Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício

20/03/2015

AMEAÇA I

O PT de Gaspar, presidido por José Amarildo Rampelotti, e o cunhado do prefeito, Pedro Celso Zuchi, Antônio Carlos Dalsochio, juraram no ano passado cassar por decoro parlamentar a vereadora Andreia Symone Zimmermann Nagel, DEM, a quem discriminaram e traíram no acordo que propuseram, para quebrá-lo e ter o aliado José Hilário Melato, PP, na presidência da Câmara. O pecado dela? Enfrentá-los e dizer verdades. Por enquanto, ela virou heroína. Enfrenta o esquema, a pressão, o deboche e o constrangimento. E o PT trama. Quer encontrar a brecha mais adequada para desmoralizá-la. 

AMEAÇA II

E o processo de cassação? Aguarda pelos fundamentos jurídicos de quem está acostumado às bravatas e a ser o feitor de fracos. Amarildo está possesso contra Andreia. Isso está claro nas sessões da Câmara. Enquanto isso, uma vereadora que era da Lagoa começa a ser uma vereadora de Gaspar, graças aos cabos eleitorais do PT. E se o tema cassação vier, aí ninguém mais segura o que já fugiu do controle do PMDB, PSD, PT e da própria Andreia. 

FORA DA CURVA

O PMDB de Gaspar está incomodado com o voo livre desta coluna e que o obrigou a um recuo estratégico no caso da aliança que se montava nos bastidores com o PT, encabeçando uma chapa na eleição de outubro do ano que vem. Para quem já usou terceiros para barrar a publicação de pesquisa eleitoral e tirou uma rádio do ar na eleição de 2012 , trata-se de comportamento. E deplorável. Pior mesmo é usar outros meios de comunicação para tentar desacreditar quem está com crédito. Joga errado. E está na hora de apostar. Aliás, quem acredita em desmentidos de políticos hoje em dia? Por último, um lembrete. Ser crítico da gestão municipal não significa alinhamento com bobagens, manobras e falta de propostas de quem se diz oposição, mas de verdade, não consegue sê-la ou liderar um processo neste sentido. E ele se inicia pela transparência, respeito e coerência. Acorda, Gaspar! 

O PERIGO

As entidades de Gaspar, pela primeira vez, unem-se por uma causa comum: o desenvolvimento da cidade como o Anel de Contorno, entre outras. A iniciativa foi da CDL. A Acig ? que se fosse líder e livre deveria ter liderado o movimento - foi lá e assinou o pacto. Fê-lo muito bem.  Todavia, uma informação dada por seu presidente de fato, José Eduardo de Souza, chamou a atenção. Ela está interessada em ?montar um instituto apartidário?, para formular e formatar políticas sociais, administrativas e econômicas para Gaspar. Esperem aí! A Acig não é um aparelho do PT, organizado por Rodrigo Fontes Schramm, a partir da Ampe, que é quem manda na Acig e de onde veio Eduardo? Instituto apartidário? Contem outra. Acorda, Gaspar. 

fotopg5herculanoGG.jpgEsta foto é do dia da memorável marcha dos gasparenses contra a corrupção, e que o PT daqui não engoliu até agora. Uma foto mostra a sugestão do vereador Antônio Carlos Dalsochio, PT, cunhado do prefeito Pedro Celso Zuchi. Ele quer que os professores invejosos se candidatem a prefeito para receber o salário dele de R$ 18 mil por mês. 

TRAPICHE

Bia, o Tarcísio Nelson Hostin, histórico, assinou a ficha de desfiliação do PMDB de Gaspar. O presidente Kleber Edson Wan Dall está com ela escondida em alguma gaveta esperando o Bia mudar de ideia. 

A marcha contra a corrupção foi sucesso em todo lugar porque não misturou política partidária e políticos aproveitadores. Marcelo de Souza Brick, PSD, todavia, tentou armar o palanque por aqui naquele caminhão. Estava com o discurso pronto. Só não o fez porque não encontrou parceiro para revezar no microfone. 

O roto falando do esfrangalhado. Renan Calheiros, PMDB, presidente do Senado, da base aliada que dá governabilidade ao PT de Dilma Vana Rousseff, envolvido no Petrolão: ?esse governo parece que envelheceu. Continua capenga?. 

Asilo. Segundo a presidente Dilma Vana Rousseff, PT, a corrupção é uma senhora muito idosa. Completo: velha e ativa. 

O cunhado do prefeito Zuchi e seu líder na Câmara, Antônio Carlos Dalsóchio e o presidente do PT, vereador José Amarildo Rampelotti, insistem que a professora (licenciada) e vereadora Andreia Symone Zimmermann Nagel, DEM, só foi à praça expor as obras incompletas de Zuchi cumprindo ordens e para a vingança de terceiros. 

Parece que não aprenderam e julgam os outros por suas próprias atitudes. E erram mais uma vez. Primeiro não conhecem o caráter reto da vereadora. Segundo, já provaram a independência da vereadora e pagam caro até hoje. E por último: estão valorizando o terceiro a quem juraram, aí sim por vingança, exterminá-lo. Ou já, estão arrumando justificativas antecipadas para os reveses que estão sofrendo politicamente? Acorda, Gaspar! 

Sugestão. A vereadora Andreia poderia ir às tais reuniões do Orçamento Participativo e montar as exposições de cada bairro comparando o discurso com a realidade. Seria irretocável. 

O vereador Ciro André Quintino, PMDB, quer saber sobre a Ponte do Vale: quantos convênios foram firmados entre o município e o governo federal? Qual o total de cada parcela dos valores liberados? Ele quer cópia do empenho, data da liberação, demonstrativo de liquidez, qual o valor da contrapartida do município; cópia do contrato de prestação de serviços firmados entre o município e a empresa responsável pela efetivação da obra. Muito bem. Se pesquisasse na coluna, teria todas essas informações que os leitores e leitoras estão carecas de saber. 

A leitora contumaz e participativa da coluna na internet (a mais acessada), Juju do Gasparinho. Num bate-papo, perguntei: ?bandido não tem medo de nada, você informa e repassa. Mas político no poder também não. Então, qual a diferença entre dois?? Roberto Sombrio, outro contumaz participativo na coluna, intrometeu-se entre nós e esclareceu: ?única diferença é que um está na cadeia e o outro na cadeira?. 

As entidades assinaram o manifesto contra a corrupção. Mas na marcha ninguém apareceu e se estavam lá, escondiam-se das fotos. 

As palavras, os números e as contas. O PT mandou divulgar que a passeata contra a corrupção por aqui não teve expressividade. E para engrossá-la teve até infiltrados. São Paulo com 11.320.000 almas mobilizou 210.000 (número controverso do Datafolha) na Paulista. Gaspar, com 58.000 viventes, deveria então ter em torno de 1.080. Estimou-se entre 1.500 e 2.000. O que foi mais expressivo? São Paulo ou Gaspar?

 

 

Edição 1671

Comentários

Belchior do Meio
23/03/2015 19:09
Sr. Herculano:

O que postou Juju do Blog Políbio Braga.
Quer dizer que mudando os ministros a crise desaparece?
Conta de luz, inflação, desemprego, insegurança, até a crise internacional, tudo isto será resolvido com um pontapé no traseiro de um Mercadante, por exemplo?
Pôxa! Este Lulla é um gênio!
sidnei luis reinert
23/03/2015 18:29
10 coisas que aprendi com os petistas na internet
Nessa grande escola que é a internet, essas são as dez coisas que eu aprendi com os petistas nos últimos meses.


http://spotniks.com/10-coisas-que-aprendi-com-os-petistas-na-internet/
Herculano
23/03/2015 16:49
MANCHETE DA VERGONHA E REPETIÇÃO

Novo túnel é encontrado no Presídio de Blumenau. E de quem é a culpa? Dos bandidos? Absolutamente. Eles estão comemorando este e outros feitos. A culpa, exclusiva, é dos políticos (governo de Raimundo Colombo, PSD) que se enrolam na construção do novo presídio.
Herculano
23/03/2015 16:08
VACARRI E DUQUE VIRAM RÉUS NO CASO PETROBRÁS, por Josias de Souza

Responsável pelas ações judiciais da Operação Lava Jato, o juiz Sérgio Moro (foto) aceitou nesta segunda-feira a denúncia da Procuradoria da República contra dois personagens que vinculam o PT ao escândalo da Petrobras: o tesoureiro da legenda, João Vaccari Neto; e o ex-diretor de Serviços e Engenharia da estatal, Renato Duque, indicado para o antigo posto por José Dirceu.

Com essa decisão, Vaccari e Duque passaram da condição de indiciados para a de réus. Junto com os dois, desceram ao banco dos réus na nova ação penal 25 pessoas. Entre eles o ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa, o ex-gerente Paulo Barusco e o doleiro Alberto Youssef.

São acusados de três crimes: corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha (Youssef livrou-se da acusação de corrupção por já responder pelo mesmo crime noutro processo). A denúncia havia sido protocolada pelos procuradores da Lava Jato há uma semana.

Dias antes, Renato Duque fora preso pela segunda vez. Voltou para a cadeia porque foi pilhado realizando movimentações bancárias no estrangeiro. Transferiu da Suíça para Mônaco cifras superiores a 20 milhões de euros. Ele nega a propriedade do dinheiro e o cometimento de crimes.

Na denúncia que virou ação penal, a Procuradoria sustenta que Duque se reunia com o tesoureiro petista Vaccari para acertar o rateio das propinas auferidas na Petrobras. A verba migrava para a caixa registradora do PT na forma de doações oficiais de fornecedores da Petrobras para o partido. Coisa de R$ 4,2 milhões, em 18 meses.

Vaccari e o PT alegam que tudo foi feito dentro da lei. O procurador Deltan Dallagnol, que integra a força-tarefa da Lava Jato, contesta: "Vaccari tinha consciência de que os pagamentos eram feitos a título de propina.''
Juju do Gasparinho
23/03/2015 13:54
Prezado Herculano:

Do Blog do Políbio Braga:

"Dilma começa a esfriar seus Três Patetas.

Pepe Vargas, Miguel Rosseto e Aloísio Mercadante começam a ser fritados. Pepe volta a Câmara. Mercadante voltará para a Educação.
Rosseto será reduzido a escrivinhador dos discursos que Dilma não
lerá. Dilma contou com a ajuda dos Três Porquinhos (Berzoini,
Palocci e Zé Eduardo) na campanha, mas agora conta com a ajuda,
no governo dos Três Patetas".

Que cara de seção pastelão, isso se não for a própria!
Aqui em Gaspar nós também temos seção pastelão com direito a
porquinhos e patetas.
Anônimo disse:
23/03/2015 13:06
Herculano, do Claudio Humberto, Paulinho da Força está sem força?
É que o povo não acredita nele. Uma vez petista sempre petista.
"Pega a fama e deita-te na cama" porque não sai nem com QBoa.
Padre Apócrifo
23/03/2015 12:57
Sr. Herculano:

Sabe o sr. que a maldita praga petista já se alastrou até nas palavras
cruzadas que faço todas as noites antes de dormir?
Ontem apareceu lá a pergunta:
"Tipo de homem dos últimos dias. Consultar- II Timótio 3:1-3)".
Resposta :caluniadores.
São os podres que nos governam até no sossego do meu lar.
Vá de retro, Satanás!
Herculano
23/03/2015 12:55
POR QUE NÃO UMA CONSTITUINTE, por Ricardo Melo para o jornal Folha de S.Paulo

Proposta lançada após junho de 2013 é alternativa popular para uma reforma política verdadeira

Quando parecia ser uma semana infernal para o governo, fatos mostraram que o jogo está longe de ter sido jogado.

Um dos alvos da Lava Jato, a Setal, abriu o bico sobre o cartel que cercava a Petrobras. Segundo a empresa, a indústria da fraude vem de longe. Mais precisamente do final dos anos 1990, durante a gestão de Fernando Henrique Cardoso. E agora,
senador José?

Quase ao mesmo tempo, surge vídeo do processo sigiloso mais vazado da história. O criminoso Alberto Youssef delata, em alto e bom som, que o senador Aécio Neves recebia propinas de uma diretoria de Furnas. Em São Paulo, capitania tucana, avança o processo sobre a roubalheira na CPTM/Metrô; procuradores acham brechas para ressuscitar a Castelo de Areia. (Para quem não se lembra, trata-se de operação sobre negociatas com governos tucanos. Foi impugnada sob o argumento de que os grampos incriminadores eram ilegais... Imagine se o mesmo critério fosse aplicado na Lava Jato.)

Quer mais? Empreiteiros juram de pés juntos que Sérgio Guerra, ex-presidente do PSDB e já morto, embolsou grana pesada para esvaziar investigações na Petrobras. E um novo nome aparece para atormentar vestais de azul: o doleiro Adir Assad, ajudante de ordens de Youssef. O personagem tem muito a falar sobre negócios de Eduardo Cunha, Sérgio Cabral, governadores tucanos e o ex-prefeito Gilberto Kassab, segundo informa reportagem do sempre atento Fabio Serapião na revista "Carta Capital".

Resumo da ópera: multiplicam-se as provas de que o Estado brasileiro opera sobre uma base misturando corrupção, conivência do grande empresariado e interesses partidários. Para o governo, isso pode até trazer algum alívio quanto a cálculos políticos. Já para os envolvidos, o PT e todas as suas inúmeras digitais incluídos, são novos elementos a cobrar iniciativas mais convincentes que entrevistas coletivas atabalhoadas, pacotes requentados e dietas alimentares
transformadas em termômetro político.

No que a esta altura parece um tempo imemorial, mais de 7 milhões de brasileiros participaram de um plebiscito informal que durou de 1º a 7 de setembro de 2014. Quase 500 entidades organizaram a consulta. Resultado: 97% dos participantes se declararam a favor de uma Constituinte exclusiva e soberana sobre o sistema político. Detalhe: a proposta foi lançada pela própria administração petista pós-junho de 2013. Teve gente que acreditou nela, tanto que organizou o referendo. Já o Planalto parece nem se lembrar da proposta, embora exista um projeto na Câmara pela convocação de um plebiscito oficial.

Que uma reforma política é mais do que necessária, os fatos se encarregam de mostrar. Que do mato atual não vai sair coelho sadio, disso pode se ter certeza. Esperar que os parlamentares de turno façam alguma mudança séria num sistema que os levou ao poder é como esperar Papai Noel na chaminé. Num país em que um ministro do Supremo se dá o direito imperial de bloquear um mísero projeto de purificação do financiamento eleitoral, e seus colegas de corte se fingem de mortos, qualquer cenário é possível. Até que o povo e suas famílias percebam o custo da bandalheira institucionalizada.

MARTA À RÉ
Políticos sempre apostam na lavagem cerebral do eleitorado. Marta Suplicy, herdeira de faqueiros reluzentes, que certo dia mostrou-se espantada ao descobrir que nem todas as casas tinham piscina, construiu sua carreira amparada no glamour de ser uma rica que pensa nos pobres. Nada contra, pelo contrário. Quanto mais gente defender os humildes, melhor. Mas não dá para encarar como normal, a não ser como oportunismo eleitoreiro, o súbito antigovernismo de alguém que durante anos e anos participou ativamente de tudo que agora critica. Relaxa e goza, Marta.
Herculano
23/03/2015 12:41
O PT E A IMPRENSA "SIMPÁTICA", editorial do jornal O Estado de S.Paulo

É sabido que a proposta do PT para "regulamentar a mídia" nada mais é do que a intenção de submeter a imprensa ao governo petista e ao próprio partido. Os petistas douram a pílula para convencer a opinião pública de que não se trata de uma forma de censura e, eventualmente, podem confundir os incautos. No entanto, quem ainda tiver alguma dúvida sobre qual é realmente o espírito que preside esse projeto do partido basta prestar atenção ao que disse o presidente da agremiação, Rui Falcão, em recente reunião com parlamentares do PT na Câmara: o caminho, sugeriu ele, é asfixiar os veículos de comunicação que ousarem portar-se com independência e espírito crítico em relação ao governo petista.

Segundo relatos de participantes do encontro, Falcão defendeu que o governo corte a verba de publicidade destinada a veículos de comunicação que, no seu entender, "apoiaram" e "convocaram" as manifestações populares do último dia 15. Para o presidente do PT, é necessária "uma nova política de anúncios para os veículos da grande mídia". Pode-se depreender que essa "nova política" seja, simplesmente, colocar anúncios do governo somente em jornais e emissoras de TV que sejam camaradas.

Para demonstrar a urgência de uma nova política de distribuição das verbas publicitárias, Falcão argumentou que o clima beligerante contra Dilma e o PT levou até mesmo a TV Record, segundo ele um veículo "simpático" ao governo, a participar da suposta mobilização nacional por parte da imprensa para incitar os protestos de rua - mas isso, disse Falcão, ocorreu somente em razão da "briga por audiência". O importante a se observar é que, ao mencionar a suposta existência de veículos "simpáticos", Falcão demarca o território em que o PT julga disputar a guerra da comunicação: há os amigos e os inimigos. Aos primeiros, tudo; aos segundos, a danação.

Falcão sugeriu que a estratégia usada até agora para enfrentar o que julga ser uma campanha orquestrada pela grande imprensa para desacreditar o partido e o governo não tem dado resultado. "Não se enganem. O monopólio da mídia não será quebrado apenas nas redes sociais. Isso é uma ilusão", disse o presidente petista, referindo-se à comunidade de blogueiros e ativistas digitais montada para defender o PT e agredir sistematicamente a imprensa livre.

Por um momento, os estrategistas do partido julgaram que a guerra da comunicação seria ganha no ambiente virtual. No entanto, como reconheceu um documento da Secretaria de Comunicação Social que criticou a política oficial de comunicação, "o governo e o PT passaram a só falar para si mesmos".

Mas o PT não perdeu espaço apenas nas redes sociais; parece ter perdido também as ruas, lugar onde reinava. Isso explica a aflição de Falcão e de seus companheiros. Como sempre acontece com aqueles que interpretam o mundo exclusivamente por meio da ideologia, e não da razão, os petistas atribuem esses reveses não aos erros que o partido e a presidente Dilma Rousseff cometeram, mas a uma grande conspiração das "elites" para derrubar o "governo popular".

Em flagrante estado de negação, Falcão atribuiu o enorme sucesso das manifestações do dia 15 "exclusivamente" ao suposto trabalho da "grande mídia" - responsável, segundo ele, por tirar as pessoas de casa e por inflar o número de participantes.

Com isso, o presidente do PT, bem como a maioria de seus pares, parece ter se convencido de que nada há de errado no País, que tudo vai às mil maravilhas e que, se não fosse a imprensa "golpista" a conclamar os brasileiros a se manifestar, a população não teria ido às ruas.

A receita petista para resolver esse problema é simples: tratar as verbas de publicidade do governo como se fossem do PT. O princípio da impessoalidade, que deve nortear qualquer administração pública - e está explicitamente inscrito na Constituição -, é estranho a um partido que se acredita proprietário do poder. Por enquanto, Dilma tem resistido aos insistentes apelos do PT para que submeta a imprensa aos desígnios autoritários do partido. Espera-se que seu enfraquecimento político não a faça capitular.
Herculano
23/03/2015 12:26
O BRASIL NO BURACO CRIADO PELO GOVERNO DO PT. INFLAÇÃO ACIMA DE 8 POR CENTO E PIB NEGATIVO.

Conteúdo da Agência Reuters. Os economistas consultados pelo Banco Central para o boletim Focus subiram a previsão de inflação de 7,93% na semana passada para 8,12% nesta semana.

O objetivo do governo é manter a inflação em 4,5% ao ano, mas com tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo (na prática, variando entre 2,5% e 6,5%).

De acordo com o IPCA, no entanto, considerado o índice oficial do país, a inflação em 12 meses foi de 7,7% em fevereiro, a maior para o mês desde 2003.

Além disso, a projeção do PIB (Produto Interno Bruto) foi cortada pela 12ª semana seguida: foi de -0,78% na semana passada para -0,83% nesta semana.

O dólar deve fechar o ano a R$ 3,15, segundo os analistas; a projeção anterior era de R$ 3,06. A previsão para a Selic, a taxa básica de juros, foi mantida em 13%.

Entenda o que é o boletim Focus

Toda segunda-feira, o Banco Central (BC) divulga um relatório de mercado conhecido como Boletim Focus, trazendo as apostas de economistas para os principais indicadores econômicos do país.

Mais de 100 instituições são ouvidas e, excluindo os valores extremos, o BC calcula uma mediana das perspectivas do crescimento da economia (medido pelo Produto Interno Bruto, o PIB), perspectivas para a inflação e a taxa de câmbio, entre outros.

Mediana apresenta o valor central de uma amostra de dados,.
sidnei luis reinert
23/03/2015 12:23
?A Petrobrás é nossa e ninguém tasca?, diz o blog do Dirceu

http://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/a-petrobras-e-nossa-e-ninguem-tasca-diz-o-blog-do-dirceu/

De Ronaldo Caiado:

A população que foi às ruas pensa diferente: a Petrobrás é dos brasileiros. Não é de vocês, petistas. Chega de roubo!


Herculano
23/03/2015 12:22
CÂMARA VAI SE REUNIR ESTA SEMANA PARA APROVAR REAJUSTE DOS SERVIDORES

A prefeitura e o sindicato estão com pressa. E a Câmara vai contribuir com esta pressa. E assim os funcionários públicos de Gaspar, vão ter o reajuste na folha deste mês.

E para isto está sendo articulada uma sessão extraordinária, vapt vupt para quinta-feira, logo no início da tarde. Todas as partes concordam com a proposta da prefeitura
sidnei luis reinert
23/03/2015 12:18
Transferência dos presos na Lava Jato para presídio é para abrir novas vagas na carceragem da PF


Edição do Alerta Total ? www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

A Lava Jato vem com mais uma operação de grande monta. A certeza é de dirigentes da cúpula petista. É assim que eles interpretam a decisão administrativa do juiz Sérgio Fernando Moro, da 13a Vara Federal em Curitiba, de pedir a transferência de presos para o Complexo Médico Penal do Paraná. A intenção clara de Moro - na visão dos inimigos dele no desgoverno - é abrir mais vagas na carceragem da Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, para os ilustres figurões que receberão ordens de prisão brevemente.

O cagaço supremo é que o juiz Moro mande prender figurões da cúpula petista. Quem corre maior risco de figurar nos futuros listões da Lava Jato é o consultor José Dirceu de Oliveira e Silva - que curte sua "prisão domiciliar" pelo Mensalão. A Justiça Federal já teria provas concretas da ligação umbilical entre Renato Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras, e Dirceu. Quem também corre risco de passar uma temporada atrás das grades é o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. O cerco se fecha...

Mais pavor para a turma do Petrolão. O Advogado e Coronel reformado Petro Ivo Moézia entrou na sexta-feira passada (20/03) com uma representação no Conselho Nacional de Justiça para tornar sem efeito o ato administrativo do Supremo Tribunal Federal que autorizou a transferência do Ministro Dias Toffoli da 2a. para a 1a Turma, que julgará os acusados da Operação Lava Jato. O militar pediu que ele seja impedido de participar do julgamento dos acusados em qualquer fase do processo, por ser suspeito, em função do seu relacionamento com o lula, pt e vários acusados. O fato de o pedido vir de um oficial do Exército foi visto com temor pela desgovernada equipe de Dilma.

O cerco vai se apertando. A crise econômica vai piorando. A situação política vai se deteriorando, pois a governabilidade já ficou pra lá de comprometida. Desenha-se no horizonte aquele caminho - desejado pelo PMDB - para uma renúncia de Dilma Rousseff. Se a Lava Jato atingir em cheio a cúpula petista, como parece que acontecerá em breve, Dilma ficará completamente sem chão.
Herculano
23/03/2015 09:10
PT OLHA PARA O DATAFOLHA COM LENTE COR DE ROSA, por Josias de Souza

O PT dedicou quatro parágrafos do noticiário que veicula no seu portal eletrônico à reprodução dos resultados mais recentes coletados pelo Datafolha. Informou que 61% dos brasileiros querem que a Petrobras continue sendo estatal. Absteve-se de mencionar outros resultados da mesma pesquisa.

Ignorou, por exemplo, que 84% - oito em cada dez patrícios - avaliam que Dilma Rousseff sabia que a corrupção carcomia a Petrobras. Sonegou outro dado relevante: 61% acham que a presidente "deixou'' que a ladroagem ocorresse. Outros 23% acreditam que, embora soubesse da pilhagem, ela "Não poderia fazer nada."

Olhar para pesquisas com óculos de lente cor de rosa melhora muito a visão da realidade. O diabo é que é tudo ilusão de ótica.
Herculano
23/03/2015 08:13
CHEGOU A CONTA DO DESASTRE, por Reynaldo Rocha

A leitura dos jornais e revistas deste domingo tem que ser acompanhado de um ansiolítico e um remédio para azia. Num dos grupos de que faço parte nas redes sociais, depois de ter postado uns dez tópicos sobre a tragédia mais que anunciada, recebi o seguinte post: "E aí, Reynaldo? Feliz?"

Não. Só estaria quem apostou no "quanto pior, melhor", como fizeram os milicianos do PT, 24 horas por dia, enquanto estiveram na oposição. Além de não ter participado da montagem do desastre, tentei em vão desarmar a bomba que agora explode em nossos colos.

Sucessivas reportagens vêm mostrando que quem votou em Dilma hoje se sente enganado. Os casos exemplares são incontáveis. Na Bahia, o número de funcionários do Estaleiro Paraguaçu despencou de 7.000 para 576. Um empresário que acrescentou 100 apartamentos ao hotel de 30 quartos fechou o estabelecimento por falta de hóspedes. Outro que transformou a padaria em restaurante não chega a servir nem mesmo 10 refeições por dia. E tem a receber R$ 60.000,00 de empreiteiras que abandonaram a cidade.

