Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício

10/04/2015

fotopg5herculano1GG.jpgALIJADOS I
Há 10 anos Gaspar é governada pelo PT e pelo mesmo prefeito, Pedro Celso Zuchi (2000/2004, 2009/2012 e 2013/2016). É um partido que se rotula de esquerda, progressista, popular e defensor das minorias. Mas para quem aqui tiver dificuldades de mobilidade, a acessibilidade é uma barreira. E foi isso que a vereadora Andreia Symone Zimmermann Nagel, DEM, desnudou, sem demagogia, documentando. E mostrou na Câmara essa nossa fragilidade urbana e cidadã. 

ALIJADOS II
?Na tarde desta segunda-feira acompanhei um jovem de 34 anos, Carlos Barbosa, morador do bairro Coloninha que é cadeirante, durante uma saída de rotina da sua casa até o Centro para conhecer de perto as dificuldades que ele enfrenta no dia a dia por causa das calçadas em péssimas condições ou até inexistentes em certos locais, públicos ou privados. Agora faremos uma reunião com a participação de todos os órgãos responsáveis para que a lei de acessibilidade seja cumprida e possa dar condições de segurança, conforto e autonomia para as pessoas em geral e, em particular, para aquelas com dificuldade na mobilidade?. 

fotopg5herculano2GG.jpgALIJADOS III
O vídeo está no Facebook da vereadora. Bombou. Parte do vídeo foi à sessão da Câmara. Constrangimentos. O vídeo está no Youtube para os leitores e leitoras da coluna, acesse-o: http://youtu.be/h_4KTS6pFW4. Sensibilizada e coincidência, a vereadora Ivete Mafra Hammes, PMDB, pediu por requerimento urgentes obras de reforma da Câmara ? o imóvel é alugado - para garantir a acessibilidade. O requerimento foi ao dono do prédio e à mesa diretora. 

CIRCO I
A vereadora Andreia Symone Zimmermann Nagel, DEM, apresentou o requerimento 59/2015 na terça-feira. Era para a prefeitura marcar uma reunião com as entidades de Gaspar que desde 2012 estão sem receber os tais repasses da Fundação Municipal de Esportes. Eles foram estabelecidos na lei 3424/2012. As entidades e Andréia querem explicações. Um bafafá. Antônio Carlos Dalsochio, PT, e cunhado do prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, desancou e votou contra. 

CIRCO II
O presidente do PT, líder da bancada petista e campeão de votos, José Amarildo Rampelotti, foi mais longe: disse que o prefeito Zuchi tinha que chamar as entidades para dividir a multa de R$ 50 mil que recebeu da Justiça Eleitoral por fazer esses repasses. Primeiro, o prefeito só recebeu essa multa porque os fez em tempos de eleições, o que é proibido. Ele e o PT sabiam. Segundo, a prova de que essa lei é eleitoral é que, passado o período da proibição, nada foi repassado às entidades em 2013 e 2014. 

TRAPICHE

O PT de Gaspar diz que quer disputar contra os quatro candidatos dos partidos com assento na Câmara. Ou seja, reconhece a sua fragilidade. Agora a tática é dividir todos do outro lado para ter a mínima chance. Antes, tenta ter o PMDB de vice.

E já avisou. Que ninguém faça campanha antecipada,pois o PT não dará chance e irá pedir a cassação da candidatura, num recado a Kleber Edson Wan-Dall, presidente do PMDB e que tem programa de rádio. Começou o vale-tudo por quem vai experimentar o amargor das urnas. 

Ou seja. O único que pode fazer campanha antecipada é o PT. E como está mal, já sinalizou que vai abater em voo os possíveis adversários. 

No domingo é dia de ir para a rua e protestar contra a roubalheira e a corrupção dos políticos no poder. Em Gaspar, a movimentação é muito fraca. 

Cena gasparense. A Ditran com o radar móvel multando no Bela Vista. Na mesma Anfilóquio Nunes Pires, e a poucos metros, defronte ao que foi o Paraíso dos Pôneis, três carros engavetados. Seus motoristas, em vão, tentavam contato com a Ditran. 

A vereadora Andréia Symone Zimmermann Nagel, DEM, que mora na Lagoa, quer saber da prefeitura qual a área (bairros) de abrangência dos serviços oferecidos pela Superintendência do Belchior. Quais são os serviços que competem à Superintendência? Quais são os serviços que não competem à Superintendência? Inicialmente, essa superintendência cuidaria daquela área. Mas, dependendo do assunto, ela se esquiva. 

Qual a manchete de Penha? Vereadores reduzem pela metade as próprias férias. De 90 para 44. Avançou-se, mas é pouco. Aqui em Gaspar, nós podíamos ter reduzido de 45 para 30, como qualquer trabalhador, mas o relator da matéria, Marcelo de Souza Brick, PSD, arrumou desculpas a favor do ócio e brecou tudo.

Ivanilde Rampelotti se tornou a mais longeva presidente do Sindicato Rural de Gaspar. O PT quis aparelhar o sindicato nesta nova reeleição. O secretário de Agricultura, Alfonso Bernardo Hostert, PRB, até foi às rádios tentar desqualificá-la. Mas, na hora de medir forças, ninguém do PT apareceu. 

Assunto apropriado. Numa época em que tudo fede, o vereador Hamilton Graff, PT, membro da APP do Colégio Frei Godofredo, reclamou que lá, o governo do Estado deixa tudo abandonado: falta até papel higiênico. E o PT daqui, defensor da tal ?Pátria Educadora? então articula uma reunião com todas as APPs das estaduais para pôr tudo no prumo. E está certo, mesmo na propaganda do roto e esfrangalhado. 

Pois é. O prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, sempre fala que as escolas municipais vão receber tilápias produzidas aqui para a merenda. Nada chegou até agora. E nenhuma reunião foi feita pelo PT ou pela dita oposição para pôr isso também a prumo. Na Farmácia Básica, faltam remédios a toda hora. Nenhuma reunião foi feita até agora pelo PT que administra a farmácia para resolver essa situação de risco do povo pobre, doente e sofrido daqui. Acorda, Gaspar! 

Edição 1677

Comentários

Malaquias
13/04/2015 21:27
Herculano,

Voce vai ter que publicar na sua coluna que o dinheiro da ponte chegou, ta empenhado, para o teu desespero e do povo do contra, ou seja, Kleberes e marcelos da vida.
Miguel José Teixeira
13/04/2015 17:49
Senhores,

Depois de quatro pesquisas de opinião negativas e duas manifestações, o Palácio do Planalto ainda pena para dizer ao eleitor o projeto que pretende para o país nos próximos três anos e meio. Divorciada dos eleitores, Dilma ainda não mostrou a cara desta gestão.

Um governo desconectado
Correio Braziliense, hoje, na Coluna Entrelinhas
por Ivan Iunes
ivaniunes.df@dabr.com.br

Com menos de um mês de governo, ainda no fim de janeiro, a presidente da República, Dilma Rousseff, reuniu todos os ministros para pedir a eles que travassem o que chamou de ?guerra da comunicação?. Dois meses, ao menos quatro pesquisas de opinião negativas, e duas manifestações depois, o Palácio do Planalto ainda pena para comunicar ao eleitor o projeto que pretende para o país nos próximos três anos e meio. E isso piora uma situação naturalmente difícil pelas denúncias de corrupção, pelo aumento na conta de energia e de combustível e pela disparada do dólar ? fora o aperto nos reajustes ao funcionalismo.

Em princípio, o governo federal até pôde comemorar nesse fim de semana a menor adesão às manifestações. Todavia, teve de se debruçar sobre o resultado da pesquisa Datafolha que mostrou 63% da população pró-impeachment. O desconhecimento da população sobre o que ocorreria depois do afastamento da presidente ? apenas 12%, segundo o Datafolha, apontam o vice Michel Temer como sucessor ? revela que os eleitores desejam uma troca de guarda no Palácio do Planalto, independentemente do que ocorreria depois dela. E isso decorre do fato, principalmente, de o governo não conseguir apresentar posições consistentes que dialoguem com a opinião de boa parcela do eleitorado.

O retrato atual mostra que, divorciada de pessoas que a elegeram, Dilma Rousseff ainda não mostrou um rosto nem um projeto para os próximos três anos e meio de governo. Se nos primeiros quatro anos de poder a petista conseguiu, com sucesso, impor aos eleitores a imagem da faxina ética e, depois, a do Mais Médicos, a atual gestão ainda não tem nem sequer uma semente a oferecer. A imagem de gestora eficiente também não existe mais. O saldo atual mostra um ministro demitido pelo presidente da Câmara e outro que marcou entrevista coletiva para anunciar a nomeação, antes mesmo de ter sido nomeado. A impressão que passa é a de que, se há diálogo no Planalto, ele é feito por pessoas que falam diferentes idiomas.

No cabo de guerra com o Congresso Nacional, o fracasso na comunicação do Executivo ainda é ampliado pelo fracasso político. Até aqui, o Planalto não conseguiu impor a sua agenda e sofreu com os reflexos negativos da aprovação de projetos que tinham a paternidade de senadores e deputados federais. Para piorar, Dilma e companhia devem chegar à sexta-feira com ao menos mais duas derrotas na Câmara, na votação de duas propostas. A primeira, a ser chancelada pelo plenário, é a que abre a porteira para a terceirização no país. A segunda, ainda na Comissão de Constituição e Justiça, restringe o número de ministérios para 20. O Planalto é refratário a ambas, mas deve ver a base aliada aprová-las, sem dar a mínima para a posição do Executivo.

No caso da proposta que amplia a possibilidade de terceirização de trabalhadores no país, a falha na comunicação e de articulação política é mais flagrante. Antevendo a derrota em plenário, o governo entendeu por bem negociar ao menos emendas que não provocassem a perda na arrecadação. Diante da impossibilidade de barrar o projeto, adotou como estratégia minimizar o impacto nas contas públicas ? e não comprar nova briga com a base aliada. Não conseguiu uma coisa nem outra. Os deputados ignoraram as alterações sugeridas pela equipe econômica e o Palácio nem sequer conseguiu comunicar à população que era contra o projeto. A votação deve ser concluída na quarta-feira. Caso sigam a toada, os deputados devem levar Dilma Rousseff a terminar a semana com a pecha de ter reduzido direitos dos trabalhadores.

A esperança de reverter o quadro, por ironia, cabe agora a um peemedebista, o vice-presidente Michel Temer. Mas isso introduz outro problema. Ao passo que 63% da população deseja o impeachment, como ficará o Planalto se for justo o primeiro nome na linha sucessória o responsável por salvar o governo do abismo?

sidnei luis reinert
13/04/2015 12:39
Dilma se irrita com gravação de membro do governo avisando que "ela está sangrando e tem de renunciar"


Edição do Alerta Total ? www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Exclusivo - "A senhora presidente Dilma Rousseff está sangrando. É uma questão de tempo para que se dêem conta de que ela tem de renunciar. Temos de esperar o momento certo. Esta é uma decisão exclusivamente dela. Não é decisão nossa. Ela vê que praticamente um milhão de pessoas foram às ruas... Fora as pessoas que estão em casa descontentes com as medidas que foram aplicadas sem ter um conhecimento. Ela agora está sangrando..."

Quem fez tal declaração ontem, por telefone, e teve sua conversa interceptada pela espionagem ilegal em Brasília, enquanto retornava de Porto Alegre? Ninguém menos que um dos principais articuladores da salvação a Dilma Rousseff. A Presidenta já soube do teor desta fala - que circula entre lobistas e também chegou ao Gabinete de Segurança Institucional. O recado sobre renúncia programada causa, desde ontem, a mais profunda crise dentro do governo. Dilma promete reagir contra este "fogo nada amigo"...

A ameaça indica que Dilma tem, literalmente tudo a temer... Qual o resultado prático da mobilização de rua de domingo que levou milhões às ruas de 450 cidades de todo o Brasil? O desgoverno do crime institucionalizado teve não só mais uma prova da insatisfação popular. Ficou claro que os brasileiros exigem mudanças concretas no sistema de poder e no modelo estatal. A pressão ordeira, pacífica, familiar e totalmente cidadã vai continuar e aumentar. Ontem, vários generais da ativa, à paisana, circularam pela Avenida Paulista, pela Avenida Atlântica e pelas ruas de outras grandes cidades...

A reação do desgoverno foi sintomática. Basta interpretar, claramente, o que disse ontem ao jornal O Globo um ministro da coordenação política da Presidenta Terceirizada Dilma Rousseff - que preferiu se esconder no conveniente anonimato crítico: " Há uma crise de funcionamento do Estado. A presidente é a mais atingida porque é a personagem política central. Mas por que a oposição não pode ir para a rua discursar? Há uma insatisfação geral com a classe política desde as manifestações de 2013".

O próprio texto meio pró-governista da reportagem de O Globo confirma que a administração federal está alarmada: "Apesar de aliviados com o número menor de manifestantes nas ruas na manhã deste domingo em comparação com os protestos ocorridos no mês passado, integrantes do governo Dilma Rousseff afirmam que não há motivo para comemoração. O Palácio do Planalto se mostra mais apreensivo com o movimento em São Paulo, que reuniu, em 15 de março, um milhão de pessoas na Avenida Paulista, de acordo com a Polícia Militar".



A mídia amestrada pelas verbas oficiais fez de tudo para não divulgar o evento. Na cobertura, também tratou de reduzir seu impacto. Não há dúvidas de que vigorou aquele velho pacto editorial com a máquina de publicidade federal: "Vocês aliviam na cobertura, as verbas continuam a entrar nos seus cofrinhos". Novamente, o Instituto Datafolha teve a coragem de afirmar que apenas 100 mil compareceram à Avenida Paulista. O número é tão distante da contagem da PM (275 mil) e da própria avaliação dos diversos movimentos presentes (600 a 800 mil pessoas).

Repito por 13 x 13: A ida espontânea para as ruas, sem manipulação de grupelhos ideológicos tradicionais que aparelham a máquina estatal, é uma novidade positiva no Brasil Capimunista da Impunidade e da Incompetência. As pessoas mostram que são capazes de retomar, por elas e para elas, o protagonismo da ação Política. O cidadão é quem diz o que fazer. Não aqueles que o voto dele elege, na base da fraude ou não. Eles se intitulam "políticos profissionais", embora ajam como amadores - armadores e ladrões dos cofres públicos.

Essa retomada da ação política em importância capital. A pressão popular começa a agir como uma espécie de "poder moderador" contra aqueles que usurpam o poder estatal. Essa visão verdadeiramente democrática, que busca uma segurança do direito através da ação efetiva da cidadania, é extremamente salvadora neste momento de impasse institucional, quase beirando à ruptura, quando os três poderes, apodrecidos em sua lógica de atuação, batem cabeça.

Na Avenida Paulista, não teve preço ouvir a massa repetir o coro: "Lula, cadê você! O Sérgio Moro quer te prender!". Tudo indica que, em breve, o desejo popular pode se transformar em realidade... É só o Judiciário querer, e o amanhã assim será...

O sucesso cidadão do dia 12 de abril é inegável. O resto é esperar pela saída da Dilma - que tem tudo a temer, já que "está sangrando" - conforme proclamou o integrante de seu desgoverno que finge cumprir a missão política de salvá-la do cadafalso da História...
Herculano
13/04/2015 08:27
MORATÓRIA DA CRISE ESTÁ LONGE DE SER DECRETADA, por Igor Gielow para o jornal Folha de S. Paulo

O domingo trouxe algum respiro ao Planalto e mostrou a oposição reticente

A batida charada existencial do "copo meio cheio ou meio vazio" se aplica bem ao que ocorreu neste domingo, 12 de abril, segunda etapa das manifestações de rua contra o governo Dilma Rousseff.

Certamente há motivos para comemoração no Palácio do Planalto, mesmo com a propaganda interna informando a inevitabilidade de um "grande fracasso".

Afinal de contas, o movimento do 15 de março poderia ter mantido ou aumentado sua intensidade - embora em São Paulo, bastião mais vistoso do antipetismo hoje no país, as cenas ainda fossem algo impressionantes.

Esta é a visão "copo cheio", do ponto de vista governista. Foi trombeteada por seus apoiadores em redes sociais e, especialmente, por um certo jornalismo on-line financiado por verbas oficiais.

Na mão contrária, Dilma assistiu a 25 mil pessoas (segundo a PM local) irem à rua em seu quintal brasiliense. Público formado por funcionários públicos usualmente amáveis ao governo, qualquer que seja. Não foram os 45 mil de um mês atrás, mas longe da inexpressividade.

Em São Paulo, se insinua um cenário no qual os atos tendem a se consolidar ao estilo das "manifs" parisienses, um elemento perene do ambiente urbano.

Mais do que isso, o número que realmente importa neste fim de semana para o governo não é o de contagens feitas nas ruas. É o do Datafolha que mostrou uma estabilização da rejeição ao governo, além de comprovar que muito mais gente do que foi visto na avenida Paulista no domingo está a defender o impeachment de Dilma.

Novamente a lógica do copo se impõe para fins de discurso. Um otimista governista dirá que a popularidade de Dilma parou de cair e que o Planalto tem, a partir da reformulação de sua articulação política com o vice Michel Temer, espaço para tentar melhorar sua agenda pública.

Para o pessimista governista (ou um otimista oposicionista), qualquer governo com níveis de rejeição registrados pelo de Dilma não tem motivos para dormir bem à noite.

No registro do real, é notável que, se alcançar algum nível de governabilidade no Congresso, isso não resolve o problema da paralisia econômica do país ou dos investimentos engessados.

No meio do caminho, onde geralmente a realidade se encontra, o domingo trouxe algum respiro ao Planalto e mostrou uma oposição reticente para empunhar de fato bandeiras ainda incertas, dadas as condições políticas objetivas: estamos hoje mais num parlamentarismo branco comandado pelo PMDB do que à beira do impeachment de Dilma - e consequente unção da oposição.

Mas o alívio está longe de ser profundo o suficiente para ser decretada a moratória da crise.
Herculano
13/04/2015 08:24
UMA QUEDA VIOLENTA, por Lauro Jardim, de Veja

Não apenas nas ruas, mas também nas redes sociais, a movimentação em torno dos protestos foi mais modesta.

Um levantamento inédito da consultoria digital Bites revela, por exemplo, que até às 18h30 quando se consideram as expressões "manifestação", manifestações, protesto e protestos o volume de tuítes caiu de 715 469 no dia 15 de março para 132 413 de hoje ? uma queda de 81,5%.

Não só. "Impeachment" também foi menos citado. Passou de 107717 tuítes em março para 15202 hoje - uma queda de 86%. Dilma também foi mais poupada. Em março, foi citada em 44349 tuítes. Hoje em 9.665. Queda de 78,6%.

O governo e o PT, desta vez, reagiram. Conseguiram manter a hashtag #AceitaDilmaVez nos assuntos mais comentados do Twitter.

Foi uma ação bem articulada que produziu até agora 99 817 tuítes e 174 milhões de impressões. Isso significa que cada usuário do Twitter no Brasil foi impactado 7,9 vezes por essa mensagem pró-Dilma.

No campo das impressões no Twitter, a oposição se saiu melhor. As variações de protesto e manifestação impactaram, em média, 45,5 vezes cada usuário do Twitter no Brasil.
Herculano
13/04/2015 08:15
RAINHA, ENFIM, por Vinicius Mota para o jornal Folha de S. Paulo

Premonitórias foram as palavras do publicitário João Santana logo após a primeira eleição de sua pupila Dilma Rousseff. Ela estaria fadada a ocupar "a cadeira da rainha", uma lacuna na "mitologia política e sentimental brasileira".

A profecia agora se cumpre. Como ocorre com o monarca no Reino Unido, Dilma Segunda se senta no trono, mas não governa. Acalentou personificar a força da mulher e das minorias, mas entregou o cetro a quatro homens brancos, que farão o oposto do prometido na campanha.

Esse arremedo de república (ou, caricaturalmente, de monarquia) parlamentarista é a resultante não controlada nem planejada de um processo político estrambótico, em meio à deterioração da economia e da popularidade presidencial e à eclosão nas ruas de um movimento de centro-direita.

O arranjo político deve, por um momento, estancar a sangria em que se converteu a governabilidade nos últimos 90 dias. A popularidade da presidente parou de piorar, há sinais de distensão no Congresso, e a agenda de centro-esquerda do PT foi trocada por uma de centro-direita, liberal na economia e conservadora nos costumes e na distribuição de danos.

Desse modo o "governo de fato" se sintoniza com o que parece ser o sentimento majoritário circunstancial da sociedade. Amolda-se também ao tacão dos credores do governo e do país, que exige recomposição mínima de equilíbrio financeiro.

Fruto do improviso, esse balanço exótico de forças, que faz de Dilma uma presidente-observadora, não apresenta resposta duradoura à crise. Uma camada de gelo fino se cristalizou sobre um mar tumultuoso que continua a agitar-se logo abaixo.

A degradação da renda e do emprego da população apenas se inicia e veio para ficar por um longo tempo. O escândalo da corrupção partidária ainda tem muitos cartuchos para queimar. Faltará pão para saciar a fome de políticos vorazes
Herculano
13/04/2015 08:11
VARGAS RECEBIA A COMISSÃO DEVIDA À AGÊNCIA, por Cláudio Humberto na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

A ganância e a soberba levaram o ex-deputado André Vargas (ex PT-PR) a ser preso na 11ª fase da Lava Jato, acusado de receber propinas da agência de propaganda Borghi/Lowe. Controlada por estrangeiros, e por não entender esse sistema, a agência declinou do "BV", espécie de comissão paga por fornecedores (gráficas, produtoras de TV etc), para evitar problemas com a Justiça. Vargas "cresceu o olho" para o "BV".

BV no bolso
Articulado com o vice-presidente da Borghi/Lowe, seu parceiro Ricardo Hoffmann, também preso, André Vargas recebia os valores do "BV".

Comissão polêmica
Agências multinacionais declinam do "BV" temendo ilegalidade. O TCU acha que o valor deveria ser convertido em desconto para o governo.

Era propina mesmo
A suspeita da força-tarefa é que os repasses do "BV" a André Vargas, eram o pagamento pelo contrato milionário que ele garantiu na Caixa.

Soberba é pecado
Certo da impunidade, Vargas usou suas empresas de fachada (com o irmão Leon), e emitiu notas fiscais à Borghi/Lowe no valor dos "BVs".

ITAMARATY PUNE SABOIA POR ASSESSORAR TUCANO

O diplomata Eduardo Saboia não foi punido apenas pela coragem que falta a seus chefes, no Itamaraty, salvando a vida do senador boliviano Roger Molina ao favorecer sua fuga para o Brasil. A punição é atribuída no Itamaraty à retaliação do governo Dilma ao fato de Saboia ter sido convidado por um senador de oposição, Aloysio Nunes (PSDB-SP), para assessorar a Comissão de Relações Exteriores do Senado.

Burocracia
A requisição de Eduardo Saboia já foi enviada pelo presidente do Senado ao governo, mas a Casa Civil não a retira da gaveta.

Anão diplomático
A punição a um diplomata da estirpe de Eduardo Saboia apenas reforça a péssima imagem da atual política externa brasileira.

Medo de avião?
O líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani, deve fazer o trajeto do Rio para Brasília de carro. Em 2 meses gastou R$15 mil em gasolina.

Pirataria na Embrapa
Pesquisadores da Embrapa estão estarrecidos: o banco de dados dos recursos genéticos da área de animais tem sido compartilhado com os EUA, contrariando decretos presidenciais. Os americanos aproveitam as informações que são preciosas, porque Brasil é referência na área.

Jogo de risco
Deputados ligados a Eduardo Cunha acham que Michel Temer na articulação é a "bala de prata" de Dilma. Mas se o governo desandar de vez, dizem eles, essa bala atingirá em cheio a cabeça do PMDB.

Sibá é gastador
O líder do PT na Câmara, Sibá Machado (AC), torrou R$ 77,7 mil entre janeiro e março, com a verba indenizatória. Flaviano Melo, um conterrâneo do PMDB, gastou menos de um terço: R$ 24,2 mil.

Michel tem a força
Para entender o novo papel de Michel Temer no governo: Dilma terceirizou para seu vice algumas das mais ambicionadas formas de exercer o poder, ou sejam, nomear, demitir e liberar emendas. A dúvida é saber por quanto tempo Madame vai aguentar isso.

Sem papo
Michel Temer ouviu de líderes aliados reclamações já conhecidas (e ignoradas) pelo Planalto: ministros resistem em receber parlamentares. Na última reunião, abriram fogo contra Arthur Chioro (Saúde).

Conveniência
O deputado Rubens Jr (PCdoB-MA) culpava o clã Sarney pelo caos no presídio de Pedrinhas. Mas agora que seu partido governa o Maranhão e a anarquia continua, ele diz sentir "cheiro de sabotagem".

Coleta seletiva
Vem fracassando a coleta seletiva determinada pelo prefeito paulistano Fernando Haddad. Pena. Como em outras cidades, o lixo separado pela população acaba misturado nos caminhões que o recolhe.

Investimento
Na contramão da crise, o polo de Manaus agora tem a primeira fábrica da Nippon Carbide na America Latina. A NCI atua no segmento de películas decorativas e autoadesivas. Investimento de R$ 8 milhões.

Pensando bem...
...parlamentares devem examinar melhor a Lei da Terceirização, porque o eleitor anda louco para terceirizar suas excelências.
Herculano
13/04/2015 08:00
Abaixo, três entre muitos exemplos, de como os que estão e apoiam o poder e o estado de corrupção, julgam o movimento de domingo um fracasso, e que as vozes das ruas, não possuem legitimidade, só se fosse um deles. Julgam o fracasso pela diminuição de pessoas, que foram sem receber diária, transporte gratuito e que na comparação, são milhares de vezes mais representativas do que as manifestações feitas pelo PT, CUT e UNE na semana passada, financiadas pelos sindicatos. Este esvaziamento, popular, foi propositadamente esquecido em todos os comentários comparativos. O PSDB não articulou nada, mas é o culpado; a imprensa e o Datafolha foram os insufladores e os que foram lá se manifestar, uns trouxas, alienados e sem noções. Esta é a democracia que os que estão no poder pensam e querem nos impor. Nela a exclusão, o constrangimento e a discriminação dos que não se ajoelham para os que pensam assim, é a sentença de morte a ser executada impediosamente.

COXINHAÇOS COMEÇAM A DEFINHAR POR FALTA DE QUÓRUM, por Daniel Quoist

Mais um domingo de coxinhaços pelo país é uma brilhante constatação: Quanto mais o PSDB e seus minguados satélites de direita tenta instrumentalizar, com o apoio da mídia tradicional (sempre ela!) legítimas manifestações populares, mais estes diminuem em volume de gente, em amplitude de ação política, em importância como forma de pressionar o governo Dilma Rousseff.

