suas áreas de atuação, com uma qualidade de serviços prestados ao mercado e à sociedade que dava orgulho aos brasileiros. Este tempo se foi.

Transformadas em instrumentos de ação política e servindo prioritariamente a interesses partidários e pessoais, essas e outras empresas estatais tornaram-se, lamentavelmente, exemplos de gestão inepta. Escândalos revelados na Lava Jato mostraram o quanto o debate sobre governança precisa ser aprofundado.

Mais que nunca, é preciso profissionalizar a gestão das empresas públicas. Dentre as propostas que trouxemos para debate na campanha eleitoral, esse tema ocupava lugar de relevância. Infelizmente, não houve interesse do PT em avançar nesse campo.

Na última semana, apresentei um projeto de lei que estabelece requisitos de experiência e aptidão técnica para a ocupação de diretorias e conselhos de administração em empresas estatais e sociedades de economia mista. O projeto elenca ainda uma série de mecanismos obrigatórios de gestão, controle e prestação de contas e condutas éticas.

Na mesma direção, os presidentes da Câmara e do Senado apresentaram iniciativa para ampliar o controle da sociedade sobre a administração estatal. Há um sentimento geral e suprapartidário (do qual o PT se exclui) de que é preciso construir um novo padrão de empresa pública no país.

As estatais representam uma parte importante dos empregos gerados, atuam em serviços essenciais e têm papel estratégico na competitividade geral do país. Não devem servir a governos e partidos políticos, mas à sociedade.

O grupo político no poder foi pródigo no loteamento de cargos públicos e na politização da administração direta e indireta, além de ocupar os fundos de pensão e diversas instâncias gerenciais. Há dezenas de empresas estatais sob controle da União, e nada sabemos sobre como se deu a indicação de seus dirigentes. Ou melhor, sabemos que a carteirinha do PT é mais valiosa que qualquer currículo qualificado.

Basta. É preciso coibir a avidez do governo de plantão e criar mecanismos que preservem as estatais das tentativas de cooptação por interesses político-partidários.

O que precisa ser feito é claro: recrutamento profissional dos dirigentes, transparência na gestão, definição de metas de desempenho, prestação de contas periódicas. Mais meritocracia, menos ingerência política sobre a distribuição de cargos e verbas públicas.

Trata-se de uma mudança cultural expressiva nos moldes da gestão pública praticada no país. É um novo Brasil que precisa se projetar, mais transparente, mais eficiente, que olha para o futuro.
Rodrigo
09/06/2015 09:46
Concordo em partes Sr. Herculano, porém, não comenta e registra, que a Vereadora Andreia vindo de uma coligação encabeçada por candidatos a Prefeito Adilson e vice seu marido, e teve no Adilson o principal cabo eleitoral, se dizendo todos eles contrários ao PT.

Em seu primeiro ato, fizeram o acordo para garantir a presidência da mesa com o próprio PT, traindo assim o PMDB. Como se vê, para mim, é tudo farinha do mesmo saco. Pois você outro dia mesmo falou que a Andreia não quer ser vice de ninguem, eu aposto que vai.

Outra traição é do seu discurso de renovação, pois ela mesmo votou no Melato para presidente e não optou pelo Vereador Luis Carlos. Porque?? Se não pelo interesse na presidência.

Rodrigo
Luiz orlando poli
09/06/2015 09:45
Depois de demonizar por anos e anos as privatizações , elas caíram no gosto do governo deles . Hoje eles estão colocando na rua um pacotão bilionário pra privatizar portos, aeroportos, rodovias. O FHC deve estar rindo a toa. Pelo menos a ficha caiu .
Herculano
09/06/2015 09:14
IL PADRINO (II), por Ricardo Noblat para o jornal O Globo

Por que Lula, no segundo semestre de 2006, ouviu sem estranhar o senador Delcídio Amaral (PT-MS) dizer que o publicitário mineiro Marcos Valério queria dinheiro para não contar o que sabia sobre o mensalão - esquema de pagamento de propinas a deputados federais para que votassem como mandava o governo? E, além de não estranhar, por que ainda perguntou assim a Delcídio: "Você falou com Okamotto?"