Em dois meses, 36.000 trabalhadores da construção civil perderam o emprego. A indústria naval, festejada na campanha eleitoral de Dilma como "prova" da valorização da mão de obra nacional e do "Brasil que avança" demitiu 28.000 operários entre janeiro e fevereiro. A alta das contas de energia aumentou de 3% para 20% a imensidão de consumidores inadimplentes.

Se estou no mesmo barco, como poderia estar feliz? Cada dia traz uma nova agonia. E aumenta a sensação de que falhei. Melhor: falhamos. Desta vez, todos nos esforçamos. Mas não conseguimos demonstrar o que era óbvio.

O PT entendeu que ultrapassou a linha do ridículo e desistiu de culpar FHC. Mas continua procurando culpados para o desastre que provocou. Crise internacional? Qual? A que não para de elevar os níveis de emprego e renda dos Estados Unidos? A Irlanda, Portugal e até mesmo a Grécia deixaram a zona de risco. A China vai crescer de 7% a 8%. O Brasil caminha para uma recessão de 1%.

Profissionais liberais, servidores públicos, empresários, operários - todos estão inquietos com o impacto da crise. Só se sentem confortáveis os mais de 30.000 comissionados, sem concurso, pendurados no gigantesco cabide de empregos federais. Não podem reclamar de nada. Sabem que recebem muito mais do que merecem.

A conselho do fabricante, o poste falou. Nenhum pedido de desculpas. Nenhuma admissão de erro. Nenhuma justificativa para as promessas descumpridas. E nenhum projeto para o país.

Os dois milhões de brasileiros demoraram para chegar às ruas. Mas ainda é tempo. Não estou feliz, mas nunca perderei a esperança.

Neste domingo, li no Globo a seguinte notícia:

"Vendedor de doces no calçadão de Belford Roxo, Alberto da Silva, de 61 anos, ajudou a eleger Dilma, mas diz que seria 'estúpido' não reconhecer que os preços aumentaram e que a presidente 'errou na parte administrativa' e ao falar, durante a campanha, que não ia ter inflação:
- O país se desenvolveu nos últimos anos, mas era melhor Dilma ter sido sincera. Ela não podia prometer o que não ia cumprir. Do jeito que está, dá desânimo, o povo fica angustiado e já é difícil ver tanta desonestidade, tanto roubo? Se eu a encontrasse, falaria para assumir os erros e consertar as coisas".

O vendedor de doces Alberto da Silva não é um coxinha
Herculano
23/03/2015 08:07
O VELHO REGIME E A MANIFESTAÇÃO, por Vinicius Motta para o jornal Folha de S. Paulo

O encontro nas ruas de duas correntes aparentemente novas da política brasileira marcou o apogeu e deflagrou o súbito esvaziamento dos protestos de junho de 2013. No dia 20 daquele mês, uma turma diferente da que dera início às marchas saiu de casa para reclamar e engrossou o caldo das multidões.

Àquela altura, as reivindicações e os métodos de mobilização de uma nova esquerda já haviam alcançado notável penetração. Governantes constrangidos dobraram-se à força do movimento e reduziram as tarifas do transporte público.

Esses grupos esquerdistas de vanguarda, aqui como na Europa, assumiram como definitiva a derrota do projeto de Estado socialista, abandonaram o objetivo de derrubar o regime capitalista e passaram a atacar suas franjas. A resignação e o niilismo os levaram a valorizar a violência dispersa e estanque das depredações.

Para completar a sequência das novidades, naquele 20 de junho um movimento de centro-direita começou a ganhar as ruas. Os motivos da insatisfação eram muitos, mas entre eles estavam a corrupção, os impostos e a opressão contra o consumo e o empreendimento.

As eleições de 2014 promoveram o encontro entre o "velho regime" da política brasileira e esses dois espíritos frescos surgidos nas ruas. Os partidos tradicionais preponderaram, seja nas eleições majoritárias, seja nas proporcionais.

Esse fato não afasta a hipótese de o sistema ter se modificado em algum grau. A maciça oposição ao PT no Estado de São Paulo, de um lado, e a surpreendente votação de Luciana Genro (PSOL) nos grandes centros, do outro, parecem sinais de assimilação dos dois novos vetores.

Agora a centro-direita volta às ruas, encorpada e sem competidor comparável. Quem a vai representar e dar vazão a seu potencial transformador no jogo eleitoral não é pergunta cuja resposta seja óbvia.
Herculano
23/03/2015 08:04
TCU MULTA PRESIDENTE DO BNDES POR OMITIR DADOS, por Claudio Humberto na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

O Tribunal de Contas da União decidiu multar o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, por tentar manter indevassável a ?caixa preta? dos negócios do banco. Alegou "sigilo bancário" para não detalhar o aporte bilionário de dinheiro do Tesouro, via BNDES, no grupo JBS Friboi. O TCU não pediu detalhes da movimentação bancária da empresa, só valores e resultados do investimento, mas foi ignorado por Coutinho.

Multa pessoal
A recusa ao TCU valeu a Luciano Coutinho a multa de R$ 10 mil. O pedido foi reiterado, e com nova recusa a multa passará a R$ 30 mil.

Jubilamento
Uma terceira desobediência poderá tornar o presidente do BNDES proibido de exercer função pública. E pode perder o emprego.

Sem papo
Luciano Coutinho tentou "explicar" a desobediência a ministros do TCU. Foi ignorado. Por sua assessoria, diz não ter sido notificado da multa.

Queda de braço
É antiga a aversão de órgãos como Petrobras e BNDES ao TCU. Seus gestores sempre acham que não devem explicações dos seus atos.

IGNORÂNCIA FAZ O GOVERNO HOSTILIZAR CINGAPURA
Por inveja, preconceito e ignorância, o governo brasileiro coloca Cingapura na lista de "paraísos fiscais", porque considera assim qualquer país de carga tributária inferior a 20%. Tributos em Cingapura somam 17%, mas, ao contrário do Brasil, é um país austero, sério, de gestão pública eficiente... e livre de corrupção. Cingapura mantém comércio anual superior a US$ 4 bilhões com o Brasil. Mas, de tanto ser hostilizado, vai acabar desistindo de investir no nosso país.

Ignorância
Tecnocratas incompetentes não entendem como Cingapura pode cobrar menos impostos e ter qualidade de vida de primeiro mundo.

Outra forma de paraíso
Em Cingapura, não há burocracia cara, ineficiente e corrupta como a brasileira, e o imposto é revertido em benefício da população.

Um país limpo
Há pleno emprego em Cingapura, 9º melhor IDH do mundo, onde tudo funciona, é limpo e exemplar. E 90% da população tem casa própria.

Dando o troco
Dois requerimentos aguardam deliberação para intimar a mulher de Renato Duque, Maria Auxiliadora Duque, à CPI da Petrobras. Duque fechou o bico na CPI e irritou os deputados. Sobrou para a esposa.

Convocação
O tucano Carlos Sampaio (SP), que é procurador, pediu a convocação para depor na CPI da Petrobras do ex-ministro José Dirceu e do tesoureiro do PT, João Vaccari, figuras centrais do petrolão.

Haja tempo
A CPI da Petrobras já soma 536 requerimentos de todos os tipos, de convocações para depor, à criação de subrelatorias e requisição de documentos e do compartilhamento de depoimentos à Lava Jato.

Paulinho sem força
A petição para o impeachment de Dilma, organizada pelo deputado Paulinho da Força (SD-SP) não tem prosperado na internet. Menos de 4 mil pessoas assinaram o documento até agora.

Líder tucano
O tucano Aécio Neves (MG) ainda parece encantado com os 51 milhões de votos de 2014, e às vezes esquece de fazer oposição no Senado. Quem tem feito isso é José Serra (SP), seu rival no PSDB.

Inchaço
O senador Reguffe (PDT-DF) comparou o cabidão de empregos do serviço público do Brasil com os Estados Unidos. Lembrou que enquanto aqui os comissionados beiram os 25 mil, nos EUA são 8 mil.

Vai dançar
O superintendente do Ministério da Agricultura no Rio Grande do Sul, Francisco Signor, não conseguiu o apoio do PMDB para permanecer no cargo, por isso deverá dançar rapidinho.

Epidemia no DF
Na primeira semana de volta às aulas, a Secretaria de Educação do DF contabilizou 905 atestados médicos apresentados por professores para não comparecer ao trabalho. Isso depois de férias seguidas de greve.

Pergunta no xilindró
Se "passarinho na gaiola pia mais depressa", como dizem policiais, quanto tempo de cadeia será suficiente para que o ex-diretor petista Renato Duque faça delação premiada?
Herculano
23/03/2015 07:52
PAGANDO A CONTA, por Aécio Neves, senador pelo PSDB mineiro em artigo escrito para o jornal Folha de São Paulo

O Brasil corre o risco de ter um longo ciclo de três anos (2014-2015-2016) de crescimento médio muito próximo de zero ou até mesmo negativo. Esse desempenho medíocre do país só ocorreu em três momentos da nossa história recente: na Grande Depressão (1929-1931), na crise da dívida (1981-1983) e no Plano Collor (1990-1992).

Fato é que, desde o início de dezembro de 2014, as projeções de crescimento da economia brasileira passaram a cair todas as semanas. Com a piora do cenário, já se trabalha com um resultado para este ano de uma queda do PIB próxima a 1%. Mas muitos já apostam em uma redução do PIB entre 1,5% e 2%.

Depois de negar peremptoriamente a necessidade de ajuste durante a campanha eleitoral, o governo manda ao Congresso um conjunto de medidas muito mais duras do que seria necessário se tivesse agido no tempo correto e, por exemplo, controlado o crescimento desenfreado do gasto público.

Um ajuste fiscal de mais de R$ 100 bilhões, como o prometido, em um contexto de recessão agravado pela crise política e pela crise de corrupção na Petrobras, transforma em grande frustração os compromissos que o atual governo assumiu para ganhar as eleições. Não será, inclusive, um ajuste rápido como se apregoa, mas vários anos de aperto fiscal em uma conjuntura de baixo crescimento.

A verdade é que o ajuste fiscal deveria ser apenas uma parte de um programa mais amplo de crescimento e de reformas estruturais discutido com a sociedade civil e pactuado pela presidente da República.

O quadro poderia ser completamente outro se não houvesse uma grave crise de confiança, que afugenta o investimento privado e alcança, agora, segundo indicadores da Fundação Getúlio Vargas, os níveis mais baixos desde o auge da crise financeira mundial de 2009.

Temos hoje um governo sem qualquer diálogo com a sociedade, que faz o que quer, como quer e quando quer. Sem um plano de desenvolvimento, e eleito com base em promessas que não serão cumpridas, entrega ao país um ajuste rudimentar que terá um custo muito elevado para a sociedade, pois será baseado na redução de direitos dos trabalhadores, cortes do investimento público e aumento de carga tributária.

A questão que parece ser central agora é que é muito difícil fazer ajustes de fundo, consistentes, em um governo politicamente fraco. Em muitos casos, crises podem virar janelas de oportunidade para se criar um consenso mínimo a favor de uma agenda mais ampla de reformas. Hoje acontece o contrário: o governo produziu uma crise macroeconômica de grandes proporções e vai esgotando a cada dia a sua credibilidade e a sua capacidade de governança.
Herculano
23/03/2015 07:52
PAGANDO A CONTA, por Aécio Neves, senador pelo PSDB mineiro em artigo escrito para o jornal Folha de São Paulo

O Brasil corre o risco de ter um longo ciclo de três anos (2014-2015-2016) de crescimento médio muito próximo de zero ou até mesmo negativo. Esse desempenho medíocre do país só ocorreu em três momentos da nossa história recente: na Grande Depressão (1929-1931), na crise da dívida (1981-1983) e no Plano Collor (1990-1992).

Fato é que, desde o início de dezembro de 2014, as projeções de crescimento da economia brasileira passaram a cair todas as semanas. Com a piora do cenário, já se trabalha com um resultado para este ano de uma queda do PIB próxima a 1%. Mas muitos já apostam em uma redução do PIB entre 1,5% e 2%.

Depois de negar peremptoriamente a necessidade de ajuste durante a campanha eleitoral, o governo manda ao Congresso um conjunto de medidas muito mais duras do que seria necessário se tivesse agido no tempo correto e, por exemplo, controlado o crescimento desenfreado do gasto público.

Um ajuste fiscal de mais de R$ 100 bilhões, como o prometido, em um contexto de recessão agravado pela crise política e pela crise de corrupção na Petrobras, transforma em grande frustração os compromissos que o atual governo assumiu para ganhar as eleições. Não será, inclusive, um ajuste rápido como se apregoa, mas vários anos de aperto fiscal em uma conjuntura de baixo crescimento.

A verdade é que o ajuste fiscal deveria ser apenas uma parte de um programa mais amplo de crescimento e de reformas estruturais discutido com a sociedade civil e pactuado pela presidente da República.

O quadro poderia ser completamente outro se não houvesse uma grave crise de confiança, que afugenta o investimento privado e alcança, agora, segundo indicadores da Fundação Getúlio Vargas, os níveis mais baixos desde o auge da crise financeira mundial de 2009.

Temos hoje um governo sem qualquer diálogo com a sociedade, que faz o que quer, como quer e quando quer. Sem um plano de desenvolvimento, e eleito com base em promessas que não serão cumpridas, entrega ao país um ajuste rudimentar que terá um custo muito elevado para a sociedade, pois será baseado na redução de direitos dos trabalhadores, cortes do investimento público e aumento de carga tributária.

A questão que parece ser central agora é que é muito difícil fazer ajustes de fundo, consistentes, em um governo politicamente fraco. Em muitos casos, crises podem virar janelas de oportunidade para se criar um consenso mínimo a favor de uma agenda mais ampla de reformas. Hoje acontece o contrário: o governo produziu uma crise macroeconômica de grandes proporções e vai esgotando a cada dia a sua credibilidade e a sua capacidade de governança.
Herculano
23/03/2015 07:48
NO OSSO, por Valdo Cruz para o jornal Folha de S. Paulo

Cid Gomes, o breve, mandou os achacadores largarem o osso. Pois esta turma se agarra até a osso, porque, neste momento, está tudo no osso, a carne já foi embora, subtraída pelos corruptos ou consumida pelas cigarras palacianas que gastaram o que não tinham.

Resultado, falta dinheiro nos cofres do governo Dilma, a Petrobras está sem grana para investir, a economia encolhe, os empresários demitem e tem muita gente boa do empresariado atrás das grades. Ou seja, todos estão literalmente no osso.

A tal ponto que um empreiteiro, dos grandes, andou desabafando com amigos que "chega, basta", não fará mais doações para políticos. Ano que vem, de eleição municipal, diz, sua empresa não vai doar um tostão para quem quer que seja.

Primeiro, porque, neste momento, sua empresa precisa se preparar para pagar pesadas multas e ressarcir os cofres públicos pelos desvios feitos na Petrobras. Garante que foi extorquido, mas sabe que, na Justiça, não vai escapar de pagar do seu bolso para salvar sua empresa.

Segundo, antes mesmo disto, a situação está muito ruim. O país está parando, as obras, também, ninguém fala em contratar mais serviços, a saída, de fato, tem sido demitir, cortar gastos. Daí que não vai sobrar grana, mesmo que desejasse, para fazer doações eleitorais.

Terceiro, agora criminalizaram até o caixa um, as doações legais. O inquérito da Lava Jato está cheio de confissões de empresários revelando que pagaram propina na forma de doação legal, registrada e tudo.

Por sinal, aí está um grande desafio para Justiça. Como punir tais casos, dinheiro ilícito que virou doação legal. Por mais que os partidos beneficiados neguem, está mais do que provado que isto aconteceu. A turma que deu reconhece o fato. Enfim, o tempo é de penúria. Tomara que o empreiteiro, de fato, seque a fonte. E seja seguido por seus colegas. Ano que vem a gente descobre se era apenas um "desabafo".
João João Filho de João
22/03/2015 20:24
Sr. Herculano:

Para que petista volte a ser um ser pensante, precisa de terapia.
"Ter a pia" para lavar louças. Esta terapia faria muito bem pra Dilma.
Pernilongo Irritante
22/03/2015 20:08
ATÉ QUANDO?
Até quando o incomPeTente sair da prefeitura.
Roberto Basei
22/03/2015 18:20
O POVO DE GASPAR É MUITO MAIOR QUE SEUS POLíTICOS

Estanho, muito estranho! Na sexta feira dia, 20/03/2015 indo ao meu trabalho às 6h40min. Passei pelo centro para desviar do trânsito e em frente ao posto de Saúde observei um movimento, um aglomerado de pessoas que se estendia quase até o início da Rua São José, o qual pensei, deve ter ocorrido um acidente e são curiosos!
Grande engano da minha parte era a fila para consultas ou marcação de consultas no posto de saúde.
O que acho estranho nisso é: quando o Hospital não era aparelhado e sobre carregado, não havia o atendimento no posto do centro era para causar-lhe sua falência? E ai arrumar motivos para o aparelhamento? Alcançado os objetivos, forçam as pessoas ao atendimento pelo posto, justificando assim a boa administração aparelhada do Hospital, mas assim castigam o povo de Gaspar duas vezes por picuinhas politicas! Até quando?
Herculano
22/03/2015 18:14
SE CORRER O BICHO PEGA, por Ferreira Gullar, escritor

É chanchada ou não é? Esse pessoal se esqueceu de que é mais fácil pegar um mentiroso do que um coxo

Nestas últimas semanas - antes das manifestações do dia 15 - a sensação que tive, como espectador da atual política brasileira, foi de estar assistindo a uma chanchada.

Por exemplo, não poderia definir de outro modo o depoimento de José Sergio Gabrielli, ex-presidente da Petrobras, na CPI da Câmara para investigar os envolvidos na operação Lava Jato.

Antes dele, depôs Eduardo Cunha, do PMDB, que se prontificara a ser interrogado na mesma CPI.

Falou muito à vontade, dizendo-se vítima de perseguição por parte do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Não apresentou nenhuma prova do que afirmava, mas contou com o apoio unânime dos integrantes da comissão, sem distinção de partidos: do PSDB ao PMDB, do PT ao PSOL, todos teceram elogios ao deputado que é, por coincidência, presidente da Câmara de Deputados. Segundo alguns deles, o objetivo de Janot seria desmoralizar o Congresso nacional. Por que razão, ninguém sabe.

Mas hilariante mesmo foi o depoimento de Gabrielli, que começou tecendo intermináveis louvores à Petrobras, que estaria no auge de sua prosperidade. Disse isso de cara limpa, muito embora todos saibam que o valor da empresa tem caído no mercado, e sua credibilidade vem sofrendo graves perdas no plano nacional e internacional.

A impressão que tive, ao ouvi-lo, foi a de que se referia a uma outra empresa, por todos desconhecida.

Ele falava e eu mal acreditava no que ouvia, especialmente pela maneira desinibida com que afirmava coisas que nenhuma relação tinham com o que diariamente informa a imprensa e afirmam os especialistas na matéria.

A única explicação para tal atitude surrealista só pode ser uma firme disposição de desconhecer a realidade e enganar abertamente a opinião pública.

Sucede que, àquela altura do depoimento, ele ainda não havia atingido o ápice de seu descompromisso com a verdade dos fatos.

Parece-me que o atingiu quando lhe perguntaram se, como presidente da Petrobras, nada sabia das concorrências fraudadas e das propinas que eram divididas entre altos funcionários da empresa e representantes dos partidos políticos ligados ao governo, como o PT, o PMBD e o PP.

Ele sorriu ironicamente e garantiu que, na estatal, não se sabia disso - mesmo porque a tal corrupção sistêmica, apontada pelos delatores, nunca aconteceu.

E sabem por que nunca houve? Porque a fiscalização, feita por um órgão da própria Petrobras e por órgãos internacionais de alta eficiência, nunca captou nenhum sinal de que estivessem ocorrendo falcatruas na empresa.

Ora, se tais organizações nada detectaram é porque nada havia.

Eu estava perplexo com o que ele afirmava e ainda mais pelo à vontade como o fazia. Conforme apurou a operação Lava Jato, graças à delação de Paulo Roberto Costa e Pedro Barusco, centenas de milhões de reais foram distribuídas como propinas, inclusive a representantes de partidos como João Vaccari Neto, tesoureiro do PT, ou seja, do mesmo partido de Gabrielli.

Só Barusco devolveu mais de R$ 182 milhões roubados da Petrobras, mas, de acordo com Gabrielli, se a fiscalização nada captou, nada foi roubado.

A chanchada, porém, não acaba aí. Na sexta-feira, dia 13, isto é, na semana passada, a CUT decidiu mobilizar os trabalhadores para manifestações públicas, em todo o país, em defesa da Petrobras.

Se realmente fosse isso, teria de protestar contra aqueles que a saquearam, ou seja, os funcionários nomeados e mantidos por Lula e os partidos que compõem o governo petista. Ledo engano: a manifestação foi contra os que denunciaram a corrupção, porque dizem, como Gabrielli, Lula e Dilma, que tudo foi inventado para criar condições de privatizá-la.

Como se não bastasse, a CUT dizia protestar contra o ajuste fiscal, que prejudica os trabalhadores, mas, ao mesmo tempo, defende Dilma, que autorizou o ajuste.

É chanchada ou não é? Dilma, para se eleger, prometeu uma coisa e, eleita, faz o contrário. Lula, que patrocinou o saque à Petrobras, faz comício para defendê-la.

Dilma, que negava a existência da corrupção, passou a se dizer responsável por sua apuração. Esse pessoal se esqueceu de que é mais fácil pegar um mentiroso do que um coxo.
Mariazinha
22/03/2015 16:27
Seu Herculano:

Folha: "De cada 10 brasileiros, 8 acreditam que a presidente Dilma Rouseff sabia da corrupção que acontecia na Petrobras".
Pesquisa Datafolha feita nos dias 16 e 17 em todo o país.

Então quer dizer que 80% dos brasileiros são "coxinhas" e elite
"golpista" por acreditarem que DilmAnta sabia do roubo na Petrobras.
Mas segundo a tansa e os tansos que nela votam, ninguém sabe ninguém viu.

Bye, bye!
Anônimo disse:
22/03/2015 16:07
Herculano, postado às 08:11hs. - vê se entendi:
O Zé Dirceu cobrava propina maquiada com consultoria, aí o Vaccari descontava o valor a receber das empreiteiras.
Que coisa absurda!
Promoveram um arrastão no dinheiro público com uma voracidade impressionante. Tinha razão Gilmar Mendes quando disse que o Mensalão era coisa para juizado de pequenas causas.
Arara Palradora
22/03/2015 15:57
Querido, Blogueiro:

off! Urgente; Polícia Federal encontra luva usada por um dos ladrões da Petrobras.
A luva não tem o dedo mindinho!

Voeeeiii...!!!
Belchior do Meio
22/03/2015 15:51
Sr. Herculano:

Elio Gasperi - "O sujeito pinta a cara, vai pra rua ... o governo se assusta e a solução é investir em publicidade oficial".
Será que nesse governo não tem nenhuma alma vivente que pensa?
Mas não podemos reclamar, Gaspar não fica atrás.
Juju do Gasparinho
22/03/2015 15:38
Prezado Herculano:

Botaram pilha no mordomo de cemitério.
Segundo o Blog do Manoel, ele saiu do ostracismo e está se achando:

"Como PRESIDENTE.
Michel Temer está agindo como presidente, atuando nos bastidores como Presidente, se reunindo com lideranças como Presidente, se portando como Presidente, assumindo posturas como Presidente.

Só falta Michel Temer ser Presidente.

MICHEL TEMER PRESIDENTE JÁ"

Já é um começo para a derrocada dos bandidos do nosso dim-dim.
Fora, gentalha do mal!
Herculano
22/03/2015 15:29
da série: só os que roubam o nosso dinheiro devem ser homenageados. Os que combatem devem ficar calados, acuados e de preferência no ostracismo para que não serviam de exemplos. Ou seja, que está sob julgamento cobra dos outros a ética que nunca praticou

EM NOME DO DECORO, MORO DEVERIA TER REJEITADO O PRÊMIO DA GLOBO, por Paulo Nogueira, no Diario do Centro do Mundo.

Você pode imaginar um juiz britânico - Leveson, por exemplo, o que conduziu as discussões para a regulação da mídia no Reino Unido - numa festa de um magnata da mídia como Rupert Murdoch?

A resposta cabe em três palavras: não, não e não.

Mídia e Justiça devem fiscalizar uma à outra, numa sociedade séria e adulta. Não podem se dar tapinhas nas costas e confraternizar como velhos camaradas.

Que a Globo ignora esse princípio vital da democracia é óbvio. Cenas constrangedoras, no calor do Mensalão, reuniram juízes do STF e jornalísticos icônicos da Globo.

Que o juiz Sérgio Moro, da Lava Jato, não sabia disso é um fato novo, ainda que não surpreendente num país de Justiça partidária como o Brasil.

Num mundo menos imperfeito, Moro teria recusado um prêmio da Globo. Polidamente, assim como um jornalista rejeita um presente caro.

Mas Moro não resistiu, e as imagens dele na premiação são lastimáveis. A posteridade haverá de olhá-las como símbolo de um tempo de atraso no Brasil.

Não há almoço de graça, e nem prêmio. Uma organização como a Globo não premia ninguém sem que haja interesses por trás.

Do ponto de vista prático, o que se deve esperar de alguma causa jurídica que envolva a Globo e que acabe caindo nas mãos de Moro?

A aceitação da homenagem já foi um ruim. Mas as palavras de Moro - e o olhar deslumbrado traído pelas fotos da cerimônia - tornaram as coisas ainda piores.

Moro, segundo o site do Globo, disse ter ficado "particularmente tocado" com os protestos de domingo.