O papel da mídia é de um ridículo atroz, trôpego, claudicante, farsesco. Com pesquisa do famigerado Datafolha sendo usada unicamente para robustecer palavras de ordem de ruptura institucional, colocando em seu coração a apologia da flagrante ilegalidade ao centrar baterias na questão do "você deseja ou não o impedimento da presidenta da República, temos então uma mídia calejada em planejar, alimentar, disseminar e finalmente apoiar aventuras golpistas contra o povo é a nação brasileira.

A Rede Globo de Televisão tem se desdobrado em monitorar passo a passo os preparativos para esse dia 12 de abril acionando seus muitos comentaristas para fazer ecoar o discurso de que o gigante acordou, o país não aguenta mais tanta corrupção, e que a única saída plausível é o impeachment de Dilma Rousseff ou então sua renúncia ao cargo para a qual foi eleita há menos de cinco meses com maioria acachapante de 54.000.000 de votos.

Na CBN, principal emissora dos Irmãos Marinho (Globo) o sonolento Carlos Alberto Sardenberg clama para que depois das manifestações desse 12 de abril os líderes oposicionistas "dêem encaminhamento às coisas" como mostram pedidos dos populares nas ruas". As "coisas sendo encaminhadas" se traduziriam assim:

1. O Congresso Nacional receba do PSDB e de outros nanicos partidos de oposição pedido de impeachment de Dilma
2. O Supremo Tribunal Federal seja pressionado - por líderes políticos e pela população a acatar a tese golpista que retiraria a presidenta do Palácio do Planalto, dando assim ares de legitimidade ao que não passa de tacanho golpe paraguaio, exatamente aquele que há poucos anos destituiu Fernando Lugo da presidência do Paraguai.

O despreparo dos tucanos para a democracia torna-se mais evidente a cada dia que passa. O discurso farsesco de Aécio Neves parece não ter limites: quer sempre ir para tudo ou nada, endossa com meias palavras e mal encobertas intenções sua aposta em ruptura institucional com seus gatos pingados nas ruas a cada mês vociferando pelo impeachment de uma presidenta legítima e democraticamente eleita há pouco mais de 100 dias. Desta vez ousou colocar as unhas de fora e postou vídeo nas redes sociais convocando o povo a se aproximar do meio fio e a clamar pela destituição da presidenta da República. Depois mostrou interesse em ele próprio sair às ruas "na qualidade de cidadão livre", mas que iria avaliar se sairia ou não. Resultado da farsa: como o número de manifestantes chegou a menos de 20% do número que foi às ruas em 15 de março o mineiro matreiro alegou que não iria às ruas "por não desejar partidarizar um movimento expontâneo da população. Alguém em sã consciência acreditaria em desculpa tão esfarrapada quanto destituída de nexo?

A oposição mais estridente reúne Aécio Neves, Aloisio Nunes, Ronaldo Caiado, Carlos Imbassahy, Ônix Lorenzoni e Carlos Sampaio - todos histriônicos, todos com aquele ar de empáfia, aquele jeito de quem sabe que está fazendo a coisa errada, mas que precisa ocultar o making off dos erros que, salvar as aparência de um desbotado verniz democrático. Todos percebem que ao insistir nessa toada suicida eles atentam tosca e raivosamente contra o estado de direito, contra a Constituição.

Enquanto os coxinhaços acontecem Dilma Rousseff brilha na Cúpula do Panamá, troca afagos com Barack Obama, festeja Raul Castro, se entretém em animados projetos de internet gratuita com ninguém menos que Mark Zuckerberg, o criador da mais importante rede social do planeta - a onipresente Facebook. Por outro lado, no flanco político, Dilma desarma o lado mau do PMDB, bem representado por Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados, ao colocar na articulação política o vice-presidente da República Michel Temer. No flanco do combate à corrupção observamos uma sorridente Dilma a constatar a rápida recuperação das finanças da Petrobras na Bolsa de Valores - os ganhos já chegam à marca dos 30% em bem poucas semanas.

No flanco da regulamentação da mídia golpista e elitista Dilma já deve ter percebido que não precisa mover um dedo sequer para quebrar a coluna cervical da oposição midiática ao seu governo popular: os veículos começam a demitir em massa seus empregados, no Estadão demissões chegam a mais de uma centena; na Folha de S.Paulo de uma tacada 50 funcionários são despachados ao olho da rua; o Grupo Abril que edita a infame revista Veja começa a desocupar andares inteiros de seu vistoso edifício-sede na Marginal Pinheiros em São Paulo e o número de assinantes despensa vertiginosamente. Cereja do bolo: a Globo vê a audiência de seus carros-chefes mirar o chão - o Jornal Nacional e a novela Babilônia e vê que está muito despreparada para enfrentar a ostensiva oposição que a ela se faz nas redes sociais e o avanço de serviços mágicos como aquele oferecido pela Netflix.

Pelo jeito os coxinhaços precisam de muito maior fôlego: trazer mais gente, de preferência incluindo pobres, negros, donas de casa e, se repetir como na vizinha Argentina a uma manifestação a cada semana... até que um dia morrerão por absoluta inanição e completa ausência de bandeiras políticas.
Herculano
13/04/2015 07:38
MÍDIA E OPOSIÇÃO PERDEM DE NOVO, por Ricardo Kotscho, ex-assessor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva

Antes das quatro da tarde deste domingo de sol, manifestantes desenxabidos, com suas faixas e bandeiras recolhidas sob os braços, já começavam a deixar a avenida Paulista, em São Paulo, o principal centro de oposição ao governo federal.

Era o retrato do fracasso do movimento "Fora, Dilma", promovido em 15 Estados e no Distrito Federal, que só reuniu 65 mil pessoas, em todo o país, até este horário, segundo levantamento feito pelo portal UOL, do Grupo Folha, junto às Polícias Militares. É menos gente do que foi aos estádios para ver os jogos das quartas de final do campeonato paulista neste final de semana. Foram 10 mil no Rio, 5 mil em Belo Horizonte e 2 mil em Salvador. A PM de São Paulo e o Datafolha não tinham divulgado seus números sobre a avenida Paulista, que apresentava grandes vazios em toda a sua extensão.

Os milhões das multidões de 15 de março, de qualquer forma, transformaram-se agora em apenas algumas dezenas de milhares na chamada "rebelião das ruas", como era possível ver na televisão. Durou menos de um mês a alegria da aliança do atraso para derrubar no grito e nas manchetes o governo eleito de Dilma Rousseff.

Sem líderes, que mais uma vez não apareceram nas "manifestações espontâneas", a oposição formal tucana e seus agregados jogaram tudo na mídia e nas redes sociais. O Datafolha bem que tentou dar uma forcinha ao divulgar na véspera uma nova pesquisa que rendeu a manchete "Reprovação a Dilma estaciona, maioria apoia impeachment". O levantamento mostra que 6 em cada 10 brasileiros reprovam o governo Dilma-2 e 63% aprovam a abertura de um processo de impeachment contra a presidente.

Era de se esperar que mais gente fosse às ruas um mês após o espasmo pós-eleitoral dos derrotados de outubro no último dia 15 de março, mas aconteceu o contrário.

Em tempo (atualizado às 18 horas):

Novos números divulgados pelo portal UOL, segundo dados fornecidos pelas Polícias Militares, informaram que 456 mil pessoas participaram das manifestações de protesto neste domingo em todo o país, sendo 275 mil na avenida Paulista. Até este horário, o Datafolha ainda não havia divulgado sua avaliação de público.

Em tempo (atualizado às 22h25):

Manchete do nosso portal R7 acaba de informar os números finais das manifestações deste domingo, segundo as Polícias Militares: 680 mil em 24 Estados. O Datafolha registrou 100 mil pessoas na avenida Paulista. Em 15 de março, os números ficaram em torno de 2 milhões de participantes em todo o país. .

E não deixem de ler o mais lúcido e brilhante resumo publicado hoje sobre o fracasso do "Fora, Dilma" no blog do meu colega Nirlando Beirão, aqui mesmo no R7.
Herculano
13/04/2015 07:34
QUEM PATROCINA O PROTESTO, por Nirlando Beirão

Convocado pela Rede Globo, insuflado pela manchete marota da Folha de S. Paulo e legitimado por aquelas PMs que só baixam o cacete quando os manifestantes têm cheiro de povo, os protestos deste domingo foram constrangedoramente minguados pela expectativa de seus organizadores-negociantes.

Ficou claro que muita gente que foi à manifestação anterior, do 15 de março, movida por um sentimento até que sincero de revolta e de esperança, tratou de debandar.

Quem estava lá, desta vez, eram os convictamente antidemocráticos - os lambe-botas dos militares - e os tolinhos desinformados, fora os coxinhas do selfie, loucos para extravasar em qualquer evento público, seja velório ou show de rock, o seu despolitizado exibicionismo.

A mídia da oligarquia, do privilegio, abriu as câmeras e as páginas parta tentar reanimar o cadáver do impeachment. Acordou cedo no domingo. Mobilizou helicópteros estridentes. Torceu e distorceu.

A Globo quer o impeachment, a Folha também (não cito o Estadão porque, como se sabe, o Estadão faleceu, que descanse em paz). Mas fica difícil convencer o país a tirar a Dilma para botar no lugar um vice - e é a Datafolha quem tem de admitir, ainda que contrariadíssima - o qual ninguém conhece.

Os antidemocratas e os patetas com certeza voltarão às ruas, incentivados pela mídia dos fariseus e acobertados pelos policiais que, nas outras horas, agridem os verdadeiros revoltosos, os que genuinamente têm sede de justiça.

Mas que o golpe ficou mais difícil, isso ficou
Herculano
13/04/2015 07:28
SEM CHANCES DE ERRAR, por Valdo Cruz, para o jornal Folha de S. Paulo

Em um governo pródigo em cometer erros, o recado deste domingo é que a cota de equívocos da presidente Dilma está próxima do seu limite, talvez quase sem espaço para novos desacertos.

Afinal, se de um lado houve uma sensação de alívio da parte do governo porque os protestos deste domingo tiveram uma adesão menor, por outro a pesquisa Datafolha mostrou que o nível de insatisfação dos brasileiros segue gigantesco.

Aumentou o apoio aos protestos, a maioria já quer a abertura de um processo de impeachment contra a presidente e o sentimento é de que o desemprego e a inflação vão subir.

Num clima negativo como este, os protestos não terem ganhado força é quase um motivo de comemoração, mas basta uma faísca, uma palavra mal colocada, uma derrapada do governo para estimular quem está muito insatisfeito a sair de casa.

Foi o que aconteceu em 15 de março. Dilma havia feito aquele pronunciamento desastrado, fora de hora. E o PT quis medir força com as ruas, destilando toda sua raiva. Resultado: açulou o desejo de quem queria protestar contra a presidente.

Agora, dizem os próprios assessores da petista, a cota de erros cometida entre um e outro evento diminuiu, tirando um pouco o fôlego dos protestos. Mas o terreno segue muito fértil para que sejam semeadas tempestades contra o governo.

O pior é que, antes de melhorar, tudo vai piorar. O desemprego vai aumentar, a inflação seguirá em alta e o país vai desacelerar ainda mais. Ingredientes que vão azedar e muito o humor dos brasileiros.

Daí que a presidente não tem mais chance de errar. Principalmente na política, onde sua última cartada, ao entregar o comando da área ao vice, Michel Temer, não pode falhar.

Caso contrário, o ajuste fiscal vai para o brejo. Sem ele, será o caos na economia e Dilma terá de recomeçar do zero. Pelos últimos lances, ela parece estar ciente desta realidade, o que já é um bom caminho.
Herculano
13/04/2015 07:21
OS POLÍTICOS, O PT E OS DONOS DO PODER FIGEM QUE NÃO ENTENDEM OS RECADOS DAS RUAS E DO POVO. ESCUTAM UMA COISA. OUVEM OUTRA E FAZEM UMA BEM DIFERENTE: REFORMA POLITICO-ELEITORAL. PESQUISA MOSTRA CLARAMENTE: IRRITAÇÃO COM A CORRUPÇÃO FOI MOTIVAÇÃO PARA A MAIORIA

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Só 13% dizem ter ido à Paulista pelo impeachment, mas 77% são a favor. Maioria dos que foram protestar em São Paulo no domingo também diz que esteve no protesto de março na capital

O impeachment da presidente Dilma Rousseff conta com o apoio de 77% das 100 mil pessoas que estiveram neste domingo (12) na avenida Paulista, mas nem metade delas acha que ela será afastada. É o que mostra a pesquisa Datafolha realizada durante a manifestação.

Ainda assim, só 13% dos manifestantes saíram de casa com a intenção de pedir o impeachment da presidente. O motivo mais citado por eles para ir à Paulista foi a indignação com a corrupção, apontado por 33% dos entrevistados. Uma em cada dez pessoas estava lá para protestar contra o PT.

Mais de 60% dos manifestantes disseram que estavam repetindo a dose, já que participaram também do protesto do dia 15 de março. O perfil do público que foi aos dois eventos é muito parecido, a não ser pela grande presença de pessoas mais velhas no ato deste domingo.

De acordo com o Datafolha, 41% do público presente tinha mais de 51 anos. É o dobro do que se viu na manifestação de março. Maria Luiza Lima, 77 anos, esteve nas duas acompanhada pela filha e disse que voltará se houver uma terceira.

Moradoras da Vila Carrão, na zona leste, elas pegaram ônibus e metrô para participar do protesto. "Sou eleitora, quero continuar votando e, para isso, é preciso limpar a política", diz Maria Luiza.

Boa parte dos manifestantes neste domingo apareceu em família. Havia também muitos casais. Grande parte das pessoas vestia camisetas da seleção brasileira de futebol ou outras peças de roupas amarelas.

Vários exibiam faixas amarelas na cabeça com a inscrição "Fora Dilma", que podiam ser compradas por R$ 5 dos camelôs. Questionados pelo Datafolha, 96% deles consideram o governo Dilma ruim ou péssimo.

A presença de pessoas que vieram de outras cidades também aumentou, de 13% em março para 17% neste domingo. Foi o caso da psicóloga Sueli Santos, 56, que veio de Vinhedo para participar da manifestação.

"A revolta está nessa corrupção, nesse desgoverno do PT. Chegou a hora de dar um grito", afirmou.

Quase 80% dos manifestantes têm ensino superior, 35% trabalham com carteira assinada e 41% ganham acima de dez salários mínimos. No segundo turno da última eleição presidencial, 83% declaram ter votado no candidato Aécio Neves (PSDB) e apenas 3% em Dilma.

Apesar disso, 95% afirmaram não serem filiados a nenhum partido.

Dos manifestantes, 74% sabem que o vice-presidente assumiria o governo em caso de um afastamento de Dilma, sendo que 90% têm conhecimento de que o vice é Michel Temer (PMDB).

A avaliação do Congresso Nacional também não é boa: 77% o consideram ruim ou péssimo, 19% acham que é regular e apenas 3% avaliam o trabalho de deputados e senadores como ótimo ou bom.

A grande maioria, 86%, prefere a democracia a uma ditadura, regime que é apoiado por apenas 9% dos que estiveram na avenida Paulista. Para 3%, tanto faz - democracia ou ditadura.

A esquerda era minoria entre os manifestantes da Paulista; apenas 7% das pessoas se diziam dessa corrente. A maioria, 34%, disse ser de centro, 20% de centro-direita e 26% de direita.

O Datafolha entrevistou 1.320 pessoas na Paulista, das 12h às 18h. A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.
Herculano
12/04/2015 20:53
MANCHETE DO JORNAL DE SANTA CATARINA, DE BLUMENAU

Manifestantes protestam contra o governo federal no Centro de Blumenau. Segundo a Polícia Militar 12 mil pessoas compareceram ao protesto. Organização fala em 20 mil.

MANCHETE DE GASPAR

Gasparenses não foram as ruas porque aprovam o que faz o governo Federal pelos brasileiros e os daqui. A ponte do Vale, a duplicação da BR 470, as verbas para o Hospital, as verbas para o saneamento...

E qual a diferença entre os dois gestos? A consciência da sociedade e o exercício da cidadania. Nos grotões, estão os mansos e os medrosos, e o PT sabe disso muito bem.

Quanta diferença! Acorda, Gaspar!
Herculano
12/04/2015 20:47
12 DE ABRIL 1 ? MUITOS MILHARES VÃO ÀS RUAS, NO BRASIL INTEIRO, CONTRA O GOVERNO DILMA, O PT E AS ESQUERDAS. CONSTA QUE PLANALTO SUSPIRA ALIVIADO. ENTÃO É MAIS BURRO DO QUE PARECE!, Reinaldo Azevedo, deVeja

Há mais de uma semana o governo decidiu pautar a cobertura da imprensa, que, com raras exceções, aceitou gostosamente a orientação. Com variações, a cobertura destaca que há menos pessoas nas ruas neste 12 de abril do que naquele 15 de março. Assim, fica estabelecido, dada essa leitura estúpida, que um protesto político só é bem- sucedido se consegue, a cada vez, superar a si mesmo. Isso é de uma tolice espantosa, na hipótese de não ser má-fé. A população ocupou as ruas em centenas de cidades Brasil afora. Mais uma vez, PT, CUT, ditos movimentos sociais e esquerdas no geral levaram uma surra também numérica. Mais uma vez, o verde-e-amarelo bateu o vermelho da semana passada. E é isso o que importa.

De resto, é impossível saber o número de manifestantes deste domingo. Algum veículo de imprensa mandou jornalista cobrir o protesto em Januária, em Minas; em Orobó, em Pernambuco, ou em Ourinhos, em São Paulo? Haver menos gente na Avenida Paulista ou na orla de Copacabana, no Rio, não tem nenhuma importância. Num levantamento prévio, dá para afirmar que o "fora Dilma" foi ouvido em cidades de pelo menos 24 Estados e no Distrito Federal (ainda falta atualização). E - daqui a pouco chego lá - contem com o PT para turbinar os próximos protestos.

Consta que o governo respirou aliviado com o número menor, embora o Palácio do Planalto, ele mesmo, tenha, desta vez, resolvido se calar. Parece que não haverá Miguel Rossetto e José Eduardo Cardozo para cutucar a onça com a vara curta. A boçalidade ficou por conta da militância virtual e paga. Respirou aliviado por quê?

Respirou aliviado no dia em que o "Fora Dilma" se faz ouvir de norte a sul do país?

Respirou aliviado no dia em que o Datafolha aponta que 63% apoiam o impeachment da presidente?

Respirou aliviado no dia em que a pesquisa revela que 60% consideram o governo ruim ou péssimo?

Respirou aliviado no dia em que essa mesma pesquisa evidencia que 83% acreditam que Dilma sabia da roubalheira da Petrobras e nada fez?

Respirou aliviado no dia em que esse mesmo levantamento demonstra que a crise quebrou as pernas de Lula, pesadelo com o qual o petismo não contava nem nos momentos mais pessimistas?

Por que, afinal de contas, suspira aliviado o governo? Com que jornada futura de boas notícias e alívio dos sintomas da crise ele espera contar? Sim, a indignação com a roubalheira é um dos principais fatores de mobilização dos milhares de brasileiros que foram às ruas. Mas há muito mais do que isso. Há a crise econômica propriamente dita e a sensação, que corresponde à realidade, de que o governo está paralisado.

Acontece que esse mal-estar só vai aumentar porque o pacote recessivo ainda não surtiu todos os seus efeitos. Mais: ninguém nunca sabe quando a operação Lava Jato vai chegar a um fio desencapado, como é o caso de André Vargas, por exemplo. Consta que o ex-vice-presidente da Câmara e petista todo-poderoso, ora presidiário, está bravo com o partido, do qual havia se desligado apenas formalmente.

Acabo de chegar da Avenida Paulista. Havia menos gente do que no dia 15 de Março? Sem dúvida! Mas também sei, com absoluta certeza, que, desta feita, o protesto se deu num número maior de cidades no Estado. No dia 15, encontrei verdadeiras caravanas oriundas de cidades do interior e de outras unidades da federação. Aquele foi uma espécie de ato inaugural. Havia nele a vocação de grito de desabafo, era um enorme "Chega!". A partir deste dia 12, a tendência é que haja mesmo uma diminuição de pessoas em favor de uma definição mais clara da pauta.

Mas é evidente que se trata de um erro cretino imaginar que menos gente na rua implique que está em curso uma mudança de humor da opinião pública. Não está, não! E que se note: se o protesto do dia 15 tivesse reunido o número de pessoas deste de agora, muitos teriam, então, se surpreendido. Acontece que aquele superou expectativas as mais otimistas. Tomá-lo como régua de um suposto insucesso dos atos deste dia 12 é coisa de tolos ou de vigaristas. Mas o governo e o PT têm direito ao autoengano.

Vejo a coisa de outro modo: os eventos deste domingo, 12 de abril, comprovam o que chamo de emergência de uma nova consciência. Até torço para que o Planalto e o petismo insistam que os atos deste domingo foram malsucedidos. É o caminho mais curto da autodestruição. Esses caras ainda não perceberam que os que agora protestam não querem apenas o impeachment de Dilma. Essa é a pauta contingente. Eles falam em nome de uma pauta necessária, que é apear as esquerdas do poder, ainda que esse esquerdismo, hoje em dia, não passe de uma mistura de populismo chulé com autoritarismo.

Tenham a certeza, petistas e afins: a luta continua!
Herculano
12/04/2015 20:40
GOVERNO DECIDE "NÃO CUTUCAR RUA COM VARA CURTA", por
Josias de Souza

Nas palavras de um ministro que integra o grupo de coordenação da gestão Dilma Rousseff, o governo decidiu "não cutucar a rua com vara curta." Embora os protestos deste domingo tenham sido numericamente inferiores aos de 15 de março, o Planalto não vai soltar fogos em público. Ao contrário. Nos próximos dias, por orientação da presidente, as autoridades que falam em nome do governo utilizarão um timbre "respeitoso e humilde".

Dilma acompanha as manifestações desde o Palácio da Alvorada. Ela chegou no meio da madrugada do Panamá, onde participara da Cúpula das Américas. Conversou com pelo menos dois ministros: Aloizio Mercadante (Casa Civil) e José Eduardo Cardozo (Justiça). O governo baseia suas análises em duas variáveis.

Numa, Dilma e seus conselheiros celebram privadamente o fato de menos gente ter descido ao meio-fio. Noutra, eles reconhecem que isso não aconteceu por falta de material. "O Datafolha indica que temos muito o que trabalhar para reduzir o grau de insatisfação com o nosso governo", disse o ministro que conversou com o blog. "Isso envolve um grande esforço. Mas os resultados vão aparecer."

Divulgada neste sábado, a mais recente pesquisa Datafolha revelou que a impopularidade de Dilma manteve-se elevada. Apenas 13% dos brasileiros aprovam a atuação da presidente, mesmo percentual registrado no mês passado. A taxa de reprovação caiu de 62% para 60% - uma variação dentro da margem de erro da pesquisa.

De resto, outros dois dados impressionaram os operadores do governo: 75% dos entrevistados apoiam os protestos anti-Dilma. E 63% manifestam-se a favor do impeachment. "É verdade que 64% dizem não acreditar no despropósito do impeachment, mas nós não podemos dar as costas para essas informações", disse o auxiliar da presidente. "Seria um erro. Do mesmo modo, nossos adversários errarão se imaginarem que a situação os favorece. Esse quadro não é bom para ninguém."

Não há, por ora, previsão de convocação de uma entrevista coletiva como aquela que ocorreu nas pegadas das manifestações de 15 de março. Falaram naquela oportunidade os ministros José Eduardo Cardozo e Miguel Rossetto (Secretaria-Geral da Presidência). Sobreveio um panelaço que constrangeu o governo. Numa tentativa de diminuir a importância dos protestos, Rossetto dissera que tinham saído às ruas basicamente os brasileiros que não votaram em Dilma na disputa presidencial de 2014. É esse tipo de raciocínio que o Planalto deseja agora evitar.
A escapadinha
12/04/2015 19:40

Como disse já a todos no meu setor que o Diretor e a servidora que estão dando uma escapadinha para namorar são amigos do rei, são fieis companheiros.....

E não vejo nenhum espanto nisso, nunca vi um Diretor ser punido, e mais duvido que exige é exigido deles o controle de frequência....

Esperamos que o Diretor e a servidora da saúde sejam punidos. E que existe hora para dar escapadinha. Garanto a você herculano se fosse um servidor do PMDB, PSD, DEM, PSDB, já tinha se instaurado processo administrativo.

E os companheiros tentando abafar....






Herculano
12/04/2015 17:53
SE HÁ UM CAMPEONATO DE MANIFESTANTES, GOLEAMOS DE NOVO, por Reynaldo Rocha

Era previsível que a manifestação deste domingo fosse menor que a de 15 de março. Era previsível. Mas que importância tem isso? Para quem festeja números menores, lembro dois fatos: 1) Dilma não governa mais, nem mesmo como um poste de Lula. Joaquim Levy determina a política econômica e se esforça para que o Brasil não seja classificado como junk nas agências de risco; 2) Michel Temer está onde nunca imaginou que estaria. Um vice-presidente, que não é demissível, tenta garantir a dita governabilidade que Dilma e o PT perderam e jamais conseguirão recuperar.

Os desaparecidos lulopetistas e seus asseclas, como o exército do Stédile e o black blocs, continuam nos esgotos, olhando pelas frestas do bueiro a marcha de brasileiros decentes. E Lula, mais calado que nunca, passou de espectador a peça central das manifestações. "Lula, ladrão, seu lugar é na prisão!" foi uma das frases gritadas a plenos pulmões na nossa Praça da Liberdade, em Belo Horizonte.

Se as manifestações não tivessem acontecido, haveria essa rendição incondici0onal de Dilma ao cargo que ainda finge ocupar? Os coxinhas estão espalhados em 400 cidades do Brasil. São Paulo exportou coxinhas para todo o território nacional, incluídos o Nordeste lulista e o interior do país? Está em curso algum campeonato de manifestantes? Se sim, goleamos de novo! Afinal, em BH a última manifestação convocada por Lula reuniu 100 pessoas. Hoje éramos no mínimo 10.000.

Em São Paulo, os próprios organizadores afirmam que o ato da CUT reuniu 2.000 simpatizantes do governo. Vejamos quanto serão os manifestantes reunidos na Avenida Paulista. Em 15 de março, o PT entendeu que o Brasil decente se tornara majoritário. E que eles foram confinados na porção de 12% infestada de meliantes. De lá para cá, o governo não encolheu. Acabou.

Hoje, o recado foi de novo muito claro. Eles se fazem de surdos. Não vamos parar. (Neste mesmo domingo, por sinal, o estranhíssimo Datafolha insiste em manter Dilma com 12% de aprovação! Sabemos que é menos?).