LULA ESTAVA no seu gabinete de presidente da República no terceiro andar do Palácio do Planalto. Delcídio respondeu que não falara com Okamotto. Lula mais não disse e nem Delcídio lhe perguntou. Paulo Okamotto era uma espécie de tesoureiro informal da família Lula. Hoje, é o presidente do Instituto Lula, local de despacho do ex-presidente em São Paulo.

QUER SABER se Okamotto socorreu Valério, um dos operadores do mensalão junto com Delúbio Soares, na época tesoureiro do PT? Okamotto admite que Valério procurou-o mais de uma vez ao longo da crise do mensalão, mas nega que o ajudou. Quanto a Lula... Nos últimos dez anos se acumularam perguntas que nunca lhe fizeram, e outras às quais ele deu um jeito de não responder.

HOJE, LULA repete que o mensalão jamais existiu. Tudo não passou de uma invenção da direita para destruir seu governo. No máximo, reconhece que o PT cometeu crime de caixa dois - o uso de dinheiro ilegal para pagar despesas de campanha. Com a maioria dos seus ministros nomeada por Lula, o Supremo Tribunal Federal confirmou que o mensalão existiu, sim. Não foi caixa dois.

LULA SEMPRE posou de inocente. E para convencer disso os brasileiros, convocou uma cadeia nacional de rádio e de televisão e pediu desculpas pelo que outros fizeram. Que outros? Não os identificou. Limitou-se a chamá-los de "traidores" Ora, se mais tarde passou a tratar o mensalão como uma "farsa" por que Lula se desculparia por ele? Não faz o menor sentido.

POR DIVERSAS VEZES, advertiram Lula sobre a compra de votos de deputados. A primeira advertência foi do jornalista Carlos Chagas em sua coluna de 28 de fevereiro de 2004 publicada na "Tribuna da Imprensa" Ex-diretor de "O Estado de S. Paulo" em Brasília, Chagas antecipou quase tudo o que Roberto Jefferson (PTB) só denunciaria dali a 16 meses.

ENTREGOU A DUPLA Delúbio-Valério, a agência de Valério amparada por contratos com órgãos públicos no valor aproximado de R$ 150 milhões, e contou que Belo Horizonte funcionava como "uma espécie de caixa central do PT" no caso "até servindo a outros partidos como PP, PL e PTB, cujos emissários não raro deixam o aeroporto da Pampulha com malas recheadas, em espécie"

LULA NÃO LEU a coluna de Chagas? Ninguém com acesso a Lula leu? Ninguém achou que Lula deveria saber o que Chagas sabia com detalhes? Os órgãos de informação do governo não assinavam a "Tribuna da Imprensa"? Nem o "Jornal do Brasil"? Porque em 24 de setembro de 2004, o JB foi o primeiro jornal a falar em "mensalão" Em janeiro de 2005, Jefferson esteve com Lula e também falou.

EM MARÇO, esteve de novo e voltou a falar. O então governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), avisou Lula que o PT oferecia dinheiro para parlamentares trocarem de partido. Lula ouviu em silêncio. Afinal, em junho, Jefferson detonou o escândalo. Lula foi leniente com os mensaleiros? Ou foi cúmplice? Quem mais do que ele se beneficiou com a compra de apoios ao governo?
Herculano
09/06/2015 09:06
"FIFÃO" x "PETROLÃO": LIGANDO OS PONTOS, Fernão Lara Mesquita, para o jornal O Estado de S. Paulo

Sepp Blatter é a Dilma com vergonha na cara? Nada disso. É que aquele país onde ladrão não tem blindagem logo o fez saber que sabe sobre ele muito mais do que ele pensava que sabia. E nem assim está garantido que ele não vá ter de "dar" só porque se apressou a "descer".

Já o inconfundível DNA brasileiro desse "padrão Fifa de corrupção", esse ninguém tasca.