Visto que foram protestos em que Dilma foi massacrada, a declaração de Moro não poderia ser mais reveladora.

Mais que isso, só se ele dissesse que tem andado batendo panela.

Como Joaquim Barbosa antes, Moro já se tornou o herói não dos brasileiros - mas da direita nacional.

Também como Joaquim Barbosa antes, a Globo já tratou de armar a gaiola para ele.

Entre sorrisos, na premiação, Moro entrou nela - para prejuízo da sociedade.
Herculano
22/03/2015 10:47
DO SILÊNCIO À AÇÃO, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Se quiser demonstrar empenho verdadeiro no combate à corrupção, Dilma pode incentivar investigações sobre o setor elétrico

"O que diferencia um país do outro e um governo do outro é o fato de que alguns países e alguns governos criam condições para que a corrupção seja prevenida, seja investigada e seja punida. Outros não fazem isso. Alguns silenciam. Nós agimos", disse a presidente Dilma Rousseff (PT) ao anunciar medidas para combater a corrupção.

Apresentou-se neste mês grande oportunidade para que Dilma diferencie seu governo de outros que acusa de leniência. Ela pode dar consequência exemplar às suas palavras contribuindo para a investigação de desvios no setor elétrico.

Há indícios de que empreiteiras acusadas de participar do esquema de corrupção na Petrobras atuavam de forma semelhante nas obras da hidrelétrica de Belo Monte (PA), maior projeto de infraestrutura do país e merecedor de R$ 22,5 bilhões do BNDES.

Na investigação do esbulho da petroleira, a Operação Lava Jato, executivos da Camargo Corrêa declararam ter pago propina ao senador Edison Lobão (PMDB-MA), ministro de Minas e Energia do primeiro mandato de Dilma Rousseff.

Seriam múltiplos os benefícios do comprometimento da presidente com essa investigação.

Primeiro, o governo demonstraria que se junta aos esforços de ampla varredura da corrupção, dando-lhe caráter sistemático e sentido de política de Estado. Segundo, como consequência, os inquéritos seriam mais céleres. Terceiro, Dilma demonstraria destemor ao auxiliar a investigação de um setor com o qual é tão identificada.

Em tese, haveria disposição do governo de demonstrar que não pretende ficar a reboque dos escândalos, na situação passiva, defensiva e acovardada que assumiu no caso da Petrobras.

A presidente falou de modo incisivo; o atual ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga (PMDB-AM), disse que não ficaria de "braços cruzados" diante de denúncias na área sob sua administração.

Dilma, em seu discurso, fez ainda o elogio das gestões petistas, que deram mais poder à Controladoria-Geral da União, que aprovaram a Lei de Acesso à Informação, que reiteram o respeito ao Ministério Público e à Polícia Federal.

A presidente, portanto, não terá dificuldades de recomendar à CGU providências na investigação de obras de hidrelétricas, na atuação da Eletrobras e subsidiárias e na relação do BNDES com tais negócios -banco, aliás, refratário à publicidade de informações. Poderá até solicitar auxílio ao Tribunal de Contas da União.

De imediato, poderá determinar a instauração de inquéritos administrativos. Afinal, diz a presidente, seu governo "não transige com a corrupção"; não silencia, age.

Com a palavra - e com a ação -, a presidente Dilma Rousseff.
Herculano
22/03/2015 10:06
TEMER VAI À FESTA, por Eliane Cantanhêde para o jornal O Estado de S. Paulo

Em política, não se dá ponto sem nó, não se recusa buchada de bode e não se vai a uma festa só por ir. Logo, a presença do vice-presidente Michel Temer no aniversário de Marta Suplicy foi um gesto cheio de significados, deveras instigante.

Temer - que é do PMDB, não vamos esquecer - tomou duas precauções interessantíssimas. Avisou de véspera que o apoio do seu partido à reeleição do prefeito petista Fernando Haddad pode ser, mas pode não ser. E, além de sua bela mulher, Marcela, ele também levou para a festa de Marta o ex-candidato peemedebista à prefeitura Gabriel Chalita, como quem dissesse: esse não será empecilho à sua candidatura.

Soma daqui, diminui dali, o resultado é que o vice-presidente da República prestigiou a quase ex-petista Marta - que anda às turras com a presidente Dilma Rousseff, o governo e o PT - numa festa em que não se ouviu um só elogio ao PT e todas as apostas foram a de que Dilma terá tempos cada vez piores pela frente. Parecia festa da oposição. Talvez tenha sido mesmo.

Então, o que Temer foi fazer lá? Que recado ele quis mandar com o gesto? Que é amigo de Marta desde criancinha, que adora docinhos e champanhe ou... que o PMDB está querendo cada vez mais distância dos petistas, não se mete em briga da família PT, tenta se descolar da crise e parte para uma linha, no mínimo, de independência? Se a casa cair, que caia na cabeça só do PT.

Como contraponto à presença de Temer, só havia um petista na festa de Marta, que milita (ou militou) apaixonadamente no partido durante 35 anos. E esse petista era o senador Delcídio Amaral, que, se não botou a boca no trombone como Marta, também não está nada afinado com o PT. Um encontro, portanto, de insatisfeitos. Vá-se saber se Delcídio também não tem lá seus planos de fuga e quis mandar o recado. Político não vai à festa só por ir...

Marta não tem mais essa dúvida e já passou da fase de mandar recados. Está com um pé fora do PT e outro dentro do PSB, sem retorno. Ela é uma liderança em busca de um partido. O PSB, depois da morte de Eduardo Campos, é um partido em busca de uma liderança. Logo, é a fome com a vontade de comer.

Marta explicava que não convidou Lula porque não faria sentido, já que comunicou a ele que está fora e quais serão seus futuros movimentos. Mas ela quer "dar passinho por passinho", ou seja, uma coisa de cada vez. Deve sair do PT em abril, esperar um mês, um mês e pouco, e então se filiar formalmente ao PSB em junho, antes do recesso do Congresso.

Até lá, vai costurando apoios e evitando que as negativas para integrar outras siglas arranhem suas possibilidades de coligação nas eleições municipais, tanto contra o petista Haddad quanto contra o candidato tucano, seja quem for. Aliás, foram à festa representantes do PTB, do PPS, do PDT, do PP... Sem falar, claro, do PSB e do PMDB.

E, se não havia nenhum cacique tucano, Fernando Henrique Cardoso fez questão de lhe mandar um abraço por um amigo comum. Afinal, nunca se pode descartar uma aliança do PSB de Marta com o PSDB de FHC num eventual 2.º turno contra o PT nas eleições de 2016 em São Paulo.

Aos 70 anos, portanto, Marta não fez só uma festa, fez uma demonstração claríssima de que ela sabe o que quer e para onde está indo. Mostrou o tabuleiro e qual será o seu jogo. Está linda, feliz, sacudindo a poeira, dando a volta por cima e cheia de planos. Seu grande sonho, ou sonho mais imediato, é voltar à prefeitura, mas o céu é o limite.

Se fosse só ela, já seria muito, mas o passo de Marta para fora do PT pode ser o primeiro de muitos num momento em que o Titanic faz água para todo lado e Dilma vai buscar a bóia com... o MST. Como já disse a própria Marta ao Estado, "ou o PT muda, ou acaba".
Herculano
22/03/2015 10:03
"EU NÃO SABIA" JOGA PSDB E PT NO MESMO SACO, por Josias de Souza

Uma das visões mais partilhadas no Brasil em relação aos políticos é a de que são todos uns a cara esculpida e escarrada dos outros. Na linguagem do asfalto: farinha do mesmo saco. Em campanha, declaram-se capazes de tudo para melhorar a vida da coletividade. Eleitos, revelam-se incapazes de todo. Ao menor sinal de escândalo, recorrem a um mesmo e invariável axioma: "Eu não sabia!"

Trata-se de uma desculpa multiuso. Serve para o Lula posar de inocente no mensalão do PT. Serve para o Azeredo se fingir de morto no mensalão do PSDB mineiro. Serve para Dilma reivindicar o papel de cega no petrolão. E passou a servir para que o Alckmin tente desembarcar do escândalo do cartel dos trens e do metrô de São Paulo.

Há dois dias, ganhou as manchetes a notícia de que a Justiça de São Paulo aceitou uma denúncia do Ministério Público sobre o cartel que operava sob as plumas do tucanato paulista. A encrenca envolve 11 empresas. São acusadas de se juntar num conluio para fraudar licitações e obter contratos da CPTM, a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos.

A promotoria pede que sejam devolvidos aos cofres públicos R$ 481 milhões - a cifra, ainda sujeita a correção monetária, corresponde ao valor dos contratos e a uma indenização por danos morais. As fraudes citadas no processo ocorreram entre 2000 e 2007. Na maior parte desse período, o governador era Alckmin. Só deixou o cargo em 2006, para ser derrotado por Lula numa peleja presidencial.

Alckmin, você sabe, já declarou que "não sabia" da tramóia. Se houve cartel, costuma dizer o governador tucano, o Estado é "vítima". E vai buscar o ressarcimento. Levando-se em conta tudo o que já havia sido noticiado em 2008, o lero-lero do governador perde substância.

Naquele ano de 2008, autoridades francesas e suíças invadiram os porões da Alstom, outra empresa do cartel. Recolheram sólidos indícios de pagamentos de propinas pelo mundo, algumas delas no Brasil - parte em São Paulo, parte na esfera federal. Em 2009, Alckmin ocupou o cargo de secretário de Desenvolvimento de São Paulo, no governo do correligionário José Serra. Em 2010, reelegeu-se governador. E nada de varejar os contratos.

Além de ser uma impossibilidade genética, a tese segundo a qual todos os políticos são iguais é uma armadilha perigosa. Na prática, desobriga o eleitor. Se são todos iguais, para que votar? Numa democracia ideal, a chave do sucesso está na capacidade de distinguir as diferenças.

A democracia brasileira talvez comece a ser construída no dia em que a plateia se der conta do seguinte: governantes que nunca sabem de nada são tolos ou cúmplices. Em qualquer hipótese, comprar um carro usado na mão deles ou dar-lhes o voto são coisas muitos arriscadas.
Herculano
22/03/2015 08:11
NÃO TEM JEITO. É UMA ATRÁS DA OUTRA DA MAIOR FRANQUIA NACIONAL DE SACANAGENS PARA ROUBAR OS NOSSOS PESADOS IMPOSTOS QUE FALTAM À SAÚDE, EDUCAÇÃO, SEGURANÇA INFRAESTRUTURA... ESTÁ TUDO DOMINADO. É UMA MALHA. É UMA TRAMA SEM FIM. ESTA É A MANCHETE DE CAPA DO JORNAL FOLHA DE S. PAULO DESTE DOMINGO: "PAGAMENTO A DIRCEU ERAM PROPINAS, DIZEM EMPREITEIRAS"

Segundo executivos, valores eram descontados de comissões devidas ao PT. Empresas investigadas pagaram R$ 9,5 milhões para consultoria do ex-ministro; petista diz que prestou serviços, informa em estarrecedora e esclarecedora reportagem Flávio Ferreira, enviado especial a Curitiba em colaboração com Graciliano Rocha e Lucas Ferraz da redação de São Paulo

Um dos empreiteiros acusados de participar do esquema de corrupção descoberto na Petrobras afirmou a investigadores da Operação Lava Jato que pagamentos feitos à consultoria do ex-ministro José Dirceu eram parte da propina cobrada pelo esquema.

Atualmente preso em Curitiba, o presidente da UTC Engenharia, Ricardo Pessoa, disse que os pagamentos a Dirceu eram descontados das comissões que sua empresa devia ao esquema, que correspondiam a 2% do valor de seus contratos na Petrobras.

Um representante de outra empreiteira sob suspeita, a Camargo Corrêa, afirmou aos investigadores que a empresa decidiu contratar os serviços de Dirceu por temer que uma recusa prejudicasse seus negócios com a Petrobras.

Os relatos dos empreiteiros, feitos durante reuniões com investigadores da Operação Lava Jato e não em depoimentos formais, chamaram atenção por revelar detalhes sobre a maneira como o ex-ministro se aproximou dos fornecedores da Petrobras.

Homem forte do início do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Dirceu caiu em meio ao escândalo do mensalão e foi condenado a dez anos de prisão no julgamento do caso. Ele hoje cumpre pena de prisão domiciliar, em Brasília.

Detalhes sobre os negócios do ex-ministro como consultor foram revelados na semana passada, quando o juiz Sergio Moro, que conduz os processos da Lava Jato na Justiça Federal, divulgou um relatório da Receita Federal sobre a consultoria de Dirceu.

O ex-ministro ganhou como consultor R$ 29,2 milhões entre 2006 e 2013. Cerca de um terço do dinheiro entrou na sua conta no período em que ele estava sendo julgado pelo Supremo Tribunal Federal por seu envolvimento com o mensalão, entre 2012 e 2013.

Empresas investigadas pela Lava Jato pagaram R$ 9,5 milhões pelos serviços da consultoria de Dirceu, num período em que o diretor de Serviços da Petrobras era Renato Duque, apontado como afilhado político de Dirceu - o que ele nega - e preso em Curitiba há uma semana.

Os empreiteiros ouvidos pelos investigadores da Lava Jato disseram que Dirceu procurava empresas que tinham contratos na Petrobras para oferecer seus serviços sem fazer menção explícita às comissões do esquema na estatal.

Segundo detalhou Pessoa, após a contratação de Dirceu, o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, autorizava que os valores pagos à consultoria do ex-ministro fossem descontados da propina derivada dos negócios com a diretoria de Serviços.

Os executivos contaram que Dirceu chegou a fazer alguns contatos em favor das empreiteiras, mas disseram considerar supervalorizados os serviços pelos quais pagaram. O ex-ministro afirma que sua consultoria prestou serviços legalmente e nega que tivesse conhecimento do esquema de corrupção na Petrobras.

Ricardo Pessoa, o presidente da UTC, negociou com os procuradores da Lava Jato um acordo para colaborar com as investigações em troca de redução da sua pena, mas não conseguiu chegar a um entendimento com eles.

Dois executivos da Camargo Corrêa presos em Curitiba, o presidente da empreiteira, Dalton Avancini, e o vice-presidente da área de finanças, Eduardo Leite, conseguiram um acordo com os procuradores e já prestaram vários depoimentos formalmente.

Os investigadores da Lava Jato acreditam ter localizado um vínculo entre Dirceu e o esquema de corrupção ao encontrar entre os clientes do ex-ministro a Jamp Engenharia, do consultor Milton Pascowitch, apontado como um dos operadores que teria distribuído propina para o PT.
Herculano
22/03/2015 08:04
ENCRENCAS DA LEVIANDADE MEGALÔMANA, por Elio Gasperi para os jornais O Globo e Folha de S.Paulo

Crises do Fies e da Sete Brasil são produto da associação de empresários astutos com burocratas incapazes

O governo está diante de duas encrencas. Pela amplitude, a maior é a do sistema de financiamento dos estudantes de faculdades privadas. Pelo valor, é a da empresa Sete Brasil, que fabricaria sondas para a Petrobras. Ambas foram produto da irresponsabilidade do governo e do oportunismo de empresários que se associaram em empreendimentos condenados ao fracasso, certos de que, na hora da conta, a patuleia seria chamada para cobrir o buraco.

Começando pelo Fies. Em 2010 o ministro Fernando Haddad mudou o acesso aos financiamentos da garotada. Baixou os juros, afrouxou as fianças e criou um sistema pelo qual um estudante que tirasse zero (repetindo, zero) na prova de redação poderia conseguir o financiamento. Com isso floresceram empresas bilionárias. Qualquer empresário sério saberia que essa conta não fechava, pois o dinheiro emprestado não retornaria no volume necessário.

O governo deu-se conta da encrenca e criou novos critérios, todos razoáveis. Centralizará a concessão dos empréstimos, dará prioridade às escolas bem avaliadas pelo MEC e exigirá a nota mínima de 450 pontos do Enem para o acesso ao programa. Quem tirar zero na redação cai fora. O que em 2010 parecia ser uma solução era um problema, e o que hoje parece ser um problema é uma solução.

As mudanças terão duas consequências: quem não tem nota não entra, e quem não oferece ensino de qualidade não arrecada.

Os interesses que se atrelaram à bolsa da Viúva apresentam as mudanças do Fies como um prejuízo social. Falso, elas é que se meteram num prejuízo fiscal. Tanto é assim que, para manter a clientela, começaram a criar financiamentos laterais com a rede bancária, onde não se brinca com fiança. Antes das mudanças de 2010 a rede privada trabalhava num modelo de financiamento privado. Veio o maná do MEC e nele refastelou-se. Agora, começam a estudar um novo caminho, talvez misto. Ele existe. Uma estudante de Chicago, filha de um zelador, casou-se com outro negro da classe média, educado pelos avós. Deram-se bem na vida e diplomaram-se em Harvard. Michelle e Barack Obama levaram 25 anos para quitar os empréstimos de US$ 80 mil dólares que tomaram para concluir seus estudos.

GERALDO? NÃO, VERA
Vem aí mais uma barulheira. O Conselho de Combate à Discriminação dos Direitos de Gays, Lésbicas, Travestis e Transexuais determinou a todas as escolas do país, inclusive as religiosas, que mudem algumas normas de funcionamento.

Se o estudante Geraldo quiser ser chamado de Vera, por Vera deverão chamá-lo, inclusive nos documentos. Se Daiane quiser ser Sebastião, dá-se o mesmo. Se a escola tem uniforme, Geraldo poderá se vestir de Vera e Daiane, de Tião.

A medida vale inclusive para adolescentes, sem que seja necessária autorização dos pais.

PETROPRIVATARIA
Pelo andar da carruagem, o processo de venda de ativos da Petrobras, que nem sequer começou, poderá ter lances capazes de fazer corar os mestres da privataria tucana.

SABEDORIA PETISTA
O documento da Secretaria de Comunicação da Presidência da República que deu dor de cabeça à doutora teve dois grandes momentos.

Num de lucidez, informou:

"O governo e o PT passaram a só falar para si mesmos".

Noutro, de abissal soberba, propôs:

"A publicidade oficial em 2015 deve ser focada em São Paulo, reforçando as parcerias com a prefeitura. Não há como recuperar a imagem do governo Dilma em São Paulo sem ajudar a levantar a popularidade do Haddad".

Tradução: o sujeito pinta a cara, vai para a avenida Paulista, o governo se assusta e a solução será investir mais em publicidade oficial, com recursos que saem do bolso de quem vai para a rua protestar.

Em 2013 o governo federal e suas empresas estatais gastaram R$ 2,3 bilhões.
Herculano
22/03/2015 08:04
A DIREITA NA RUA, por Elio Gasperi para os jornais O Globo e Folha de S. Paulo

Admita-se que as manifestações do dia 15 de março tiveram um conteúdo de direita, conservador, ou seja lá o que for. Vá lá. Disso resultam várias questões:

Se foi coisa da direita, ela foi para rua com um vigor que superou de longe as manifestações da esquerda. Na avenida Paulista não havia nenhum imigrante africano carregando balão porque recebeu R$ 30. Pelo contrário, um curioso contou três manifestantes que foram para a rua em cadeiras de rodas.

Se a bandeira da luta contra a corrupção foi para as mãos da direita, a esquerda deveria se perguntar por que e como deixou-a cair no ralo.

As multidões que foram para a rua na campanha das Diretas de 1984 não eram de esquerda. A direita que defendera a ditadura foi quem deixou a bandeira do voto cair no ralo.

O argumento segundo o qual uns poucos cartazes e faixas pedindo o retorno dos militares definem o caráter das manifestações tem o mesmo valor que o dos generais e de Paulo Maluf, que em 1984 viam nas bandeiras vermelhas uma essência comunista nos comícios das Diretas.

Finalmente, houve quem comparasse depreciativamente o dia 15 com a Marcha da Família com Deus pela Liberdade de 19 de março de 1964, em São Paulo. Nela havia mais gente que no comício de João Goulart na Central do Brasil, ocorrido uma semana antes.

Podem-se menosprezar as multidões, assim como se pode acreditar que as avenidas Atlântica e Nossa Senhora de Copacabana são transversais. Difícil, depois, será achar o rumo de casa.

AS FANTASIAS DA SETE BRASIL
Em 2010 armou-se na Petrobras uma empresa que deveria construir 23 navios sondas e seis plataformas de perfuração em alto-mar. Um negócio de US$ 89 bilhões. No lance estavam os notórios fundos de pensão de estatais, três bancos e o notável Pedro Barusco. Desde a concepção da empresa, sabia-se que as sondas custariam acima dos preços do mercado internacional.

Desde 2013 a Sete Brasil está no braseiro. No final do ano passado ela deixou de honrar alguns de seus compromissos e quer dinheiro do BNDES. Jogo jogado. O banco quer uma carta de fiança, mas a empresa diz que não tem como oferecê-la. Se o doutor Luciano Coutinho quiser, entra no negócio com US$ 3 bilhões do banco e sua biografia.

O que fica feio para a Sete Brasil é que circulem notícias de que a doutora Dilma mandou o BNDES socorrê-la. Admitindo-se que ela não tem nada a ver com essas informações, deveria desmenti-las, pois suas ações são negociadas na Bolsa. A primeira notícia apareceu em dezembro. Deu água. De lá para cá, ela reapareceu mais três vezes. Na vida real, a Sete já provocou um processo de bancos internacionais contra o Fundo Garantidor da Marinha Mercante.

Nos últimos dias a doutora Dilma repetiu a famosa frase do juiz americano Louis Brandeis, "a luz do sol é o melhor desinfetante". Boa ideia. Basta que ela vá para a vitrine defender o financiamento do BNDES ou que a diretoria da Sete Brasil conte o que houve e há por lá. Iludir o mercado é crime.
Herculano
22/03/2015 07:53
A VACA SEMPRE TOSSINDO, por Carlos Brickmann

Na campanha presidencial de 1960, Jânio Quadros repetiu o mesmo discurso, palavra por palavra, no país inteiro. E prometeu instalar umas quinze fábricas de automóveis, cada uma localizada exatamente no local em que fazia o discurso. Não havia problema: as comunicações eram precárias, ninguém sabia num lugar o que ele havia prometido em outro. O discurso repetido sempre parecia novo.

Jânio se elegeu há 55 anos. A tecnologia já é outra, não dá mais para disfarçar. E o Pacote Anticorrupção de hoje da presidente Dilma pode ser achado no Google. Em julho de 2005, quando o Mensalão quase afundou o Governo, o presidente Lula, ao lado da chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, lançou um Pacote Anticorrupção igualzinho ao de agora (veja no Google: "Lula", "Pacote Anticorrupção", "2005"). Em 2011, no início do seu mandato, Dilma teve de se livrar de sete ministros habituados a botar o dedo no pudim. Em setembro, houve protestos de rua contra a ladroeira. E a presidente anunciou de novo o mesmo Pacote Anticorrupção de 2005 - que, diga-se, é exatamente o de hoje. Se repetir a lei resolvesse, a corrupção no país seria abolida pela terceira vez em dez anos.

Mas será que o Governo quer mesmo pagar o preço político da luta contra a corrupção? A Casa Civil da Presidência da República há um ano e meio está sentada em cima da Lei Anticorrupção, e não há quem a convença a regulamentá-la para que entre imediatamente em vigor. Dilma poderia dar ordens à Casa Civil para que faça seu trabalho. Como se explica que, tão mandona, Dilma se cale?

DE FALCÃO...

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, propõe o corte da publicidade oficial nos veículos que, a seu ver, apoiaram a manifestação contra Dilma. Quer uma nova política de anúncios para a "grande mídia". Acusou até a Rede Record, do bispo Edir Macedo - que apoia Dilma e indicou Marcelo Crivella para o Ministério - de ajudar a convocar a manifestação. Acha que o povo foi para a rua, como se fosse manada, porque a imprensa o chamou.

Um provérbio judaico sintetiza: "Gente inteligente, mesmo quando se cala, diz mais que o tolo quando fala".

...A POMBO

Este colunista acha que Falcão não tem de alisar ninguém: deve radicalizar sua posição e propor de uma vez o fim da publicidade oficial. Não tem sentido torrar dinheiro público para dizer que o Governo é bom. Se for bom, o eleitor percebe sozinho. Publicidade oficial, só do tipo institucional: vacinações, editais de concorrência, balanços. E que a verba seja distribuída de acordo com os critérios clássicos de GRP - medida de público alcançado.

Talvez isso atinja alguns veículos favoritos de Falcão, mas não dá para fazer omelete sem etc., etc., etc.

TROVÃO SILENCIOSO

Panelaço? Nada! Buzinaço? Sussurro. Ruidoso mesmo, trovejante, é o obumbrar do silêncio de Lula, enquanto sua afilhada Dilma é massacrada até pelos aliados mal acertados do PMDB. Lula nada disse para apoiar a manifestação das centrais sindicais no dia 13, calou-se na manifestação do dia 15, silenciou quando o PMDB demitiu um ministro de Dilma.

Considerando-se que Lula não pula em piscina vazia, que será que ele sabe que nós não sabemos?

EL VUELO DEL DINERO

O programa Mais Médicos é uma resposta positiva às manifestações de 2013, com o objetivo de atender à população carente sem acesso à saúde. Só que não. Hoje, já se sabe que essa história é lenda. O ótimo repórter Fábio Pannunzio, da Rede Bandeirantes, desencavou uma gravação não autorizada da reunião em que se combinou a trama clandestina entre cubanos, Governo brasileiro e Organização Pan-Americana de Saúde, Opas.