É improvável que haja outro panelaço, porque ninguém do governo deverá convocar entrevistas coletivas. Talvez Siba O Sábio, diga que a CIA estava ocupada no Panamá, vigiando os perigos de uma reunião de governantes do calibre de Dilma, Nicolás Maduro, Evo Morales, Cristina Kirchner, Raúl Castro et caterva.

Em 15 de março acabamos com o governo Dilma. Não basta. Queremos o fim do (des) governo. Para cada grito de "Fora Dilma" ouvi outros 10 de "Fora PT". As ruas são nossas. A oposição oficial que se junte à oposição real, que somos nós. Se acha que o poder vai cair-lhe no colo, que espere sentada. E assuma as consequências.

Nós sempre soubemos o que queríamos. Agora aprendemos como conseguir o que queremos.
Herculano
12/04/2015 17:49
MINHA CASA MINHA VIDA REPETE ERROS DO PASSADO, editorial de O Globo (mas poderia bem servir para Gaspar em pelo menos dois casos: o do Gaspar Mirim e o das Casinhas de Plástico)

Conjuntos residenciais são instalados em terrenos baratos, por isso mesmo longe do Centro, precariamente servidos de transporte e sem segurança.

A inauguração de unidades do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) é o fim de alguns problemas e o início de outros. Governantes sorriem para as fotos, e moradores, com motivo, se dizem satisfeitos porque, finalmente, terão uma residência com características inexistentes em favelas de onde boa parte deles vem. Bom, porque o déficit habitacional é uma grave mazela social. Ruim, porque os conjuntos residenciais são instalados em terrenos baratos, por isso mesmo longe do Centro, precariamente servidos de transporte e sem segurança. E a distância exige grande gasto do poder público para estender à periferia a urbanização já implantada no resto da cidade.

Uma política habitacional assim mais cedo ou mais tarde manda a conta dos erros de execução. Série de reportagens do jornal "Extra" mostrou que 64 conjuntos do MCMV no Rio estão sob influência de criminosos, sendo 42 a pelo menos 25 quilômetros do Centro.

E não se pode dizer que tais problemas são surpreendentes porque o país já viu esse filme em comunidades como a Vila Kennedy e a Cidade de Deus - esta, por sinal, nome do drama que o cineasta Fernando Meirelles levou a cinemas de todo o país narrando justamente como o crime organizado passou a dominar uma comunidade formada por famílias removidas e deixadas à própria sorte. Ou seja, o governo está repetindo erros do passado, conforme ressaltou o arquiteto Sérgio Magalhães, articulista do Globo: "Isolados e distantes, (conjuntos residenciais) tornaram-se lugar de exclusão e foco da bandidagem protegida pela omissão do Estado. Com o fim do BNH, parecia extinta essa política. Mas o modelo foi ressuscitado, no Brasil, neste século XXI, pelo programa Minha Casa Minha Vida."

O problema é nacional. De abril de 2104 a fevereiro deste ano, o governo federal recebeu 164 denúncias, em 16 estados, de expulsão de moradores por bandidos, sendo que a Bahia registra o maior número, seguida pelo Rio.

Está claro que é preciso uma correção urgente de rumos, pois há muito a fazer. De acordo com levantamento da Fundação Getúlio Vargas para o Sinduscon-SP, será necessário um investimento de R$ 76 bilhões por ano até 2024 para atender um milhão de famílias por ano, considerando as que moram em condições precárias, dividem imóvel com parentes e comprometem grande parte da renda com o aluguel.

Conforme defende o presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil, Pedro da Luz Moreira, os projetos habitacionais devem ser levados para áreas centrais. Mais perto do Centro e, sobretudo, do poder público, que tem que se fazer presente com segurança, transporte e outros serviços essenciais. Só assim o MCMV vai ser não apenas um projeto habitacional, mas de efetiva inclusão social.
Herculano
12/04/2015 17:43
MAIS PREJUÍZOS, por Lauro Jardim, de Veja.

A plataforma P-58, que custou 543,6 milhões de dólares e está em operação há apenas um ano, paralisou sua produção de petróleo e gás natural em 18 de março por causa de 48 pendências na área de segurança. Problemas que vão de vazamentos a falta de iluminação adequada.

Assim, deixou de produzir até agora 2,1 milhões de barris de petróleo e 65 milhões de metros cúbicos de gás - um prejuízo de 154 milhões de dólares.
Herculano
12/04/2015 17:42
BLOGS PAGOS PELO GOVERNO COM OS NOSSOS PESADOS IMPOSTOS E QUE FALTAM À SAÚDE, EDUCAÇÃO, SEGURANÇA, OBRAS... MANCHETEIAM: Protestos murcham no País e #AceitaDilmaVez bomba
Herculano
12/04/2015 17:31
EU REPILO, por Vlady Oliver

Desde a primeira hora após as manifestações de 15 de março, não entendi a necessidade de alguns de obrigarem as manifestações de hoje a ser maiores do que aquelas. A sociedade está profundamente arredia. Aprendeu com a guerra civil de 2013 que de nada adianta ser manipulada para este ou para aquele lado; para este ou aquele movimento organizado e para frases prontas e pensamentos sob medida.

No momento em que escrevo este comentário ainda não tenho a menor ideia do tamanho que a coisa tomará em São Paulo, mas não tenho receio de afirmar que não importa quantos irão ou deixarão de ir; importa mesmo as respostas que foram dadas aos anseios dessa mesma sociedade.

Respostas desencontradas, cínicas, atabalhoadas, dissimuladas e sempre prontas a recrudescer ainda mais o golpe em andamento. Se, por um lado, fica cada dia mais claro o inimigo a combater, de outro as armas que nos são oferecidas são pouco mais do mesmo, com célebres figuras públicas admitindo que não vêem saída para a crise, sem ser pelo mesmo lado esquerdo tão falido de sempre.

Fosse este um governo probo, serio, honesto, teria tido uma reação menos mentirosa, truculenta e fisiológica ao correto brado retumbante da nação dormente. Teria pedido o boné antes dos camburões. Como nada disso aconteceu, frustrando as expectativas mais otimistas, acredito que o ódio ao PT, ao governo de turno e a Dilmona rombuda só cresceram e se solidificaram ao longo do mês que separa ambas as manifestações.

O que virá amanhã?. É a pergunta que todos já se fazem, cansados das mesmas soluções cretinas e improvisadas. Pois eu digo que rapidamente os movimentos populares devem preparar-se para tomar de assalto o Congresso pelo voto, a Justiça pela pressão, denunciar e pedir apoio para denunciar quem são os agentes da petralharia em todo o serviço público, tornar o inimigo público ainda mais público, aliar-se ao que resta da imprensa ainda viva e costurar um discurso de oposição com cabeça, tronco e membros. Muitos membros.

Temo que o próximo passo seja um passo em falso, exortando greves e paralisações que não seduzem o eleitor ávido por um representante verdadeiro e tempos menos conturbados para tocar suas vidas. Se o governo vai comemorar o que ele deve considerar um fracasso - qualquer quórum será visto desse modo, pois só isso interessa a esses carcamanos -, cabe lembrar que estamos a um passo da mais completa insubordinação civil, começando por asfixiar esse governo torpe por aquilo que lhe é mais caro: rapinar os cofres públicos para este projeto de poder marreta.

Quanto mais tempo durar a agonia dessa presidente tampona, mais profunda será a animosidade da população. Estou farto até de protestar. Vou porque é uma decisão cívica e não prática. Na prática, combater Dilma do Chefe com Eduardo Cunha não é lá essa coisas. Se quisermos uma oposição de verdade, teremos que inventar uma. Essa que está na janela está podre. Contaminada pela cartilha ignorante da esquerda, como todas as outras. Essa eu repilo.
Herculano
12/04/2015 17:27
GASPAR MAIS UMA VEZ NA CONTRA-MÃO

Enquanto mais cidades catarinense aderiram contra a corrupção dos políticos, a inflação, a falta de assistência na saúde pública, dinheiro para terminar as obras de infraestrutura, Gaspar desistiu de se manifestar. Tudo a ver.
Belchior do Meio
12/04/2015 14:43
Sr. Herculano:

Postado às 08:19 hs., sobre pesquisa de opinião. Esse deformado ainda tem 29% que votam neLLe? Claro, Se tem urubu que vota na carniça hilária, como é que não sobraria urubu para o Exu de Garanhuns?

Eles escolheram a pior frase.
Poderiam ter estampado: Dilma deu uma pausa na queda.
Parou de piorar.

A mensagem da vendida Datafolha é que Dilma está morta mas LuLLa respira. Como não boto fé nas maquiagens, fico com Millor, "Cada um
dá aos fatos a interpretação que mais convém".
Arara Palradora
12/04/2015 14:30
Querido, Blogueiro:

Não sou fã do Gabeira - postado às 08:59hs., mas tenho que concordar
que é um belíssimo texto.
E as alfinetadas em Sibá Machado (ralé petista), foi hilário.

Já que Gaspar é bairro de Blumenau, estamos indo ao centro para a manifestação. Vamos com este pensamento, se houver apenas um homem ou uma mulher em cada cidade protestando contra o governo Dilma, estamos representando a grande maioria do povo brasileiro que quer o fim de um governo corruPTo.

Voeeeiii...!!!
Cristiane
12/04/2015 13:53
O conselheiro do CMDCA, Cleber consegui o colocar na pauta para a votação novamente do projeto de dança em Gaspar. Acho que ele (representante governo) não gostou do resultado da ultima votação...
A presidente do Conselho Sra. Camila já deu seu veredito, que irá votar favoravel ao projeto. O que está deixando Maristela doida com essa sua posição.
Parece que o governo também anda perdendo até nos conselhos.
E Presidente na sexta final da tarde disse que está deixando a presidência do CMDCA, e que o governo não tem ninguém para colocar na presidência com pulso firme, que faça Ações, que faz com com esse conselho de suma importância começa apresentar resultados, e que não seja apenas para reprovar projetos, a impressão que tenho que eles não querem gastar o dinheiro.

Nítido que no governo que comandado pelo PT, estão pendependo o controle, e que não conseguem mais ter controle de coisas básicas, a prova da incompetência, e falta de profissionais qualificados...

Enquanto isso quem paga conta são as nossas crianças e adolescentes, que hoje não existe uma politica, um projeto, lembando eles serão o futuro de amanha....


Aposta já lançada.....
12/04/2015 13:49
Herculano grande parte dos Diretores da Secretaria de Administração e Planejamento, inclusive Gabinete, estão todos receosos.

Pelos boatos dos corredores tem Diretor saindo a tarde para namorar, e que esse diretor esta saindo com uma funcionaria da secretaria de saúde. E que também deveria estar trabalhando.

Cade o controle de frequência? Será que eles são penalizados?

Já existe apostas para descobrir qual é o Diretor e qual é a servidora que estão dando escapadinha em horário de trabalho.
Herculano
12/04/2015 12:39
MAIS UM EXEMPLO DE COMO O PT DE BLUMENAU, O QUE COMANDA O DE GASPAR, IGUAL AO PT NACIONAL, PERDEU O PASSO, O CRÉDITO, O COMPASSO E PRECISA DA MANCHA DOS OUTROS PARA SE IGUALAR E LIMPAR DA LAMA ONDE SE ENTERROU E CHAFURDA.


VANDERLEIZÃO REQUENTA A MARMITA DO TAPETE NEGRO, por Carlos Tonet

Vereador Vanderlei Paulo [de Oliveira, PT]saboreia marmita requentada

Na sessão passada, Vanderleizão requentou a marmita do Tapete Negro.

Falou um monte de bobiça e arrastou todo mundo pro fundo do poço de petróleo em que o PT está metido.

Chegou a collocar até o Mariolino [o presidente da Câmara, Mário Hildebrandt, PSD] no rolo do Tapete Negro e vociferou contra a honra dos colegas.

O Mariolino rebateu as coisas hoje e disse que vai mover uma ação interna contra o Vanderleizão por quebra de decoro.

Um recado pro Mário: não perca seu tempo. Ninguém na cidade dá a mínima bola pras todas as denúncias obscuras e tortuosas que ele faz.

Teve uma vez que ele chegou mesmo a denunciar que um vereador havia ameaçado ele de morte e ninguém deu trela.
Herculano
12/04/2015 08:59
HORA E VEZ DE SIBÁ MACHADO, por Fernando Gabeira para o jornal O Globo

Mais uma vez, o povo na rua. Grande parte de nossa esperança está depositada na sociedade. Ela é quem pode dinamizar a mudança. A maioria vai gritar "Fora Dilma", "Fora PT". Não há espaço agora para outras palavras. No entanto, a saída de Dilma é apenas o começo. Vai ser preciso um ajuste econômico. Todos deveriam se informar e tomar posição sobre ele. O governo Dilma não se mexe na redução de ministérios e cargos de confiança. Não há um projeto sério de contenção de gastos com a máquina. E sem isso, o impacto do ajuste, aumentando impostos e cortando benefícios sociais, dificilmente será digerido pelo Congresso e pela própria sociedade.

O Congresso é passível de suborno com verbas e cargos. A sociedade, não. Mas um simples ajuste econômico merecia um pouco mais de reflexão para além deste domingo.

Vale a pena retomar um crescimento apoiado no consumo de carros e eletrodomésticos? É possível superar a limitação do voo da galinha na economia brasileira, achar um caminho sustentável?

Os rios brasileiros estão exauridos. Vamos continuar a destruição? A Califórnia luta há anos com a escassez de água. É um estado que sempre soube se reinventar. Abriga a indústria do cinema, o Vale do Silício. Apesar de toda a experiência, a crise atual ameaça seu futuro.

Cada vez que um grande movimento vai às ruas pedindo a saída de Dilma, ela, na realidade, vai saindo aos pouquinhos. Hoje não controla a política, nem a economia. Inaugura, faz discursos para a claque. Apegado à negação de seus erros, o PT é quase um fantasma. Seu líder na Câmara é Sibá Machado. Ele acha que as manifestações do dia 15 e também as de hoje são organizadas pela CIA. E foi ao ministro da Fazenda pedir novos financiamentos para as empreiteiras do Lava-Jato.

A tendência é achar que o Sibá Machado não existe, que é criação de algum escritor dedicado ao realismo fantástico. Mas Sibá existe e ocupa a liderança de um partido com 64 deputados na Câmara. Como foi possível Dilma ser presidente do Brasil? Como foi possível Sibá Machado tornar-se o líder de um partido que está no poder há 12 anos?

Não há espaço para explicar tudo. Mas Dilma é fruto da vontade de Lula, que detesta a ideia de surgirem outros líderes no partido. Sibá é o fruto da disciplina de quem espera na fila a hora do revezamento. Todos podem ser líderes, independentemente de estarem preparados. É a hora e a vez de Sibá Machado.

Estamos atravessando uma atmosfera de "Cem anos de solidão". Sibá pede mais dinheiro público para quem nos roubou. Dilma afirma que sua tarefa é recuperar a Petrobras, que ela e o PT destruíram. Não acredito que sejam cômicos por vocação, embora o Sibá leve muito jeito. Isaac Deutscher, o grande biógrafo de Trotsky, demonstra que muitas vezes os governos fazem bobagem porque já não têm mais margem de manobra.

O buraco em que o PT se meteu é mais grave do que a estreiteza da margem de manobra. É a escolha de quem se agarra à negação para fugir da realidade. Por isso é que, além dos incômodos da crise, do assalto às estatais e fundos de pensão, o PT irrita. São muitas as pessoas simples que se sentem não apenas assaltadas como contribuintes, mas desrespeitadas pelo cinismo oficial.

Já é um lugar comum afirmar que vivemos a maior crise dos últimos tempos. Nela, entretanto, há um dado essencial: aparato político burocrático segue afirmando que a realidade é a que vê e não a compartilhada por milhões de pessoas na rua.

O que pode acontecer numa situação dessas? Collor saiu de nariz empinado e submergiu alguns anos. Ele chamava verde e amarelo, aparecia preto. O PT chama vermelho, aparecem verde e amarelo.

O curto circuito pictórico parece não dizer nada para eles. No fundo, havia em Collor uma espécie de orgulho pessoal. No PT, há uma confiança na manipulação. O partido no poder escolheu o caminho mais espinhoso. Seu líder na Câmara parece delirar, mas apenas quer cumprir suas tarefas elementares de negação.

O assalto à Petrobras não existiu. As manifestações foram arquitetadas pela CIA, e as empreiteiras, coitadinhas, precisam de grana oficial para financiar nossas campanhas. E os marqueteiros nos observam como jacarés tomando sol. Daqui a pouco vão entrar em ação para convencer a todos que o Brasil é maravilhoso e vai ficar melhor ainda.

É assim que a negação se reflete numa alma simples como a de Sibá Machado. Ele vem de uma região marcada pelas experiência místicas com a ayahuasca, planta que provoca visões. Um pouco distante dali, mas também na Amazônia, o pastor Jim Jones comandou um suicídio coletivo.

Na hora e vez de Sibá, o próprio inferno será refrigerado. Ganha-se muito dinheiro quando se passa pela cadeia, como fez José Dirceu. E há sempre Cuba e Venezuela para um recuo estratégico.

Vamos para a rua fingindo que os agentes da CIA nos organizam. No fundo, sabemos que se dependêssemos deles, correríamos o risco de uma grande trapalhada.

Mas pra que contrariar Sibá Machado e o PT na sua fase tardia ? De uma certa forma, já não estão entre nós. Morreram para o debate racional.
Herculano
12/04/2015 08:57
A ORIGEM, por Eliane Cantanhede para o jornal O Estado de S.Paulo

Começa a ficar clara a resposta a uma dúvida crucial do escândalo histórico da Petrobrás: o ovo ou a galinha? Um cartel de empreiteiras aliciou políticos, ou partidos do governo manipularam um cartel de empreiteiras? A Polícia Federal, o Ministério Público e a Justiça Federal começam a desvendar o mistério com o nome nada sutil da nova fase da Operação Lava Jato: A Origem.

O início de tudo isso não foi um cartel de empresas desses que existe desde sempre, nem foi uma corrupção, digamos, trivial. A verdadeira origem da sangria da Petrobrás foi um esquema armado por partidos e políticos no poder a partir de 2003.

Primeiro, a Lava Jato prendeu doleiros, ex-diretores da Petrobrás e grandes executivos de empreiteiras, deixando de lado os parlamentares, que têm o foro privilegiado do Supremo Tribunal Federal. Comeu pelas bordas, até chegar no ponto central, ou na "origem": os políticos.

Sem poderes para botar a mão em senadores, deputados e governadores, a Justiça Federal do Paraná chegou ao chamado "cerne da questão" por vias indiretas: prendendo na sexta-feira três ex-deputados, ou seja, três políticos sem mandato e sem foro privilegiado: André Vargas, ex-petista, Luiz Argôlo, do Solidariedade, e Pedro Corrêa, o reincidente do PP, já preso pelo mensalão.

Essas prisões vão definindo os sujeitos e compondo a narrativa com calma e clareza, com princípio, meio, fim. Também ampliam o raio de ação, que deixa de ser unicamente a Petrobrás e suas contratadas, chega à Caixa Econômica Federal e atinge a própria administração direta, com o Ministério da Saúde no foco.

Como sempre, as quantias são de tirar o fôlego: R$ 40 milhões para cá, R$ 80 milhões para lá... De uma coisa não se pode acusar os bandidos de colarinho branco no Brasil: não são nada modestos. Tudo é na casa de milhões, senão bilhões.

Enquanto isso, a presidente Dilma Rousseff investe na sua "agenda positiva" e é capaz de tirar fotos fazendo coraçãozinho com as duas mãos e até de dizer que a Petrobrás está uma beleza. Agora, além de entrega de casas populares, ela ganhou de presente do Facebook o "Banda Larga para todos", muito importante, aliás.

Bem, Dilma tem mesmo de correr atrás do prejuízo, dando uma entrevista atrás da outra para a mídia estrangeira e encontrando-se com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, no Panamá, para marcar a viagem a Washington ainda neste semestre, tentar recuperar a confiança, atrair investimentos e reabrir vias comerciais da maior potência e do maior mercado do planeta. Não era sem tempo. E como o Brasil anda precisando!

Isso remete a um regime parlamentarista. Dilma como chefe de Estado, ou "chanceler", enquanto o vice Michel Temer e o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, como chefes de governo, dividem os dissabores da crise econômica e política e disputam as glórias de primeiros-ministros.

Para Fernando Henrique Cardoso, a liderança de Dilma "está abalada". Para Aécio Neves, a entrega da política para Temer foi "renúncia branca". Mas não custa lembrar que o PSDB surgiu em 1988 com a bandeira do parlamentarismo e, nesse regime, quem cai não é o presidente, não é Dilma.

Se o ajuste fiscal e a economia derem com os burros n'água, Levy cai. Se a política explodir, Temer explode junto. Mas a presidente - ou "rainha da Inglaterra", como definem os mais ácidos - só renuncia se quiser ou se sofrer um impeachment à moda presidencialista, o que parece muito improvável.

Dilma está jogando nacos de poder às feras, mas não é dessas de renunciar. E, como admitem gregos e troianos, oposicionistas e governistas, o impeachment não depende só de Lula, PT, PMDB e muito menos só de PSDB, DEM e PPS. Depende das ruas.

Segundo todas as previsões, as manifestações deste domingo, 12 de abril de 2015, deverão ser bem menores do que as 15 de março. Mas são esses atos que dão luzes, ou rumos, ao governo, aos políticos e aos analistas. Cabe observar. E aprender.
Herculano
12/04/2015 08:56
PRIVILÉGIO SUPREMO, por Bernardo Mello Franco para o jornal Folha de S. Paulo

A prisão de três ex-deputados na sexta-feira pode gerar uma falsa expectativa em quem vai protestar hoje contra o petrolão. Se é o seu caso, não se anime. Para os 35 parlamentares da Lava Jato, a conta ainda vai demorar a chegar.

André Vargas, Luiz Argôlo e Pedro Corrêa não deixaram mais rastros do que os outros políticos investigados. Apenas perderam o mandato e, com isso, passaram a responder por seus atos na Justiça como qualquer cidadão brasileiro.

A Constituição afirma que todos são iguais perante a lei, mas garante que alguns sejam mais iguais do que os outros. Isso vale para os deputados, senadores e governadores do petrolão. Eles só poderão ser julgados por tribunais superiores, graças ao chamado foro privilegiado.

Essa diferença de tratamento dividiu a Lava Jato em três. Um núcleo avança com velocidade na 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba, do juiz Sergio Moro. Lá são investigados doleiros, empresários, hierarcas da Petrobras e ex-parlamentares. Muitos já conheceram a carceragem da PF paranaense ou o Complexo Médico-Penal de Pinhais.

Os outros dois núcleos da operação caminham a passos lentos. Um está no Superior Tribunal de Justiça, onde correm os inquéritos contra os governadores do Rio e do Acre. O outro subiu para o Supremo, que deverá julgar os 35 parlamentares.

Embora a Lava Jato tenha começado há mais de um ano, as investigações que envolvem autoridades só passaram a existir para a Justiça no mês passado. Por isso, deputados e senadores sob suspeita continuam a tocar a vida em Brasília. Os mais ousados chegam a usar a tribuna para atacar os procuradores.

O ex-ministro Joaquim Barbosa costumava definir o foro privilegiado como "uma esperteza que os políticos conceberam para se proteger". Ele estava certo. No caso do mensalão, o Supremo surpreendeu ao condená-los. No petrolão, ainda será preciso esperar para ver.
Herculano
12/04/2015 08:51
O CAMINHO SE FAZ AO ANDAR: NESTA TARDE, A VOZ ROUCA DAS RUAS VAI CONSUMAR O NOCAUTE, por Augusto Nunes, de Veja

Em 31 de março, uma circular assinada pelo presidente do PT, Rui Falcão, marcou para 7 de abril o espetáculo de estreia do que Lula batizou de "Frente Ampla" - codinome inventado para que pareça mais gordo o quarteto que reúne o PT, a CUT, o MST e a UNE. Caprichando na pose de médico de campo de concentração, Falcão determinou "a mobilização da militância para participar do Dia Nacional de Luta". O clímax da demonstração de força do lulopetismo seria alcançado com a "concentração em Brasília contrária à votação do PL 4330, da terceirização, na Câmara dos Deputados".

Para mostrar quem manda, um batalhão de bucaneiros da seita invadiria o prédio do Congresso. Simultaneamente, em outras capitais, multidões de devotos marchariam "em defesa da democracia, dos direitos dos trabalhadores, da Petrobras e da reforma política". Lula prometeu aparecer numa das frentes, fantasiado de Marechal do Povo e pronto para liderar a contra-ofensiva que livraria Dilma Rousseff do cerco da elite golpista.

Conversa de 171. O líder popular que morre de medo de povo desde a vaia estrondosa na abertura do Pan-2007 anda colecionando ideias de jerico, mas não perdeu o faro que antecipa fiascos. No dia 7, preferiu entrincheirar-se em seu instituto-esconderijo. Mudo, viu pela TV o sumiço dos oficiais de alta patente, a deserção dos soldados rasos e o desfile de cifras desmoralizantes.

Em Belém, o ato público juntou 30 companheiros paraenses. Em São Luiz, 40 gatos pingados. Menos de 200 em Porto Alegre, 50 em Curitiba, 70 em Salvador. Os 2 mil combatentes convocados para a invasão do Congresso foram rechaçados por um pequeno contingente da PM de Brasília. Em São Paulo, a CUT esperava juntar 10 mil militantes. Apareceram 400, que viraram mil nas contas dos coronéis de macacão.

Por falta de cabeças a contar, o Datafolha deu folga aos especialistas em multiplicação de gente. O Dia Nacional de Luta mobilizou tão poucos lutadores que nem conseguiu espaço nas páginas reservadas ao noticiário político. Na quarta-feira, os três maiores jornais do país enfurnaram na editoria de economia a vexatória ocorrência política registrada na véspera.

As portentosas manifestações de 15 de março levaram às cordas os embusteiros que institucionalizaram a corrupção impune e há 12 anos vêm batendo todos os recordes de inépcia administrativa. De lá para cá, ficaram ainda mais grogues com as pancadas desferidas por pesquisas de opinião, novidades sobre a roubalheira do Petrolão, índices que atestam o descontrole da inflação ou a escalada do desemprego e imagens de companheiros delinquentes na traseira do camburão, fora o resto.

Dilma já renunciou ao comando da economia e da articulação política. Sitiados por um Brasil farto de farsa, o bando de vigaristas baixou a guarda e carece de forças para o contra-ataque. Se a imensidão de indignados cumprir o seu dever neste domingo, e os figurões fora da lei forem devidamente surrados pela voz rouca das ruas, 12 de abril de 2015 será lembrado como o dia em que se decretou o nocaute.

