20/03/2015
AMEAÇA I
O PT de Gaspar, presidido por José Amarildo Rampelotti, e o cunhado do prefeito, Pedro Celso Zuchi, Antônio Carlos Dalsochio, juraram no ano passado cassar por decoro parlamentar a vereadora Andreia Symone Zimmermann Nagel, DEM, a quem discriminaram e traíram no acordo que propuseram, para quebrá-lo e ter o aliado José Hilário Melato, PP, na presidência da Câmara. O pecado dela? Enfrentá-los e dizer verdades. Por enquanto, ela virou heroína. Enfrenta o esquema, a pressão, o deboche e o constrangimento. E o PT trama. Quer encontrar a brecha mais adequada para desmoralizá-la.
AMEAÇA II
E o processo de cassação? Aguarda pelos fundamentos jurídicos de quem está acostumado às bravatas e a ser o feitor de fracos. Amarildo está possesso contra Andreia. Isso está claro nas sessões da Câmara. Enquanto isso, uma vereadora que era da Lagoa começa a ser uma vereadora de Gaspar, graças aos cabos eleitorais do PT. E se o tema cassação vier, aí ninguém mais segura o que já fugiu do controle do PMDB, PSD, PT e da própria Andreia.
FORA DA CURVA
O PMDB de Gaspar está incomodado com o voo livre desta coluna e que o obrigou a um recuo estratégico no caso da aliança que se montava nos bastidores com o PT, encabeçando uma chapa na eleição de outubro do ano que vem. Para quem já usou terceiros para barrar a publicação de pesquisa eleitoral e tirou uma rádio do ar na eleição de 2012 , trata-se de comportamento. E deplorável. Pior mesmo é usar outros meios de comunicação para tentar desacreditar quem está com crédito. Joga errado. E está na hora de apostar. Aliás, quem acredita em desmentidos de políticos hoje em dia? Por último, um lembrete. Ser crítico da gestão municipal não significa alinhamento com bobagens, manobras e falta de propostas de quem se diz oposição, mas de verdade, não consegue sê-la ou liderar um processo neste sentido. E ele se inicia pela transparência, respeito e coerência. Acorda, Gaspar!
O PERIGO
As entidades de Gaspar, pela primeira vez, unem-se por uma causa comum: o desenvolvimento da cidade como o Anel de Contorno, entre outras. A iniciativa foi da CDL. A Acig ? que se fosse líder e livre deveria ter liderado o movimento - foi lá e assinou o pacto. Fê-lo muito bem. Todavia, uma informação dada por seu presidente de fato, José Eduardo de Souza, chamou a atenção. Ela está interessada em ?montar um instituto apartidário?, para formular e formatar políticas sociais, administrativas e econômicas para Gaspar. Esperem aí! A Acig não é um aparelho do PT, organizado por Rodrigo Fontes Schramm, a partir da Ampe, que é quem manda na Acig e de onde veio Eduardo? Instituto apartidário? Contem outra. Acorda, Gaspar.
Esta foto é do dia da memorável marcha dos gasparenses contra a corrupção, e que o PT daqui não engoliu até agora. Uma foto mostra a sugestão do vereador Antônio Carlos Dalsochio, PT, cunhado do prefeito Pedro Celso Zuchi. Ele quer que os professores invejosos se candidatem a prefeito para receber o salário dele de R$ 18 mil por mês.
TRAPICHE
Bia, o Tarcísio Nelson Hostin, histórico, assinou a ficha de desfiliação do PMDB de Gaspar. O presidente Kleber Edson Wan Dall está com ela escondida em alguma gaveta esperando o Bia mudar de ideia.
A marcha contra a corrupção foi sucesso em todo lugar porque não misturou política partidária e políticos aproveitadores. Marcelo de Souza Brick, PSD, todavia, tentou armar o palanque por aqui naquele caminhão. Estava com o discurso pronto. Só não o fez porque não encontrou parceiro para revezar no microfone.
O roto falando do esfrangalhado. Renan Calheiros, PMDB, presidente do Senado, da base aliada que dá governabilidade ao PT de Dilma Vana Rousseff, envolvido no Petrolão: ?esse governo parece que envelheceu. Continua capenga?.
Asilo. Segundo a presidente Dilma Vana Rousseff, PT, a corrupção é uma senhora muito idosa. Completo: velha e ativa.
O cunhado do prefeito Zuchi e seu líder na Câmara, Antônio Carlos Dalsóchio e o presidente do PT, vereador José Amarildo Rampelotti, insistem que a professora (licenciada) e vereadora Andreia Symone Zimmermann Nagel, DEM, só foi à praça expor as obras incompletas de Zuchi cumprindo ordens e para a vingança de terceiros.
Parece que não aprenderam e julgam os outros por suas próprias atitudes. E erram mais uma vez. Primeiro não conhecem o caráter reto da vereadora. Segundo, já provaram a independência da vereadora e pagam caro até hoje. E por último: estão valorizando o terceiro a quem juraram, aí sim por vingança, exterminá-lo. Ou já, estão arrumando justificativas antecipadas para os reveses que estão sofrendo politicamente? Acorda, Gaspar!
Sugestão. A vereadora Andreia poderia ir às tais reuniões do Orçamento Participativo e montar as exposições de cada bairro comparando o discurso com a realidade. Seria irretocável.
O vereador Ciro André Quintino, PMDB, quer saber sobre a Ponte do Vale: quantos convênios foram firmados entre o município e o governo federal? Qual o total de cada parcela dos valores liberados? Ele quer cópia do empenho, data da liberação, demonstrativo de liquidez, qual o valor da contrapartida do município; cópia do contrato de prestação de serviços firmados entre o município e a empresa responsável pela efetivação da obra. Muito bem. Se pesquisasse na coluna, teria todas essas informações que os leitores e leitoras estão carecas de saber.
A leitora contumaz e participativa da coluna na internet (a mais acessada), Juju do Gasparinho. Num bate-papo, perguntei: ?bandido não tem medo de nada, você informa e repassa. Mas político no poder também não. Então, qual a diferença entre dois?? Roberto Sombrio, outro contumaz participativo na coluna, intrometeu-se entre nós e esclareceu: ?única diferença é que um está na cadeia e o outro na cadeira?.
As entidades assinaram o manifesto contra a corrupção. Mas na marcha ninguém apareceu e se estavam lá, escondiam-se das fotos.
As palavras, os números e as contas. O PT mandou divulgar que a passeata contra a corrupção por aqui não teve expressividade. E para engrossá-la teve até infiltrados. São Paulo com 11.320.000 almas mobilizou 210.000 (número controverso do Datafolha) na Paulista. Gaspar, com 58.000 viventes, deveria então ter em torno de 1.080. Estimou-se entre 1.500 e 2.000. O que foi mais expressivo? São Paulo ou Gaspar?
Edição 1671
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