A coordenadora da Opas, Maria Alice Barbosa Fortunato, diz: "Se a gente coloca 'governo cubano', se o nosso documento é público, qualquer pessoa vai entender que a gente está driblando a coisa de fazer acordo bilateral e pode dar uma detonada." Para fingir que não era acordo bilateral e ocultar o objetivo real de trazer cubanos e transferir dinheiro brasileiro para Cuba, sugere a inclusão de uns poucos médicos de outros países. "A gente pode colocar (...) Mercosul e Unasul, para tirar o foco de Cuba (...)"

BATOM LÁ MESMO

Estaria o Governo brasileiro a par de tudo ou a iniciativa seria de funcionários ativistas? O Governo sabia de tudo. O assessor para Assuntos Internacionais do Ministério da Saúde, Alberto Kleinman, diz que salários e forma de pagamento tinham sido definidos por Marco Aurélio Garcia, assessor internacional da Presidência. Seriam 60% para o Governo cubano e 40% para os médicos. O contrato que definiu o envio de dinheiro brasileiro a Cuba - mais da metade do salário de cada médico - foi redigido no fim de 2012. E ficou guardado até o meio de 2013, quando o programa surgiu como se atendesse às manifestações.
Herculano
22/03/2015 07:42
A PRENSA DE LULA EM DILMA, editorial do jornal O Estado de S.Paulo

Gilberto Carvalho, ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência, cumpriu mais uma vez seu papel de fiel porta-voz do ex-presidente Lula ao atacar publicamente o ajuste fiscal que está sendo executado pelo governo de Dilma Rousseff. Conhecido por seu trânsito nos movimentos sociais e nos sindicatos, Carvalho criticou a presidente sem nenhum constrangimento durante encontro com sindicalistas no último dia 16.

"Eu tenho vergonha de dizer: nós erramos", discursou Carvalho, utilizando o pronome pessoal "nós" de acordo com a peculiar gramática lulista, que dá a impressão de incluir no discurso aquele que fala, quando, na verdade, atribui toda a responsabilidade do dito "erro" a terceiros - no caso, um governo a que Carvalho e sua turma já não servem. Logo, a "vergonha" à qual o ex-ministro se refere é apenas de Dilma, e não dos lulistas.

Como se sabe, Lula está em campanha para salvar-se a si mesmo. Além de elevar o tom nas conversas mais recentes com Dilma - consta que chegou a gritar com sua criatura e estapear a mesa em uma de suas últimas reuniões -, o potentado petista resolveu atiçar a militância dita "social" contra o ajuste fiscal. Com isso, Lula pretende descolar sua imagem de uma presidente cada vez mais isolada, empunhando a bandeira da defesa dos trabalhadores em meio à crise.

O ajuste não é um capricho, como sabem todos aqueles com um mínimo de bom senso. Trata-se de um sacrifício necessário para reconstruir uma economia danificada pela irresponsabilidade fiscal do lulopetismo. Dilma parece ter entendido, decerto a contragosto, que o País não suportaria mais quatro anos de tolerância com a inflação e de rombos nas contas públicas. Pois justamente no momento em que ela mais precisa do apoio de sua base, a começar pelo seu próprio partido e pelo seu mentor, o que ela deles recebe é uma hostilidade crescente.

Lula, claro, não se expõe pessoalmente. Fala por interpostas pessoas, como Gilberto Carvalho, que passou todo o primeiro mandato de Dilma atazanando-a com os recados do chefe. E o agora ex-ministro cobrou de Dilma que reconheça a dívida que tem com Lula e com o PT.

"Nós tivemos uma eleição que só foi ganha pela luta de vocês, pela luta da nossa militância. Aqueles 3 milhões de votos que nos salvaram, nós sabemos que foram graças à luta da militância. E a gente, quando acabou a eleição, em vez de chamar o pessoal para discutir - 'olha pessoal, vamos fazer um programa para valer, popular' -, nós esquecemos", disse o ex-ministro. Para Carvalho, portanto, Dilma tem contas a acertar com essa militância.

"Levou um mês para ser chamada a CUT lá no Palácio (do Planalto). Um mês para o MST ser chamado lá no Palácio. E viemos com um pacote que só penalizou o lado dos trabalhadores, sem nenhuma comunicação. Devo dizer que fiquei muito triste com isso. Esse foi um erro imperdoável que nós cometemos. Não tem como negar. Porque assim você não faz alianças estratégicas", declarou Carvalho, expondo a grande insatisfação dos lulistas com a perda de espaço no governo dilmista.

Os sindicalistas se queixaram a Carvalho de que está cada vez mais difícil mobilizar trabalhadores para defender o governo nas ruas, em razão das dificuldades criadas pelo ajuste. O ex-ministro respondeu que Dilma já entendeu o "erro" que cometeu ao não ceder às demandas dos movimentos sociais e afirmou acreditar que "a lição foi aprendida".

Essa pressão explícita, vocalizada um dia depois do maior protesto popular realizado contra Dilma até agora e em meio ao esfarelamento da base governista no Congresso, deixa claro que a prioridade de Lula no momento não é socorrer a presidente. O ex-presidente e candidatíssimo a voltar ao cargo em 2018 está mais interessado em fazer seus eleitores acreditarem que o atual aperto nos cintos resulta não da necessidade de reorganizar a economia, após anos de esbórnia, mas da recusa da presidente em lhe dar ouvidos sobre como deveria governar.
Herculano
22/03/2015 07:40
HITÓRIA DA CAROCHINHA, por Bernardo Mello Franco para o jornal Folha de S. Paulo.

Políticos são treinados para não dizer a verdade. Com raros deslizes, a cartilha tem sido seguida por todos os acusados de receber dinheiro do petrolão.

Enquanto doleiros e empresários assinam acordos de delação para confessar o que fizeram, os 35 parlamentares investigados na Lava Jato se mantêm de bico fechado.

Quando caminham até os microfones da Câmara e do Senado, é para repetir que não fizeram caixa dois, não receberam propina de empreiteiras e não tinham ideia do esquema de corrupção na Petrobras.

"Ninguém vai para a tribuna dizer que é culpado", constatou o senador Omar Aziz (PSD-AM), em uma modorrenta sessão de terça-feira.

A intenção dele era defender um colega investigado, mas o discurso acabou revelando mais do que muitas peças de defesa lidas até aqui.

"Eu quero fazer um alerta a esta Casa: todos nós estamos sob suspeita", afirmou Aziz. Faz sentido, já que os partidos de 80 dos 81 senadores receberam doações de empresas da Lava Jato nas eleições do ano passado.

"Eu não acredito que o proprietário da empresa A, B ou C ache a gente bonito e por isso bote dinheiro na nossa conta. Eu não acredito nessa história da carochinha", prosseguiu.

O discurso estava promissor, mas Aziz pareceu se lembrar de alguma coisa e mudou de assunto. Se não é a beleza dos parlamentares, qual motivo levará as empreiteiras a repassar parte de seus lucros aos políticos? Fale mais, senador!

***
Nem toda a elite branca está contra Dilma Rousseff. Aos 85 anos, a decana das grã-finas cariocas, Carmen Mayrink Veiga, considera que "estamos indo bem" com a presidente, "uma corajosa".

"Apesar de muito ocupada, está sempre impecável, com o cabelo arrumado e roupa bonita. Adorei esse terno verde que ela usou esses dias", acrescentou a socialite, em entrevista à revista "Época".
Herculano
22/03/2015 07:35
DILMA TEM 20 DIAS PARA CONTORNAR CRISE, DECRETAM CONVIDADOS EM FESTA

Conteúdo The Brazilian Post. A presidente Dilma Rousseff tem 20 dias para romper o isolamento político, reestruturar seu governo e apontar caminhos para sair da recessão econômica. Caso contrário, será difícil manter a governabilidade e evitar a escalada da insatisfação popular.

O diagnóstico e o ultimato foram repetidos, com pouca variação, por alguns dos principais personagens da crise política que vive o governo durante a concorrida festa de 70 anos de Marta Suplicy, na última sexta-feira em São Paulo ? que, além de festa de aniversário, teve um clima de "cerimômia do adeus" da senadora depois de 35 anos no PT.

De saída do PT e uma das vozes mais críticas a Dilma, Marta reuniu o vice-presidente Michel Temer, o ex-presidente José Sarney, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, e o ministro de Minas e Energia de Dilma, Eduardo Braga.

Nas rodas de conversas, esses protagonistas discutiam abertamente com senadores e deputados governistas e de oposição, advogados e empresários os cenários possíveis para o governo.
"Ela tem de 15 a 20 dias para sair da encruzilhada e apontar o caminho que seu governo vai seguir nos próximos três anos e 9 meses. Caso contrário, será difícil assegurar a governabilidade", avaliava um dos responsáveis pela articulação política atual.

O prazo coincide com a data da segunda onda de protestos nacionais contra Dilma, marcada para 12 de abril. Políticos de vários partidos avaliam que a presidente terá de apresentar um conjunto de medidas mais concretas antes disso e pedir um "voto de confiança" à população.
"Isso terá de ser feito sem tergiversar em assumir os erros", ponderava um experiente político na festa da senadora dissidente.

O próprio quórum expressivo que Marta conseguiu reunir numa semana especialmente tensa para o governo mostrou, no entender de vários dos convidados, que existe um grupo de políticos conversando para tentar reconstruir pontes rompidas com a agudização da crise.

A anfitriã circulou a noite toda entre as mesas tomadas por cerca de 300 pessoas no salão de festas em um prédio nos Jardins. Elegante em um vestido branco com corpete bordado em pedrarias e saia evasé do estilista Samuel Cirnansck e sem descer do salto agulha Louboutin altíssimo, Marta explicava a ausência de petistas entre os convidados.

O único petista presente, o senador Delcídio Amaral (MS), demonstrava certo constrangimento e procurava fazer graça com a situação: "O pessoal deve estar chegando". Marta disse que convidou a bancada, mas senadores petistas diziam nos dias anteriores não terem sido chamados.

Uma ausência foi a mais comentada: a do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Não o convidei. Na última conversa que tivemos, disse a ele que iria buscar o meu caminho. Lula é o maior estadista que este país tem, mas agora não faria sentido estar aqui", disse a senadora à Folha.

Ela repassou calmamente todas as etapas de seu afastamento em relação ao partido e a Dilma. Afirmou que desde o início de 2014 viu com "clareza" que a presidente não teria condições de conduzir a economia e a política num novo mandato, o que a levou a tentar construir -primeiramente com aval discreto do próprio Lula- um movimento pela troca de Dilma pelo antecessor.

Diante do malogro da tentativa e do agravamento da crise, ela não mede palavras em decretar: "O PT acabou. Aquele partido que eu ajudei a fundar fazendo reuniões na minha casa, indo de porta em porta, em assembleias, ele não existe mais".

O novo caminho de Marta ficou evidente na festa pela presença maciça do comando do PSB, sigla à qual a senadora se filiará nos próximos dias. O vice-governador de São Paulo, Marcio França, o presidente da sigla, Carlos Siqueira, e o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, demonstravam entusiasmo com a candidatura de Marta à Prefeitura de São Paulo no ano que vem.

O ingresso numa legenda de oposição a Dilma e próxima ao PSDB no Estado levaram Marta, fundadora do PT, a se aproximar dos tucanos. Ela convidou o governador Geraldo Alckmin, que não compareceu mas pediu ao vice que o representasse.

A senadora sabe que terá de se reinserir no eleitorado "azul" da cidade, ironicamente aquele composto pela classe social a que ela mesma sempre pertenceu e que era predominante na festa de sexta-feira.

"Eu sei que haverá a necessidade de reconstruir as relações. A maneira de fazer isso será explicar com clareza que, como governante, fiz uma opção clara pelos que mais precisam, e que ela é a correta para o conjunto da cidade", disse Marta.

As críticas a Dilma rivalizavam, entre os convidados, com as queixas dirigidas ao prefeito Fernando Haddad. A todas, Marta não hesitava em fazer suas próprias.

"O governo dele é de uma incompetência total. Ele tenta copiar algumas marcas modernas da minha gestão, mas a periferia está totalmente abandonada", dizia ela num grupo.

Em mais uma demonstração do caráter "ecumênico" da festa, e da capacidade do PMDB de transitar entre o PT e a oposição, estava lá o secretário de Educação e provável vice de Haddad na chapa à reeleição, Gabriel Chalita.

O símbolo maior da deterioração da confiança em Dilma e Haddad entre o público que foi cantar parabéns para Marta foi o cabeleireiro Celso Kamura, que cuida das madeixas presidenciais desde 2010, levado pelas mãos da própria Marta -a quem trata como uma diva.

Questionado sobre o momento atual da presidente, Kamura fecha o semblante e mede as palavras. Diz que ouve cada vez mais reclamações de suas clientes e deixa claro que se afastou da presidente nos últimos tempos.

"Antes eu chegava lá, entregava uma 'Caras' para ela, conversava, trocava ideias. Agora eu apenas entrego a 'Caras'", disse, já de saída, com duas caixinhas de macarons nas mãos.
Herculano
22/03/2015 07:25
ALIADOS DE DILMA JÁ FALAM EM PARLAMENTARISMO, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros.

Com a popularidade em queda livre, Dilma precisará enfrentar os próprios deputados governistas, que afirmam não suportar a ideia de vê-la no comando pelos próximos anos, e já falam em desencavar projetos para mudar o Presidencialismo para sistema Parlamentarista. A ideia é recuperar qualquer das propostas de emenda à Constituição (PEC) em tramitação na Câmara e colocá-la na pauta de votações.

CONSPIRAÇÕES
Enquanto governistas sonham com o parlamentarismo, a oposição continua construindo a fundamentação do projeto de impeachment.

BLOCÃO UNIDO
A proposta de parlamentarismo tem sido discutida em reuniões do chamado "blocão", em locais fora do alcance do governo.

FIGURA DECORATIVA
Deputados do "blocão", formado basicamente por governistas, querem fazer de Dilma uma "rainha da Inglaterra", meramente decorativa.

CONTABILIDADE
Para aprovação de uma PEC são necessários 308 votos de deputados. Somando-se à oposição, o blocão calcula que teria número de sobra.

CARTÕES DO GOVERNO: R$ 6,2 MILHÕES EM 2 MESES
Apenas nos dois primeiros meses do ano, o governo Dilma conseguiu gastar R$ 6,27 milhões com cartões corporativos. Tudo na conta do contribuinte, claro. A Secretaria de Administração da Presidência da República, encarregada de abastecer os carros e fazer compras diversas para a presidenta, é o órgão que mais usou os cartões: R$ 887 mil, mas 98% da conta é "sigilosa" por "motivos de segurança".

É QUEM GANHA
No total, a Presidência da República é a líder de gastos com cartões corporativos: R$ 1,8 milhão nos dois primeiros meses do ano.

SEGUNDO E TERCEIRO
Os ministérios da Justiça (com a Polícia Federal) e do Planejamento (com o IBGE) gastaram R$ 1,3 milhão e 976 mil, respectivamente.

EM CASH
O pequeno ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome foi o que menos gastou com cartões: um "saque cash" de R$ 105.

PRÊMIO DE DESPEDIDA
Servidores do Ministério da Pesca denunciaram à Comissão de Ética Pública da Presidência da República a chefe de gabinete Claudia Gama: ela teria recebido do então ministro Eduardo Lopes um presente de despedida do cargo: viagem ao exterior por conta do contribuinte.

ESTICADINHA
A chefe de gabinete do Ministério da Pesca viajou entre 9 e 28 de dezembro passado, quando o ministro se despedia do cargo. Representou-o em Portugal e Mônaco, e depois deu uma esticadinha.

DAQUI NÃO SAIO
Rose de Freitas (PMDB-ES) também é do grupo de senadores que ocupa ilegalmente apartamentos de deputado federal. Os outros são Romário (PSB-RJ) e Wellington Fagundes (PR-MT). A Câmara gastou R$ 280 milhões reformando esses imóveis para os novos deputados.

REI DO ATESTADO
O juiz que usou carrões confiscados de Eike Batista era conhecido em Colatina (ES), onde atuou, como "rei do atestado médico". Mesmo sob licença médica, dava aulas em cursinhos, principalmente em Vitória.

O CHORO É LIVRE
A Câmara do Patrimônio Imaterial do Iphan, responsável pela análise dos pedidos de Registros, deu sinal verde para estudos que pretendem fazer da Roda de Choro Patrimônio Cultural do Brasil.

NÃO FALTOU AVISO
Meses antes do incêndio no condomínio de logística Cone Suape, em Cabo de Santo Agostinho, as empresas que viraram cinzas notificaram a construtora Moura Dubeux sobre problemas na instalação elétrica.

FUNDO DO POÇO
O deputado Mendonça Filho (DEM-PE) atribui ao tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, parte da rejeição a Dilma. A permanência de Vaccari no partido, para ele, "afunda ainda mais" a madame.

ENTENDIMENTO
Deputados aliados e da oposição concordam com a necessidade de diminuir a tensão com o governo. Dizem que a queda na popularidade de Dilma e do Congresso pode arrastá-los para o buraco.

O BRASIL É ELA?
Como Luiz XIV (O Estado sou eu), Dilma chamou os brasileiros vestidos de verde e amarelo, que foram às ruas contra ela, de "minoria que se opõe ao Brasil".
Pedro Paulo
22/03/2015 06:34
Alguém de ILHOTA saberia me responder se o prefeito DANIEL, já voltou de MIAMI nos EUA, e o que ele foi fazer lá? E quais os vereadores que votaram autorizando a viagem. Porque não dá pra acreditar nossa cidade numa lama imensa, nosso prefeito com os bens bloqueados e mesmo assim vira as costas pra tudo e vai passear. Como diz o Gilberto morro e não vejo tudo ou vejo tudo e não morro.
Almir ILHOTA
22/03/2015 06:25
Herculano.

Veja só a ultima do prefeito Daniel de nossa querida ILHOTA, nosso alcaide se tornou projeto de ditador, ao chamar o gerente do banco do brasil em seu gabinete e exigir que os dois atendentes, dois caixas (venancio e Fernando) pareassem de falar mal dele e de sua administração sob pena de transferi-los pra outra agencia ou então transferiria os recursos das contas da prefeitura pra outro banco. Se a moda pega teríamos que parar de falar do petrolão, mensalão, dilma. Adeus nossos direitos de expressão e a imprensa livre.
Pernilongo Irritante
21/03/2015 21:20
O papa Francisco pronunciou neste sábado (21) um de seus discursos mais duros ao afirmar que "a corrupção é suja", que "uma sociedade corrupta é uma porcaria", e que aquele que permite a corrupção não é cristão e também "fede", como um animal morto.

Extranho! Ele nunca esteve em Gaspar.

Será que é vidente?
Herculano
21/03/2015 20:20
UM PAÍS DE COSTAS PARA O FUTURO. PARA PROTEGER GRUPOS APARELHADOS OU QUE VIVEM À SOMBRA DO ATUAL GOVERNO, NÃO TEMOS UMA LEI ANTITERROR. MAS, TEM BRASILEIRO QUE NÃO SÓ SIMPATIZA, MAS PARTICIPA DAS BARBÁRIES PRATICADAS PELO ESTADO ISLÂMICO, AQUELE QUE A PRESIDENTE DILMA ESTARRECEU O MUNDO E DISSE NA ONU QUE NÃO DEVERIA SER COMBATIDO MAS SE ESTABELECER NO DIÁLOGO.

Relatório enviado ao governo mostra cooptação de brasileiros pelo Estado Islâmico. Segundo 'O Estado de S. Paulo', o grupo terrorista busca jovens na América do Sul. Até agora, mais de dez aderiram no Brasil.

O governo brasileiro recebeu relatórios de diferentes órgãos de inteligência que detectaram tentativas do grupo terrorista Estado Islâmico de recrutar jovens brasileiros no país, segundo reportagem do jornal O Estado de São Paulo. De acordo com os documentos, o grupo tem procurado potenciais "lobos solitários" brasileiros. Essa classe de insurgente é caracterizada por jovens capazes de arquitetar e executar ataques com facilidade, passando incólumes pela polícia justamente por não constarem de listas internacionais de terroristas. Segundo os relatórios, a situação é de "luz amarela".

A reportagem do jornal afirma que houve reuniões sobre o tema na Casa Civil ao longo da última semana. Representantes da pasta analisam os riscos de recrutadores tentarem driblar a segurança no período que antecede os Jogos Olímpicos de 2016. Os textos dos órgãos de inteligência apontam que, apesar de os maiores riscos envolvendo o evento esportivo recaírem sobre as manifestações e as possíveis greves, a maior preocupação é, mesmo, o terrorismo.

Segundo os relatórios, apesar da aparente tranquilidade do governo em relação à ameaças, o país é alvo significativo. O Estado Islâmico, que tem buscado seus recrutas exclusivamente na Europa, teria a intenção de expandir o campo de procura para a América do Sul. Diante de tal risco, policiais europeus estiveram no país e fevereiro para se reunir com autoridades.

Os documentos detalham que o governo brasileiro estaria seguindo uma estratégia de prevenção direcionada às famílias, e não apenas aos jovens. Com isso, órgãos como a Abin e a Polícia Federal poderiam detectar focos de cooptação e alvos mais suscetíveis. Ainda de acordo com o jornal, as autoridades teriam encontrado mais de dez brasileiros convertidos se utilizando de redes sociais para estimular sírios deslocados pelo conflito a se juntar ao grupo terrorista. A intenção dos jovens, segundo a investigação, não é aderir à luta armada no exterior - mas convencer os sírios dissidentes a voltar.

O agravante, apontam os documentos, é que devido à ausência de uma lei antiterrorismo no país, o poder das autoridades em situações como essa é limitado a um acompanhamento das atividades dos suspeitos.
Herculano
21/03/2015 20:12
O BRASIL CONTINUA NA FILA DO ATRASO.

Quem quer ser candidato a presidente do Brasil? Um coroné, destemperado. E a oportunidade pode fazer a ocasião. Foi assim que o Brasil teve Jânio Quadros, os militares, José Sarney, Fernando Collor de Mello, Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Vana Roussef. Agora, que armou o circo para aparecer e se aboletar numa onda foi o tal Cid Gomes, ex-governador do Ceará.

Está na Veja. Na última quinta-feira, antes de abandonar o plenário da Câmara dos Deputados, àquela altura já ex-ministro da Educação, Cid Gomes afirmou da tribuna que "saiu da pequena cidade de Sobral e para ela voltará". Mas engana-se quem pensa que o irmão do meio da família Gomes - Ciro é o primogênito e Ivo é o caçula, todos políticos - não tem ambições maiores. No dia seguinte, ele conversou com deputados do pequeno e quase familiar Pros, seu partido - tem 12 cadeiras na Casa. Disse que, caso o governo Dilma Rousseff se configure um paciente terminal, pretende seguir os passos do irmão Ciro e disputar a Presidência da República. Na conta de Cid, o PSB, um dos seus ex-partidos, deverá ficar no campo da oposição e tende a orbitar o tucanato - o que abriria espaço para ele alçar um voo mais alinhado à esquerda.
Herculano
21/03/2015 20:04
O MARQUETEIRO AVISOU QUE DILMA PODERIA VIRAR RAINHA.FALTOU PREVER QUE EDUARDO CUNHA SERIA PRIMEIRO-MINISTRO DE MARIA II, por Augusto Nunes, de Veja

"A República brasileira não produziu uma única grande figura feminina, nem mesmo conjugal", pontificou João Santana em dezembro de 2010. "O espaço metafórico da cadeira da rainha só foi parcialmente ocupado pela princesa Isabel. Dilma tem tudo para ocupar esse espaço". Com duas frases, o marqueteiro da corte comunicou a milhões de súditos que eram apenas questão de tempo a Proclamação da Monarquia, a transformação do gabinete presidencial em sala do trono e a coroação de Dilma Rousseff.

Nesta semana, depois do fulminante despejo de Cid Gomes - a primeira demissão de um ministro anunciada não pela presidente da República, mas pelo presidente da Câmara -, o palavrório declamado há quatro anos pelo vidente aprendiz pareceu menos amalucado: cada vez mais, a cara, o jeito e o falatório de Dilma lembram uma rainha cujos poderes foram amputados pelo regime parlamentarista.

Se fosse mesmo bom de bola de cristal, Santana teria também previsto que a segunda rainha do Brasil - no início do século 19 houve Maria I, mãe de dom João VI - acabaria forçada a conviver com o primeiro-ministro Eduardo Cunha. Ela faz reinações, ele manda. Ela promete em discurseiras desconexas o que não pode cumprir. Ele demite ministros indicados pela soberana, decide quem deve liderar a bancada governista e, simultaneamente, chefia a oposição a Maria II.

Pena que Maria I não ressuscitar só para ter uma conversa com Maria II. Depois de ouvir três ou quatro frases sem pé nem cabeça, Dona Maria, a Louca, entenderia que doida é a outra. E exigiria que o epíteto, junto com o trono e a coroa, fosse imediatamente repassado à rainha de João Santana.
Herculano
21/03/2015 20:01
O RECADO FOI PARA A MÁFIA DO SUL DA ITÁLIA. MAS NADA DIFERE DO BRASIL E A LADROAGEM DOS NOSSOS PESADOS IMPOSTOS PROMOVIDA PELOS POLÍTICOS BRASILEIROS, PRINCIPALMENTE NO GOVERNO LIDERADO PELO PT E PMDB. PAPA AFIRMA QUE A
CORRUPÇÃO É SUJA E QUE A SOCIEDADE CORRUPTA FEDE


O conteúdo é da Agência de Notícias Efe. O papa Francisco pronunciou neste sábado (21) um de seus discursos mais duros ao afirmar que "a corrupção é suja", que "uma sociedade corrupta é uma porcaria", e que aquele que permite a corrupção não é cristão e também "fede", como um animal morto.

"Quanta corrupção há no mundo. (...) A corrupção é suja e a sociedade corrupta é uma porcaria. Um cidadão que deixa que a corrupção o invada não é cristão!", afirmou.