E depois desta tarde, o que virá? Saberemos em breve. Em certas curvas da História, o caminho se faz ao andar.
Herculano
12/04/2015 08:46
COMEÇOU O TERCEIRO MANDATO DA DOUTORA, por Elio Gasperi para os jornais O Globo e Folha de S. Paulo

Dilma prometeu uma coisa, tentou outra e vai começar tudo de novo, com Levy, Temer, mais PMDB e menos PT

O primeiro mandato da doutora Dilma foi de 2011 a dezembro de 2014. O segundo durou 97 dias. Teve vida mais curta que o de Napoleão entre sua fuga da ilha de Elba e a batalha de Waterloo. O terceiro começou na semana passada. Nada tem a ver com o que a candidata prometeu ou com o que tentou fazer. Para um governo que se meteu em tantas trapalhadas em tão pouco tempo, qualquer previsão será um exercício astrológico. De qualquer maneira, ninguém de boa-fé poderá dizer que Guido Mantega seria melhor ministro do que Joaquim Levy. Da mesma forma, trocar o aloprado "núcleo duro" de Aloizio Mercadante por Michel Temer indica que terminou o período de articulação do caos.

Temer teve a astúcia de assumir uma função sem ocupar qualquer cargo. Um bom indicador para a sua fé no trato com a doutora será a leitura de sua agenda. No dia em que for anunciado que, por alguma razão, ele viajou para o exterior, estará dado o sinal de que desistiu.

O comissário Tarso Genro queixou-se dizendo que "para o bem e para o mal: PT é cada vez mais acessório no governo". Qual PT? O da Papuda e de João Vaccari ou o de Sérgio Buarque de Holanda e Florestan Fernandes? A referência a fundadores mortos deve-se à falta de exemplos seguros entre os vivos que estão sem bússola.

Para o bem, a perda de influência do PT significa estancar a produção de maluquices a que ele se entregou. Coisas como plebiscitos, Constituinte exclusiva, voto de lista ou mesmo a convocação do "exército" de João Pedro Stedile (com quentinha ou sem quentinha?).

O breve segundo mandato da doutora fritou-se. O terceiro, socorrido por Temer, exigirá dela tocar o expediente, valendo-se do apoio de seus aliados. Essas duas funções não podem ser terceirizadas, são atribuições da Presidência da República. Se o novo mandato tiver menos marquetagem e mais trabalho, quem sabe, dará certo.

ANAC ÀS MOSCAS
A doutora Dilma entregou a coordenação política do governo a Michel Temer. Pelo andar da carruagem precisará arrumar um coordenador de governo. É difícil, mas alguém pode achar que oito meses é um prazo aceitável para a escolha de um ministro do Supremo.

Na Agência Nacional de Aviação Civil a situação é pior. A Anac tem cinco diretorias. Três estão vagas. A primeira delas desde 2013, quando o titular foi defenestrado no rastro de um escândalo. A terceira vagou há três semanas. Estão brincando com fogo. Em 12 anos o setor passou a 34 milhões de passageiros/ano para 101 milhões em 2014. É o terceiro do mundo, perdendo só para os EUA e a China, e as tarifas caíram 40%.

A alta do dólar e a retração da economia podem roubar uma das joias da coroa do PT, devolvendo o andar de baixo para as rodoviárias.

PORTA GIRATÓRIA
O senador Ataides Oliveira (PSDB-TO) quer uma CPI para investigar os ilícitos cometidos no Conselho de Administração de Recursos Fiscais. A ideia poderá expandir o tema. Se recuar muito, arrisca-se chegar ao século 16, quando os caetés comeram o provedor Antonio Cardoso de Barros, o primeiro secretário da Receita de Pindorama. A porta giratória que transformava auditores aposentados em consultores de empresas autuadas que recorriam ao Carf para reduzir seus débitos foi lubrificada no início da década de 90. Desde então rodou invicta, até que chegou a Polícia Federal.

PAVIO CURTO
Ao lidar com a repercussão de suas falas desastradas, o ministro Joaquim Levy já deu uma demonstração de que anda com pavio curto.

FRANCES PERKINS
O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, contou que acaba de ler uma biografia de Frances Perkins, a mulher fenomenal a quem Franklin Roosevelt entregou a Secretaria do Trabalho em 1933.

Barbosa deveria distribuir uma tradução desse livro ("The Woman Behind the New Deal" - "A mulher por trás do New Deal") aos comissários que lidam com os chamados "movimentos sociais" para que conhecessem uma pessoa de quem poucos terão ouvido falar.

Tendo sido uma das personagens mais poderosas de Washington ao longo dos 12 anos em que Roosevelt ocupou a Presidência, ao sair do governo teve que batalhar por empregos de segunda. Pegara fama de esquerdista e sempre vivera do salário. Nem endereço tinha. Arrumou-se com um quarto na Universidade Cornell. Morreu em 1965, aos 85 anos, cega e surda, em heroica pobreza.

Ela ajudou a criar a Previdência Social americana, a proteção aos desempregados, o salário mínimo e as leis que proibiram o trabalho infantil. Quase todo o crédito foi para Roosevelt e, o que sobrou, para sua mulher Eleanor. Isso nunca a incomodou, pois tinha horror a jornalistas.

Perkins batia duro. No dia em que assumiu o cargo, seu antecessor, fazendo-se de desentendido, disse que sairia para almoçar. Ela mandou que suas coisas fossem tiradas do escritório e mandadas para casa. Começou a trabalhar espantando a barata que estava numa gaveta e foi adiante expulsando ratos bípedes.

Frances Perkins não tinha agenda pessoal. Duas coisas a moviam: a fé na religião e a vontade de trabalhar pelo andar de baixo.
Herculano
12/04/2015 08:46
O SOFTWARE VENCIDO DAS EMPREITEIRAS, por Elio Gasperi para os jornais O Globo e Folha de S. Paulo

As bancas de defesa dos empreiteiros capturados pela Lava Jato continuam tentando usar nesse processo o software usado com êxito na Operação Castelo de Areia. Algo como tentar rodar um programa AppleWorks no sistema OS 10 do Macintosh. Em 2009 a Polícia Federal chegou a um ninho de roubalheiras provadas e documentadas. Seu trabalho foi desossado pelos advogados dos maganos a partir de objeções processuais e há pouco o Supremo Tribunal Federal sepultou-o.

O último sonho da turma que está presa em Curitiba foi o de obter do STF a anulação dos depoimentos de Alberto Youssef em sua colaboração com a Viúva. Morreu numa decisão do ministro Dias Toffoli. Amparada num parecer do ex-ministro do STJ Gilson Dipp, a defesa argumentava que Youssef não merecia crédito porque já fechara dois acordos de colaboração e mentira em ambos. Se esse raciocínio prevalecesse, quebraria uma perna da Lava Jato.

Dipp entende do assunto, mas a ideia de que velhas mentiras devessem impedir um novo acordo é meio girafa.

O mafioso Tommaso Buscetta, preso no Brasil em 1972, foi extraditado para a Itália, fez um acordo com o juiz Giovanni Falcone (flor do orquidário de Sergio Moro) e expôs boa parte das ações da Máfia. Ajudou bastante, mas também mentiu e recusou-se a falar de políticos.

Em 1992 a Máfia dinamitou o carro do juiz Falcone, matando-o. Buscetta começou uma nova rodada de colaboração e nela entregou as conexões da Máfia com políticos, inclusive o ex-primeiro ministro Giulio Andreotti. Graças a essa nova fase detonou o coração da Máfia com o poder.

Pela doutrina de Dipp, as provas apresentadas por ele depois da morte de Falcone seriam "imprestáveis", pois as omitira na primeira colaboração.
Herculano
12/04/2015 08:41
AS IDEIAS FORA DO LUGAR, por Antônio Prata para o jornal Folha de S. Paulo

Se fosse um ato de repúdio à desigualdade e à injustiça, eu iria pra rua, hoje, acusar o governo

"Si hay gobierno, soy contra!": eis aí uma máxima tão repetida quanto cretina. Na democracia, ser contra todo governo, sempre, não é uma postura crítica, mas infantil. É não perceber que num sistema representativo cabe a nós não só eleger o governo como influenciá-lo, seja criticando-o ou mesmo o aplaudindo. A frase, contudo, tem seu charme. Empresta a qualquer resmungo de oposição o silvo de um morteiro republicano na Guerra Civil Espanhola. O cara pode ser um empresário corrupto que sonega milhões em impostos, mas basta dizer "Si hay gobierno, soy contra!" e fica se achando uma espécie de Hemingway redivivo, recostado numa colina de la Mancha, lutando contra o fascismo estatal.

Uma das consequências da chegada da esquerda ao poder (ou, pelo menos, da chegada de um partido com um discurso de esquerda), em 2003, foi dar à direita este selinho hype, de "Soy contra!". De uma hora pra outra, o sujeito podia se referir ao Lula como "Aquele retirante analfabeto!" e não estava sendo demofóbico, estava fazendo uma crítica ao poder. Dizia "O melhor movimento feminino é o movimento dos quadris" e não estava sendo machista, mas lutando contra as feministas governistas que queriam castrar os machos livres da pátria. Piadas racistas e homofóbicas deixaram de ser vistas como reforços aos estereótipos de que o negro é inferior e de que o gay é errado ou doente, para se tornarem armas da livre expressão contra a "ditadura do politicamente correto".

Aguentar a velha hidrofobia reacionária andando por aí de sapatênis e pomada no cabelo, se achando moderninha, seria um preço aceitável a se pagar, caso o PT tivesse instituído a pauta pela qual foi eleito. Hoje, então, negros e brancos teriam as mesmas chances no mercado de trabalho, estudando em nossas boas escolas públicas. Gays andariam de mãos dadas, à noite, sem correrem o risco de serem espancados. Mulheres poderiam recorrer a um aborto, caso todas as providências oferecidas pela excelente frente de planejamento familiar em nossa invejável rede pública de saúde houvessem falhado. O quatrocentão ressentido repetiria a toda hora que "Esse aeroporto tá parecendo uma rodoviária!", mas deixaríamos quieto, afinal, ele haveria perdido seu camarote no topo da pirâmide social, num país que deixara de ser um dos mais desiguais do mundo.

O problema é que, com o PT no poder, tais melhoras não vieram. Embora a concentração de renda tenha diminuído um pouco, os 5% mais ricos detém mais de 40% da renda total do país. Nas faculdades, apenas 11% dos alunos são negros. Gays tomam lampadadas na orelha na Paulista. A polícia mata em média cinco pessoas por dia. As mulheres ganham cerca de 30% menos do que os homens e mais de 50 mil delas são estupradas, todo ano.

Assim, chegamos a este cenário desolador: no poder, uma esquerda esquizofrênica, incapaz de mexer em nossas feridas seculares, liberando, na oposição, as vozes mais raivosas, preconceituosas e reativas às mudanças que essa esquerda sequer promove.

Se fosse um ato de repúdio à desigualdade e à injustiça que se perpetuam, eu iria pra rua, hoje, acusar o governo. Mas pra andar atrás de um trio elétrico que estampa a imagem de uma mão sem o mindinho, ao lado de famílias que fazem "selfies" com a Tropa de Choque, licença: "Soy contra".
Herculano
12/04/2015 08:37
FORA DILMA É UM FEITIÇO DO PT CONTRA O FEITICEIRO, por Josias de Souza

Os pesquisadores do Datafolha perguntaram: Considerando tudo o que se sabe até o momento a respeito da Operação Lava Jato, o Congresso deveria abrir um processo de impeachment para afastar a presidente Dilma da Presidência? A resposta foi eloquente: 63% dos brasileiros consultados responderam "sim". Isso ajuda a entender por que desejo de puxar o tapete da presidente ganha as ruas.

Os petistas reclamam muito da atmosfera de fim do mundo que rodeia o Palácio do Planalto. Fariam um bem a si mesmos se examinassem o próprio rabo. O 'Fora Dilma' não é senão um feitiço do PT virando-se contra o feiticeiro. No ano pré-eleitoral de 2001, a moda era o 'Fora FHC'. Foi incorporado ao discurso de líderes do petismo. E ganhou as ruas nas faixas de uma CUT implacável com o governo.

Naquela ocasião, já estava claro, muito claro, claríssimo que atear fogo no cenário político não era um bom negócio para o PT. O partido chegara ao poder em alguns Estados e em vários municípios. No ano seguinte, Lula se tornaria presidente, prevalecendo sobre José Serra.

Desde então, o PT trocou o desejo de virar a mesa pelo hábito de sentar-se em torno dela. Perdeu-se num detalhe. Em vez de usar o tampo para recostar os cotovelos em rodadas de diálogo, usou-o para repartir dinheiro com pseudo-aliados. O fisiologismo e o patrimonialismo foram elevados à potência máxima. Deu no mensalão. Continuou compartilhando propinas. Deu no petrolão.

Aquele PT casto e imaculado morreu. E, suprema desgraça, não foi para o céu. Hoje, 75% dos brasileiros apoiam os protestos anti-Dilma, informa o Datafolha. Uma maioria ainda mais tonitruante de 83% diz acreditar que Dilma sabia da corrupção na Petrobras. Desses, 57% avaliam que ela deixou que a roubalheira progredisse. Outros 26% acham que ela nada podia fazer.

Meio tonto, o ex-PT aciona a ex-CUT e o notório MST para levar às ruas "exércitos" de militantes remunerados contra um golpe inexistente. Não há quarteis na jogada. E a multidão olha de esguelha para os políticos. Querem revogar o resultado eleitoral, insiste o ex-PT. E o Datafolha: 64% dos brasileiros acham que Dilma não será afastada por causa das denúncias de corrupção na Petrobras.

Quer dizer: por ora, há mais histeria do que estratégia na causa do impeachment. O brasileiro deseja. Mas sabe que a via democrática exige mais do que isso. De concreto mesmo apenas uma evidência: o ex-PT e suas ramificações sindicais e sociais tornaram-se forças minoritárias no asfalto. Natural. Na época do 'Fora FHC', diziam que o governo do presidente tucano achegara-se à gestão de Fernando Collor em matéria de corrupção. Hoje, Collor é sócio do petrobutim e frequenta a lista do procurador Rodrigo Janot.
Herculano
12/04/2015 08:34
VEM PRÁ RUA VOCÊ TAMBÉM

Vale o bafo contra os políticos, que se especializaram em dar golpenos eleitores, com as armações de marketing, em anos eleitorais, contando com a memória curta de todos.

É preciso dizer que a sociedade mudou.

Em Gaspar, a marcha murchou. E caminhou na contra mão do Brasil. E é por isso, que estamos parados. Enquanto a manifestação se capilariza no Brasil (mais cidades) e com menos participantes, em Gaspar ela desaparece e como um bairro, os daqui vão se juntar a Blumenau, talvez Ilhota. Acorda, Gaspar!
Herculano
12/04/2015 08:30
BB INVESTE 10% DO SEU ORÇAMENTO NA FÓRMULA 1, por Cláudio Humberto na coluna que publicou neste domingo nos jornais brasileiros

Dono de um dos maiores orçamentos publicitários do Brasil (R$ 544,3 milhões em 2014), o Banco do Brasil reservou mais de 10% de toda essa bolada apenas para um patrocínio, em 2015: a equipe Sauber, de Fórmula 1, do piloto brasileiro Felipe Nasr. Relatórios de audiência da Federação Internacional de Automobilismo revelam queda de 15% de espectadores da F1 entre 2012 e 2014. O patrocínio é por um ano.

Palavra de especialista
O Banco do Brasil não revela o valor pago à equipe Sauber, nem foi necessário. É que a mídia inglesa já revelou a cifra: R$ 55 milhões.

Queda livre
Audiência da F-1 caiu de 500 milhões a 425 milhões espectadores, mas para o BB é a melhor opção para internacionalizar sua marca.

Mau negócio
A Alemanha, que venceu metade dos últimos 20 campeonatos, perdeu 50% da audiência da F-1. No Brasil, a queda de audiência foi de 5%.

Olheira
Uma olheira do Ministério da Justiça não perde uma reunião da CPI da Petrobras, para depois informar o chefe, José Eduardo Cardozo.

PEEMEDEBISTAS DÃO TRÉGUA DE UM MÊS A DILMA
O PMDB estabeleceu prazo de um mês para o vice-presidente Michel Temer reorganizar a articulação política do governo; definindo cargos, liberação de emendas e nomeações do segundo escalão. Há receio, no entanto, de que Dilma não dará autonomia ao vice. Por isso, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara, já definiu a retaliação: votar a proposta que cria o piso salarial nacional para policiais militares.


PEC 300
A Proposta de Emenda Constitucional 300, que cria o piso para PMs, é um pesadelo para o governo: pode gerar gastos de mais de 46 bilhões.

Ô coitado
Temer disse a amigos que ficou constrangido com a proposta de Dilma. Aliados acreditam que sua nova função funcionará para "fritá-lo".

Sem saída
Sem carta-branca, Temer pode perder a credibilidade que hoje possui junto a parlamentares. E o governo, seu principal articulador.

Caixa ama terceirizar
Em vez de alugar manifestantes contra a Lei da Terceirização, a CUT poderia usar sua ligação ao governo para saber por que a Caixa Econômica Federal gastou R$ 1,5 bilhão com terceirizados em 2014.

O avesso do avesso
A punição do diplomata Eduardo Saboia "foi uma decisão absurda e covarde" do governo, para o senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), que presidiu a Comissão de Relações Exteriores do Senado. E lembra a canção de Caetano: "O avesso do avesso do avesso do avesso".

Ato heroico
Eduardo Saboia foi suspenso por vinte dias porque salvou a vida de um senador boliviano, Roger Molina, que, perseguido por Evo Morales, estava asilado havia 455 dias na embaixada do Brasil em La Paz.

Princípio nobre
Para Ricardo Ferraço, a decisão do Saboia, salvando a vida de Molina, "foi absolutamente compatível com os princípios que devem mover nossa política externa: os direitos humanos e o asilo político." Segundo ele, foi uma decisão focada num princípio nobre: a vida humana.

Moleza
A Comissão de Constituição e Justiça, a mais importante do Senado, não realizou qualquer debate expressivo neste semestre. Agora, parou de vez para fazer uma reforma no seu plenário.

Clamor atendido
Parece até que havia um "clamor" pela prisão do ex-deputado André Vargas (ex PT-PR), tal a reação positiva que causou em Brasília. Os políticos, inclusive os nada santos, acham que poucos contribuíram tanto quanto Vargas para arruinar a imagem do Congresso.

O amor é lindo
O ministro Renato Janine (Educação) tomou posse na segunda (6) e terminou a semana, na sexta, em clima de romance, encomendando buquê de rosas - levado no carro oficial - para a pessoa amada.

#vemprarua
O deputado Paulinho da Força (SD-SP) acha que os protestos deste domingo contra Dilma ocorrerão em mil cidades, ainda que o número de pessoas venha a ser menor do que os 2,2 milhões de março.

Pensando bem...
... sem a CUT para alugar manifestantes, os protestos de hoje não correm o risco de serem terceirizados
Herculano
12/04/2015 08:21
O FUTURO DOS PROTESTOS, por Hélio Schwarstmann para o jornal Folha de S. Paulo

Os protestos de hoje irão superar os de 15 de março? É difícil dizer. Não me surpreenderia nem se eles fossem maiores e mais disseminados, numa indicação de que as pessoas ainda não manifestaram toda a sua indignação com o brusco divórcio entre as promessas eleitorais e a realidade, nem se ficassem mais acanhados, num tradicional caso de regressão à média.

O fato é que não vivemos um momento revolucionário, em que as ruas tomarão o lugar do governo e o povo exercerá o poder diretamente. Uma hora a disposição das pessoas de ir para a avenida vai arrefecer, a pressão sobre os políticos, diminuir, e tudo voltará a ser, se não exatamente igual a antes, também não muito diferente. Já vimos esse filme em junho de 2013. Seria injusto dizer que a resultante daquele movimento foi nula, mas parece claro que ela não redefiniu os rumos do país.

O saldo ponderável das revoltas não foi dos mais animadores. Os aumentos de ônibus foram momentaneamente revertidos em várias cidades, o que acabou contribuindo para a ficção tarifária que hoje cobra seu preço. Houve, é verdade, algum impacto positivo sobre o Congresso, que aprovou o fim do voto secreto nas cassações de parlamentares, e não impediu o MP de conduzir investigações, como ameaçava fazer.

Menos tangível, mas talvez mais importante é o fato de que a população descobriu ali que, se for capaz de coordenar expectativas, pode agir como ator político influente, ainda que com aparições apenas bissextas. A dificuldade está em como transcender à agenda vazia da simples frustração e dar materialidade aos desejos frequentemente contraditórios de milhões de brasileiros. Grandes consensos são raros e, quando existem, tendem a ser, ao menos nas democracias, rapidamente implementados pelos políticos, sem necessidade de muita pressão popular.

Daí que não vejo um futuro muito brilhante para esses movimentos.
Herculano
12/04/2015 08:18
A MÁGICA DE VER A MESMA MOEDA DE FORMA BEM DIVERSA. OS CONVICTOS, OU OS BLOGS E ESCRITORES PAGOS PELO GOVERNO (COM OS NOSSOS IMPOSTOS) DEPOIS DE AFIRMAREM QUE A POPULARIDADE DE DILMA VANA ROUSSEFF, PT, ESTAVA EM 13%, AGORA SE DESVIAM E DIZEM QUE O EX-PRESIDENTE LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA É O HOMEM COM FORÇA PARA ENGANAR OS ANALFABETOS, IGNORANTES, DESINFORMADOS, DEPENDENTES E FANÁTICOS PARA PERPETUAR A BANDALHEIRA EM QUE ESTÃO METIDOS.

DATAFOLHA MOSTRA QUE LULA MANTEM FORÇA ELEITORAL, por Eduardo Guimarães

Só há uma surpresa na pesquisa Datafolha feita e divulgada com o propósito evidente de vitaminar os protestos deste domingo. Perguntados sobre em quem votariam se Dilma caísse e fossem convocadas novas eleições, 33% declararam voto em Aécio Neves e 29% no ex-presidente Lula.

Como a margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais, o tucano e o petista estão tecnicamente empatados.

Outro dado surpreendente mostra que Lula, apesar de ter indicado Dilma para sucedê-lo em 2010 e ter apoiado a reeleição dela em 2014, está disparado na frente de todos os outros ex-presidentes em toda história do país. Porém, bem atrás do petista vem o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, na segunda posição.

Esse dado surpreende em um momento em que Dilma atinge sua mais baixa taxa de aprovação. Como se vê, o lucro do PSDB com o naufrágio estrondoso de Dilma não é tão grande. Um candidato a presidente tucano, ao enfrentar um petista, aparece em situação pouco melhor do que a que se viu em 26 de outubro do ano passado.

[complementando, para melhor compreensão. A pergunta do Datafolha foi: qual o melhor presidente do Brasil. Nas respostas dos entrevistados 50% foi para Lula; 15% para Fernando Henrique; 6% para Getúlio Vargas; 3% para Juscelino; Dilma e Sarney, cada um com 2%; outros 5%; nenhum, 4%; e não sabe, 13%]

Herculano
12/04/2015 08:04
OS RATOS POR TRÁS DOS RATOS, por Carlos Brickmann

Os bichinhos, coitados, nem eram ratos: eram hamsters e gerbos, ou esquilos-da-Mongólia. Mas quem mandou colocá-los ali, naquele ambiente insalubre, tinha um objetivo de rato: desviar as atenções da CPI do Petrolão e do depoimento do tesoureiro nacional do PT, João Vaccari Neto. Teve algum êxito nisso: os ratos que não eram ratos se transformaram no grande assunto do dia, e permitiram a piada pronta de que todos, ali, ratos e homens, pertenciam à mesma espécie.

Quem colocou os roedores na CPI foi Márcio Martins de Oliveira, que ocupa cargo de confiança na 2ª Vice-Presidência da Câmara, ocupada pelo deputado Giacobo, do PR paranaense, fiel integrante da base aliada do Governo Dilma. Giacobo já é famoso: foi ele que disse ter ganho 12 vezes nas loterias da Caixa, num prazo de 14 dias, em 1997 - graças à ajuda de Deus, conforme salientou.

O tesoureiro anterior do PT, Delúbio Soares, já cumpriu pena de prisão, no caso do Mensalão. O tesoureiro atual está sendo investigado no caso do Petrolão e é amplamente citado nas delações premiadas. Não há qualquer interesse do Governo petista, ou do partido, em que haja repercussão da CPI, do envolvimento do tesoureiro, da relação entre os tesoureiros do PT e atos de macrocorrupção - ainda mais às vésperas de manifestações de rua contra o Governo, que prometem ser grandes, ainda mais depois das passeatas chinfrins da CUT em favor do Governo.

Quem melhor do que um aliado, que já disse que ganhou 12 vezes na Loteria em 14 dias, para tumultuar o processo sem medo de ser ridículo?

SABE DE NADA, O GRINGO
John D. Rockefeller, o lendário criador da Standard Oil, dizia que o melhor negócio do mundo é uma empresa de petróleo bem administrada; o segundo melhor, uma empresa de petróleo mal administrada. Mas nem a empresa de petróleo bem administrada se compara, como negócio, aos bancos brasileiros: aqui, quando a economia vai bem, os bancos vão bem. Quando a economia vai mal, os bancos vão ainda melhor. A rentabilidade dos grandes bancos de capital aberto do Brasil foi de 18,23% em 2014, segundo estudo da Economática para a BBC Brasil. A rentabilidade dos bancos americanos não chega à metade: 7,68%.

CONFIRA, CONFIRME E RECLAME
Siga o link http://peba.teresinahc.org/ e confira os gastos de cada um dos deputados federais desde o início deste ano, item por item (e morra de inveja).

Ah, o nome: peba é um tipo de tatu, também chamado de papa-defunto.

FAÇA DE CONTA
Já que falamos em gastos de parlamentares, um leitor fiel desta coluna (e que sabe fazer contas) comparou os orçamentos e a população de diversos Estados com as despesas da Câmara, do Senado e do Tribunal de Contas da União. A Câmara, que gasta anualmente R$ 5.362.325.807 para atender a 513 deputados e sabe-se lá quantos assessores, tem orçamento praticamente igual ao do Recife (R$ 5.742.000.000), com 1,6 milhão de habitantes.

O orçamento do Senado (R$ 3.916.377.597), para atender a 81 senadores, mais assessores, secretários, motoristas, é quase igual ao de Salvador (R$ 4.363.257.000), com 2,9 milhões de habitantes. O Tribunal de Contas da União (R$ 1.823.516.700, para nove ministros e seus assessores), tem quase o mesmo orçamento de João Pessoa (R$ 2.400.000,00), com 780 mil habitantes.

Citando o grande Pelé, "entendje"?

HISTÓRIA MUTANTE
No programa de TV do PT, uma conclamação estranhíssima: "Agora é hora de reescrever nossa história. Participe do 5º Congresso Nacional do PT".