Dizia uma fonte do New York Times, com uma ponta de admiração, que "mr. Blatter jogou um jogo muito esperto". Uma ova! Os jogos desse tipo nunca enganaram ninguém. São patéticos de tão óbvios. O que falta, onde chegam a fincar raízes, é polícia. Na ausência desta, chega-se, eventualmente, até as profundidades abissais que só se atingem ao fim de séculos nadando impunemente para o fundo em que nos movemos, onde quadrilhas de todos conhecidas roubam "de um tudo", mas bem mais de quem está mais indefeso, como hospital de criança pobre doente, na certeza de que do outro lado estarão vítimas inermes atiradas às feras por um "Judiciário" que desfaz até o que a polícia faz.

Não é "esperto". É só nojento.

Como se chega a isso? No "fifão" e no "petróleo" o método foi idêntico. Ligue os pontos.

João Havelange, que mandou na Fifa 25 anos, é quem concebe a ideia de substituir a representação do futebol que existe por outra "mais democrática", baseada na "geografia dos excluídos do futebol". O resultado é idêntico ao modelo do Congresso Nacional que o inspirou, onde há mais representantes de paisagens que de brasileiros. Do suborno, pelo suborno e para o suborno, foi plantado e colhido um "baixo clero" para expropriar de seus atores o futebol que a Fifa vende, incorporando ao colégio de federações nacionais que elege seus diretores um monte de países e ilhas remotas onde nunca se ouviu falar em bola, pelo expediente de proporcionar a tipos sinistros necessitados de circo para esconder falta de pão e sobra de brutalidade a criação de "ONGs/escolas de futebol" regadas a dinheiro público, campos e estádios maiores que as populações locais e o mais que conhecemos.

João Havelange é, portanto, o "pai de todos".

Desse caldo emoliente ele pesca, ao fim de um quarto de século, a sua criatura. Ao portentoso "gerentão" Sepp Blatter caberá dar a um sistema até então apoiado apenas na falta de escrúpulo a coesão imposta pelas ?melhores práticas de gestão corporativa?, esse anabolizante de resultados de sistemas bons ou ruins, pouco importa.

É ele o "faxineiro só que não" da obra do próprio difusor de lixo que o criou. Sobe ao palco em 1998 falando grosso no meio de um escândalo de entrega de malas de dólares a delegados africanos em hotéis de Paris, do qual é o principal protagonista: "Daqui por diante a Fifa vai ser exemplar em todos os aspectos. Qualquer desvio ético, por menor que seja, será severamente punido".

No mundo real, sua primeira providência é criar as oito vice-presidências regionais, equivalentes aos nossos grandes "partidos-arca", que irão constituir o "núcleo político" do sistema. É da lista desses "grandes caciques" que sai um bom número dos arrastados na primeira fornada de prisões feitas naquele hotel fino e chique de Zurique, a sede do "núcleo financeiro".

Abaixo desse nível monsieur Blattér põe em andamento a estruturação do "núcleo administrativo" do "fifão", equivalente ao que aqui vive enquistado dentro da Petrobrás e do resto do aparato estatal e paraestatal, sem exceções, por enquanto com 12 "comitês executivos" e crescendo, nomeados pelo "baixo clero" das "federações" de representantes de paisagens. Valem-se dos cargos recebidos para tramar vendas a bom preço, com que pagam aos atores do show, e revendas a preços muito melhores, com que se locupletam, de direitos de transmissão dos jogos de seus campeonatos com "companhias de marketing esportivo" de cartas marcadas que fazem parte do "clube", ou seja, o "núcleo econômico" que, embolsado o seu quinhão, entrega a diferença ao "núcleo político", que organiza e mantém toda a falcatrua, com os préstimos do "núcleo financeiro". O trança-trança de jogadores por seleções a cargo de dublês de técnicos e corretores de gente que fizeram do futebol essa beleza que ele virou onde não se reagiu à infecção é um dos bônus do sistema. Mas o grosso vem da venda de mundiais a quem pagar mais e, na sequência, do assalto conjunto da Fifa e seu mais recente sócio contra a população condenada a hospedar a Copa.