O pontífice argentino realizou estas declarações durante um discurso em Scampia, um dos bairros da periferia norte de Nápoles (sul da Itália) que tradicionalmente esteve vinculado à máfia local, a Camorra.

O bispo de Roma aproveitou a ocasião para se dirigir aos milhares de napolitanos que foram até a praça de João Paulo II para escutá-lo para incentivá-los a lutar contra o mal e a ter o valor e a coragem de ir pelo caminho do bem e da justiça.

"Espero que tenham a coragem de seguir adiante com alegria, de levar esperança, de ir pelo caminho do bem e não pela do mal. (...) De ir adiante limpando a própria alma, a alma da cidade e da sociedade para que não exista esse cheiro putrefato que tem a corrupção", ressaltou com firmeza.

Crianças
Rodeado de dezenas de crianças que cantavam seu nome e que interromperam em algumas ocasiões seu discurso, Francisco descreveu Nápoles como uma cidade na qual "se tentou criar uma "terra de ninguém", um "território em mãos da chamada microviolência".

Além disso, o papa destacou da cidade sulina sua "longa história, atravessada por desafios complexos e dramáticos" e reconheceu que o dia a dia está cheio de dificuldades e de "duras provas".

Complicações que, no entanto, podem contribuir para criar "uma cultura de vida que ajuda a se levantar após cada queda, que ajuda a conseguir de alguma maneira que o mal não tenha a última palavra".

Por isso, o máximo representante da Igreja Católica insistiu na importância de que estes fiéis mantenham a esperança para não permitir que "quem voluntariamente" tome "o caminho do mal roube um pedaço de esperança de si mesmo e dos demais".

Paralelamente, o papa insistiu na importância de dividir uma boa educação para formar, assim, a jovens e ensiná-los que sigam o caminho do bem e se afastem das práticas delitivas.

"A educação é o caminho justo porque previne e ajuda a ir para frente", assinalou.

O bairro de Scampia foi o segundo parada da viagem que empreendeu o papa Francisco hoje à região sulina de Campânia.

O início de sua visita aconteceu no Santuário de Pompéia, onde chegou aproximadamente por volta das 8h local (5h, em Brasília) e onde permaneceu cerca de 35 minutos, orando para Virgem Maria e em companhia de milhares de fiéis que se aproximaram para vê-lo e receber sua bênção
Herculano
21/03/2015 19:53
INFECÇÃO BRABA, ANTIBIÓTICO FRACO, por Eliane Cantanhede, para o jornal O Estado de S. Paulo

A política é definida de fora para dentro do Congresso. Quanto mais vibrantes as ruas, mais fracos os governos; quanto mais fracos os governos, mais fortes a Câmara e o Senado e mais tonitruantes os líderes partidários.

Milhões de pessoas gritando "Fora Dilma", a aprovação da presidente despencando para 13%, a rejeição disparando para 62% e um documento do próprio Planalto admitindo o "caos político" e que "não será fácil virar o jogo"? Pois é, depois dessa sequência de tragédias para o governo, tudo o que Dilma Rousseff teve a oferecer foi o tal pacote anticorrupção.

Primeiro, o pacote não contém novidade e vem rolando preguiçosamente pela burocracia desde ao menos junho de 2013. Segundo, desabou sobre a opinião pública como um traque se comparado ao estrondo das ruas e das pesquisas. Terceiro, depende de aprovação do Congresso, controlado por dois alvos do Supremo e um PMDB conflagrado.

Para piorar, o anúncio das medidas, pela presidente e pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, foi atropelado pelo bólido Cid Gomes, que chegou desgovernado e na hora do rush, ou da crise. O que ele falou sobre os "300 ou 400 achacadores" tem lá boas doses de verdade, mas ninguém fala o que quer, na hora que bem entende. Principalmente se é ministro de um governo atolado numa crise que poucas vezes se viu.

Gomes, famoso por levar a sogra para passar o carnaval em Paris num jatinho alugado com dinheiro público, reuniu fanfarronice, arrogância e inabilidade política no seu embate com o Congresso e sai do Ministério da Educação sem deixar saudade - nem no Planalto nem na própria pasta. E ainda vai responder a processo por danos morais apresentado ontem pela Câmara.

Mas o mais grave do pacote anticorrupção é o quinto aspecto, digamos, de cunho prático: se já estivessem em vigor, medidas como a criminalização do caixa 2, o confisco de bens obtidos ilicitamente e a aplicação da Ficha Limpa para servidores públicos teriam evitado o escândalo da Petrobrás?

O pacote seria capaz de impedir que um único diretor da Petrobrás amealhasse a bagatela de US$ 100 milhões, como aconteceu? Que o esquema rateasse mais de R$ 1 bilhão entre seus beneficiários? Que empreiteiras assaltassem a empresa, políticos extorquissem, diretores embolsassem tanto, doleiros lavassem como nunca? Improvável. É um antibiótico fraco para uma infecção braba.

O resultado de tudo isso é que Dilma tenta manter a pose em público, mas está frágil, perdeu o controle da situação e não demonstra capacidade de reação minimamente razoável às ruas, às pesquisas, à força do PMDB, aos presidentes da Câmara e do Senado.

Tem-se, então, um círculo vicioso: povo nas ruas, governo fraco, PMDB forte, popularidade despencando e mais povo nas ruas, ou batendo panelas, ou fazendo buzinaços nos grandes centros. O 15 de março passou, a ameaça continua no ar.

Ok, manifestações são coisa de elite e de classe média mesmo, como nas Diretas-Já e no impeachment de Collor, mas o descontentamento atual, como naqueles momentos, vai muito além e atinge todas as regiões e todas as faixas de renda e de escolaridade.

Vejamos: pelo Datafolha, a rejeição a Dilma (e ao que ela representa) bate em 60% entre os que ganham até 2 salários mínimos e em 66% na faixa de 2 a 5 mínimos. E o desemprego mal começou a botar as garras de fora.

É assim que se esvai o último discurso dos que resumem tudo a um chilique das elites, a uma guerra entre ricos e pobres, brancos e negros, olhos azuis e castanhos. Quem faz um diagnóstico tão primário está errado e vai se arrepender. Principalmente se for presidente da República.
Herculano
21/03/2015 19:49
QUEIMA DE ARQUIVO, por Lauro de Jardim, de Veja

Advogados querem evitar registros da corrupção nos computadores

Advogados das empresas envolvidas na Lava-Jato estão aconselhando os seus clientes a quebrar os discos rígidos de todos os computadores das empresas.

Numa palavra, joga fora e compra tudo novo.
Violeiro de Codó
21/03/2015 19:35
Sr. Herculano:

Que papinho pa-ta-ti, pa-ta-tá... desse ex-Anta.
Esse é o resultado de ter convivido 22 anos com uma velha de mierda.
Fui!
Juju do Gasparinho
21/03/2015 19:25
Prezado Herculano:

Pelo que achei no Blog do Coronel, ninguém quer ser líder da Dilma no
Senado.

"Desde a saída de Eduardo Braga (PMDB-AM) para ser ministro de Minas e Energia que Dilma Rousseff não tem líder do governo no Senado. O PMDB não quer nem saber do cargo. A negativa faz parte da análise que o partido faz sobre o custo-benefício da ocupação de determinados cargos, em meio à crise cada dia mais grave. ?Deixamos a indicação para o governo, para o PT?, afirma o senador Eunício Oliveira(PMDB-CE). Não há no PMDB a intenção de expor ninguém para defender o ajuste no momento em que o PT critica as medidas. Pela primeira vez, tudo indica que o PMDB deixa de lado o fisiologismo para não arcar com futuros ônus decorrentes da crise econômica".

Ella poderia colocar nos classificados (o Gilberto nem cobraria):
Procura-se um líder para os 300 picaretas do Lulla ou para os 400
achacadores de Dilma.



Postado por O EDITOR às 10:55:00 5 comentários



sidnei luis reinert
21/03/2015 17:47
Jair Messias Bolsonaro:

- NESTA TARDE GRAVEI PARA O HORÁRIO POLÍTICO.

- COVARDIA DO PT COM OS PAIS E AS CRIANÇAS NAS ESCOLAS:

"O DIÁRIO OFICIAL DE 12 DE MARÇO GARANTE, NAS ESCOLAS, QUE UM ALUNO DE 6, 7 OU 8 ANOS, CASO QUEIRA FREQUENTAR O BANHEIRO DAS MENINAS, USAR SAIAS OU SER CHAMADO DE "MARIA", ASSIM O FAÇA - SEM QUE SEJA OBRIGATÓRIA A AUTORIZAÇÃO DO RESPONSÁVEL.

VOCÊ, PAI OU MÃE, CONCORDA COM ISSO?

AFINAL, O GOVERNO QUER COMBATER A HOMOFOBIA OU ESCULACHAR O QUE RESTA, DOS VALORES FAMILIARES?"

- ASSISTA AO VÍDEO DE 28 SEGUNDOS.

https://www.facebook.com/video.php?v=460677264081265
sidnei luis reinert
21/03/2015 17:20
Alemanha ficou vice desta vez...chupa Alemanha!!

Salário dos professores brasileiros está entre os piores do mundo

http://veja.abril.com.br/blog/impavido-colosso/salario-dos-professores-brasileiros-esta-entre-os-piores-do-mundo/

Um estudo com 30 países divulgado pelo IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação) mostra que o Brasil é o país onde os impostos arrecadados menos se convertem em serviços para a população. Para calcular as posições de cada país, o IBPT criou um índice, o IRBES (Índice de Retorno De Bem Estar à Sociedade). As posições de cada país no IRBES foram calculadas com base em dados econômicos (carga tributária) e sociais (IDH). É a 5ª vez consecutiva que o Brasil aparece em último no ranking.

http://veja.abril.com.br/blog/impavido-colosso/brasil-o-pais-onde-os-impostos-fazem-menos-pela-populacao/
sidnei luis reinert
21/03/2015 17:15
DE Ronaldo Caiado:

Diante desse ataque e da omissão do governo do PT aos direitos humanos dos cubanos, vou convocar na Comissão de Relações Exteriores a ministra Ideli Salvatti. Ela vai ter que explicar porque o governo do PT lava as mãos enquanto médicos cubanos são ameaçados e obrigados a se separar das famílias. Para o PT, ditadura é seletiva. Se ela é de "companheiros", como em Cuba e na Venezuela, faz vistas grossas. Os médicos cubanos são massa de manobra de corruPTos. O governo Lula-Dilma e o os ditadores da família Castro. Além de convocar Ideli, vou orientar cubanos a pedirem no Comitê Nacional para os Refugiados (Conare) refúgio para eles e suas famílias. Assim os cubanos poderão se libertar, tirar documentos e recomeçar uma nova vida. Em família.

http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2015/03/1606210-cuba-ameaca-cassar-diploma-de-medico-com-parentes-no-brasil.shtml?mobile
Herculano
21/03/2015 14:22
AS LIÇÕES DA QUEDA DE CID GOMES, por Leonardo Attuch



Quem governa o Brasil é ou não refém de "300 picaretas" ou de "400 achacadores"? Como sair desse impasse?

Muito antes de ser presidente, o então operário Luiz Inácio Lula da Silva denunciou a existência de "300 picaretas" no Congresso Nacional. Quando chegou ao poder, organizou a maior coalizão governista que já se viu no País. Uma coalizão, diga-se de passagem, que lhe permitiu governar, mas também trouxe problemas a ele, como no caso do chamado "mensalão", e a sua sucessora Dilma Rousseff, nos episódios da "faxina ministerial" e, mais recentemente, da Lava Jato.

Agora, foi a vez de Cid Gomes, ex-ministro da Educação, diagnosticar a presença de "400 achacadores" no parlamento ­? ou seja, a cota de "picaretas" teria aumentado 33,33%. Na quarta-feira, quando muitos esperavam que Cid pudesse se desculpar no Congresso, baixou nele o espírito de Ciro, seu mais do que arretado irmão. Cid apontou o dedo para o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e disse que é melhor ser chamado de mal-educado do que de achacador, reiterando sua acusação anterior. Naturalmente, caiu.

Para o governo Dilma, que atravessa um momento de convulsão política, teria sido melhor manter as aparências. Cid pediria desculpas, diria que tropeçou nas palavras inadvertidamente e a vida seguiria em frente. Aliás, nada disso seria necessário se ele próprio tivesse sido demitido de forma sumária quando sua declaração vazou, há pouco mais de uma semana. Assim, seguiríamos a máxima de La Rochefoucauld: a hipocrisia é uma homenagem que o vício presta à virtude.

Ocorre que, em momentos turbilhonares, como o atual, a verdade tem mais valor do que a hipocrisia. Afinal, o que revela o "sincerídio" de Cid Gomes? Nada menos que o altíssimo custo da chamada governabilidade no Brasil. No momento em que o Brasil se vê, novamente, estarrecido com pagamentos a parlamentares, será que ninguém se pergunta qual é a origem disso tudo? E mais: será que ninguém vê realmente a necessidade de uma reforma política, apenas porque esta não era a bandeira dos protestos do dia 15 de março?

Pois o caso Cid tem tudo a ver com a Lava Jato e todos os outros escândalos recentes do País. A política, hoje, no Brasil é caríssima e leva ao financiamento privado, que leva à corrupção. A governabilidade, com a miríade de partidos, também é cara e produz corrupção. Só há uma saída: reforma política e com urgência.
Roberto Sombrio
21/03/2015 14:14
Oi, Herculano.

Mais um boi resolveu botar a cara fora do curral.
Carlos Araújo, ex-marido da Dilma.

Deve ter passado muito tempo na jaula com Lula para falar tantas asneiras.

Dilma não dura muito no poder, além do que o câncer voltou e voltou forte. Ela não emagreceu por estética e sim por causa da doença.

Esse Carlos Araújo é mais um babaca do tempo da guerrilha na ditadura e todos não falam coisa com coisa. Nunca foram capazes de fazer nada, eles não tem aptidão pra nada.
Quem não tem aptidão pra nada vira guerrilheiro, vira bandido, vira ladrão e é só o que esses caras do PT sabem fazer.
Odir Barni
21/03/2015 13:10
IDELI SALVATI PODERÁ SER A CANDIDATO DO PT EM GASPAR.

Pelo que vemos e escutamos, tudo indica que os municípios de nossa região, sem a preparação de nomes para concorrer, os partidos irão optar por candidatos com nomes estadualizados.
Camboriú - com as brigas entre Prefeitura e Câmara de Vereadores,comenta-se o nome do deputado Leonel Pavan do PSDB;
Balneário Camboriú - deve apoiar Esperidião Amin, numa coligação com o PMDB, já que Piriquito é cria do Amin do PP;
Itajaí - deve apostar em Paulinho Bornhausen, DEM ou Décio Lima PT;
Gaspar - tudo indica que virá com Ideli Salvati do PT, Cidadã Gasparense ;
Brusque - deve ser mesmo o campeão de votos na última eleição, deputado e meu conterrâneo Serafim Venzon do PSDB;
Blumenau - pode reeditar Ana Paula de Lima do PT;Ilhota - vai depender da conclusão da ponte, se não cair até as eleições deve vim com Vera Castelain do PT.
Previsões, são previsões, mas onde os partidos não tem organização, tudo é possível, quem sabe menos é a população local. Os acertos nos gabinetes dos deputados são feitos em troca de empregos. Um estratégia que deu certo com Luiz Henrique e muito bem absorvida pelo deputado Peninha que, com a saída de João Matos e Renata Vianna tornou-se líder na região. E tem gente que defende esses estrategistas. Vergonha para os municípios e seus diretórios que não tem autonomia para preparar um candidato. Certo está o Cid Gomes - está na hora de largar o osso. Não se iludam que as próximas eleições será bem assim. Luiz Henrique levou Renato Vianna, nosso líder regional para o Banco e agora João Matos que tem força, vai para uma das secretarias do estado de SC. Acredite quem quiser mas, vai ser mais ou menos assim. Lamentável!
Herculno
21/03/2015 08:39
NÃO TEM JEITO. DE NOVO ELE. O PAI DE TODAS AS ARMAÇÕES. "ESTÁ MUITO DIFÍCIL A SITUAÇÃO DE JOSÉ DIRCEU", DIZ PROCURADOR

Conteúdo do jornal O Estado de São Paulo (Curitiba e São Paulo). As versões e os dados apresentados pela JD Assessoria e Consultoria Ltda, do ex-ministro José Dirceu, para justificar os R$ 2,5 milhões que recebeu da Engevix Engenharia e da Jamp Engenheiro Associados - empresa que intermediava propinas da empreiteira na Diretoria de Serviços da Petrobras - são insustentáveis.

A opinião é do procurador regional da República Carlos Fernando Lima, um dos coordenadores da força-tarefa da Operação Lava Jato. "Hoje está muito difícil a situação do José Dirceu em relação ao que ela recebia da Jamp." Segundo ele, "as histórias estão sendo contadas sem o mínimo de cuidado de razoabilidade". "Eles estão se confundindo."

As divergências surgiram com o cruzamento de dados da quebra de sigilo fiscal da JD com os documentos de contrato e notas fornecidas pela defesa do ex-ministro no inquérito da Lava Jato em que é investigado.

Segundo a Receita Federal, a Engevix pagou R$ 1,1 milhão à JD entre 2008 e 2011. Documento contratual mostra valor de R$ 300 mil para seis meses de consultoria internacional. O período de vigência é anterior à assinatura, de novembro de 2010: inicia em novembro de 2009 e termina em maio de 2011.

"Há uma contradição evidente de informações. O período não bate nem em relação ao contrato ao que ele disse", afirmou o procurador da Lava Jato.
Herculano
21/03/2015 08:35
ATÉ ELE CONCORDA. AS RAZÕES PARA AS PESSOAS PROTESTAREM SÃOJUSTAS, DIZ EX-MARIDO DE DILMA

O texto e a entrevista é de Paula Sperb, de Porto Alegre, para o jornal Folha de S. Paulo. A crise econômica, mais do que a corrupção, está inflando as manifestações contra o governo Dilma (PT) e os protestos, "não se pode negar", são justos e reais.

A avaliação é do ex-militante de esquerda Carlos Araújo, 77, que foi casado com a presidente Dilma Rousseff por 22 anos.

Apesar da crise, ele acha que a proposta do impeachment enfraqueceu. "Eles [os adversários] sabem que não levam a nada, quem vai assumir, o Temer?", ironiza.

Dizendo-se apoiador irrestrito da presidente, Araújo, ex-deputado estadual pelo PDT, recebeu a Folha em sua casa, à beira do rio Guaíba, em Porto Alegre e falou sobre os protestos de março, a crise econômica e a ex-mulher. "Ela está bem tranquila. O regime fez bem pra ela", diz.

Folha - Por que as pessoas protestaram no dia 15?
Carlos Araújo - São duas coisas: uma inclinação justa contra a corrupção toda e o temor de perder as conquistas que tiveram. Quem ascendeu socialmente tem medo de perder as conquistas. Esses são os dois fatores principais que mobilizam a população. E são justos. Não se pode negar, são reais, são verdadeiros. O segundo quando vai melhorar? Só quando o Brasil recuperar o desenvolvimento. Até agora não teve problema de desemprego, mas pode ser que daqui a pouco venha...
A corrupção, como diz a Dilma, é uma velha senhora. Sempre houve. Ninguém fala da corrupção de São Paulo. Dão uns toquezinhos...
Na realidade, a corrupção é endêmica no regime capitalista. Qual o país mais corrupto do mundo? Os Estados Unidos!
Mas essa questão consegue ficar adormecida quando há desenvolvimento. As pessoas estão mais satisfeitas e tal. Mas se vem a crise....

Folha - Por que o país está enfrentando essa crise econômica?
Araújo - Vivemos em uma tempestade própria do capitalismo, que tem crises cíclicas. Estamos vivendo uma crise. Tem que fazer políticas impactantes para superar a crise, é o que tem sido feito...
O Brasil vai sentir os efeitos disso o ano que vem. Já sabemos que vai ser difícil, as pessoas vão ficar apreensivas, vão protestar, mas faz parte do processo.

Folha - E o impeachment?
Araújo - Eu vejo agora o Fernando Henrique, que sempre expressa um discurso conservador, falando "por que um impeachment contra a Dilma? O que acontece depois, vão botar o Temer? Favorecer o Lula? Então vamos desgastar até o fim, nossa política tem que ser essa, desgastá-la, tentar liquidá-la". Eles, na verdade, gostariam que houvesse um golpe. Mas não têm elementos para isso.

Folha - Mas e a campanha pelo impeachment?
Araújo - O movimento está se esvaindo. Antes a Globo defendia, a Folha defendia. O Aécio Neves era o maior defensor. Daqui a pouco começaram a recuar. Eles estão seguindo o que o FHC falou. Eles sabem que não levam a nada, quem vai assumir, o Temer? O impeachment, eles acham, que só levaria a alguma coisa, se assumisse o candidato derrotado. Mas não é, quem assume é o vice. Não tem sentido.

Folha - Como vê a aliança com o PMDB?
Araújo - A crise, em uma aliança frágil, tende a dissolver. Tem que ter muito cuidado ou ela dissolve. Há setores do PMDB que nunca apoiaram o governo. O PMDB na verdade é uma federação de líderes. Cada Estado tem um cacique do PMDB que manda. Esses caciques têm pensamentos muitas vezes bem divergentes. Mas o PMDB representa setores da sociedade, tanto que está aí há anos e anos.

Folha - Como vê a relação de Dilma com o Congresso?
Araújo - Acho que a Dilma tem acertado em estreitar relações com o Congresso, dialogar melhor com os partidos. É tudo difícil, é tudo muito....nada é muito sólido. Nem o PT é muito sólido. Nem o PMDB. São partidos com dificuldades internas, então essas alianças são complexas. Acho quase um milagre que essas alianças consigam se manter. E elas são fundamentais para governar, sem isso não se governa. Tem que governar, tem que ceder. Tem que ter uma aliança e tem que saber os limites dela.
Mas é normal, não dá para achar que, numa aliança, as coisas vão andar certinhas.

Folha - Tem conversado sobre esses temas com a Dilma?
Araújo - Só falo com ela quando ela vem a Porto Alegre. A última vez faz um mês. A gente não fala sobre essas coisas, a gente fala sobre a família, sobre o neto. A gente fala mais de coisas domésticas. Temos uma filha única, a vida fez com que a gente sempre fosse muito amigo. Somos muito unha e carne.

Folha - Esse momento é muito pesado para a Dilma?
Araújo - Acho que é pesado emocionalmente, claro que é. O Lula normalmente fala as coisas corretas. Uma coisa que ele falou mais de uma vez é que a Dilma é uma pessoa extremamente corajosa. É muito difícil ela se abater. A vida preparou ela. Uns conseguem se preparar, outros não. Mas ela consegue manter uma tranquilidade. A coragem e a tranquilidade, quando elas estão juntas, evitam de a gente fazer muita besteira. Ás vezes por ser tão determinada e tão corajosa ela até peca um pouco. Parece que é um autoritarismo. Mas agora ela está bem lúcida [risos].

Folha -Por quê?
Araújo - Ela vive dentro do Palácio. Dia e noite é rolo, rolo, rolo. A pessoa vai endurecendo. Então daqui a pouco tem que dar uma pensada, fazer uma reflexão "não dá para endurecer tanto assim".

Folha - É sobre isso que falam?
Araújo - O máximo que sou é um apoio irrestrito e se der para ser um apoio afetivo, familiar, eu sou. Fica nesses limites aí. Estou aqui, ela lá. Se precisamos conversamos, trocamos uma ideia. Mas é no sentido de companheirismo, de "estamos juntos nessa batalha".

Folha - Como está a Dilma agora?
Araújo - Acho que ela está bem tranquila. O regime fez bem para ela, ela emagreceu. Fez bem porque, em primeiro lugar, a pessoa tem que estar se gostando fisicamente.
A Dilma tinha engordado muito durante a campanha eleitoral, com suas angústias, essas coisas que ocorrem a qualquer ser humano. Possivelmente resolveu, então voltar ao seu peso normal. Isso ajuda muito, a pessoa se sente bem, se sente disposta, se sente mais agradável, mais bonita. Isso tudo colabora, nós seres humanos somos de uma complexidade, né?
Herculano
21/03/2015 08:26
EM CRISE, PT PERDEU O RECATO, O DISCURSO E A RUA, por Josias de Souza

Quando estourou o mensalão, o PT simulou desconforto. Chegou mesmo a encenar o expurgo do então tesoureiro Delúbio Soares dos seus quadros. Hoje, no auge do petrolão, o partido não consegue exibir nem mesmo um mal-estar fingido. Perdeu inteiramente o recato.

Quando a cúpula do PT foi parar na cadeia, o partido fez pose de vítima injustiçada. Hoje, com o tesoureiro João Vaccari Neto denunciado pela Procuradoria e o mito José Dirceu devolvido às manchetes policiais, a legenda finge-se de morta. O PT perdeu o discurso.

No primeiro mandato de Lula, quando a oposição ensaiou um coro de impeachment, o PT ameaçou convulsionar o asfalto. Há uma semana, o meio-fio rosnou para o petismo e pediu a saída de Dilma. O PT perdeu o monopólio da rua.

No comando do poder federal desde 2003, o PT atravessa a mais grave crise de sua curta existência de 35 anos. A legenda chega ao seu 5º Congresso, marcado para junho, de ponta-cabeça.

Considerando-se a pauta do Congresso - da "atualidade do socialismo petista" até "a economia política pós-neoliberal" - o PT está perdido. Não é que o partido não tenha farejado uma solução para o seu problema. Em verdade, o PT ainda não enxergou nem o problema.

O PT assiste à hemorragia da recém-instalada segunda administração de Dilma Rousseff com a passividade de quem se julga capaz de ressuscitar com Lula em 2018. Erro primário. Sem Dilma, pode não haver Lula daqui a três anos e nove meses.