No Brasil, o passado é ainda mais imprevisível do que o futuro.

ENERGIA FIRME
A informação é do Operador Nacional do Sistema Elétrico: os reservatórios das hidrelétricas do Sudeste/Oeste/Centro-Oeste estão com 30% da capacidade de água. Isso significa, segundo o Governo, que dá para escapar do racionamento de eletricidade. Os altos preços da energia também ajudam, reduzindo o consumo. E há chuvas na maior parte da região, ampliando a capacidade de geração.

CONCORRÊNCIA? E OS AMIGOS?
A Prefeitura de São Paulo, do prefeito petista Fernando Haddad, comprou do MST, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, 520 toneladas de feijão e mil toneladas de arroz, para a merenda escolar. Sem concorrência, claro. A lei federal 8666 foi deixada pra lá. E os preços? Com base nas informações da Secretaria Municipal de Educação, o feijão custou R$ 2,13 milhões. Dá R$ 4,10 o quilo. Na rede Pão de Açúcar - que compra de empresas, que compram produtor, todos ganhando seu lucro - o feijão carioquinha Qualitá custa R$ 3,91. São 19 centavos de diferença no quilo. Multiplique por 520 mil quilos.

Para agradar aos companheiros petistas, o prefeito Fernando Haddad gastou a mais, só no feijão, quase cem mil reais do contribuinte paulistano. Se a compra fosse feita do produtor, por concorrência pública, e não no varejo, a diferença seria ainda maior.

RETRATO DO BRASIL
Este país se acostumou tanto em driblar a lei que há até um anúncio de lubrificantes para motores Diesel em que, na animação, o caminhão vai na contramão.
Herculano
12/04/2015 07:47
CORRUPÇÃO SISTÊMICA, editorial do jornal Folha de S.Paulo

Excesso de intervenções do Estado na economia oferece oportunidade a todo tipo de falcatrua, como mostram diversos exemplos recentes

A atual crise brasileira provoca sentimentos que variam da exasperação ao desalento, em especial no que diz respeito à corrupção extensa e aparentemente incontrolável.

Tamanha conturbação, entretanto, deve-se em parte ao atrito do progresso de algumas instituições com a inércia de relações decrépitas entre o Estado e a sociedade, sobretudo na esfera econômica.

Leis, instituições de controle, investigação e punição em alguma medida chegaram ao ponto de abalar o desencanto ou o cinismo suscitados pela expectativa de impunidade, não faz muito tempo tida como norma.

O avanço ainda é modesto, recente e de resultado incerto. Mais do que isso, a ampliação dos mecanismos de controle e a imposição de penas mais severas não podem, sozinhas, dar conta de um problema essencial: o dos excessos históricos de intervenção econômica do Estado, a qual oferece oportunidades a todo tipo de falcatrua.

Uma lista breve dos episódios de corrupção mais gritantes e recentes basta para indicar um elenco preocupante de problemas.

A regulamentação excessiva e obscura da atividade econômica propicia situações em que fiscais de impostos ou de normas urbanas, em geral associados a empresários, desencaminham a ordem ou o dinheiro públicos.

São recorrentes as notícias sobre máfias dessa natureza nos municípios. Desbaratada em 2013, uma delas, a do ISS (Imposto sobre Serviços), teria desviado cerca de R$ 500 milhões do cofre paulistano.

Os governos, além disso, gastam demais e incrementam as despesas de modo imprevisto. À beira da penúria ou em plena crise, remediam a imprevidência com impostos improvisados, que não seguem padrão racional de tributação.

O arranjo feito às pressas, ruim em si, soma-se à barafunda de regras especiais ou favores destinados a agraciar grupos de interesse e a remendar ineficiências ou problemas econômicos de base.

A legislação complexa, imperita e "ad hoc", implementada por vorazes cobradores de impostos, pois incentivados por um Estado ávido, resulta em inúmeros e milionários contenciosos com a Receita.

Além de causar insegurança jurídica e incerteza econômica, o caos tributário provoca mais ineficiência e gera novas oportunidades de corrupção. Força companhias a destinar recursos para administrar o cumprimento de obrigações fiscais e para promover atividades de lobby político-tributário. Por vezes, as engaja em suborno.

A revelação de que um esquema de sonegação funcionava no tribunal da Receita, o Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), ilustra o ponto. Dívidas tributárias eram reduzidas ou desapareciam após o pagamento de propinas. Segundo a Polícia Federal, os cofres públicos sofreram prejuízo de, no mínimo, R$ 5,7 bilhões.

O escândalo da Petrobras oferece outro exemplo concentrado da criação de oportunidades de ilícitos.

Uma empresa gigantesca, um oligopólio próximo do monopólio, foi obrigada pelo governo a tomar decisões orientadas antes pela ideologia do que pela eficiência. Sem pressão concorrencial, sucedeu-se o previsível descaso com custos crescentes ou criminosamente despropositados.

O desperdício vicejou devido a investimentos improdutivos ditados pelo arbítrio do governante, como os de várias refinarias; devido a reservas de mercados para fornecedores nacionais; devido ao gigantismo de despesas e da própria atuação, que escapam aos recursos disponíveis de controle, sejam sociais ou administrativos.

Segundo informou esta Folha, a Petrobras calcula que as perdas com a corrupção investigada na Operação Lava Jato devem ficar entre R$ 5 bilhões e R$ 6 bilhões.

Outros focos de bandalheira surgem
Herculano
12/04/2015 07:41
O MINISTÉRIO PÚBLICO SE INTERESSOU. SÓ ASSIM O GOVERNO DE PEDRO CELSO ZUCHI, PT, SE DOBRA AO SENSO DO ÓBVIO

Fiz aqui esta manchete ontem cedo às 8.03 de um assunto que queria explorar na edição impressa, mas me faltou espaço diante de outras que julguei prioritárias.

O PT BAIXA O NÍVEL DE ESCOLARIDADE DO CONSELHO TUTELAR DE GASPAR PARA PODER APARELHÁ-LO E CONDUZI-LO AOS SEUS INTERESSES. FALTA O MINISTÉRIO PÚBLICO E A SOCIEDADE GASPARENSE - ATORDOADA COM A VIOLÊNCIA - SE INTERESSAREM PELO ASSUNTO.

Um auê na área. E o Ministério Público se interessou por este assunto àspero e que lida com futuro de quem já tem o futuro ameaçado por gente que deveria ter equilíbrio e sensatez.

Houve a impugnação. E na terça-feira haverá uma reunião do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e da Adolescência para tratar do assunto. Vão decidir se vale a força partidária e o aparelhamento, ou a defesa de algo mais sensível, as crianças em vulnerabilidades.

O Ministério Público "sugeriu" mudanças. Vai esperá-las. Se não acontecerem, pois respeitará a soberania da área para promover as correções óbvias, vai aviá-las e entrar na Justiça com a força que possui para escolher caminhos. Acorda, Gaspar!
Herculano
12/04/2015 07:29
QUANTOS GASPARENSES IRÃO LÁ?

Manchete de Blumenau. Mais de 4,5 mil estão confirmados na manifestação contra o governo neste domingo. Convocado pela internet, protesto acontece no domingo e conta com apoio de entidades da cidade. Adesão é menor do que o ocorrido em março. O ato acontece as quatro horas da tarde.
sidnei luis reinert
11/04/2015 20:38
Gerador de desculpas do PT

Os gaiatos da área de informática criaram uma ferramenta digna das Organizações Tabajara.

Trata-se do sensacional "Gerador de desculpas do PT".

O mecanismo é simples: basta entrar no site e clicar na estrelinha do PT, para conseguir explicações mágicas para tantas cagadas cometidas pelos gênios do partido-seita.

Experimente o produto, "inteiramente di grátis", através do link: http://www.geradordedesculpasdopt.com.br/
Herculano
11/04/2015 19:22
PODEM RIR.E NÃO É PIADA

Os blogs sujos e a mídia paga pelo governo com os nossos pesados impostos que estão faltando na Saúde, Educação, Segurança, Infraestrtura, obrigados por convicção e por necessidade a promover o governo do PT, estampam esta manchete:

Datafolha: popularidade de Dilma estabiliza em 13%.

Volto. Isto é popularidade? Sacanagem. Tratam-nos como analfabetos, ignorantes, mansos e idiotas. Popularidade (a mínima) não seria mais de 50% de aprovação?

Então vejamos. O que diz os dicionários ser o significado da palavra popularidade? "Caráter de uma pessoa que tem as simpatias do povo; estima pública".
Herculano
11/04/2015 19:13
PARA MARCO AURÉLIO "NÃO TEM CABIMENTO" CONSULTAR RENAN SOBRE A VAGA NO STF, por Josias de Souza

O ministro Joaquim Barbosa pendurou a toga há oito meses e 11 dias. E Dilma Rousseff ainda não indicou um substituto. É o prazo mais longo de todos os tempos. Nenhum outro presidente havia demorado tanto para exercer o seu poder de escolha. "Essa demora é uma extravagância ímpar", criticou o ministro Marco Aurélio Mello, vice-decano do STF. "Para mim, como cidadão e integrante do Supremo, é algo injustificável. Vejo isso como um menoscabo [desprezo] institucional do Executivo em relação ao Supremo."

Entre as pessoas que Dilma consulta antes de tomar sua decisão está o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Ele responde a inquérito no STF por suspeita de envolvimento no escândalo da Petrobras. "Um presidente da República tem uma enorme liberdade de escolha. Não tem cabimento consultar e ficar querendo atender ao presidente do Senado", disse Marco Aurélio, sem entrar no mérito dos indícios que pesam contra Renan. O ministro considera incabíveis também consultas ao presidente do Supremo.

Entre os nomes cogitados por Dilma, há pelo menos três ministros do Superior Tribunal de Justiça: Benedito Gonçalves, Luis Felipe Salomão e Mauro Campbell. Em conversa com o blog, Marco Aurélio informou que a demora de Dilma fez surgir "uma disputa interna" entre os cotados do STJ. Algo que já virou "uma verdadeira autofagia''. No dizer do ministro, "pipocam notícias ruins contra um, contra outro. São pessoas ligadas querendo minar a caminhada uns dos outros."

Afora os ministros do STJ, o cardápio de opções de Dilma inclui o advogado paranaense Luiz Edson Fachin. De acordo com auxiliares da presidente, seria o nome da sua predileção. "É muito preparado, da área acadêmica", avaliou Marco Aurélio. Mas Renan parece preferir o atual presidente da OAB, Marcus Vinícius Furtado Coelho. Seja quem for, será necessário aprovar o nome no Senado - primeiro na Comissão Constituição e Justiça. Depois, no plenário. Daí a preocupação em sondar os humores do investigado Renan.

O pedaço do PMDB que faz cara feia para Dilma ameaça apresentar uma proposta de emenda à Constituição fixando prazo de 90 dias para que os presidentes da República preencham as vagas abertas no Judiciário, no Ministério Público e nas agências reguladoras. Sob pena de responder por crime de responsabilidade e transferir para o Senado a prerrogativa da escolha.

Marco Aurélio discorda dessa proposta. "Seria a certidão de desprezo do Executivo para com o Judiciário", ele disse. "O que tem que haver é uma compenetração do Executivo para indicar os nomes num período razoável. Devemos manter o sistema como está. Mas que cada qual atue observando o figurino. E o figurino direciona a decisão para uma indicação em período razoável. Considero bastante razoável o prazo de 30 dias."

Para Marco Aurélio, "o que está acontecendo hoje é impensável." Segundo ele, a demora de Dilma "acaba sobrecarregando os ministros." Quando o Supremo está com sua composição completa, os processos que ingressam no tribunal são divididos entre dez ministros (o presidente não entra no rateio). "Com um número menor de integrantes, vai uma quantidade maior de processos par cada qual. Estamos recebendo os processos que o colega não-nomeado poderia estar recebendo", lamentou o ministro.

De resto, o STF foi concebido para funcionar com um número ímpar de magistrados, de modo a evitar o empate. Em julgamento recente sobre a constitucionalidade de uma lei de Minas Gerais registrou-se o empate: quatro votos a favor, quatro contra. Dois ministros estavam ausentes. Marco Aurélio criticou Dilma diante das câmeras da TV Justiça: "Vejam como é nefasto atrasar-se a indicação de quem deve ocupar a cadeira". O decano Celso de Mello ecoou-o: "Essa omissão irrazoável e abusiva da presidente da República já está interferindo no resultado dos julgamentos."

Dilma acenara com a hipótese de fazer a indicação do novo ministro do STF na semana passada. E nada. Dias atrás, o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) deu de ombros para as críticas. "Há uma demora, mas uma demora que eu diria boa, porque é uma demora para uma boa escolha.'' Marco Aurélio pensa de outro modo. "Se para escolher um integrante do Supremo demora tanto, o que o cidadão imagina quanto aos outros atos que compõem a administração pública?".
Juju do Gasparinho
11/04/2015 18:41
Prezado Herculano:

Datafolha:" 63% dos brasileiros querem impeachment JÁ de Dilma."

Não fui entrevistada mas tô dentro.

"Índice de desaprovação de Dilma estacionou em terríveis 60%".

Aqui tem manipulação, a desaprovação é bem maior.

Mariazinha
11/04/2015 18:36
Seu Herculano:

Sem moral, sem caráter, sem ética, sem compostura, péssimo exemplo,
"A deputada federal Maria do Rosário (PT) foi flagrada pela Operação Balada Segura, realizada em Porto Alegre para apanhar motoristas bêbados. Ela estava dirigindo sem o documento do carro na madrugada deste sábado, em Porto Alegre. A blitz da Operação Balada Segura era realizada na Avenida Professor Cristiano Fischer, na zona leste da Capital. O veículo, um Citröen, foi abordado por policiais, que constataram que a motorista estava sem os documentos do veículo.
Ela foi multada e teve o carro apreendido."

Elemento da bandalha.

Bye, bye!
Herculano
11/04/2015 18:19
DATAFOLHA QUE FAZ MANCHETE DA EDIÇÃO DE DOMINGO DO JORNAL FOLHA DE S.PAULO - DOS PINCIPAIS TELEJORNAIS DDESTA NOITE. DILMA CONTINUA NO FUNDO DO POÇO, PÁRA DE CAIR, MAS AUMENTA OS QUE QUEREM QUE ELA SAIA POR IMPEACHMENT

Pesquisa Datafolha finalizada na sexta-feira (10) mostra que a popularidade da presidente Dilma Rousseff [PT] parou de cair.

Em relação ao levantamento anterior, em março, os números a respeito de seu desempenho no comando do país são bastante parecidos.

Para 13%, ela faz um governo bom ou ótimo, a mesma taxa apurada no mês passado. Para outros 60%, a administração é ruim ou péssima, só dois pontos a menos que o observado na pesquisa anterior.

A aparente estabilização da popularidade após um período de forte queda, porém, não pode ser considerada uma boa notícia para Dilma.

Primeiro porque esses patamares estão entre os piores desde o início de seu primeiro mandato, em 2011, e entre os piores mesmo na comparação com todos os presidentes desde Fernando Collor de Mello, o primeiro eleito pelo voto direto após a redemocratização do país.

A atual taxa de aprovação de Dilma só é comparável com os piores momentos dos ex-presidentes Itamar Franco (12% de aprovação em novembro de 1993, época do escândalo do Orçamento, na Câmara) e Fernando Henrique Cardoso (13% em setembro de 1999, quando a população sentia os efeitos da desvalorização do Real).

Na véspera de ser afastado da Presidência por um processo de impeachment, em 1992, Collor tinha 9% de aprovação ?a pior taxa apurada em toda a série de pesquisas nacionais do Datafolha.

O segundo motivo é que a reprovação de Dilma por parte de 50% da população ou mais parece pulverizada. Ocorre em todos os segmentos estudados pelo Datafolha.

É assim entre homens e mulheres, em todas as regiões do país, entre eleitores de todas as faixas etárias, dos mais aos menos escolarizados e ainda com todos os padrões de renda.

Também estáveis - e em patamares igualmente recordes e alarmantes- estão as expectativas em relação à economia. Para 78%, a inflação deverá aumentar no próximo período. Para 70%, o desemprego vai subir. E 58% acham que a situação econômica do país deve piorar.

O Datafolha ouviu 2.834 pessoas; a margem de erro é de dois pontos.
Herculano
11/04/2015 18:12
COMO BEM LEMBROU A LEITORA DA COLUNA, ARRARA PALRADORA, O PETROLÃO JÁ TEM O SEU MARCOS VALÉRIO. SERÁ QUE ELE SERVIR DE CRISTO PARA SALVAR OS POLÍTICOS DO PT E SEUS ALIADOS NAS SACANAGENS COMO ACONTECEU COM O PUBLICITÁRIO OTÁRIO DO MENSALÃO?

VEJA QUE ESTÁ NAS BANCAS ESCLARECE: O PUBLICITÁRIO QUE PODE VIRAR O NOVO HOMEM-BOMBA DA LAVA JATO. RICARDO HOFFMANN, PRESO NESTA SEXTA-FEIRA, TERIA LAVADO DINHEIRO PARA O EX-DEPUTADO ANDRÉ VARGAS EM TROCA DE CONTATOS MILIONÁRIOS COM ÓRGÃOS DO GOVERNO

Parte 1

O texto é de Ana Clara Costa, Daniel Haidar e Mariana Zylberkan. A nova fase da Operação Lava Jato, deflagrada nesta sexta-feira pela Polícia Federal (PF), revela um duto de desvio de dinheiro público para partidos políticos até então desconhecido. Se antes as investigações apuravam irregularidades nos negócios da Petrobras com empreiteiras, agora o alvo são contratos com agências de publicidade suspeitas de lavar dinheiro. Um dos presos na nova fase é Ricardo Hoffmann, ex-vice-presidente da agência Borghi Lowe e investigado por ajudar a operar o esquema de corrupção do ex-deputado petista André Vargas dentro da filial da agência em Brasília. Vargas também foi preso nesta sexta, junto com seu irmão Leon e o ex-deputado Luís Argôlo.

Hoffmann é personagem mítico em Brasília. Gaúcho natural de Cachoeira do Sul, mudou-se para Curitiba no fim dos anos 1970, onde trabalhou como jornalista freelancer antes de dar uma guinada na carreira para o ramo publicitário. Começou como redator de agências de publicidade do Paraná e, devido à facilidade em transitar entre os clientes, passou para a área de atendimento - onde aprendeu os meandros das licitações públicas de empresas estaduais.

O talento peculiar em se relacionar com governos lhe rendeu o cargo de diretor da agência catarinense Máster em sua filial de Brasília, para onde se mudou em 1994. Não demorou muito para que, instalado na capital federal, o publicitário se tornasse referência para quem que quisesse angariar contratos com órgãos públicos. "Ele era especialista em combinar contatos políticos com bons resultados em licitações. Agia, sobretudo, nos bastidores", afirma o sócio de uma agência em Brasília que preferiu não ter sua identidade revelada.

Nos anos que separaram sua chegada à capital de sua entrada na Borghi Lowe (à época, o nome era Borghierh Lowe), Hoffmann foi executivo de diversas agências, como a DM9, a Newcomm e a Fischer. Também partiu para o marketing político ao assessorar o ex-governador paranaense Roberto Requião (PMDB) em duas eleições. Em 2007, um ano depois de a multinacional Lowe comprar a pequena agência Borghierh, o publicitário foi indicado pela diretoria da Lowe para assumir a chefia do escritório de Brasília. Entre 2008 e 2009, a agência passou do 14º para o 4º lugar em faturamento e o número de clientes saltou de 12 para 25. Um deles, em especial, trazia consigo um contrato de 260 milhões de reais: a Caixa.
Herculano
11/04/2015 18:12
COMO BEM LEMBROU A LEITORA DA COLUNA, ARRARA PALRADORA, O PETROLÃO JÁ TEM O SEU MARCOS VALÉRIO. SERÁ QUE ELE SERVIR DE CRISTO PARA SALVAR OS POLÍTICOS DO PT E SEUS ALIADOS NAS SACANAGENS COMO ACONTECEU COM O PUBLICITÁRIO OTÁRIO DO MENSALÃO?

VEJA QUE ESTÁ NAS BANCAS ESCLARECE: O PUBLICITÁRIO QUE PODE VIRAR O NOVO HOMEM-BOMBA DA LAVA JATO. RICARDO HOFFMANN, PRESO NESTA SEXTA-FEIRA, TERIA LAVADO DINHEIRO PARA O EX-DEPUTADO ANDRÉ VARGAS EM TROCA DE CONTATOS MILIONÁRIOS COM ÓRGÃOS DO GOVERNO

Parte 2

Na briga ferrenha das agências responsáveis pelo atendimento do banco público, sempre causou estranheza que Hoffmann conseguisse sempre as melhores campanhas - entenda-se, as mais polpudas - como as da Loteria, consideradas o 'filet mignon' da Caixa porque são constantes e veiculadas nacionalmente. Executivos de agências concorrentes, que ainda guardam certo ranço do talento de Hoffmann em conseguir contratos, contam que a avaliação para escolher a agência nem sempre era o menor preço. Dizem que havia "critérios subjetivos" da comissão de seleção do banco.

A competência técnica de Hoffman, tudo indica, estava longe de ser seu principal atrativo. O Ministério Público Federal (MPF) apurou que, em troca de um bom cliente, a agência se dispunha a ajudar seus benfeitores valendo-se de artifícios ilegais, como a lavagem de dinheiro. Segundo a decisão do juiz Sergio Moro, a Borghi Lowe solicitava a empresas subcontratadas que realizassem pagamentos vultosos sem contrapartida de serviços. Tais repasses eram feitos às firmas LSI e Limiar, controladas pelos irmãos Vargas. "Os fatos caracterizam, em princípio, crimes de corrupção, com comissões devidas à Borghi Lowe sendo direcionadas como propinas e sem causa lícita a André Vargas e aos irmãos deste por intermédio do estratagema fraudulento", afirmou o juiz.

Hoffmann é apontado como 'apadrinhado' de Vargas. Coincidentemente, o Superintendente de Marketing da Caixa, o petista Clauir Luiz Santos, também nutre laços com o ex-deputado preso. Um executivo do mercado publicitário disse, com certo ar de estupefação, que Hoffmann conseguia fazer Vargas, quando era vice-presidente da Câmara dos Deputados, defender pessoalmente seus interesses e interferir em licitações.

?Depois de abocanhar a conta da Caixa, a agência levou o Ministério da Saúde - outro feudo de Vargas -, a Apex-Brasil e, mais recentemente, a BR Distribuidora e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES). Os contratos publicitários da Borghi Lowe com a Caixa ganharam musculatura: dos 260 milhões de reais em 2008 passaram a 1 bilhão de reais em 2013. Hoffmann deixou a agência no final do ano passado, quando as investigações da Lava Jato estavam adiantadas e empreiteiros eram conduzidos à carceragem da PF, em Curitiba.

Michael Wall, CEO da Lowe and Partners, holding que controla a agência brasileira, disse ao site de VEJA que o grupo foi notificado nesta sexta sobre a investigação. "Nós estamos trabalhando em conjunto com a Borghi Lowe enquanto cooperamos com as investigações, e continuaremos a cooperar juntos", afirmou.
Herculano
11/04/2015 18:11
COMO BEM LEMBROU A LEITORA DA COLUNA, ARRARA PALRADORA, O PETROLÃO JÁ TEM O SEU MARCOS VALÉRIO. SERÁ QUE ELE SERVIR DE CRISTO PARA SALVAR OS POLÍTICOS DO PT E SEUS ALIADOS NAS SACANAGENS COMO ACONTECEU COM O PUBLICITÁRIO OTÁRIO DO MENSALÃO?

VEJA QUE ESTÁ NAS BANCAS ESCLARECE: O PUBLICITÁRIO QUE PODE VIRAR O NOVO HOMEM-BOMBA DA LAVA JATO. RICARDO HOFFMANN, PRESO NESTA SEXTA-FEIRA, TERIA LAVADO DINHEIRO PARA O EX-DEPUTADO ANDRÉ VARGAS EM TROCA DE CONTATOS MILIONÁRIOS COM ÓRGÃOS DO GOVERNO

Parte 3

Coração petista - Apesar de viver em Brasília, Hoffmann mantinha laços saudosos com sua cidade-natal. Entre 2009 e 2011, escreveu uma coluna no Jornal do Povo, principal veículo de comunicação de Cachoeira do Sul. Nas páginas do diário, publicava crônicas curiosas de seu cotidiano, como a que descreve seu primeiro encontro com Dilma Rousseff, então ministra-chefe da Casa Civil e pré-candidata à Presidência. "Estar com a ministra Dilma Rousseff, ver de perto um verdadeiro exemplo de luta contra o câncer, comprovar que ainda existe gente bem-intencionada nesse país, constatar que o Brasil avança, se moderniza, se torna menos desigual e que poderá, sim, pela primeira vez, ter uma mulher na presidência da República foi o melhor presente que eu poderia ganhar no meu aniversário", escreveu.

Hoffmann é figura conhecida na cidade, que amanheceu espantada com a notícia de sua prisão. A revelação de seu envolvimento com o maior escândalo de corrupção no país contrastou ferozmente com sua imagem de filantropo. Desde a morte de sua mãe, a parteira Dora Hoffmann, o publicitário se tornou doador de diversas obras sociais do município. Em 2008, ele chegou a devolver o carro que ganhou em uma rifa organizada pelo asilo com o qual contribuía mensalmente. Disse que não precisava do veículo.

Se ele falar - O publicitário deve ficar preso por cinco dias na carceragem da PF. Pessoas de seu convívio profissional o caracterizam como 'briguento' e 'truculento'. Em seus 20 anos em Brasília, passaram por suas mãos ao menos uma dezena de clientes do governo - entre eles, o Banco do Brasil. Isso faz do executivo uma espécie de Ricardo Pessoa do mercado publicitário. Pessoa, dono da construtora UTC, é considerado a chave dos segredos mais sórdidos envolvendo o petrolão e os desvios de dinheiro da Petrobras para partidos políticos. Está preso na Penitenciária Estadual do Paraná e ainda não assinou acordo de delação premiada. Se o fizer, Brasília pode se tornar um barril de pólvora.

Avesso aos holofotes, Hoffmann sempre preferiu a sombra. Diferentemente dos diretores de criação de agências, cujo ego muitas vezes transborda os limites da autopromoção, ele só ia a eventos se a necessidade fosse urgente. Na articulação política, porém, agia com extrema desenvoltura. "Ele não é o típico cara que vai para o Festival de Cannes.