A particularidade do "fifão" é que, não sendo a autoridade financeira de uma das pontas lesadas uma parte integrante do esquema, como é aqui, na Suíça e alhures, foi de lá que vieram as investigações e as denúncias que acabaram por agarrar por um tornozelo a brasileiríssima Traffic, de US$ 500 milhões por ano, que detona o efeito dominó. É ela o equivalente à maior das empreiteiras do "clube" do "petrolão?, de que se confessa "garoto de recados" o nosso "pai de todos" e que, graças a isso, é a única que nem entra em delações premiadas, nem vai presa quando denunciada numa, embora não haja quem não saiba que é quem mais merece jaula neste país.

Por trás de todo grande esquema de corrupção o que há, portanto, é só um bando de covardes de alma negra sugando o sangue de quem menos pode defender-se para sustentar um esquema de poder de pai para filho, por toda a eternidade se possível. Pilhados, dirão sempre, primeiro, que "não sabiam de nada" e, in extremis, que são vítimas do "racismo" e do "preconceito" do "grande satã" inimigo dos pobres e das belas tradições do mundo, com o aplauso dos putins, das kirchners e das velhas marafonas curtidas por gerações na prática do lenocínio financeiro das suíças da vida, como foi regra geral em todo o planeta por milênios até o advento da revolução chamada democracia, aquela do "nenhum poder e nenhum dinheiro que não seja fruto do mérito", que nunca chegou por aqui. Esta, ao fazer todos iguais perante a lei e armar a mão do povo com poder de polícia, põe logo o John Wayne em campo, quando ouve essa lengalenga, para, com um par de petelecos, acabar com a palhaçada.
MÁRIO WILSON DA CRUZ MESQUITA
09/06/2015 08:59
A UNIÃO SÓ EXISTIRÁ DE VERDADE SE O OBJETIVO FOR COMUM!

Só faz sentido estar na política se for para melhorar a vida das pessoas...

Cidadãos de bem (homens e mulheres), que desejam ser candidatos ao cargo de Prefeito(a) de Gaspar na próxima Eleição, sejam honestos, humildes e realistas com a comunidade e os eleitores; se dispam das vaidades, se unam por um mesmo projeto de crescimento sustentável, façam uma agenda propositiva e projetem Gaspar para daqui a 50 anos, no mínimo, como uma cidade integrada na região metropolitana e que proporcione qualidade de vida.

Há temas de interesse da sociedade gasparense que merecem ser a pedra bruta a ser polida com maior responsabilidade e seriedade, tais como: o Plano Diretor e o Plano de Mobilidade, que por exemplo são o coração pulsante e as artérias necessárias para o crescimento equilibrado e sustentável do Município de Gaspar.

Os desafios de administrar uma cidade como Gaspar são grandes e nada fáceis; vez que, o administrador somente pode agir dentro do que a lei lhe permite e não conforme sua própria vontade.

Prova disso é a obrigatoriedade pelo cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal e o uso dos recursos públicos, haja vista que esta exige planejamento, discussão aberta e transparente com a sociedade civil organizada, elaboração de projetos, captação de recursos, execução das obras, publicidade sobre os resultados alcançados e informação sobre o alcance real e a eficiência do que realmente se cumpriu em conformidade com o Plano de Gestão e Governo.

Cautela e prudência, fazer o possível dentro de uma realidade que se possa executar o prometido. E, sempre, falar a verdade ..., mesmo que isso seja difícil de ser aceito, mas fácil de ser compreendido!

Boa semana a todos ...
De OLHO
09/06/2015 08:56
Resolveu falar sobre a Banda São Pedro então?! Ótimo.

Dissonâncias a parte, a referida banda está descompassada, meio que fora do ritmo, usando compassos compostos e errando MUITO na tonalidade!
A "querida" Jaqueline Rangel já passou a batuta, mas não o osso, está lá, roendo, mamando na teta da, hoje, raquítica e esquelética Banda.

Que pena, perdemos os gasparenses e perdem os músicos. Boatos falam que, existem "músicos" de outras cidades recebendo mensalmente para tocar, e os daqui chupam dedo, são cobrados, às vezes até humilhados, mas eles não têm vez, não são ninguém.

Pepino para o presidente Wagner Antunes e para a tesoureira - e afeto do presidente - Angela Girardi.

Acho que, como você falou, vai desafiná-la. Tanto porque nem mais dinheiro para manutenção de instrumentos tem mais.