Pregoeiro do "nós-contra-eles", o PT testemunha o crescimento do "quase-todos-contra-nós". Acusa os adversários de estimularem o ódio contra o PT. Mas esquece de levar em conta que o antipetismo é uma reação ao ódio destilado pelo PT.

O manual anticrise do PT está com o prazo de validade vencido. Qualquer um que não reze pelo catecismo da legenda é um lacaio da elite branca de olhos azuis. Mas a crise moral e a ruína política que fazem a caveira do PT não carregam as digitais da oposição. Com a imagem e as práticas estilhaçadas, o PT afunda sozinho.
Herculano
21/03/2015 06:35
MANCHETE DA REDE SOCIAL DE VEREADORES: EM BUSCA DE SOLUÇÕES PARA GASPAR

Ridícula constatação na foto. Não conseguiram ser recebido sequer pelo deputado do Partido na Assembleia Legislativa. Mais, o assessor, sem expressão, os recebeu num canto do gabinete. E depois não sabem a razão pela qual estão expostos. E é por isso que as soluções não chegam aqui, pois nem tratadas em canais sérios, elas são e com gente que possa provocar tal resultado. Acorda, Gaspar!
Herculano
21/03/2015 06:29
POIS ENTÃO. SERÁ KLEBER INSERIDO NO CONTEXTO DE CANDIDATO? PMDB CHAMA DIRIGENTES PARA PLANEJAR 2016 E 2018. E SE FOR DEVE AGRADECER A QUEM NÃO ESTÁ NO SEU PARTIDO

Presidente estadual em exercício do PMDB, deputado Valdir Cobalchini, coordena reunião, nesta segunda-feira, 23, com todos os presidentes dos diretórios municipais do partido em Santa Catarina. Cobalchini avisa que a ideia é mobilizar o partido e afinar a atuação das lideranças já com vistas às eleições de 2016 e 2018. Cada presidente receberá uma agenda com as ações para 2015. "O PMDB está organizado para garantir os resultados desejados na eleição de 2016 e fortalecer o projeto de candidatura própria em 2018," resume Cobalchini.
Herculano
21/03/2015 06:26
POIS É...

O ex-presidente do Sintraspug -Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público de Gaspar -, Sérgio Batista de Almeida, estava em Lages falando grosso em favor dos servidores de lá. Fez certo.

Já aqui, um silêncio só. E tudo foi conduzido e vai ser como o PT e o prefeito Pedro Celso Zuchi quer. A proposta Sintraspug foi uma bravata. O próprio Sindicato conduziu e voltou atrás naquilo que propôs e jurou que defenderia. Fez cena. Melhor mesmo seria ter explicado desde o início que era ora do sacrifício dos servidores em pról de um menor desgaste do PT que criou a crise que inviabiliza a reposição passadas nos vencimentos. Acorda, Gaspar!
Herculano
21/03/2015 06:11
O HUMOR DE JOSÉ SIMÃO

Festival de Piadas Prontas! Manchete da Folha: "Bebês que amamentam mais têm maior renda quando adultos".

Então essa turma do Petrolão mamou até os 18 anos de idade. Rarará.

"Terra": "Funileiro que conserta panelas no Rio descarta crise no país". Claro, as panelas estão arrasadas.

As panelas estão trabalhando numa área que elas não estavam acostumadas. Em tempo integral!

Temos que resgatar o uso original das panelas! Rarará!
Herculano
21/03/2015 06:08
QUEM FEZ ESTE LUCRO? QUEM PAGOU ESTA CONTA? QUEM LUCROU COM A CORRUPÇÃO DA INFRAESTRUTURA E "LEGADOS"? NÓS COM OS NOSSOS PESADOS IMPOSTOS E O SACRIFÍCIO DA CRISE DE AGORA. OS JORNAIS DO MUNDO DÃO ESTA MANCHETE DESDE ONTEM. UM ESCÁRNIO. LUCRO DA FIFA COM A COPA NO BRASIL ATINGE VALOR RECORDE. RECEITA LÍQUIDA DE R$8,4 BILHÕES, AQUILO QUE FICOU NOS COFRES DA FIFA, SERIA SUFICIENTE PARA LEVANTAR 12 NOVAS ARENAS. WAKE UP, BRAZIL!

A Copa-2014, realizada no Brasil, rendeu à Fifa o maior lucro da história da competição, disputada desde 1930.

De acordo com o balanço financeiro da entidade, publicado na sexta (19), o saldo da organização do Mundial fechou com US$ 2,6 bilhões (R$ 8,4 bilhões) positivos.

O valor seria suficiente para arcar com a construção de todos os 12 estádios da Copa.

As arenas, que foram pagas com dinheiro público ou receberam algum tipo de empréstimo estatal, custaram cerca de R$ 8,4 bilhões, de acordo com a Matriz de Responsabilidade da Copa, que explicita os valores das obras e os responsáveis por elas.

Como comparação, nos dois Mundiais anteriores, Alemanha-2006 e África do Sul-2010, a Fifa obteve lucros de US$ 2 bilhões (R$ 6,4 bi) e US$ 2,4 bilhões (R$ 7,6 bi), respectivamente.

No total, o Mundial brasileiro produziu para a Fifa uma receita total de US$ 4,8 bilhões (R$ 15,6 bilhões), valor que também é recorde.

Essas receitas incluem os ganhos da entidade com venda de direitos de transmissão, licenciamento de produtos, patrocinadores e ingressos.

Já a despesa da Fifa com a organização da Copa ficou em US$ 2,2 bilhões (aproximadamente R$ 7,3 bilhões).

Esse valor não engloba os custos que não foram arcados pela entidade, como a construção e reforma de estádios, arcados pelo poder público, clubes de futebol e empresas privadas.

Como a entidade recebeu isenção fiscal em boa parte das atividades relativas ao Mundial, apenas parte desse custo foi gasto no Brasil.

Um exemplo são os US$ 358 milhões (R$ 1,2 bilhão) que foram gastos com premiação às seleções participantes, dinheiro que, com exceção do recebido pela CBF, não ficou no país.

Ainda segundo a Matriz de Responsabilidade, o Mundial como um todo (incluindo obras não relacionadas ao futebol) custou R$ 27,1 bilhões para o Brasil, incluindo investimento estatal e privado.

ALERTA DE BLATTER
Um dia depois de a presidente Dilma Rousseff assinar medida provisória (MP) que determina o refinanciamento das dívidas fiscais dos clubes, o mandatário da Fifa, Joseph Blatter, mostrou preocupação com a intervenção de governos no futebol, sem, no entanto, mencionar a decisão do governo brasileiro.

Em seguida, questionado por repórter sobre a MP, ele prometeu ajudar a CBF caso a entidade julgue necessário.

"Interferência é quando confederações são afetadas por decisões do governo. Se a CBF pedir ajuda e falar que está com problemas, nós atuaremos, estudaremos e tomaremos uma decisão."

A medida prevê até o rebaixamento dos clubes que, após a adesão ao programa de refinanciamento, ampliem suas dívidas.
Herculano
21/03/2015 06:03
SAIBA POR QUE LULA SUMIU: HÁ MÉTODO NESSA LOUCURA, por Claudio Tognolli

Em janeiro passado, por duas vezes e seguidamente, sustentei que o ex-presidente Lula comandava uma fulminação midiática contra Dilma

A fulminação agora tem uma nova classe de luzes, conhecidas como trevas.

Quando Chávez agonizava em praça pública, e o Mensalão queimava o PT, o vulgo notava que Fidel e Chávez eram os mortos a se fazerem de vivos - e Lula o vivo a se fazer de morto.

Lula voltou a se fazer de morto. Mas, como diria Shakespeare, em Hamlet, há método nessa loucura. Vejamos.

As pernadas de anão que os blogueiros sustentados por autarquias deram em Dilma, nos últimos dois meses, tinham justamente esse objetivo: deixá-la sozinha. Se a passeata do dia 13 de março, (tocada a RS$ 35 reais de salário diário ao chamado "campo social militante") tivesse tido alguma representatividade prática, ou "peso de convergência", Lula teria saído em socorro de Dilma. Quem me conta são assessores ligados ao PT.

Como o dia 13 foi absolutamente "lorem ipsum, ipsum lorem", ou terra de ninguém (a que a polícia de Nova York chamaria the FOT, 'flying over territory'), Lula se apeou ao nada infinito.

Continuará sumido. Seus assessores ainda não sabem se ele volta ou com a roupagem de que salva Dilma por ela mesma: ou salva Dilma pelo Lula Lá 2018.

Mas não são apenas os assessores de Lula que recomendam ao silêncio e ao sumiço. Todos os assessores de gente do poder ora recomendam ao silêncio e ao sumiço. Eu vou te contar o que um desses assessores me relatou:

"Olha, eu só vi assessores recomendarem aos políticos um silêncio tamanho em 2009. Fora o lance do mensalão, o Congresso passava por uma fase dos diabos. A gráfica do Senado foi flagrada imprimindo livros que reuniam elogios recebidos pelos políticos. O limite de cinco passagens aéreas mensal para cada membro do Congresso foi exposto como fraudado diariamente. Notas fiscais de uso de gasolina, a RS$ 4 mil por dia, por assessores parlamentares, vieram a público. Renan Calheiros teve denunciada uma funcionária-fantasma que trabalhava para ele havia seis anos? o senador Tião Viana (PT-AC) desculpava-se, no jornal "O Estado de S. Paulo", pela conta de R$ 14 mil, proveniente do uso de seu celular, emprestado à filha numa viagem de férias ao México. O então senador Cristovam Buarque (PDT-DF) sugeriu naqueles dias plebiscito pelo fechamento do Congresso?

A reação de todos os assessores foi clara: silêncio total. Foi assim que, naquele primeiro de maio de 2009, fez-se o maior silêncio da história do Dia do Trabalho. Na Praça Campos de Bagatelle, na zona norte de São Paulo, o então presidente Lula foi orientado a faltar na festa. E faltou. O mesmo se deu com figurinhas hoje também silentes: O presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (PMDB), o petista Antonio Palocci, cotado para concorrer ao governo do Estado em 2010, e a ex-prefeita Marta Suplicy (PT), articuladora da candidatura de Dilma em São Paulo, confirmaram presença, mas faltaram. A então ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, então possível candidata do PT à Presidência em 2010, enviou aos diretores da Força Sindical um discurso por escrito. A leitura foi recebida sem empolgação pela plateia, que sequer aplaudiu as palavras de Dilma".

Diz a fonte: nunca antes na história desse país você terá visto tanta síndrome de 'a língua o gato comeu'. Com todo mundo agachadinho, sobra Dilma, o poste do planalto (apud Lula), na mira dos brazilian snipers.

Como diria o finado senador Antônio Carlos Magalhães: Dilma está vivendo a solidão do poder.

Talvez vivida apenas, em igual grau, por Getúlio Vargas: que um dia ficou de saco cheio, resolveu botar um pijama de alamares e foi dormir mais cedo?
Herculano
21/03/2015 05:57
PSDB ACUSA MINISTRO DE USAR CARGO PARA PROMOVER DILMA

O líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), protocolou uma representação no Ministério Público Federal contra o ministro da Comunicação Social Thomas Traumann, acusando-o de improbidade administrativa pelo uso do órgão para a promoção pessoal e eleitoral da presidente Dilma Rousseff.

Sampaio se baseia em documento sigiloso produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência e revelado pelo jornal "O Estado de S. Paulo", que faz uma análise sobre a comunicação desse segundo mandato.

"Pelo que se extrai do referido documento, em nenhum momento as ações da Secom visavam beneficiar o cidadão brasileiro, mas sim fazer com que a presidente Dilma se viabilizasse politicamente e eleitoralmente", afirma a nota com a representação do partido ao Ministério Público.

O documento da Secom diz que os "eleitores de Dilma e Lula estão acomodados brigando com o celular na mão, enquanto a oposição bate panela e veste camisa verde-amarela. Em seguida, afirma que "dá para recuperar as redes, mas é preciso, antes, recuperar as ruas".
Herculano
21/03/2015 05:53
CHEFE DE FACÇÃO, por Demétrio Magnoli, geógrafo e sociólogo para o jornal Folha de S. Paulo

O 15 de março refinou a crítica das Jornadas de Junho, associando a corrupção a um governo e um partido

Sondagens de opinião são ferramenta eficiente no marketing comercial e, embora superestimadas, têm seu valor no marketing político. Usá-las, porém, na interpretação de cenários sociológicos complexos equivale a praticar cirurgias delicadas com faca de cozinha. Ouvindo manifestantes do 15 de março, o Datafolha concluiu que a mensagem predominante foi o repúdio à corrupção. O óbvio, no caso, é quase uma falsificação. Nas ruas, os alvos evidentes eram Dilma Rousseff e o PT. Os protestos, de dimensões históricas, foram muito além da generalidade sugerida pelo instituto de pesquisa.

As Jornadas de Junho de 2013, deflagradas pela repressão a pequenas passeatas contra reajustes de tarifas dos transportes públicos, não foram "pelos vinte centavos". O tema da corrupção, emoldurado pela paisagem da farra da Copa, é que movia multidões sem broches partidários ou insígnias de "movimentos sociais". Naquele mês louco, contudo, os protestos dirigiam-se contra toda a elite política, responsabilizada pelo desvio de recursos públicos que deveriam ter como destino a educação, a saúde e os transportes urbanos. O 15 de março refinou a crítica, associando a corrupção a um governo e um partido. É por isso que o Planalto treme.

Nas democracias, apuradas as urnas, o derrotado congratula o vencedor. O gesto simboliza o reconhecimento do eleito como representante de todos, inclusive dos que não votaram nele. O 15 de março assinalou a deslegitimação de Dilma. Os manifestantes disseram que ela não é mais vista como a presidente de todos, mas como a chefe (ou subchefe?) de uma facção. A conclusão deriva tanto do escândalo na Petrobras quanto do estelionato eleitoral. Na leitura das ruas, Dilma aceitou a transformação da estatal em ferramenta de financiamento de um sistema de poder e mentiu aos brasileiros sobre a economia.

O Brasil experimentou um levante contra uma engrenagem específica de corrupção: a subordinação do Estado a uma facção política. A queda vertiginosa dos índices de aprovação do governo revela que o 15 de março espelha os sentimentos de uma maioria esmagadora, em todas as regiões e classes de renda. As estratégias de reação do governo, sopradas por Lula, interditam os estreitos caminhos de restauração da legitimidade perdida.

"Nós contra eles." O "diálogo" de Dilma é com o PMDB e o lulopetismo, não com a sociedade. Numa ponta, tentando refazer o tecido da base aliada no Congresso, a presidente entrega o poder a Eduardo Cunha e Renan Calheiros. A demissão de Cid Gomes, o boquirroto, é um marco na instalação desse parlamentarismo bastardo, que equivale a um segundo estelionato eleitoral. Na outra ponta, o Planalto manobra para aquecer a base militante petista, piscando um olho para os órfãos da reviravolta na política econômica. O documento sigiloso da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) ilustra esse impulso desastroso, que é o caminho mais curto rumo ao impeachment.

O texto dos sábios da Secom é uma confissão de culpa. Nele, recomenda-se violar os preceitos constitucionais sobre a publicidade oficial, concentrando a propaganda federal em São Paulo para "levantar a popularidade do Haddad" e, assim, "recuperar a popularidade do governo Dilma". Paralelamente, sugere-se centralizar o comando da "guerrilha na internet", coordenando as ações do governo, do PT e dos blogueiros chapa-branca (os "soldados de fora", na precisa definição da Secom). É a primeira admissão oficial de que a máquina estatal foi capturada por uma facção política, discriminando os cidadãos segundo a cor da camisa que vestem.

Dilma perambula, de olhos vendados, à beira do abismo. O anteparo que ainda existe é a mureta erguida entre as ruas e os partidos de oposição, um vestígio persistente das Jornadas de Junho. A chefe de facção perdeu o controle sobre o seu destino.
Herculano
21/03/2015 05:49
GOVERNO AINDA PAGA EMPREITEIRAS DA LAVA JATO, por Cláudio Humberto na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Apesar de todo o barulho da Lava Jato, o governo Dilma pagou só este ano mais de R$ 160 milhões às construtoras citadas no escândalo: OAS, Queiroz Galvão, Mendes Junior, Engevix e Odebrecht. São empreiteiras suspeitas de fraudar licitações, formar cartéis, superfaturar contratos e subornar autoridades. O total roubado da Petrobras pode ter chegado a R$ 21 bilhões, segundo estima o banco Morgan Stanley.

Em cana, com grana
Continuam presos os diretores e sócios das empresas do "petróleo" que continuam recebendo os milhões do governo federal.

Meio bilhão em caixa
A Camargo Corrêa, cujos presidente e vice estão presos, ainda não recebeu verbas em 2015, mas levou mais de R$ 545 milhões em 2014.

Trocado
A grana para Camargo e Corrêa em 2014 é metade do R$ 1,1 bilhão pagos no mesmo período à Odebrecht, empreiteira favorita do PT.

Na liderança
A maior parte dos recursos do governo foi parar no caixa da Queiroz Galvão. Embolsou sozinha mais de R$ 91,9 milhões.

Laudo atesta pane elétrica no incêndio de Suape
Laudo do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), da Universidade de São Paulo, atesta que as instalações elétricas subdimensionadas provocaram aquecimento e o incêndio do condomínio de logística Cone Suape, da construtora Moura Dubeux, no Cabo de Santo Agostinho (PE). O que estava armazenado virou cinzas, como a valiosa reserva de R$ 150 milhões em hemoderivados, do Ministério da Saúde.

Falhas estruturais
Falhas estruturais na separação de ambientes também facilitaram a propagação do fogo, segundo o estudo realizado pelo IPT.

Bomba-relógio
Dias depois, bombeiros conseguiram controlar outro incêndio no condomínio da Moura Dubeux, cedido a empresa atingida no primeiro.

MD não assume
Gigante no Nordeste, a construtora cita perícia estadual inconclusiva e garante que não houve qualquer falha na construção dos galpões.

1º de abril?
Ladeira abaixo, inclusive no Nordeste, Dilma resolveu afagar a região que lhe garantiu a reeleição: convidou os governadores para uma reunião, quarta-feira, para prometer mais recursos ao ?Minha Casa, Minha Vida?. Mas, atenção: pode ser piada de 1º abril.

Proposta já existe
A proposta do Ministério Público Federal de tipificar corrupção como crime hediondo já é celebrada há muito tempo por Renan Calheiros (PMDB-AL) como um dos seus feitos na presidência do Senado.

Jogo de Cena
Caciques do PMDB não acreditam na boa vontade do Palácio do Planalto em inserir o vice-presidente Michel Temer nas decisões do governo. Dilma só recorre a Temer quando o governo está em chamas.

Antes só...
O PCdoB planeja assumir atitude mais independente no Congresso, em relação ao governo. Avalia que chegou a hora de "sair da sombra do PT", seu aliado histórico. Até para não se queimar também.

Plantação
O Planalto é o principal suspeito, na Câmara e no Senado, de "plantar" que o PMDB tenta tomar o governo de assalto, mesmo afirmando que não pretende o cargo de Cid Gomes no Ministério da Educação.

Perdeu, índio
O deputado Nilson Leitão (PSDB-MT), que seria vinculado a ruralistas, foi eleito presidente da comissão mista da Câmara que analisará a proposta que trata da demarcação de terras indígenas.

Grande família
Após o fim do mandato em fevereiro, o ex-senador Aníbal Diniz (PT-AC) ganhou uma boquinha na liderança do governo no Senado. É a companheirada se aboletando em cargos públicos.

Diga com quem andas
Os senadores José Medeiros (PP-MT) e Ana Amélia (PP-RS) procuram se desvincular do partido com maior número de pessoas envolvidas na lista de Janot. Para eles, atacar corruptos é o melhor caminho.

Pensando bem...
...essa história de "acordo de leniência" tem a maior pinta de conversa de comadres para acertar o resultado do jogo: impunidade.
Herculano
21/03/2015 05:42
SOLIDÃO, por André Singer, ex-assessor da presidência no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, PT, para o jornal Folha de S.Paulo

Uma das coisas mais engraçadas em situações de crise é a quantidade de gente que aparece com soluções lógicas, perfeitas e completamente inúteis. Ocupantes da Presidência recebem centenas de sugestões do tipo. Até que, cansados, resolvem se recolher a certa solidão voluntária. Aí são acusados de "não ouvir ninguém".

No caso de Dilma Rousseff, no entanto, há um quadro diferente. A presidente tem perfil oposto ao do que a antecedeu. Lula é excelente mediador. No futebol, funcionaria como os armadores que Tostão cobra aos times brasileiros. Usa a ambiguidade e a conversa para articular posições distantes nos sistemas político e econômico, achando pontos de contato inesperados, que preenchem vazios insuspeitos.

Já Dilma opera de maneira imperial. Começou como a mandatária da faxina. Em seguida, enfrentou, de maneira heroica, diga-se de passagem, o setor financeiro, entre 2011 e 2012. Na sequência, tentou controlar a taxa de lucro nas concessões. Depois, da mesma maneira categórica, decretou a reforma do setor elétrico e reduziu os preços da energia elétrica para o começo de 2013. A intenção era a melhor possível: moralizar e criar as condições para a reindustrialização do país com distribuição de renda. Aplausos.

Só que não percebeu o vazio que se abria a seus pés. Afrontou interesses de porte - partidos da base, grande capital financeiro nacional e internacional, empresas do setor energético etc.- sem se ocupar de reunir tropa suficiente para apoiá-la quando viesse o troco, o qual viria, cedo ou tarde. Fiando-se em voláteis índices de popularidade, forçou Lula a lançá-la candidata pela segunda vez em fevereiro de 2013.

Logo depois do lançamento, os sinais se inverteram, pois o 15 de março de 2015 já estava contido no junho de 2013. Embora junho envolvesse, de maneira contraditória, também uma interessante mobilização de esquerda - que poderia ter-se aproximado da presidente se ela tivesse explicado o que estava a fazer - as manifestações de 2013 foram a oportunidade que a direita esperava desde 2005 para chegar às ruas. Além disso, e talvez mais importante, indicaram que havia um novo centro irritado com a situação.

O Datafolha de terça (17) comprovou que 70% dos 210 mil presentes na avenida Paulista domingo passado pertenciam a estratos de renda elevados para padrões brasileiros. Dava, portanto, apesar do tamanho do protesto, esperança a Dilma. Porém, no dia seguinte, a chama esvaneceu: o instituto mostrava que a desaprovação do governo na metade de baixo da pirâmide de renda praticamente não se distingue da mais alta, considerando-se o conjunto do eleitorado.

Para tal encrenca, inexistem saídas simples. Agora, a solidão virou coisa séria.
Herculano
21/03/2015 05:38
ELES SÓ PENSAM NAQUILO, por Igor Gielow para o jornal Folha de S. Paulo

Todo mundo nega no andar de cima da política. Cacique nenhum, na oposição ou na base aliada, quer a pecha de conspirador. Mas todos só pensam naquilo.

No quê? Nos cenários pós-Dilma. Pode ser apenas o açodamento natural de políticos vendo, nas palavras dirigidas ao patíbulo de Cid Gomes na Câmara por um obscuro deputado, o barco prestes a afundar.

Que o petroleiro (ops!) está abalroado, é certo. Coloque numa sentença as palavras protestos, Lava Jato, Datafolha, Congresso e ajuste. Dilma vive a maior crise já registrada para um presidente em início de mandato.

Se a embarcação vai a pique é outra história, daí a prudência dos capitães. Mas, após os protestos do dia 15, o time majoritário dos que queriam um parlamentarismo branco viu o clube do impeachment encorpar.

Michel Temer repentinamente virou galã de novela, como se diz, para um certo PMDB. O cordato vice, aliás, não pode nem tomar um chá com oposicionistas que já aparecem petistas gritando "Judas!", como se não estivessem a pensar "Lula!" o tempo todo - ou você acha que o ex-presidente não joga seus dados na mesa?

Na oposição, o PSDB namora o PMDB no ambiente da CPI da Petrobras, ensaiando uma transição na eventualidade da ruptura. Um cenário: o governo Temer "itamarizado" com figuras tucanas mirando 2018.

Outra hipótese: impeachment ou impugnação de chapa Dilma-Temer, devido a problemas com as contas de 2014 desvelados na Lava Jato.

Neste caso, entra o "timing". Sim, já se discute a conveniência de uma eleição direta contra um Lula em chamas, no caso de algo ocorrer até 2017. Depois disso, é eleição indireta, e já há até nomes na praça.

Golpismo? Não, política. Para mudar a maré, que por gravidade favoreceria os mais moderados, Dilma precisa de governabilidade e do estancamento da crise econômica. O nó é que ambas as coisas são interligadas, mas com velocidades próprias.
Herculano
21/03/2015 05:35
E AGORA? ESTAVA RUIM E DEPRIMENTE? VAI PIORAR. ACABOU A FASE HOTEL. POLÍCIA FEDERAL PEDE TRANSFERÊNCIA DE 14 DETENTOS DA LAVA JATO PARA PRESÍDIO ESTADUAL. ONZE EXECUTIVOS DE EMPREITEIRAS SÓ FORAM MANTIDOS NA CARCERAGEM DA PF, PORQUE PRECISAM SER DESLOCADOS QUASE QUE DIARIAMENTE PARA AUDIÊNCIAS

O texto é de Daniel Haidar, de Veja. O superintendente da Polícia Federal no Paraná, delegado Rosalvo Ferreira Franco, solicitou ao juiz Sérgio Moro, ontem, sexta-feira que 14 presos da Operação Lava Jato sejam transferidos para o Complexo Médico-Penal do Paraná, em Pinhais. Se autorizada a transferência, sócios e executivos de empreiteiras serão levados para a penitenciária estadual.