Ao que parece, ele é agora o que vai em cana', ironizou o sócio de uma grande agência que o conhecia no âmbito profissional. Segundo esse publicitário, o setor temia que, cedo ou tarde, as gestões de Hoffmann na Caixa dessem errado. A preocupação da classe, diz ele, é que o estigma de corrupção seja atrelado a todas as agências que prestam serviços para o governo.
Herculano
11/04/2015 17:54
É UM ROLO ATRÁS DO OUTRO. É UMA VERDADEIRA FRANQUIA NACIONAL DE SACANAGENS. E OS ENVOLVIDOS AINDA ACHAM QUE A CULPADA É IMPRENSA LIVRE E PROI, QUE APENAS RELATA OU INVESTIGA OS FATOS. O JUIZ MORO DIZ QUE MINISTÉRIO DA SAÚDE OMITIU ENCONTRO DE VARGAS, DOLEIRO E O EX-MINISTRO ALEXANDRE PADILHA, O POSTE QUE LULA QUERIA FAZER GOVERNADOR DE SÃO PAULO E FOI REJEITADO POR UMA MAIORIA ESMAGORA ESCLARECEDORA DEPOIS DE VER O QUE ACONTECEU COM DILMA VANA ROUSSEFF E FERNANDO HADDAD

O conteúdo é do jornal O Estado de S. Paulo. O texto é de Ricardo Brandt, enviado especial a Curitiba, com Julia Affonso e Fausto Macedo.
O Ministério da Saúde omitiu da Justiça Federal a informação de que o ex-ministro Alexandre Padilha - candidato derrotado do PT ao governo do Estado, em São Paulo, em 2014 - se reuniu com o ex-deputado federal André Vargas (sem partido-PR) para tratar da contratação da empresa Labogen S/A Química Fina e Biotecnologia, que havia sido comprada pelo doleiro Alberto Youssef, dentro de uma parceria para desenvolvimento de um medicamento.

A omissão do dado em nota técnica enviada no dia 26 de março de 2014 pelo Ministério da Saúde à Justiça Federal, após a deflagração da Operação Lava Jato, foi considerada suspeita pelo juiz federal Sérgio Moro, em sua decisão desta sexta-feira, 10, em que mandou prender o ex-deputado.

"Agentes do Ministério da Saúde faltaram, aparentemente, com a verdade para com este Juízo, ao não revelarem todos os fatos envolvidos na aprovação da parceria", registrou o juiz federal Moro, que conduz os processos da Lava Jato e que nesta sexta feira, 10, deflagrou a Operação 'A Origem' para prender André Vargas e outros dois ex-deputados, Luiz Argôlo (SD/BA) e Pedro Corrêa (PP/PE), ambos das relações com o doleiro.

"Apesar da extensão da nota e do relato dos encontros entre os representantes da Labogen e os agentes do Ministério da Saúde, foi omitida qualquer informação acerca dos aludidos encontros de André Vargas com Alexandre Padilha ou com Carlos Gadelha (então secretário executivo da Pasta) a respeito dos fatos.

"A parceria aprovada envolveria a fabricação no Brasil e o fornecimento ao Ministério da Saúde do medicamento "citrato de sildenafila", o que seria feito pela Labogen em associação com a empresa EMS S/A e o Laboratório Farmacêutico da Marinha (LFM). Desde abril de 2014, a Lava Jato havia divulgado relatórios em que apontavam o encontro entre Padilha e Vargas. Os dois negaram relações no negócio.

Moro afirmou em seu despacho, que "foram colhidas provas que indicam, em cognição sumária, que André Vargas, então deputado federal, teve papel fundamental para que a Labogen lograsse obter a aprovação do Ministério da Saúde para a parceria em questão".

O encontro com Padilha foi revelado em delação premiada feita pelo doleiro perante a força tarefa da Lava Jato. A Labogen era empresa do laranja de Youssef, Leonardo Meirelles, que a utilizava para a celebração de contratos de câmbio para importações fictícias, a fim de remeter fraudulentamente dinheiro ao exterior. Segundo o magistrado, as investigações da Lava Jato mostraram que a "interferência de André Vargas teria ocorrido a pedido de Alberto Youssef que pretendia, com sócios, comprar 80% das cotas sociais da Labogen".

Em depoimento em março, dentro do acordo de delação premiada, Alberto Youssef confirmou a atuação de Vargas em prol da Labogen e revelou "a presença de André Vargas e dele mesmo em reunião com dirigentes do Ministério da Saúde, especificamente o então ministro Alexandre Padilha, para tratar da questão".

"Vargas efetivamente ajudou" nas negociações, afirmou Youssef. "Sendo que em uma data que não se recorda, no ano de 2013, houve uma reunião no apartamento funcional do deputado André Vargas, em Brasília, onde compareceram o depoente, Pedro Argese, André Vargas e o ministro Alexandre Padilha", registrou a PF no termo de delação.

Nessa ocasião, Vargas teria apresentado a Labogen ao então ministro. Padilha teria dito que encaminharia os representantes da Labogen a um dos coordenadores do Ministério da Saúde, Eduardo Jorge, a quem cabia tratar do assunto e habilitar a Labogen, caso ela apresentasse os requisitos necessários.

O doleiro afirmou aos investigadores que "certamente, sem alguém com a influência no governo federal como tinha André Vargas, a Labogen não teria condições de fazer contratos ou sequer ser atendida no Ministério da Saúde".

"Há razoável prova de que André Vargas realizou diversas e intensas intervenções junto ao Ministério da Saúde para a aprovação da parceria", sustenta Moro na decisão de prisão de Vargas. Segundo ele, "há indícios de que a intervenção de André Vargas foi essencial para a aprovação da parceria, já que a Labogen não tinha estrutura adequada para obtê-la junto ao Ministério da Saúde".

Em abril de 2014, quando o nome de Padilha foi citado no caso, sua assessoria de imprensa divulgou nota repudiando qualquer relação com o doleiro Alberto Youssef. "O ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha repudia o envolvimento do seu nome e esclarece que não indicou nenhuma pessoa para a Labogen. Se, como diz a Polícia Federal, os envolvidos tinham preocupação com as autoridades fiscalizadoras, eles só poderiam se referir aos filtros e mecanismos de controle criados por Padilha dentro do Ministério da Saúde justamente para evitar ações deste tipo. A prova maior disso é que nunca existiu contrato com a Labogen e nunca houve desembolso por parte do Ministério da Saúde.

"Na ocasião, o Ministério da Saúde esclareceu que não foi fechado nenhum contrato com a Labogen.Em nota, nesta sexta-feira, a pasta afirmou novamente que 'não firmou contrato com a empresa Labogen'.

"Em todas as Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo, a relação do Ministério é com os laboratórios oficiais, que podem buscar parceiros privados. Em 2013, ao tomar conhecimento do relatório da Polícia Federal sobre a Operação Lava-Jato, o Ministério imediatamente suspendeu o termo de compromisso selado com o Laboratório da Marinha, antes mesmo da assinatura de contrato ou de qualquer repasse de recursos públicos. Isso significa que a proposta envolvendo a Labogen sequer passou da fase do cumprimento dos requisitos para assinatura de contrato."
Padre Apócrifo
11/04/2015 13:52
Pátria Amada, se depender de mim LULLA não volta, já enviei a corrente a todos os meus contados.
Arara Palradora
11/04/2015 13:48
Querido, Blogueiro:

Segundo Claudio Humberto, Ricardo Hoffmann é o homem da mala preta. Quer dizer que elle é o Marcos Valério do Petrolão?
É possível que haja parentesco com aquella senadora nariguda que agora arrebitou o nariz?

Não acredito que os robôs a mando dos canalhas estejam monitorando
as manifestações de amanhã. As únicas coisas que PeTralha sabe monitorar é o caixa do partido, suas contas particulares no exterior e os esquemas do roubo do erário.
O resto é mentira...

Voeeeiii...!!!
João João Filho de João
11/04/2015 13:36
Sr. Herculano:

Postado às 03:57hs - Igor Gielow.
"Só o fato de Dilma ter passado a faixa presidencial a Michel Temer para lidar com o PMDB, (se fracassar e vai), afundará o governo com ou sem ruas".

Me belisca pra dizer que o governo podre, fedido, nojento A C A B O U!


Pátria Amada, já enviei a todos os meus contatos.
Anônimo disse:
11/04/2015 13:08
Herculano, Delação Premiada!
Pedro Corrêa "vai passar a República a limpo", diz advogado.

http://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/pedro-correa-vai-passar-a-republica-a-limpo-diz-advogado/

Maravilha! Esperneia PeTralhada, isso vocês podem...

Amanhã estarei em Blumenau mostrando a minha indignação.
Herculano
11/04/2015 12:48
NADA COMO UM DIA APÓS O OUTRO. OU, O TEMPO É O SENHOR DA RAZÃO. O QUE SE DIZ DIFERENTE, INOVADOR, EXEMPLO E PROGRESSISTA, REPETE O QUE SEMPRE CONDENOU, E MAIS DO QUE ISSO: USA-o COMO EXEMPLO PARA SE SAFAR PERANTE IGNORANTES, DESINFORMADOS E FANÁTICOS, DA INCOERÊNCIA INSOFISMÁVEL.

DURMA. PT E O GOVERNO MANDAM ESPALHAR NA MÍDIA QUE COMANDAM E COMPRAM COM OS NOSSOS PESADOS IMPOSTOS E QUE FALTAM À SAÚDE, EDUCAÇÃO, SEGURANA E INFRAESTRUTURA. QUE O VICE DE FHC - O GRANDE ERRO DA NAÇÃO -, FOI O SEU ARTICULADOR POLÍTICO. NÃO É PIADA.

O conteúdo é do 247. Responda rápido: quem foi o articulador político do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso? Ele mesmo, Marco Maciel, que foi seu vice nos dois mandatos, de 1995 a 2002.

FHC escolheu Maciel para a função logo depois de assumir o mandato, conforme reportagem de Flávia de Leon, da Folha, em 7 de janeiro de 1995:

Maciel vira coordenador político de FHC

FLÁVIA DE LEON

Na falta de um ministro para exercer as funções de articulador político do governo, o vice-presidente Marco Maciel (PFL), 54, está ocupando o espaço.

Ele já fez várias reuniões com deputados e presidentes de partidos e organiza outras tantas para o final do mês.

Conhecido por sua paciência quase inesgotável, Maciel é um dos poucos membros do governo que não se preocupa, por exemplo, com a morosidade do Congresso em aprovar os projetos do governo e o nome do presidente do Banco Central, Pérsio Arida.

O vice-presidente cravou até uma frase para justificar a morosidade do Congresso. Para ele, a atividade parlamentar na primeira semana do ano "é contra o metabolismo da instituição".

Maciel diz que diz que o articulador político é FHC. Mas os assessores do presidente dizem que o próprio presidente delegou ao menos parte da função de articulação ao vice.

Ontem, ao comentar a escolha de Michel Temer pela presidente Dilma Rousseff para as mesmas funções, FHC, mais uma vez, foi irônico. "Nós estamos, por circunstâncias, em um momento em que a capacidade de liderança de quem está na Presidência da República está muito abalada. Tanto que entregou a chave do cofre para alguém que pensa o oposto. E entregou para ele fechar o cofre, mesmo que não possa mais mexer nele. E, agora, entregou o comando politico para outro que também pensa diferente, para outro partido. É uma situação delicada a que estamos vivendo", disse ele.
A Pedra de Genesis
11/04/2015 07:28
QUANDO NAO EXISTE APARELHAMENTO
Interessante quando uma entidade não esta aparelhada o tratamento é diferente aqui em Gaspar. já aconteceu com o CDL, qu culminou com a saída de seu Presidente Valmir Castanha, agora vejam só aconteceu com o Conselho do Idoso do município na inauguração do entro de convivência do Idoso, sim aquele mesmo que ainda continua irregular. Pois bem em sua inauguração, não convidaram o senhor Carlos Eduardo Junkes, sim aquele que é vice presidente do SINTRASPUG> Mas por que ele teria que ser convidado? Bom pelo simples motivo que o mesmo representa a entidade máxima na defesa dos direitos do Idoso no município que é o Conselho do Idoso, pois ele preside o mesmo, mas por que o mesmo não foi convidado? Por que Junkes, não se dobra ao cabresto da administração municipal, e fica constantemente colocando o dedo na ferida, tanto pelo sindicato, ou como vice presidente do Conselho Municipal de Saúde e também como presidente do Conselho do Idoso.
Herculano
11/04/2015 04:31
FHC DIZ QUE NOVO PAPEL DE TEMER APONTA CRISE DE LIDERANÇA DE DILMA. PARA TUCANO, PRESIDENTE CEDEU O COMANDO NA ECONOMIA E NA POLÍTICA

O texto é de Gustavo Uribe, em colaboração com Mariana Haubert e Valdo Cruz, estes da sucursal de Brasília, do jornal Folha de S.Paulo. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) avaliou nesta sexta-feira (10) que a decisão da presidente Dilma Rousseff (PT) de transferir a articulação politica do governo federal para o vice-presidente Michel Temer (PMDB) demonstra que a capacidade dela de liderança está "muito abalada".

Em palestra a empresários e estudantes da área de tecnologia, na capital paulista, o tucano ressaltou que o peemedebista pensa diferente da petista, assim como o ministro Joaquim Levy (Fazenda) que, disse ele, recebeu a "chave do cofre" para fechá-lo, numa referência ao ajuste fiscal.

"Nós estamos, por circunstâncias, em um momento em que a capacidade de liderança de quem está na Presidência da República está muito abalada. Tanto que entregou a chave do cofre para alguém que pensa o oposto. E entregou para ele fechar o cofre, mesmo que não possa mais mexer nele. E, agora, entregou o comando politico para outro que também pensa diferente, para outro partido. É uma situação delicada a que estamos vivendo", afirmou.

Para solucionar a crise, o tucano defendeu a continuidade dos protestos de rua e o funcionamento do Judiciário:

"Não fazer conchavos e não fazer conciliação. Mas, em algum momento, sempre tem que haver algum acordo. A sociedade não funciona em pé de guerra o tempo todo. Tem de fazer acordo, mas não pode ser embaixo do pano".

Ele disse que Dilma colocou "a Petrobras na posição que está. Segurando a inflação, arrebentou com o etanol, as usinas faliram. Na parte elétrica, deu nó nas finanças, que estão quebradas".

Mas, embora já tenha transferido a articulação política para Temer, o governo não pretende extinguir a Secretaria de Relações Institucionais por ora. Isso só poderia ser feito por meio de lei. Não há movimentação neste sentido.
Herculano
11/04/2015 04:23
"ILUDIU A POPULAÇÃO". PSDB PEDE À JUSTIÇA QUE SUSPENDA AS PROPAGANDAS DO PT NA TV E NO RÁDIO

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. O PSDB pediu nesta sexta (10) ao Tribunal Superior Eleitoral a suspensão de propaganda do PT veiculada no rádio e na TV desde terça (7).

O partido afirma que as peças incitam o "ódio, preconceito e divisão de classes sociais" e acusa a legenda da presidente Dilma Rousseff de mentir para "iludir a população".

O PSDB pede ainda que a Justiça Eleitoral retire da página do PT na internet o conteúdo das peças publicitárias e suspenda o direito à propaganda político-partidária por um período equivalente a cinco vezes o tempo da atual.

A sigla argumenta que o pedido não constitui "censura" porque o conteúdo das propagandas "viola as normas partidárias e eleitorais".

O PSDB acusa o PT de descumprir artigos da lei eleitoral, como o que proíbe programas que utilizem imagens ou cenas que "distorçam ou falseiem os fatos ou a sua comunicação" ou que criem na opinião pública "estados mentais, emocionais ou passionais".

Na avaliação dos tucanos, a afirmação, no programa, de que o PT colocou "mais gente importante na cadeia por corrupção do que nos outros governos" não procede. A sigla critica ainda a omissão sobre a prisão de membros da sigla por corrupção, como o ex-ministro José Dirceu, e as denúncias de desvios na Petrobras.
Herculano
11/04/2015 04:15
FALTOU À PRISÃO DE ANDRÉ VARGAS O BRAÇO ERGUIDO, por
Josias de Souza

O ex-deputado federal petista André Vargas foi preso em Curitiba. A imagem de sua chegada à carceragem da Polícia Federal, prostrado no banco traseiro do carro, contrasta com uma outra cena, captada no plenário do Congresso em fevereiro de 2014. Numa sessão de início de legislatura, Vargas ergueu o braço, com o punho cerrado, numa provocação ao então presidente do STF, Joaquim Barbosa, acomodado do seu lado. A comparação das duas cenas diz muito sobre o Brasil - ex-país do futuro, atual país do faturo.

"A gente tem se cumprimentado assim", dissera aquele André Vargas de um ano atrás. "Foi o símbolo de reação dos nossos companheiros que foram injustamente condenados. O ministro [Barbosa] está na nossa Casa. Ele é um visitante, tem nosso respeito. Mas estamos bastante à vontade para cumprimentar do jeito que a gente achar que deve.''

Nessa época, André Vargas era do PT, ocupava a vice-presidência da Câmara, destacava-se como fervoroso defensor da bancada dos mensaleiros da Papuda e discursava a favor controle da imprensa. Hoje, sem partido, ele é deputado cassado, acaba de virar detento, terá de defender a si próprio e está de ponta-cabeça nas manchetes da imprensa que desejava manietar. O que deu errado? Simples: o PT não aprendeu a lição. E estimulou a desfaçatez de gente como o companheiro Vargas.

Para Lula o mensalão não passou de "uma farsa". Para Rui Falcão, presidente do PT, o STF rendeu-se a pressão da mídia golpista. Condenados, Dirceu, Genoino, João Paulo e Delúbio viraram "guerreiros do povo brasileiro." Submetido a essa atmosfera de glorificação do crime, o companheiro André Vargas sentiu-se à vontade para estreitar relaçõe$ com pessoas como o doleiro Alberto Youssef.

Numa troca de mensagens capturada pela Polícia Federal, Youssef soou asfixiado: "Tô no limite. Preciso captar." O amigo André Vargas respondeu, solícito: "Vou atuar." Atuou tanto que se tornou merecedor de mimos como o jatinho que Youssef alugou para que o amigo voasse com a família para um passeio em João Pessoa. E prosperou.

O petrolão mostra que muitos outros atuaram. E André Vargas não quis ficar para trás. Diversificou as atividades de sua mão. Fechada, a mão arrematava o punho cerrado que ofendia Joaquim Barbosa e a lógica. Aberta, enfiava-se no bolso dos brasileiros. A julgar pela forma como a corrupção se generalizou, ainda tem muito revolucionário atuando. Assim, quando alguém do teu lado cerrar o punho em defesa do interesse nacional e dos injustiçados, cuidado com a carteira.
Herculano
11/04/2015 04:09
ANDRÉ VARGAS COMANDAVA PROPAGANDA DA CAIXA, por Cláudio Humberto na coluna que publicou neste sábado nos jornais brasileiros

O ex-deputado André Vargas (ex-PT-PR) sempre se comportou como quem manda nos negócios de publicidade da Caixa Econômica Federal. Reunia-se com dirigentes de agências de propaganda até em seu gabinete, na Câmara, e negociava acordos que, segundo denúncia sob investigação, determinavam as quatro empresas que dividiriam a verba de publicidade da Caixa, superior a R$ 500 milhões anuais.

As agências
Dividem a milionária verba de propaganda da Caixa as agências Nova SB, Artplan, Borghi/Lowe, e a paranaense Heads.

Paranaenses
O mandachuva da área de Marketing da Caixa Econômica Federal, Clauir Santos, é paranaense como o ex-deputado André Vargas.

Mala preta
Ricardo Hoffmann, ex-vice-presidente da Borghi/Lowe, foi preso sob a suspeita de pagar propina a Vargas em troca do contrato na Caixa.

Batom na cueca
Foi fácil comprovar repasses a Vargas: ele emitia contra a Borhi/Lowe notas das empresas que tem com o irmão, Leon, também preso.

STÉDILE DEIXA "EXÉRCITO DO MST" DE PRONTIDÃO
O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) vem cumprindo à risca o pedido do ex-presidente Lula para colocar o "exército de (João Pedro) Stédile" na rua. Áreas nos arredores de Brasília, São Paulo e Belo Horizonte foram invadidas por centenas de sem-terra nos últimos dias. Eles aguardam desdobramentos dos protestos contra o governo Dilma, neste domingo. Se "necessário", o MST está pronto para "agir".

Invasões no DF
No Distrito Federal, os sem-terra já ocuparam áreas em Planaltina, Brazlândia e Luziânia. E também na região do Colorado.

Recrutamento
Grupo do MST se apropriou de áreas na periferia do DF, enquanto o líder sem-terra regional José Rainha viaja arregimentando milicianos.

Suspenda a festa
Ações da Petrobras que valiam R$ 28,05 no centésimo dia do primeiro governo Dilma, atualmente, no "Dilma 2", chegam apenas a R$ 11,87.

Anões diplomáticos
O Ministério das Relações Exteriores escreveu uma das mais tristes páginas de sua história, punindo com suspensão o diplomata Eduardo Saboia, quando na verdade deveria ter a dignidade de condecorá-lo pela coragem de salvar a vida de asilado político sob tutela brasileira.

Término de um martírio
Eduardo Saboia salvou o senador Roger Pinto Molina, ajudando-o a fugir para o Brasil. Perseguido covardemente pelo cocaleiro Evo Morales, ele estava asilado na embaixada em La Paz havia 455 dias.

Cem dias de inferno
Ao final dos cem primeiros dias do seu segundo governo, Dilma vê o derretimento da popularidade, hoje reduzida a 12%, bem longe dos 56% que acumulava aos cem dias do primeiro governo.

A crise viajou
A presença de Dilma para a Cúpula das Américas, no Panamá, fez lembrar a grave crise no governo de José Sarney. Quando certa vez ele foi ao exterior, o então senador FHC foi cruel: "A crise viajou...".

Tribunal político
Dilma definirá o novo desembargador do Tribunal Regional Federal da 1ª região a partir de uma lista tríplice na qual dois candidatos têm ligações políticas. Hércules Fajoses (DF) foi assessor jurídico do PMDB e Gerson Ney (AC) é apadrinhado do governador Jorge Viana.

Bilhetinho
A ida de Michel Temer para a articulação política surpreendeu. Reunidos, Leonardo Picciani (RJ) passou um bilhete para Eunício Oliveira (CE) questionando se ele sabia. O cearense foi seco: "Não".

Vai que cola
Em reunião do PMDB, deputado Osmar Terra (PMDB-RS) sugeriu que Michel Temer proponha a Dilma um amplo acordo, em que todos os partidos, inclusive da oposição, fariam parte do governo. Todos riram.

Bem na foto
Durante votação na Câmara, o deputado Tiririca (PR-SP) pediu para um assessor ajustar sua gravata, que tirou em seguida uma foto para postar nas redes sociais. É muita falta de serviço.

Conveniência
Deputados brincam chamando o vice Michel Temer de "posto Ipiranga": "Se quer saber onde tem cargo disponível, pergunte ao Temer".
Herculano
11/04/2015 03:57
DIVISOR DE ÁGUAS? por Igor Gielow para o jornal Folha de S.Paulo

Os protestos marcados contra Dilma Rousseff para este domingo (12) podem ser um marco na crise política de 2015.

No governo, é dado como certo que o impacto será menor do que o dos grandes atos do dia 15 de março. A crise então parecia mais aguda, e houve o ensaio geral do panelaço contra o pronunciamento da presidente uma semana antes.

Há muito de "spinning" palaciano neste cálculo, mas ele é compartilhado pelos organizadores dos atos e pela oposição. Os primeiros já falam que o importante é a capilaridade, não a quantidade. Os últimos, bom, eles não sabem direito o que fazer.

Caso seja um fracasso relativo, o dia 12 aliviará um Planalto que enfim fez algo nesta semana sobre seu nó central do começo deste ano, a negociação política em um ambiente econômico nefasto e volátil.

Não que Dilma tenha muito a comemorar, já que na prática passou a faixa presidencial para Michel Temer lidar com o PMDB. Uma medida extrema que, se fracassar, afundará o governo - com ou sem ruas.

Se os atos forem mais estrondosos do que todos esperam, contudo, aí vai ser um Deus nos acuda.

***
Ver o ex-petista (se é que isso existe) André Vargas ser preso pouco mais de um ano após escarnecer do presidente do Supremo Tribunal Federal no plenário da Câmara é daquelas lições que todo político deveria registrar. Até mesmo Ernst Thälmann, o insano líder comunista alemão que popularizou o punho cerrado como gesto político nos anos 1920, deve estar se revirando na cova.

****
Faltava uma praga para selar o destino de 2015 como "annus horribilis" brasileiro. Não mais. Os números da epidemia de dengue são assustadores. E reveladores da incapacidade do nosso poder público para lidar com problemas básicos.
Herculano
11/04/2015 03:52
BADERNA E CONFISSÃO, editorial do jornal Folha de S.Paulo

Em sessão tumultuada, respostas vagas de tesoureiro do PT na CPI da Petrobras praticamente equivalem a uma admissão de culpa

Tornou-se lugar comum descrever como circenses as sessões de inquérito parlamentar - mas a realizada na quinta-feira (9), quando o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, compareceu à CPI da Petrobras, sugere outro tipo de comparação.

Foi em tudo semelhante aos tumultos de um pátio de escola o que se verificou no Congresso. A partir do momento em que um funcionário da Câmara dos Deputados espalhou roedores pela sala, era inevitável associar a cena a alguma típica traquinagem escolar.

Decerto nenhum dos parlamentares teve responsabilidade no bizarro incidente. Mas também foi digno de colégio mal afamado o "bullying" que, por momentos, substituiu a formulação de perguntas concretas ao convocado da CPI.

Quem irá cuidar de sua família, perguntou o Delegado Waldir (PSDB-GO) ao tesoureiro petista, quando o senhor estiver no presídio? Como Vaccari se sente, indagou o parlamentar tucano, no papel de maior criminoso do país?

Não era necessário esse tipo de insulto para desmoralizar, com fatos e raciocínios, as versões apresentadas por Vaccari na comissão.

Mesmo antes da sessão, seu depoimento já abria o flanco a suspeitas. O advogado do petista obtivera, no Supremo Tribunal Federal, uma curiosa autorização: seu cliente não seria obrigado a dizer a verdade para os inquiridores.

Desobrigado de dizer qualquer coisa, fosse verdadeira ou mentirosa, Vaccari especializou-se em dar respostas ocas e sem sentido ao que lhe foi questionado.

Insistiu na tecla de que o PT não fez mais do que qualquer outro grande partido no trato de suas finanças de campanha: recebeu apenas contribuições legais das principais empreiteiras do país.

É ocultar o fato de que as investigações incidem sobre a Petrobras - controlada pelo PT - e sobre as vantagens que empresas de construção ganharam de diretores da estatal.

Se empreiteiras eram meras doadoras, por que o tesoureiro do PT manteria contatos com Renato Duque, Pedro Barusco ou mesmo - num episódio quase surreal de encontro marcado sem motivo e desmarcado sem explicação - com o doleiro Alberto Youssef?

