14/04/2015
E A REVISÃO? I
Hoje tem audiência para aprovar a ampliação do perímetro Urbano de Gaspar. Algo maroto. Armado pela administração de Pedro Celso Zuchi, PT. É o fatiamento da revisão obrigatória do Plano Diretor, que a Iguatemi Engenharia fez, custou uma baba do nosso dinheiro e está na gaveta. Essa revisão não seguiu o rito determinado pelo Estatuto das Cidades que exige discussão prévia com as comunidades e setores envolvidos e as audiências públicas para ratificar essas mudanças nas áreas afetadas. Os políticos tramaram tudo nos bastidores por aqui. Mais. Estão testando o Ministério Público - o da Moralidade tocado por Chimelly Louise de Resenes Marcon e o do Meio Ambiente, comandado por Henrique da Rosa Ziesemer. E eles, olhando as jogadas dos que se acham espertos.
E A REVISÃO? II
Em vez de levar a revisão do Plano Diretor para a aprovação na Câmara ? depois de atender a legislação que a estrutura -, com modificações pontuais ? como se queria na jogada entre poucos - e que serviriam a interesses também pontuais, sem passar pela bateria de audiências, também obrigatória, tomaram outra estratégia. A tal ?revisão? está sendo aprovada de forma fatiada para não chamar a atenção e atender essas pontualidades. Agora será a expansão do perímetro urbano. Montaram-se audiências marotas, mal divulgadas, em que se relatam pouca audiência e até a ausência total, em pelo menos uma delas, de gente que vai ser afetada por tal expansão. Daqui a pouco virá o Plano Diretor de Transporte e Mobilidade.
PORTA FECHADA I
Paulista, a gasparense honorária Ideli Salvatti apareceu em Santa Catarina como professora em Joinville. Era o vírus do aparelho de propagação do PT paulista em terras tidas como conservadoras, sem sindicatos políticos num estado industrial. Foi a cabeça de ponte de quem desconhecia a nossa história política e de sobrevivência, forjada de desafios e enfrentamentos, originadas na saga de superação dos nossos antepassados europeus.
PORTA FECHADA II
Sindicalista, Ideli se projetou em Florianópolis para Santa Catarina. A mídia, feita de alienígenas, engajados, a adotou nos seus espetáculos, discursos e ações agressivas via o Sinte, pela CUT. Tornou-se um ente político exposto do PT. Ocupou o espaço. Num golpe de sorte e com uma propaganda direta contra os Bornhausen?s, sem tempo de reação, virou senadora. Com Luiz Inácio Lula da Silva na presidência, Ideli se tornou um cão feroz na defesa do partido e do governo. Tornou-se uma personagem nacional. Pensou em ser governadora. Mentiu, tentou compor, não conseguiu se desfazer da imagem agressiva e perdeu para ela mesma. Ficou órfã. E desde então, Ideli vem experimentando a decadência pelo estilo e principalmente fidelidade ao partido, à causa que já não existe mais. Só ela não percebeu. Triste.
PORTA FECHADA III
No auge, Ideli virou no discurso e na propaganda peculiar dos políticos e principalmente do PT, a nossa chave da porta para as verbas públicas em Brasília. É assim que o PT de Blumenau de Décio Neri e Ana Paula Lima que tutelam o PT daqui de Pedro Celso Zuchi, do cunhado Antônio Carlos Dalsóchio e presidente do partido local, o campeão de votos, José Amarildo Rampelotti, sempre a venderam para os desinformados e a mídia mansa.
PORTA FECHADA IV
A última jogada de Ideli e do PT de Blumenau e Gaspar, além do espetáculo da BR-470 (de triste recordação ali no Ginásio João dos Santos), o golpe veio com a invenção na mesma solenidade pública e armada para imprensa do press release daqui e da região. Ideli anunciou, jurou e apostou numa fictícia verba liberada pela ?amiga? e presidente Dilma Vana Rousseff, para terminar a Ponte do Vale. O PT conservou o status de Ideli, mas ela se sucumbiu à realidade do jogo pesado e que não a dominou. Foi feita ministra da Pesca (um mar de desconhecimento); depois das Relações Institucionais (um elefante numa cristaleira), dos Diretos Humanos (desafinada no discurso e ações) e agora vai para o Correios, um ente sempre relacionado ao atraso, aparelhamento e desvios.
PORTA FECHADA V
Quando soube do rebaixamento do seu status, Ideli chorou. Não se sabe se foi pela desconsideração dos companheiros ao que ela já fez pelo partido e por eles próprios, ou pela perda da mamata de viajar nos jatinhos (e helicópteros da PF) a todo lugar e momento. Gaspar perdeu? Bobagem. A única obra de Ideli aqui está num programa nacional que permitiu a instalação do Instituto Federal ali no Bela Vista. E isso só aconteceu, porque Blumenau permitiu, num acordo feito entre todos, e liderado pelo ex-presidente da Acib, Ricardo Stodieck e o ex-presidente da Acig, quando ela tinha autonomia, força e respeito (hoje está irregular e aparelhada pelo PT), Samir Buhatem.
É DE OURO?
Passou batido e é antigo. Percebam só. O que diz o extrato do contrato 17/2014 do Samae de Gaspar e referente a licitação 27/2014? Objeto: aquisição de assento para a retroescavadeira placas MBK 8615. Valor: R$ 6.720,00. Perguntar não ofende. É assento onde a gente coloca a bunda para dirigir o trator? E para completar. Tudo feito por dispensa de licitação. Hum! Deve ser especial e único esse assento. Isso aconteceu no dia 27 de maio do ano passado e venceu em 22 de junho daquele ano. E quem forneceu tal assento: a MDM Comércio E Serviços Ltda. (85.104.289/0001-41), de Blumenau, e especializada em mecânica de máquinas.
ABAFA I
A Comissão de Gestão da Câmara não é a mais importante. Mas ela se tornou devido ao trabalho de fiscalização das obras que fazia. No primeiro ano foi presidida por Luiz Carlos Spengler Filho, PP. Ivete Mafra Hammes e Marli Iracema Sontag, do PMDB, além de Andreia Symone Zimmermann Nagel, DEM, fizeram na comissão, estragos para a imagem da administração petista de Pedro Celso Zuchi.
ABAFA II
No segundo ano, o PT tratou de ?consertar? o que estava fora do controle dele. Colocou o presidente do partido, o campeão de votos, José Amarildo Rampelotti, no lugar da Marli. Pouco adiantou: Andreia era a presidente e a ferida do PT continuou exposta. Neste ano, Ivete se tornou a presidente da Comissão. Ficou doente e a coisa se afrouxou. Por ser o mais idoso na comissão, Rampelotti virou presidente. E gelou tudo. Só na semana passada aconteceu a primeira reunião, por insistência dos outros membros e das circunstâncias com os projetos parados. Ficou clara a operação abafa. Rampelotti e o PT pensam que os problemas de Gaspar e da administração de Gaspar vão sumir ou se solucionar com esse tipo de armação. Erram mais uma vez. Está tudo à mostra. Só o PT não enxerga. Ou finge. Acorda, Gaspar!
Edição 1678
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