O pedido foi feito porque a carceragem da Polícia Federal em Curitiba estava sem espaço, por abrigar tantos presos da Operação Lava Jato. O superintendente argumenta que "está ficando inviável" acomodá-los.

"Com as novas prisões que ocorreram em 16 de março de 2015 e outras que por acaso possam ocorrem nos desdobramentos da Operação Lava Jato, já está ficando inviável ficarmos com todos os presos na nossa Custódia, tendo em vista que alguns presos não podem se comunicar entre si e fica difícil acomodá-los em apenas seis celas", afirmou Franco na petição enviada à Justiça Federal do Paraná.

Os executivos das empreiteiras não querem, de forma alguma, ser transferidos. Em uma cadeia comum, terão de se misturar a outros detentos e perder as condições de conforto que usufruem na sede da PF em Curitiba. E estarão ainda expostos à violência - o Complexo Médico-Penal do Paraná teve uma rebelião no fim de 2013, por exemplo.

Em inspeção do Grupo de Controle Externo da Atividade Policial do Ministério Público Federal no Paraná, todos os executivos de empreiteiras disseram aos procuradores da república que preferiam permanecer detidos na carceragem da PF. Com direito a receber de familiares e advogados produtos como barras de chocolate, biscoitos, garrafas de água de marcas premium, eles manifestaram interesse em permanecer no local. "Sérgio (Mendes, da Mendes Júnior) disse que tem 'visto notícias que saíram no jornal e que elas não efetivamente saíram da gente , que a gente não tem interesse nisso", diz um trecho do relatório produzido pelo Ministério Público no fim de fevereiro, a Veja teve acesso.

Cinco celas - Ferreira Franco mencionou que, após visita ao Complexo Médico-Penal do Paraná na quinta-feira, a Polícia Federal foi informada que havia espaço para os detentos da Lava Jato em cinco celas, com capacidade para três presos em cada uma, o que permite a transferência dos 14 detentos.

Onze executivos das empreiteiras só foram mantidos até agora na carceragem da PF porque ainda precisam ser deslocados quase diariamente, até 27 de março, para diversas audiências na sede da Justiça Federal em Curitiba.

Das empreiteiras que participavam do esquema de corrupção na Petrobras, estão presos na carceragem da PF em Curitiba: Agenor Franklin Magalhães Medeiros, Dalton dos Santos Avancini, Eduardo Hermelino Leite, Erton Medeiros Fonseca, Gerson de Mello Almada, João Ricardo Auler, José Aldemário Pinheiro Filho, José Ricardo Nogueira Breghirolli, Matheus Coutinho de Sá Oliveira, Ricardo Ribeiro Pessoa e Sérgio Cunha Mendes.

Quatro operadores (Fernando Soares, Mário Góes, Adir Assad e Alberto Youssef) do petrolão e dois ex-diretores da estatal (Renato Duque e Nestor Cerveró) também estão no local.

Nelma Kodama e Iara Galdino, já condenadas, voltaram ao núcleo de custódia da PF, após ficarem longo período em presídio estadual, e não devem ser transferidas.Também não devem ser retirados Eduardo Leite e Dalton Avancini, que terminaram de prestar depoimentos em acordo de delação premiada na semana passada e devem passar a responder em liberdade nos próximos dias. O doleiro Alberto Youssef também deve permanecer na superintendência policial.
Herculano
21/03/2015 05:27
"CRÔNICA NA CONTRAMÃO". por Carlos Brickmann

Como Chico Buarque não diria desta vez, foi bonita a festa, pá. No país inteiro, centenas de milhares de cidadãos (ou alguns milhões, depende da conta) se manifestaram pacificamente, sem confusão, sem tumulto, contra o Governo.

Contra o Governo? Mais do que isso: contra a corrupção, mais especificamente. No fundo, contra tudo o que está aí - o que inclui os políticos. Corrupção não é só enfiar ilegalmente a mão no pudim; é também locupletar-se legalmente, pegando cada migalha como se fosse a última, esquecendo-se da situação do país. É o aumento desproporcional de salários para deputados, senadores, ministros do Supremo, procuradores, com efeito cascata aumentando despesas em todos os níveis; é a história de carros oficiais à vontade, de dezenas de assessores, de despreocupação com os gastos públicos. É mais um prédio para o Congresso, desta vez até com shopping center; são edifícios suntuosos para tribunais. São Ministérios a perder de vista, com gastos a perder de vista. A falta de vergonha, enfim.

Mas por que o alvo foi Dilma, e não os outros? Dilma encarnou o rosto do Brasil que não queremos. Sua autossuficiência a transformou no símbolo do país que não funciona. Mas tirá-la, mesmo dentro da lei, será um erro: ela, só ela, está na posição de, num gesto de grandeza, chamar os adversários (e alguns aliados, como Lula) e aconselhar-se. Não precisa humilhar-se, desculpar-se, mas precisa corrigir os rumos do Brasil. Tirá-la, seja como for, e considerando-se o apoio incondicional de que ela, Lula e o PT dispõem, perpetuaria uma divisão ruim para o país.

E criaria uma nova mártir cujo escolhido venceria as eleições seguintes.

O DIÁLOGO...

É claro que será preciso convencer Dilma de que diálogo não significa que, a qualquer frase que diga, o adversário tenha de responder com um "sim, senhora".

... E O RESPEITO
Claro, não haverá diálogo nenhum enquanto houver, no comando oficial, seres como os dois ministros que falaram após as manifestações. Um deles, certamente recrutado no bar de Guerra nas Estrelas - 4, depreciou o movimento, porque, a seu ver, só havia ali eleitores de oposição. Óbvio, ricos, brancos, elite, de olhos azuis, coxinhas, empadinhas, esfihas, reaças. Mas não é assim que se dialoga: nem chamando petista de petralha, nem os adversários de fascistas.

E não há alternativa: ou se conversa ou se briga. É bem melhor conversar.

QUEM É QUEM?
De qualquer forma, é bom planejar direito o diálogo. Voltar àquela conversa mole de reforma política e pacote de combate à corrupção, por parte do Governo, é inútil. E a oposição, que é que pretende propor? Qual o projeto do PSDB, exceto cada cacique pensar na melhor maneira de prejudicar seus companheiros?

O fato é que os partidos, de tanto se multiplicarem para aproveitar o dinheiro do Fundo Partidário e o tempo de TV, nada mais representam. Há muito cacique vivendo desses fundos.

É legal; e é por isso que o país chegou a essa confusão.

NUMERALHA
Milhares de protestos contra os cálculos que negam a presença de mais de um milhão de pessoas na avenida Paulista. Bobagem: não cabe um milhão de pessoas na avenida Paulista. A avenida tem dois quilômetros de extensão por 60 metros de largura. Se não houvesse nenhum obstáculo - entradas de Metrô, o entulho da destruição do canteiro central pelo prefeito Fernando Haddad, bancas de jornais, floreiras, postes - se fosse tudo área livre, caberiam 720 mil pessoas, magrinhas, considerando-se seis por metro quadrado. Seis pessoas por metro quadrado é muito: o máximo tolerável em metrôs lotados.

Como não é tudo área livre, como a aglomeração não era tamanha - tanto que havia carrinhos de bebê, manifestantes com cachorros, carros de som - caberiam no máximo 400 mil pessoas, a quatro por metro quadrado, descontando os obstáculos. É muito! Mas isso não é importante e não vale a briga: importante é saber que a avenida estava coberta de manifestantes, que havia gente pra caramba (esta é uma coluna de família), muito mais que na manifestação da CUT, dois dias antes. O resto é o resto.

O PREÇO DO PETROLÃO
Nota da coluna virtual de Lauro Jardim (www.veja.abril.com.br/blog/radar-on-line/), da terça-feira, 17: "De acordo com dados da abertura da Nasdaq de hoje, a Petrobras está valendo 33 bilhões de dólares. Vale somente 12,2% do que valia em 27 de setembro de 2010, quando foi feita a megacapitalização da estatal (...)"

O NOME DA ESCORCHA
Há um setor em que o PSDB e seus dirigentes são imbatíveis: a escolha de novos termos para substituir aqueles que podem causar má impressão. Os exércitos tucanos, por exemplo, nunca fogem, nem batem em retirada: eles buscam novas posições localizadas aquém das linhas atuais para reorganizar as tropas. Também não se rendem: diante da superioridade numérica e estratégica do inimigo, avançam na direção de seus campos de prisioneiros, onde tomarão novas posições. Falar assim é coisa de tucano.

Diz a agenda do governador paulista Geraldo Alckmin que Sua Excelência "assina decreto que reorganiza as obrigações tributárias no setor (...)".
Herculano
21/03/2015 05:18
BRASIL CONVERTEU-SE NA REPÚBLICA DO DEDO-DURO, por Josias de Souza

No Brasil, político que roubava mas fazia dispunha de imunidade. Sua obra justificava seus pecados. O proveito substituía a ética. De uns tempos pra cá, porém, os políticos esqueceram de maneirar. A única consequência de um mar de lama passou a ser a produção de outro. Depois que o mensalão desaguou no petrolão, o mar virou oceano. Para complicar, a crise econômica limitou o proveito dos avanços sociais. Daí a explosão da impaciência nacional com a corrupção. As pessoas perceberam que o roubo é para poucos, sem proveito para a maioria.

A história brasileira inspira pessimismo. Mas muita gente lúcida começa flertar com o otimismo. Acredita-se que o governo Dilma Rousseff pode ser o último a se escorar num modelo político em que a governabilidade está condicionada à costura de alianças indecentes e à complacência com os maus costumes. Tudo dependerá do tamanho do castigo que o Judiciário vai impor aos políticos e empresários que tomaram de assalto a Petrobras.

O julgamento do mensalão foi um marco. Muitos reclamam da mão leve do Supremo com a bancada política da Papuda. José Genoino já está livre. José Dirceu, Delúbio Soares e Cia. já migraram da cana dura para a detenção domiciliar. Mas o contraste entre essas penas brandas e as prisões longevas impostas aos operadores e empresários que se meteram no mensalão produziu um fenômenos redentor: o ?dedodurismo?.

Deve-se sobretudo ao suor do indicador de corruptos e corruptores o avanço nas apurações da Petrorroubalheira. Não bastasse os cerca de 15 delatores do Paraná, uma das construtoras da Lava Jato, a Setal Engenharia, firmou com o Cade um acordo de leniência, como são chamadas as delações de empresas. Comprometeu-se a desnudar um cartel que frauda licitações na Petrobras desde o final dos anos 90, sob FHC, tendo se consolidado em 2003, na gestão Lula.

Suprema ironia: os dedos-duros deram ao Brasil o que lhe faltava, uma certa lógica protestante. Deus já não se sente à vontade tendo que ajudar Baruscos e Duques a entesourar milhões no estrangeiro ou os empreiteiros a firmar grandes contratos. Quanto aos políticos pilhados com a mão suja de óleo, já não há obra superfaturada capaz de redimi-los.
Arara Palradora
20/03/2015 20:46
Querido, Blogueiro:

A coisa anda tão feia, mas tão feia para os bandidos do ParTido
quadrilha, que até a boneca deles virou bofélia.

Voeeeiii...!!!
Anônimo disse:
20/03/2015 20:42
Herculano, os PeTralhas acusam a vereadora Andréia de falta de decoro parlamentar. E os PaTetas sabem o que isto significa?
O idiota útil poderia desenhar para os "cumpanheros" do ParTido
lesa pátria, se é que ele aprendeu alguma coisa nesses anos todos em que está agarrado no coxo, ops! no osso (by Ciro Gomes).
João João Filho de João
20/03/2015 20:36
Sr. Herculano:

Algumas tuitadas:

@marina_lima
"Acabou a humildade.
Dilma retomou o discurso raivoso de os q cobram medidas eficientes, está apostando contra o país, no quanto pior melhor".

O país no buraco e a Dilma preocupada com o seu umbigo.

@coroneldoblog
"Stédile do MST é um homem riquíssimo.
Todas as cooperativas de assentados pagam mensalão pra ele.
Seu dinheiro está em Cuba e na Venezuela".

Uma vez canalha, sempre canalha.

@coroneldoblog
"Sempre foi assim no mundo:
Gente tira leite da vaca.
Só no Brasil existe vaca que tira o leite da gente.
Entenderam a diferença?"

O que é da vaca está guardado.

@narizgelado
"Ok! só vim mesmo dar um oi.
Dia cheio. Trabalhar pra bancar os aviltantes impostos que acabo de
pagar para aquela gorda".

A batata da gorda está assando.
Juju do Gasparinho
20/03/2015 20:10
Prezado Herculano:

"O Ministério Público Federal estuda pedir punição de partidos citados na Lava Jato. PT pode ser extinto." - O Globo, segundo o procurador
da república Deltan Dallagnol.

Tem gente que vai ficar sem partido pra lamber.

Herculano
20/03/2015 19:08
CONTRA A CORRUPÇÃO

Está marcada mais uma marcha de protesto para o dia 12 de abril. Gaspar vai comparecer mais uma vez?
Herculano
20/03/2015 16:38
AFAGOS DE PERILLO EM DILMA IRRITAM CÚPULA TUCANA, por Josias de Souza

Integrantes da cúpula do PSDB ficaram aborrecidos com os rapapés que o governador tucano de Goiás Marconi Perillo dedicou a Dilma Rousseff. Ao saudar a presidente durante visita dela à cidade de Goiânia, Perillo disse coisas assim: "Sou de um outro partido, que às vezes faz oposição à senhora, mas eu não. Nunca ninguém ouviu aqui em Goiás uma palavra minha que não fosse de respeito e de reconhecimento ao trabalho de Vossa Excelência.''

Um integrante da Executiva Nacional do PSDB resumiu a sentimento do ninho: "Numa hora em que o PSDB adiciona pimenta no seu vatapá, o Marconi vem dizer que o partido 'às vezes faz oposição'. Enquanto nos esforçamos para aproximar nosso discurso do sentimento de aversão das ruas pelo governo Dilma, nosso companheiro fala do 'respeito e do reconhecimento ao trabalho' dela. É demais! O Marconi escolheu uma péssima hora para corresponder aos que não têm nenhum motivo para confiar nele."
Herculano
20/03/2015 16:31
CAPITAL TUCANA, por Lauro Jardim, de Veja

Na mesma cafeteria do hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, em que Guido Mantega sofreu agressões verbais há um mês, Aécio Neves recebeu agora há pouco abraços, apertos de mãos, pedidos de autógrafos e selfies.
Herculano
20/03/2015 16:27
DIREITA OU ESQUERDA, por Hélio Schwartsman para o jornal Folha de S. Paulo

"Papai, a manifestação na Paulista é de direita ou de esquerda?" Deveria ser simples responder à pergunta de meu filho David, de 13 anos, mas titubeei. É claro que a maioria das pessoas que protestou contra o PT não se enquadra nas definições clássicas de esquerda. E nem o governo, ouso acrescentar. Mas o que significa ser de esquerda (ou direita) hoje?

A distinção original, forjada às vésperas da Revolução Francesa, segundo a qual a direita seria contra mudanças sociais enquanto a esquerda as favoreceria, já não faz sentido. Há, porém, alguns temas, como aborto, pena de morte, transgênicos, direitos dos animais, mudança climática, sobre os quais é quase impossível não ter posição. E a maneira como nos situamos em relação a um elenco mais ou menos fixo deles faz com que sejamos classificados como "de direita" ou "de esquerda".

São bandeiras caras à esquerda, por exemplo, a liberação do aborto e das drogas e a condenação à pena de morte e ao porte de armas. Já a direita sustenta exatamente o contrário. Conciliar ambos os conjuntos de posições com uma narrativa racional linear exige certo esforço mental. Se é o princípio da sacralidade da vida que prepondera, deveríamos ser contra os quatro pontos. Já a defesa intransigente da autonomia individual recomendaria a aprovação de todos.

Para piorar, os conceitos mudam com o tempo e ao sabor de modismos. Basta lembrar que, até o início dos 50, a esquerda apoiava quase incondicionalmente o Estado de Israel.

Deveríamos então abandonar as noções genéricas de direita e esquerda e analisar individualmente o mérito de cada tese apresentada? Provavelmente sim, mas não é tão fácil fazê-lo. Nossos cérebros clamam por classificações predefinidas, que permitam identificar facilmente quem consideraremos aliados e quem serão nossos adversários. Que o sistema não resista a um escrutínio racional mais sistemático é só um detalhe.
Herculano
20/03/2015 12:51
UM PAÍS NA CONTRAMÃO DE TUDO. SÓ O GOVERNO, TEIMOSO QUE NÃO ENXERGA O ÓBVIO E O NECESSÁRIO. MODDYS DÁ SINAL NEGATIVO PARA A CLASSIFICAÇÃO DE RISCO DO BRASIL

O sinal dado pela agência de classificação de risco Moody’s, em relatório publicado na noite de quarta-feira, 18, deixa a sensação de que o Brasil poderá não escapar de um rebaixamento da sua nota no curto prazo. E vai além: desautoriza o esforço que o Ministério da Fazenda vem fazendo em difundir a noção de que o ambiente melhorou em relação à visita dos representantes de outra agência de rating, a Standard & Poor’s (S&P), há duas semanas.

Mais ainda: o relatório da Moody’s dá ênfase não apenas ao ajuste fiscal, mas também à recuperação da confiança dos investidores como condições importantes para a avaliação da qualidade do crédito soberano do Brasil, sob o título "Os protestos no Brasil complicam esforços de consolidação fiscal".

"Descontentamento social e político é negativo para o crédito do Brasil (Baa2, perspectiva negativa), pois complica os esforços do governo para restaurar a confiança do investidor e alcançar a consolidação fiscal, dois elementos que a Moody’s considera críticos para melhorar a qualidade de crédito do Brasil", afirma a nota assinada pelo principal analista para o Brasil da agência, Mauro Leos. "Taxas baixíssimas de aprovação para um presidente em exercício provavelmente irão minar seu posicionamento nas negociações com o Congresso."

Além dos protestos que levaram mais de 1 milhão de brasileiros às ruas no domingo passado, 15, a Moody’s destacou o resultado da pesquisa do Datafolha que mostrou a queda forte da aprovação do governo Dilma Rousseff. Segundo o instituto, a avaliação ótima ou boa para o governo caiu de 23% em fevereiro para 13% na pesquisa divulgada na quarta-feira, enquanto a avaliação ruim ou péssima subiu de 44% para 62%.

Segundo a Moody’s, a deterioração das condições econômicas e o crescente descontentamento social aumentam a incerteza sobre as perspectivas para o Brasil no curto prazo, "adicionando potencialmente pressão sobre à confiança de empresários e consumidores", os quais já estão em níveis recordes de baixa.
Herculano
20/03/2015 12:44
O BRASIL DESGOVERNADO. PRÉVIA DA INFLAÇÃO PARA 12 MESES SOBE PARA 7,9%

O texto é de Lucas Vetorazzo, da sucursal carioca do jornal Folha de S. Paulo. A inflação prévia medida pelo IPCA-15 acumulada em 12 meses findos em março foi de 7,9%. O índice está acima do teto da meta estipulada pelo Banco Central, de 6,5%, e acima também do resultado verificado em fevereiro, de 7,36%.

O resultado do acumulado em 12 meses é o mais alto desde maio de 2005, quando o IPCA-15 alcançou 8,19% no intervalo.

Os dados foram divulgado na manhã desta sexta-feira (20) pelo IBGE.

O IPCA-15 mede a inflação acumulada do dia 16 do mês anterior ao dia 15 do mês de referência funciona como uma prévia do que poderá ser a inflação fechada no mês.

A prévia da inflação oficial para março ficou em 1,24%.

O índice ficou abaixo da registrada em fevereiro (1,33%), porém maior do que março de 2014, quando apontou para aumento de preços de 0,73%.

No acumulado dos três primeiros meses do ano, a inflação chegou a 3,5%, a maior desde dezembro passado.

O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) fechado serve de base para a decisão do Banco Central de subir ou não os juros do país.

SETORES

Na variação mensal, pesou no bolso do consumidor as altas de habitação (2,78%), transportes (1,91%) e alimentação e bebidas (1,22%). Os segmentos que deram alívio foram comunicação (queda de 0,78%) e vestuário (-0,11).

No acumulado em 12 meses, habitação também figurou como a maior alta, de 13,72%, seguida de alimentação e bebidas (8,90%), educação (8,43%) e despesas pessoais (8,26%). Transportes (7,38%) e saúde e cuidados pessoais (7,06%) também ficaram acima do teto da meta do governo.

Na série de 12 meses, apenas um dos nove grandes segmentos pesquisados pelo IBGE tiveram queda nos preços - comunicação, de 1,65%.
Herculano
20/03/2015 11:22
O PT E OS PISTOLEIROS, por Reinaldo Azevedo para o jornal Folha de S. Paulo

Nessa toada, os destrambelhados a favor derrubam Dilma Rousseff antes que as ruas o façam

Esse negócio de que, mesmo antigos, devemos conservar, diante de tudo, o olhar de surpresa e de novidade típico da juventude é conversa mole. Como é mesmo? O diabo é diabo porque velho, não porque sábio. Mas não sou do tipo que deixa cair as bochechas, com as retinas cansadas. Aos 53, é dever não se assustar nem se prostrar. Mas eis que os poderosos de turno, a seu modo, fazem com que me sinta um recém-nascido. Produzem o inédito, falam o inaudito, acenam com o inesperado. A companheirada tem me permitido vivenciar a tábula rasa. Meu cérebro não tem prescrição para o que está aí. É como se eu tivesse chegado ao mundo deles sem experiência anterior.

Cid Gomes, até quarta ministro da Educação (nada menos!) de um governo em crise, afirmou haver no Congresso 300 achacadores e foi chamado a se explicar na Câmara. Em vez de buscar uma forma decorosa de se desculpar, deu um piti ridículo, à moda dos Gomes, e foi demitido em seguida. Quem exibiu a sua cabeça foi Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Casa. Cid saiu de lá dirigindo o próprio carro e foi aplaudido por uma claque de cearenses. Há ou não os achacadores? Em setembro de 1993, um certo Lula disse que havia "300 picaretas no Congresso". Em 2015, o PT é o protagonista do petrolão. "Boquirrotice" é lixo.

A cena momesca se deu um dia depois de ter vindo a público um documento da Secretaria de Comunicação da Presidência em que o governo reconhece usar os chamados blogs sujos para o serviço de pistolagem política. O documento prega a intensificação de uma parceria que parece ser comercial e criminosa. O texto sabe ser explícito: "A guerrilha política precisa ter munição vinda de dentro do governo, mas ser disparada por soldados fora dele". Munição? Soldados? Disparo? O plano anuncia ainda a intenção de pôr órgãos do Estado a serviço do proselitismo rasteiro e de usar a verba oficial de publicidade para a promoção pessoal de políticos, o que afronta a Constituição.

Como o ciclo do desatino nunca está completo sem Rui Falcão, o presidente do PT compareceu ao debate. Deixando claro o que entende por "controle social da mídia" - ou "regulamentação econômica"-, o homem quer que o governo corte verba oficial de publicidade dos veículos que, segundo ele, "incentivaram" ou "convocaram" as manifestações. Só fez uma ressalva: "A Record, que sempre teve uma simpatia maior por nós, no domingo, começou em rede aberta a convocar a manifestação. Foi uma briga por audiência. Nesse caso não foi nem má-fé". Entendi. É para privilegiar quem tem "simpatia por nós" e punir quem não tem.

No domingo, depois da maior manifestação política da história do país, dois ministros concederam entrevista coletiva. José Eduardo Cardozo (Justiça) defendeu uma reforma política rejeitada pelo PMDB, o maior parceiro do PT no governo. E Miguel Rossetto (Secretaria-Geral) criticou os manifestantes, tratando-os como golpistas. O país virou uma orquestra de panelas.

Vivendo e aprendendo. Nessa toada, os destrambelhados a favor derrubam Dilma antes que as ruas o façam. Ah, sim: espero que o Congresso honre as suas funções constitucionais e convoque os guerrilheiros da Secom para explicar a que custo o governo fornece "munição" para pistoleiros, chamados de "soldados de fora".
Herculano
20/03/2015 11:19
A BARATA VOA, por Marta Suplicy, ex-prefeita e hoje senadora pelo PT de São Paulo, no jornal Folha de S.Paulo

Foi num clima de "barata voa", expressão que se usa para situações confusas e sem rumo, a resposta do Planalto nesta quarta-feira à marcha de domingo. Para combater a corrupção, acionaram-se a OAB, os líderes do Congresso, o Ministério Público, ministros...

O foco mais uma vez equivocado. Ninguém é contra as providências encaminhadas (algumas paradas na Câmara, como disse o presidente Eduardo Cunha), mas não são essas ações que vão estancar o sangramento da presidente.

Segundo o Datafolha do dia 18, Dilma tem hoje 62% de ruim e péssimo.

O "Estadão" revelou documento interno do Planalto resumindo a ópera: de um lado, Dilma e Lula acusados "por todos os males que afetam o País" e, de outro, a militância petista "acuada pelas acusações e desmotivada por não compreender o ajuste na economia". "Não é uma goleada. É uma derrota por WO."

O Datafolha aponta que 73% da população tomou conhecimento da divulgação dos nomes envolvidos na Lava Jato, índice elevado também no Norte (68%) e no Nordeste (72%). O povo acompanha, indignado, a roubalheira porque vê o dinheiro que falta no fim do mês ser desviado para a corrupção. Isso deixa os petistas atordoados e sem ação.

O partido está travado na defesa de seus quadros, não propõe uma nova política nem apresenta uma proposta para a nação. Está acéfalo.