Numa indagação precisa, a deputada Eliziane Gama (PPS-MA) apontou a mais que flagrante coincidência de datas: aos pagamentos da Petrobras a consórcios de empreiteiras se seguiam, após pouquíssimos dias, doações dessas mesmas empreiteiras ao PT.

Sem acrescentar nada além da ladainha de que o PT recebia doações dentro da lei, Vaccari disse pouco na CPI; por chocantes que sejam, os insultos injustificados que ouviu não afastam a conclusão de que sua reticência equivale a uma confissão de culpa.
Herculano
11/04/2015 03:37
SEM CAVALOS, OS DE QUATRO PATAS


A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) detectou um caso de Mormo (doença que ataca o sistema respiratório) em um cavalo de uma pequena propriedade em São Cristóvão do Sul, na região central do Estado.

Diante da confirmação da zoonose (pode atacar também os humanos), a Cidasc proibiu preventivamente toda a programação que reúna qualquer aglomeração de pessoas com a participação de equinos em SC (rodeios, exposições ou cavalgadas) até o final de semana.

Pelo menos 20 eventos foram cancelados pelo Estado por conta da determinação da Cidasc, estima Enori Barbieri, presidente da companhia. Há 11 anos Santa Catarina não registrava nenhum caso de Mormo.
Herculano
10/04/2015 22:07
AÉCIO EXORTA A POPULAÇÃO A COMPARECER A PROTESTOS NESTE DOMINGO, por Reinaldo Azevedo, de Veja.

"Nesse domingo, novamente os brasileiros vão à rua e vão dizer que não aguentam mais tanta mentira, a inflação saindo de controle, o desemprego aumentando e um governo que não governa mais. Se você está com esse nó na garganta, vá para a rua, se manifeste. Vamos mostrar que o Brasil merece muito mais do que esse governo medíocre"

A fala acima é do senador Aécio Neves (PSDB-MG), presidente do PSDB. O partido vinha sendo mais discreto no apoio às manifestações. Agora, faz uma exortação clara. Mas que se registre: as manifestações são convocadas por movimentos independentes, sem vínculo com partidos políticos.
Herculano
10/04/2015 22:05
TEMER E O VÁCUO DE PODER, por Eliane Cantanhêde

A economia e a política são o coração e o pulmão do governo, aqui e em qualquer lugar do mundo. A presidente Dilma Rousseff, antes tão centralizadora, delegou a economia para um estranho no ninho, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e a política para o seu vice, Michel Temer, que preside justamente o PMDB.

Então, o que faz a presidente da República? Inaugura unidades do Minha Casa Minha Vida, faz discursos dizendo que a Petrobrás está uma maravilha, dá entrevistas para TVs estrangeiras, tira fotos em reuniões protocolares com prefeitos e, se preside alguma coisa, preside solenidades no Planalto.

São atividades acessórias, senão decorativas, de uma presidente que nunca tinha sido eleita coisa nenhuma antes de ser empurrada rampa acima do Planalto, fracassou na condução da economia no primeiro mandato e não tem vocação para o fundamental a um(a) líder: a política.

Já seria grave se faltassem três meses para o fim do mandato, mas é muito pior porque tudo isso ocorre em três meses do início do mandato. É um governo novo que se move como velho, cheira a mofo, não gera expectativas.

Levy, um estranho nesse ninho, é o onipotente e o onipresente da economia. Define a política, redige os projetos, negocia com o Congresso, formaliza os ajustes acertados. Em linguagem a la Lula, Levy chuta em gol e defende ao mesmo tempo. Se der certo, a vitória será de Dilma?

Temer é do ramo, conhece a política, chama os políticos pelo nome, sabe se movimentar pelos salões e gabinetes do Congresso, mas delegar a articulação política para ele num momento como esse é mais do que temerário, por motivos óbvios. Como é temerário que ele passe a ser o interlocutor direto do governo com Lula e com Fernando Henrique Cardoso, sem intermediários - ou intermediária.

Temer é presidente de fato, e ainda de direito, do PMDB, a maior fonte de problemas e a maior ameaça a Dilma. Vamos pensar juntos: quando o pau quebrar entre o partido e o Planalto - e quebra todo santo dia -, como Temer se comportará? Será leal à presidente e ao governo, ou ao partido que representa desde sempre e que preside até agora? É um risco que Dilma jamais poderia correr.

ara dramatizar mais a fragilidade e o isolamento de Dilma, há também a fragilidade e o isolamento do próprio PT. Se Levy tem alma e bico tucano, alçar Temer à articulação política é dar todo o poder - aquele que emana do povo, pelo povo e para o povo - ao PMDB. O partido que mais fustiga o Planalto tem agora a articulação política do governo, as presidências da Câmara e do Senado. Fechou o cerco.

É o PMDB, por exemplo, quem aperta ou afrouxa as rédeas das CPIs e quem expôs o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, a uma saraivada de perguntas constrangedoras e transmitidas por horas e horas ao vivo, para quem quisesse ver e ouvir. E é quem vai acabar tendo o comando das CPIs articuladas no Senado. Assunto não falta: BNDES, HSBC, Carf, fundos de pensão. Uma dessas CPIs acaba ganhando vida para atazanar ainda mais o PT e o governo.

Tanto quanto é legítimo perguntar o que faz a presidente da República, é também razoável perguntar: e o PT, que ganhou as eleições em outubro, manda onde, em quem, em quê?

Em vez de tentar uma resposta, vamos a um personagem que resume tudo: o petista Pepe Vargas, ex-articulador político. Criticado sem piedade por Lula e demitido por Dilma pela imprensa, ele convocou entrevista para anunciar que tinha sido convidado para ser ministro de Direitos Humanos. Recebeu um telefonema, parou a entrevista no meio e voltou dizendo que? não tinha sido convidado para nada.

Que sensação fica? Como Dilma não manda mais nada, precisa demonstrar força em cima dos mais fracos. Pepe Vargas não é só um ministro fraco, é também do PT, um partido cada vez mais fraco.

Ratos.
Sobre os ratos na CPI da Petrobrás, sem comentários.
Herculano
10/04/2015 20:52
DILMA CHEGA AOS 100 DIAS SOFRENDO DE "LEVYDEPENDÊNCIA" E RENDIDA AO PMDB, por Josias de Souza


No dialeto dos economistas, a palavra meltdown é usada para descrever a situação terminal de economias que fogem ao controle e derretem. O termo foi adaptado. Na versão original, serve para designar usinas nucleares que se autodestroem quando seus reatores entram em combustão. Na noite passada, um ministro readaptou a expressão para traduzir o estágio atual do segundo governo de Dilma Rousseff. A presidente chega à marca dos cem dias em meio a um processo de meltdown. Impotente, ela assiste ao derretimento do seu poder.

Na economia, Dilma já havia acomodado o futuro de sua gestão nas mãos de tesoura de Joaquim Levy, que se dedica na Fazenda a desfazer a ilusão de estabilidade vendida pelo petismo na campanha presidencial do ano passado. Na política, a semana terminou com Dilma jogando tudo para o alto e se entregando a Michel Temer. A articulação com o Congresso migrou da Casa Civil de Aloisio Mercadante para o gabinete do vice-presidente da República. A plateia ficou com a impressão de que caberá ao PMDB decidir se Dilma vai derreter ou não.

Ao empossar-se no segundo mandato, em janeiro, a presidente reeleita ainda alimentava a ilusão de que presidiria. Na economia, demorou a expressar em público o apoio às medidas amargas do ajuste fiscal de Joaquim Levy. Na política, cercou-se de conselheiros petistas, desprezou Temer e adotou um plano para minar o poderio dos peemedebistas. Terminou sitiada pelo PMDB, que acomodou Renan Calheiros e Eduardo Cunha nas presidências do Senado e da Câmara. Encrencada na Operação Lava Jato, essa dupla se dedica a emboscar o governo e a empinar projetos com algum apelo popular.

Cavalgando a insatisfação dos partidos governistas com a autossuficiência de Dilma, Renan e Cunha tornaram, por assim dizer, irrelevantes os partidos de oposição. Que se desdobram para retomar o protagonismo. Nesta quinta-feira, os líderes oposicionistas na Câmara recorreram à ironia para demarcar a ultrapassagem da data mágica dos cem dias. Os deputados Mendonça Filho (DEM), Carlos Sampaio (PSDB) e Rubens Bueno (PPS) divertiram-se ao redor de um bolo preto com inscrições cáusticas em vermelho: "Sem Dias de Dilma 2".

Responsável pela encomenda do bolo, Mendonça Filho elevara o tom desde a véspera. "A presidente abriu mão de governar", dissera o líder do DEM, no calor do anúncio de que Dilma terceirizara a articulação política do Planalto a Temer. "É preciso que alguém avise que, constitucionalmente, ela ainda está na chefia do governo. Dilma terceirizou tudo, a economia e a política."

O senador Aécio Neves, presidente do PSDB, adotou o mesmo tom: "A presidente fez uma renúncia branca. Ela não renunciou ao cargo, mas renunciou ao governo. Esse é o fato concreto. Nós vamos ter que viver a partir de agora essa nova experiência do presidencialismo sem presidente."

Sob denúncias de corrupção e com a gestão tisnada pelo envelhecimento precoce, Dilma não usufruiu da trégua que costuma ser concedida a todo governante em início de mandato. Foi bombardeada até por Lula que, em privado, desanca sua administração e se queixa de não ser ouvido. As críticas aumentaram na proporção direta da queda da popularidade de Dilma, hoje uma presidente minoritária, aprovada por apenas 13% dos brasileiros, segundo o Datafolha.

Nunca um governo começara assim, tão por baixo. No alto mesmo, apenas os juros, a inflação e a temperatura do asfalto. A exemplo do que sucedera às vésperas dos protestos de 15 de março, Dilma atravessa uma fase de TPM - tensão pré-manifestação. As redes sociais convocam um novo ronco para este domingo (12). Mãos postas, a presidente e seus auxiliares rezam para que menos gente desça ao meio-fio. Sob pena de apressar o meltdown.

Convertida pelas circunstâncias numa presidente sem marca, Dilma atenua suas resistências ideológicas e aprende a engolir sapos. Hoje, está 110% comprometida com o arrocho fiscal de Joaquim Levy, que lhe capturou a aura na economia. Na política, torna-se cada vez mais concessiva. Acaba de autorizar Temer a reabrir o balcão de cargos e verbas, onde costumam se formar os escândalos. Espera-se que a operação renda ao governo a aprovação no Congresso do ajuste fiscal de Levy, ainda neste mês de abril. Essa votação é tida como vital para que o governo tome um pouco de ar.

Dilma agora só dispõe de três anos e 265 dias para esboçar uma reação capaz de deter o derretimento.
Igor Souza
10/04/2015 19:47
Segundo foco do mosquito da dengue encontrado em Gaspar? Por falta de denúncias, avisos, alertas e até mesmo de previsões não foram. A própria redação do Jornal Cruzeiro fo Vale é testemunha. A própria Vigilância sanitária do município de Gaspar foi omissa ao não ouvir a população.
Já ouviram falar da rua Amazonas? De certeza tem foco deste mosquito. Tá ali pra quem quiser ver. É casa abandonada com muito lixo no seu pátio devida os frequentes alagamentos, material que ficou abandonado com a paralisação da obra de drenagem.
Mais como já é de práxis. É mais fácil tratar um problema (epidemia) com tratamentos do que precaver o mesmo.
Belchior do Meio
10/04/2015 19:28
Sr. Herculano:

Dilma ao passar poderes para o sr. Michel Miguel Elias Temer Lulia -
Vice Presidente da República, dá a entender uma renúncia branca.
Segundo comentários que rolam pelas redes, a renúncia branca de Dilma já estava prevista há muito tempo. Em final de março/começo de abril, ela teria que ir para os EUA para tratar da recidiva do câncer, e Temer ficaria em seu lugar esfriando as coisas até 2018, quando teoricamente LuLLa voltaria, nos braços do povo. Essa notícia só apressou um pouco as coisas.
O último que tentou voltar nos braços do povo a gente viu no que deu.
Ao invés de LuLLa imitar Jânio, deveria imitar Getúlio. Teria todo o meu apoio.


sidnei luis reinert
10/04/2015 18:57

Jair Messias Bolsonaro
1 h ·
PRODUZIR NO BRASIL, UM CASTIGO
O governo do PT reconhece a necessidade de importar energia da Argentina e do Uruguai.
Contudo, o governo Dilma Rousseff, financiou via BNDES ? em contrato secreto ? uma linha de transmissão de Itaipu à Assunção.
Mesmo em crise energética o PT prejudica o empresariado brasileiro, que paga seus impostos, e geram recursos para programas assistencialistas (Bolsas).
Ontem, mesmos com votos contrários do PT e PCdoB a Câmara aprovou o fim do sigilo para operações / empréstimos do BNDES.
Herculano
10/04/2015 15:25
MAIS UM

Manchete que mancha e preocupa: Gaspar confirma foco de dengue no bairro Figueira. Este é o segundo foco do mosquito encontrado em 2015 em Gaspar. O primeiro foco foi localizado no bairro Margem Esquerda, nas proximidades da entrada do bairro Arraial D?ouro.
João João Filho de João
10/04/2015 14:42
Sr. Herculano:

Diz que na reunião da rua Amaro Müller, bairro Margem Esquerda, um dos moradores presente na reunião sugeriu que chamassem a RicRecord para registrar o evento onde o prefeito Zuchi gritou:
A RicRecord NÃÃÃÃO!

Será que o vereador Hilário Melato vai repetir o mantra da promessa como fez com a rua Lagoa Vermelha?

Falado em incompetentes, vamos descontrair?
Se a Dilma fosse namorada do Jaime Quixina, qual o nome do filme?
DÉBI e LÓIDE não vale.
O correto seria, DOIS IDIOTAS QUE SE AMAVAM.
Mariazinha
10/04/2015 14:26
Seu Herculano:

"É forte a boataria de que a presidente Dilma Roussef pensa em renúncia. Esta semana diante de vários ministros Dilma debulhou-se em lágrimas e teve que ser retirada da reunião".
Do Blog Políbio Braga.

Será que alguém gravou? Esse vídeo, até o meu cachorro gostaria de assistir. Isso será como um MasterCard "não tem preço".

Bye, bye!
Pátria amada
10/04/2015 14:10
LULA VAI A UMA VIDENTE......

Lula faz uma consulta a uma vidente.
A vidente se concentra, fecha os olhos e fala:
- Vejo o senhor passando em uma avenida, em carro aberto e uma multidão
acenando.
Lula sorri e pergunta:- Essa multidão está feliz?
- Sim, feliz como nunca!
- E eles estão correndo atrás do carro?
- Sim, por toda a volta do carro. Os batedores estão tendo dificuldades em
abrir caminho.
- Eles carregam bandeiras?
- Sim, bandeiras do Brasil, e faixas com palavras de esperança e de um
futuro em breve melhor.
- Eles gritam, cantam?
- Gritam frases de esperança: "Agora sim...!!! Agora sim, vai
melhorar...!!!"
- E eu, como estou reagindo?
- Não dá pra ver.
- E por que não ?

- Porque o caixão está lacrado...

*ISSO É UMA CORRENTE. SE VOCÊ NÃO REPASSAR O LULA VAI VOLTAR EM 2018
Juju do Gasparinho
10/04/2015 14:02
Prezado Herculano:

Eduardo Suplyci foi solidarizar-se com Mano Brawn, é que para o PT quanto mais folha corrida, mais amigo é.

Dilma diz que Temer tem experiência e capacidade para articulação.
Por que Temer ficou tantos anos de escanteio?
Ah! Sei. A rainha louca acordou agora.

Do Blog Coturno Noturno:
"12 de abril será maior que 15 de março, 400 cidades já aderiram contra 250 da manifestação anterior".

"Para Dilma, 'Petrobras limpou o que tinha de limpar."
Especialmente os cofres da empresa para pagar propina para o PT.
sidnei luis reinert
10/04/2015 13:12
Onyx Lorenzoni desmascara mentiras deslavadas do tesoureiro do PT, VACA RI, e afirma que era pra ele sair preso da sessão por ter mentido

https://www.youtube.com/watch?v=jZZkFk7HBAM
sidnei luis reinert
10/04/2015 13:10
Eike no Twitter


http://www.alertatotal.net/


"Coincidência" estranha: Quem consegue explicar o motivo para as ações da OGX, em recuperação judicial, subirem 2.245% entre terça e quinta feira?

O salto mágico de R$ 1,62 para até R$ 60, estabilizando em torno de R$ 38, em poucos pregões da BM&F Bovespa, causa espanto ao mais idiota analista de mercado.

Enquanto nem a OGpar explica claramente o "fenômeno", Eike Batista reaparece triunfalmente no Twitter, depois de seis meses de sumiço, para agradecer pelas "mensagens positivas", compiladas em um calhamaço encadernado pelo movimento "Eike Batista Tudo pelo Brasil".

Trata-se de um, site para divulgar "realizações imprescindíveis para o Brasil e que até hoje não são de conhecimento público.

Numerologia não mente...

PS - Um leitor anônimo, craque na numerologia e na ironia, ainda me chamou atenção para o fato curioso que me passou batido:

2.245%, somando dá: 2 + 2 + 4 + 5 = 13...

Até na numerologia a realidade nos sacaneia...

Ruim para os bancos?

Outra piada de javanês foi a explicação esfarrapada dada por alguns analistas para justificar quedas acentuadas na cotação de ações de grandes bancos, no mesmo dia em que a agência Fitch colocou o Brasil em perspectiva negativa para obtenção de crédito.

O Banco do Brasil caiu 3,66%, o Bradesco recuou 1,79% e o Itaú Unibanco baixou 2%.

Nem a Velhinha de Taubaté, a mais otimista das otimistas, acreditou que isto ocorreu porque a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) recebeu aviso informal de que o ministro da Fazenda pretende aumentar de 15% para 17% a alíquota da contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL) das instituições financeiras.

Além disso, falar em qualquer prejuízo para os bancos com Joaquim Levy no Ministério da Fazenda e presidindo a economia no lugar da Dilma é uma piada para matar brasileiro de tanto rir...
Herculano
10/04/2015 12:51
TARSO: "PT ESTÁ EM UM NOVO RECOMEÇO OU ESTÁ NO FIM"

Conteúdo 247. Depois de utilizar sua conta no twitter para dar sinais de insatisfação com a condução política e econômica do Governo Dilma, Tarso Genro expôs, claramente, suas críticas durante entrevista ao programa Diálogos, apresentado pelo jornalista Mário Sérgio Conti na Globo News. Mesmo ressaltando sua fidelidade ao PT e afirmando que "o país estaria em uma situação bem pior se Dilma não fosse a presidenta", o ex-governador do Rio Grande do Sul não poupou críticas aos correligionários que estão na administração e na direção partidária.

"O PT está em uma situação extremamente difícil. Ele tem pouca influência sobre o governo e esgotou seu debate interno, o debate interno não flui mais", afirmou ao destacar que o partido fez um pacto de estabilidade pra "sobreviver na crise". Sobre o futuro, Tarso disse que só sabe que o PT não está no meio: "ou está num novo recomeço, ou está no fim".

Perguntado sobre o que precisa ser feito para que a sigla consiga superar a crise, o ex-ministro de Lula defendeu a organização de um movimento "de fora pra dentro". "O PT tem que fazer as pazes com a sociedade civil, petista, democrática, de esquerda e não partidária também. Tem que ouvir intelectuais, empresários democráticos, ouvir militantes sociais e os novos movimentos sociais que surgem e trazer pra dentro dele uma dialética inovadora".

Os exemplos citados foram a Frente Ampla do Uruguai e o recente processo de renovação do Partido Socialista de Portugal que definiu a escolha de seu presidente em uma votação que contou também com a participação de simpatizantes e não apenas filiados. "Coisas como essa nós temos que fazer para que o PT possa ter um novo vigor político e saia dessa estabilidade burocrática que se encontra hoje". Em artigos recentes, o petista tem defendido a criação de uma frente de esquerda no Brasil, vinculada a um programa de governo.

Organizador da coalizão política que levou o PMDB para o Governo no começo do segundo mandato do presidente Lula, Tarso Genro relembrou a importância daquele movimento, mas considera que é hora do modelo ser revisto: "O sujeito derrotou o objeto. A coalizão criada para dar estabilidade para governar virou símbolo de instabilidade, imaturidade e de apropriação fragmentária do Estado em funções de interesses regionais e, as vezes, até subalternos".

Tarso também foi duro ao comentar a condução da economia no Brasil e no mundo. Contrário às políticas de austeridade apresentadas pelo ministro da Fazenda Joaquim Levy, o ex-governador disse que "a presidenta optou por um ajuste muito semelhante aos ajustes que estavam sendo propostos pelos adversários". Segundo ele, a exceção é a Grécia, atual referência para a esquerda mundial. "A esquerda tem que colocar sua imaginação em funcionamento. Se é pra combater crises econômicas e financeiras com as mesmas receitas ortodoxas, então a esquerda perde a razão de ser".

Sobre a operação Lava-jato, ressaltou que a descoberta do esquema de corrupção envolvendo empreiteiras vai servir para melhorar a Petrobras e lembrou que esquema começou antes do Governo Lula. "A corrupção, a violência, a destruição de populações, a apropriação de terras, os assassinatos fazem parte da evolução da sociedade capitalista". Além de criticar corruptos e corruptores, Tarso criticou alguns responsáveis pelas investigações e pelo processo "que manipulam as informações contra o partido que está no Governo".

Ao final, perguntado sobre a capacidade de Dilma de enfrentar a crise, em comparação com Lula, Tarso Genro resumiu dizendo que o ex-presidente "é um ser político integral, que ia da política para a gestão", dando orientações constantes e públicas aos seus ministros. Já a atual presidente vai da gestão para a política. "Esse estilo teve eficácia no primeiro governo, mas agora tem a crise e a capacidade de gestão da presidenta está bloqueada por questões políticas". "A presidenta tem que fazer mais política".
Herculano
10/04/2015 12:37
JE SUIS GENI por Carlos Brickmann

Si hay gobierno, soy contra. Si no hay gobierno (e esta é a situação do país), soy contra. O caro leitor, seja governista ou oposicionista, pode começar a me jogar pedras (só isso, por favor). Chapa branca, jamais, mesmo que seja vermelha. E coxinha, prefiro aquelas feitas em casa, crocantes e temperadinhas.

A grande manifestação contra o Governo está às portas. OK: manifestação pacífica até Dilma disse que aceita. E o dia seguinte? Marchar por marchar, depois descansar? Ou a oposição está preparada para negociar mudanças substanciais no Governo (e o Governo para aceitá-las) ou não vai ocorrer nada de bom. Pode haver golpe. Mas será melhor ter Renan, Cunha ou Temer no vasto trono de Dilma? Golpe militar, como em 64? E quem tem ascendência sobre a tropa?

A manifestação, que tem tudo para dar certo, é mais do que contra Dilma: é contra tudo-isso-que-está-aí. Contra o Congresso que não para de gastar, contra o Judiciário que enforca uma semana por causa de um feriado, contra o Governo que não consegue tocar o Bife sem errar na harmonia. E contra a oposição, que ainda não disse o que faria se estivesse no lugar do triste Governo Dilma.

Nem pensar em ditadura. Não funcionou quando Castello, Cordeiro de Farias, Dutra e Eduardo Gomes davam as ordens, e virou barbárie. A saída é reconhecer que não dá mais; substituir os insultos pela busca de alternativas; e estudar grandes reformas- que podem incluir, a partir de 2018, o parlamentarismo, a melhor maneira de livrar-se de um Governo que, ainda jovem, já está velho.

BOI VODOR NA PODE
Em 52 anos de imprensa, este colunista aprendeu que nada é mais possível do que o impossível. Já leu a notícia de que haviam cruzado um animal com um vegetal, o famoso boimate; já foi informado do enforcamento de Cristo; já ouviu a gravação de uma chantagem em que um cavalheiro pedia a outro que aceitasse uma quantia menor - e quem negou o desconto saiu livre, enquanto o outro, que pediu o abatimento, acabou preso como chantagista. Já lhe disseram que um ex-parlamentar, de 1m90 de altura e mais de cem quilos, algemado no banco traseiro de um Fusca entre dois policiais armados, dominou-os, dominou o policial armado que ocupava o banco da frente, fugiu correndo e escapou de todos os tiros, entrando no banco traseiro de outro Fusca e desaparecendo (aliás, está desaparecido até hoje). São histórias inacreditáveis. Mas cada dia traz sua novidade: não é que, nesta terça-feira, um peemedebista recusou uma teta das boas, um altíssimo cargo público, oferecido pela presidente da República?

Quando peemedebista recusa um Ministério, todos os bois começam a voar.

ADVINHÃO
Pepe Vargas, do PT gaúcho, descobriu que só é ministro enquanto ninguém quiser seu cargo. Se Eliseu Padilha aceitasse o lugar, Pepe o Breve estaria na rua.

ELE CONHECE
O ex-prefeito carioca César Maia, excelente analista de pesquisas, vê possibilidades de que o PSB conquiste a Prefeitura de São Paulo em 2016. O PSB ruma para a candidatura da ex-prefeita Marta Suplicy, que será ex-PT.

PAGUE SEM CHIAR
O Ministério das Minas e Energia autorizou a importação de energia elétrica do Uruguai e da Argentina, para cobrir a produção insuficiente deste ano. A eletricidade importada custa o triplo da produzida nas hidrelétricas brasileiras.

Responda rápido, caro leitor: já sabe quem é que vai pagar o aumento na conta?

SERRA, THE FASHION
Finesse oblige. O respeitado repórter Jorge Moreno, de O Globo, descreve o encontro do senador José Serra com três repórteres:

"Abordado por um trio de jornalistas no Senado, José Serra (PSDB-SP) virou-se para uma delas e, sem qualquer rodeio, condenou-lhe o visual:
" Na minha época isso era impensável! As repórteres andavam arrumadas!". Alheio ao semblante incrédulo da moça e das colegas, o tucano completou seu #prontofalei: "Parece que você vai jogar vôlei!"
"Em tempo: a repórter trajava calça de alfaiataria, blusa social e sapatilhas."

Em termos de moda, o elegante Serra está antenado nas principais tendências do passado remoto. A repórter do calcanhar sujo é personagem de Nelson Rodrigues. Foi apresentada ao público na década de 1960.

AS HONRAS DA CASA
Dois eventos policiais no mesmo dia, segunda-feira, na mesma tarde, na mesma cidade, São Paulo. O rapper Mano Brown, dos Racionais MC, foi preso por desacato, que teria ocorrido ao ser apanhado dirigindo com carteira de motorista vencida; e uma funcionária do Metrô foi estuprada por dois homens.