Que pena!!!

FUUUUUUUUUUUUUUUUUIIIII
Herculano
09/06/2015 08:42
A LÓGCA DA VERGONHA, por Carlos Alexandre para o jonal Correio Braziliense

Em 16 de junho de 2005, José Dirceu pediu demissão do cargo de ministro-chefe da Casa Civil do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. A permanência do homem forte da Esplanada tornou-se insustentável ante as acusações do deputado Roberto Jefferson, que 10 dias antes havia detonado, em entrevista, o esquema que seria conhecido como mensalão. Dez anos depois, condenado a sete anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal em consequência do mensalão, José Dirceu volta a figurar como personagem de escândalo, desta vez vinculado à Petrobras. Assim como ocorreu em 2005, quando saiu do Palácio do Planalto para descer à planície e preparar sua defesa, Dirceu continua às voltas com advogados para evitar novas condenações e impedir o retorno ao regime fechado na penitenciária da Papuda.

Não causa espanto a participação de Dirceu neste novo capítulo da corrupção brasileira. Até as carpas do Itamaraty sabem que o ex-czar de Brasília ainda é voz influente nos desígnios do PT e mantém, como consultor, uma relação proveitosa com diversas empresas interessadas em fazer negócios no país. Parece natural, portanto, que a Justiça queira esclarecimentos sobre contratos e pagamentos a fim de dirimir quaisquer suspeitas sobre a conduta do renomado petista ante esquema tão amplo, complexo e profundamente arraigado na maior empresa do Brasil.

O que realmente impressiona é observar que o mensalão e o petrolão, apesar da década que os separa, obedecem à mesma lógica. Nos dois escândalos, percebe-se claramente a atuação de um grupo político disposto a toda manobra para financiar um projeto de poder, seja pela compra de apoio no Congresso, seja por meio de propinas em contratos bilionários. O julgamento da Ação nº 470, como foi bem mencionado por um ministro do Supremo, foi ponto fora da curva na crônica nacional. Aplicou um castigo poucas vezes visto no Brasil a réus por crime de colarinho-branco, mas não impediu que a nação assistisse pouco tempo depois a uma quadra ainda mais vergonhosa da nossa história, com a derrocada de uma empresa considerada patrimônio nacional, vilipendiada por interesses partidários e fonte de negociata entre corruptos. Dez anos ainda não foram suficientes para se concluir que esse modo de fazer política não pode mais perdurar.
Herculano
09/06/2015 08:31
TODOS MANCOS E CALADOS

Élcio de Souza é a bola da vez para ser massacrado pelo PT de Gaspar. É um cidadão que pensa e teria o direito de opinar. Não é filiado a partidos, mas poderá ser. E este é o medo do pessoal que tenta desqualifica-lo.

Para o PT, todos devem ser mancos e o único direito que lhes é concedido é o de ficar calado, submisso e dar votos. Acorda, Gaspar!
Rafaela
09/06/2015 07:56
Dr. Herculano!!!!!!!

Como diz o ditado! Kraca Mulhek isso é ácido!

Um grande e importante Projeto de Lei tramita na Câmara de Gaspar e tira o sono dos vereadores. Autora é a vereadora Marli Iracema Sontag, PMDB!

a pauta da Câmara com a impressão que falta assunto e trabalho para os vereadores. E o presidente da Casa, José Hilário Melato, PP.

O ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt, ex-PMDB, PSB, PPS e agora sem partido, tem um estranho palpite. o PT vai eleger o próximo prefeito.

O ex-secretário de Turismo, Indústria e Comércio, Rodrigo Fontes Schramm, é dogmático.

Uma pergunta que não quer calar: e a drenagem que afoga os moradores do Bela Vista a cada enxurrada recomeçou como o prometido? Com a palavra o PT de Zuchi, Décio Ana Paula , bem : Giovano Borges, PSD e Iracema Marli Sontag, PMDB. Ela não quer saber de reeleição. Hum!