Um dos termômetros mais fortes para fazer prognóstico é a expectativa de melhora que os indivíduos possam vir a ter. Segundo a atual pesquisa, 60% são pessimistas em relação à economia, 69% acreditam que o desemprego vai piorar. Isso se chama falta de confiança e credibilidade em relação aos dirigentes, mesmo que 61% queiram acreditar que não vão perder seu emprego.

As exigências para o "conserto" da economia serão duras e as pessoas não querem ouvir o discurso que a presidente tenta vender. Estranho é que o vazamento do Planalto já indicava a seriedade do momento, mas parece que lá ninguém entendeu o recado. É erro em cima de erro.

As respostas dos ministros Cardozo e Rossetto, que pareciam dois ETs, e, no dia seguinte, a inflexão do governo, tentando sair do espírito acusatório da véspera, foram ridículas. A presidente discursou falando mais do mesmo, e a derrapada no improviso foi feia: que indicassem onde faltava humildade para ela corrigir!

A situação de falta de autoridade é evidente e se deteriora, haja vista, não importando os motivos, o circo de Cid Gomes.

Falta uma resposta radical da presidente, à altura do que a nação exige e possa acreditar: verdade, humildade e uma mudança total na equipe que não corresponde. Barata voa.

Aonde vai parar?
Herculano
20/03/2015 11:15
A VITÓRIA DO PODRE PODER, por Luiz Fernando Vianna

Fala-se em "sarneyzação" de Dilma Rousseff por causa de sua forte queda de popularidade. Mas a feia palavra funciona também em outro sentido: o PMDB recuperou um poder que não possuía desde os tempos de Sarney presidente. De fiador permanente da tal governabilidade, voltou a ser o síndico do condomínio de aliados.

Entre 1985 e 1989, Sarney era refém das decisões do PMDB do Congresso, o de Ulysses Guimarães. No segundo governo Dilma, a situação é similar: quem dá as ordens é o peemedebista que preside a Câmara, Eduardo Cunha.

Passados 30 anos, Ulysses Guimarães virou Eduardo Cunha. E ainda dizem que o ser humano evolui com o tempo...

A mudança de perfil do protagonista espelha a derrocada da política brasileira. Nossa democracia se firmou em vários aspectos (eleições confiáveis, Ministério Público e Supremo deixando de ser apêndices do Executivo etc.), mas não criou um modelo relativamente higiênico de coalizões partidárias.

Como o PMDB é um amontoado de senhores feudais que levam a Brasília as ideias (sic) e práticas que os tornaram fortes em suas glebas, o comando foi saindo das mãos de raposas que pensavam o país (Ulysses, Tancredo Neves, Pedro Simon e mesmo os paulistas que se tornaram tucanos) e caindo nas de abutres que o devoram. Quanto mais fraco um governo, mais fortes os chantagistas.

É patético, mas sintomático, que os dois homens mais poderosos da República hoje (Cunha e Renan Calheiros) estejam numa lista de investigados por corrupção. A República, que há 30 anos foi nova, agora apodrece.

Também é irônico e revelador que legítimos protestos contra a corrupção fortaleçam, logo quem, Cunha e Renan. Com apoio involuntário das ruas, os especialistas estão derrotando os intermediários.
Herculano
20/03/2015 11:13
O RUIM CONSEGUE FICAR PIOR, editorial do jornal O Estado de S.Paulo

A demissão de Cid Gomes do Ministério da Educação exibe a uma nação perplexa o teatro do absurdo em que se transformou o governo Dilma Rousseff, o da "Pátria Educadora", na qual se aprende que numa crise política fora de controle a situação nunca é tão ruim que não possa ser piorada.

É tão absurda a cena protagonizada pelo agora ex-ministro de Dilma na tarde de quarta-feira no plenário da Câmara dos Deputados, que a respeito dela qualquer especulação é válida. Desde que se tratou de uma encenação previamente combinada com o Palácio do Planalto para marcar posição na queda de braço de Dilma com os parlamentares, até de que foi simplesmente a melhor maneira encontrada pelo encrenqueiro ex-governador do Ceará para, sob a aura de destemor no combate à corrupção, pular fora do barco que soçobra.

De qualquer forma, o bate-boca no plenário da Câmara prestou ao País o desserviço de estimular o descrédito nas instituições democráticas. Mas há, como sempre, quem tenha contabilizado lucro. Aproveita o PMDB, porque, afinal, Cid Gomes ministro era uma peça na armação palaciana para enfraquecer politicamente o maior partido aliado do governo. E lucra, em particular, Eduardo Cunha, que capitaliza mais uma derrota do governo e fortalece sua posição de herói do baixo clero.

Chama também a atenção neste mais recente escândalo da República - o que ajuda a torná-lo ainda mais surreal - o fato de, a bem da verdade, todos os envolvidos terem razão. Cid Gomes cometeu a deliberada provocação de falar de corda em casa de enforcado, mas não há como negar - até porque a Operação Lava Jato não deixa - que entre os nobres deputados há um número expressivo de suspeitos de se enquadrarem na categoria de achacadores. Não há espírito de corpo que possa contestar essa evidência.

Por outro lado, não se pode confundir a instituição parlamentar com o eventual desregramento de alguns de seus integrantes, por maior que seja o número deles. Ou seja, o ex-ministro cometeu o pecado de não dar nomes aos achacadores. Por fim, Cid Gomes subiu à tribuna da Câmara na condição de ministro de Estado, representante do Poder Executivo, e, por uma questão de decoro, tinha a obrigação de tratar com respeito a instituição que naquele momento o convocava a prestar esclarecimentos sobre declarações desabonadoras que fizera sobre deputados. É legítima, portanto, a indignação dos parlamentares com o comportamento de Cid Gomes, mesmo por parte daqueles que possam ser moralmente vulneráveis.

O enredo desse teatro do absurdo é tão antigo quanto a história da humanidade - a luta pelo poder -, a encenação é farsesca no pior sentido, até porque não tem direção, e o elenco de canastrões é péssimo. Não é à toa que a plateia dá clara demonstração de não gostar do que está assistindo.

Dilma Rousseff - que não tem vocação para a cena pública nem consegue aprender o métier - tenta prestar atenção nas deixas e dizer sua fala. Mas só consegue provar que não é do ramo: quando alguém mete um caco no texto, dá-lhe um branco e ela não consegue emendar um improviso aceitável. O resultado tem sido desastroso.

Mas, quando o gênero em cartaz é o absurdo, o que é atentar contra a lógica e o bom senso? Um bom exemplo é o caso do senador Romero Jucá, que tem participação especial nesta e em qualquer outra peça - já foi devotado tucano no governo FHC e hoje presta sua fidelidade não ao governo do PT, pois ele é governista, mas não é tolo, mas ao espírito corporativo da chamada classe política.

No momento em que se discute a reforma política, o que pode implicar a proibição de doações de pessoas jurídicas para a atividade partidária; em que o escândalo da Petrobrás inibe os grandes doadores privados; e em que o governo tenta cortar gastos como condição essencial ao ajuste fiscal, nesse momento Romero Jucá, relator da proposta orçamentária, se apresenta como o providencial salvador dos políticos. Triplicou o Fundo Partidário e aumentou a dotação para as emendas parlamentares. A Pátria, entristecida, lamenta.
Herculano
20/03/2015 10:15
COMO FUNCIONA. COMO O PT ESTÁ NO LODO, ELE CRIA ADVERSÁRIOS FRÁGEIS A SEU GOSTO E TEMPO PARA ASSIM PERMANECER NO PODER, MESMO ESTANDO NA LAMA DO FUNDO DO POÇO. E QUAL A MANCHETE DO 247, O CANAL DE COMUNICAÇÃO DO PT SUSTENTADO POR PATROCÍNIOS PREFERENCIAIS DE EMPRESAS (PETROBRÁS) E BANCOS (CAIXA, BB, BNDES) ESTATAIS? "A FILA DO PSDB PARA 2018 ANDOU E AGORA TEM MARCONI"

"Em algum momento o PSDB terá que trocar a espada pelo florete, como fez o PT radical do passado para eleger Lula em 2002. Em algum momento o Brasil se cansará da guerrilha política e das hipocrisias", diz a colunista Tereza Cruvinel, sobre o discurso de ontem do governador de Goiás, Marconi Perillo, que, embora tenha sido pressionado por setores do PSDB, participou de um ato ao lado da presidente Dilma Rousseff e combateu de forma veemente a "intolerância"; "Perillo vem se distinguindo pela moderação e a responsabilidade institucional num PSDB cada vez mais sectário, liderado por Aécio Neves. Deu uma aula de civilidade e republicanismo", diz ela; com postura radical, Aécio alimenta a crise política, contribui para a paralisia econômica, desagrada empresários e perde espaço dentro do próprio PSDB, abrindo oportunidades para outras lideranças; leia a íntegra

Talvez o governador de Goiás, Marcone Perillo, já tenha levado umas bicadas tucanas pela defesa que fez da presidente Dilma Rosseff no evento de ontem, quinta-feira. Muitos o haviam aconselhado a não comparecer ao ato, disse ele no discurso vigoroso com que calou um início de vaias, condenou a intolerância e defendeu Dilma "das injustiças que vem sofrendo". Perillo vem se distinguindo pela moderação e a responsabilidade institucional num PSDB cada vez mais sectário, liderado por Aécio Neves. Deu uma aula de civilidade e republicanismo.

Em Goiânia, um grupo tentou apupar Dilma com faixas e gritos pró-impeachment. Foi barrado. Dentro da prefeitura, governada pelo PT, foram partidários da presidente que tentaram vaiar Perillo. Seu discurso foi surpreendente para alguns (mereceu longa reprodução no Jornal Nacional) mas não é novo. Ainda antes dos protestos do dia 15 ele havia condenado o impeachment sem fundamentos jurídicos como golpe, ao passo que seu partido, embora dizendo que não patrocina o movimento, o alimenta. Como fez agora, ao pedir ao STF que investigue Dilma.

No primeiro mandato, Perillo e Dilma tiveram uma relação republicana e cordial. Republicanismo foi o mote de seu discurso, entendendo-se pela palavra a convivência civilizada e respeitosa entre adversários, no interesse daqueles que se propõem a governar. "O Brasil não pode ser vítima da intolerância, do desrespeito. Não pode ser vítima de minorias que não querem uma democracia onde o republicanismo possa prevalecer", disse Perillo, depois de garantir que Dilma pode contar com seu apoio para a governabilidade. Visivelmente grata, a presidente também emendou um discurso sobre o respeito ao pluralismo e a necessidade do diálogo.

É possível que com este voo solo e livre Perillo passe a ser olhado de lado por alguns tucanos. Mas este mesmo voo, ainda que hoje contrário à cartilha do sectarismo, pode levá-lo a outras paragens. Em algum momento o PSDB terá que trocar a espada pelo florete, como fez o PT radical do passado para eleger Lula em 2002. Em algum momento o Brasil se cansará da guerrilha política e das hipocrisias. Vide o sucesso que vem fazendo Internet afora o "sincericídio" do ex-ministro Cid Gomes na Câmara.

A fila tucana para 2018 anda. O predomínio de paulistas e tucanos já incomoda outras seções estaduais do partido. Na fila estão Aécio, Alckmin e Serra mas também Perillo. Ele governa Goiás pela quarta-vez e nunca perdeu uma eleição. Seu estado acha que já cresceu o suficiente para poder disputar a Presidência. Ali já existe o movimento "Perillo Presidente", que tem até página na internet.
Herculano
20/03/2015 10:09
O MINISTRO E O LODO, por Bernardo Mello Franco, para o jornal Folha de S. Paulo

O ministro da Cultura, Juca Ferreira, está irritado com o tom dos protestos contra o governo. Na contramão de colegas que evitaram criticar os atos do último dia 15, ele afirma que as manifestações deram voz à direita radical e "remexeram o lodo da sociedade".

Filiado ao PT, o ministro se diz indignado com o que chamou de "demostrações de ódio" ao partido. Ele cita uma imagem que correu a internet: dois bonecos de Lula e Dilma pendurados por cordas no pescoço em Jundiaí, no interior paulista.

"Parece que remexeram o lodo da sociedade. Boneco enforcado em praça pública, gente defendendo golpe militar. Um horror", critica.

Para Juca, os grupos que pediram a saída da presidente, reeleita em outubro, flertaram com o "golpismo". Ele considera que defender o impeachment é "uma bobagem".

"Quem perde as eleições tem que se conformar", diz. "Isso é uma tentativa de interromper o processo democrático. A qualquer dificuldade, querem derrubar o governo. No futebol é assim: o time perde dois jogos e o técnico dança. Querem igualar o Brasil ao Campeonato Brasileiro."

Segundo Juca, a oposição "não pode se associar a tendências obscuras". O partido Solidariedade, que apoiou o tucano Aécio Neves em 2014, coleta assinaturas a favor do impeachment. "Isso é se associar ao lodo", ataca o ministro. "A presidente foi eleita e não vai ser meia dúzia de malucos que vão derrubá-la."

Para ele, os protestos foram maiores em São Paulo porque o Estado é "o principal reduto do maior partido da oposição", o PSDB. Juca também reconhece que há um forte "mal-estar" com a economia e que o ajuste fiscal "vai demorar a fazer efeito".

Apesar disso, o ministro diz não estar preocupado com o tombo na popularidade de Dilma. "Outros governos já sobreviveram a crises como essa", diz ele. "Na turbulência, tem gente que acha que o avião vai cair. O que o comandante faz? Manda apertar o cinto e avisa que vai passar."
Herculano
20/03/2015 10:07
CPI DA PETROBRÁS COMEÇA A FECHAR CERCO A DILMA, por Cláudio Humberto na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

A CPI da Petrobras deve investigar as responsabilidades do conselho de administração da estatal, presidido por Dilma Rousseff entre 2003 e 2010, auge da roubalheira do "petróleo". Requerimento do deputado Altineu Côrtes (PR-RJ), já na pauta da CPI, obriga a Petrobras a entregar aos deputados cópia de todas as gravações em áudio e vídeo das reuniões do conselho entre os anos de 2005 e 2015.

Negócio ruinosos
As gravações das reuniões mostrarão a atitude de conselheiros, como Dilma, na aprovação de negócios ruinosos para a Petrobras.

Conselheiros sabiam
Altineu Côrtes, sub-relator de Gestão Temerária da CPI, suspeita que conselheiros sabiam da roubalheira. Ele não acredita em dolo de Dilma.

Negociatas
No período em que Dilma presidiu o conselho, a Petrobras comprou refinarias superfaturadas e vendeu seus ativos a preço de banana.

Venda suspeita
A Petrobras vendeu por uma pechincha metade da subsidiária na África ao banco BTG Pactual, de André Esteves, um amigão de Lula.

DILMA USA "ELETROLÃO" PARA NOMEAR HENRIQUE
Parlamentares com livre trânsito no Planalto garantem que Dilma ainda não nomeou Henrique Alves (PMDB) para seu ministério porque teme que seu nome apareça no próximo escândalo, o do "eletrolão" do setor elétrico. A mesma desculpa ela usava antes da Lista de Janot, na qual Alves não foi citado. Sua campanha para o governo potiguar recebeu doações de R$8,5 milhões de empreiteiras com obras no setor elétrico.

Doações legais
A quem o indaga a esse respeito, Henrique Alves informa que doações para sua campanha obedecem rigorosamente a lei eleitoral.

As de sempre
Entre doadores de campanha de Henrique Alves estão Queiroz Galvão, Odebrecht, OAS e Andrade Gutierrez, também citadas no petrolão.

Modelito do assalto
Foi adotado no setor elétrico o modelo desbaratado na Petrobras, no qual um diretor "de confiança do PT" manda mais que o presidente.

Fala, Duque
Deputados da CPI da Petrobras apostam que o ex-diretor da Petrobras Renato Duque logo abandonará a pose para propor acordo de delação premiada. Ele sabe que corre o risco de passar o resto da vida preso.

Proximidades
Com o Congresso desmoralizado, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) lança nesta sexta, em Curitiba, o programa "Câmara Itinerante". Poderia aproveitar e se apresentar ao juiz Sérgio Moro, para depor.

Governo acuado
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, deve pôr o governo contra a parede na votação do projeto que fixa novas regras de reajuste do salário mínimo. Emendas ampliam os gastos em R$ 5 bilhões.

Nova derrota
Caso vá à votação o projeto que muda as regras de reajuste do salário mínimo, o governo dá a derrota como certa. O líder do governo, José Guimarães (PT-CE), pediu apoio ao PMDB. Não conseguiu.

Passeio a dois
A Câmara mandou à Antártica missão de deputados, cujas emendas mantêm a estação científica. Damião Feliciano (PDT-PB) aproveitou a boquinha e levou a mulher, Lígia, vice-governadora da Paraíba.

Mudança na Sgex
A embaixadora Maria Theresa Lázaro, ex-Ministério da Previdência, deverá assumir a Subsecretaria-Geral do Serviço Exterior. É o terceiro cargo mais importante do Itamaraty. Manda muito.

"Muito prazer, sou a morte"
O jornalista Jorge Oliveira, articulista do portal DiáriodoPoder.com.br, lança amanhã às 20h, em Lisboa, seu livro "Muito prazer, eu sou a morte" (Chiado Editora). Será no Clube Literário, à rua São Bento 34.

É grave a crise
Os números do polo de Manaus já refletem o cenário econômico. Em janeiro, faturou US$ 6,3 bilhões, equivalente a uma queda de 3,06%, em reais, e de 12,33% em dólar, em comparação com janeiro de 2014.

Pensando bem...
...com a associação automática de Dilma a panelaço, logo aparecerá alguém lançando a marca de panelas Dilma.
Herculano
20/03/2015 10:00
O ROTO E O RASGADO, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Enfrentamento entre Cid Gomes e deputados federais presididos por Eduardo Cunha constituiu espetáculo deplorável, mas revelador

Não apenas os ministérios e governos mas também os ditados populares necessitam, vez ou outra, de renovação. Seria pouco dizer simplesmente, a respeito das cenas presenciadas na quarta-feira (18) na Câmara dos Deputados, que o roto se ria do rasgado.

Entre Cid Gomes, ministro da Educação que viria a ser demitido em seguida, e os congressistas presididos por Eduardo Cunha (PMDB-RJ), as altercações e enfrentamentos foram além do que se descreve no clássico bordão.

O roto rasgou o rasgado ainda mais, o esfarrapado esfarrapou os andrajos do andrajoso, e estranhamente as partes em conflito cantaram vitória após a rinha deplorável.

Cantou vitória, naturalmente, a ave mais alta do triste galinheiro. O presidente da Câmara pareceu derrubar mais um nome governista, em tempo recorde. Depois de vetar o deputado Henrique Fontana (PT-RS) como líder da presidente Dilma Rousseff (PT), fulminou o ministro da Educação - aliás, com bons argumentos.

Mais uma vez, Cunha pôde transfigurar em defesa da instituição o que, de outro ponto de vista, surge como mera pressão fisiológica sobre um governo atônito e destituído de um mínimo de competência.

Cid Gomes havia qualificado de "achacadores" os deputados que negociam com o governo. Termos impróprios nem sempre são os mais mentirosos, mas cumpria ao ministro, sem dúvida, penitenciar-se pela estouvada generalização.

Todavia, o mea-culpa anda em desuso na política brasileira - mesmo porque ninguém faria outra coisa se quisesse adotá-lo a sério.

Confrontado com acusações a que não poderia responder de forma convincente (como a de que pagou R$ 650 mil para um show de Ivete Sangalo na inauguração de um hospital), o ex-governador do Ceará redobrou seus ataques.

Não era difícil, quando se sabe que Eduardo Cunha está sob investigação no escândalo da Petrobras. Não era ilógico, quando se sabe que seu partido (PMDB) ocupa vários ministérios, mas negaceia apoio às medidas de ajuste econômico do governo ao qual pertence.

Mas não foi nada bonito, quando se percebe que, a caminho de sua demissão pela presidente da República, Cid Gomes confere a si mesmo e a seu partido (o PROS) uma aparência de desassombro a recobrir subserviências governistas.

Tratava de abandonar um barco que naufraga, acusou um deputado. Sobraram, de fato, indícios de que Cid Gomes agia de maneira personalista, preocupado em exibir-se a seu público como defensor intransigente da moralidade política. Ele sai, mas persiste a crise.

Uma crise de credibilidade a pesar sobre o Executivo e o Congresso, cujas dimensões são bem maiores do que as da escaramuça, tão lamentável quanto instrutiva, da última quarta-feira. É a "Pátria educadora" mostrando as coisas da política como elas são.
Herculano
20/03/2015 09:52
ESTAVA ESCRITO

Uma pequena nota neste espaço na semana passada, deixou amuado a direção do Sintraspug e de sobreaviso os servidores de Gaspar.

Resumindo. A pauta de aumento nos vencimentos dos servidores municipais foi apenas um balão de ensaio e para inglês ver. Desmobilizados, os servidores vão, mais uma vez, comer na mão do Sindicato e o Sindicato sinalizou ontem que o melhor mesmo é dançar na proposta da prefeitura que sinalizou o reajuste seco e obrigatório. Está sem caixa, alegou, como nos anos anteriores, mas teve espaços de manobras para dar aumentos diferenciados para várias categorias, colocando o Sindicado à margem de todo o processo.

Resumindo: o reajuste dos servidores vai ser como o PT, o prefeito Pedro Celso Zuchi e seus pares querem para os servidores. O presidente do Sintraspug, Jovino Masson, ouviu, entendeu, concordou a e na reunião de ontem conduziu a esta finalização.
Herculano
20/03/2015 09:26
O QUE O PT E DILMA GANHAM IMPONDO SACRIFÍCIOS AO POVO E COMPROMETENDO O FUTURO DO PAÍS? E ESTA TEIMOSIA TEM AVALISTA: O PMDB. MANCHETE DOS JORNAIS DE HOJE. DILMA DIZ QUE NÃO MUDARÁ MINISTÉRIO E REFORMA FRUSTA ALIADOS E MERCADO. REAL É DESVALORIZADO BRUTALMENTE. BOLSA CAI. AUMENTA O DESEMPREGO. INFLAÇÃO SOBRE, O PESSIMISMO TOCA CONTA DA NAÇÃO.

O texto é de João Carlos Magalhães, Gabriela Guerreiro, Mariana Haubert e Valdo Cruz da sucursal de Brasília, para o jornal Folha de S. Paulo. Ao afirmar que uma reforma ministerial não "resolve os problemas" e que não pretende "alterar nada e ninguém", a presidente Dilma Rousseff desagradou setores do PMDB e do próprio governo que defendem mudanças para tentar superar a crise política e acalmar os mercados.

Dilma falou sobre o assunto nesta quinta (19) em evento no Palácio do Planalto, um dia após ser obrigada a aceitar a demissão de seu ministro da Educação, Cid Gomes, para evitar que o PMDB deixasse de apoiá-la na Câmara.

Cid havia atacado o principal aliado de Dilma no Congresso durante sessão na Câmara, acusando a sigla de chantagear a presidente para ter mais espaço no governo.

Dilma afirmou também que não levará em consideração os partidos que a apoiam ao escolher um substituto para Cid Gomes na Educação, mudança que classificou como uma "alteração pontual".

"Vocês [jornalistas] estão criando uma reforma que não existe", afirmou a presidente. "Não tenho perspectiva de alterar nada nem ninguém, mas as circunstâncias às vezes obrigam você a alterar, como foi o caso da Educação. Não tem reforma ministerial."

A fala de Dilma gerou preocupação entre assessores e peemedebistas, porque eles avaliam que o governo precisa fazer "rapidamente" uma reforma ministerial que acalme a base aliada, principalmente o PMDB, para garantir a aprovação do ajuste fiscal.

As declarações de Dilma também foram mal recebidas no mercado. A cotação do dólar, que vinha caindo no início do dia, passou a subir em seguida e fechou a R$ 3,305, maior valor em quase 12 anos.

Assessores presidenciais tentaram relativizar as declarações. Segundo eles, Dilma fará ajustes em sua equipe, como trazer o ex-presidente da Câmara Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).

Mas ela não quer admitir que essas mudanças sejam uma reforma ministerial antes de completar três meses de seu segundo mandato.

Ela analisa ainda tirar o ministro Pepe Vargas da articulação política do governo e entregar a pasta ao PMDB, que também pode herdar o Ministério da Integração Nacional, hoje controlado pelo PP.

Para evitar ser acusado de fisiológico, o PMDB pensa em formalizar à presidente uma proposta de reforma administrativa, cortando quase pela metade o número de ministérios, hoje 39. Segundo um líder peemedebista, o governo daria seu exemplo e o Congresso teria mais argumentos para aprovar o ajuste fiscal.

Na entrevista desta quinta-feira, Dilma disse que o Ministério da Educação não será "dado para ninguém" e avisou que vai "escolher uma pessoa boa para educação, não a pessoa desse, daquele ou de outro partido". Segundo ela, o nome será escolhido "o mais rápido possível".

Para Dilma, uma reforma não resolverá a crise em que seu governo mergulhou. "Reforma ministerial [não] é uma panaceia, ou seja, não resolve os problemas." O que resolve os problemas, disse, são medidas práticas e diálogo. "Precisa dessa capacidade de escutar os outros lados".

O ministro Aloizio Mercadante, chefe da Casa Civil, afirmou que a saída de Cid Gomes foi motivada por um "incidente político grave" e pela falta de "condições políticas" após o embate na Câmara: "Acho que ninguém desejava que isso pudesse se transformar no episódio que tivemos, mas aconteceu".

O ministro negou que a saída de Cid tenha resultado de pressão do PMDB. "Ele achava que não havia mais condições políticas porque a presença dele prejudicaria a relação do Congresso Nacional com o MEC. Foi uma iniciativa dele e foi imediatamente aceita pela presidente."

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