Quem mereceu a solidariedade do prefeito petista Fernando Haddad e de seu secretário de Direitos Humanos, o também petista Eduardo Suplicy? Mano Brown, claro. Por ordem de Haddad, Suplicy foi à delegacia solidarizar-se com o artista, antes, aliás, de qualquer apuração de sua conduta. E a moça que, enquanto estava no trabalho, foi vítima de estupro, crime hediondo? Nem Haddad, nem Suplicy, nem secretário nenhum sequer lhe telefonou para fingir solidariedade.
Herculano
10/04/2015 12:28
O HUMOR DE JOSÉ SIMÃO

Piada Pronta: "Ratos soltos na CPI tumultuam a sessão". Foram visitar os colegas! Se os ratos morderem algum deputado, vão morrer de peste bubônica! Rato morde deputado e morre de peste bubônica! Rarará!

E eu já disse que o PMDB é o partido mais quenga que existe desde os tempos de Salomé!

E o PMDB nasceu com o Pero Vaz de Caminha escrevendo uma carta pro rei de Portugal pedindo emprego pro cunhado. O fundador do PMDB foi Pero Vaz de Caminha! Rarará!
Herculano
10/04/2015 11:32
OS NOVOS CONDIDATOS A PREFEITO DE BRUSQUE

As eleições indiretas do dia 30 de abril em Brusque já têm os candidatos a prefeito e vice-prefeito definidos. Em convenção nesta quinta-feira à noite o nome do atual prefeito da cidade, Roberto Prudêncio Neto (PSD), foi confirmado pelo PSD. Prudêncio vai concorrer à cadeira do Executivo ao lado do empresário Danilo Rezini (PMDB), lançado como candidato a vice-prefeito pelo PMDB. Para o presidente do PSD do município, Jones Bosio, a convenção foi tranquila.

Só para lembrar. O ex-titular, Paulo Roberto Eccel, PT, foi apeado por usar indevidamente verbas publicitárias em ano de campanha eleitoral. E quem o tirou? A Lei e a Justiça? E que foi atrás disso? O advogado gasparense, ex-procurador geral de Gaspar no governo de Pedro Celso Zuchi, PT, ex-petista de carteirinha, Mário Wilson da Cruz Mesquita
Herculano
10/04/2015 11:12
DIREITA OU ESQUERDA?


O Brasil não precisa da esquerda ou da direita no governo!! Precisa de gente honesta e competente, que no momento não temos!!!!José Vaentin Harkot Filipkowski · Pontifícia Universidade Católica do Paraná
Herculano
10/04/2015 10:51
IVANILDE RAMPELOTTI

Um detalhe da sua reeleição para a presidência do sindicato rural e que tanto irritou o poder de plantão, como relatei na edição impressa:
houve um voto em branco e outro nulo, nele estava cravado o voto na reeleição de Ivanilde e escrito "com amor".
Herculano
10/04/2015 10:45
GASPAR DESISTIU DE LUTAR CONTRA A CORRUPÇÃO E ROUBALHEIRA. VAI PROTESTAR EM BLUMENAU. BONITO, NÉ?

O que rola nas redes sociais? De que o protesto deste domingo dia 12 que se organiza pelo país contra a corrupção e a roubalheira dos políticos, em Gaspar não vai mesmo acontecer. Quem quiser, terá que ir a Blumenau, para o qual está sendo orientado.

Tudo a ver. Acorda, Gaspar, cada vez mais um bairro de Blumenau.
Herculano
10/04/2015 10:40
TRABALHADORES SEM PRTIDO, UNI-VOS!, por Reinaldo Azevedo, para o jornal Folha de S. Paulo

Os milhares, ou milhões, que saíram às ruas no dia 15 de março são órfãos de partido e de porta-vozes

Um amigo, Felipe Nogueira, me sugeriu o tema desta coluna. Há uma nova consciência se formando no país. Ela não sabe direito quais são os pressupostos do PT. Também não tem muito claros os fundamentos do PSDB. Uma coisa é certa: essa turma não é mais refém dessa dualidade que, a seu modo, só interessava aos litigantes, como em "Os Duelistas", o excelente filme de estreia de Ridley Scott. As personagens de Harvey Keytel e Keith Carradine passam a vida tentando matar um ao outro. Até o dia em que o desequilíbrio acontece, e um deles morre.

Bem, e aí? Aí o filme acaba em melancolia. Não estou dando spoiler nenhum. Por óbvio, haveria a hora em que um dos dois cometeria um erro. Aconteceu. E o outro pôde experimentar, então, a verdadeira solidão.

Há um novo lugar na política brasileira que, até agora, não foi ocupado por ninguém. Os milhares, ou milhões, que saíram às ruas no dia 15 de março são órfãos de partido, são órfãos de representação, são órfãos de porta-vozes. A maioria conservadora do país - que excita o tédio e a fúria pretensamente elegantes e inequivocamente persecutórios da revista "Piauí" - não encontra seus representantes na política institucional.

É crescente o número de pessoas dessa maioria a perceber que os tucanos, por exemplo, continuam, com as exceções de praxe, com medo "do povo que há" porque demasiadamente preocupados "com o povo a haver". Peessedebistas, em suma, ainda privilegiam em seu discurso uma população, digamos, escoimada de suas supostas impurezas.

Vários movimentos que se opõem ao atual estado de coisas convocaram um protesto para este domingo, dia 12. Talvez reúna menos gente do que o do dia 15 de março. Superar aquele marco não é relevante. Nenhuma sociedade, a menos que viva uma convulsão pré-revolucionária, se mantém permanentemente na rua contra o "statu quo".

O sintoma que interessa ao futuro é outro. Mesmo liderando uma máquina ainda poderosa e organizada, CUT e PT protagonizaram um vexame na terça passada. Nem os companheiros compareceram ao enterro da última quimera de Luiz Inácio Lula da Silva. Quem apostaria, até outro dia, que a prontidão de mulheres e homens comuns, sem o abrigo de bandeiras, superaria a da militância organizada? Mas hoje é assim.

Os procuradores da velha ordem ainda insistem em ouvir no alarido dessa rua sem pedigree o sotaque daquela dualidade que interessava a oportunistas e picaretas. Acabou. Não há mais. Quando a esquerda financeira da revista chique para botocudo faz pouco caso da direita-sem-banco que produz, bate panelas e se nega a financiar o PT, a gente tem de concluir que algo de efetivamente novo está em curso no país. Para a tristeza dos dinossauros de punhos de renda.

E essa novidade não depende nem da adesão nem da bênção daqueles que se queriam os donatários da legitimidade das causas. A tão sonhada, pelas esquerdas, "democratização" dos meios de comunicação se realiza na prática e leva à praça a voz dos que trabalham e arrecadam impostos. E isso parece insuportável aos ouvidos dos distributivistas do fruto do trabalho alheio --desde que o spread bancário financie a boa consciência, é claro!

Tucanos versus petistas? Que coisa velha, santo Deus! Também o PSDB terá de se reinventar, e haverá de ser à direita, se não quiser ser banido, junto com o PT, do universo de referências desses que ora despertam.
Herculano
10/04/2015 10:32
ILHOTA EM CHAMAS. PREFEITO, SECRETÁRIOS E EMPRESAS CONTRADADAS DE FORMA IRREGULAR PARA A GESTÃO DE FUNDOS DE SAÚDE E O DE EDUCAÇÃO CAEM NA AUDITORIA DO TRIBUNAL DE CONTAS

O processo é o RLA 13/00650050 O assunto em pauta no Tribunal de Contas do Estado? Auditoria Ordinária acerca de supostas irregularidades ocorridas na liquidação de despesas públicas no âmbito da Prefeitura Municipal de Ilhota. E os responsáveis? O prefeito Daniel Christian Bosi, PSD, e os secretários Fernando Neves (que é o presidente do PSD de Gaspar), Airton Corrêa, Vilmar Fronza, Roberto da Silva Santos, Amarildo Avelino Laureano, Ana Karina Schramm Matuchaki, Odir Pereira, AGPE - Assessoria na Gestão Pública e Empresarial Ltda - ME e MESCLA Contabilidade e Gestão Pública Ltda - ME.

E o que ?o Tribunal Pleno decidiu? diante das razões apresentadas pelo Relator, converter o processo em "Tomada de Contas Especial", tendo em vista as irregularidades apontadas pelo Órgão Instrutivo, constantes do Relatório de Instrução DMU n. 4697/2014. defesa acerca da ausência de comprovação da regular liquidação de despesas, efetuadas pela Prefeitura Municipal de Ilhota, no montante de R$ 64.000,00, pagos pela prestação de serviços de assessoria técnica especializada, em desatendimento aos arts. 64 da Resolução n. TC-16/94 e 62 e 63, § 2º, III, da Lei n. 4.320/64; irregularidade, esta, ensejadora de imputação de débito e/ou aplicação de multa prevista nos arts. 68 a 70 da Lei Complementar n. 202/2000.
Herculano
10/04/2015 08:25
EX-DEPUTADO E EX-PETISTA, O PARANAENSE ANDRÉ VARGAS QUE DESAFIOU O EX-PRESIDENTE DO SUPREMO, JOAQUIM BARBOSA, ERGUENDO DA MESA DA CÂMARA O PUNHO DA MÃO ESQUERDA EM SOLENIDADE OFICIAL, ACABA DE SER PRESO EM LONDRINA.

Conteúdo da Agência Brasil. A Polícia Federal deflagrou a 11ª fase da operação Lava Jato, que investiga o esquema de corrupção na Petrobras, na manhã desta sexta-feira. Entre os presos está o ex-petista André Vargas, que teve o mandato de deputado federal cassado em dezembro do ano passado por quebra de decoro.

O ex-parlamentar foi preso por volta das 6h no condomínio onde mora, em Londrina, no Paraná.

Também foram detidos nesta manhã o ex-deputado federal Luiz Argôlo (SD-BA) e o ex-presidente do PP Pedro Corrêa, que já havia sido condenado no processo do mensalão.

Os três são suspeitos de ter ligação com o doleiro Alberto Youssef.

Eles serão levados ainda nesta sexta-feira para a carceragem da superintendência da Polícia Federal em Curitiba.
Herculano
10/04/2015 08:19
A VAQUINHA DE JEFFRSON, por Bernardo Melo Franco para o jornal Folha de S. Paulo

Autor da denúncia do mensalão, o ex-deputado Roberto Jefferson, 61, recorrerá ao Supremo Tribunal Federal na próxima segunda-feira para deixar a cadeia e cumprir o resto da pena em casa.

Ele pagou ontem a multa imposta pela corte ao condená-lo a sete anos e 14 dias por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O depósito de R$ 840.862,54 era exigido para pedir a progressão ao regime aberto.

Uma foto do recibo chegou aos celulares de quem participou da vaquinha. "Acabo de pagar a multa. Agradeço aos amigos a força que me deram", escreveu Jefferson. A quantia foi quitada em dinheiro em uma agência do Banco do Brasil.

Na lista de doadores, estão políticos como o deputado Benito Gama e o ex-senador Sérgio Zambiasi. Jefferson mantém contatos com todos eles, em articulação discreta para acelerar a fusão do PTB com o DEM.

O ex-deputado tem pressa para deixar a cadeia. Está de casamento marcado com a enfermeira Ana Lúcia Novaes, 46. Os dois já vivem juntos há 13 anos e vão formalizar a união no fim de maio com festa em Três Rios, no interior fluminense.

"A Ana esteve ao meu lado na CPI, na cassação, no julgamento e na luta contra o câncer. Deus reserva a poucos homens uma mulher como ela", derrama-se o ex-deputado. "E eu devia uma satisfação à família dela..."

Segundo Jefferson, a cerimônia será "coisa simples", e os convidados não passarão de 200. Ele encomendou o terno ao alfaiate brasiliense Severo Silva, que faz suas roupas desde que chegou ao Congresso. A noiva teve mais trabalho: visitou lojas no Rio e em São Paulo atrás do vestido.

Enquanto a liberdade não sai, Jefferson dá expediente em um escritório de advocacia no Rio e volta à noite para a prisão. Ontem ele se divertiu com os ratos na CPI e reprovou o depoimento do tesoureiro petista João Vaccari. "Eu preferia o Delúbio, mesmo cheio de Lexotan. Ele era mais autêntico...", comentou, antes de soltar sua conhecida gargalhada.
Herculano
10/04/2015 08:15
OS NÚMEROS DA CORRUPÇÃO E DO ROUBO DA ESTATAL DOMINADA PELO PODER COMANDADO PELO PT. PRINCIPAL MANCHETE DE CAPA DO JORNA FOLHA DE S.PAULO: PETROBRÁS ESTIMA PROPINA DE ATÉ R$6 BILHÕES

Valor, calculado para o balanço, se refere a 3% de contratos e aditivos feitos com empresas citadas na Lava Jato. Estatal decidiu usar o percentual mais alto citado nas delações, para evitar acusação de minimizar as perdas, segundo relata Natuza Nery, da sucursal de Brasília.

A Petrobras estima que o cálculo de perdas com o esquema de corrupção na estatal ficará entre R$ 5 bilhões e R$ 6 bilhões. A conta atinge todos os contratos e aditivos firmados com as empresas citadas na Operação Lava Jato, da Polícia Federal, e deve constar do balanço de 2014.

Conforme a Folha apurou, o valor próximo a R$ 6 bilhões corresponde a 3% dos ativos suspeitos de algum tipo de desvio. Trata-se do percentual mais alto relatado nas delações premiadas feitas por ex-executivos e empresários suspeitos de envolvimento em irregularidades.

Segundo pessoas que atuaram na revisão dos contratos, a conta de "pagamentos indevidos" é conservadora justamente para mostrar aos investidores que a Petrobras não está disposta a esconder prejuízos e, portanto, merece ter seu balanço auditado e aprovado pela PwC.

A empresa quer apresentar seus demonstrativos financeiros até o dia 20 e, assim, colocar um ponto final na novela que se arrasta desde 31 de outubro de 2014, quando a PwC se recusou a assinar o resultado do terceiro trimestre de 2014, porque altos executivos que assinariam a prestação de informações ficaram sob suspeita.

NOTA REBAIXADA
A recusa abriu uma crise sem precedentes e contribuiu para que a companhia perdesse, neste ano, o chamado grau de investimento (selo de local seguro para se investir) por parte da Moody's, agência de classificação de risco.

Para tranquilizar investidores e a auditoria, a Petrobras, hoje liderada por Aldemir Bendine, precisou submeter à SEC (reguladora do mercado de capitais dos EUA) os critérios de cálculo dos desvios. Para isso, adotou o limite de 3% como referência.

Auxiliares presidenciais afirmam que o Palácio do Planalto está otimista e aguarda para o dia 17 a apresentação do balanço chancelado pelos auditores independentes.

CONTRATOS VICIADOS
Em depoimento à Justiça Federal no ano passado, Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, afirmou que o PT chegava a ficar com 3% sobre o valor dos contratos da estatal, dependendo das diretorias envolvidas. O partido nega ter recebido o dinheiro.

Nesta quinta (9), os advogados de Costa afirmaram, em petição, que não houve sobrepreço porque os percentuais desviados para partidos "eram retirados da margem das empresas"

O ajuste no valor dos ativos só aparecerá de forma individualizada, no balanço, nos casos de refinarias paralisadas ou colocadas à venda.

Os empreendimentos ainda em uso são avaliados em conjunto, com base no valor de mercado.

O balanço precisará ser auditado e aprovado pela PwC antes de passar pelo crivo do conselho de administração.

A estatal quer publicar o balanço nos próximos dias, para acalmar o mercado.

A partir de 31 de maio, o atraso daria aos credores o direito de pedir a antecipação do pagamento de dívidas, o que aprofundaria os problemas de caixa da estatal.
Herculano
10/04/2015 08:03
O PT BAIXA O NÍVEL DE ESCOLARIDADE DO CONSELHO TUTELAR DE GASPAR PARA PODER APARELHÁ-LO E CONDUZI-LO AOS SEUS INTERESSES. FALTA O MINISTÉRIO PÚBLICO E A SOCIEDADE GASPARENSE - ATORDOADA COM A VIOLÊNCIA - SE INTERESSAREM PELO ASSUNTO.

Não é piada, beira e de mau gosto. Um retrocesso. No dia Primeiro de Abril foi aberto edital as inscrições de candidatos que desejam ser conselheiro (a) tutelar.

Ao verificar o edital e a lei pela qual o mesmo baseia - se um está em desconformidade com o outro. A Lei Municipal Complementar nº. 51/2012 que dispõe sobre o Conselho Tutelar, pede que para exercer o cargo o conselheiro tenha ensino superior.

O edital pede apenas nível médio. Pede-se ainda carteira de motorista e atestado de saúde mental. O CMDCA aprovou e publicou um edital com nível de escolaridade diferente daquele exigido por lei.

Mas a pior noticia é que na última reunião ordinária do CMDCA ele aprovou a alteração da lei novamente para ensino médio. Qual a desculpa marota para nos enrolar? A faixa salarial é de nível médio ninguém com nível superior quer se candidatar. A prefeitura alega que não pode dar um aumento salarial de fato porque comprometeria as finanças.

Mas o que se ouve nos bastidores é que a companheirada quer entrar e aparelhar o órgão e assim manter a boquinha caso percam as eleições de 2016. É, Gaspar é igual cola de cavalo: cresce para baixo. Outra, não somos a Pátria Educadora e quem propaga isto a todos os cantos não é o próprio PT? E num assunto tão delicado (e perigoso) os "dimenor" não é necessário alguém com conhecimento mais adequado e avançado para lidar com o problema e a problemática? Por que Gaspar ao invés de avançar, insiste em regredir para satisfazer planos de poder?

Sem contar que é de competência do CMDCA fazer qualquer alteração referente a política da criança e do adolescente no município, mas o que se ouviu e se viu na ultima reunião ordinária é que se rabiscou a nova lei municipal na prefeitura e a enviou para os conselheiros aprovarem.

Como o CMDCA está aparelhado (os não governamentais são funcionários municipais) saiu tudo nos conforme, pois quem está lá não entende nada de política pública de infância e adolescência. Outra. Entende-se a razão pela qual desmoralizaram a juíza que atuou por aqui neste assunto, Ana Paula Amaro da Silveira. Era um problema e estas jogadas mandrakes não aconteciam.

O caso deve parar no Ministério Público para se esclarecer. Acorda, Gaspar!
Herculano
10/04/2015 07:30
TEMER CONVENCE RENAN A ABRIR MÃO DO TURISMO, por Claudio Humberto na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), cedeu ao apelo do vice Michel Temer, e abriu mão da indicação do titular do Ministério do Turismo e abrir caminho à nomeação de Henrique Alves, protegido de Eduardo Cunha. Aliás, o presidente da Câmara decidiu ir a Natal neste fim de semana para tentar dar a impressão de que Alves ainda tem "prestígio". Mas todos sabem sabe que o prestígio é só de Cunha.

Vai ter de engolir
Henrique Alves provocou constrangimentos, em Brasília, pagando o mico de implorar sua nomeação de uma presidente que o despreza.

Missão difícil
Michel Temer estabeleceu como sua primeira missão, na coordenação política, destravar o impasse e tornar inevitável a nomeação de Alves.

Mantenha distância
Dilma não teve alternativa senão aceitar a nomeação de Alves, sob a condição de não ter que despachar com o novo ministro do Turismo.

Negócio fechado
Após recusar, há uma semana, Renan aceitou a transferência do ainda ministro Vinícius Lages para a Conab, do Ministério da Agricultura.

ADVOGADOS NÃO SE CANSAN DE GANHAR: R$70 MILHÕES
Luiz Flávio D?Urso, advogado do tesoureiro do PT, João Vaccari, liderou o movimento "Cansei", em 2007, contra o governo Lula. Seu escritório e mais 30 bancas não cansam de faturar defendendo petistas e bandidos do "petróleo": R$ 70 milhões em honorários, segundo levantamento recente. O "Cansei" acabou após declaração ofensiva e preconceituosa do apoiante Paulo Zottolo, presidente da Philips Brasil.

Preconceito
Zottolo afirmou que, apoiava o "Cansei" porque o Brasil não é um País do tanto faz: "Se o Piauí deixar de existir ninguém vai ficar chateado".

Pode mentir
Deputados criticaram o "indulto de Pinóquio" do ministro Teori Zavascki (STF) a João Vaccari, mas esquecem que são eles quem aprovam a lei

Romero presidente
Renan Calheiros quer o senador Romero Jucá (RR) e não Valdir Raupp (RO) substituindo Michel Temer na presidência nacional do PMDB.

Pedala, Dilma
O ministro José Múcio levará ao plenário do Tribunal de Contas da União (TCU), quarta-feira (14), o processo que apura "pedaladas fiscais" do governo Dilma, que se arrasta há meses.

Investigar atrapalha?
A bancada do PSB no Senado aderiu ao acordão de retirar apoio à CPI dos Fundos de Pensão. A alegação é engraçada: a CPI "enfraquece a investigação" e "desvia a atenção das grandes questões nacionais".

Piadista
Ao recolherem os roedores que foram soltos durante a tumultuada sessão da CPI da Petrobras, um tucano gritou: "Cuidado para não levar o Vaccari por engano!". A risada foi geral.

Repaginada
A CPI da Petrobras fez bem a seu presidente, Hugo Motta (PMDB-PB), agora mais magro e mais respeitado. Considerado "novo demais" aos 25 anos, tem sido firme e mais equilibrado que os bodes velhos da CPI.

Fã da terceirização
O projeto nem foi aprovado, mas Dilma fez questão de ser a primeira a aderir à nova proposta de terceirização. Terceirizou a economia para o ministro Joaquim Levy (Fazenda) e a política para o vice Michel Temer.

Perdendo poder
Michel Temer na articulação política do governo enfraquece o PMDB do Rio de Janeiro. A expectativa de Dilma é que as demandas do partido passarão agora por Temer e não mais por Eduardo Cunha.

Efeito Temer
A oposição vai retomar a coleta de assinaturas para a CPI do BNDES, melada por Michel Temer. O líder tucano no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), garante que não sossega até instalar a comissão.

Ajuda aí
O governador Beto Richa (PR) correu para se encontrar com Fernando Henrique Cardoso no instituto do ex-presidente, em São Paulo. Na pauta, sua própria crise: Richa amarga rejeição recorde do eleitorado.

Mundo animal
Soltaram ratos quando Vaccari falava ontem na CPI da Petrobras. Os bichos foram levados à emergência da Câmara, para desintoxicação.
Herculano
10/04/2015 07:17
AGORA O BICHO PEGOU. VAMOS FINALMENTE VER ONDE O GOVERNO BOTOU O DINHEIRO DE TODOS NÓS E O RETORNO DESSES DEVANEIOS ENTRE AMIGOS E COMPANRS. CÂMARA APROVA FIM DE SIGILO EM EMPRÉSTIMOS DO BNDES

Casa aprovou uma emenda que impede o sigilo a respeito de empréstimos feitos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), informa Gabriel Castro, da sucursal de Brasília da revista Veja?

O governo perdeu mais uma votação na Câmara dos Deputados. Na noite desta quinta-feira, a Casa aprovou uma emenda que impede o sigilo de empréstimos feitos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

A emenda foi incluída na Medida Provisória 661/2014, que concede um crédito de 30 bilhões de reais ao BNDES. Foram 298 votos a favor e 95 contrários ao texto, proposto pelo deputado Alfredo Kaefer (PSDB-PR). O PMDB votou majoritariamente contra a orientação do Executivo. Ao todo, 42 dos 53 peemedebistas presentes ajudaram a derrotar o governo. Outros partidos importantes da base, como PP, PR e PSD, também se alinharam com o voto "sim".

O texto da emenda prevê que "não poderá ser alegado sigilo ou definidas como secretas as operações de apoio financeiro do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES, ou de suas subsidiárias, qualquer que seja o beneficiário ou interessado, direta ou indiretamente, incluindo nações estrangeiras." Isso proíbe a adoção de sigilo em novos empréstimos como o que o Brasil concedeu para a construção do Porto de Mariel, em Cuba - um negócio cujos contratos sigilosos provocaram críticas da oposição ao governo Dilma.

O autor da proposta aprovada nesta quinta argumenta que o sigilo nesses casos é "um verdadeiro absurdo". "Os recursos utilizados pelo Banco em suas operações são públicos, além de contarem com bilionários subsídios arcados por toda população brasileira", argumenta o tucano Alfredo Kaefer. A proposta ainda depende do aval do Senado antes de entrar em vigor.
Herculano
10/04/2015 07:08
IDELI CHORA, por Lauro Quadros, de Veja

Na terça-feira à noite, ao saber que seria demitida da Secretaria de Direitos Humanos, Ideli Salvatti reuniu a equipe mais próxima do ministério para se despedir e chorou.

A propósito, sua ida para os Correios ainda depende de acertos internos do PT.
Herculano
10/04/2015 06:55
AÉCIO: REUNIÃO DE TEMER COM FHC NÃO É TRÉGUA, por Josias de Souza

O senador Aécio Neves, presidente do PSDB federal, reconheceu que o vice-presidente Michel Temer, agora convertido em articulador político do governo, deve reunir-se com o ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso. Realçou, porém, que a conversa não resultará numa trégua em relação ao governo Dilma Rousseff.

"Para o PSDB, não muda nada. Nós somos contra esse modelo que está aí. Eu respeito pessoalmente o Temer, eu o sucedi na presidência da Câmara dos Deputados e tenho uma relação cordial com ele, mas ele representa hoje o governo que nós, do PSDB, combatemos. É o mesmo governo, é o mesmo estelionato que está aí a cada dia se apresentando de forma mais vigorosa. Os índices de inflação de março, por exemplo, que nós alertamos lá atrás que estavam por vir, o governo omitia."

Segundo Aécio, o encontro com FHC foi solicitado por Temer há duas semanas. Coisa anterior, portanto, à decisão de Dilma Rousseff de alçar seu vice à condição de articulador político do governo. O tema da conversa seria a reforma política. Com a evolução da conjuntura, porém, é improvável que Temer não aproveite para esticar a prosa. Por que deixaria de falar, por exemplo, sobre o ajuste fiscal pendente de votação no Congresso?

Seja como for, Aécio cuidou de manter a língua em riste. Segundo o seu raciocínio, Dilma está terceirizando o poder. Já havia terceirizado a economia ao eleitor tucano Joaquim Levy, ministro da Fazenda. Agora, terceirizou a política ao indemissível Temer. "A presidente fez uma renúncia branca. Ela não renunciou ao cargo, mas renunciou ao governo. Esse é o fato concreto. Nós vamos ter que viver a partir de agora essa nova experiência do presidencialismo sem presidente."

Aécio comentou também declarações feitas por Dilma no Rio de Janeiro. Segundo a presidente, "a Petrobras já deu a volta por cima" e "limpou o que tinha que limpar". E Aécio: "Agora, falta limpar o Brasil."

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