Só sobra a "SANTA ANDREIA" O SR. está sendo muito previsível Assim! E ai lhe acerta né não precisa postar tá eu e o Sr. sabemos já é o suficiente! (jajajajajajajajajajajajajajaja) Isto é risada em portunhol!!!!!
Herculano
09/06/2015 07:50
A MENSAGEM DE TARSO, por Bernardo Mello Franco para jornal Folha de S. Paulo

O encontro desta semana em Salvador promete abrir a panela de pressão do PT. A reunião do partido dará voz e palanque aos insatisfeitos com o ajuste fiscal. Um dos mais descontentes é o ex-ministro Tarso Genro, que sonha com uma guinada na política econômica.

Líder da corrente Mensagem ao Partido, ele defende uma saída à esquerda para a crise. "Um governo progressista e democrático como o nosso deveria distribuir os ônus da recuperação da economia e não concentrá-los, prejudicando saúde, educação e segurança", afirma.

Na cartilha de Tarso, os cortes dariam espaço à tributação de grandes fortunas e à redução do Imposto de Renda para os mais pobres. "Sair de uma crise com 'ajustes orçamentários' é uma ilusão recorrente da ortodoxia que manda nos bancos centrais de países fortes", critica, citando os casos da Espanha e da Grécia.

A presidente Dilma Rousseff já ensaiou uma "vacina" contra as críticas ao afirmar à repórter Tânia Monteiro que o PT não pode transformar o ministro Joaquim Levy em "judas".

"Acho que ela está certa. O Levy não merece ser apontado como judas porque ele não está traindo nenhuma convicção sua. E um ministro faz o que o presidente manda ou aceita que ele faça", reage Tarso.

Para o ex-governador, o governo deveria enfrentar a crise "sem usar os remédios que vão, na verdade, torná-la mais duradoura". "Não precisamos nos apoiar em Marx, basta prestar atenção no Piketty", provoca.

Os petistas também devem usar o encontro para reclamar dos superpoderes dados ao vice Michel Temer. Neste ponto, Tarso é radical: diz que o arranjo com o PMDB "não serve mais", diante da "situação de alta complexidade" que vive o governo.

"O PMDB tem zero de unidade ideológica e programática para comandar uma coalizão", critica. "Se o PT não refundar imediatamente seu sistema de alianças, dificilmente terá credibilidade para se apresentar com força política em 2018."
Herculano
09/06/2015 07:45
COMÉRCIO PODE DEMITIR 1 MILHÃO DE EMPREGADOS, por Cláudio Humberto na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

A área econômica do governo trabalha com a expectativa sinistra de que a crise levará o comércio varejista a demitir quase 1 milhão de pessoas durante este ano. O governo se prepara para o pior: convulsão social. E não é para menos: dos atuais 7.945.613 trabalhadores com carteira assinada no comércio, 12% devem perder seus empregos. Só o setor público emprega mais que o comércio: 9,3 milhões, no total.

É SÓ O COMEÇO
Em 2014, o comércio varejista teve o pior desempenho em dez anos, mas a crise nos anos de 2015 e 2016 será ainda mais grave.

ENCOLHIMENTO
Nos primeiros três meses de 2015 já houve 129 mil demissões no comércio. É a maior queda do nível de empregos formais desde 2007.

SEM COMPARAÇÃO
O governo só se preocupa com a indústria automobilística, mas só o Grupo Pão de Açúcar emprega 160 mil, mais que todas as montadoras juntas.

CRISE É GERAL
A crise é devastadora no comércio, em grandes e pequenos centros. No Distrito Federal, já foram fechadas só este ano, mais de 2 mil lojas.

LULA APROVA TEMER NA ARTICULAÇÃO POLÍTICA DE DILMA
O ex-presidente Lula tem desestimulado a corrente petista que pede a destituição do vice-presidente Michel Temer da articulação política. Parte do PT defende que, aprovado o ajuste fiscal, Dilma ressuscite a Secretaria de Relações Institucionais (SRI) e devolva seu comando ao partido. Petistas avaliam que a tal secretaria seria a saída para salvar o PT do vexame nas urnas em 2016. Eles superestimam a SRI.

UMA DENTRO
Aos mais próximos, Lula considera a escolha de Temer para a articulação política o maior acerto de Dilma no segundo mandato.

SÓ PENSA NISSO
Lula, que prevê tempos difíceis para o PT em 2016, quer evitar um desgaste com o PMDB, que pode virar a tábua de salvação petista.

TENHA CALMA
O PMDB já deu recados de que a vida do governo pode complicar (e muito) se o PT não recuar, a começar pela revisão das desonerações.

ÁGUA NO CHOPE
Apesar da pompa que deve seguir o anúncio da nova leva de concessões, o clima no governo não é de otimismo. Além da gravidade da crise, o Planalto ainda teme a rebordosa da Lava Jato.

CAMPEÃO DE GASTOS
Maior bancada da Câmara dos Deputados, o PMDB é o que mais gastou, ressarcindo despesas de parlamentares: R$ 5,6 milhões, entre janeiro e abril deste ano. No total, a Câmara gastou R$ 46 milhões.

SÓ NO BRASIL
O Supremo Tribunal Federal tende a acatar um recurso contra punição por porte de drogas, na prática, descriminalizando o consumo pessoal. Ou seja: é crime vender drogas; comprá-la, financiando o tráfico, não.

ASSIM É FÁCIL
Cinco anos após de ter saído da Presidência, Lula custa ao contribuinte (só em gasolina) mais de R$ 11,5 mil. É que seu "assessor", nomeado na Casa Civil, tem cartão corporativo e passa tudo na conta do Palácio.

APROVAR ERA OBRIGAÇÃO
Dilma faz pouco para melhorar a relação com o Senado. Aliados se queixam de que não receberam um só telefonema de agradecimento pela aprovação das medidas de ajuste fiscal. Como Aloizio Mercadante (Casa Civil), madame acha que o Senado cumpriu sua obrigação.

NA FILA
O Planalto teme que a "ingratidão" de Dilma atrapalhe a aprovação de outras MPs. O Senado já aprovou três: uma limitou acesso a direitos trabalhistas, uma dificultou pensões e outra aumentou impostos.

MERCADO AQUECIDO
A FSB, do Rio, foi a agência de comunicação que mais faturou no País em 2014 (R$ 201,9 milhões), segundo o Anuário da Comunicação Corporativa 2015. A CDN, de São Paulo, faturou R$ 105,3 milhões.

ELE SABE TUDO
Advogado do megadoleiro Alberto Youssef, preso pelo envolvimento no Petrolão, Bernardo Figueiredo é um dos únicos "civis" a ter tido acesso a todos os depoimentos no âmbito da Operação Lava Jato.

QUE CRISE?
Com Dilma nas pedaladas, após terceirizar seu governo, e Eduardo Cunha e Renan Calheiros em Moscou, é oficial: a crise está de folga.
Herculano
09/06/2015 07:41
HSBC , HERDEIRO DO PARANAENSE BAMERINDUS, ANUNCIA A SAÍDA DO BRASIL E CORTE DE ATÉ 50 MIL EMPREGOS NO MUNDO

O banco britânico HSBC anunciou nesta terça-feira (9) um novo plano estratégico que inclui, entre outras ações, o encerramento de suas atividades no Brasil e na Turquia e a demissão de cerca de 50 mil funcionários em todo o mundo.

As mudanças fazem parte de uma tentativa da empresa de reduzir os custos em US$ 5 bi e conseguir um retorno sobre o patrimônio líquido de mais de 10% até 2017.

O HSBC fez o anúncio em um comunicado enviado à Bolsa de Valores de Hong Kong, pouco antes de oferecer uma atualização detalhada sobre o novo plano de investimentos.

O banco afirma prever a demissão de cerca de 10% de seus funcionários - entre 22 mil e 25 mil pessoas. À esta cifra serão somadas outras 25 mil demissões devido ao encerramento das operações de varejo na Turquia e no Brasil, país em que ficará só com o atendimento a grandes empresas.

Em paralelo, o banco tem a intenção de acelerar seus investimentos na Ásia, com um enfoque particular na China e no sudeste do continente, apontou o comunicado.

No Brasil, o banco britânico é hoje o sexto maior em ativos, tem 853 agências focadas na clientela de alta renda e emprega 21.479 funcionários. Tem ainda a financeira Losango, que financia compras na agência de turismo CVC e nas lojas Hering e Colombo.

A Losango está à venda há pelo menos quatro anos, mas o negócio nunca saiu porque o banco pede um valor considerado muito elevado.

Os rumores sobre a saída do HSBC aumentaram em março, após o banco ter reportado prejuízo líquido de R$ 549 milhões em 2014; no ano anterior, tinha lucrado R$ 411 milhões no país.

Desde que o espanhol Santander comprou em 2007 o antigo Banco Real, o HSBC ficou pequeno demais para competir no país. Focou o segmento de alta renda, tentou vender a Losango, mas a reestruturação ainda não deu resultado.

Os principais interessados na operação brasileira são Bradesco e Itaú, que também disputavam a Losango.

ESCÂNDALO
A mudança no plano estratégico ocorre após uma série de escândalos em sua filial suíça (conhecida por Swissleaks ) - o banco é suspeito de ter ajudado clientes, incluindo brasileiros, a sonegar impostos.

Até 2011, o HSBC apostava na expansão dos negócios nos mercados emergentes, especialmente na Ásia.
Herculano
09/06/2015 07:35
MUDANÇAS DE ARES E DE POLÍTICA, editorial do jornal O Globo

Banco abre a caixa-preta de empréstimos e governo estabelece política para que grandes grupos recorram a recursos privados, aliviando pressão sobre Tesouro.

Única fonte de financiamento de longo prazo no país, o BNDES, pelo próprio tamanho, tem sido um protagonista importante em qualquer política econômica. Criado em 52, no segundo governo Vargas, o banco tem a existência umbilicalmente ligada à industrialização brasileira do pós-guerra. Nos últimos tempos, porém, entrou no radar do Congresso, devido às dificuldades de acesso a informações sobre a sua carteira de empréstimos, protegidas com o argumento de se tratar de dados bancários sigilosos.

O Tribunal de Contas (TCU), braço de fiscalização do Legislativo, pressionou o banco para obter detalhes de financiamentos de R$ 7,5 bilhões ao grupo JBS Friboi, de frigoríficos, e o assunto terminou no Supremo, onde, no final de maio, foi dado o correto veredito de que o BNDES, uma instituição que empresta dinheiro público, precisa ser transparente. Logo depois, o banco expôs na internet informações sobre 1.753 contratos, no valor total de R$ 320 bilhões, prova que nem tudo podia ser considerado sigiloso.

Nos empréstimos à exportação de serviços de engenharia, a partir de 2007, cinco empreiteiras respondem por 99,4% do crédito total de US$ 11,9 bilhões, sendo que 70% ficam apenas com o grupo Odebrecht. Na cifra, a construção do polêmico porto cubano de Ariel deve ter razoável peso.

Pode-se discutir se haveria alternativa a essas empresas ou se, por elas terem acesso privilegiado ao mercado externo, por competência, terminariam de qualquer forma respondendo pela maior parte desses empréstimos.

Mas também é fato que a tal política de criação de "campeões nacionais" - privilegiar empresas pelo dedazo estatal, como na ditadura - resultaria numa inexorável concentração nos empréstimos.

O banco se torna mais transparente nas suas operações no momento em que, em outra mudança positiva, se anuncia nova política de empréstimo, cuja finalidade é ampliar a participação da iniciativa privada no financiamento de projetos.

O motivo primordial da mudança é que, devido à crise fiscal, o Tesouro não pode mais continuar se endividando para despejar dinheiro para o BNDES distribuir crédito subsidiado. Já foram mais de R$ 400 bilhões empatados nessa espécie de ciranda.

Além disso, independentemente da crise, não faz sentido o banco não forçar grandes grupos, de bom cadastro no mercado financeiro, a se financiarem também no mercado privado. Alivia o Tesouro. Agora, empresa com faturamento acima do R$ 1 bilhão, a fim de continuar a se beneficiar da correção de metade dos empréstimos pela TJLP, a menor taxa vigente, terá de lançar debêntures correspondentes a 25% do crédito.

O banco passou muito tempo como hermética caixa-preta e também se alongou demais o ciclo de bilionários créditos concedidos com respaldo do Tesouro.

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